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Festival de Cinema Australiano exibirá cinco longas na Cinemateca Brasileira

por: Cinevitor
Priscilla, a Rainha do Deserto celebra 30 anos de seu lançamento

Pela primeira vez, o Brasil receberá o Australian Film Festival, Festival de Cinema Australiano, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de abril, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com entrada gratuita, o FCA 2024 terá exibição de obras australianas com a intenção de promover o intercâmbio cultural e profissional entre as duas nações.

O FCA 2024 representa uma celebração única da rica cinematografia da Austrália com o principal objetivo de proporcionar ao público brasileiro uma visão mais aprofundada da cultura australiana. O evento foi inspirado pelo sucesso da Brazil Week e é organizado com o apoio da Embaixada Australiana, a participação ativa da Cônsul Honorária do Brasil em Queensland e CEO da ABCC (Australia Brazil Chamber of Commerce), Val Noleto, criadora da Brazil Week, que empresta sua expertise para a produção do evento no Brasil.

Com a exibição de cinco longas-metragens, o evento visa não apenas enriquecer a experiência cultural do público, mas também criar oportunidades para parcerias e colaborações que possam perdurar além das fronteiras do cinema. A curadoria, assim como toda a produção do evento, conta com profissionais do Brasil e da Austrália.

“A criação do evento é um passo significativo para criar uma plataforma de intercâmbio cultural fortalecendo laços e promovendo a compreensão mútua. A nossa ideia é que através do networking no dia do coquetel nós possamos estimular futuras parcerias e acordos entre intuições e profissionais dos dois países”, explica Vitor L. Meyer, produtor executivo do festival.

Em contagem regressiva para o marco de 80 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Austrália, comemorado em 2025, o Festival de Cinema Australiano desperta o público e profissionais brasileiros para a cultura australiana através da sétima arte. Além da exibição de obras cinematográficas, o festival destaca aspectos culturais australianos, incluindo os povos originários, costumes e eventos simbólicos. Todas as atividades têm entrada gratuita

A abertura acontecerá na sexta-feira, 26/04, com a presença da Embaixadora da Austrália, Sophie Davies, e como mestre de cerimônias o ator Nelson Freitas, que tem residência na Austrália e realiza diversas ações entre os dois países. O filme que abrirá o evento será O País de Charlie, de Rolf de Heer. O longa foi exibido na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, em 2014, e rendeu o prêmio de melhor ator para David Gulpilil, que também foi premiado no Australian Film Critics Association Awards.

Anticristo: O Exorcismo de Lara: filme inédito no Brasil

No sábado, a programação começa com Vem Dançar Comigo, dirigido pelo consagrado cineasta Baz Luhrmann. No musical, um dançarino independente arrisca sua carreira diante dos tradicionais métodos e instituições que regulam a dança em seu país. Contrariando a todos, ele aposta em uma nova parceira e novas metodologias e passos de dança. Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter, Pat Thomson, Gia Carides, Peter Whitford, Barry Otto e John Hannan no elenco, o filme foi o grande vencedor do Festival de Toronto, em 1992; foi também premiado no Festival de Cannes e indicado ao Globo de Ouro. Além disso, venceu em três categorias no BAFTA: melhor figurino, trilha sonora e design de produção.

Priscilla, a Rainha do Deserto, vencedor de um Oscar de melhor figurino para Lizzy Gardiner e Tim Chappel, e ícone da comunidade LGBTQIAPN+, celebra 30 anos em 2024 em grande estilo: o filme vai ganhar uma sequência nos cinemas. O anúncio foi feito pelo próprio diretor, Stephan Elliott, na última semana em uma entrevista internacional. A expectativa da nova produção, assim como o marco da obra para a comunidade LGBTQIAP+ e o cinema estarão entre os temas da sessão especial que será realizada neste sábado, 27 de abril, durante o Festival de Cinema Australiano.

A exibição do longa-metragem será às 18h30 e seguirá com um bate-papo conduzido por Betina Polaroid, finalista do reality show brasileiro Drag Race Brasil, programa inspirado na série original americana, RuPaul’s Drag Race. O filme, também premiado no BAFTA e indicado ao Globo de Ouro, é uma comédia dramática sobre três drag queens que saem de Sydney e viajam por diversas cidades da Austrália para fazer um show em um resort. No caminho, o ônibus batizado de Priscilla quebra, gerando conflitos, reflexões e a vontade de não deixar o show parar: em meio ao deserto e outros lugares improváveis, as apresentações continuam. O elenco conta com Hugo Weaving, Guy Pearce e Terence Stamp como protagonistas.

No domingo, último dia de festival, a programação começa com o suspense Terras Perigosas, de Stephen Johnson. Protagonizado por Simon Bake, o longa é ambientado em 1930 na Austrália e traz fatos poucos conhecidos da história do país: conta a saga de um jovem aborígene Gutjuk, que, na tentativa de salvar o último membro de sua família, se une ao ex-soldado Travis para rastrear Baywara, o guerreiro mais perigoso do território, que também é seu tio.

Na sequência, o festival exibe, às 18h, o true criminal Anticristo: O Exorcismo de Lara (Godless: The Eastfield Exorcism), que terá participação do produtor executivo filme, o australiano Giuseppe Cassin. Inédito no Brasil, o terror é baseado em fatos reais e conta uma história famosa na Austrália. Lara é uma mulher atormentada, dividida entre a ciência e a fé. Seu marido a pressiona a procurar tratamento em uma congregação de fanáticos e um exorcista implacável tenta salvar sua alma fazendo uma mulher inocente passar pelo inferno.

Vale lembrar que o Festival de Cinema Australiano tem entrada gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes de cada sessão na Cinemateca. O evento também realiza uma campanha social, convidando o público para trazer uma peça de roupa para doação. A preferência é que seja um agasalho, mas pode ser qualquer peça. Importante lembrar que a contribuição é voluntária e não obrigatória, mas muito bem-vinda.  

Fotos: Divulgação.

Grande Sertão, de Guel Arraes, será o filme de abertura do Cine PE 2024

por: Cinevitor
Luisa Arraes e Caio Blat em cena: protagonistas

A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho, no Recife, acaba de anunciar seu filme de abertura: Grande Sertão, longa mais recente do diretor Guel Arraes, de O Auto da Compadecida. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o título chega ao público pernambucano dentro da mostra Hors Concours.

Estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), o filme transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, um dos bandidos. O elenco conta também com: Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Luis Miranda (Zé Bebelo), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Mariana Nunes (Otacília) e Luellen de Castro (Nhorinhá).

Grande Sertão, produzido por Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia, já foi exibido na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023, e recebeu o prêmio de melhor direção na categoria Critic’s Picks. Uma das grandes apostas do cinema brasileiro deste ano, o filme é produzido pela Paranoïd Filmes em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes.

Para o diretor do festival, Alfredo Bertini, é uma honra contar com a estreia da produção na noite de abertura do Cine PE 2024: “Esse filme não apenas enriquece nosso festival com sua qualidade cinematográfica, mas também representa uma homenagem à rica cultura e à literatura brasileira. Estamos emocionados por compartilhar essa obra com nosso público e celebrar o talento e a criatividade de Guel e sua equipe”, comentou. Grande Sertão chega aos cinemas brasileiros no dia da abertura do festival.

