Odécio Antonio e Rita Carelli no longa pernambucano Espumas ao Vento
Foram anunciados nesta quarta-feira, 26/10, no Cine Brasília, os filmes selecionados para a 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que acontecerá entre os dias 14 e 20 de novembro. O mais longevo festival de cinema do país apresentará mais de 40 títulos de todas as regiões brasileiras, além de realizar uma homenagem ao veterano realizador Jorge Bodanzky.
Com quase 1.200 filmes inscritos, a seleção oficial é dividida entre longas e curtas das mostras Competitiva Nacional e Brasília, além de duas mostras paralelas de longas e sessões hors-concours. A edição de 2022 está focada no retorno ao ambiente de exibições presenciais e na reconstrução de políticas do audiovisual brasileiro.
Procurando ampliar a janela de filmes em competição e mantendo a marca histórica de 6 longas e 12 curtas nacionais, o Festival de Brasília inicia os trabalhos já com a Mostra Competitiva Nacional na noite de abertura. Os filmes competem por quase 30 troféus Candango, em sessões apresentadas sempre às 20h30, de 14 a 19 de novembro. A direção artística desta edição é assinada pela produtora Sara Rocha.
Entre os longas da Mostra Competitiva Nacional foram selecionadas duas produções do Distrito Federal, feito inédito na história do festival: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, obra futurista que explora os impactos da presença da extrema-direita em ambientes de favela; e Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo, sobre a trajetória de implementação das cotas raciais em universidades brasileiras.
É no debate político-social brasileiro que se firma o restante da programação de longas: o documentário fluminense Mandado, de João Paulo Reys e Brenda Melo Moraes, investiga o sistema penal brasileiro; enquanto o título paulista-amazonense A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, acompanha expedição humanitária do indigenista Bruno Pereira na Amazônia em busca da etnia isolada dos Korubos. Entre as ficções selecionadas, o mineiro Canção ao Longe, de Clarissa Campolina, debate questões de classe, família, tradição, raça, gênero e identidade, e o pernambucano Espumas ao Vento, de Taciano Valério, contrapõe o labor da arte à expansão de igrejas neopentecostais pelo Brasil.
Entre os curtas-metragens da Competitiva Nacional do 55º Festival de Brasília, um panorama da produção nacional traz títulos de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A comissão de seleção de longas foi formada pelo crítico de cinema André Dib, o cineasta e curador Erly Vieira Jr, a curadora e produtora Rafaella Rezende e a pesquisadora Janaína Oliveira. Para os curtas, a seleção se deu através dos olhares do jornalista e pesquisador Adriano Garrett, a programadora e produtora Bethania Maia, as curadoras e realizadoras Camila Macedo e Flavia Candida, a atriz e roteirista Julia Katharine e o pesquisador e curador Pedro Azevedo.
Na tradicional Mostra Brasília, quatro longas e oito curtas-metragens produzidos no Distrito Federal disputam 13 troféus Candango, acompanhados de R$ 240 mil em prêmios concedidos pela Câmara Legislativa do DF, incluindo R$ 100 mil para o melhor longa e R$ 30 mil para o melhor curta pelo Júri Oficial. Na categoria júri popular, o longa vencedor receberá R$ 40 mil, enquanto o curta agraciado ficará com R$ 10 mil. A comissão de seleção de filmes foi formada pelo produtor Sidiny Diniz, o publicitário Allyson Xavier, a produtora Simônia Queiroz, o cineasta Péterson Paim e o curador e crítico Sérgio Moriconi.
Diferentemente de edições anteriores, em 2022 o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro já inicia sua programação com a Mostra Competitiva, dispensando um filme de abertura. Outras obras, no entanto, somam-se às obras selecionadas para sessões especiais, com títulos prestigiados do cinema nacional, também para duas mostras paralelas: Reexistências e Festival dos Festivais.
O encerramento do Festival de Brasília contará com uma sessão hors-concurs do filme Diálogos com Ruth de Souza, da diretora paulista Juliana Vicente, antecedendo a cerimônia de premiação, que acontecerá no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. A data marca também o retorno do Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo festival em parceria com a APAN e o Centro Afrocarioca de Cinema. Na sequência, haverá sessão especial do documentário Quando a Coisa Vira Outra, de Marcio de Andrade, em homenagem a Vladimir Carvalho, pioneiro do cinema brasiliense.
Em tributo ao diretor Jorge Bodanzky, o 55º FBCB apresentará ao público uma pequena mostra com produções do homenageado desta edição. Paulista, o diretor iniciou sua carreira na Universidade de Brasília e realizou obras junto a Hector Babenco, Antunes Filho e outros, sendo Iracema: Uma Transa Amazônica (1974), seu mais conhecido filme.
