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11ª Mostra Ecofalante de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo e Fátima Macedo em A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry.

A 11ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema acontecerá em formato híbrido, entre os dias 27 de julho e 17 de agosto, em mais de 30 cinemas e espaços culturais de São Paulo e on-line com programação totalmente gratuita.

A seleção do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais conta com 107 filmes, de 35 países, entre eles: os indicados ao Oscar 2022, na categoria de melhor documentário, Ascensão (Ascension), de Jessica Kingdon, e Escrevendo com Fogo (Writing with Fire), de Sushmit Ghosh e Rintu Thomas; além de Mil Incêndios (A Thousand Fires), de Saeed Taji Farouky, premiado no Festival de Locarno; Birds of America, de Jacques Loeuille, selecionado para o Festival de Roterdã; entre outros.

A Mostra abre no dia 27/07, quarta-feira, com o inédito Animal, a mais recente obra do diretor e escritor francês Cyril Dion, que foi exibida no Festival de Cannes e indicada ao César 2022. O longa mostra como dois jovens ativistas fazem parte de uma geração convencida de que seu futuro está em perigo. Entre a emergência climática e a sexta extinção em massa, seu mundo pode ser inabitável daqui 50 anos.

Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América Latina. Para esta edição, foram selecionados 35 títulos, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México. O júri será formado por: Amaranta Cesar, professora e programadora do festival CachoeiraDoc; Ceci Alves, cineasta e jornalista; e Tetê Mattos, curadora, professora e documentarista.

Produções de alunos de ensino superior, ensino médio, cursos técnicos e cursos livres de cinema participam do Concurso Curta Ecofalante. As temáticas dos filmes devem estar relacionadas a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis. As quinze obras selecionadas concorrem a um prêmio no valor de R$ 4 mil e ao Prêmio do Público. Nesta 11ª edição do evento, o júri será formado pela pesquisadora e professora da UFMG Cláudia Mesquita, por Joyce Cursino, jornalista e diretora do festival Telas em Movimento, e pelo cineasta Gabriel Martins.

Reunindo em 2022 um total de 45 produções, representando 29 países, o Panorama Internacional Contemporâneo está organizado nos seguintes eixos temáticos: Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho.

Escrevendo com Fogo, de Sushmit Ghosh e Rintu Thomas: indicado ao Oscar.

Destacam-se na programação: Demônios Invisíveis, exibido no Festival de Cannes, que trata dos efeitos do aquecimento global em Delhi, capital da Índia; é o segundo longa-metragem dirigido por Rahul Jain, cuja estreia, Máquinas, foi premiada no Festival de Sundance, em 2017. No eixo Economia, A Rota do Mármore (A Marble Travelogue), de Sean Wang, que passou em festivais como IDFA, Visions du Réel, CPH:DOX e Hot Docs; o curta Drama Telúrico (Tellurian Drama), de Riar Rizaldi, no eixo Povos & Lugares, que foi premiado no Festival de Singapura; Jobs For All! (Arbete åt alla!), de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck, consagrado no Festival de Clermont-Ferrand; Regresso a Reims (Fragmentos), de Jean-Gabriel Périot, exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes; entre outros.

O festival exibirá também a série aclamada e inédita no Brasil, Uprising, de Steve McQueen e James Rogan. Com exibição de seus três episódios, a trama examina eventos passados no Reino Unido em 1981: o fogo de New Cross, que vitimou 13 jovens negros; o primeiro protesto de massas organizado por cidadãos britânicos negros, no seguimento desse fogo, que ficou conhecido como Black People’s Day of Action e que juntou 20 mil pessoas; e os motins de Brixton, uma série de confrontos entre jovens negros e a polícia metropolitana de Londres.

Além disso, a programação conta com uma homenagem a Jacques Perrin com quatro de seus sucessos; uma retrospectiva da obra de Sarah Maldoror, que se dá no marco dos 50 anos de Sambizanga, premiado no Festival de Berlim; a exibição do clássico contemporâneo e marco do cinema socioambiental, o longa Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio, que celebra 40 anos de sua realização; e uma sessão especial de Adeus, Capitão, o mais recente longa do cineasta Vincent Carelli.

A 11ª Mostra Ecofalante apresenta também debates que reúnem ativistas, especialistas e outros convidados especiais para discutir as seis temáticas do Panorama Internacional Contemporâneo, além da obra da cineasta Sarah Maldoror e da sessão especial Sociedade e Redes; e também uma série de entrevistas exclusivas com realizadores e protagonistas dos filmes.

O evento exibirá parte de sua programação em cidades do interior paulista como Piracicaba, entre os dias 2 e 20 de agosto, e Lorena, entre 16 e 26 agosto; e também em Belo Horizonte, entre 10 e 31 de agosto, e Porto Alegre, entre 25 de agosto e 7 de setembro.

Conheça os filmes selecionados para a 11ª Mostra Ecofalante de Cinema:

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS

A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira (Brasil, RJ)
A Opção Zero, de Marcel Beltrán (Cuba/Colômbia)
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (Brasil, CE)
Borom Taxi, de Andrés Guerberoff (Argentina)
Cruz, de Teresa Camou Guerrero (México)
Esqui, de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
Husek, de Daniela Seggiaro (Argentina)
Lavra, de Lucas Bambozzi (Brasil, MG)
Muribeca, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (Brasil, PE)
Ninho, de Josefina Pérez-García e Felipe Sigala (Chile)
O Bem Virá, de Uilma Queiroz (Brasil, PE)
Panorama, de Alexandre Leco Wahrhaftig (Brasil, SP)
Pobo ‘Tzu’ – Noite Branca, de Tania Ximena e Yollotl Alvarado (México)
Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (Brasil, RJ)
Vai Acabar, de David Blaustein e Andrés Cedrón (Argentina)

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS

0,2 Miligramas de Ouro, de Diego Quindere de Carvalho (Brasil, RJ)
A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Seu Traje, de Gabriel Herrera (México)
A Montanha Lembra, de Delfina Carlota Vazquez (Argentina/México)
Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron (Brasil, SP)
Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci (Brasil, SP)
Chichiales, de José López Arámburo (México)
Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner (Brasil, AM)
Flores da Planície, de Mariana Xochiquétzal Rivera (México)
Kaapora – O Chamado das Matas, de Olinda Muniz Silva Wanderley (Brasil, BA)
LOOP, de Pablo Polledri (Argentina/Espanha)
Mar Concreto, de Julia Naidin (Brasil, RJ)
Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku usam Drone e Celular para Resistir às Invasões, de Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi (Brasil, PA)
Montanha Dourada, de Cassandra Oliveira (Brasil, AP)
Natureza Moderna, de Maia Gattás Vargas (Argentina/Colômbia)
O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (Brasil, SP)
Ocupagem, de Joel Pizzini (Brasil, SP)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (Brasil, RJ)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (Brasil, RJ)
Terra Nova, de Diego Bauer (Brasil, AM)
Two-Spirit, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia)

CONCURSO CURTA ECOFALANTE

[O Vazio que Atravessa], de Fernando Moreira (SP)
Como Respirar Fora d’Água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Crescer Onde Nasce o Sol, de Xulia Doxágui (PE)
Elos Positivos, de Eduardo Oliveira (SP)
Lua, Mar, de Agua (SP)
Meu Arado, Feminino, de Marina Polidoro Marques (MG)
Não Me Chame Assim, de Diego Migliorini (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
O Abebé Ancestral, de Paulo Ferreira (BA)
O Andar de Cima, de Tomás Fernandes da Silva (SP)
Okofá, de Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues, Daniela Caprine, Mariana Bispo e Thamires Case (SP)
Papa-Jerimum, de Harcan Costa e Clara Leal (RN)
Quem Saiu para Entrega?, de Evaldo Cevinscki Neto, Leonardo Roque Machado e Paula Roberta de Souza (SC)
Tá Foda, de Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar (RS)
Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés, de Sueli Maxakali (MG)

SESSÕES ESPECIAIS

Adeus, Capitão, de Vincent Carelli e Tita (Brasil)
Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio (EUA)
Lixo Mutante, de Dani Minussi e Adriano Caron (Brasil)
Uprising, de Steve McQueen e James Rogan (série) (Reino Unido)
Zarafa, de Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie (França)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ATIVISMO

As Formigas e o Gafanhoto (The Ants and the Grasshopper), de Raj Patel e Zak Piper (Malawi)
As Sementes de Vandana Shiva (The Seeds of Vandana Shiva), de Camilla Becket e James Becket (EUA/Austrália)
Até o Fim (To the End), de Rachel Lears (EUA)
Escrevendo com Fogo (Writing With Fire), de Rintu Thomas e Sushmit Ghosh (Índia)
O Território (The Territory), de Alex Pritz (Brasil/Dinamarca/EUA)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | BIODIVERSIDADE

Animal, de Cyril Dion (França)
Birds of America, de Jacques Lœuille (França)
Do Mar Selvagem (From the Wild Sea), de Robin Petré (Dinamarca)
Gritos de Nossos Ancestrais (Cries of Our Ancestors), de Rebecca Kormos e Kalyanee Mam (EUA/México)
Naya: A Floresta Tem Olhos (Naya: The Forest Has a Thousand Eyes), de Sebastian Mulder (Holanda)
Nosso Planeta, Nosso Legado (Legacy), de Yann Arthus-Bertrand (França)
O Leopardo das Neves (La panthère des neiges), de Marie Amiguet e Vincent Munier (França)
Tengefu Tengefu, de Jessey Dearing (EUA/Quênia)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ECONOMIA

A Rota do Mármore (A Marble Travelogue), de Sean Wang (Holanda/Hong Kong/França/Grécia)
Ascensão (Ascension), de Jessica Kingdon (EUA)
Desperdício Vol. 1 (Waste Vol. 1), de Jan Ijäs (Finlândia)
O Grande Vazio (The Great Void), de Sebastian Mez (Alemanha)
Olho de Peixe (Fish Eye), de Amin Behroozzadeh (Irã)
Ostrov: A Ilha Perdida (Ostrov: Lost Island), de Svetlana Rodina e Laurent Stoop (Suíça)
Se Você a Vir, Mande Lembranças (If You See Her, Say Hello), de Jiajun Oscar Zhang e Hee Young Pyun (China)
Um Céu Tão Nublado (So Foul a Sky), de Alvaro Fernandez-Pulpeiro (Colômbia/Espanha/Reino Unido/Venezuela)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Aasivissuit, de Jasper Coppes (Holanda)
Caminhando sobre as Águas (Marcher sur l’eau), de Aïssa Maïga (França/Bélgica)
Demônios Invisíveis (Invisible Demons – Tuhon merkit), de Rahul Jain (Índia/Finlândia/Alemanha)
Escola da Esperança (School of Hope), de Mohamed El Aboudi (Finlândia/França/Marrocos)
Holgut: O Primeiro Mamute, de Liesbeth De Ceulaer (Bélgica)
Por Dentro do Gelo (Rejsen til isens indre), de Lars Henrik Ostenfeld (Dinamarca/Alemanha)
Primeiros Habitantes: Uma Perspectiva Indígena (Inhabitants: An Indigenous Perspective), de Costa Boutsikaris e Anna Palmer (EUA)
Sam e a Usina Nuclear (Sam & the Plant Next Door), de Ömer Sami (Dinamarca/Reino Unido)
Uma Vez que Você Sabe (Une fois que tu sais), de Emmanuel Cappellin (França)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | POVOS E LUGARES

