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4º Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

vaimelhorarcineveraoCássia Damasceno em Vai Melhorar, de Pedro Fiuza.

A quarta edição do Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol acontecerá entre os dias 20 e 22 de janeiro, com programação on-line e totalmente gratuita composta por mostras de filmes e debates. Após três edições presenciais de sucesso, com 57 filmes exibidos, este ano o festival acontecerá no formato virtual por conta da pandemia de Covid-19. Com realização da Pinote Produções, o projeto segue com o objetivo de ampliar as plataformas de difusão do cinema independente com foco na produção potiguar e brasileira.

O festival teve mais de 350 filmes inscritos nas duas mostras: a Mostra Cine Verão Poti exibirá obras de realizadores potiguares e rodados no estado do Rio Grande do Norte; e a Mostra Cine Verão Brasil exibirá obras realizadas por brasileiros de diversas regiões do país. A curadoria foi composta por: Marana Torrezani, Rafaela Bernardazzi e Raildon Lucena na Mostra Cine Verão Poti; e Arlindo Bezerra, Carito Cavalcanti e Heloísa Sousa na Mostra Cine Verão Brasil. Foram selecionados 10 curtas potiguares e 30 curtas nacionais, que serão exibidos no site do evento. Clique aqui.

Heloísa Sousa considera os festivais de cinema movimentos de resistência necessários: “Tenho percebido a curadoria de festivais como um exercício do olhar sobre as obras artísticas promovendo descentralizações e subversões das estéticas e éticas comuns. É também nesse sentido que se desdobra a seleção dos curtas-metragens que integram a programação da mostra nacional desta edição do Cine Verão, entre propostas documentais e de ficção advindas de diferentes cidades do Brasil, que com muita qualidade técnica e através de explorações consistentes na linguagem do audiovisual propõe outros protagonismos para as obras. Diante de um cenário tão devastador para o país, seja pela situação da pandemia, agravada pelas políticas de genocídio e de desmonte vividos, ter a oportunidade de apreciar e dialogar com tantas obras do cinema brasileiro e observar esse movimento de resistência e nossa capacidade de elaboração de múltiplas poesias é o que torna os festivais encontros tão necessários”.

Raildon Lucena ressaltou a satisfação de participar novamente do evento: “Uma grande satisfação participar mais uma vez do Cine Verão, dessa vez na curadoria do festival, que teve grandes produções inscritas esse ano. A seleção final é um panorama do que vem sendo produzido em nosso estado e mostra a evolução do audiovisual potiguar. O Cine Verão é um Festival que vem crescendo e se consolidando a cada edição, promovendo o audiovisual do RN e do Brasil”. Já Marana Torrezani destacou a quantidade de curtas de ficção: “Nos últimos anos houve um certo domínio dos documentários, aliás temos documentaristas maravilhosos aqui no Estado, mas é muito empolgante observar essa produção de ficção na cena potiguar. Sinto que especialmente esse ano, a mostra vai agradar não só o público, mas também a todo mundo que trabalha com audiovisual no estado”.

Sobre a mostra nacional, Arlindo Bezerra destacou a qualidade dos filmes selecionados: “Os perfis dos filmes apresentam uma diversidade de narrativas e discursos que mostram um recorte dos múltiplos protagonismos desse país. Acredito que o público irá conferir uma mostra de filmes de excelente qualidade técnica e artística, e preenchidos por afetividades”. E a linguagem poética de Carito Cavalcanti retrata essa diversidade: “As câmeras chegando com os índios em Mato Grosso do Sul na luta pelos seus direitos, sua terra, existência; resistência também no olho do Vidigal, olho do furacão pandêmico onde corre o Rio de janeiro a dezembro refletido-refletindo em sua diversidade e desigualdade; a Paraíba futurista-psicodélica e o Ceará em viagem interior-cosmopolita em suas várias histórias-representatividades humanas contra o preconceito; e o Paraná em charge e verso e reverso; e a Bahia nos dando mais que régua e (des)compasso; alguma coisa acontece no meu coração desvairado na Paulicéia; na cinematografia de tradução-tradição poética em outro Rio Grande, do Sul; nos documentários-ficções-fricções do cinema-curta, do cinema curto e grosso e delicado e poético e visionário e catártico e meta-eufórico! O cinema de guerrilha revelando ilhas-urgentes nesse país-continente”.

Conheça os filmes selecionados para o 4º Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol:

MOSTRA CINE VERÃO POTI

Cidadãos Invisíveis, de Paulo Dumaresq
Crisálida, de André Rosa
Dias Felizes, de André Santos
Mais um João, de Athos Muniz
Natureza do Homem, de André Santos
Quem Sabe Ele Mude, de Kell Allen
Somente Após o Descanso, de Sihan Felix
Urubá, de Rodrigo Sena
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza
Womaneater, de Paula Pardillos

MOSTRA CINE VERÃO BRASIL

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Ausência, de Luiz Marchetti (MT)
Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB)
Bochincho, O Filme, de Guilherme Suman (RS)
Castanhal, de Rodrigo Chagas e Marques Casara (AM/SP)
DNA-M Deus Não Acredita em Máquinas, de Ely Marques (PB)
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)
Em Cima do Muro, de Hilda Lopes Pontes (BA)
Endless Love, de Duda Gambogi (RJ)
Inspirações, de Ariany e equipe (RJ)
Janelas Daqui, de Luciano Vidigal e Arthur Sherman (RJ)
Lacrimosa, de Matheus Heinz (RS)
Luís Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
Marcas de Expressão: O Reflexo da Vida nas Ruas, de Luan Macedo e Valesca Macedo (AL)
Marco, de Sara Benvenuto (CE)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Miga, Cê é Drag?, de Gustavo Zampoli (SP)
Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!), de Raylson Chaves (MS)
Modelo Morto, Modelo Vivo, de Iuri Bermudes e Leona Jhovs (SP)
Nadir, de Fábio Rogério (SE)
O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira (PE)
O Menino e o Ovo, de Juliana Capilé (MT)
O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares (PE)
Papinha de Goiaba, de Tiago Fonseca (RJ)
Pelano!, de Chris Mariani e Calebe Lopes (BA)
Prefiro que me Xinguem, de Levi Guimarães Luiz e Marcos Warschauer (SP)
Quarta: Dia de Jogo, de Clara Henriques e Luiza França (RJ)
Salinas, de Gustavo Nakao (PR)
Se Não For Divertido Não Tem Graça, de Vinicius Comoti (PR)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)

Foto: Divulgação/Casa da Praia.

Première Telecine lança seis títulos inéditos e com exclusividade no Brasil

por: Cinevitor

thekidtelecineDane DeHaan e Ethan Hawke em Billy The Kid – O Fora da Lei.

O selo Première Telecine, que traz para o streaming filmes inéditos, terá novidades a partir do dia 15 de janeiro com produções internacionais exclusivas e de todos os gêneros para o público brasileiro. O primeiro deles é o drama romântico O Marido Perdido (The Lost Husband), protagonizado por Leslie Bibb e Josh Duhamel.

No dia 20, estreia o terror A Bruxa da Casa Ao Lado (The Wretched), dirigido por Brett Pierce. Exibido no Fantasia Film Festival, o longa foi premiado no Grimmfest em duas categorias e também no Molins Film Festival.

Já no dia 22 de janeiro, o hub de cinema lança com exclusividade o terror Isolado na Pandemia (Alone), com Tyler Posey e Donald Sutherland no elenco. Entre os destaques do mês, o Premiére Telecine ainda traz, dia 25, a comédia dramática Mapa do Sexo (Hooking Up), primeiro longa do diretor Nico Raineau, com Brittany Snow e Sam Richardson.

Na lista de inéditos, também está A Última Chance (Line of Duty), do cineasta Steven C. Miller, que nos últimos anos têm se dedicado aos filmes de ação, disponível no dia 27; o filme conta com Aaron Eckhart, Courtney Eaton, Ben McKenzie e Giancarlo Esposito no elenco.

O mês de janeiro encerra com a trajetória de um pistoleiro em Billy The Kid – O Fora da Lei, dirigido por Vincent D’Onofrio, que chega à plataforma no dia 31. O elenco conta com Jake Schur, Chris Pratt, Dane DeHaan, Ethan Hawke e Leila George no elenco.

Para assistir aos filmes, baixe o aplicativo ou acesse o site e assine o serviço. Os primeiros 30 dias são gratuitos para novos assinantes. Lançamentos exclusivos e clássicos de grandes estúdios de Hollywood, nacionais e do mercado independente também compõem o acervo.

Foto: Divulgação.

Gotham Awards 2020: conheça os vencedores

por: Cinevitor

rizgothamawards2020Riz Ahmed em O Som do Silêncio: prêmio de melhor ator.

Foram anunciados nesta segunda-feira, 11/01, em uma cerimônia virtual por conta da pandemia de Covid-19, os vencedores do 30º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pela IFP (Independent Filmmaker Project), que dá início à temporada de premiações.

Neste ano, o brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, estava na disputa pelo prêmio de melhor filme internacional, mas não saiu vitorioso. Os candidatos foram selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais; júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolheram os vencedores.

Com apresentação do produtor cinematográfico Jeffrey Sharp, o destaque desta edição comemorativa foi a forte presença feminina: pela primeira vez na história do Gotham Awards, todos os indicados ao prêmio de melhor filme eram dirigidos por mulheres.

Além dos homenageados com o Gotham Tributes, a cerimônia do IFP Gotham Awards deste ano contou também com o Prêmio do Público. Nesta categoria especial, estavam na disputa os indicados a melhor longa, documentário, filme internacional e direção revelação. Todos os filmes foram exibidos virtualmente para membros da IFP em um período de 48 horas.