Na mostra Reexistências, quatro longas exploram narrativas do presente e do passado, pensando a diversidade em todas suas formas de expressão. Conhecido por dar preferência a títulos inéditos, o Festival de Brasília ganha também a mostra Festival dos Festivais, para apresentar três filmes com passagens bem sucedidas por outras competições nacionais.
Neste ano, o 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro retoma as atividades do Ambiente de Mercado, que volta após a pandemia, em sua quarta edição para estimular, fomentar e mediar rodadas de negócios, pitchings e encontros com players. Uma novidade para esta edição será a realização da Clínica de Projetos, uma atividade presencial preparatória para as rodadas de negócios e os pitchings abertos do Ambiente de Mercado.
Como forma de democratizar o acesso e o conhecimento para todo o Brasil, as atividades formativas do 55º Festival de Brasília serão realizadas on-line, pela plataforma Zoom, durante os dias do festival. As inscrições estão abertas somente até o dia 31 de outubro.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2022:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (SP/AM) Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG) Espumas ao Vento, de Taciano Valério (PE) Mandado, de João Paulo Reys e Brenda Melo Moraes (RJ) Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS
Anticena, de Tom Motta e Marisa Arraes (DF) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN) Calunga Maior, de Thiago Costa (PB) Capuchinhos, de Victor Laet (PE) Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Lugar de Ladson, de Rogério Borges (SP) Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB) Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira (RJ) São Marino, de Leide Jacob (SP) Sethico, de Wagner Montenegro (PE) Um Tempo para Mim, de Paola Mallmann de Oliveira (RS)
MOSTRA BRASÍLIA | LONGAS
Afeminadas, de Wesley Godim Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte Profissão Livreiro, de Pedro Lacerda
MOSTRA BRASÍLIA | CURTAS
Desamor, de Herlon Kremer Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê Manual da pós-verdade, de Thiago Foresti Plutão não é tão longe daqui, de Augusto Borges e Nathalya Brum Reviver, de Vinícius Schuenquer Super-Heróis, de Rafael de Andrade Tá Tudo Bem, de Carolina Monte Rosa Virada de Jogo, de Juliana Corso
SESSÕES ESPECIAIS
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP) Quando a Coisa Vira Outra, de Marcio de Andrade (DF)
MOSTRA REEXISTÊNCIAS
Cordelina, de Jaime Guimarães (PB) Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ) O Cangaceiro da Moviola, de Luís Rocha Melo (MG/RJ) Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi (AM)
MOSTRA FESTIVAL DOS FESTIVAIS
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE) Fogaréu, de Flávia Neves (GO) Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP)
HOMENAGEM JORGE BODANZKY
Amazônia, a nova Minamata?, de Jorge Bodanzky Compasso de Espera, de Antunes FIlho Distopia Utopia, de Jorge Bodanzky
Bitaté Uru-eu-wau-wau no documentário brasileiro O Território, de Alex Pritz
Foram anunciados nesta terça-feira, 25/10, os indicados ao 32º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pela IFP, Independent Filmmaker Project, que dá início à temporada de premiações.
O anúncio foi realizado no Cipriani Wall Street, em Nova Iorque, com apresentação da atriz Angelica Ross, de Pose e American Horror Story, ao lado de Jeffrey Sharp, produtor cinematográfico e diretor executivo do Gotham: “Estamos entusiasmados em anunciar os indicados ao Gotham Awards deste ano e esperamos comemorar juntos ao vivo e pessoalmente em algumas semanas. Mais de 500 filmes e programas de TV foram submetidos à consideração este ano. Esses cineastas demonstraram uma tremenda coragem e invenção na produção de seus trabalhos durante esses meses e gostaríamos de parabenizá-los”, disse Sharp.
Como a primeira grande cerimônia de premiação da temporada, o Gotham Awards reconhece e destaca filmes e séries independentes, assim como seus roteiristas, diretores, produtores e atores. Os candidatos são selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolhem os vencedores, que serão anunciados no dia 28 de novembro, em Nova York.
Entre os indicados desta edição, vale destacar a presença do documentário O Território (The Territory), dirigido pelo norte-americano Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos. Premiado no Festival de Sundance deste ano, o filme, que apresenta Neidinha Bandeira e Bitaté Uru Eu Wau Wau, acompanha um jovem líder indígena brasileiro que luta contra fazendeiros que ocupam uma área protegida da Floresta Amazônica.
Parcialmente filmado pelo povo Uru-Eu-Wau-Wau, o filme se baseia em imagens reais capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca suas vidas para montar sua própria equipe de mídia na esperança de expor a verdade. Produzido por Darren Aronofsky, Sigrid Dyekjær, Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett e Pritz, o longa tem produção executiva da ativista Txai Suruí, com trilha sonora original de Katya Mihailova e edição de Carlos Rojas Felice; o documentário é uma coprodução com a comunidade indígena Uru-eu-wau-wau.