Apenas um Movimento (Juste un mouvement), de Vincent Meessen (Bélgica/França)
Domando o Jardim (Taming the Garden), de Salomé Jashi (Suíça/Alemanha/Geórgia)
Drama Telúrico (Tellurian Drama), de Riar Rizaldi (Indonésia)
Landfall: Depois do Furacão, de Cecilia Aldarondo (EUA)
Mar Sem Lei (The Outlaw Ocean: Trouble in West Africa), de Ryan Ffrench (EUA)
Mil Incêndios (A Thousand Fires), de Saeed Taji Farouky (França/Suíça/Holanda/Palestina)
Ouça a Batida das Nossas Imagens (Écoutez le battement de nos images), de Audrey Jean-Baptiste e Maxime Jean-Baptiste (Guiana Francesa/França)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | TRABALHO

A Fábrica dos Trabalhadores (Factory to the Workers), de Srđan Kovačević (Croácia)
Cold Stack: Um Mundo à Deriva, de Frank Eli Martin (Reino Unido)
Jobs for All!, de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck (Suécia)
Quarto de Empregada (Room Without a View), de Roser Corella (Áustria/Alemanha)
Regresso a Reims (Fragmentos) (Retour à Reims (Fragments)), de Jean-Gabriel Périot (França)
The Gig is Up: O Mundo é uma Plataforma, de Shannon Walsh (Canadá/França)

PROGRAMA ESPECIAL: SOCIEDADE E REDES

Geração Z (I Am Generation Z), de Liz Smith (Reino Unido/EUA)
Searchers: O Amor Está nas Redes, de Pacho Velez (EUA)

RETROSPECTIVA SARAH MALDOROR

Aimé Césaire, A Máscara das Palavras (Aimé Césaire, The Mask of Words) (1987) (Martinica/EUA)
Monangambé (1968) (Argélia)
Retrato de uma Mulher Africana (Portrait de Madame Diop) (1985) (França)
Sambizanga (1972) (Angola/França)
Uma Sobremesa para Constance (Un dessert pour Constance) (1980) (França)

HOMENAGEM A JACQUES PERRIN

As Estações (Les saisons), de Jacques Perrin, Alexandre Poulichot e Jacques Cluzaud (França/Alemanha) (2015)
Microcosmos (Microcosmos: Le peuple de l’herbe), de Claude Nuridsany e Marie Pérennou (França/Suíça/Itália) (1996)
Migração Alada (Le peuple migrateur), de Jacques Perrin, Jacques Cluzaud e Michel Debats (França) (2001)
Oceanos (Océans), de Jacques Perrin e Jacques Cluzaud (França/EUA) (2009)

PROGRAMA ECOFALANTE UNIVERSIDADES

A Grande Ceia Quilombola, de Ana Stela Cunha e Rodrigo Sena (Brasil) (2017)
Água Mole Pedra Dura, de James Robert Lloyd e Flavia Angelico (Brasil) (2017)
Amazônia Sociedade Anônima, de Estêvão Ciavatta (Brasil) (2019)
Auto-Fitness (Automatic Fitness), de Alejandra Tomei e Alberto Couceiro (Alemanha) (2015)
BR Acima de Tudo, de Fred Rahal Mauro (Brasil) (2021)
Cidade de Quem Corre, de Fernando Martins (Brasil) (2019)
Cor de Pele, de Larissa Barbosa (Brasil) (2019)
Descarte, de Leonardo Brant (Brasil) (2021)
Desculpe Interromper o Silêncio de Sua Viagem, de Maiara Astarte (Brasil) (2018)
GIG: A Uberização do Trabalho, de Carlos Juliano Barros, Caue Angeli e Maurício Monteiro Filho (Brasil) (2019)
Krenak, de Rogério Corrêa (Brasil) (2017)
Mãe do Mangue, de Isabella Cruvinel Santiago e Jonas Torralba Batista (Brasil) (2018)
Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes (Brasil) (2020)
Mesmo com Tanta Agonia, de Alice Andrade Drummond (Brasil) (2018)
O Fio da Meada, de Sílvio Tendler (Brasil) (2019)
Osiba Kangamuke – Vamos Lá, Criançada, de Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro e Veronica Monachini (Brasil) (2016)
Pajeú, de Pedro Diogenes (Brasil) (2020)
Sob a Pata do Boi, de Márcio Isensee e (Brasil) (2018)
Substantivo Feminino, de Daniela Sallet e Juan Zapata (Brasil) (2016)
Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro (Brasil) (2021)
Yaõkwa: Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli (Brasil) (2020)

Foto: Divulgação.

Curta Kinoforum 2022: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
João de Cordeira no curta pernambucano Cabocolino, de João Marcelo.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 15/07, os filmes selecionados para a 33ª edição do Curta Kinoforum, que acontecerá entre os dias 18 e 28 de agosto, em formato híbrido. Com todas as atividades gratuitas, o evento ocupará diversas salas e espaços da cidade de São Paulo e, de forma on-line, será disponibilizado via plataformas digitais de streaming, acessível em todo o território brasileiro.

Neste ano, 183 curtas-metragens, de 42 países, foram selecionados. A produção brasileira responde por 87 títulos, produzidos em 18 estados e no Distrito Federal. O festival recebeu um total de 2.745 inscrições, vindas de 96 países.

Os filmes selecionados fazem parte das mostras internacional, latino-americana, brasileira, infantojuvenil e Limite, além de programas especiais. Os títulos convidados, os encontros, debates e as demais atividades paralelas serão anunciadas em breve, juntamente com a programação completa do evento.

Criado em 1990, o Festival Internacional de Curtas de São Paulo é reconhecido como um dos mais importantes eventos mundiais dedicados ao filme de curta duração. Dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, o evento é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade também responsável pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, entre outras atividades.

O comitê de visionamento da Mostra Internacional foi composto por Anne Fryszman, Beth Sá Freire, Christian Saghaard, Cíntia Domit Bittar, Duda Leite, Fernanda Ramos, Issis Valenzuela, Marcio Miranda Perez, Mateus Nagime e Sofia Wickerhauser. Já para a Mostra Latino-Americana, responderam pelo visionamento Cíntia Domit Bittar, Marcio Miranda Perez e Issis Valenzuela. E mais: Francisco Cesar Filho, Leandro Pardí, João Victor Guimarães, Julia Katharine e Suellen Ribeiro integraram o comitê de visionamento dos Programas Brasileiros.

O processo de seleção contou ainda com a colaboração dos seguintes participantes do Visionamento em Curso, um projeto da Associação Kinoforum voltado a estudantes de cursos universitários: Ana Julia de Godoy, Camila Leite Dias, Clara Gurgel, Dionys Matheus Batista de Campos, Frederico Laffitte, Gabriela Barboza, Isabella Gonçalves do Carmo, Laís Pereira Goes Luz, Leonardo Hackenhaar da Silva, Luisa Rinaldi Petrucci, Nina de Alencastro Varela e Vitória Valio Weiss

Além disso, a 33ª edição do Curta Kinoforum tem como destaque um programa especial celebrando o centenário de nascimento do cineasta Pier Paolo Pasolini. Pelas Mãos de Pasolini reúne cinco títulos, realizados entre 1960 e 2021, que trazem participações do diretor italiano como roteirista e narrador, ao lado de um curta brasileiro recente com inspiração pasoliniana e um episódio por ele dirigido para o longa RoGoPaG – Relações Humanas.

Conheça os filmes selecionados para o Curta Kinoforum 2022:

MOSTRA BRASIL

1325 Quilômetros 227 Dias, de Vítor Teixeira e Gustavo de Almeida (RJ)
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
A Última Praga de Mojica, de Pedro Junqueira, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Cédric Fanti (SP)
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP)
Anantara, de Douglas Alves Ferreira (SP)
Antes do Amanhã, de Djin Sganzerla e Andre Guerreiro Lopes (SP)
Aperio, de Patrick Hanser – Nocturnu (SP)
Aragem, de Ricardo Alves Jr. (MG)
Ararat, de Guto Gomes (SP)
Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP)
Blackout, de Rodrigo Grota (PR)
Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Chaguinhas, de Diego Hajjar e Fernando Martins (SP)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Coletânea de Histórias Extremamente Curtas, de Pedro Fraga Villaça (SP)
Corpo Celeste, de Renata Paschoal e André Sobral (SP)
Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner (AM/França)
Cyntia, de Rafael Diniz Marques Gontijo (MG)
Dreno, de Humberto Giancristofaro (SP)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Tertuliano de Barros e Rafael Rogante (RO)
Eles Não Vêm em Paz, de Victor Silva e Pedro Oranges (SP)
Emaranhamento & Dissolução, de Rafael Clemente Soares da Silva (SP)
Estática, de Gabriela Queiroz (SP)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Fim, de José Roberto Torero (SP)
Fogo Baixo, Alto Astral, de Helena Ignez (SP)
Heroicas, de Evaldo Mocarzel e Newtton Moreno (SP)
Hospital de Brinquedos, de Georgina Castro (CE)
Kung Fu Allef, de Gabriel Pinheiro (DF)
Lua, Mar, de Agua Quent (SP)
Lugar de Ladson, de Rogério Borges (SP)
Lupi, de Leo de Leandro e Rahessa Vitório (SP)
Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ)
Mutirão: o Filme, de Lincoln Péricles (SP)
Muxima, de Juca Badaró (BA/Angola)
Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, de Sunny Maia e Liv Costa (CE)
Não Olhe para Trás, de Malu Portela (RJ)
Nonna, de Maria Augusta V. Nunes (SC)
Okofá, de Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues, Daniela Caprine, Mariana Bispo e Thamires Case (SP)
Os Últimos Dias de Duas Amigas, de Rodrigo Lavorato (SP)
Pedra Polida, de Danny Barbosa (PB)
Portaria, de Giovanna Castellari (SP)
Possa Poder, de Marcio Picoli e Victor Di Marco (RS)
Romance, de Karine Teles (RJ)
Selfie, de Alex Sernambi (RS)
Sideral, de Carlos Segundo (RN/França)
Silêncio Bruto, de João Gabriel Ferreira e João Gabriel Kowalski (PR)
Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SP)
Tamo Junto, de Pedro Conti (SP)
Território Pequi, de Takumã Kuikuro (MT)
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva (PE)
Transviar, de Maíra Tristão (ES/Alemanha)
Uma Escola no Marajó, de Camila Kzan (PA)
Vigília, de Patrícia Figueiredo (SP)
Yabá, de Rodrigo Sena (RN)