Conheça os vencedores do Gotham Awards 2020:

MELHOR FILME
Nomadland, de Chloé Zhao

MELHOR DOCUMENTÁRIO (empate)
A Thousand Cuts, de Ramona S. Diaz
Time, de Garrett Bradley

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Sin Señas Particulares (Identifying Features), de Fernanda Valadez (México/Espanha)

MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO | PRÊMIO BINGHAM RAY
Andrew Patterson, por A Vastidão da Noite

MELHOR ROTEIRO (empate)
Fourteen, escrito por Dan Sallitt
The Forty-Year-Old Version, escrito por Radha Blank

MELHOR ATOR
Riz Ahmed, por O Som do Silêncio

MELHOR ATRIZ
Nicole Beharie, por Miss Juneteenth

MELHOR ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO
Kingsley Ben-Adir, por Uma Noite em Miami…

MELHOR SÉRIE | LONGA
Watchmen (HBO)

MELHOR SÉRIE | CURTA
I May Destroy You (HBO)

PRÊMIO DO PÚBLICO: Nomadland, de Chloé Zhao

ACTOR TRIBUTE: Chadwick Boseman
ACTRESS TRIBUTE: Viola Davis
DIRECTOR TRIBUTE: Steve McQueen
INDUSTRY TRIBUTE: Ryan Murphy
ENSEMBLE TRIBUTE: Os 7 de Chicago
MADE IN NY AWARD: Jeffrey Wright

Foto: Divulgação.

Associação de Críticos de Cinema de San Diego divulga lista com os melhores de 2020

por: Cinevitor

belavingancasandiegoCarey Mulligan em Bela Vingança: premiada.

A Associação de Críticos de Cinema de San Diego, San Diego Film Critics Society, divulgou nesta segunda-feira, 11/01, sua lista com os melhores do ano. Nesta 24ª edição, Bela Vingança, de Emerald Fennell, se consagrou em duas categorias: melhor filme e melhor atriz para Carey Mulligan; além de ter ficado em segundo lugar como melhor roteiro original.

A Associação tem como objetivo proporcionar diversas opiniões críticas sobre filmes, avançar na educação e na conscientização cinematográfica, além de reconhecer excelências no cinema desde 1996 quando realizou, pela primeira vez, o San Diego Film Critics Society Award elegendo o drama policial Fargo, de Joel e Ethan Coen, como o melhor filme daquele ano.

Nos últimos anos, os vencedores na categoria de melhor filme segundo os críticos de San Diego também foram aclamados em outras premiações, mas não foram consagrados pela Academia com o tão cobiçado Oscar de melhor filme. Foram eles: Ela, em 2013; O Abutre, em 2014; Mad Max: Estrada da Fúria, em 2015; A Qualquer Custo, em 2016; Corra!, em 2017; Sem Rastros, em 2018; e O Irlandês, em 2019.

Conheça os vencedores do San Diego Film Critics Society Award 2020:

MELHOR FILME
Bela Vingança (Promising Young Woman), de Emerald Fennell
2º lugar: O Som do Silêncio (Sound of Metal), de Darius Marder

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland
2º Lugar: Aaron Sorkin, por Os 7 de Chicago

MELHOR ATOR
Riz Ahmed, por O Som do Silêncio
2º Lugar: Anthony Hopkins, por The Father

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan, por Bela Vingança
2º Lugar: Frances McDormand, por Nomadland

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Paul Raci, por O Som do Silêncio
2º lugar: Peter Macdissi, por Tio Frank

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Youn Yuh-jung, por Minari
2º lugar: Amanda Seyfried, por Mank

MELHOR ATUAÇÃO EM COMÉDIA
Radha Blank, por The Forty-Year-Old Version
2º Lugar: Maria Bakalova, por Borat: Fita de Cinema Seguinte e Bill Murray, por On the Rocks

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Minari, escrito por Lee Isaac Chung
2º Lugar: Bela Vingança, escrito por Emerald Fennell; O Som do Silêncio, escrito por Darius Marder, Abraham Marder e Derek Cianfrance; e Os 7 de Chicago, escrito por Aaron Sorkin

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
The Father, escrito por Christopher Hampton e Florian Zeller
2º Lugar: Estou Pensando em Acabar com Tudo, escrito por Charlie Kaufman

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Time, de Garrett Bradley
2º Lugar: O Dilema das Redes, de Jeff Orlowski

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart
2º Lugar: A Caminho da Lua, de Glen Keane e John Kahrs 

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Rosa e Momo, de Edoardo Ponti (Itália)
2º Lugar: O Poço, de Galder Gaztelu-Urrutia (Espanha)

MELHOR EDIÇÃO
O Homem Invisível, por Andy Canny
2º Lugar: Os 7 de Chicago, por Alan Baumgarten

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland, por Joshua James Richards
2º lugar: Mank, por Erik Messerschmidt

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank, por Donald Graham Burt
2º Lugar: Estou Pensando em Acabar com Tudo, por Molly Hughes e Os 7 de Chicago, por Shane Valentino

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Tenet
2º Lugar: O Homem Invisível

MELHOR FIGURINO
Emma., por Alexandra Byrne
2º lugar: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, por Erin Benach

MELHOR USO DE MÚSICA EM FILME
Hamilton
2º Lugar: David Byrne’s American Utopia e A Voz Suprema do Blues

MELHOR ELENCO
Uma Noite em Miami…
2º lugar: Os 7 de Chicago

ARTISTA REVELAÇÃO
Radha Blank, por The Forty-Year-Old Version
2º Lugar: Riz Ahmed, por O Som do Silêncio

BODY OF WORK
Steve McQueen, pela série de filmes Small Axe (Mangrove, Lovers Rock, Red, White and Blue, Alex Wheatle e Education)

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

24ª Mostra de Cinema de Tiradentes: 114 filmes e programação on-line

por: Cinevitor

miradortiradentesEdilson Silva e Maria Luiza da Costa no filme paranaense Mirador, de Bruno Costa.

A 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes acontecerá entre os dias 22 e 30 de janeiro, em formato on-line, e o público poderá conhecer a atual produção audiovisual brasileira. Uma seleção de 114 filmes, entre longas e curtas-metragens, de 19 estados brasileiros, reúne o que há de mais recente na cinematografia brasileira contemporânea apresentando a diversidade e a pujança criativa do setor, mesmo em cenário adverso da pandemia de Covid-19 e de dificuldades financeiras para os profissionais da área nos últimos dois anos.

A coordenação curatorial do evento é assinada pelo crítico Francis Vogner dos Reis, que também assina com a pesquisadora Lila Foster a seleção de longas-metragens. A seleção de curtas-metragens foi feita por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva.

Os filmes estarão distribuídos nas seguintes mostras: Aurora, Olhos Livres, Temática, Homenagem, Foco, Panorama, Foco Minas, Praça, Formação, Sessão da Meia-noite, Jovem e Mostrinha. Vários deles vão contar com debates ao longo do evento, nos Encontros com os Filmes, com a presença de diretores, equipes de produção e críticos convidados.

A abertura do evento será no dia 22 com o filme inédito e em finalização Ostinato, dirigido pela homenageada deste ano, Paula Gaitán. O encerramento no dia 30 terá a pré-estreia do premiado Valentina, de Cássio Pereira dos Santos.

Entre os longas-metragens, a organização da 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes recebeu 111 inscrições válidas de longas-metragens e selecionou 27 filmes. Pelos dados de etnia/raça de realizadores com longas inscritos, 81 realizadores se autodeclararam brancos/caucasianos, 17 negros, 14 pardos, 1 asiático, 1 mestiço, 3 indígenas, 1 não-branco e 17 não se autodeclararam. Em identidade de gênero, 70 se autodeclararam homens cisgênero, 44 mulheres cisgênero, 2 não binárie, 1 mulher transgênero; 18 não forneceram informações sobre identidade de gênero. Entre os 27 selecionados, 8 se autodeclararam mulheres cis brancas, 2 mulheres cis negras, 1 mulher cis indígena, 1 mulher trans branca, 18 homens cis brancos, 3 homens cis negros, 3 homens cis pardo e 1 homem cis indígena.

Nos curtas-metragens, foram 748 trabalhos inscritos. Pelos dados de etnia/raça autodeclarados pelos realizadores, foram 403 brancos/caucasianos, 124 negros, 75 pardos, 9 asiáticos, 5 indígenas, 1 afroindígena e 1 não-branco. Nos dados de identidade de gênero, também autodeclarados, constam entre os inscritos 308 homens brancos cisgênero, 252 mulheres cis, 1 travesti, 1 travesti não-binário, 3 homens transgêneros, 5 mulheres transgêneros e 15 não-binários. Considerando os 79 curtas-metragens selecionados, os dados de raça e gênero de realizadores são de 8 mulheres cis negras, 2 mulheres cis pardas, 26 mulheres cis brancas, 1 mulher cis indígena, 1 mulher trans amarela, 1 travesti negra, 10 homens cis negros, 1 homem cis pardo, 21 homens cis brancos, 1 homem trans branco, 2 não-binários brancos e 1 não-binário negro.

swingueiratiradentesCena do filme Swingueira, de Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo Gurjão e Felipe de Paula.

A programação da Mostra Aurora, dedicada a filmes de realizadores com até três longas-metragens, conta com produções inéditas em circuitos de festival. Todos serão avaliados pelo Júri da Crítica e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra. Clique aqui e saiba mais.

A Mostra Olhos Livres se notabiliza pela diversidade de olhares e formas e por não ter conceitos fechados ou critérios uniformizantes. Consolidou-se como uma mostra competitiva que esboça um panorama mais amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro, em vários casos de títulos ou realizadores com alguma repercussão prévia em eventos de cinema de alcance nacional ou internacional.