O Cine PE deste ano acontecerá no Cine Teatro do Parque, no Recife, com sessões noturnas gratuitas. A programação completa e outros detalhes serão divulgados em breve.

Foto: Gustavo Adba.

Festival de Cannes: Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues, será exibido na mostra Cannes Classics 2024

por: Cinevitor
José Wilker em Bye Bye Brasil: cópia restaurada em Cannes

Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas, além de homenagens e títulos inéditos. 

Nesta edição de 2024, que completa 20 anos da mostra, o cinema brasileiro marca presença com Bye Bye Brasil, dirigido por Cacá Diegues e produzido pelo casal Luiz Carlos Barreto e Lucy Barreto. A cópia que será exibida foi restaurada pela L.C Barreto Produções Cinematográficas, que completa 60 anos de atividade, em parceria com a Quanta, Alexandre Rocha, Marcelo Pedrazzi e Rede D’Or. A projeção contará com a presença de Lucy e Luiz Carlos Barreto, e da filha do casal, a produtora Paula Barreto.

Em Bye Bye Brasil, que disputou a Palma de Ouro em 1980, Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas mambembes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A obra conta com interpretações memoráveis de José Wilker como Lorde Cigano; Betty Faria como Salomé; Joffre Soares, como Zé da Luz; Príncipe Nabor como Andorinha; e do jovem ator Fábio Jr. A música que dá título ao filme e compõe a trilha é de Chico Buarque e Roberto Menescal.

Outro destaque da seleção da Cannes Classics é a cópia restaurada de Gilda, dirigido por Charles Vidor, com a icônica atriz Rita Hayworth como protagonista; a exibição faz parte da comemoração dos 100 anos da Columbia Pictures. A programação celebra também os 40 anos de Paris, Texas, de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro em 1984, que marcará presença no evento.

A lista traz também: um dos dez episódios da série Le Siècle de Costa-Gavras; Scénarios, de Jean-Luc Godard, que ganhou esse título um dia antes da morte do cineasta; a celebração dos 70 anos de Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa; a restauração de Law and Order, de Frederick Wiseman, que marcará presença no festival; os 60 anos de Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy, vencedor da Palma de Ouro em 1964; documentários inéditos sobre Faye Dunaway, Elizabeth Taylor, François Truffaut e Michel Legrand; filmes restaurados de Steven Spielberg, Marco Bellocchio e Robert Bresson; entre outros.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2024:

CANNES CLASSICS

Bye Bye Brasil, de Carlos Diegues (Brasil) (1979)
Gilda, de Charles Vidor (EUA) (1946)
Jacques Demy, Le Rose et Le Noir, de Florence Platarets (França) (2024)
La Vérité est Révolutionnaire: L’Aveu, de Yannick Kergoat (França)
Law and Order, de Frederick Wiseman (EUA) (1969)
Les années déclic, de Raymond Depardon (França) (1984)
Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy (França) (1964)
Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa (Japão) (1954)
Paris, Texas, de Wim Wenders (Alemanha/França) (1984)
Scénarios, de Jean-Luc Godard (França/Japão) (2024)

DOCUMENTÁRIOS

Elizabeth Taylor: The Lost Tapes, de Nanette Burstein (EUA) (2024)
Faye, de Laurent Bouzereau (EUA) (2024)
François Truffaut, Le Scénario de Ma Vie, de David Teboul (França) (2024)
Il ÉTait Une Fois Michel Legrand, de David Hertzog Dessites (França) (2024)
Jacques Rozier, d’une vague à l’autre, de Emmanuel Barnault (França) (2024)
Jim Henson Idea Man, de Ron Howard (EUA) (2024)
Younghwa cheongnyeon dong-ho (Walking In The Movies), de Lyang Kim (Coreia do Sul) (2024)

CÓPIAS RESTAURADAS

A Louca Escapada (The Sugarland Express), de Steven Spielberg (EUA) (1974)
Bona, de Lino Brocka (Filipinas) (1980)
Camp de Thiaroye, de Ousmane Sembene e Thierno Faty Sow (Senegal/Argélia/Tunísia) (1988)
Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun), de Dalton Trumbo (EUA) (1971)
La rose de la mer, de Jacques de Baroncelli (França) (1947)
Manthan, de Shyam Benegal (Índia) (1976)
Napoleão, de Abel Gance (França) (1927) (filme de abertura)
O Exército das Sombras (L’armée des ombres), de Jean-Pierre Melville (França) (1969)
O Monstro na Primeira Página (Sbatti il mostro in prima pagina), de Marco Bellocchio (Itália/França) (1972)
Quatro Noites de um Sonhador (Quatre nuits d’un rêveur), de Robert Bresson (França/Itália) (1971)
Rosaura a las 10, de Mario Soffici (Argentina) (1958)
Shanghai Blues (Shang Hai zhi yen), de Tsui Hark (Hong Kong) (1984)
Tasio, de Montxo Armendáriz (Espanha) (1984)

Foto: Divulgação/LC Barreto.

Festival de Cannes 2024: curta brasileiro Amarela, de André Hayato Saito, é selecionado

por: Cinevitor
Cena do curta brasileiro Amarela, de André Hayato Saito

Depois de anunciar a seleção de longas, a 77ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, revelou os curtas-metragens selecionados para a Competição Oficial e também para a mostra La Cinef, anteriormente conhecida como Cinéfondation, criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.

Neste ano, o comitê de seleção assistiu 4.420 curtas; onze foram escolhidos, de dez países. Os filmes disputam a Palma de Ouro, que será entregue pelo Júri Oficial, presidido pela atriz belga Lubna Azabal e que contará também com: Marie-Castille Mention-Schaar, cineasta francesa; o italiano Paolo Moretti, curador de cinema; a produtora francesa Claudine Nougaret; e o diretor sérvio Vladimir Perišić. O grupo também será responsável pelos prêmios da mostra La Cinef.

O cinema brasileiro marca presença com Amarela, de André Hayato Saito. A trama se passa em julho de 1998, dia da final da Copa do Mundo entre Brasil e França, quando Erika Oguihara, interpretada por Melissa Uehara, uma adolescente nipo-brasileira de 14 anos que rejeita as tradições familiares, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, ela sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.

“Sempre me senti japonês demais pra ser brasileiro e brasileiro demais pra ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou. Amarela é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo”, disse André Hayato Saito, diretor do curta. Outro fato celebrado pelo autor é o de ter composto uma equipe e elenco majoritariamente amarelos, acontecimento raro no audiovisual brasileiro.

O elenco conta também com Ricardo Oshiro, Carolina Hamanaka, Kazue Akisue, Pedro Botine, Joana Amaral, Lorena Castro, Kadu Oliveira, Izah Neiva, Yuki Sugimoto, Bruno Dias, Naoki Takeda, Bernardo Antônio, Adriana Hideshima e Takao Yabu.