PROGRAMAS ESPECIAIS

A Blogueira da Favela, de Arthur Jesus (SP)
A Família Sanguinária, de Amir Karami (Irã)
A Máquina Infernal, de Francis Vogner Dos Reis (SP)
Algo no Jardim, de Marcos Sanchez (Chile)
Bolide, de Juliette Gilot (França)
Centelha, de Renato Vallone (AC)
Ding, de Malte Stein (Alemanha)
Na Terra, de Casper Kjeldsen (Dinamarca)
O Açougueiro, de Léo Deschênes (França)
Pierpaolo, de Ivan Claudio (SP)
Que se Foda a Propriedade Privada!, de Raphaël Daniel (França)
Sapatos Vermelhos, de Anna Paděrová (República Tcheca)
Se Hace Camino Al Andar, de Paula Gaitán (SP)
Selvagem, de Nicolas Devienne (França)
Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (RJ)

OFICINAS DE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL

A Jornada, de Less da Silva Ruiz (SP)
Abismos, de Cristina Mena (SP)
Do Lado de Cá, de Direção Coletiva (SP)
Elas Não Podem Parar, de Maria Antonia (SP)
Medo na Minha Pele, de Braion Souza (SP)
Morando Juntos, de Gabyy Mendes e Vitória Campos (SP)
Mortalha, de Beatriz Caldeira (SP)
O Corre, de Direção Coletiva (SP)
O Espinho na Carne, de Marcos Paulo Lobo (SP)
Raízes do Mercado, de Jaime Santos, Daniel Calado Souza, Samara Faustino e Francina Ferreira de Lisboa (SP)
Raízes, de Mayara Gomez e Beatriz Reis (SP)
Somos, de Direção Coletiva (SP)
Tem Fome de Quê?, de Direção Coletiva (SP)
Uma Lasca na Parede, de Giovanna Lange (SP)
Vigília, de Patrícia Figueiredo (SP)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

A Avó Mais Chata do Mundo, de Damaris Zielke (Alemanha)
A Pinhata, de Verónica Ramírez (México)
Amizade, de Alžbeta Mačáková Mišejková (República Checa)
Aventura na Ilha, de Edu Glez (Espanha)
Celeste, de Letícia Reis (SP)
Corpo que Fala, de Samuel Fortunato e Bruno Rubim (RJ)
Fonos, de Gabriela Badillo (México)
Ibeji Ibeji, de Victor Rodrigues (RJ)
Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (RJ)
Peixes Não se Afogam, de Anna Azevedo (RJ)
Rabiola, de Thiago Briglia (RR)
Rua Dinorá, de Samuel Brasileiro e Natália Maia (CE)
Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR)
Verde, de Arielle Cohen, Camille Poiriez, Louis Florean, Eloïse Thibaut e Theo Fratissier (França)
Yallah!, de Renaud de Saint Albin, Candice Behague, Nayla Nassar, Cécile Adant, Edouard Pitula e Anaïs Sassatelli (França)

MOSTRA LIMITE

A Semiótica do Plástico, de Radu Jude (Romênia)
A Terra das Estrelas Sussurrantes, de Ayaal Adamov (Rússia)
Abismo, de Jeppe Lange (Dinamarca)
No Cinema!, de Johanna Vaude (França)
O Amanhã é um Palácio d’Água, de Juanita Onzaga (Bélgica/México/Itália)
Sem Título # 8 : Vai Sobreviver, de Carlos Adriano (SP)
Speedball Nosferatu, de João Pedro Albuquerque (SP)
The Spiral, de María Silvia Esteve (Argentina)
Train Again, de Peter Tscherkassky (Áustria)
Yon, de Bárbara Lago (Argentina)

MOSTRA INTERNACIONAL

A Febre da Caça, de Louise Van Assche e Griet Goelen (Bélgica)
A Jangada, de Marko Mestrovic (Croácia)
A Marcha da Formiga, de Fedor Yudin (Rússia)
A Maré, de Manijeh Sheikh (Irã)
A Regra dos Sete, Cena 6 – Um Curta de Dança Ilegal, de Tony Adigun (Reino Unido)
Aéreo, de Andrzej Jobczyk (Polônia)
Alpa, de Paolo Mattei (França)
Ambasciatori, de Francesco Romano (Itália)
Azul, de Ornella Pacchioni (França)
Belle River, de Guillaume Fournier, Samuel Matteau e Yannick Nolin (Canadá/EUA)
Bom Dia Meia-Noite, de Elisabeth Silveiro (França)
Cadillac e Amoras, de Suela Bako (Albânia)
Com Calvin, de Arthur Jaquier (Suíça)
Datsun, de Mark Albiston (Nova Zelândia)
Deslocados, de Samir Karahoda (Kosovo)
É Exatamente o Tempo Suficiente, de Virgil Widrich e Oskar Salomonowitz (Áustria)
Eco, de Karolina Malinowska (República Tcheca)
Elena, de Birutė Sodeikaitė (Lituânia/Croácia/França)
Em Seu Sono, de Stepan Aleksashin (Rússia)
Frida, de Mohamed Bouhjar (Tunísia)
Hardcore, de Adán Aliaga (Espanha)
Homebird, de Ewa Smyk (Reino Unido)
Jua Kali, de Joash Omondi (Quênia)
Lua Azul, de Vytautas Kazlauskas (Lituânia)
Máscaras, de Olivier Smolders (Bélgica)
Meu Tigre, de Jean-Jean Arnoux (França)
Moscas Volantes, de Kasia Kurop (Polônia)
Na Superfície, de Fan Sissoko (Islândia)
O Barco, de David Robinson e Bryan Michael Mills (Reino Unido)
O Dilúvio, de Frédéric Jaeger (Alemanha)
O Mar por Testemunha, de Danila Lipatov (Rússia)
O Marinheiro Voador, de Wendy Tilby (Canadá)
O que Resta, de Daniel Soares (Portugal)
O Sonho de um Cavalo, de Marjan Khosravi (Irã)
O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal/Bélgica)
O Voo de Banog, de Elvert Bañares (Filipinas)
Pássaros, de Katherine Propper (EUA)
Pepinos, de Leonid Shmelkov (Rússia/França)
Perdido, de Gaetan Vassart e Sabrina Kouroughli (França)
Revolução Gloriosa, de Masha Novikova (Reino Unido/Alemanha/Ucrânia)
Ruído Azul, de Simon Maria Kubiena (Alemanha/Áustria)
Seu Beijo Violeta, de Bill Morrison (EUA)
Titan, de Valéry Carnoy (Bélgica)
Ulyx, de Roblin Hugo e Leprince Emeric (França)
Um Ventilador Quebrado, de Assaad Khoueiry (Líbano)
Uma Guitarra no Balde, de Boyoung Kim (Coreia do Sul)
Uma Imvestigação, de Jakob Marky (Suécia)
Warsha, de Dania Bdeir (Líbano/França)

MOSTRA LATINO-AMERICANA

A Marcha de Balogun, de Michelle Coelho (Cuba)
A Menina e o Tsunami, de Antonio Balseiro, Leo Campasso e Carlos Balseiro (Argentina)
A Vulvaláxia, de Sabrina Franco e Alejandra Gómez de la Torre (Peru)
Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)
Criatura, de María Silvia Esteve (Argentina/Suíça)
Dois-Espíritos, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia)
El Video, de Omar E. Ospina Giraldo (Colômbia)
Era uma Vez em Quizca, de Nicolás Torchinsky (Argentina)
Estrelas do Deserto, de Katherina Harder (Chile)
Fogo no Mar, de Sebastián Zanzottera (Argentina)
Invisíveis, de Esteban Garcia Garzón (Colômbia)
Magma, de Edison Cájas (Chile)
O Nascimento de uma Mão, de Lucila Podestá (Argentina)
Papel, de Felix Klee e Gisela Carbajal Rodríguez (México)
Passageiro, de Juan Pablo Zaramella (Argentina)
Solastalgia, de Violeta Mora (Cuba/Honduras)
Soldado, de Francisco Sánchez Solís (México)
Somos Pequenas, de Angela Guerrero (México)
Tecelãs, de Ana Micenmacher e Agustina Willat (Uruguai)
Tigre, Tigre, de Mauricio Saenz-Canovas (México)
Todas as Minhas Cicatrizes se Desvanecem ao Vento, de Angélica Restrepo e Carlos Velandia (Colômbia)
Tropicalía, de Rodney Llaverías (República Dominicana/EUA)
Um Quarto de Solteiro, de Nicolás Dolensky (Argentina)
Yemaya, de Greth Castillo (Cuba)

Foto: Marlom Meirelles.

Julianne Moore presidirá o júri do Festival de Cinema de Veneza 2022

por: Cinevitor
A premiada atriz já atuou em mais de 70 produções.

A 79ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro, acaba de anunciar que a atriz norte-americana Julianne Moore presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais; a decisão foi tomada pela diretoria da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor do festival.

Vencedora do Oscar e do BAFTA pelo drama Para Sempre Alice e do Emmy por Virada no Jogo, Julianne Moore, que já atuou em mais de 70 produções, é conhecida por sua amplitude no trabalho e por performances memoráveis. Além disso, é a primeira mulher americana a receber os principais prêmios de atuação nos festivais de Berlim, por As Horas, em 2003; Veneza, por Longe do Paraíso, em 2012, além de outras honrarias por Suburbicon: Bem-vindos ao Paraíso e Short Cuts: Cenas da Vida; e Cannes, por Mapas para as Estrelas, em 2014.

Além de Julianne, o festival também anunciou o nome dos outros integrantes do júri: Mariano Cohn, cineasta e roteirista argentino premiado em Veneza pela comédia dramática O Cidadão Ilustre; a atriz iraniana Leila Hatami; o diretor italiano Leonardo Di Costanzo, que recebeu diversos prêmios em Veneza pelo drama L’intervallo; Audrey Diwan, cineasta francesa que recebeu o Leão de Ouro na edição passada pelo drama O Acontecimento; o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, vencedor do Nobel de Literatura em 2017; e Rodrigo Sorogoyen, cineasta espanhol indicado ao Oscar pelo curta-metragem Madre.