A Mostra Vertentes da Criação se apropria do conceito central do evento este ano, que tem por base a percepção de que o cinema brasileiro se reconfigura constantemente nas circunstâncias impostas a ele e nas inquietações de criadores que constantemente revigoram as formas do fazer. Para isso, os curadores selecionaram cinco títulos que dialogam diretamente com a temática, além dos curtas já anunciados (clique aqui):

#eagoraoque, de Rubens Rewald e Jean-Claude Bernardet (SP)
Agora, de Dea Ferraz (PE)
Entre Nós Talvez Estejam Multidões, de Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito (MG/PE)
Negro em Mim, de Macca Ramos (SP/MG/BA/PE/PA)
Pajeú, de Pedro Diógenes (CE)

Apesar de o contexto da pandemia impossibilitar a realização presencial do tradicional Cine-Praça, uma das atividades mais queridas da Mostra, a programação será mantida com o mesmo perfil de títulos de diálogo popular e imediato, desta vez exibidos no site. Os selecionados do ano na Mostra Praça são:

Swingueira, de Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo Gurjão e Felipe de Paula (CE/BA)
Mirador, de Bruno Costa (PR)
Sementes: Mulheres Pretas no Poder, de Éthel Oliveira e Júlia Mariano (RJ)
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (RJ/SP)
Todas as Melodias, de Marco Abujamra (RJ)

Há ainda a sessão de Curtas na Praça, com filmes de menor duração apresentados em conjuntos que dialogam temática e esteticamente entre os selecionados.

Também exclusiva de 2021 é a Mostra Homenagem dedicada à multiartista Paula Gaitán, celebrada nessa edição por sua contribuição ao cinema e ao audiovisual nas últimas décadas. A Mostra vai promover um encontro virtual com a cineasta e exibir 8 de seus trabalhos mais representativos. Clique aqui e saiba mais.

Uma novidade de 2021 é a Sessão da Meia-noite, que vai exibir dois longas-metragens de terror dirigidos por cineastas reconhecidos mundialmente por seus trabalhos no gênero: O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão (ES); e Skull – A Máscara de Anhangá, de Kapel Furman e Armando Fonseca (SP).

skulltiradentesCena do filme Skull – A Máscara de Anhangá, de Kapel Furman e Armando Fonseca.

A Mostra Foco, composta por 11 títulos, conta com três linhas de aproximações entre os curtas-metragens: filmes que pensam a catástrofe, a destruição e o colapso do mundo, tratando sobre em que medida isso se conecta a uma crise generalizada da política institucional e de um projeto de país; filmes que borram fronteiras entre o real e o imaginário, o que existe de possível na concretude das vivências e o que há de criação do impossível no campo da imaginação; e enredos de distopia, com alegorias que aludem ao presente, pensam os processos históricos e apontam possíveis futuros.

Já a Mostra Panorama contém especialmente curtas de realizadores com trajetórias já reconhecidas no cinema contemporâneo brasileiro ou com alguma circulação prévia em eventos de audiovisual no Brasil e no mundo. “Mas também selecionamos na Panorama curtas de jovens realizadores que estão se aventurando nas ficções em diálogo com os códigos do cinema de gênero e outros que estão buscando diferentes processos de criação dentro do documentário”, destaca a curadora Camila Vieira. São 26 filmes que formam um retrato dessa produção muitas vezes errante, devido aos obstáculos enfrentados pelos realizadores, mas que está sempre se consolidando como espaços fundamentais de expressão e que se mostram mundialmente como instantâneos das possibilidades do formato e da linguagem.

Os nove filmes da Mostra Foco Minas trazem um sobrevoo na vigorosa produção contemporânea no estado. Realizadores iniciantes e experientes elaboram traumas individuais e coletivos, subjetividades e identidades em gestos que vão da representação direta à dimensão fabuladora, apontando possíveis saídas pelos caminhos do imaginário.

Dedicada inteiramente aos filmes realizados em escolas e faculdades, as sessões da Mostra Formação evidenciam a potência e a efervescência criativa da juventude brasileira, que mesmo em tempos e condições tão adversas consegue propor experimentos e narrativas inventivas, que traduzem seu tempo e seus iguais. Nesta edição, nove filmes criam um panorama da produção de vários cantos do país.

Dedicadas ao público infantil e juvenil da Mostra de Cinema de Tiradentes, as sessões Mostrinha e Jovem apresentam narrativas ficcionais nos formatos de animação e live-action. Para as crianças, cinco curtas trazem histórias lúdicas e educativas. Para os jovens, três curtas narram dramas com personagens em processo de amadurecimento para a vida adulta.

Para as famílias assistirem juntas, a Mostrinha conta esse ano com uma Sessão Família com o longa-metragem infantojuvenil Passagem Secreta, de Rodrigo Grota (PR), que mostra a jornada de uma garotinha ao descobrir segredos de sua própria família quando entra escondida num parque de diversões.

Vale lembrar que toda a programação da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes é oferecida gratuitamente ao público.

Fotos: Nigéria Filmes, Mila Cavalcante e Divulgação.

Dirigido por Matteo Garrone, Pinóquio, com Roberto Benigni, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor

pinoquiotrailerFederico Ielapi interpreta o personagem-título.

A clássica história do boneco de madeira que se transformou em um garoto de verdade chega aos cinemas nacionais pela primeira vez em formato live-action. Dirigido por Matteo Garrone, de Gomorra e Dogman, cineasta vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, Pinóquio tem sua estreia nacional prevista para o dia 21 de janeiro com distribuição da Imagem Filmes.

O filme conta a história de Gepeto, interpretado por Roberto Benigni, um solitário marceneiro que sonhava em ser pai e deseja que Pinóquio, papel de Federico Ielapi, o boneco que acabou de construir, ganhe vida. Seu pedido é atendido, mas a desobediência de Pinóquio faz com que ele se perca de casa e embarque em uma jornada repleta de mistérios e seres fantásticos, que o levará a conhecer de perto os perigos do mundo.

Conhecido em todos os países, o boneco de madeira fez sua primeira aparição em 1883, no romance As Aventuras de Pinóquio, escrito por Carlo Collodi, e, desde então, ganhou adaptações em diversos formatos. A mais conhecida é o clássico da Disney lançado em 1940 e que venceu em duas categorias no Oscar: melhor trilha sonora e canção original para When You Wish Upon a Star.

O diretor Garrone promete fazer de seu Pinóquio uma adaptação mais fiel ao personagem original de Collodi, afastando-se da versão que se tornou popular com a clássica animação de 1940. Em uma trama mais sombria, o cineasta afirma que o projeto representou dois sonhos que se tornaram realidade: dirigir uma adaptação de Pinóquio e trabalhar com Benigni, que dá vida a Gepeto no longa. Reconhecido por sua atuação em A Vida é Bela, filme no qual conquistou o Oscar de melhor ator, Pinóquio marca o retorno de Roberto Benigni aos cinemas após um hiato de oito anos.

Assista ao trailer de Pinóquio:

Foto: Greta De Lazzaris.

Critics Choice Super Awards: conheça os vencedores

por: Cinevitor

delroylindosuperawardsDelroy Lindo em Destacamento Blood: melhor ator.

O Critics Choice Super Awards foi criado para celebrar alguns gêneros mais populares que nem sempre são lembrados nas principais cerimônias de premiação e que atraem fãs em todo o mundo. Filmes e séries de super-heróis, ação, fantasia, terror, ficção científica e animação terão agora um lugar para comemorar suas principais realizações a cada temporada.

A cerimônia da primeira edição do Critics Choice Super Awards aconteceu neste domingo, 10/01, e foi apresentada por Kevin Smith e Dani Fernandez. Além dos vencedores, a organização entregou o Prêmio Legacy à franquia Star Trek, que acaba de completar 55 anos, como reconhecimento do impacto cultural nas primeiras décadas, conquistando novos e leais fãs com suas novas histórias e personagens. O prêmio foi recebido por Patrick Stewart e Sonequa Martin-Green.

O período de elegibilidade para todos os candidatos incluiu produções liberadas de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020. Os vencedores foram escolhidos pelos votos dos membros da Critics Choice Association. Vale lembrar que as categorias de super-heróis também incluíram filmes inspirados em quadrinhos e videogames.

Conheça os vencedores do primeiro Critics Choice Super Awards:

MELHOR FILME DE AÇÃO
Destacamento Blood, de Spike Lee

MELHOR ATOR | FILME DE AÇÃO
Delroy Lindo, por Destacamento Blood

MELHOR ATRIZ | FILME DE AÇÃO
Betty Gilpin, por A Caçada

MELHOR ANIMAÇÃO
Soul, de Pete Docter e Kemp Powers

MELHOR ATOR | ANIMAÇÃO | VOZ
Jamie Foxx, por Soul

MELHOR ATRIZ | ANIMAÇÃO | VOZ
Tina Fey, por Soul

MELHOR FILME DE SUPER-HERÓI
The Old Guard, de Gina Prince-Bythewood

MELHOR ATOR | FILME DE SUPER-HERÓI
Ewan McGregor, por Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

MELHOR ATRIZ | FILME DE SUPER-HERÓI
Margot Robbie, por Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

MELHOR FILME DE TERROR
O Homem Invisível, de Leigh Whannell

MELHOR ATOR | FILME DE TERROR
Vince Vaughn, por Freaky: No Corpo de um Assassino

MELHOR ATRIZ | FILME DE TERROR
Elisabeth Moss, por O Homem Invisível

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
Palm Springs, de Max Barbakow

MELHOR ATOR | FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA 
Andy Samberg, por Palm Springs

MELHOR ATRIZ | FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
Cristin Milioti, por Palm Springs

MELHOR VILÃO
Jim Carrey, por Sonic: O Filme

MELHOR SÉRIE DE AÇÃO
Vikings (History)

MELHOR ATOR | SÉRIE DE AÇÃO
Daveed Diggs, por Expresso do Amanhã

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE AÇÃO
Angela Bassett, por 9-1-1

MELHOR SÉRIE DE ANIMAÇÃO
BoJack Horseman (Netflix)

MELHOR ATOR | SÉRIE DE ANIMAÇÃO | VOZ
Will Arnett, por BoJack Horseman

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE ANIMAÇÃO | VOZ
Kaley Cuoco, por Harley Quinn

MELHOR SÉRIE DE SUPER-HERÓI
The Boys (Amazon)

MELHOR ATOR | SÉRIE DE SUPER-HERÓI
Antony Starr, por The Boys

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE SUPER-HERÓI
Aya Cash, por The Boys

MELHOR SÉRIE DE TERROR
Lovecraft Country (HBO)

MELHOR ATOR | SÉRIE DE TERROR
Jensen Ackles, por Supernatural

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE TERROR
Jurnee Smollett, por Lovecraft Country

MELHOR SÉRIE DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
The Mandalorian (Disney+)

MELHOR ATOR | SÉRIE DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
Patrick Stewart, por Star Trek: Picard

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
Natasia Demetriou, por What We Do in the Shadows

MELHOR VILÃO | SÉRIE
Antony Starr, por The Boys

Foto: Divulgação/Netflix.