Na categoria de melhor direção revelação, a cineasta Beth de Araújo aparece com Soft & Quiet. Filha de mãe sino-americana e pai brasileiro, Beth nasceu e foi criada em São Francisco, porém tem dupla cidadania. Além disso, o cinema brasileiro se destaca com outro título na mesma categoria: Murina, de Antoneta Alamat Kusijanović, uma coprodução entre Croácia, Brasil, Estados Unidos e Eslovênia. O longa, premiado no Festival de Cannes, que traz os brasileiros Rodrigo Teixeira e Lourenço Sant’ Anna, da RT Features, na produção, além de Martin Scorsese, também foi indicado na categoria de melhor atuação revelação com Gracija Filipovic.
Confira a lista completa com os indicados ao Gotham Awards 2022:
MELHOR FILME Aftersun, de Charlotte Wells Dos Estaciones, de Juan Pablo González Tár, de Todd Field The Cathedral, de Ricky D’Ambrose Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Dan Kwan e Daniel Scheinert
MELHOR DOCUMENTÁRIO All That Breathes, de Shaunak Sen All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras I Didn’t See You There, de Reid Davenport O Território, de Alex Pritz What We Leave Behind, de Iliana Sosa
MELHOR FILME INTERNACIONAL Athena, de Romain Gavras (França) Corsage, de Marie Kreutzer (Áustria/Luxemburgo/Alemanha/França) Decision to Leave, de Park Chan-wook (Coreia do Sul) O Acontecimento, de Audrey Diwan (França) Os Banshees de Inisherin, de Martin McDonagh (Irlanda/Reino Unido/EUA) Saint Omer, de Alice Diop (França)
MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO | PRÊMIO BINGHAM RAY Antoneta Alamat Kusijanovic, por Murina Beth de Araújo, por Soft & Quiet Charlotte Wells, por Aftersun Elegance Bratton, por The Inspection Jane Schoenbrun, por We’re All Going to the World’s Fair Owen Kline, por Funny Pages
MELHOR ROTEIRO After Yang, escrito por Kogonada Armageddon Time, escrito por James Gray Catarina, a Menina Chamada Passarinha, escrito por Lena Dunham Tár, escrito por Todd Field Women Talking, escrito por Sarah Polley
MELHOR ATUAÇÃO Aubrey Plaza, por Emily the Criminal Brendan Fraser, por The Whale Cate Blanchett, por Tár Colin Farrell, por After Yang Dale Dickey, por Uma Noite no Lago Danielle Deadwyler, por Till Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo Paul Mescal, por Aftersun Taylor Russell, por Até os Ossos Thandiwe Newton, por God’s Country
MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Ben Whishaw, por Women Talking Brian Tyree Henry, por Passagem Gabrielle Union, por The Inspection Hong Chau, por The Whale Jessie Buckley, por Women Talking Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo Mark Rylance, por Até os Ossos Nina Hoss, por Tár Noémie Merlant, por Tár Raúl Castillo, por The Inspection
ATUAÇÃO REVELAÇÃO Anna Cobb, por We’re All Going to the World’s Fair Anna Diop, por Nanny Frankie Corio, por Aftersun Gracija Filipovic, por Murina Kali Reis, por Catch the Fair One
MELHOR SÉRIE | LONGA Estação Onze (HBO Max) Jaqueta Amarela (Showtime) Pachinko (Apple TV+) Ruptura (Apple TV+) This is Going to Hurt (AMC+/BBC)
MELHOR SÉRIE | CURTA Abbott Elementary (ABC) Alguém em Algum Lugar (HBO Max) As We See It (Prime Video) Maldito Rap (HBO Max) Mo (Netflix)
SÉRIE REVELAÇÃO | DOCUMENTÁRIO Diários de Andy Warhol (Netflix) Memórias de um Assassinato (HBO Max) O Ensaio (HBO Max) The Last Movie Stars (HBO Max) We Need To Talk About Cosby (Showtime)
MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Ayo Edebiri, por O Urso Ben Whishaw, por This is Going to Hurt Bilal Baig, por Tipo Isso Britt Lower, por Ruptura Janelle James, por Abbott Elementary Matilda Lawler, por Estação Onze Melanie Lynskey, por Jaqueta Amarela Minha Kim, por Pachinko Sue Ann Pien, por As We See It Zahn McClarnon, por Dark Winds
Kika Sena no longa pernambucano Paloma, de Marcelo Gomes
No ano do seu trigésimo aniversário, o Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade acontecerá entre os dias 9 e 20 de novembro com uma programação que traz cinema, música, literatura, teatro, artes visuais, debates e outras manifestações artísticas. Para esta edição, foram inscritos 2.669 títulos, entre longas e curtas-metragens.