O roteiro de Amarela é escrito por André Hayato Saito, Luigi Madormo e Tati Wan; e a produção é da MyMama Entertainment. A direção de arte é de Luana Kawamura Demange e a fotografia é assinada por Hélcio Alemão Nagamine e Danilo Arenas Ireijo. O desenho de som é de Guile Martins e a montagem de Caroline Leone; Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo assinam a trilha sonora. Com figurino de Yuri Kobayashi e preparação de elenco de Marina Medeiros, o filme é produzido por Mayra Faour Auad, Gabrielle Auad, André Hayato Saito e Tati Wan.

“Me lembro quando Saito chegou para mim em 2019 com um material que rodou todo no Japão com sua família e me disse que queria fazer algo de cinema com isso. Apesar das inúmeras falas e trocas com eles, não falo japonês e não tenho ideia do que está ali. Naquele momento, nos unimos nas linhas invisíveis de sua criação autoral e descobrimos juntos uma voz linda, sensível, potente e muito necessária”, relatou Mayra Faour Auad, produtora e fundadora da MyMama Entertainment.

Amarela é a terceira parte da trilogia de curtas da MyMama com Saito que investiga sua ancestralidade japonesa a partir de um olhar autoral e íntimo. Tal busca identitária teve início com o curta-metragem Kokoro to Kokoro, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa; depois seguiu com Vento Dourado, obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos.

Para a 27ª edição da La Cinef, 18 filmes foram selecionados, dentre os 2.263 inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. A lista conta com 14 ficções e 4 animações, de 13 países. Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a La Cinef, chamada anteriormente de Cinéfondation, proporciona uma oportunidade para que jovens realizadores vejam os melhores filmes do ano exibidos no festival e absorvam a atmosfera inspiradora na companhia de realizadores de renome; a seleção deste ano reflete a mobilidade geográfica dos estudantes de cinema.

Em comunicado oficial, Lubna Azabal, presidente do júri, disse: “O foco nos jovens cineastas que apresentam seus curtas-metragens e os caminhos que percorreram para chegar até lá me honram. Mal posso esperar para descobrir a riqueza de tudo isso. É uma jornada que quero ser exigente e gentil, curto após curto, passo após passo. Ser selecionado para este lugar mítico é uma mensagem de amor, um reconhecimento mundial, e presidi-lo é motivo de orgulho”.

 Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival de Cannes 2024:

COMPETIÇÃO

Across the Waters, de Viv Li (China)
Amarela, de André Hayato Saito (Brasil)
Les Belles Cicatrices, de Raphaël Jouzeau (França)
Mau por um Momento, de Daniel Soares (Portugal)
Ootidė (Ootid), de Razumaitė Eglė (Lituânia)
Perfectly a Strangeness, de Alison Mcalpine (Canadá)
Rrugës (On The Way), de Samir Karahoda (Kosovo)
Sanki Yoxsan, de Azer Guliev (Azerbaijão)
Tea, de Blake Rice (Eua)
The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepčević (Croácia)
Volcelest, de Éric Briche (França)

LA CINEF

Banished Love, de Xiwen Cong (China) (Beijing Film Academy)
Bunnyhood, de Mansi Maheshwari (Reino Unido) (NFTS)
Crow Man, de Yohann Abdelnour (Líbano) (Alba)
Echoes, de Robinson Drossos (França) (ENSAD)
Elevación, de Gabriel Esdras (México) (Universidad de Guadalajara)
Forest of Echoes, de Yoori Lim (Coreia do Sul) (Korea National University of Arts)
In Spirito, de Nicolò Folin (Itália) (Centro Sperimentale di Cinematografia)
It’s Not Time For Pop, de Amit Vaknin (Israel) (Tel Aviv University)
Mauvais Coton, de Nicolas Dumaret (França) (La Fémis)
Out The Window Through The Wall, de Asya Segalovich (EUA) (Columbia University)
Plevel (Weeds), de Pola Kazak (República Checa) (FAMO)
Praeis (It’ll Pass), de Dovydas Drakšas (Reino Unido) (London Film School)
Sunflowers Were The First Ones To Know…, de Chidananda S Naik (Índia) (FTII, Pune)
Terminal, de East Elliott (EUA) (NYU)
The Chaos She Left Behind, de Nikos Kolioukos (Grécia) (Aristotle University of Thessaloniki)
The Deer’s Tooth, de Saif Hammash (Palestina) (Dar Al-Kalima University)
Three, de Amie Song (EUA) (Columbia University)
Withered Blossoms, de Lionel Seah (Austrália) (AFTRS)

Foto: Divulgação.

Festival de Cannes 2024 exibirá Lula, documentário dirigido por Oliver Stone sobre presidente brasileiro

por: Cinevitor
O presidente e o cineasta em encontro no Brasil em 2016

Depois de anunciar os primeiros filmes de sua 77ª edição, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, o Festival de Cannes revelou novos títulos que completam sua seleção. Como de costume, o evento acontecerá no Palais des Festivals com a tradicional disputa pela Palma de Ouro e mostras paralelas. 

Neste anúncio mais recente, divulgado nesta segunda-feira, 22/04, vale destacar a presença do documentário Lula, dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone, de sucessos como Platoon, Nascido em 4 de Julho, JFK: A Pergunta que Não Quer Calar, Assassinos por Natureza, Alexandre, As Torres Gêmeas, entre outros.

O longa, que será exibido fora de competição na mostra Sessões Especiais, aborda a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2018 e 2019, e seu retorno ao poder. Lula também já participou de outros títulos do cineasta, como Ao Sul da Fronteira, documentário político exibido no Festival de Veneza. Sobre o filme Lula, Stone disse em entrevista recente: “É uma obra sobre a perseguição judicial. Sobre o que aconteceu quando ele havia sido um presidente de sucesso, e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países”

Em 2016, Oliver Stone e Lula se encontraram no Brasil quando o cineasta esteve por aqui para lançar o filme Snowden: Herói ou Traidor. Dois anos depois, assinou o manifesto Eleição sem Lula é fraude, pelo direito do candidato de participar das eleições daquele ano, que foi negado por decisão arbitrária da Justiça brasileira: “Como muitos de vocês, estou deprimido com o que está acontecendo no Brasil. Vocês devem ser firmes e resistir. Lula não pode continuar preso, precisamos tirá-lo da cadeia”, disse o diretor. E finalizou: “Por favor não percam a esperança. Muitas pessoas de todo o mundo estão com vocês. Nossa torcida e apoio estão com vocês”.

Não é a primeira vez que Stone dirige uma obra sobre a América Latina: em 1986 lançou Salvador: O Martírio de um Povo; o documentário Comandante, em 2003, sobre seu encontro com Fidel Castro; e Mi Amigo Hugo, em 2014, com Hugo Chávez.

Além dos filmes, outra novidade anunciada recentemente foi o pôster deste ano, inspirado no filme Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa. Toda a beleza poética, magia hipnótica e aparente simplicidade do cinema emergem na cena retratada. O filme foi exibido fora de competição em Cannes em 1991. O comunicado oficial diz: “Espelhando a sala de cinema, este pôster celebra a sétima arte com ingenuidade e admiração. Porque dá voz a todos, permite a emancipação. Porque lembra as feridas, combate o esquecimento. Porque testemunha os perigos, apela à união. Porque acalma traumas, ajuda a reparar os vivos. Num mundo frágil que questiona constantemente a alteridade, o Festival de Cannes reafirma uma convicção: o cinema é um santuário universal de expressão e partilha. Um lugar onde está escrita a nossa humanidade tanto quanto a nossa liberdade”.