National Society of Film Critics anuncia os melhores de 2020

por: Cinevitor

nomadlandnationalsocietyFrances McDormand em Nomadland: quatro prêmios.

Fundada em 1966, a National Society of Film Critics é formada por 60 importantes críticos americanos e o seu prêmio anual, que elege os melhores da sétima arte, é considerado um dos mais prestigiados da indústria cinematográfica.

Entre os premiados dos últimos anos, destacam-se: Melancolia, de Lars von Trier; Amor, de Michael Haneke; Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum, de Ethan Coen e Joel Coen; Adeus à Linguagem, de Jean-Luc Godard; Spotlight: Segredos Revelados, de Tom McCarthy; Moonlight: Sob a Luz do Luar, de Barry Jenkins; Lady Bird: A Hora de Voar, de Greta Gerwig; e Domando o Destino, de Chloé Zhao. No ano passado, Parasita, de Bong Joon-Ho, foi o grande vencedor.

Qualquer filme que estreou nos Estados Unidos nos cinemas ou em uma plataforma de streaming durante o ano estava qualificado para a premiação. Os membros da NSFC, que tem Justin Chang como presidente, trabalham nos principais jornais e veículos de Los Angeles, Boston, Nova York, Filadélfia e Chicago, incluindo: Wall Street Journal, Los Angeles Times, New Yorker, Christian Science Monitor e NPR.

Entre as produções estrangeiras, o premiado brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ficou em segundo lugar, com 36 pontos, ao lado do russo Uma Mulher Alta, de Kantemir Balagov.

Confira a lista com os melhores de 2020 segundo a National Society of Film Critics Award:

MELHOR FILME
Nomadland, de Chloé Zhao (52 pontos)
2º: First Cow, de Kelly Reichardt (50 pontos)
3º: Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, de Eliza Hittman (41 pontos)

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland (58 pontos)
2º: Steve McQueen, por Small Axe (41 pontos)
3º: Kelly Reichardt, por First Cow (30 pontos)

MELHOR ATRIZ
Frances McDormand, por Nomadland (46 pontos)
2º: Viola Davis, por A Voz Suprema do Blues (33 pontos)
3º: Sidney Flanigan, por Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre (29 pontos)

MELHOR ATOR
Delroy Lindo, por Destacamento Blood (52 pontos)
2º: Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues (47 pontos)
3º: Riz Ahmed, por O Som do Silêncio (32 pontos)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova, por Borat: Fita de Cinema Seguinte (47 pontos)
2º: Amanda Seyfried, por Mank (40 pontos)
3º: Youn Yuh-jung, por Minari (33 pontos)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Paul Raci, por O Som do Silêncio (53 pontos)
2º: Glynn Turman, por A Voz Suprema do Blues (36 pontos)
3º: Chadwick Boseman, por Destacamento Blood (35 pontos)

MELHOR ROTEIRO
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, escrito por Eliza Hittman (38 pontos)
2º: First Cow, escrito por Jon Raymond e Kelly Reichardt (35 pontos)
3º: Estou Pensando em Acabar com Tudo, escrito por Charlie Kaufman (29 pontos)

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland, por Joshua James Richards (47 pontos)
2º: Lovers Rock, por Shabier Kirchner (41 pontos)
3º: Vitalina Varela, por Leonardo Simões (34 pontos)

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Collective, de Alexander Nanau (Romênia/Luxemburgo) (38 pontos)
2º: Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil) e Uma Mulher Alta, de Kantemir Balagov (Rússia) (36 pontos)
3º: Vitalina Varela, de Pedro Costa (Portugal) (32 pontos)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Time, de Garrett Bradley (46 pontos)
2º: City Hall, de Frederick Wiseman (28 pontos)
3º: Collective, de Alexander Nanau (22 pontos)

FILM HERITAGE AWARD
Women Make Movies: que, desde a década de 1970, lança filmes ousados e distintos dirigidos por mulheres que distribuidores mais convencionais não exibiriam.
Film Comment: fundada em 1962, e atualmente em um hiato, há muito tempo é considerada a revista americana de cinema mais substancial e abrangente.
Brattle Theatre: entre as principais casas de repertório da América, exibe filmes de arte de forma constante desde 1953 e mantém-se firme na tradição de sessões duplas diárias.

Foto: Joshua James Richards/Searchlight Pictures.

Malcolm & Marie, com Zendaya e John David Washington, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor

malcommarienetflixUma ode aos grandes romances de Hollywood.

Dirigido por Sam Levinson, de Bastidores de um Casamento, País da Violência e da série Euphoria, o drama romântico Malcolm & Marie estreia no dia 5 de fevereiro na Netflix.

No filme, um cineasta, vivido por John David Washington, e a namorada, papel de Zendaya, voltam para casa após a festa de lançamento de seu filme, que ele acredita ser um grande sucesso. A noite, de repente, toma outro rumo quando revelações sobre o relacionamento começam a surgir, testando a força do amor do casal.

Juntamente com o diretor de fotografia Marcell Rév, premiado por País da Violência e Lua de Júpiter, Levinson cria um filme de rara originalidade, uma ode aos grandes romances de Hollywood e uma expressão genuína de fé no futuro do meio. A música é assinada pelo cantor inglês Labrinth.

Confira o trailer de Malcolm & Marie:

Foto: Divulgação/Netflix.

24ª Mostra de Cinema de Tiradentes divulga filmes selecionados para a Mostra Olhos Livres

por: Cinevitor

irmafilmetiradentesCena do filme gaúcho Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes.

A 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 22 e 30 de janeiro, será realizada pela primeira vez em ambiente on-line por conta da pandemia de Covid-19. Assim, a extensa programação de filmes e debates, já amplamente conhecida e celebrada pelos amantes do cinema brasileiro, do evento que abre o calendário audiovisual do país, estará disponível no site (clique aqui).

A Mostra Olhos Livres é um recorte da programação que se notabiliza pela diversidade de olhares e formas e sem conceitos fechados ou critérios uniformizantes. Assim, consolidou-se como uma mostra competitiva que esboça um panorama mais amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro.

Serão realizados debates com diretores da Olhos Livres nos dias 29 e 30 de janeiro, sexta-feira e sábado, às 13h. Os filmes serão avaliados pelo Júri Jovem, composto por cinco integrantes selecionados na Oficina de Crítica ministrada durante a CineBH, em 2020. O objetivo é estimular e ampliar a discussão e a visibilidade em torno de filmes independentes, evidenciar o trabalho dos realizadores e refletir sobre as características e novidades dessa produção recente.

“Em 2021, a Mostra Olhos Livres conta com filmes de práticas e processos criativos distintos, perspectivas contrastantes, ideias e fundamentos singulares em cada trabalho, com meios materiais e esforços expressivos completamente diferentes uns dos outros”, destaca Francis Vogner, coordenador curatorial da 24ª Mostra Tiradentes.

A curadora de longas Lila Foster reflete que a seleção da Olhos Livres pode ser vista como um arquipélago de possibilidades criativas para se pensar um imaginário de país: “Isso não significa fragmentar e particularizar os constrangimentos históricos que nos atravessam, e sim estabelecer pontos de vista e fundamentos singulares para sentimentos, narrativas, territórios, culturas e discursos que possuem intensidades únicas, ainda que seja importante tecer um fio que possa unir as tramas políticas e temporais de cada um”, diz. Francis complementa: “Às suas maneiras, possuem um espírito de época que os atravessa. São filmes que recuperam o passado, investigam o presente e preparam o futuro”.

Conheça os filmes selecionados para a Mostra Olhos Livres da 24ª Mostra Tiradentes:

Amador, de Cris Ventura (GO/MG)
Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (RS)
Nũhũ yãg mũ yõg hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (MG)
Rodson ou (Onde o Sol não Tem Dó), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra (CE)
Subterrânea, de Pedro Urano (RJ)
Voltei!, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA)

Foto: Divulgação.

24ª Mostra de Cinema de Tiradentes anuncia filmes selecionados para a Mostra Aurora

por: Cinevitor

oraculotiradentesauroraCena do filme catarinense Oráculo, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn.

Para a 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 22 e 30 de janeiro, a Mostra Aurora vai apresentar um recorte absolutamente inédito do cinema brasileiro contemporâneo de invenção. Serão exibidos sete filmes dentro desta seção que integra a programação e, que, pela primeira vez em sua história, reúne três títulos da Bahia. A seleção ficou a cargo da dupla de curadoria Francis Vogner dos Reis e Lila Foster.