Foto: Getty Images Europe.

Conheça os vencedores do 6º Prêmio ABRA de Roteiro

por: Cinevitor
Clarissa Kiste, Irandhir Santos e Laís Cristina no longa A Mesma Parte de um Homem.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 14/07, os vencedores da sexta edição do Prêmio ABRA de Roteiro, realizado pela Abra, Associação Brasileira de Autores Roteiristas, com patrocínio do Projeto Paradiso, instituição filantrópica de apoio aos talentos do audiovisual.

Com apresentação do humorista Gui Preto, o grande homenageado deste ano foi o diretor, roteirista e produtor executivo Joel Zito Araújo. O prêmio de Roteirista do Ano, oferecido pelo Projeto Paradiso, foi entregue para Ludmila Naves e o Prêmio Abraço Excelência em Roteiro foi para Gautier Lee.

Na categoria de melhor roteiro original de filme de ficção, o longa A Mesma Parte de um Homem, escrito por Ana Johann e Alana Rodrigues, foi o grande vencedor. Já Meu Nome é Bagdá, com roteiro de Caru Alves de Souza e Josefina Trotta, foi contemplado na categoria de melhor roteiro adaptado de filme de ficção; A Última Floresta, escrito por Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi, conquistou o prêmio de melhor roteiro de documentário.

O Prêmio Abra de Roteiro surgiu em 2016 com a finalidade de valorizar os autores-roteiristas e ressaltar a importância do roteiro na cadeia de produção da indústria audiovisual nacional. Os premiados são escolhidos pelos próprios membros da associação, em dois turnos de votação. A cerimônia de premiação este ano voltou a ser presencial e foi realizada em São Paulo, na Cinemateca Brasileira, que recentemente reabriu suas dependências para receber o público.

Além disso, o Projeto Paradiso, uma iniciativa filantrópica do Instituto Olga Rabinovich, investe em formação profissional e geração de conhecimento com programas de bolsas e mentorias, além de cursos, seminários e estudos. Focado na internacionalização, atua por meio de parcerias com instituições de referência no Brasil e no mundo, criando oportunidades para profissionais em diferentes fases da carreira. Em três anos de existência já beneficiou dezenas de profissionais brasileiros do audiovisual por meio de suas inúmeras iniciativas.  

Este foi o quarto Prêmio Paradiso oferecido para o vencedor da categoria Roteirista do Ano no Prêmio Abra de Roteiro. Em 2019, o cineasta Jorge Furtado recebeu o troféu. Em 2020, foi a vez da roteirista Rosane Svartman. Em 2021, Alice Marcone foi eleita a Roteirista do Ano.  

Já o Prêmio Parceria foi entregue para o Frapa – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre, considerado o primeiro e maior evento inteiramente voltado ao roteiro de cinema e televisão na América Latina. Inspirado em festivais do gênero consagrados no exterior, o FRAPA acontece de maneira ininterrupta desde 2013.

Confira a lista completa com os vencedores do 6º Prêmio Abra de Roteiro

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL | FILME DE FICÇÃO
A Mesma Parte de um Homem, escrito por Ana Johann e Alana Rodrigues

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO | FILME DE FICÇÃO
Meu Nome é Bagdá, escrito por Caru Alves de Souza e Josefina Trotta; livremente inspirado na obra Bagdá, o Skatista, de Toni Brandão; script supervisor: JP Teixeira; assistente de roteiro: Azaraha Martín

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, escrito por Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi

MELHOR ROTEIRO | FILME DE COMÉDIA | PRÊMIO PAULO GUSTAVO
Cabras da Peste, escrito por Denis Nielsen e Vitor Brandt

MELHOR ROTEIRO | CURTA-METRAGEM
Chão de Fábrica, escrito por Nina Kopko e Tainá Muhringer

MELHOR ROTEIRO DE OBRA INFANTIL/INFANTOJUVENIL
Turma da Mônica – Lições, escrito por Thiago Dottori e Mariana Zatz; adaptado da obra Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa e inspirado na graphic novel Lições, de Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi; colaboradora de roteiro: Marina Maria Iório

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DE FICÇÃO | DRAMA
Manhãs de Setembro (1ª temporada), escrita por Josefina Trotta, Alice Marcone, Marcelo Montenegro e Carla Meireles; baseado em ideia original de Miguel de Almeida (Prime Video)

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DE FICÇÃO | COMÉDIA
Lov3; criada por Felipe Braga e Rita Moraes; escrita por Rafael Lessa, Duda de Almeida, Filipe Valerim Serra e Natália Sellani; Elton de Almeida (colaborador de roteiro) (Prime Video)

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DOCUMENTAL
O Caso Evandro, escrito por Angelo Defanti, Arthur Warren, Ludmila Naves e Tainá Muhringer; pesquisa e colaboração de roteiro de Ivan Mizanzuk (Globoplay)

MELHOR ROTEIRO DE PROGRAMA DE REALITY OU VARIEDADES
Greg News com Gregorio Duvivier (5ª temporada), escrita por Gregorio Duvivier, Alessandra Orofino, Bruno Torturra, Denis Burgierman, Arnaldo Branco, Eduardo Branco, Luiza Miguez, Mariana Filgueiras, Carol Pires, Fernanda Mena e Amanda Célio  

MELHOR ROTEIRO DE TELENOVELA
Um Lugar ao Sol; novela de Lícia Manzo; escrita com Leonardo Moreira e Rodrigo Castilho; colaboração de Carla Madeira, Cecília Giannetti, Dora Castellar e Marta Goés (Rede Globo)

PRÊMIO DA CRÍTICA
Cabeça de Nêgo, escrito por Déo Cardoso

PRÊMIO ABRAÇO | EXCELÊNCIA EM ROTEIRO
Gautier Lee

ROTEIRISTA DO ANO | PRÊMIO PARADISO
Ludmila Naves

PRÊMIO PARCERIA
Frapa – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre

ROTEIRISTA HOMENAGEADO
Joel Zito Araújo

Foto: Isabella Lanave.

Festival do Rio e Telecine realizam edição especial on-line com filmes inéditos

por: Cinevitor
A Felicidade das Pequenas Coisas, de Pawo Choyning Dorji: filme de abertura.

Pelo segundo ano consecutivo, o Telecine e o Festival do Rio promovem juntos, com exclusividade, mais uma edição da mostra on-line com filmes inéditos de diferentes nacionalidades e grande repercussão internacional.

Entre os dias 15 e 24 de julho, o Telecine, dentro do Globoplay, traz uma seleção de dez filmes de oito países que exaltam pluralidade e diversidade. A cada dia, um longa estreia na plataforma, sempre às 10h, e fica disponível por 24 horas. Às sextas e aos domingos, o Telecine Cult exibe, às 22h, alguns dos principais longas da seleção. 

A Felicidade das Pequenas Coisas, dirigido por Pawo Choyning Dorji, é o filme de abertura do Festival do Rio no Telecine e estará disponível gratuitamente on-line para não assinantes e, às 22h, no Telecine Cult, na sexta, dia 15 de julho. O longa foi a primeira produção do Butão indicada ao Oscar e concorreu na categoria de melhor filme internacional.  

No dia 16, é a vez da comédia dramática A Última Noite, de Camille Griffin, que reúne Keira Knightley, Matthew Goode, Roman Griffin Davis e Annabelle Wallis. O suspense inédito O Salão de Huda, do palestino Hany Abu-Assad, exibido nos festivais de Toronto e Nashville, é o destaque de domingo, dia 17; a trama aborda o complexo conflito entre Palestina e Israel, mostrando os dois lados.

Novidade no Brasil, o drama Blue Bayou ganha exibição na segunda, 18. Dirigido, roteirizado e estrelado por Justin Chon, o longa foi exibido no Festival de Cinema de Toronto, indicado ao Independent Spirit Awards e selecionado para a mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes do ano passado. Também destaque em Toronto, o filme francês Arthur Rambo – Ódio nas Redes, de Laurent Cantet, é a atração de terça e convida o público para um debate sobre o cancelamento nas redes sociais. 

Charlotte Gainsbourg em Noites de Paris, de Mikhaël Hers.

O cineasta Paul Schrader, que será homenageado com o Leão de Ouro honorário no Festival de Veneza deste ano, marca presença no especial do Telecine na quarta, dia 20, com a obra O Contador de Cartas, protagonizada por Oscar Isaac. Já o inédito Rabiye Kurnaz vs George W. Bush, de Andreas Dresen, fica disponível na plataforma na quinta, 21; o longa levou dois prêmios no Festival de Berlim, em uma edição marcada por mulheres, com Meltem Kaptan eleita a melhor atriz por sua personagem no filme, enquanto Laila Stieler conquistou a categoria de melhor roteiro.

Na sexta, dia 22, a novidade é o título ucraniano Olga, dirigido por Elie Grappe, vencedor do SACD Award para melhores novos autores na Semana da Crítica do Festival de Cannes; a história se passa no fim de 2013, período em que o país, atualmente em guerra, enfrentava outra época de efervescência. O longa, que era o representante da Suíça no Oscar deste ano, foi um dos finalistas ao Troféu Bandeira Paulista da 45ª Mostra de São Paulo.

O segundo fim de semana do Festival do Rio no Telecine conta com mais destaques. Inédita no Brasil, a produção francesa Noites de Paris pode ser vista no sábado, 23. Com direção de Mikhaël Hers e com Charlotte Gainsbourg, Quito Rayon, Richter, Noée Abita e Megan Northam no elenco, o longa disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Para fechar o especial em grande estilo, no domingo, a comédia nacional O Pai da Rita traz a força do protagonismo negro com Ailton Graça, Wilson Rabelo e Jéssica Barbosa. Na trama, o cineasta Joel Zito Araújo promove um verdadeiro mergulho no universo do samba, da trilha sonora aos personagens principais, dois compositores de uma escola de samba. 

Vale lembrar que o Festival do Rio acontecerá presencialmente nos cinemas do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 16 de outubro.

Fotos: Divulgação/Pandora Filmes.