Dirigido por Gustavo Vinagre, o longa Três Tigres Tristes, vencedor do Teddy Award deste ano, será o filme de abertura da 30ª edição. Entre os brasileiros, a seleção traz também: A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, que rendeu o prêmio de melhor ator para Démick Lopes no Cine Ceará; Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos, premiado nos festivais de Vitória e Guarnicê; Paloma, de Marcelo Gomes, grande vencedor do Festival do Rio; Panteras, de Breno Baptista, exibido no Queer Lisboa; Regra 34, de Julia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Transe, de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, exibido na Mostra de São Paulo; e Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi, premiado no Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival.
Os longas Carvão, de Carolina Markowicz, exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, e Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal, premiado na Mostra de Cinema de Tiradentes, serão exibidos fora de competição. A seleção de curtas-metragens brasileiros em competição apresenta 14 títulos, de sete estados. Além disso, também foram anunciados os selecionados para os programas das sessões Curtas Mix Brasil e mostras especiais.
Como de costume, o Panorama Internacional traz títulos que se destacaram em festivais do mundo todo, entre eles: Close, de Lukas Dhont, que recebeu o Grand Prix no Festival de Cannes deste ano; Winter Boy (Le Lycéen), de Christophe Honoré, que rendeu o prêmio de melhor interpetação para Paul Kircher no Festival de San Sebastián; o português Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues, também exibibo em Cannes; e o argentino Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, que conta com coprodução brasileira, e recebeu o prêmio de melhor fotografia em San Sebastián.
O Festival Mix Brasil é o maior evento cultural sobre a diversidade sexual da América Latina e um dos maiores do mundo. Desde 1993 traz para o Brasil os destaques da produção cinematográfica do gênero e leva para dezenas de festivais, em todo o mundo, filmes nacionais.
Conheça os filmes selecionados para o Mix Brasil 2022:
COMPETITIVA BRASIL | LONGAS E MÉDIAS
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE) Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP) Paloma, de Marcelo Gomes (PE) Panteras, de Breno Baptista (CE) Regra 34, de Julia Murat (RJ) Transe, de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor (RJ) Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP) Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi (AM)
SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS
Carvão, de Carolina Markowicz (SP/Argentina) Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal (PE)
COMPETITIVA BRASIL | CURTAS
A Voz Dele, de Ralph Somma (RJ) Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP) Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE) luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (SP) Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (CE) Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB) Nos Habíamos Amado Tanto y Detestado Sin Pudor, de Solana Llanes (SC) Pedro Faz Chover, de Felipe César de Almeida (PE) Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS) Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP) Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva (PE) Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (RJ/SP)
PANORAMA INTERNACIONAL
Algo que Você Disse Ontem à Noite (Something You Said Last Night), de Luis De Filippis (Canadá/Suíça) Anima: Os Vestidos do Meu Pai (Anima: Die Kleider meines Vaters), de Uli Decker (Alemanha) Antes que Eu Mude de Ideia (Before I Change My Mind), de Trevor Anderson (Canadá) Casa Susanna, de Sébastien Lifshitz (França/EUA) Close, de Lukas Dhont (Bélgica/França/Holanda) Corta! (¡Corten!), de Marc Ferrer (Espanha) Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França) Girl Picture, de Alli Haapasalo (Finlândia) Nelly & Nadine, de Magnus Gertten (Suécia/Bélgica/Noruega) O Amor (El Houb), de Shariff Nasr (Holanda) O Guia de Erin para Beijar Meninas (Erin’s Guide to Kissing Girls), de Julianna Notten (Canadá) Objetos Não Identificados (Unidentified Objects), de Juan Felipe Zuleta (EUA) Petit Mal, de Ruth Caudeli (Colômbia) Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/França/Brasil/México) Sirens, de Rita Baghdadi (EUA/Líbano) Solitário (Lonesome), de Craig Boreham (Austrália) Sublime, de Mariano Biasin (Argentina) Swallowed, de Carter Smith (EUA) The Five Devils (Les Cinq Diables), de Léa Mysius (França) Túnica Turquesa (Le Bleu du Caftan), de Maryam Touzani (França/Marrocos/Bélgica/Dinamarca) Winter Boy (Le Lycéen), de Christophe Honoré (França)
MOSTRAS ESPECIAIS: QUEER.DOC | LONGAS E MÉDIAS
BR Trans, de Raphael Alvarez e Tatiana Issa (RJ) Corpolítica, de Pedro Henrique França (RJ/SP) M de Mães, de Livia Perez (SP) Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ) Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo (CE)