Todas as produções serão avaliadas pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra: “Considerando a circunstância histórica tão complicada para o cinema brasileiro atualmente, foi muito importante chegarmos a esse recorte tão expressivo e inédito”, destaca Francis Vogner. Para o curador, os títulos têm singularidades que os tornam experiências distintas entre si e representam um instantâneo do atual cenário de realização no país, com produções modestas, de baixo orçamento, sem editais e de possibilidade reduzida de circulação devido a efeitos da pandemia.

Por sua vez, Lila Foster diz ter sido inevitável, para a Aurora em 2021, pensar no atravessamento do tempo no cinema brasileiro, já há alguns anos sofrendo uma série de arrochos, de mudança no financiamento e na circulação dos filmes. A situação se agravou em 2020, por conta do esvaziamento das políticas de fomento em âmbito federal e por quase um ano de isolamento devido à pandemia, o que afetou diretamente toda a cadeia profissional do setor. “A relação espectatorial com os filmes se tornou muito diferente também, diante de um público que está em quarentena e das salas que ficaram fechadas por tanto tempo. Alguns filmes deste ano na Aurora, de formas muito interessantes, fazem uma espécie de dobra no tempo em relação a esse tempo acelerado que a gente tem vivido”, comentou Lila.

Um time diversificado de profissionais foi convidado para avaliar os filmes da Mostra Aurora e é formado por: Mariana Souto, professora de cinema de Universidade de Brasília/DF); Graciela Guarani, comunicadora, produtora cultural e cineasta/MS; Ivone Margulies, professora da Hunter College em NY/EUA; Leonardo Bomfim, crítico e programador da Cinemateca do Capitólio em Porto Alegre/RS; e Soraya Martins, atriz, crítica e curadora teatral independente/MG.

Caberá ao Júri Oficial escolher o melhor filme da Mostra Aurora, o melhor filme da Mostra Foco e o Destaque Feminino, um prêmio criado e entregue a uma mulher em uma das funções da criação cinematográfica em algum longa ou curta presente nas mostras Aurora e Foco.

Os filmes da Mostra Aurora estarão disponíveis em formato on-line, poderão ser assistidos por um período de 48 horas a partir da abertura do sinal de cada filme e serão debatidos sempre na manhã seguinte à sua estreia, no programa da série Encontro com os Filmes. Toda programação será realizada virtualmente pelo site oficial do evento (clique aqui).

Sobre os filmes selecionados: O Cerco (RJ) já leva ao título a questão do corpo cerceado que tem sido parte da vida durante a pandemia e trata disso atualizando tensões do cotidiano carioca, num ambiente confinado, de movimentos intimistas e cenários limitados. Já Eu, Empresa (BA/MG) promove um jogo entre performance, ficção e documentário para tratar da precarização do mercado audiovisual brasileiro, o que se agrava em tempos são sombrios como os atuais, marcados pelo esvaziamento de órgãos de fomento e marginalização da cultura em âmbito federal.

De natureza mais fabular, A Mesma Parte de um Homem (PR) mostra o isolamento de uma mãe e sua filha em meio a acontecimentos dramáticos que não se mostram de imediato, numa ambiência naturalista e surreal que se apresenta como exercício de dramaturgia a partir de corpos tensionados e de um espaço enclausurado. No caso de Rosa Tirana (BA), a fabulação mítica do sertão baiano é feita pela ótica do olhar infantil, da imaginação, medo e projeção de uma criança a partir de seu entorno e suas relações.

Na chave da observação e da atenção aos corpos retratados em cena, Açucena (BA) olha para sua personagem com um tempo dilatado e uma montagem muito especial, que documenta também o próprio processo de espera que caracteriza o andamento do filme. Kevin (MG) tem caráter similar, ao acompanhar a personagem-título em situações que parecem estar muito próximas do cotidiano, mas com a presença da diretora do filme, que estimula e encena determinados acontecimentos diante da câmera. Por fim, em chave mais experimental, Oráculo (SC) se constitui de planos-sequências cujas densidades dramáticas se modulam com o cenário de natureza, as pessoas, as performances e um trabalho sonoro de invenção.

Conheça os filmes selecionados para a Mostra Aurora da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann (PR)
Açucena, de Isaac Donato (BA)
Eu, Empresa, de Leon Sampaio e Marcus Curvelo (BA/MG)
Kevin, de Joana Oliveira (MG)
O Cerco, de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spíndola (RJ)
Oráculo, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn (SC)
Rosa Tirana, de Rogério Sagui (BA)

Foto: Divulgação.

Especial: os 15 melhores filmes brasileiros de 2020

por: Cinevitor

top12brasilcinevitorCinema brasileiro em 2020: em casa e na telona.

O ano de 2020 daria um filme. Se alguém contasse o que teríamos pela frente, seria quase impossível acreditar. Uma pandemia capaz de transformar, bagunçar e parar a rotina das pessoas em pleno século 21? Jamais. Em janeiro, tudo parecia bem. Tivemos estreias nos cinemas, festivais, entrevistas presenciais. Em fevereiro teve Carnaval, aquele respiro festivo logo no início do ano, mas já com uma certa desconfiança de algo muito estranho no ar. A festa acabou, a ressaca chegou e o tal Covid-19, aquele novo coronavírus descoberto na China, apareceu sem ser convidado.

Os cinemas fecharam, as produções foram interrompidas, os filmes adiaram seus lançamentos e os festivais não tinham ideia de como seriam realizados. Isso só para citar o setor audiovisual, um dos mais afetados nesse ano tão sombrio. Sem contar os números apavorantes de mortes e infectados e a irresponsabilidade de governantes mundiais que duvidaram do perigo. Principalmente por aqui.

Realmente, o ano de 2020 daria um filme. Se fosse brasileiro, sua narrativa contaria também, se já não bastasse um vírus letal para amarrar a trama, com os absurdos esbravejados pelo desalmado governante desta nação, com toda sua arrogância e prepotência. A falta de empatia causou danos imensuráveis nas vidas pessoais e profissionais. O cinema brasileiro, em um vácuo profundo e perdido em meio ao caos, sofreu ainda mais com a ampliação da paralisia do Governo Federal relativa ao setor, que se amplificou pelos impactos da pandemia. Ao longo do turbilhão, o descaso com a Ancine, Agência Nacional do Cinema, e com a Cinemateca Brasileira, só reforçava o desinteresse em relação aos artistas e à história e memória cultural do país. Até que surgiu um respiro: a Lei Aldir Blanc, uma iniciativa da Deputada Federal Benedita da Silva, com a intenção de ajudar os trabalhadores da cultura e os espaços culturais.

Aos poucos, as atividades foram se readaptando, os cinemas reabrindo e as produções retomadas seguindo os protocolos de segurança da OMS, Organização Mundial da Saúde. Os festivais, quase todos realizados em formato virtual, ganharam maior abrangência. Com isso, as obras tiveram uma visibilidade mais democrática e amplificada. O ano de 2020 cravou, de vez, a força das plataformas digitais na rotina dos cinéfilos. Filmes programados para as telonas acabaram estreando diretamente em streaming. Se por um lado o cinema brasileiro perdeu em bilheteria, algo que já se discute há tempos quando bate de frente com um blockbuster gringo, por outro o público teve fácil acesso à obras que antes teriam ficado restritas a um público limitado de poucas salas de cinema.

Ainda que ameaçado, em um ano desesperador, o cinema brasileiro ganhou força. Foi prestigiado, foi notado e também se destacou em festivais internacionais, mesmo em formatos remotos. Não tivemos a alegria dos anos anteriores de sentir a emoção de um aplauso ao final da sessão, de abraçar os amigos e parabenizar os realizadores presencialmente. Ou até mesmo de brindar encontros e reencontros cinematográficos depois daquela sessão eufórica em um festival. Interagimos virtualmente. Fizemos entrevistas pelo computador ou por uma tela de celular. Mas demos um jeito de vibrar e se orgulhar de nossa arte. Mesmo com máscara e álcool em gel.

Sabemos que o nosso cinema sempre foi muito bem representado em diversos gêneros e para todos os públicos; em grandes, pequenas e independentes produções. Fato é que não vivemos o melhor momento da nossa cultura, que diariamente é ameaçada. Mas, por aqui, seguimos na luta e com o compromisso de cativar, emocionar, gerar reflexão e debates, fazer sorrir, chorar e eternizar momentos únicos. O cinema brasileiro leva nossa identidade para todos os cantos do país e do mundo. Com sotaques, histórias, personagens inesquecíveis e profissionais competentes. Gera empregos, exporta talento e criatividade.

Como de costume, fazer uma lista com os melhores do ano não é uma tarefa fácil. Ainda mais quando nos deparamos com obras tão impressionantes e relevantes. Nosso passado, presente e futuro foram retratados brilhantemente em diversos curtas e longas. Fomos surpreendidos, mas também cruzamos com decepções. Choramos, sorrimos, aplaudimos. Mas também cansamos. Vimos o mesmo filme algumas vezes, outros sem vontade. Descobrimos atores, atrizes, realizadores. Percebemos uma preocupação necessária em escancarar nossos traumas nas telonas (ou telinhas) e também sentimos orgulho daquilo que é nosso, feito com amor e dedicação. Sim, o ano de 2020 daria um filme. De qualquer gênero, brasileiro e premiado.