Elvis

por: Cinevitor

Direção: Baz Luhrmann

Elenco: Austin Butler, Tom Hanks, Olivia DeJonge, Helen Thomson, Richard Roxburgh, Kelvin Harrison Jr., David Wenham, Kodi Smit-McPhee, Luke Bracey, Dacre Montgomery, Leon Ford, Gary Clark Jr., Yola, Natasha Bassett, Xavier Samuel, Adam Dunn, Alton Mason, Shonka Dukureh, David Gannon, Shannon Sanders, Charles Grounds, Josh McConville, Kate Mulvany, Gareth Davies, Chaydon Jay, Aristene Kisando, Senayt Mebrahtu, Princess Mariama Andrews, Sharon Brooks, Nicholas Bell, Anthony Phelan, Sandro Colarelli, Cle Morgan, Charles Allen, Natalie Bassingthwaighte, Liz Blackett, Mike Bingaman, Christian McCarty, Tony Nixon, Andrea Moor, Mark Leonard Winter, Thomas Larkin, Hilton Hyppolite Denis, Christopher Sommers, Simon Mallory, Terepai Richmond, Alex Knight, Elizabeth Cullen, Angie Milliken, Luke Corrin Care, Jack McGirr, Miranda Frangou, Ruby Gonzales-Judd, Greg Powell, Patrick Shearer, Sarah Ogden, Iain Gardiner, Melina Vidler, Connor Barton, Jack Daniel, Joshua Fisk, Zachary Van Zandt, Mikaela Bradshaw, Kyle Byrne, Josie Cross, Tom Coyle, Jamie Martin Duncan, Roger Dvorak, Alyson Joyce, Jenna Kenney, Renee Petersen, Alex Radu, Katrina West.

Ano: 2022

Sinopse: O filme aborda a vida e a música de Elvis Presley sob o prisma da sua tumultuada relação com seu empresário enigmático, o coronel Tom Parker. A história mergulha na complexa dinâmica entre Presley e Parker, que se estendeu por mais de 20 anos, desde a ascensão de Presley à fama até seu estrelato sem precedentes, tendo como pano de fundo a evolução da paisagem cultural e a perda da inocência na América. No centro dessa jornada está uma das pessoas mais importantes e influentes na vida de Elvis, Priscilla Presley.

Nota do CINEVITOR:

Festival de Gramado 2022 anuncia longas documentais e homenagem a Marcos Palmeira

por: Cinevitor
Homenagem: o ator receberá o Troféu Oscarito.

Depois de divulgar as 50 produções que compõem as mostras de longas-metragens brasileiros, estrangeiros e gaúchos e os curtas-metragens (leia aqui), o Festival de Cinema de Gramado revelou mais novidades para esta 50ª edição, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de agosto.  

Na noite desta terça-feira, 12/07, foram anunciados os últimos títulos que concorrerão aos kikitos desta edição. Os cinco longas-metragens documentais foram revelados em um evento realizado no hotel Prodigy Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O encontro, comandado pela jornalista Renata Boldrini, reuniu o vice-prefeito de Gramado e presidente do conselho da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos da cidade, Luia Barbacovi, a presidente da Gramadotur e Secretária de Turismo, Rosa Helena Volk, a curadora Dira Paes, realizadores, produtores, atores e jornalistas. 

A mostra competitiva de longas-metragens documentais é uma das novidades deste ano. Para a seleção dos filmes participantes, os curadores Marcos Santuario, Dira Paes e Soledad Villamil prestigiaram um total de 116 obras inscritas: “Tivemos mais de 100 filmes inscritos para uma mostra inédita. Foi um trabalho complexo de diálogo e exposição de ideias que nos fez culminar nessa lista de cinco títulos que apresentamos hoje. Em nome da curadoria, estamos muito felizes de poder anunciar esses filmes potentes e que refletem muito o atual cenário político, social e econômico do nosso país”, afirmou Dira.

Aliando o retorno ao formato presencial com as inovações advindas da pandemia, os selecionados terão uma janela de exibição diferenciada: os cinco filmes serão veiculados exclusivamente pelo Canal Brasil, dentro da programação do Festival de Gramado. Escolhido pelo júri, o vencedor será, ainda, exibido no Palácio dos Festivais como filme de encerramento da edição. 

Além disso, outra novidade foi revelada: o Troféu Oscarito, a mais tradicional honraria, concedida desde 1990 pelo Festival de Cinema de Gramado, será entregue, em 2022, ao ator Marcos Palmeira, que atualmente está no ar na novela Pantanal. Com mais de uma centena de trabalhos, incluindo cinema, televisão e teatro, Marcos é um dos nomes mais conhecidos e respeitados no Brasil. Coleciona vitórias e indicações em alguns dos principais festivais de cinema do país e da Ibero-América, como Prêmio Platino e Emmy.

Em Gramado, levou seu primeiro kikito pelo papel de Alpino em Dedé Mamata, em 1988. Durante a 43° edição do festival, Palmeira subiu ao palco do Palácio dos Festivais para homenagear seu pai, o cineasta Zelito Viana, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin (clique aqui e relembre a homenagem): “Eu tenho um carinho muito especial por Gramado, é um festival que simboliza muito para quem é do setor. Eu tive o prazer de ter alguns dos meus trabalhos reconhecidos por lá. Pude homenagear meu pai e, agora, recebo essa surpresa. Eu estou muito feliz de poder fazer parte dessa história mais uma vez”, disse o ator.

Além do Troféu Oscarito, a organização já revelou que o Troféu Eduardo Abelin, homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro, será entregue a Joel Zito Araújo. Já o Troféu Cidade de Gramado, dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, este ano será concedido à atriz gaúcha Araci Esteves

Conheça os documentários selecionados para o Festival de Gramado 2022:

Ademã – A Vida e as Notas de Ibrahim Sued, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle (RJ)
Sinopse: Relato emocionante da filha do Ibrahim Sued, que foi buscar por meio de entrevistas, fotos e filmes do arquivo pessoal, a trajetória desse jornalista que inovou e revolucionou a imprensa brasileira dos anos 1950 até sua morte em 1995.

Elton Medeiros – O Sol Nascerá, de Pedro Murad (RJ)
Sinopse: É um registro de Elton Medeiros, um dos compositores mais representativos do samba brasileiro. Foi o principal parceiro de Paulinho da Viola, com composições antológicas com Cartola, Zé Ketti, entre outros.

Eu Nativo, de Ulisses Rocha (PA)
Sinopse: O filme mostra aspectos da vida das tribos Kayapó, Potiguara, Tabajara, Fulni-ô e Pankararu e mostra as belezas naturais que cercam as aldeias, além de depoimentos surpreendentes sobre como os indígenas sofrem com o preconceito racial e a discriminação.

O Destino Está na Origem, de Pedro de Castro Guimarães (GO)
Sinopse: Um encontro revelador entre oito etnias indígenas, as caixeiras do Divino do Maranhão, a Regente Renata Amaral e o produtor musical André Magalhães.

Um Par para Chamar de Meu, de Kelly Cristina Spinelli (SP)
Sinopse: A documentarista acompanha a vida da mãe e de quatro outras mulheres que saem com os chamados personal dancers para discutir solidão, sexualidade e privilégio entre as mulheres da terceira idade.

Foto: Roberto Filho.

Eike – Tudo ou Nada: cinebiografia de Eike Batista ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Nelson Freitas e Carol Castro em cena: em breve nos cinemas!

Com direção e roteiro da dupla Andradina Azevedo e Dida Andrade, de A Bruta Flor do Querer e 30 Anos Blues, Eike – Tudo ou Nada, longa-metragem que acompanha a ascensão e a queda do ex-bilionário Eike Batista, acaba de divulgar seu trailer oficial.

Inspirado no livro homônimo da jornalista Malu Gaspar e com produção de Tiago Rezende, da Morena Filmes, o longa é protagonizado por Nelson Freitas e percorre um breve, mas intenso período da vida do ex-bilionário Eike Batista. A história começa em 2006, quando o Brasil passava por uma expansão econômica com o pré-sal e o empresário decide criar a petroleira OGX. E segue até a sua prisão em 2017, alvo da Operação Eficiência, um desmembramento da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. Eike foi acusado de fazer parte de um esquema de corrupção do ex-governador Sergio Cabral, preso desde 2016.

Sétimo homem mais rico do mundo em 2012, Eike foi do auge ao declínio em poucos anos. Com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, na época era o maior bilionário brasileiro do mundo e estava no auge com as empresas do grupo EBX (OGX, MMX e OSX). Em 2014, já não integrava mais a lista da Forbes. Eike – Tudo ou Nada revela os bastidores dessa história extremamente midiática, mas que até hoje provoca controvérsia e curiosidade.

O longa também traz no elenco Thelmo Fernandes, Marcelo Valle, Bukassa Kabengele, Juliana Alves e Xando Graça interpretando os funcionários da OGX, além de Jonas Bloch e André Mattos, que vive o ex-governador. Na adaptação, os ex-colaboradores da Petrobras, que saíram da estatal para fundar a OGX, ganham nomes fictícios: Laerte, Kopas, Nelson, Zita e Odorico, o Dr. Oil. Em uma participação especial, Carol Castro interpreta Luma de Oliveira, ex-mulher de Eike.

Confira o trailer de Eike – Tudo ou Nada, que chega aos cinemas no dia 22 de setembro com distribuição da Paris Filmes:

Foto: Desirée do Valle.

Conheça os vencedores da 21ª Goiânia Mostra Curtas

por: Cinevitor
Cena do curta Cantareira, de Rodrigo Ribeyro: dois prêmios.

A Goiânia Mostra Curtas anunciou neste domingo, 10/07, os vencedores de sua 21ª edição. A cerimônia virtual foi apresentada por Izza Monteiro e contou com participações de convidados, além de uma confraternização com a DJ AnarkoTrans encerrando o evento.

Na Curta Mostra Brasil, o grande vencedor foi o curta Uma paciência selvagem me trouxe até aqui, de Érica Sarmet, que recebeu o Troféu Icumam de melhor filme. O júri oficial foi formado por Daniel Nolasco (diretor e roteirista), Flavia Cândida (curadora, cineasta e produtora) e Lidiana Reis (produtora e roteirista).

O Prêmio Canal Brasil de Curtas foi para Cantareira, de Rodrigo Ribeyro. O filme, eleito pelo júri do Canal Brasil composto por jornalistas especializados em cinema Cecília Barroso, Francisco Carbone e Larissa Paiva, recebeu o prêmio de 15 mil reais e o Troféu Canal Brasil; o Prêmio Aquisição Sesc TV foi para 0,2 Miligramas de Ouro, de Diego Quinderé de Carvalho, que recebeu o prêmio no valor de R$ 4 mil.

Na competição Curta Mostra Goiás, o filme Até a luz voltar, de Alana Ferreira, foi o grande vencedor e levou o Troféu Icumam de melhor filme e melhor direção. O júri foi formado por Cintia Domit Bittar, Filippo Pitanga e Lorran Dias.

Os premiados deste ano foram contemplados ainda com locação de equipamentos, consultorias, serviços de pós-produção, bolsas de formação, prêmios de aquisição e em dinheiro. Doze empresas foram parceiras, ao lado do Icumam, na premiação da 21ª Goiânia Mostra Curtas, são elas: Canal Brasil, SescTV, Effects, Link Digital, CiaRio, DOT Cine, Mistika, C/As4tro, Ultrassom, Estúdio JLS, Academia internacional de Cinema e Centro Técnico Audiovisual.