MOSTRAS ESPECIAIS: QUEER.DOC | CURTAS
Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA) Entreaberta, de Bruna Estevam Amorim (RJ) Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE) Nullo, de Jan Soldat (Alemanha/Áustria) O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal) Saindo com Estranhos da Internet, de Eduardo Wahrhaftig (SP)
MOSTRAS ESPECIAIS: REFRAME | LONGAS E MÉDIAS
Entre a Colônia e as Estrelas, de Lorran Dias (RJ) Sessão Bruta, de As Talavistas e Ela.Ltda (MG)
MOSTRAS ESPECIAIS: REFRAME | CURTAS
Criatura, de María Silvia Esteve (Argentina/Suíça) Forjados no Caos (Forged in Chaos), de Patricia Gloum (EUA) Futuros Amantes, de Jessika Goulart (RJ) Kiss, de Chou Tung-Yen (Taiwan) Noite Chinesa (Nuit de Chine), de Nicolas Medy (França)
CURTAS MIX BRASIL
Programa: CRESCENDO COM A DIVERSIDADE
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO) Além das Máscaras, de Letícia Rangueri, Lucas Flores e Carolina Bonformagio (SP) O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão (RJ) Que Mundo Cinza! (It’s a Gray, Gray World), de Seyed Mohsen Pourmohseni Shakib (Irã)
Programa: CAMPOS DE BATALHA
Maldita, Uma Canção de Amor a Sarajevo (Maldita, a Love Song to Sarajevo), de Amaia Remirez e Raúl de la Fuente Calle (Espanha) Masisi Wouj, de Zé Kielwagen, Marcos Serafim e Steevens Siméon (Haiti) Nidhal, de Bassem Ben Brahim (Tunísia)
Programa: COMEDY QUEERS
A Fadinha do Gás (Tank Fairy), de Erich Rettstadt (Taiwan) Cock N’ Bull 3, de Nathan Adloff (EUA) Meio (Half), de Jacob Roberts (EUA) O Teste da Farinha, de Victor Fraga (Brasil, BA/Reino Unido) Ruptura (Rupture), de Marianne Lavergne (Canadá)
Programa: CONTOS DA PÉRSIA
Adaptação (Adjustment), de Mehrdad Hassani (Irã) Congênito (Congenital), de Saman Hosseinpuor e Ako Zandkarimi (Irã) Jouissance, de Sadeq Es-haqi (Irã) O Aquário (The Aquarium), de Fatemeh Askarpour e Elyas Askarpour (Irã) Que Mundo Cinza! (It’s a Gray, Gray World), de Seyed Mohsen Pourmohseni Shakib (Irã)
Programa: CORAÇÕES INDOMÁVEIS
Eu Às Vezes Fico Tão Triste (I Get So Sad Sometimes), de Trishtan Perez (Filipinas) Eu Não Tenho Medo (I Am Not Afraid), de Vladimir Bek (Rússia) Rosa Neon, de Tiago Tereza (MG) Todos os Prêmios que Eu Nunca Te Dei, de Caio Scot (RJ)
Programa: DESCOLONIZE MINHA CORPA
Capim-Navalha, de Michel Queiroz (GO) Fera (Beast), de Urvashi Pathania (EUA) Marlén, Retrato de Tetas Peludas (Marlén, Retrato de unas Tetas Peludas), de Javier Palacios (Chile) Orixás Center, de Mayara Ferrão (BA) Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA) Querida Eu Mesma (Priyo Ami), de Suchana (Índia)
Programa: GEN Z
Batimentos, de Clara Dias e Pedro Petriche (SP) Eu Sou Leo (Weil ich Leo bin), de Tajo Hurrle (Alemanha) Tá Fazendo Sabão, de Ianca Santos de Oliveira (BA) Tarneit, de John Sheedy (Austrália)
Programa: LESBIANAS
A Hora Azul (Blue Hour), de Stacey Rushchak (Polônia) Eu Te Amo é no Sol, de Yasmin Guimarães (MG) FIST, de Romy Alizée (França/Alemanha) Isso Não é Tudo, de Stefane Eskelsen (SP) O Zíper da Minha Calça Está Aberto. Como Meu Coração. (Mein Hosenschlitz ist Offen. Wie Mein Herz.), de Marie Luise Lehner (Áustria)
Programa: MIXTAPE
Cenas da Infância, de Kimberly Palermo (RJ) Meio Ano-Luz, de Leonardo Mouramateus (Brasil, CE/Portugal) Naquele Dia Escuro, de Daniel Guarda (SP) Pelo Menos Eu Saí Lá Fora (At Least I’ve Been Outside), de Jan Soldat (Áustria) Yon – Me Chame de Jonathan (Yon – Call me Jonathan), de Bárbara Lago (Argentina)
Programa: PAIS, MÃES E FILHES
A Revelação, de Jaime Queiroz (SP) Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB) O Terceiro Termo Solar (The Third Solar Term), de Zhanfei Song (China) Olhe para Mim (Will You Look At Me), de Shuli Huang (China)
Programa: PELE SELVAGEM
Azul Piscina, de Pedro Fagim (RJ) Cinco da Tarde, na Beira do Mar (5PM Seaside), de Valentin Stejskal (Áustria/Grécia) Cru (Crudo), de Rafael Martinez Calle (Espanha) Curado (Kigyógyulva), de Márton Csutorás (Hungria) João, de Rafa Maciel (PA) Trisal (Trieja), de Patrick Fabrizio Trigoso (México)
Programa: SWEET & SOUR
Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (PB) Clover, de Jonathan D’Rozario (EUA) Makassar é uma Cidade para Torcedores (Makassar is a City for Football Fans), de Khozy Rizal (Indonésia/França) Tudo é Lindo e Nada Nos Atinge (Everything Is Beautiful and Nothing Hurts), de R Seventeen e Lucy (Reino Unido) Xavier e Miguel, de Ricky Mastro (SP)
CURTAS QUE ABREM LONGAS-METRAGENS
Um Quarto na Cidade, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (Portugal)
Na trama, a jovem Fernanda, interpretada por Bárbara Colen, retorna para casa após a morte de sua mãe adotiva. O processo de volta ao lar é marcado por questionamentos sobre o seu próprio passado e pela descoberta de raízes. Situado em Goiás Velho, antiga capital goiana, o filme utiliza de elementos que estão entre o real e o fantástico. Ao mesmo tempo, coloca em contraste o passado colonial da cidade e a atual modernidade do agronegócio.