Sendo assim, para encerrar esse ano tão atípico, porém repleto de produções elogiáveis, fizemos uma lista com os melhores longas-metragens brasileiros de 2020 que estrearam em circuito comercial nas salas de cinema e nas plataformas digitais. Confira:

15º: MARIA LUIZA
Dirigido por Marcelo Díaz

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Vencedor do prêmio de melhor documentário no Merlinka Festival, Maria Luiza retrata a história de Maria Luiza da Silva, cabo da FAB durante 22 anos e aposentada por invalidez, após assumir sua condição de transexual. O filme aborda os conflitos, as desilusões e as conquistas da cabo em seu processo de busca de identidade; investiga os motivos pelos quais foi impedida de continuar a exercer sua atividade militar como mecânica de aviação e realizar seu sonho: vestir a farda feminina. Maria Luiza nasceu em Ceres, Goiás, como José Carlos, mas nunca se reconheceu como uma figura masculina. Curiosamente, era o dia de Santos Dumont, patrono da aviação brasileira. Quando completou 18 anos, prestou o serviço militar e entrou para a FAB. Enquanto servia na área de mecânica de aeronaves na Base Aérea de Brasília, revelou seu desejo pela mudança de sexo. Após muitas passagens por médicos e psicólogos da Aeronáutica, em 1998 recebeu o diagnóstico de transexual e em 2000 o comando decidiu que ela deveria se aposentar com a metade do soldo que recebia na época. Pediu ajuda ao Ministério Público e deu início a um longo processo pelo reconhecimento de sua identidade como mulher trans. Em 2005, fez a cirurgia de transgenitalização e em 2007 corrigiu gênero e nome nos documentos civis. Apenas um ano, foi emitida sua nova identidade militar como Cabo Maria Luiza, fato sem precedentes no país. O longa passou por diversos festivais, entre eles: É Tudo Verdade, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, FIDBA – Festival Internacional de Documentários de Buenos Aires, San Diego Latino Film Festival, Amsterdam Transgender Film Festival, Geneva International Queer Film Festival, Amazônia Doc – Festival Pan-Amazônico de Cinema, Seattle Latino Film Festival, International Queer Film Festival Playa del Carmen, entre outros.

*Disponível nas plataformas Now, Vivo Play, Apple TV+, Oi Play, YouTube, iTunes e Google Play.

14º: ALICE JÚNIOR
Dirigido por Gil Baroni

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A estreia nacional de Alice Júnior, filme de Gil Baroni, aconteceu em setembro do ano passado na 26ª edição do Festival de Cinema de Vitória. O filme conta a história de Alice, interpretada por Anne Celestino Mota, uma garota transexual que quer dar o primeiro beijo, ser feliz e viver as experiências da adolescência sem ser rotulada e reprimida. O premiado longa fala sobre a adolescência, suas inquietações, seus sonhos e retrata a escola como um ambiente de ensino indispensável, mas que muitas vezes pode ser opressor. O diretor Gil Baroni, o roteirista e criador da ideia original Luiz Bertazzo e o corroteirista Adriel Nizer Silva, desenvolveram a história ao longo de um ano e meio. Alice Júnior integrou a seleção da mostra Generation no Festival de Berlim deste ano; no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro recebeu os prêmios de melhor atriz para Anne Mota, melhor montagem, trilha sonora e atriz coadjuvante para Thaís Schier; no Festival do Rio, foi eleito o melhor filme da Mostra Geração segundo o público; na 27ª edição do Festival Mix Brasil foi consagrado com três estatuetas: melhor interpretação, Menção Honrosa e melhor longa nacional segundo o público. Além disso, o filme circulou com sucesso em festivais internacionais e recebeu o Prêmio do Júri no aGLIFF, Austin Gay and Lesbian International Film Festival, e integrou a seleção do Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival, considerado o maior festival com temática LGBTQIA+ do mundo. Recentemente, apareceu entre os melhores do ano na lista The Best Queer Films of 2020 do site americano IndieWire.

EXTRAS: entrevista com Anne Mota e Gil Baroni no Festival de Vitória + trailer.

*Disponível nas plataformas Netflix, YouTube e Google Play.

13º: DISFORIA
Dirigido por Lucas Cassales

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Exibido na mostra de longas-metragens gaúchos da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado, Disforia estreou nos cinemas em março, mas teve sua carreira interrompida por conta da pandemia. Na trama, Dário, interpretado por Rafael Sieg, sofre pela dificuldade em se recuperar de um acontecimento assustador de seu passado. Ao se aproximar da menina Sofia, vivida por Isabella Lima, as emoções e a culpa tomam conta de sua vida, a partir das sensações estranhas e perturbadoras que a menina causa nas pessoas ao seu redor. Atormentado, ele precisa encarar o passado e o mistério envolvendo a família de Sofia. Trata-se de um thriller de horror psicológico, que aborda alguns temas como estresse pós traumático, transtornos psicológicos, depressão pós parto, solidão e insanidade. Além disso, transgride os limites entre o real e o imaginário. Depois de uma carreira consolidada em curtas-metragens, com filmes como O Corpo e Abismo, Lucas Cassales fez sua estreia em longas com Disforia e levou o prêmio de melhor direção no Rio Fantastik Festival, em 2019. O elenco conta também com Vinícius Ferreira, Juliana Wolkmer, Janaina Kremer e Ida Celina Weber.

*Disponível no Amazon Prime Video, Now, Google Play, iTunes, Vivo Play, Looke e YouTube.

12º: CASA
Dirigido por Letícia Simões

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Em uma narrativa pessoal, da própria diretora, o documentário mostra situações corriqueiras, como revisitar os álbuns de família, a infância, as lembranças, a doença, o amor, a profissão, o casamento, conversas à mesa de refeições, livros e poemas. A cineasta Letícia Simões busca extrapolar o caráter íntimo e mostra como que, para cada uma das mulheres de sua família, o cotidiano e a própria vida, ganham contornos diferentes entre si, e que ora se complementam, ora se chocam, revelando suas decisões e suas trajetórias. Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa; Heliana, a mãe, está encarando uma séria crise depressiva que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo de idosos. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, Casa questiona o que é sanidade, o que é memória, o que é o feminino, o que é a solidão, o que é família, o que é casa. O filme recebeu o Prêmio da Crítica no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, foi eleito o melhor longa do 26º Festival de Cinema de Vitória e premiado pelo Júri Jovem do Panorama Internacional Coisa de Cinema. Além disso, foi exibido na Mostra de São Paulo, XII Janela Internacional de Cinema do Recife, Festival de Havana, Mostra de Cinema de Gostoso, Festival do Rio, entre outros.

EXTRA: entrevista com Letícia Simões no Olhar de Cinema.

*Disponível nas plataformas Now, Vivo Play e Oi Play.

11º: O BARCO
Dirigido por Petrus Cariry

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Vencedor de quatro prêmios na 28ª edição do Festival Cine Ceará, entre eles, melhor filme pelo júri Olhar Universitário, O Barco, de Petrus Cariry, estreou nos cinemas em novembro. No filme, Esmerina, papel de Verônica Cavalcanti, é mãe de 26 filhos, cada um chamado por uma letra do alfabeto. A família leva uma vida pacata em uma vila de pescadores até que um barco naufraga trazendo Ana, vivida por Samya de Lavor, uma misteriosa mulher que vai mudar a rotina da família. O mais afetado é o filho A, interpretado por Rômulo Braga, o mais velho da prole, que desperta para a vontade de romper com o lugar onde passou sua vida inteira para, finalmente, conhecer o mundo. O elenco ainda conta com a participação dos atores paraibanos Everaldo Pontes, que interpreta um velho sábio da vila; e Nanego Lira, como o patriarca da família. A história é inspirada no conto homônimo do escritor cearense Carlos Emílio Corrêa Lima, que foi adaptado para o cinema pelo próprio diretor em parceria com Rosemberg Cariry e Firmino Holanda (também montador do filme). Além de diretor, roteirista e montador, Petrus também assina a direção de fotografia, trabalho que foi premiado no Islantilla Cineforum (Espanha), no 3º Rivne International Film Festival (Ucrânia), no Rio Fantastik Festival (Brasil), no  Festicini 2018 – Festival Internacional de Cinema Independente (Brasil) e no 13º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões. O longa também foi exibido em festivais e mostras dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Nigéria, México, Chile, Colômbia e Portugal.

EXTRAS: cena exclusiva + trailer + melhores momentos da apresentação do filme e entrevistas com o diretor e com a atriz Veronica Cavalcanti no Cine Ceará.

*Em cartaz nos cinemas e disponível nas plataformas Google Play e YouTube.

10º: PARTIDA
Dirigido por Caco Ciocler

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O premiado documentário Partida, de Caco Ciocler, que também dirigiu Esse Viver Ninguém Me Tira, estreou direto nas plataformas de streaming. Antes do lançamento, passou na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e foi escolhido pelo público como um dos finalistas ao Troféu Bandeira Paulista. O filme também foi exibido no Festival do Rio e conquistou quatro prêmios no 14º Fest Aruanda, em João Pessoa: Prêmio Especial do Júri, melhor som para Vasco Pimentel, melhor atriz para Georgette Fadel e melhor montagem para Tiago Marinho. A produção também foi selecionada para o 23º Festival de Málaga. No longa, diante do resultado da última eleição no Brasil, a atriz Georgette promete se candidatar à Presidência da República em 2022 por um partido formado só por mulheres, o Partida. Embarca em uma viagem de ônibus ao Uruguai na tentativa de passar a virada do ano ao lado do ex-presidente Pepe Mujica, sua maior inspiração política viva. Ainda nos primeiros minutos, esbarra em Léo, empresário com posições políticas bem diferentes das suas. O antagonista inesperado, quem diria, torna-se seu maior parceiro de jornada. Sob a paisagem caminhante, as irreconciliáveis brigas entre a esquerda e a direita, que dividiam amigos, famílias e o país, são revisitadas num performático jogo entre ficção e documentário. Na companhia de outros viajantes e de um grande amor, a esperança do encontro guia o sentido utópico de Partida. O elenco conta também com Léo Steinbruch, Paula Cesari, Vasco Pimentel, Sarah Lessa, Jefferson dos Reis, Julia Zakia, Beto Amaral, Manoela Rabinovitch, Ivan Drukier Waintrob e Luiza Zakia.

*Disponível nas plataformas Now, Vivo Play, Oi Play, Petra Belas Artes à la Carte, Filme Filme, Looke, iTunes e Google Play.