“A 21ª Goiânia Mostra Curtas segue adiante trilhando caminhos que assimilam o nosso tempo. O festival se realizou de forma on-line, empenhado em trazer ao público de todas as idades o que há de mais instigante e inovador no cinema nacional de curta-metragem, onde buscamos construir oportunidades de conexão entre pessoas para a convivência, a reflexão e a troca de ideias e afetos”, disse Maria Abdalla, diretora geral da mostra.

Além dos filmes premiados, a homenageada do festival, Karine Teles, também recebeu o Troféu Icumam, que nessa edição foi assinado por Daniela Ktenas, goiana, artista visual e designer há mais de 20 anos. Considerada um dos maiores nomes do cinema nacional, a atriz, diretora e roteirista Karine Teles é responsável por alguns dos papéis mais inesquecíveis em longas-metragens como Benzinho, Bacurau, Que Horas Ela Volta?, Riscado, na série Os Últimos Dias de Gilda e em telenovela como Pantanal; seu curta-metragem como diretora, Romance, foi exibido na programação da mostra.

A 21ª Goiânia Mostra Curtas aconteceu entre os dias 5 e 10 de julho, com 88 filmes, de 18 estados brasileiros, além de diversas atividades paralelas, de forma on-line e gratuita. Vale lembrar que os filmes ficam disponíveis até o dia 13 de julho na plataforma (clique aqui).

Conheça os vencedores da Goiânia Mostra Curtas 2022:

MOSTRA BRASIL

MELHOR FILME
Uma paciência selvagem me trouxe até aqui, de Érica Sarmet (RJ)
Justificativa: O melhor filme da 21ª Goiânia Mostra Curtas não cabe em si… atravessado por obras artísticas e ativistas que lhe antecederam, o filme transborda vida, liberdade e afetos com sua direção precisa e poética tecida através de diferentes registros estéticos narrativos e temporalidades que se embaralham e potencializam o diálogo entre duas gerações e suas conquistas.

MELHOR DIREÇÃO
Rodrigo Ribeyro, por Cantareira
Justificativa: Pela interessante proposta de refletir sobre o nosso mundo contemporâneo através de uma narrativa que rompe com as histórias cansadas de pessoas dissidentes que fogem das pequenas cidades para os grandes centros urbanos, criando um instigante contraponto entre duas gerações que se encontram na inadequação com a modernidade capitalista, e por um trabalho de direção que é carregado de sutilezas, que podem ser percebidas na construção de uma complexa paisagem sonora e no excelente trabalho da fotografia.

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Meus santos saúdam seus santos, de Rodrigo Antonio (PA)
Justificativa: Pela sensibilidade de nos guiar diante de um caminho de descoberta de si, onde a ancestralidade referenciada pela troca gentil entre o personagem e a sua avó abre os cursos necessários para o encontro com o mundo que existe além do que podemos ver. Nessa trajetória de cura pessoal, o diretor nos convida também a abrir os olhos, os ouvidos e os sentidos.

MENÇÃO HONROSA
0,2 Miligramas de Ouro, de Diego Quinderé de Carvalho (RJ)
Justificativa: O filme nos mostra como o futuro não é uma ideia vazia. Ao contrapor a Amazônia, essa floresta tropical e indomável, à floresta criada pelo homem, organizada e servil, confirmando a ilusão antropocena de superioridade, diante da vida, mas mostrando o futuro frio que nos espera, caso não tenhamos enquanto sociedade o entendimento de que lutar por nossa existência é garantir a floresta em pé.

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Justificativa: Pela relação entre Bento e Sylvio, neto e avô, e suas conexões com a Serra da Cantareira, em São Paulo. O filme foca na dinâmica entre a metrópole e a natureza. O impacto do tempo nas relações e espaços é parte da construção desse lugar de memória afetiva e ancestralidade.

PRÊMIO AQUISIÇÃO SESC TV
0,2 Miligramas de Ouro, de Diego Quinderé de Carvalho (RJ)
Justificativa: Pela qualidade fílmica, pela relevância temática, pela diversidade regional, pela resistência em abordar temas como garimpo, desmatamento, ciência e vida e também pela perspectiva ameríndia.

MOSTRA GOIÁS

MELHOR FILME
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira
Justificativa: Pela transcendência da expectativa de padrões normativos tanto na sexualidade quanto nos ambientes religiosos, numa confluência artística de todos os departamentos que aproxima o público daquele universo com total entrega.

MELHOR DIREÇÃO
Alana Ferreira, por Até a Luz Voltar
Justificativa: Pelo alcance da coesão entre o domínio narrativo e a habilidosa direção de elenco e equipe, que traz uma abordagem do tema com sensibilidade sem abrir mão do tensionamento entre a estética e o ritmo.

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
A Última Valsa, de André Srur
Justificativa: Pela abordagem que faz do tema tanto pelas suas opções imagéticas quanto pela representação fantástica da concretude de fins e recomeços, tendo o amor como elemento agregador das diferenças.

MENÇÃO HONROSA
Guia (des)orientador do sexo entre mulheres, de Pollyanna Marques
Justificativa: Pela força do tema e da palavra enunciada a partir de subjetividades que dialogam com o prazer e o desejo entre mulheres.

MOSTRA ANIMAÇÃO

MELHOR FILME
A Raiz de Um, de Pedro Henrique Lima (PE)
Justificativa: Pela instigante proposta artística empregada na urgência de se materializar em animação a saúde emocional dos jovens no contexto da pandemia e diante de uma estética minimalista e ao mesmo tempo brutal.

MELHOR DIREÇÃO
Leonardo Lacca, por Modelo Vídeo
Justificativa: Pela direção de uma coletividade criativa na geração de movimentos e dinâmicas perante o estático como paralelo da própria pandemia, com diversas subjetividades ativas de cada um dos artistas.

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Peixinho, de Edson Germinio (MG)
Justificativa: Pela ousadia de assumir a melancolia como estética provocativa sobre uma condição social injusta e com traços que remetem à arte popular de xilogravura, silhueta ao cordel.

Foto: Divulgação.

Janela Internacional de Cinema do Recife realiza edição especial em julho

por: Cinevitor
Cena do longa Rio Doce, do cineasta pernambucano Fellipe Fernandes.

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife realizará uma edição de transição entre os dias 12 e 24 de julho. A programação marca o retorno do evento às salas de cinema do Recife, com duas mostras especiais e inéditas, além de pré-estreias e atividades especiais.

Em 2021, o festival foi realizado em formato experimental e on-line, por conta da pandemia de Covid-19; a última edição presencial foi em 2019. O ciclo de atividades antecede a retomada do formato tradicional do festival, que terá sua 14ª edição em novembro deste ano, com mostras competitivas.

“No final do ano, o Janela deve retomar o formato que conhecemos antes do início da pandemia, e esta edição de agora marca um retorno do Janela à cidade, mais um experimento, e também extremamente especial, que montamos com olhos e ouvidos atentos”, disse Luís Fernando Moura.

O festival mais uma vez se dedica a trazer filmes inéditos e especiais, difundir e preservar os arquivos de cinema e promover trocas de conhecimento e experimentos sobre o audiovisual e a cultura brasileira contemporânea e mundial. As sessões e atividades do ciclo são realizadas no Cinema da Fundação (Derby) e Cineteatro do Parque, além de dois encontros on-line. Toda a programação detalhada e sinopses estarão disponíveis no site (clique aqui).

O Janela traz nesta edição especial, que teve curadoria de Luís Fernando Moura, Lorenna Rocha e Rita Vênus, uma mostra com todos os longas-metragens da cineasta estadunidense Kelly Reichardt, considerada um dos principais nomes do cinema independente mundial; a mostra Ladrões de Cinema, com curadoria dedicada à presença marcante de atores e atrizes negras na história do cinema brasileiro; as estreias dos premiados longas brasileiros Rio Doce, de Fellipe Fernandes, e Entre nós talvez estejam multidões, de Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito.

E mais: a pré-estreia do longa de terror Crimes of The Future, de David Cronenberg, exibido no Festival de Cannes; uma obra inédita comissionada da artista Anti Ribeiro; o programa de curtas comissionados Eu Me Lembro; cinco aulas-encontros com diferentes temas e formatos, incluindo uma conversa com Antonio Pitanga; e o workshop 2ª Janela de Criação, dedicado a se debruçar sobre arquivos fotográficos de populações trans.

Como parte da mostra Ladrões de Cinema, em parceria com a organização Cinelimite e o laboratório Link Digital, o Janela promoveu a digitalização dos negativos do filme A Rainha Diaba (1974), que será apresentado pela primeira após a ação de preservação. Estrelado pelo ator Milton Gonçalves, falecido este ano, o filme cinquentenário é dirigido por Antonio Carlos Fontoura, que estará presente no festival para debate, bem como a consultora do processo de digitalização, Débora Butruce.

Milton Gonçalves em A Rainha Diaba.

A mostra Kelly Reichardt Integral traz pela primeira vez ao país o conjunto de sete longas-metragens da cineasta estadunidense: Rio de Grama, Antiga Alegria, Wendy e Lucy, O Atalho, Movimentos Noturnos, Certas Mulheres e First Cow: A Primeira Vaca da América. Reconhecida pela crítica mundial e presente nos principais festivais, sua obra dirige um olhar contemporâneo à identidade do continente americano e particularmente dos Estados Unidos, revisitando os efeitos da colonização nos EUA e o estado de espírito de personagens forasteiras, frequentemente mulheres, através de dramas íntimos, histórias de viagem e amizade e uma versão própria de uma perspectiva sobre gêneros do cinema americano, como o western.

Outro destaque será a mostra Ladrões de Cinema, uma seleção dedicada a olhar a história do cinema brasileiro a partir do protagonismo dos artistas negros e negras. A mostra é uma pequena seleção de cinco longas-metragens, filmes de 1957 a 2018, a partir de cópias digitais disponíveis para cinema, em DCP, que investigam a ideia de Brasil com as presenças marcantes de artistas como Grande Otelo, Léa Garcia ou Antonio Pitanga. “Nesta mostra, a ideia de autoria é de certo modo subvertida, sendo que o eixo com que olhamos a história passa a ser o que e quem está em frente às câmeras, particularmente estes artistas que, através da atuação, indicam que há uma história da arte a ser contada a partir destas presenças memoráveis, incontornáveis, mobilizadoras de todo um imaginário”, disse Luís Fernando Moura

Entre os filmes da mostra Ladrões de Cinema, está A Rainha Diaba, protagonizado por Milton Gonçalves, grande talento da dramaturgia brasileira, que faleceu recentemente. Com roteiro de Plínio Marcos, Milton interpreta um personagem inspirado em João Francisco dos Santos, conhecido como Madame Satã, tornando o ator reconhecido hoje como pioneiro do cinema LGBT+. O filme ganhou sua primeira cópia digital graças a uma parceria entre o Janela, a Link Digital/Mapa Filmes e Cinelimite, com base em negativo guardado no Arquivo Nacional e em cópia positiva oferecida pelo CTAv. A mostra traz ainda a cópia recém restaurada que estreou no festival de Cannes de 2021 de Orfeu Negro (1959), de Marcel Camus, produção francesa filmada no Rio de Janeiro que conquistou a Palma de Ouro.