E mais: Napoleão, dirigido por Abel Gance e lançado em 1927, abrirá a mostra Cannes Classics deste ano. Considerada uma grande obra da era do cinema mudo e uma das restaurações mais monumentais da história do cinema, o filme passou por uma saga épica para recuperar sua integridade e glória. Várias fontes foram utilizadas para redescobrir o enredo original desta extraordinária reconstrução do filme de sete horas, dividido em duas épocas. Com isso, foi recortado e mutilado diversas vezes; com 22 versões diferentes conhecidas até o momento.

Além disso, nesta 77ª edição, a Palma de Ouro honorária será entregue para o Studio Ghibli. Ao lado dos grandes nomes de Hollywood, o estúdio japonês, representado por dois contadores de histórias, Hayao Miyazaki e Isao Takahata, e uma série de personagens cult, lançou um novo vento no cinema de animação nas últimas quatro décadas.

Em comunicado oficial, Toshio Suzuki, cofundador do Studio Ghibli, disse: “Estou verdadeiramente honrado e encantado que o estúdio receberá a Palma de Ouro Honorária. Gostaria de agradecer ao Festival de Cannes do fundo do meu coração. Há quarenta anos, Hayao Miyazaki, Isao Takahata e eu fundamos o Studio Ghibli com o desejo de levar animação de alto nível e qualidade para crianças e adultos de todas as idades. Hoje, os nossos filmes são vistos por pessoas de todo o mundo”. Com isso, o Studio Ghibli junta-se aos que inspiraram a cinematografia que o Festival de Cannes celebra todos os anos: “Pela primeira vez na nossa história não é uma pessoa, mas uma instituição que escolhemos para celebrar”, afirmaram Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, delegado geral.

Outro anúncio revelado recentemente foi a dupla de jurados do prêmio Caméra d’or: a atriz francesa Emmanuelle Béart, de Um Coração no Inverno, 8 Mulheres, A Vingança de Manon, A Bela Intrigante, Minha Secretária e Os Destinos Sentimentais; e Baloji, rapper e cineasta belga, que passou por Cannes no ano passado com o filme Augure.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Cannes 2024:

COMPETIÇÃO

La plus précieuse des marchandises, de Michel Hazanavicius (França/Bélgica)
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã)
Trei kilometri până la capătul lumii, de Emanuel Parvu (Romênia)

UN CERTAIN REGARD

Flow, de Gints Zilbalodis (Lituânia/Bélgica/França)
Niki, de Céline Sallette (França)
When the Light Breaks, de Rúnar Rúnarsson (Islândia/EUA/França/Croácia) (filme de abertura)

CANNES PREMIERE

Maria, de Jessica Palud (França)
Vivre, Mourir, renaître, de Gaël Morel (França)

SESSÕES ESPECIAIS

An Unfinished Film, de Lou Ye (China)
Lula, de Oliver Stone (EUA)
Nasty, de Tudor Giurgiu (Romênia)
Spectateurs, de Arnaud Desplechin (França)

FORA DE COMPETIÇÃO

Le Comte de Monte-Cristo, de Alexandre De La Patellière e Matthieu Delaporte (França)

Foto: Ricardo Stuckert.

Prêmios Platino 2024: conheça os vencedores; Cecilia Roth é homenageada

por: Cinevitor
Cecilia Roth no palco: consagrada atriz argentina

Foram revelados neste sábado, 20/04, os vencedores do XI Prêmios Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Nesta 11ª edição, a cerimônia, transmitida pelo Canal Brasil e que aconteceu no Teatro Gran Tlachco Xcaret, em Riviera Maya, no México, foi apresentada por Esmeralda Pimentel e Májida Issa. O longa espanhol A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona, que se destacava com sete indicações, foi o grande vencedor da noite com seis prêmios, entre eles, melhor filme ibero-americano de ficção.

Em seu discurso, o diretor disse: “Demoramos dez anos porque ninguém nos disse que era possível fazer um filme com este orçamento em espanhol. Hoje, os atores percorrem o mundo enchendo os cinemas e o recebem como estrelas de Hollywood depois de se tornarem o filme em espanhol mais visto da história na Netflix e o terceiro mais visto do ano. Às vezes é preciso fazer diferente para mudar as regras do jogo”, finalizou Bayona.

Enzo Vogrincic, que recebeu o troféu de melhor ator por A Sociedade da Neve, disse: “Sou do Uruguai, que é um país pequeno com poucas oportunidades e de um bairro que tem menos ainda. Quando alguém lhe dá a oportunidade de fazer algo, faz uma grande diferença”. Além disso, agradeceu Bayona pela oportunidade que lhe deu e que lhe permitiu obter um grande reconhecimento do mundo ibero-americano.

Enzo Vogrincic: prêmio de melhor ator por seu trabalho em A Sociedade da Neve

A consagrada atriz argentina Cecilia Roth, conhecida por diversos filmes, entre eles, Tudo sobre Minha Mãe e Fale com Ela, de Pedro Almodóvar, foi homenageada com o Platino de Honor: “Temos que cuidar do nosso cinema, que está sempre em perigo”, disse no palco. E continuou: “Peço que todos tenham consciência do lugar que ocupamos no mundo. O cinema precisa ser ouvido. Não só porque nem sempre é ouvido, mas porque pode deixar de existir. Estejamos atentos, resistamos”.

Neste ano, o audiovisual brasileiro não marcou presença entre os finalistas, mas foi representado por Gabriel Leone, que apresentou as categorias de atuações em minisséries e séries; e Alice Braga, que anunciou o prêmio principal da noite. Na disputa, a lista contava com duas coproduções: Os Delinquentes, de Rodrigo Moreno; e Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat

Conheça os vencedores do 11º Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona (Espanha)

MELHOR COMÉDIA IBERO-AMERICANA DE FICÇÃO
Bajo Terapia, de Gerardo Herrero (Espanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Meu Amigo Robô, de Pablo Berger (Espanha)

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO DE ESTREIA | FICÇÃO
20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Memória Infinita, de Maite Alberdi (Chile)

MELHOR DIREÇÃO
Juan Antonio Bayona, por A Sociedade da Neve

MELHOR ROTEIRO
20.000 Espécies de Abelhas, escrito por Estibaliz Urresola Solaguren

MELHOR ATRIZ
Laia Costa, por Un amor

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ane Gabarain, por 20.000 Espécies de Abelhas

MELHOR ATOR
Enzo Vogrincic, por A Sociedade da Neve

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jose Coronado, por Cerrar los ojos

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Meu Amigo Robô, por Alfonso de Vilallonga

MELHOR EDIÇÃO
A Sociedade da Neve, por Jaume Martí e Andrés Gil

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
O Conde, por Rodrigo Bazaes

MELHOR FOTOGRAFIA
A Sociedade da Neve, por Pedro Luque

MELHOR DESENHO DE SOM
A Sociedade da Neve, por Oriol Tarragó, Marc Orts e Jorge Adrados

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Barrabrava (Argentina/Uruguai) (Prime Video)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Alfredo Castro, por Los mil días de Allende

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Lola Dueñas, por La Mesías

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Andy Chango, por Amor e Música: Fito Paez

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Carmen Machi, por La Mesías

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Daniel Burman, por Iosi, o Espião Arrependido (2ª temporada)

Foto: Divulgação/Platino.