9º: AOS OLHOS DE ERNESTO
Dirigido por Ana Luiza Azevedo

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Com estreia programada para abril deste ano, Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, teve seu lançamento adiado por conta da pandemia de Covid-19. Na trama, a solidão, a amizade, o amor e as redescobertas na terceira idade permeiam a história de Ernesto, vivido pelo ator uruguaio Jorge Bolani, do filme Whisky. Aos 78 anos, o personagem, ex-fotógrafo uruguaio, se depara com uma crescente cegueira e as limitações diversas que acompanham a avançada idade. Viúvo e pai de filho único, Ramiro, papel de Julio Andrade, que vive longe, Ernesto ressignifica sua vida e os padrões da velhice ao conhecer a jovem Bia, interpretada por Gabriela Poester, que o ajuda, até mesmo a reencontrar um grande amor. Também estão no elenco: Jorge d’Elia, como Javier, o vizinho de Ernesto; Glória Demassi, que vive Lucía, o amor uruguaio do protagonista; e as participações de Mirna Spritzer, Áurea Baptista, Janaína Kremer, Celina Alcântara e Marcos Contreras. Escrito por Ana Luiza, em parceria com Jorge Furtado, o roteiro passou por laboratórios de desenvolvimento e teve consultoria do escritor cubano Senel Paz, autor de Morango e Chocolate. Premiado pela crítica na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Aos Olhos de Ernesto também recebeu os prêmios de melhor filme pelo público e melhor ator, para o uruguaio Jorge Bolani, no 23º Festival Internacional de Cine de Punta del Este; e foi consagrado na 24ª edição do Inffinito Film Festival, no qual foi eleito o melhor filme de ficção e também ganhou os prêmios de melhor direção e melhor roteiro. Além disso, teve sua estreia mundial no 24º Festival Internacional de Busan, na Coreia do Sul, o maior festival de cinema da Ásia, na categoria World Cinema.

EXTRAS: cena exclusiva + trailer.

*Disponível nas plataformas Now, Vivo Play e Oi Play.

8º: CIDADE PÁSSARO
Dirigido por Matias Mariani

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Após estrear na Mostra Panorama do Festival de Berlim deste ano, Cidade Pássaro foi lançado mundialmente na plataforma Netflix. Rodado em São Paulo e protagonizado por dois atores nigerianos, o filme conta a história de Amadi, papel de OC Ukeje, que viaja para a capital paulista em busca de seu irmão Ikenna, interpretado por Chukwudi Iwuji, o primogênito de uma família da etnia Igbo. Enquanto procura seu irmão, Amadi conhece uma vibrante comunidade de imigrantes, uma camada da população paulistana da qual pouco se fala. O filme conta também com Indira Nascimento, no papel de Emília, que passa a ser a ligação de Amadi com a cidade de São Paulo. O longa trata de temas como família, pertencimento, as fronteiras que definem cada um, a ideia de pátria e de lar. Com roteiro assinado por Chika Anadu, Francine Barbosa, Maíra Bühler, Matias Mariani, Júlia Murat, Chioma Thompson e Roberto Winter, Cidade Pássaro também foi exibido na Mostra de São Paulo e selecionado para o Festival de Havana.

*Disponível na Netflix.

7º: SOL ALEGRIA
Dirigido por Tavinho Teixeira

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Selecionado para a seção Bright Future do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, em 2018, Sol Alegria, dirigido pelo paraibano Tavinho Teixeira, foi exibido pela primeira vez no Brasil na competição de longas do 7º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. O filme acompanha uma excêntrica família que viaja em uma missão por um Brasil ditatorial para salvar a humanidade da extinção. A direção de fotografia é assinada por Ivo Lopes Araújo, dos filmes A Cidade Onde Envelheço e Tatuagem; a direção de arte é de Thales Junqueira, de Aquarius, Mãe Só Há Uma, Divino Amor e Bacurau. Na trama, enquanto o país está sob o jugo de uma junta militar e pastores corruptos pregam o apocalipse, uma família excêntrica e sem lei caminha pelo interior brasileiro. Seu primeiro objetivo é entregar uma remessa de armas a um grupo de freiras militantes que se retiraram para a selva, vivendo da renda de sua plantação de cannabis. Sol Alegria levou o Prêmio Especial do Júri no Olhar de Cinema e foi exibido no Festival Mix Brasil, Queer Lisboa, Mostra de São Paulo, Cine Ceará, Festival de Hamburgo, Festival de Brasília e CineBH. Esse é o terceiro longa de Tavinho Teixeira, que, além de dirigir, integra o elenco ao lado do cantor Ney Matogrosso, da atriz Joana Medeiros, do ator português Mauro Soares, das atrizes Suzy Lopes, Mariah Teixeira, Vera Valdez, Anita Medeiros e do ator Everaldo Pontes.

EXTRA: entrevista com a atriz Joana Medeiros no Olhar de Cinema + matéria especial sobre o filme no Olhar de Cinema.

*Disponível no MUBI.

6º: ZONA ÁRIDA
Dirigido por Fernanda Pessoa

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Depois de Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava, a cineasta Fernanda Pessoa apresenta Zona Árida, seu segundo longa documental, que foi premiado em três laboratórios de pós-produção e fez sua estreia mundial na competitiva Next Masters do festival Dok Leipzig, no qual recebeu Menção Honrosa. No filme, Fernanda revisita Mesa, uma cidade ao sul do estado do Arizona, nos Estados Unidos, considerada a mais conservadora do país de acordo com um estudo de 2014 realizado pelas universidades UCLA e MIT. Em 2001, a diretora tinha 15 anos e foi uma estudante de intercâmbio por um ano em Mesa. Quinze anos depois, e dois meses antes da eleição de Donald Trump, ela volta para entender sua experiência e as ideias conservadoras, passando por temas como a fronteira mexicana, o estilo de vida cowboy, religiosidade e patriotismo. Em setembro de 2016, com uma pequena equipe de filmagem, revisitou lugares e reencontrou pessoas que fizeram parte de sua experiência da adolescência. Zona Árida é um filme em primeira pessoa, no qual Fernanda ressignifica sua experiência, faz um reencontro com um período importante de sua adolescência e traça um retrato profundo da América. O filme também foi exibido no Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo deste ano.

*Disponível nas plataformas Now, Vivo Play, Oi Play, YouTube, iTunes e Google Play.

5º: FIM DE FESTA
Dirigido por Hilton Lacerda

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Vencedor dos prêmios de melhor filme e melhor roteiro na última edição do Festival do Rio, Fim de Festa conta com direção e roteiro do cineasta pernambucano Hilton Lacerda, de Tatuagem. O filme é o segundo longa do diretor, que se inspirou num caso real para apresentar as mudanças que ocorrem no Brasil de hoje. Irandhir Santos é o protagonista do drama em que vive um investigador de polícia encarregado de desvendar o assassinato de uma turista francesa durante o carnaval do Recife, em Pernambuco. Na trama, o carnaval chegou ao fim. Uma jovem francesa foi brutalmente assassinada na cidade. O policial Breno volta antecipadamente de suas férias para investigar o crime, surpreendendo seu filho com três amigos hospedados em sua casa. Enquanto procura por pistas, a cidade desenterra traumas do passado de Breno e revela um estranho universo de lugares e memórias. Com fotografia de Ivo Lopes Araújo e trilha sonora de DJ Dolores, o longa conta também com Suzy Lopes, Gustavo Patriota, Arthur Canavarro, Geyson Luiz, Nash Laila, Amanda Beça, Safira Moreira, Leandro Vila, Ariclenes Barroso e uma participação especial de Hermila Guedes no elenco.

EXTRAS: entrevistas com Irandhir Santos, Suzy Lopes e Hilton Lacerda + crítica do filme + trailer.

*Disponível em DVD e nas plataformas Telecine Play, YouTube e Google Play.

4º: SERTÂNIA
Dirigido por Geraldo Sarno

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O cineasta baiano Geraldo Sarno desbravou o sertão nordestino em mais de 50 anos de carreira e cerca de 20 produções audiovisuais, entre curtas, longas e programas de TV. Nome representativo do cinema brasileiro, Sarno fez de sua filmografia um mergulho profundo sobre a vida e os costumes do sertanejo, dando voz a um povo que vive sob o sol da miséria, da violência, das relações políticas e da busca por dias melhores. O diretor de 82 anos marca seu retorno aos cinemas com Sertânia, realizado pela produtora cearense Cariri Filmes e rodado durante quatro semanas nas cidades de Milagres, Brumado e Marcionílio de Souza, no interior da Bahia. Dessa vez, Sarno ambienta a história no período pré-cangaço, na cidade fictícia de Sertânia. O protagonista é Antão, interpretado por Vertin Moura, um homem que nasceu em Canudos e que, após a vida familiar marcada por perdas e pela saída do Nordeste para São Paulo, se vê parte do bando de jagunços de Jesuíno Mourão, papel de Julio Adrião. A trama explora as relações de poder no interior nordestino, as dores familiares que atormentam a vida do protagonista, a luta pela sobrevivência e os rostos que habitam esse sertão pobre e violento. O filme conta com direção de fotografia de Miguel Vassy, montagem realizada em parceria com Renato Vallone, música de Lindenbergue Cardoso e participação da população local. O roteiro foi desenvolvido por mais de dez anos por Sarno. O elenco conta também com Lourinelson Vladmir, Igor de Carvalho, Gilsérgio Botelho, Kécia do Prado, Edgard Navarro, Isa Mei, Marcelo Cordeiro, Rogério Leandro, Marcos Duarte e Teófilo Gobira. Sertânia foi o grande vencedor do 43º Festival Guarnicê de Cinema e foi exibido também na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 9º Olhar de Cinema, Festival ECRÃ e Festival de Havana.

