Marcélia Cartaxo apresenta Pacarrete, de Allan Deberton, na 43ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

marceliamostrapacarreteMarcélia Cartaxo: protagonista premiada.

O sucesso de Pacarrete, de Allan Deberton, começou no Shanghai International Film Festival. Depois disso, foi consagrado no Festival de Cinema de Gramado com oito kikitos, entre eles, melhor filme e melhor atriz para Marcélia Cartaxo.

Passou por Vitória, Florianópolis, Los Angeles, Índia, Itália e agora na 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, dentro da Mostra Brasil. Inspirado em fatos reais, o longa foi filmado na cidade de Russas, no Ceará, onde viveu a protagonista, e aborda questões como a loucura, a permanência do sonho e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gostava de ser chamada de Pacarrete, margarida em francês.

Zezita Matos, João Miguel, Débora Ingrid, Samya de Lavor, Edneia Tutti e Rodger Rogério completam o elenco. No filme, Pacarrete é uma bailarina incomum que vive no interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente, para o povo. Mas parece que ninguém se importa.

pacarretemostra43Equipe do filme durante a apresentação no Cinearte.

Ovacionado por onde passa, o filme teve sua primeira exibição em São Paulo na quinta-feira, 24/10, no Cinearte. Depois da sessão lotada, o diretor participou de um bate-papo com o público acompanhado por alguns integrantes da equipe: “É com muita felicidade que estamos nessa sessão em um dos maiores festivais do mundo. É uma grande vitrine para o filme, que fizemos de uma forma tão despretensiosa, filmado na minha cidade natal sobre uma personagem real chamada Maria Araújo Lima, que até pouco tempo era considerada uma personagem folclórica e polêmica. Trouxemos um pouco da história dela para que todos se emocionem”, disse Deberton.

“Eu só tive dois meses para me preparar. Eu dormia e acordava de sapatilha e com a roupa de balé. Foi muito difícil porque depois de velha pegar uma performance de bailarina é muito difícil. Tudo fica dolorido depois que o corpo esfria”, comentou a protagonista Marcélia Cartaxo.

“Na verdade, o nome dela, que pra mim sempre significou loucura, é margarida em francês e por isso a personagem gostava de usar tantas margaridas no chapéu de palha”, revelou o diretor. Questionada sobre a consagração em Gramado, Marcélia falou: “A recepção foi muito calorosa, desde a primeira cena e depois se estendeu para os créditos. Eu fiquei muito feliz com a reação”, finalizou.

*O filme será exibido em outras sessões durante a Mostra. Clique aqui e saiba mais.

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Fotos: Claudio Pedroso/Agência Foto.

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