O Janela também apresenta, pela primeira vez em sala de cinema, o conjunto de curtas Eu me Lembro, com filmes comissionados pelo Janela que tiveram exibições on-line durante a edição de 2021. Os curtas, produzidos por realizadores brasileiros e estrangeiros, serão exibidos no Cinema da Fundação. Os filmes abordam a importância das memórias individuais e coletivas, dos arquivos e da preservação das histórias e foram realizados por cineastas como Anna Muylaert, João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Matta, Kaique Brito e Bruno Ribeiro.

Além disso, o Janela exibirá filmes da mais nova safra do cinema brasileiro e estrangeiro. O filme Rio Doce, primeiro longa-metragem do realizador pernambucano Fellipe Fernandes, terá exibição no Cine Teatro do Parque seguida por debate com o diretor. A ficção ganhou o prêmio de melhor filme no Olhar de Cinema do ano passado, além de outras premiações no circuito de festivais. Outra estreia será do longa Entre nós talvez estejam multidões, documentário musical do mineiro Aiano Bemfica e do pernambucano Pedro Maia de Brito em parceria com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) de Belo Horizonte. 

Viggo Mortensen e Kristen Stewart em Crimes of the Future.

Do cinema estrangeiro, o Janela promove a pré-estreia de Crimes of the Future, de David Cronenberg, em parceria com a plataforma de streaming MUBI. A história de terror/ficção científica segue Saul Tenser, interpretado por Viggo Mortensen, uma celebridade artística que junto com sua parceira Caprice, papel de Leá Seydoux, mostra publicamente a metamorfose de seus órgãos em performances de vanguarda; o elenco conta também com Kristen Stewart, Welket Bungué, Scott Speedman, Don McKellar, entre outros.

Também como parte da programação de sessões especiais, a artista Anti Ribeiro trará uma peça sonora para uma sala de cinema, em trabalho comissionado pelo festival: “A ideia é que as pessoas vão à sala de cinema para uma experiência diferente, não com a imagem propriamente, com o som, e Anti Ribeiro tem tido um trabalho artístico notável nessa pesquisa, intimamente ligada às noções de diáspora e da construção de outras percepções”, disse Luís Fernando Moura.

Na área de formação, o festival dá continuidade às Aulas do Janela, encontros e experimentações para trocas de conhecimento sobre audiovisual e cultura. Serão cinco aulas, quatro delas presenciais no Cinema da Fundação (Derby) e uma virtual, que também trazem tanto nomes consagrados pela trajetória no cinema quanto artistas e pesquisadores contemporâneos. O acesso às aulas presenciais na Fundação é gratuito, com distribuição das entradas com uma hora de antecedência na bilheteria. 

A aula on-line será com o ator e diretor Antonio Pitanga, que falará sobre sua trajetória no encontro Cinema que Ginga, com mediação de Lorenna Rocha e Gabriel Araújo, da plataforma Indeterminações, dedicada à pesquisa sobre o cinema negro brasileiro. A história e preservação da cinematografia brasileira, em torno de A Rainha Diaba, será contemplada na aula com o diretor Antônio Carlos Fontoura e a pesquisadora e conservadora Débora Brutuce, que estarão no Recife. Em outro encontro, os profissionais preservadores William M. Plotnick e Laura Batitucci, da organização Cinelimite, ministram aula sobre métodos de preservação e digitalização de filmes.

Dando continuidade às reflexões sobre a produção de imagens fora do circuito de cinema que foi realizado no ciclo de aulas anterior, a artista Lia Letícia fará uma aula-performance em torno de figurinhas de comunicação remota e das maneiras contemporâneas de criar narrativas, no entorno daquelas imagens consideradas propriamente artísticas. O jornalista e pesquisador GG Albuquerque fará um ensaio comentado com vídeos de música que circulam pela internet, particularmente de artistas negros, como uma espécie de playlist-palestra ao vivo com participação do público.

Na área de fomento à produção audiovisual e formação, será realizada a segunda edição da Janela de Criação, uma oficina para realização de filmes curtos. O workshop terá condução da curadora Rita Venus no Recife e será ministrado pelo Archivo da Memória Trans Argentina, que participará remotamente dos encontros através de videoconferência. A oficina será aberta à participação de pessoas transgêneras, que irão criar filmes a partir dos seus arquivos pessoais e de imagens do Archivo Trans. As inscrições serão anunciadas nas redes sociais do Janela.

A edição especial do Janela de Cinema é realizada pela Cinemascópio Produções com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco e apoio da Embaixada da França. O Janela tem direção artística de Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, coordenação de programação de Luís Fernando Moura, coordenação de produção de Dora Amorim, assistência de produção de Juliana Soares e produção executiva de Carol Ferreira.

Fotos: Divulgação.

Festival de Cinema de Gramado 2022: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em A Mãe, de Cristiano Burlan: em competição.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 08/07, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados e detalhes da 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de agosto.

Neste ano, foram mais de mil títulos inscritos e as curadorias e comissões de seleção escolheram sete longas-metragens brasileiros, sete longas-metragens estrangeiros, cinco longas-metragens gaúchos, 14 curtas-metragens brasileiros e 17 curtas-metragens gaúchos.

Dos 50 filmes anunciados, a diversidade e o ineditismo permeiam todas as produções. Dentre os destaques nacionais, filmes de todas as regiões do Brasil e que abordam questões pertinentes ao período político e social do país. Os curtas brasileiros apresentam um feito inédito: metade dos filmes selecionados terão Gramado como sua primeira tela de exibição. A diversidade está também na seleção estrangeira, que, neste ano, conta com filmes da América do Sul, do Norte e Europa, produções reconhecidas em outros festivais pelo mundo e que ganham projeção nacional a partir de Gramado

Os filmes serão exibidos presencialmente em Gramado, entre os dias 12 e 19 de agosto, no tradicional Palácio dos Festivais que, este ano, volta a receber realizadores, elenco e público. Na noite do dia 20 de agosto, serão revelados os vencedores dos kikitos. Ao total, serão entregues 49 kikitos e 11 troféus Assembleia Legislativa, além das tradicionais homenagens. Em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), o Festival de Gramado entregará, ainda, três Prêmios Gramado 50 anos e o Troféu Leonardo Machado.

Durante o encontro com os jornalistas, a secretária de Turismo de Gramado e presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enfatizou que o mais importante desta edição de número 50 é a celebração, pois “o festival colocou Gramado no mapa do Brasil, tanto da cultura como do audiovisual”. Também, trazer a coletiva de imprensa mostra “o quanto a cidade e o festival tem um DNA próximo”.

Marcos Santuario, curador do festival, destacou o quanto a “curadoria está feliz pela potência dos filmes que se apresentaram, mostrando a diversidade e a força criativa presente na produção brasileira e ibero-americana”.

Em 1973, Gramado uniu sua vocação turística ao audiovisual. Ali surgia um evento com o DNA da inovação e que ditaria os rumos da produção cinematográfica brasileira pelas próximas décadas. O Festival de Cinema de Gramado chega a seu cinquentenário com fôlego, mantendo a tradição de ser o mais antigo festival de cinema ininterrupto do Brasil e carregando em sua história as marcas da transformação.

Quando comemora 50 anos de existência, Gramado relembra também três décadas de sua internacionalização. Em 1992, quando o evento se tornou ibero-americano, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar recebeu o primeiro kikito entregue a um filme de língua não portuguesa. Nesses 30 anos, alguns dos maiores nomes do setor passaram por Gramado, que abriu vitrine nacional para produções de fora. 

A edição de número 50 marca, ainda, o retorno ao presencial. Após dois anos em formato remoto, Gramado volta a reunir realizadores, produtores, elenco, público e imprensa em uma grande ode ao fazer cinematográfico. Sucedendo edições marcadas pelo pioneirismo e pela devoção à sétima arte, é hora do Festival de Gramado estender novamente seu tapete vermelho.  

O Troféu Eduardo Abelin, homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro, será entregue a Joel Zito Araújo. Já o Troféu Cidade de Gramado, dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, este ano será concedido à atriz gaúcha Araci Esteves. Clique aqui e saiba mais.

Consagrado como o espaço dedicado ao mercado do cinema e do audiovisual dentro do Festival de Cinema de Gramado, o Gramado Film Market chega ao seu sexto ano em 2022 em duas etapas. Além disso, como já é tradição, a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema, o Educavídeo. A iniciativa, que está em seu 12º ano, estimula a realização audiovisual aos alunos da rede municipal. No dia 11 de agosto, os curtas-metragens realizados pelos estudantes serão exibidos no Palácio dos Festivais em uma première que prestigia o potencial criativo dos jovens realizadores. 

Na próxima terça-feira, 12/07, faltando um mês para o começo do evento, o Festival de Cinema de Gramado levará um pouco do charme da serra gaúcha ao Rio de Janeiro, onde serão anunciados os homenageados com os troféus Oscarito e Kikito de Cristal e os longas-metragens documentais selecionados. O encontro vai reunir organização, curadoria, entidades, realizadores e imprensa.

A nova mostra de documentários brasileiros é uma das novidades do evento para seu cinquentenário. Aliando o retorno ao formato presencial com as inovações advindas da pandemia, os selecionados terão uma janela de exibição diferenciada: os cinco filmes serão veiculados pelo Canal Brasil, dentro da programação do Festival de Gramado, e disponibilizados no Globoplay durante o evento. Escolhido pelo júri, o vencedor será, ainda, exibido no Palácio dos Festivais como filme de encerramento da edição. 