Fogaréu marca a estreia de Flávia na direção de um longa-metragem e é baseado em uma história pessoal da cineasta. A goiana, que já havia dirigido a série Amanajé, o Mensageiro do Futuro e o curta Liberdade, agora trabalha no desenvolvimento de seu segundo filme, Tempo de Poder, com apoio do Ibermedia.
O longa, que também passou pelo Festival do Rio e rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante para Timothy Wilson, conta com produção da Bananeira Filmes, de Vania Catani, e da MyMama Entertainment. Com fotografia de Luciana Basseggio e montagem de Will Domingos e Waldir Xavier, o filme também traz Melanie Dimantas no roteiro, em conjunto com Flávia. Tarcila Jacob e Elaine Azevedo e Silva assinam a produção executiva; a distribuição é da ArtHouse. O elenco conta também com Nena Inoue, Eucir de Souza, Fernanda Vianna, Vilminha Chaves, Kelly Crifer, Fernanda Pimenta, Allan Jacinto Santana, Samantha Maneschi e Typyire Ãwa.
Equipe presente no CineSesc
A primeira exibição do filme na Mostra de São Paulo contou com a presença da diretora e também de alguns integrantes da equipe, como: Vania Catani e Mayra Faour Auad, produtoras; Samantha Maneschi, atriz; e Waldir Xavier, montador e editor de som.
Antes da sessão, a equipe apresentou o longa: “Esse filme foi feito com um esforço muito grande e não existiria sem muitas pessoas, como uma equipe dedicada e um elenco incrível. É muita felicidade ver esse cinema cheio, nessa sala que eu amo. Estou muito feliz por estar na Mostra. Desde que comecei minha carreira como produtora, sempre tive filme para exibir aqui. Espero que, apesar desse momento tenso que estamos passando, possamos continuar participando da Mostra com novos projetos”, disse a produtora Vania Catani, da Bananeira Filmes.
Vania também falou do início do projeto: “A Flávia bateu na porta da minha produtora e falou que tinha uma ideia que só eu poderia ajudar a produzir. Eu achei atrevida e gostei. Gosto de gente corajosa, atrevida e sem-vergonha. Eu li e fiquei muito tocada com a história porque, realmente, é muito impressionante. Me senti obrigada a fazer esse filme”.
Para finalizar, a diretora falou: “É um filme sobre um lugar, sobre mim e sobre minha família. É também, infelizmente, sobre o Brasil atual. Inicialmente não era sobre o Brasil de hoje, mas, na verdade, a gente não conhece o nosso país. Por isso, acabou que o filme se revelou muito contemporâneo”.
Fogaréu, que integra a Mostra Brasil, terá mais uma exibição na 46ª Mostra de São Paulo: terça-feira, 25/10, às 15h, na Cinemateca Brasileira.
A diretora na primeira sessão do filme em São Paulo
Depois de uma bem sucedida carreira em festivais internacionais, o documentário Uýra – A Retomada da Floresta, escrito e coproduzido por Uýra Sodoma (Emerson Pontes) e Martina Sönksen e dirigido por Juliana Curi, fez sua estreia na 46ª edição da Mostra de São Paulo na quinta-feira, 20/10, no IMS Paulista.
O filme, que integra a Mostra Brasil e a Competição Novos Diretores, acompanha Uýra, entidade híbrida amazônica vivida pela artista trans indígena e bióloga Emerson Pontes, que viaja pela floresta e cidades amazônicas em uma jornada de autodescoberta usando arte performática para ensinar jovens indígenas e ribeirinhos que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. O longa traz também a participação de artistas, ativistas e lideranças indígenas como Zahy Guajajara e a liderança Kambeba Dona Babá, além das performances de Uýra, que são metáforas inspiradas no ciclo ecológico e espelha as lutas sociais.
