Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2018: filmes brasileiros se destacam na programação

por: Cinevitor

mormacoroterdafilmeMarina Provenzzano em Mormaço, de Marina Meliande.

O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam) é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficos dirigidas por novos cineastas talentosos. Além das quatro seções oficiais em sua programação, também apresenta retrospectivas e programas temáticos.

Neste ano, em sua 47ª edição, que acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 4 de fevereiro, o cinema brasileiro estará representado com diversas produções. Na competição oficial, conhecida como Hivos Tiger Competition, serão dois longas: Mormaço, de Marina Meliande, que assina o roteiro ao lado de Felipe Bragança, sobre uma jovem advogada carioca, interpretada por Marina Provenzzano, que se divide entre seu trabalho em uma comunidade prestes a ser despejada por conta dos Jogos Olímpicos do Rio, um novo amor e uma doença misteriosa; e Djon África, uma coprodução com Portugal, dirigida por João Miller Guerra e Filipa Reis, que conta a história de um homem em busca de seu pai e de sua própria identidade.

O júri da Hivos Tiger Competition será formado por: Anthea Kennedy, cineasta e editora britânica; Paula Astorga, produtora mexicana; Job ter Burg, montador holandês; Valeska Grisebach, cineasta alemã; e Kim Kyung-Mook, cineasta sul-coreano.

Na seção Bright Future, que apresenta uma seleção de descobertas para o futuro, todos os filmes são criados por diretores originais e de renome trazendo seu próprios estilos e visões, com reconhecimento internacional desses jovens cineastas. Aqui, o Brasil se destaca com: Azougue Nazaré, de Tiago Melo; Inferninho, de Guto Parente e Pedro Diógenes; Sol Alegria, de Tavinho Teixeira; e The Cannibal Club, de Guto Parente.

solalegriaroterCena de Sol Alegria, de Tavinho Teixeira.

Benzinho, de Gustavo Pizzi, será exibido na seção Voices, que apresenta filmes conduzidos por suas histórias poderosas, personagens distintos, temas cativantes e com temas importantes; Açúcar, de Sergio Oliveira  e Renata Pinheiro, também foi selecionado para esta seção. Além desses títulos, o documentário The Cleaners, uma coprodução entre Alemanha e Brasil, dirigido por Moritz Riesewieck e Hans Block também faz parte da programação. Aqui, cada produção traz um ponto de vista distinto sobre o mundo em que vivemos.

O festival também apresenta a seção Pan-African Cinema Today (PACT), um programa temático que amplia a história do pan-africanismo desde a sua origem como uma ideologia visionária para uma era pós-colonial até sua atual relevância. O brasileiro Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio será exibido nesta mostra. O documentário Home Movie Excerpts from Cab Calloway on Tour in South America and the Caribbean, de Cab Calloway, uma coprodução entre Estados Unidos, Jamaica, Bahamas, Haiti, Brasil e Uruguai, também foi selecionado para esta seção.

Entre os curtas-metragens selecionados, três brasileiros se destacam: A Passagem do Cometa, de Juliana Rojas; Merencória, de Caetano Gotardo Soares; e Antes do Lembrar, de Luciana Mazeto e Vinicius Lopes.

Além desses títulos, a programação conta também com As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra; Gabriel e a Montanha, de Fellipe Barbosa; o documentário Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos, de Mario Abbade; e com as coproduções: Zama, de Lucrecia Martel (Argentina/Espanha/Holanda/França/Brasil), O Homem que Cuida (El hombre que cuida), Alejandro Andújar (República Dominicana/Porto Rico/Brasil), Illusions, de Grada Kilomba (Alemanha/Brasil/Portugal), While I Write: Act III of The Desire Project, de Grada Kilomba (Alemanha/Brasil) e Quem é Bárbara Virgínia?, de Luísa Sequeira (Portugal/Brasil).

O filme de abertura deste ano será o sueco Jimmie, de Jesper Ganslandt; a comédia dramática The Death of Stalin, do cineasta britânico Armando Iannucci, será exibido na noite de encerramento.

Confira a lista completa com os selecionados para a Hivos Tiger Competition 2018:

Djon África, de João Miller Guerra e Filipa Reis (Portugal/Brasil)
I Have a Date with Spring, de Baek Seungbin (Coreia do Sul)
Mormaço (Sultry), de Marina Meliande (Brasil)
Nervous Translation, de Shireen Seno (Filipinas)
Piercing, de Nicolas Pesce (EUA)
Possessed, de Metahaven e Rob Schröder (Holanda/Croácia)
The Reports on Sarah and Saleem, de Muayad Alayan (Palestina/Holanda/Alemanha/México)
The Widowed Witch, de Cai Chengjie (China)

Fotos: Divulgação.

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