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Gramado 2022:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

A Mãe, de Cristiano Burlan (SP)
A Porta ao Lado, de Julia Rezende (RJ)
Marte Um, de Gabriel Martins (MG)
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC)
O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti (RJ)
O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte (DF)
Tinnitus, de Gregorio Graziosi (SP)

LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS

9, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca (Uruguai)
Cuando Oscurece, de Néstor Mazzini (Argentina/Uruguai)
El Camino de Sol, de Claudia Sainte-Luce (México)
Inmersión, de Nicolas Postiglione (Chile/México)
La Boda de Rosa, de Iciar Bollain (Espanha/França)
La Pampa, de Dorian Fernández Moris (Peru/Chile/Espanha)
O Último Animal, de Leonel Vieira (Portugal/Brasil)

CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Benzedeira, de Pedro Olaia e San Marcelo (PA)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (SE)
Mas Eu Não Sou Alguém, de Gabriel Duarte e Daniel Eduardo (SP)
O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (SP)
O Fim da Imagem, de Gil Baroni (PR)
O Pato, de Antônio Galdino (PB)
Serrão, de Marcelo Lin (MG)
Socorro, de Susanna Lira (PA)
Solitude, de Tami Martins e Aron Miranda (AP)
Tekoha, de Carlos Adriano (SP)
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)
Um Tempo para Mim, de Paola Mallmann (RS)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

5 Casas, de Bruno Gularte Barreto (Dom Pedrito)
Campo Grande é o Céu, de Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux (Mostardas)
Casa Vazia, de Giovani Borba (Santana do Livramento/Rivera)
Despedida, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Pelotas/Porto Alegre/Viamão)
Dog Never Raised – Cachorro Inédito, de Bruno de Oliveira (Porto Alegre/São Leopoldo)

CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS

A Diferença entre Mongóis e Mongoloides, de Jonatas Rubert (Porto Alegre/Canoas)
Apenas para Registro, de Valentina Ritter Hickmann (Porto Alegre)
Drapo a, de Alix Georges e Henrique Lahude (Encantado)
Fagulha, de Jéssica Menzel e Jp Siliprandi (Porto Alegre)
Johann e os Ímãs de Geladeira, de Giordano Gio (Porto Alegre)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (Rio Grande/Pelotas)
Mby’á Nhendu: O Som do Espírito Guarani, de Gerson Karaí Gomes (Porto Alegre/Maquiné/Camaquã)
Mora, de Sissi Betina Venturin (Porto Alegre)
Nação Preta do Sul – O Curta, de Nando Ramoz e Gabriela Barenho (Porto Alegre)
Nós que Fazemos Girar, de Lucas Furtado (Porto Alegre)
O Abraço, de Gabriel Motta (Porto Alegre)
Olho por Mim, de Marcos Contreras (Porto Alegre)
Perfection, de Guilherme G. Pacheco (Gravataí)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Porto Alegre)
Sinal de Alerta Lory F, de Fredericco Restori (Porto Alegre)
Sintomático, de Marina Pessato (Porto Alegre)
Tudo Permanece em Constante Movimento, de Cristine de Bem e Canto (Porto Alegre)

Foto: Divulgação.

9º Festival de Cinema de Caruaru: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Jamary, de Begê Muniz.

A nona edição do Festival de Cinema de Caruaru, que acontecerá entre os dias 21 e 27 de agosto, na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho, acaba de anunciar a lista completa com os selecionados deste ano.

Depois de dois anos de realização on-line, o festival retoma sua versão presencial, que contará com oito mostras competitivas, além de atividades educativas voltadas para o audiovisual. Também serão realizadas exibições nas escolas públicas da cidade, com filmes voltados para o público infantil e adolescente.

Ao total, 745 filmes, de 9 países, foram inscritos: Brasil, Argentina, Peru, Chile, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Cuba e Bolívia. A curadoria, que selecionou 74 obras, sendo 5 longas e 69 curtas, foi assinada por: Edvaldo Santos, realizador e professor; Luciano Torres, ator e diretor; Priscila Urpia, jornalista, fotógrafa e produtora; e Stephanie Sá, jornalista.

A programação conta com mostras competitivas e títulos de diversos estados brasileiros e também latino-americanos. Na mostra Agreste, a seleção traz filmes com culturas locais da região Agreste dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia; as mostras Brasil de curtas e longas contam com filmes de temáticas livres, de qualquer estado brasileiro, ambientados no Brasil e dirigidos por brasileiros; na mostra Latino-Americana são filmes com temáticas livres produzidos e dirigidos por natos ou residentes em países latino-americanos (exceto o Brasil) e ambientados nestes países.

E mais: a mostra Infantil traz curtas-metragens para crianças de até 12 anos; a mostra Adolescine conta com filmes de brasileiros destinados a adolescentes de 12 a 17 anos; a mostra Fantásticos traz curtas-metragens de gêneros de fantasia, terror ou subgêneros; a mostra Videoclipe conta com filmes de bandas ou artistas brasileiros ambientados no Brasil; e a mostra TikTok, que será anunciada em breve, traz filmes em formato vertical, com a temática Direitos Humanos e realizados por brasileiros.

Em comunicado oficial, Edvaldo Santos, idealizador do festival, disse: “Esse momento da pandemia refletiu também na produção dos filmes. Os realizadores pensaram em fazer seus filmes a partir do que viveram durante a pandemia e alguns fizeram de modo mais angustiado, mas outros fizeram, também, de forma mais criativa e até leve e bem humorada. A gente procurou fazer uma programação que levasse ao público essa energia, de uma positividade e de aprendizados que a pandemia tem nos dado. Por isso, a programação vai estar bem interessante de se ver, bem atual desse momento que a gente vive, que é também um momento de recomeço”.

O festival é um espaço de difusão da cultura local, de intercâmbio entre realizadores, de incentivo às produções locais e de formação de público para o cinema independente, com exibições, oficinas e debates. A nona edição tem incentivo do Governo de Pernambuco através da Secretaria de Cultura e Funcultura Audiovisual.

Conheça os filmes selecionados para o 9º Festival de Cinema de Caruaru:

MOSTRA BRASIL | LONGA-METRAGEM

Achados Não Procurados, de Fabi Penna (SC)
Formigueiro: A Revolução Cotidiana das Mulheres, de Bruna Provazi e Tica Moreno (SP)
Onde Fica a Nova Esperança?, de Thiago Foresti e Renan Montenegro (DF)
Ursa, de William de Oliveira (PR)
Verona, de Ane Siderman (RS)

MOSTRA BRASIL | CURTA-METRAGEM

Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares (MG)
Desejo, de Tássia Dhur (MA)
Eva, de Magno Pinheiro (RJ)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
Filhos da Periferia, de Arthur Gonzaga (DF)
Incúria, de Tiago A. Neves (PB)
Jamary, de Begê Muniz (AM)
Lado a Lado, de Gleison Mota (SP)
Lençóis, de Fernando Marques (PE)
Lupi, de Leo de Leandro e Rahessa Vitorio (SP)
Manifesto O Palco é a Rua: A Música nos Espaços Populares, de Guilherme Inaldo e Laura Alves (PE)
Memória de Quem (Não) Fui, de Thiago Kistenmacker (RJ)
Os Idos de Novembro, de Bruno Bini (MT)
Primos, de Daniel Pustowka (CE)
Quantos Mais?, de Lucas de Jesus (BA)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)

MOSTRA AGRESTE | CURTA-METRAGEM

Alto das Flores, de Daniele Leite (Caruaru, PE)
Cabocolino, de João Marcelo (Surubim, PE)
Central de Memórias, de Rayssa Coelho (Vitória da Conquista, BA)
Chiquinho da Rata, de César Caos (Caruaru, PE)
Cine Aurélio, de Kennel Rógis (Toritama, PE)
Essa Saudade, de Yan Albuquerque (Campina Grande, PB)
Nem Todas as Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (Campina Grande, PB)
O Peso do Ser, de Thiago Muniz (Caruaru, PE)
Para que Não se Acabe, de Joyce Noelly e Davi Batista (Caruaru, PE)
Um Som de Resistência, de Genilson Bezerra (Coxixola, PB)

MOSTRA FANTÁSTICOS

A Botija, o Beato e a Besta-Fera, de Túlio Beat (PE)
A Conta-Gotas, de Renata Jesion (SP)
A Voz, de Jessika Goulart (RJ)
As Ruínas do Cinema Khouri, de Matheus Magre (RJ)
Fobia, de Bruno Frediani (PR)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses (SE)
Jaguamérica, de Bako Machado (PE)
Mamãe, de Hilda Lopes Pontes (BA)
O Gato Fantasma do Cemitério do Paquetá, de Dino Menezes (SP)

MOSTRA LATINO-AMERICANA | CURTA-METRAGEM

45 Minutos, de Mariano Azabache (Peru)
Andrea Diariamente, de Andrea Quiroz (Peru)
El Rastro de La Nada, de Gaspar Insfran (Paraguai)
Escucho Rap, de Yordanis Dominguez (Cuba)
Estreantes, de Isidro Escalante (Argentina)
Latente, de Clara Eva Faccioli (Argentina)
Quem Quebrou a Ficção?, de Tomás Tito (Argentina)

MOSTRA INFANTIL | CURTA-METRAGEM

A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron (SP)
Entre Muros, de Gleison Mota (BA)
Flor no Quintal, de Mercicleide Ramos (PB)
Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (RJ)
Nonna, de Maria Augusta Nunes (SC)
Tom-Tom Dente de Leão, de Ariédhine Carvalho (SP)

MOSTRA ADOLESCINE | CURTA-METRAGEM

Arte pra Mim, de Cláudio Neto (PE)
Educação Remota, de Abdiel Anselmo (CE)
Hey Ju, de Gabriel Guimarães (MG)
Maria, de Guilherme Carravetta (RS)
Meu Quarto dos Sonhos, de Leticia Apolinário (SP)
Miado, de Victória Silvestre (SP)
Mind Duck, de Lilly Nogami (SP)
Time de Dois, de André Santos (RN)

MOSTRA VIDEOCLIPE

A Dona do Fuxico, de Alexandra Nícolas; dirigido por Thais Lima (MA)
Canto do Mar, de Bruna Hetzel; dirigido por Pedro Fiuza (RN)
Chorar, de Karola Nunes, Pacha Ana e Curumin; dirigido por Juliana Segóvia (MT)
Drive, de João Paulo Machado (MG)
Influência de Formiga, de Alexandre Rodrigues & Pife Urbano; dirigido por Luiz Rodrigues Jr (PE)
Janelas de Vidro, de Heitor Mendonça; dirigido por Carol Mendonça (SE)
Ladeira do Fim do Mundo, de Sergio Gaia; dirigido por Miguel Gaia (PE)
Pertencer, de Ravih; dirigido por Júlio César e Ravih (SP)
Repente Sem Jeito, de Ciço .Poeta; dirigido por Felipe Correia (PE)
Tudo Eu, de Amiri; dirigido por Fernando Sá e Elirone Rosa (SP)
Um Quarto de Vida, de Agno Dissan e Ramon Faria (SP)
Urgências, de Gerson Marques; dirigido por Gerson Marques e Eric Andrada (MG)

Foto: Divulgação.