Além de festivais internacionais em que recebeu o prêmio de melhor filme pelo júri popular no Frameline Film Festival, em São Francisco, na Califórnia, melhor documentário no Festival de Oslo, na Noruega, e Prêmio Especial do Júri na categoria Liberdade no Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival, entre outras participações e indicações, o filme têm sido exibido para comunidades Amazônicas, fortalecendo as comunidades de origem e promovendo trocas de saberes e experiências a partir do diálogo estabelecido pelo filme.
Em setembro, o longa foi exibido em um evento realizado pela FAS, Fundação Amazônia Sustentável, sobre formação política de jovens amazônidas, em Tumbira, e também no Encontro de Jovens da Floresta, em Manaus, na sede da FAS. O evento contou com cinquenta jovens de oito estados brasileiros, que participaram dos três dias da oficina Formação Política para Jovens Amazônicos; a formação é voltada para jovens amazônicos e líderes sociais atuantes em alguma escala em seus territórios. No dia 15 de outubro, a comunidade de Nossa Senhora de Fátima 1, onde Uýra vive com sua família desde criança, recebeu uma exibição gratuita do filme.
Equipe do filme reunida depois da sessão
Na primeira exibição do filme na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, algumas integrantes da equipe participaram de um debate com o público após a sessão, entre elas, a diretora Juliana Curi e a protagonista Uýra Sodoma.
A cineasta abriu o bate-papo: “Existe um processo muito coletivo na feitura desse filme. Eu gosto de mencionar que Uýra não é apenas a personagem principal, mas também é a autora e coprodutora do filme. O filme nasce de um desejo de que toda a equipe repensasse estruturas hegemônicas do audiovisual”. E completou: “É importante lembrar que se as espécies pioneiras se reconhecerem e se conectarem, dá para fazer brotar muita vida dos terrenos mais inóspitos”, disse Juliana.
Uýra também comentou sobre o documentário: “É muita emoção ver a sala lotada. Nem parece que eu já vi esse filme várias vezes, porque toda vez que assisto eu choro. É uma alegria poder hoje, nesse tempo que nunca existiu, estabelecer diálogos com mundos que não dialogam há algum tempo. A falta de diálogo no mundo é a principal razão sobre o que a gente vê de destruição. Então, conseguir estabelecer diálogos entre mundos tão distantes é uma virada para que outras histórias sejam ouvidas”.
E finalizou: “Nós estamos pelos mundos insistindo por nossas vidas e por nosso valor, reconstituindo uma autoestima que foi destruída. É preciso saber que nossa voz importa. Esse filme começa a ser construído nesse momento em que todas as pessoas estão em seus mundos com a intenção de construir e contar histórias”.
Documentário premiado: protagonista em cena
Uýra Sodoma é uma entidade híbrida criada e performada pela artista indígena residente em Manaus, Emerson Pontes. Utilizando seu corpo como suporte e trânsito coletivo ao unir elementos orgânicos em suas montações, Emerson expressa através de Uýra, uma “árvore que anda” como nomeia, a imbricação entre sabedorias ancestrais e conhecimentos científicos da ecologia, gerando imagens que nos convocam a olharmos as florestas presentes em toda a paisagem urbana e a repensarmos arraigadas noções de natureza.
Neste fluxo, tem atuado correlativamente nos últimos seis anos como bióloga, arte educadora e artista visual. Suas performances, fotos performances, falas, intervenções e instalações também imbricam as causas de preservação ambiental e direitos LGBTQIA+, que a artista também coletiviza em seu corpo.
Uýra – A Retomada da Floresta é uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, com produção de Uýra Sodoma, João Henrique Kurtz, Lívia Cheibub e Martina Sönksen; a distribuição é da Olhar Distribuição e tem estreia comercial prevista para 2023.
O filme terá mais uma exibição na 46ª Mostra de São Paulo: dia 01/11, terça-feira, às 14h, no Cine Satyros Bijou.
Cena do curta-metragem brasileiro Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade
Considerado o maior festival de documentários do mundo, realizado anualmente desde 1988, o IDFA, International Documentary Film Festival Amsterdam, confirmou que sua 35ª edição acontecerá entre os dias 9 e 20 de novembro em Amsterdã, na Holanda.
O festival tem como objetivo fortalecer o clima documental internacional, concentrando-se mais do que nunca no documentário como forma de arte. Esse foco inclui filmes com linguagem ou estrutura visual original, obras que mostram culturas menos conhecidas ou são filmadas de uma perspectiva não ocidental; e documentários interativos ou imersivos que inovam o gênero.
Como de costume, a seleção do IDFA acredita no poder do documentário como uma forma artística de informação e reflexão de alta qualidade, com filmes que ajudam o espectador a entender o mundo e a determinar seu próprio lugar; em filmes que fazem pensar, ver e experimentar, com a missão de construir sociedades melhores com mais democracia, abertura e humanidade.