47º Festival Guarnicê de Cinema anuncia títulos selecionados para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Stepan Nercessian e Lilia Cabral no longa Tire 5 Cartas

Foram anunciados neste sábado, 20/04, os títulos selecionados para as mostras competitivas da 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 7 e 14 de junho, em formato híbrido, com exibições presenciais em São Luís, no Maranhão, e programação on-line acessível em todo o Brasil.

O mais longevo festival do Norte e Nordeste, e um dos mais importantes do país, contará com longas e curtas-metragens nacionais e maranhenses, além de videoclipes. Com isso, 69 trabalhos serão exibidos e disputarão o Troféu Guarnicê e outras premiações oferecidas pelo festival e por parceiros.

A relação dos filmes abrange oito longas-metragens maranhenses, seis longas-metragens nacionais, 18 curtas-metragens nacionais, 12 curtas-metragens maranhenses e 25 videoclipes. Os trabalhos foram escolhidos a partir de uma base de dados formada por 1.007 produções audiovisuais inscritas.

Os filmes da seleção oficial do Festival Guarnicê de Cinema 2024 passaram pela avaliação de cineastas e pesquisadores de reconhecida competência do audiovisual local e nacional. Nesta edição, de modo inédito, a equipe foi dividida em dois grupos: um voltado para avaliação de longas nacionais e maranhenses e outro voltado para a análise dos curtas.

O comitê de longas foi composto por: Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes. A programação completa do festival, incluindo datas das sessões, locais e sinopses dos filmes selecionados, será divulgada em breve.

Conheça os títulos selecionados para o 47º Festival Guarnicê de Cinema:

LONGAS-METRAGENS NACIONAIS

A Serena Onda que o Mar me Touxe, de Edson Ferreira (ES)
No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)
O Sonho de Clarice, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho (DF)
Quando eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Micheline Helena (CE)
Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)
Transo, de Lucca Messer (SP)

CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

152 AB, de Daniel Jaber e Jelton Oliveira (MG)
Água Doce, de Antonio Miano (SP)
Bença, de Mano Cappu (PR)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Castanho, de Adanilo (AM)
Cidade by Motoboy, de Mariana Vita (AL)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Engole o Choro, de Fábio Rodrigo (SP)
Jussara, de Camila Ribeiro (BA)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
Não Existem Mártires, Apenas Marketing, de João Luciano (MA)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
Pirenopolynda, de Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor (GO/DF/CE)
Por Favor Leiam Para que eu Descanse em Paz, de Anna Costa e Silva e Nanda Félix (RJ)
Por que Não Ensinaram Bixas Pretas a Amar?, de Juan Rodrigues (BA)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Utopia Muda, de Julio Matos (SP)

LONGAS-METRAGENS MARANHENSES

A Curva dos 90, de Felix Alberto
Ginga Reggae na Jamaica Brasileira, de Naýra Albuquerque
José, de Beto Matuck e Celso Borges
Ma’e Ikwaw Paw: Além das Margens, de Heraldo Leão Guajajara e Dhiogo Rezende Gomes
Maranhão 149, de Sheury Manu Neves
Muleque Té Doido 4: Morreu Maria Preá!, de Erlanes Duarte
Rei Zulu, de Markim Araújo
Tire 5 Cartas, de Diego Freitas

CURTAS-METRAGENS MARANHENSES

Antes de Partir, de Sheury Manu Neves
Clair de Lune, de Laísa Couto
É só Contar, de Werbeth Pereira, Victor Cravin, Joelma Baldez, Cledilson Rocha e Hemylly Mendes
Entre a Fé e a Tradição: Tenda de Senhor Ogum, de Cláudia Marreiros
Gonçalves Dias por Gonçalves Dias, de Joaquim Haickel e Beto Nicácio
João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro
Maria Parteira, de Marla Silveira
Mar.Ina, de Samyre Protázio, Renata Costa, Profana Vieira, Marcelo Almeida, David Silva, Valdenira Baima, Allan Pereira e Jeyci Elizabeth Sousa
Mariô, de Brena Maria e Cadu Marques
Putas Mulheres, de Dário Gilson
Troncos, de Marcelo Cruz
XXXX, de Taíssa Monteiro

VIDEOCLIPES

A Flor do Beco da Mina, de Jesiel Bives
A Pureza, de Rui Mario
Agora é Fácil, de Jota SF
Agora Têm, de Yann Kaminski
Baculejo, de O Shoock
Bora Chamegar, de Tribo de Jah
Chorando se Foi, de Catharina Bravin
Como se Fosse um Bolero, de Aziz Júnior
Em Cima da Hora, de Choro Pungado e Roberto Chinês
Enquanto Você Louva, de Leandro Dias e Ronaldo Melonio
F3 INTERLUDE, de Frimes
Feat Violento, de Mano Magrão e Gustavo Mic
Flor de Angelim, de Banda Parabelo
Late Enough, de Luiza Dam
Madame do Réu, de Jaísa Caldas
Meu Tesouro, Meu Torrão, de Wesley Souza e Thaynara Oliveira
Não Vou Ficar Louca, de Becky Barros
Pretação: Ancestrais, de Unidade Punho Forte
Quanto Tempo, de Yann Kaminski
Rio Cajari, Imperador da Baixada, de Jesiel Bives
Saudade do Tempero, de Rui Mario e Daniel Cavalcante
SE7E VELAS (prod. WUK), de Afro Prata
Veneno, de Frimes
Vertigem ao Mar, de Jadsuel Monteiro
Voguebike, de Getúlio Abelha

Foto: Divulgação.

Cannes 2024: curta-metragem brasileiro é selecionado para a Semana da Crítica

por: Cinevitor
A Menina e o Pote: curta-metragem brasileiro selecionado

Foram anunciados nesta quinta-feira, 18/04, os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2024 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 63ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 15 e 23 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; a atriz ruandesa Eliane Umuhire, a produtora francesa Sylvie Pialat, a diretora de fotografia belga Virginie Surdej e o crítico de cinema canadense Ben Croll completam o time de jurados. 

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o curta-metragem de animação A Menina e o Pote, de Valentina Homem. A trama se passa em um mundo distópico onde uma jovem quebra um vaso de cerâmica que esconde um segredo. Esta ação abre portas para um mundo paralelo e a jovem entra num período de transformação em que é finalmente possível criar um novo mundo.

Com narração e consultoria de cosmologias indígenas de Francy Baniwa, o roteiro é coletivo e assinado por Valentina Homem, Eva Randolph, Francy Baniwa, Nara Normande e Tati Bond. A equipe conta também com Felippe Mussel no som, Eva Randolph na montagem, Francisco Fontes Baniwa na trilha sonora, Tati Bond na animação e arte; Nara Normande assina também a direção de animação, que foi feita em pintura em vidro. Diego Akel e Antonia Muniz assinam a consultoria de animação.

