Oscar 2022: 93 países disputam o prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Pedro Fasanaro em Deserto Particular: representante brasileiro.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou nesta segunda-feira, 06/12, a lista oficial com os filmes elegíveis que estão na disputa pela estatueta dourada de melhor filme internacional no Oscar 2022, categoria antes chamada de melhor filme estrangeiro.

Para esta 94ª edição, 93 países foram classificados, entre eles, Somália, candidato pela primeira vez. Alguns dos filmes ainda não tiveram seu lançamento de qualificação exigido, por isso, devem cumprir esse requisito e cumprir todas as outras regras de qualificação da categoria para avançar no processo de votação.

Os membros da Academia, de todos os ramos, são convidados a participar da rodada preliminar de votação e devem atender a um requisito mínimo de visualização para serem elegíveis para votar na categoria. A lista com os 15 filmes escolhidos será anunciada no dia 21 de dezembro. Desse grupo saem os cinco finalistas, que serão revelados no dia 8 de fevereiro de 2022.

A cerimônia acontecerá no dia 27 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood. O Brasil está na disputa com Deserto Particular, de Aly Muritiba. O filme é protagonizado por Antonio Saboia, que interpreta Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor. 

Recentemente, o longa recebeu o Prêmio do Público na Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, além de ter ficado entre os três finalistas segundo o Júri Oficial. Com Pedro Fasanaro, Zezita Matos, Thomás Aquino, Laila Garin e Cynthia Senek no elenco, o roteiro é assinado por Henrique dos Santos e pelo diretor Aly Muritiba, que se consagrou com obras como Para Minha Amada Morta e Ferrugem, e a série documental O caso Evandro.

Vale lembrar que um longa-metragem internacional é definido como um longa-metragem (mais de 40 minutos) produzido fora dos Estados Unidos com uma faixa de diálogo predominantemente (mais de 50%) não falada em inglês.

Confira a lista completa com os 93 filmes internacionais candidatos ao Oscar 2022:

ÁFRICA DO SUL: Barakat, de Amy Jephta
ALBÂNIA: Two Lions to Venice, de Jonid Jorgji
ALEMANHA: I’m Your Man (Ich bin dein Mensch), de Maria Schrader
ARGÉLIA: Héliopolis, de Djaffar Gacem
ARÁBIA SAUDITA: The Tambour of Retribution (Had Al Tar), de Abdulaziz Alshlahei
ARGENTINA: El Prófugo, de Natalia Meta
ARMÊNIA: Si le vent tombe (Should the Wind Drop), de Nora Martirosyan
AUSTRÁLIA
: O Uivo das Romãs (When Pomegranates Howl), de Granaz Moussavi
ÁUSTRIA: Great Freedom, de Sebastian Meise
AZERBAIJÃO
: The Island Within (Daxildäki Ada), de Ru Hasanov
BANGLADESH: Rehana Maryam Noor, de Abdullah Mohammad Saad
BÉLGICA: Playground (Un monde), de Laura Wandel
BOLÍVIA: El Gran Movimiento, de Kiro Russo
BÓSNIA E HERZEGOVINA: Tabija (The White Fortress), de Igor Drljaca
BRASIL: Deserto Particular, de Aly Muritiba
BULGÁRIA: Medo (Strah), de Ivaylo Hristov
BUTÃO
: Lunana: A Yak in the Classroom, de Pawo Choyning Dorji
CAMARÕES: Hidden Dreams, de Ngang Romanus
CAMBOJA: White Building (Bodeng sar), de Kavich Neang
CANADÁ: Les oiseaux ivres (Drunken Birds), de Ivan Grbovic
CAZAQUISTÃO: Yellow Cat (Sary mysyq), de Adilkhan Yerzhanov
CHADE
: Lingui, de Mahamat-Saleh Haroun
CHILE: Branco no Branco (Blanco en blanco), de Theo Court
CHINA: Cliff Walkers (Xuan ya zhi shang), de Yimou Zhang
COLÔMBIA: Memoria, de Apichatpong Weerasethakul
COREIA DO SUL: Escape from Mogadishu, de Ryoo Seung-wan
COSTA RICA: Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén
CROÁCIA: Tereza37, de Danilo Šerbedžija
DINAMARCA: Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
EQUADOR: Sumergible, de Alfredo León León
EGITO: Souad, de Ayten Amin
ESLOVÁQUIA: Cenzorka (107 Mothers), de Péter Kerekes
ESLOVÊNIA: Sanremo, de Miroslav Mandić
ESPANHA: El buen patrón, de Fernando León de Aranoa
ESTÔNIA: On the Water (Vee peal), de Peeter Simm
FINLÂNDIA: Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen
FRANÇA: Titane, de Julia Ducournau
GEÓRGIA: Brighton 4th, de Levan Koguashvili
GRÉCIA: Digger, de Georgis Grigorakis
HAITI: Freda, de Gessica Geneus
HONG KONG: Retrato de um Campeão (Zero to Hero), de Jimmy Wan
HOLANDA: Do Not Hesitate, de Shariff Korver
HUNGRIA: Post Mortem, de Péter Bergendy
ÍNDIA: Pedregulhos (Koozhangal), de P.S. Vinothraj
INDONÉSIA: Yuni, de Kamila Andini
IRÃ: Um Herói (Ghahreman), de Asghar Farhadi
IRAQUE
: Europa, de Haider Rashid
IRLANDA: Foscadh (Shelter), de Seán Breathnach
ISLÂNDIA: Lamb, de Valdimar Jóhannsson
ISRAEL: Deixe Amanhecer (Vayehi Boker), de Eran Kolirin
ITÁLIA: A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino
JAPÃO: Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi
JORDÂNIA: Amira, de Mohamed Diab
KOSOVO: Colmeia (Zgjoi), de Blerta Basholli
LETÔNIA: Bedre (The Pit), de Dace Pūce
LÍBANO: Costa Brava, Lebanon, de Mounia Akl
LITUÂNIA: Izaokas, de Jurgis Matulevicius
LUXEMBURGO: Io sto bene, de Donato Rotunno
MACEDÔNIA DO NORTE: Irmandade (Sestra), de Dina Duma
MALÁSIA: Prebet Sapu (Hail, Driver!), de Muzzamer Rahman
MALAWI: Fatsani: A Tale of Survival, de Gift Sukez Sukali
MALTA: Entre Águas (Luzzu), de Alex Camilleri
MARROCOS: Casablanca Beats, de Nabil Ayouch
MÉXICO: A Noite do Fogo (Noche de Fuego), de Tatiana Huenzo
MONTENEGRO: After the Winter (Poslije zime), de Ivan Bakrac
NORUEGA: The Worst Person in the World (Verdens verste menneske), de Joachim Trier
PALESTINA: The Stranger (Al Garib), de Ameer Fakher Eldin
PANAMÁ: Plaza Catedral, de Abner Benaim
PARAGUAI: Apenas o Sol (Apenas el Sol), de Arami Ullón
PERU: Manco Cápac (Powerful Chief), de Henry Vallejo
POLÔNIA: Sem Deixar Rastros (Żeby Nie Było śladów), de Jan P. Matuszyński
PORTUGAL: A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos
QUÊNIA: Mission to Rescue, de Gilbert Lukalia
QUIRGUISTÃO: Shambala, de Artykpai Suyundukov
REINO UNIDO
: Dying to Divorce, de Chloe Fairweather
REPÚBLICA CHECA: Zátopek, de David Ondříček
REPÚBLICA DOMINICANA: Holy Beasts, de Israel Cárdenas e Laura Amelia Guzmán
ROMÊNIA: Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental (Babardeală Cu Bucluc Sau Porno Balamuc), de Radu Jude
RÚSSIA: Unclenching the Fists (Razzhimaya kulaki), de Kira Kovalenko
SÉRVIA: Oasis, de Ivan Ikić
SINGAPURA: Precious is the Night, de Wayne Peng
SOMÁLIA
: The Gravedigger’s Wife, de Khadar Ayderus Ahmed
SUÉCIA: Tigers (Tigrar), de Ronnie Sandahl
SUÍÇA: Olga, de Elie Grappe
TAIWAN: The Falls, de Chung Mong-hong
TAILÂNDIA: The Medium (Rang Song), de Banjong Pisanthanakun
TUNÍSIA: Golden Butterfly (Papillon d’Or), de Abdelhamid Bouchnak
TURQUIA: O Compromisso de Hasan (Baglilik Hasan), de Semih Kaplanoğlu
UCRÂNIA: Bad Roads, de Nataliia Vorozhbyt
URUGUAI: A Teoria dos Vidros Quebrados (La teoría de los vidrios rotos), de Diego Fernández
UZBEQUISTÃO
: 2000 Songs of Farida, de Yalkin Tuychiev
VENEZUELA: Un destello interior, de Andrés Eduardo Rodríguez e Luis Alejandro Rodríguez
VIETNÃ: Dad, I’m Sorry, de Tran Thanh e Vu Ngoc Dang

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

Comentários