EXTRAS: cena exclusiva + matéria especial sobre cinema brasileiro no Olhar de Cinema.

*Em cartaz nos cinemas.

3º: INDIANARA
Dirigido por Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa

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O documentário apresenta a história da ativista transexual Indianarae Alves Siqueira, que luta com seu bando pela sobrevivência das pessoas trans no Brasil. Dirigido por Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, ganhou projeção internacional quando foi exibido na mostra da ACID, Association du cinéma indépendant pour sa diffusion, evento paralelo ao Festival de Cannes, em maio do ano passado. Depois disso, foi selecionado para mais de cinquenta festivais internacionais e apresentado em mais de vinte países da Europa, da América e da Ásia. A obra é um retrato da matriarca e fundadora da Casa Nem, abrigo do Rio de Janeiro voltado para pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade. Vegana, anticapitalista e puta, como se define, Indianarae milita pela sobrevivência das pessoas LGBTQIA+, mas também pelos oprimidos da sociedade em geral. No filme, prestes a completar 50 anos, cansada dos embates e às vésperas de se casar, ela ensaia abandonar a política das ruas. Mas, diante da perda da companheira de luta, Marielle Franco, e do avanço do totalitarismo no Brasil, ela arranca forças para partir para um último ato de resistência. Premiado como melhor filme no Festival de Cerbère, na França; no Festival Visionär, na Alemanha; e no Festival Fire, na Espanha, foi apresentado em quase 200 países pela plataforma MUBI e aparece como o segundo brasileiro mais bem avaliado, atrás apenas de Cidade de Deus. Na França, foi lançado em circuito comercial em 70 salas de cinema e também em DVD e VoD. Além de ser exibido no Instanbul Film Festival, na Turquia, e no Queer Lisboa como filme de abertura, Indianara também fez sucesso no Brasil. Foi exibido na 43ª Mostra de São Paulo, no XII Janela Internacional de Cinema do Recife e acumulou muitos outros prêmios, como: melhor longa-metragem na 27ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade; melhor filme na 9ª Mostra Ecofalante de Cinema; Menção Honrosa no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; Prêmio da Crítica e melhor figurino no 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro; entre outros.

EXTRAS: crítica do filme + entrevista com Indianarae no Olhar de Cinema + entrevista no Fest Aruanda + participação especial no programa sobre os cartazes do cinema brasileiro.

*Disponível no Telecine Play, iTunes, Google Play, NOW, Looke e Vivo Play.

2º: BABENCO – ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER: PAROU
Dirigido por Bárbara Paz

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Dirigido por Bárbara Paz, o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta Hector Babenco. O filme revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. Recentemente, o longa foi escolhido pelo Comitê Brasileiro de Seleção da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2021; sendo assim, agora disputa uma vaga entre os finalistas da premiação americana. Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, Bárbara se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Do primeiro câncer, aos 38, até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. O filme já foi selecionado para mais de 20 festivais internacionais e estreou mundialmente no Festival de Veneza do ano passado, no qual recebeu o prêmio de melhor documentário na mostra Venice Classics e o prêmio Bisato D’Oro 2019, entregue pela crítica independente. No início do ano, foi premiado no Festival internacional de Cinema de Mumbai, na Índia. Também foi selecionado para os festivais do Cairo, Havana, Mar del Plata, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Festival do Rio, Mostra Tiradentes, Fest Aruanda, FIDBA, na Argentina, Baltic Sea Docs, na Letônia, e para o Mill Valley Film Festival, nos Estados Unidos.

EXTRAS: entrevista com Bárbara Paz + exibição no Fest Aruanda + entrevista na Mostra de São Paulo.

*Em cartaz nos cinemas e disponível nas plataformas Now, Looke, Oi Play e Vivo Play.

1º: PACARRETE
Dirigido por Allan Deberton

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Estrelado por Marcélia Cartaxo e filmado na cidade de Russas, interior do Ceará, o premiado Pacarrete, dirigido por Allan Deberton, estreou nos cinemas brasileiros no dia 26 de novembro. O longa, que seria lançado em abril deste ano, foi adiado por conta da pandemia. Um dos filmes mais elogiados e festejados pela crítica e pelo público, Pacarrete foi o grande vencedor da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado e foi consagrado com oito kikitos, entre eles, melhor filme e melhor atriz. Exibido em 39 festivais, desde então, já coleciona vinte e sete prêmios ao redor do mundo. Primeiro longa-metragem de Deberton, Pacarrete aborda questões como a loucura, os desafios de ser artista e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gosta de ser chamada de Pacarrete, que significa margarida em francês. O filme é livremente inspirado na conterrânea do diretor e demorou 12 anos para ser realizado. Nascida e criada em Russas, Pacarrete alimentou desde criança o sonho de ser artista e viver a vida na ponta da sapatilha, mesmo sendo de uma cidade conservadora. Mas é em Fortaleza que ela consegue estar no centro dos holofotes como bailarina clássica e se torna professora de ballet. Com a aposentadoria, ela retorna para sua cidade natal onde pretende continuar seu trabalho artístico, mas só encontra desrespeito à sua arte: em vez de plateias de admiradores e aplausos, ela se defronta com o despeito daqueles que cruzam seu caminho; e a bailarina e professora de outrora se transforma na “louca da cidade”. Para viver essa mulher que fez da aspiração de ser uma bailarina o objetivo de sua vida, Deberton convidou a premiada atriz paraibana Marcélia Cartaxo, vencedora do Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1985, por A Hora da Estrela. O elenco principal ainda conta com as elogiadas atrizes paraibanas Zezita Matos e Soia Lira; o ator baiano João Miguel; e os cearenses Rodger Rogério, Débora Ingrid, Samya De Lavor e Edneia Tutti Quinto; além da participação de atores e atrizes da própria cidade. A preparação do elenco é de Christian Duurvoort, que trabalhou em Ensaio Sobre a Cegueira e O Banheiro do Papa. Com roteiro escrito por Allan Deberton, André Araújo, Samuel Brasileiro e Natália Maia, o filme conta com fotografia de Beto Martins e trilha sonora de Fred Silveira; César Teixeira e Clara Bastos assinam como produtores e Deberton, ao lado de Ariadne Mazzetti, assinam a produção executiva. O longa, que começou sua trajetória no Shanghai International Film Festival, se destacou com muitos prêmios, entre eles: melhor filme na 6ª Mostra de Cinema de Gostoso; melhor filme, atriz, direção, roteiro e edição no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival; melhor filme pelo júri oficial e popular no FAM, Florianópolis Audiovisual Mercosul; melhor filme e melhor atriz no FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa; melhor atriz para Marcélia Cartaxo no 26º Festival de Cinema de Vitória; entre outros. Em uma enquete realizada no Instagram do CINEVITOR, Pacarrete também foi eleito pelos seguidores como o melhor filme brasileiro do ano.

EXTRAS: crítica do filme + entrevista com Marcélia Cartaxo em Gramado + trailer + melhores momentos da exibição do filme em Russas no do CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe + matéria especial sobre o filme na Mostra de São Paulo + entrevista com Marcélia Cartaxo e Soia Lira no Festival de Vitória + entrevista com Zezita Matos e Soia Lira no Festival de Gramado + entrevista com Marcélia Cartaxo na Mostra de Cinema de Gostoso + entrevista com Marcélia Cartaxo no LABRFF + homenagem para Marcélia Cartaxo no LABRFF.

*Em cartaz nos cinemas e em breve nas plataformas digitais.

MENÇÃO HONROSA: aos festivais de cinema, que diante do cenário da pandemia de Covid-19 se reinventaram e se adaptaram a novos formatos. Um festival on-line, definitivamente, não é a mesma coisa que um presencial. Porém, há um lado positivo nisso tudo. As produções ganharam uma repercussão maior, já que o espectador, que não tinha como marcar presença fisicamente, teve acesso à programação dentro de sua casa. Os eventos ganharam outra abrangência e os organizadores de diversos festivais se empenharam para realizá-los de novas maneiras, com novos formatos e mantendo o comprometimento com os realizadores e com o público. Os diálogos sobre as obras foram ampliados, a visibilidade destes filmes, tanto curtas como longas, se multiplicou e ganhou novos olhares. Sabíamos que seria muito difícil participar de algo nos mesmos moldes do ano passado. Mas, lá atrás, ainda enxergávamos um futuro mais positivo. Hoje, vemos o reflexo de atitudes irresponsáveis de governantes, autoridades e, também, de cidadãos. Seguimos unindo forças para encarar esse momento e com um certo respiro de ter esse novo acesso à arte para nos acompanhar (para quem dá valor e reconhece sua importância).

MENÇÃO ESPECIAL (em ordem alfabética):
10 Horas para o Natal, de Cris D’Amato
A Febre, de Maya Da-Rin
Açúcar, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira
Adoniran – Meu Nome é João Rubinato, de Pedro Serrano
AmarElo – É Tudo Pra Ontem, de Fred Ouro Preto
Atrás da Sombra, de Thiago Camargo
Breve Miragem de Sol, de Eryk Rocha
Carlinhos e Carlão, de Pedro Amorim
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamin
Guerra de Algodão, de Cláudio Marques e Marília Hughes
Lorna Washington: Sobrevivendo a Supostas Perdas, de Rian Córdova e Leonardo Menezes
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla
Narciso em Férias, de Renato Terra e Ricardo Calil
Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu, de Bruno Risas
Os 8 Magníficos, de Domingos Oliveira
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra
Três Verões, de Sandra Kogut
Verlust, de Esmir Filho

Textos: Vitor Búrigo
Fotos: Divulgação, Luiz Alves (Pacarrete), Victor Jucá (Fim de Festa), Miguel Vassy (Sertânia), Petrus Cariry (O Barco), Mari Nagem (Zona Árida), Diego Bressani (Maria Luiza).