A diretora Valentina Homem, artista e cineasta brasileira, nascida no Recife e atuante desde o início dos anos 2000, passou por Cannes em 2016 com o curta-metragem Abigail na Quinzena de Cineastas. Atualmente está em finalização de seu primeiro longa-metragem, Um Dia Antes de Todos os Outros.

Vale lembrar que já anunciado anteriormente, o longa-metragem Baby, dirigido por Marcelo Caetano, também foi selecionado para esta mesma mostra. Clique aqui e saiba mais. 

Conheça os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2024:

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (Brasil)
Alazar, de Beza Hailu Lemma (Etiópia/França/Canadá)
As Minhas Sensações são Tudo o que Tenho para Oferecer, de Isadora Neves Marques (Portugal)
Ella se Queda, de Marinthia Gutiérrez Velazco (México)
Montsouris, de Guil Sela (França)
Noksan, de Cem Demirer (Turquia)
Radikals, de Arvin Belarmino (Filipinas/EUA/Bangladesh/França)
Supersilly, de Veronica Martiradonna (França)
Taniec w Narożniku, de Jan Bujnowski (Polônia)
Αυτο που ζηταμε απο ενα αγαλμα ειναι να μην κινειται (What we ask of a statue is that it doesn’t move/Ce qu’on demande à une statue c’est qu’elle ne bouge pas), de Daphné Hérétakis (Grécia/França)

SESSÃO ESPECIAL

1996 ou les Malheurs de Solveig, de Lucie Borleteau (França)
Las novias del sur, de Elena López Riera (Suíça/Espanha)
Sannapäiv, de Anna Hints e Tushar Prakash (Estônia)

CONVIDADOS | Festival International du Film de Morelia

Extinción de la especie, de Matt Porterfield e Nicolasa Ruiz (México)
HA, de María Almendra Castro Camacho (México)
Xquipi (Ombligo), de Juan Pablo Villalobos Díaz (México)

Foto: Divulgação.

Cannes 2024: A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, é selecionado para a Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
A Queda do Céu: documentário brasileiro selecionado

Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena de Cineastas (Quinzaine des Cinéastes), antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.

Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.

Neste ano, em sua 56ª edição, que acontecerá entre os dias 15 e 25 de maio, o cinema brasileiro ganha destaque com A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, documentário que apresenta um diálogo com o livro homônimo de Davi Kopenawa, xamã Yanomami e um dos maiores líderes indígenas do mundo, e de Bruce Albert, antropólogo francês. A obra é considerada por muitos especialistas como um clássico contemporâneo

Esta não é a primeira vez de Eryk em Cannes. Em 2004, o cineasta disputou a Palma de Ouro de melhor curta-metragem por Quimera e, em 2016, recebeu o L’Œil d’or (Olho de Ouro) de melhor documentário por Cinema Novo, seu sétimo longa: “Uma alegria imensa retornar ao Festival de Cannes. Será minha terceira participação. Em 2016, Cinema Novo nasceu lá e viajou o mundo! Foi muito emocionante, ganhamos o L’Œil d’or de melhor filme documental do festival. Agora, com a A Queda do Céu na Quinzena de Cineastas será uma belíssima oportunidade e uma dupla celebração: de ver e ouvir explodir na tela o sonho e a luta do povo Yanomami e da força poética e geopolítica do xamã, filósofo e líder Davi Kopenawa. E, ainda, acompanhar a trajetória de um cinema que acreditamos e que está fora dos modismos e das convenções. De um cinema sem fórmulas, que navega no desconhecido, que transita entre a materialidade e o espírito e cuja linguagem surge da nossa relação com os Yanomamis e a comunidade de Watorikɨ, e que nasce, também, do nosso encontro com artistas Yanomamis que participaram criativamente da realização deste filme”, comentou Eryk.

O filme é uma codireção com a artista Gabriela Carneiro da Cunha: “Essa é minha estreia na direção no cinema. É uma grande emoção estar em Cannes, na Quinzena de Cineastas, em uma mostra reconhecida por sua ousadia e apuro estético. Esse é um filme que busca uma linguagem própria e essa busca foi completamente acolhida pela curadoria. De certo modo, é bonito pensar que o filme A Queda do Céu irá nascer na França, terra de Bruce Albert, um dos autores do livro homônimo e que em breve estará também circulando na Terra Indígena Yanomami”, complementou a diretora.

O longa é centrado na festa Reahu, ritual funerário e a mais importante cerimônia dos Yanomami, que reúne centenas de parentes dos falecidos com a finalidade de apagar todos os rastros daquele que se foi e assim colocá-lo em esquecimento. A partir de três eixos fundamentais do livro (Convite, Diagnóstico e Alerta), o filme apresenta a cosmologia do povo Yanomami, o mundo dos espíritos Xapiri, o trabalho dos xamãs para segurar o céu e curar o mundo das doenças produzidas pelos não-indígenas, o garimpo ilegal, o cerco promovido pelo povo da mercadoria e a vingança da Terra.

“A Queda do Céu é a expressão cinematográfica do arrebatamento que tivemos ao ler o livro. Mas principalmente da nossa relação e do que foi vivido em carne, osso e espírito ao longo dos últimos sete anos ao lado de Davi, Watorikɨ e os Yanomami. É um filme onde a câmera não olha só para os Yanomami, mas para nós não indígenas também. E isso sempre foi um fundamento do filme tanto para mim quanto para Eryk. Trabalhamos para fazer um filme que expressasse a materialidade onírica de uma relação”, explica Gabriela. O filme é produzido pela Aruac Filmes, é uma coprodução Brasil, Itália e França, da Hutukara Associação Yanomami e Stemal Entertainment com Rai Cinema e produção associada de Les Films d’ici.

Seguindo a edição anterior, a seleção de 2024 é menos uma tentativa de traçar um mapa da produção cinematográfica global do que de criar uma linha editorial composta por apostas genuínas, favoritos e filmes que têm sido intensamente debatidos no seio da comissão. A principal bússola sempre foi a singularidade da mise-en-scène de um filme, bem como sua poesia, sua potência afetiva, seu imaginário e sua autenticidade. 

O comunicado oficial diz: “A comissão prestou igual atenção a todas as formas e estilos cinematográficos: ficção, documentário, animação, experimental, cinema de género (comédia, fantasia, terror, etc.) e filmes de ensaio. Foram considerados todos os filmes recebidos, dos mais aguardados aos mais discretos, com a mesma graciosidade. A Quinzena continuará a celebrar o cinema em toda a sua diversidade”

O pôster deste ano é assinado pelo cineasta japonês Takeshi Kitano e foi criado a partir de uma pintura dele; o design gráfico é de Michel Welfringer. Sobre o cartaz, o ator, escritor, comediante, pintor e diretor japonês de quase 20 filmes, entre eles Kids Return: De Volta às Aulas, exibido na Quinzena de 1996, disse: “Interprete-a como quiser. O título é Takeshi!”

Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas 2024:

LONGA-METRAGEM

A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Brasil)
A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro (Portugal)
À son image, de Thierry de Peretti (França)
Algo viejo, algo nuevo, algo prestado, de Hernán Rosselli (Argentina)
Bakeneko Anzu-chan, de Yôko Kuno e Nobuhiro Yamashita (Japão)
Christmas Eve in Miller’s Point, de Tyler Taormina (EUA)
Eat the Night, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Eephus, de Carson Lund (EUA)
Gazer, de Ryan J. Sloan (EUA)
Good One, de India Donaldson (EUA)
La Prisonnière de Bordeaux, de Patricia Mazuy (França)
Les Pistolets en plastique, de Jean-Christophe Meurisse (França) (filme de encerramento)
Los hiperbóreos, de Cristóbal León e Joaquín Cociña (Chile)
Ma vie Ma gueule, de Sophie Fillières (França) (filme de abertura)
Mongrel (白衣蒼狗), de Chiang Wei Liang e You Qiao Yin (Taiwan)
Namibia no sabaku, de Yôko Yamanaka (Japão)
Sharq 12, de Hala Elkoussy (Egito)
Sister Midnight, de Karan Kandhari (Índia)
To a Land Unknown, de Mahdi Fleifel (Palestina/Dinamarca)
Une langue universelle, de Matthew Rankin (Canadá)
Volveréis, de Jonás Trueba (Espanha)

CURTA-METRAGEM

Après le soleil, de Rayane Mcirdi (França/Argélia)
Immaculata, de Kim Lêa Sakkal (Líbano)
Les Météos d’Antoine, de Jules Follet (França)
Một lần dang dở, de Nguyễn Trung Nghĩa (Vietnã)
Nuestra sombra, de Agustina Sánchez Gavier (Argentina)
O Jardim em Movimento, de Inês Lima (Portugal)
Quando a Terra Foge, de Frederico Lobo (Portugal)
Totemo mijikai, de Kōji Yamamura (Japon)
Very Gentle Work, de Nate Lavey (EUA)

SESSÃO ESPECIAL
Histoires d’Amérique: Food, Family and Philosophy, de Chantal Akerman (1989) (Bélgica)

Foto: Divulgação/Aruac Filmes.

Cannes 2024: Baby, de Marcelo Caetano, é selecionado para a 63ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro no brasileiro Baby, de Marcelo Caetano 

Foram anunciados nesta segunda-feira, 15/04, os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2024 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 63ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 15 e 23 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; a atriz ruandesa Eliane Umuhire, a produtora francesa Sylvie Pialat, a diretora de fotografia belga Virginie Surdej e o crítico de cinema canadense Ben Croll completam o time de jurados. 

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o longa-metragem Baby, dirigido por Marcelo Caetano, cineasta mineiro radicado em São Paulo. Depois de estrear seu primeiro filme, Corpo Elétrico, no Festival de Roterdã, Marcelo comemora a seleção em Cannes: “Baby não poderia nascer em melhor lugar. A Semana da Crítica é a mostra dedicada aos diretores em primeiro e segundo longa. É um espaço para um cinema de invenção, para novas temáticas e linguagens. Alguns dos cineastas que mais me influenciaram foram descobertos pela Semana”.

O filme também marca mais um projeto de Marcelo rodado no centro de São Paulo: “Baby é uma carta cheia de paixão e dor ao Centro de São Paulo, lugar que eu filmo há quinze anos, desde meus primeiros curtas-metragens. Em Baby, os personagens estão em constante movimento. Eles cruzam as ruas da cidade em busca de liberdade e da realização de seus desejos. É um filme antes de tudo sobre a cumplicidade e a amizade, em meio ao caos”, conta o diretor.

Baby conta a história de uma paixão tumultuada, de uma amizade cheia de desencontros: “Os personagens principais se conhecem em um momento de abandono e formam uma nova família. Apesar das diferenças e dos atritos, eles se agarram um ao outro. É difícil dar um nome para a relação deles, é uma paixão meio doida, é também uma amizade cheia de desencontros. No fundo, os dois lutam para pôr fim à solidão que a vida impõe sobre eles”, revela Marcelo Caetano. No elenco principal estão João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro, além de Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea, Mauricio de Barros, Patrick Coelho, Kyra Reis, Baco Pereira, Sylvia Prado, Ariane Aparecida, Victor Hugo Martins e Kelly Campello.  

Baby é uma coprodução entre Brasil, França e Holanda e contou com recurso públicos geridos pela ANCINE, Agência Nacional do Cinema, e apoio do Aide Aux Cinémas Du Monde, Centre national du cinéma et de l’image animée e do Institut Français. Foi produzido com o apoio do HBF, Hubert Bals Fund, do Festival de Roterdã, e do NFF, Netherlands Film Fund. É uma coprodução da Spcine, Telecine, Canal Brasil e Vitrine Filmes, que também assina a distribuição.

Com roteiro de Marcelo Caetano e Gabriel Domingues, a fotografia é assinada por Joana Luz e Pedro Sotero; a direção de arte é de Thales Junqueira e a montagem de Fabian Remy; Gabriela Campos assina o figurino e a maquiagem é de Tatiana Manfrim. A trilha sonora original é de Bruno Prado e Caê Rolfsen

O pôster desta 63ª edição traz a atriz e diretora francesa Hafsia Herzi no longa Le ravissement, de Iris Kaltenbäck, que recebeu o Prêmio SACD na edição passada. Neste ano, foram 1.050 longas-metragens inscritos e onze selecionados, de oito países. Os curtas-metragens, que somam 2.150 inscrições, serão anunciados em breve.

Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2024:

COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM

Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França/Holanda)
Blue Sun Palace, de Constance Tsang (EUA)
Julie zwijgt (Julie Keeps Quiet), de Leonardo Van Dijl (Bélgica/Suécia)
La Pampa (Block Pass), de Antoine Chevrollier (França)
Locust, de KEFF (Taiwan/França/EUA)
Rafaat einy ll sama (The Brink of Dreams), de Nada Riyadh e Ayman El Amir (Egito/França/Dinamarca/Qatar/Arábia Saudita)
Simon de la montaña (Simon of the mountain), de Federico Luis (Argentina/Chile/Uruguai)

SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS

Animale, de Emma Benestan (França/Bélgica) (filme de encerramento)
La mer au loin (Across the Sea), de Saïd Hamich Benlarbi (França/Marrocos/Bélgica/Qatar)
Les Fantômes (Ghost Trail), de Jonathan Millet (França/Alemanha/Bélgica) (filme de abertura)
Les Reines du drame (Queens of Drama), de Alexis Langlois (França/Bélgica)

Foto: Divulgação.

Sindicato dos Roteiristas anuncia vencedores do WGA Awards 2024

por: Cinevitor
Cord Jefferson: premiado por Ficção Americana

O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, anunciou neste domingo, 14/04, os vencedores do Writers Guild Awards 2024, premiação que elege os melhores roteiros do cinema, TV, novas mídias e rádio. Realizado anualmente desde 1948, o WGA Awards é considerado um dos termômetros para o Oscar.

Escrito por David Hemingson, Os Rejeitados, de Alexander Payne, levou o prêmio de melhor roteiro original. Já Ficção Americana, escrito por Cord Jefferson, venceu na categoria de melhor roteiro adaptado; o filme também foi premiado no Oscar.

Entre as categorias televisivas, Succession, O Urso, The Last of Us e Treta se destacaram nesta 76ª edição, que foi realizada no Hollywood Palladium; a atriz Niecy Nash e o comediante Josh Gondelman apresentaram a cerimônia, que este ano aconteceu em um período diferente das outras edições por conta da greve dos roteiristas.

A noite contou também com diversos nomes homenageados, como: Tony Gilroy, diretor e roteirista indicado ao Oscar por Conduta de Risco, recebeu o Ian McLellan Hunter Award for Career Achievement; Cord Jefferson, premiado pelo roteiro de Ficção Americana, também foi honrado com o Paul Selvin Award, que destaca o roteiro que melhor incorpora o espírito dos direitos e liberdades constitucionais e civis que são indispensáveis à sobrevivência dos escritores livres em todos os lugares. Ron Nyswaner, indicado ao Oscar pelo roteiro de Filadélfia, recebeu o Walter Bernstein Award pela criatividade, graça e disposição para enfrentar a injustiça social; David A. Goodman e Chris Keyser receberam o Morgan Cox Award.

E mais: o diretor Walter Hill, vencedor do Emmy por Deadwood e Rastro Perdido, recebeu o Laurel Award for Screenwriting Achievement; a roteirista Linda Bloodworth Thomason, indicada ao Emmy por M*A*S*H e Designing Women, recebeu o Paddy Chayefsky Laurel Award for Television Writing Achievement. Além disso, a presidente do WGAE, Lisa Takeuchi Cullen entregou o Richard B. Jablow Award aos aliados trabalhistas na International Alliance of Theatrical Stage Employees (I.A.T.S.E.), International Brotherhood of Teamsters, Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) e American Federation of Musicians (AFM) por demonstrarem apoio e sacrifício inabaláveis durante a greve de 148 dias do WGA.

Conheça os vencedores do WGA Awards 2024 nas categorias de cinema:

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Os Rejeitados, escrito por David Hemingson

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Ficção Americana, escrito por Cord Jefferson; baseado no romance Erasure, de Percival Everett

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
O Túnel de Pombos, escrito por Errol Morris

MELHOR ROTEIRO | FILME PARA TV ou NOVAS MÍDIAS
Quiz Lady, escrito por Jen D’Angelo

Foto: Rodin Eckenroth/Getty Images for Writers Guild of America West.

Conheça os vencedores do 29º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Pedro Fiuza: diretor do curta premiado A Edição do Nordeste

Foram anunciados neste sábado, 13/04, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, os vencedores da 29ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado ao audiovisual não ficcional na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

A programação exibiu, de forma gratuita, um total de 77 títulos, de 34 países, entre longas e curtas-metragens, em salas de cinema de São Paulo e do Rio de Janeiro. Suas retrospectivas celebraram o cineasta britânico Mark Cousins e o centenário de um dos grandes expoentes do audiovisual brasileiro, Thomaz Farkas.

O júri das competições brasileiras foi composto pela documentarista, historiadora, professora e ativista Edileuza Penha de Souza; pela editora de som Miriam Biderman e pelo cineasta Walter Lima Jr. Dirigido por Renato Barbieri, Tesouro Natterer foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias-metragens e recebeu o prêmio de R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pelos compromissos com pesquisa, com o tempo e a memória, pela bela fotografia”.

O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi As Placas São Invisíveis, de Gabrielle Ferreira, que recebeu como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa diz: “Pelo convite de refletir sobre a invisibilidade das barreiras sociais, políticas e econômica, que muitas vezes impedem a plena participação de todos os indivíduos na sociedade e, consequentemente, no acesso à permanência ao ensino superior público e de qualidade”.

Foi outorgada Menção Honrosa para Aguyjevete Avaxi’i, de Kerexu Martim: “Pelo cuidado, pela poesia, mas sobretudo pela reconstrução da vida. Pelo semear, acompanhar, crescer, colher, debulhar, preparar e alimentar. Como diria Chico Buarque, ‘Afagar a terra. Conhecer os desejos da terra. Cio da terra, a propícia estação. E fecundar o chão'”, disse o júri.

Documentário premiado: Tesouro Natterer, de Renato Barbieri

Para as competições internacionais, o time de jurados foi formado pela cineasta brasileira Helena Solberg, pelo cineasta e crítico britânico Mark Cousins e pelo realizador e produtor brasileiro Sérgio Tréfaut. O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias-metragens foi o alemão Cento e Quatro, dirigido por Jonathan Schörnig. Para o júri: “Um filme que olha para uma das mais importantes questões dos nossos tempos, imigração, de uma forma crua, envolvente e cheia de adrenalina. À medida que se desenrola em tempo real, percebemos que este filme deveria ser visto em todos os lugares”. O longa recebeu R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade.

O júri concedeu Menção Honrosa para Diários da Caixa Preta, de Shiori Ito: “Um excepcional, corajoso e profundamente emocionante retrato de uma mulher resistindo ao poder masculino. Sua persistência e rigor jornalístico ajudaram a mudar a lei no Japão”; e uma Menção Especial para Zinzindurrunkarratz, de Oskar Alegria, “uma generosa e sensorial peregrinação experimental pela memória e pelo som”.

Só a Lua Entenderá, dirigido por Kim Torres, foi eleito o melhor curta-metragem internacional, e recebeu R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. Segundo o júri oficial: “Um retrato poético e onírico da infância e do envelhecimento. Um filme de momentos mágicos”.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas/médias-metragens e de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa da estatueta dourada para melhor documentário.

Na cerimônia desta 29ª edição também foram anunciados alguns prêmios paralelos, como o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de quinze mil reais; o vencedor, escolhido pelo júri formado por Ana Paula Barbosa, Janda Montenegro, Paola Piola, Raphael Camacho e Ricardo Ferreira foi o potiguar A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza. A justificativa diz: “Por apresentar uma montagem criativa sobre a cultura e imaginário nordestino através do cinema”. E mais: o Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, foi anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro; e teve também o Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual, para a melhor montagem de um curta e um longa.

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2024:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Tesouro Natterer, de Renato Barbieri

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
As Placas são Invisíveis, de Gabrielle Ferreira

MENÇÃO HONROSA
Aguyjevete Avaxi’i, de Kerexu Martim

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Cento e Quatro (Einhundertvier), de Jonathan Schörnig (Alemanha)

MENÇÃO HONROSA
Diários da Caixa Preta (Black Box Diaries), de Shiori Ito (Japão/EUA/Reino Unido)

MENÇÃO ESPECIAL
Zinzindurrunkarratz, de Oskar Alegria (Espanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Só a Lua Entenderá (Solo la Luna Comprenderá), de Kim Torres (Costa Rica/EUA)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Fernanda Young: Foge-me ao Controle, por Ítalo Rocha
Melhor Montagem | Curta: Utopia Muda, por Lucas Lazarini e Julio Matos

Foto: Marcos Finotti/Divulgação.