Para este ano, a programação na capital holandesa contará com um programa inovador de filmes de vários países, além de palestras, ambiente de mercado, performances e projetos interativos e imersivos.
O cinema brasileiro marca presença nesta 35ª edição com diversos títulos, entre eles, Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade, na IDFA Competition for Short Documentary, mostra competitiva de curtas-metragens. Descrito como uma onírica odisseia afro-diaspórica, o filme propõe a construção de novas poéticas ao resgatar a luta e resistência do povo negro na diáspora africana a partir de uma extensa pesquisa de materiais de arquivo, percorrendo um vertiginoso itinerário por territórios ancestrais e contemporâneos.
Cena do filme Adeus, Capitão, de Vincent Carelli e Tita
Outro destaque nacional é o longa Sinfonia de um Homem Comum, dirigido por José Joffily, na mostra Frontlight, que traz títulos com uma abordagem mais artística e que exploram questões urgentes do nosso tempo; o filme narra a história do diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor-geral da OPAQ, Organização para a Proibição de Armas Químicas, entre 1997 e 2002, que tentou impedir a invasão ao Iraque pelos Estados Unidos, durante o governo de George W. Bush, e acabou demitido por pressão dos americanos.
Na mostra Masters, que apresenta um cinema de autor, cujos nomes e carreiras de renome nunca decepcionam, o Brasil aparece com: Mato Seco em Chamas, coprodução com Portugal, com direção de Adirley Queirós e Joana Pimenta; e Adeus, Capitão, de Vincent Carelli e Tita, sobre Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião.
O documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti, aparece na mostra Best of Fests do 35º IDFA, que traz títulos exibidos em prestigiados festivais internacionais. Apesar de sua posição no epicentro da cena bossa nova brasileira, a cantora Heloísa Maria Buarque de Hollanda, conhecida como Miúcha, tem sido amplamente subestimada. Este documentário, selecionado para o Festival de Toronto e que mergulha em sua carreira e vida pessoal através de um rico acervo, pretende mudar isso.
Ainda na mesma mostra, Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, França, Brasil e México, também se destaca; o filme recebeu o prêmio de melhor fotografia no Festival de San Sebastián deste ano.
Na mostra Paradocs, considerada uma vitrine da melhor arte documental experimental do ano, o cinema brasileiro marca presença com Filme Particular, de Janaína Nagata. Enquanto isso, Sessão Bruta, de As Talavistas e ela.ltda, grande vencedor da Mostra de Cinema de Tiradentes, aparece na mostra Envision Competition, que traz filmes com integridade estilística e coragem e que atravessam a realidade atual. O documentário Moscou, de Eduardo Coutinho, lançado em 2009, ganha destaque na mostra Focus: Playing Reality.
Com 277 títulos na programação, o IDFA 2022 terá como filme de abertura o longa All You See, dirigido por Niki Padidar. Além disso, a cineasta Laura Poitras, vencedora do Oscar por Cidadãoquatro e indicada por My Country, My Country, será a grande homenageada desta 35ª edição.
Equipe do longa pernambucano Paloma, de Marcelo Gomes: três prêmios
Foram anunciados neste domingo, 16/10, no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, os vencedores do Festival do Rio 2022. A atriz e cantora Samantha Schmütz e o ator Ícaro Silva apresentaram a cerimônia e também cantaram uma seleção de canções brasileiras de trilhas de filmes exibidos no festival.
O filme pernambucano Paloma, de Marcelo Gomes, foi o grande vencedor da noite e recebeu três prêmios, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção. Na trama, Kika Sena interpreta uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Seu maior sonho é se casar na igreja, com seu namorado Zé, interpretado por Ridson Reis. Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer, papel de Anita de Souza Macedo. O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho.
Na edição deste ano, a competição ficou ainda maior com a criação de duas novas categorias: direção de arte na competição oficial e melhor direção na mostra Novos Rumos; ampliando ainda mais o espaço em reconhecimento à diversidade de temas, estilos e pessoas que formam o cinema brasileiro.
A diretora de programação do Festival do Rio, Ilda Santiago, comemorou a presença de tantos realizadores, falou da importância da reconexão do público com o cinema, e finalizou: “que o festival continue sendo um lugar da inclusão, do acolhimento e onde todos são vistos na tela e respeitados pelo que são”. A diretora Walkiria Barbosa completou falando sobre a riqueza dos debates no Rio Market e o sucesso das rodadas de negócios.
A cerimônia foi aberta com a entrega do Troféu Redentor para os vencedores da Mostra Novos Rumos. Como parte do Prêmio Felix, o ator Paulo Gustavo foi homenageado com o Prêmio Suzy Capó, que será entregue à sua mãe, Dona Déa. Os discursos foram marcados por emoção e falas políticas, não só dos premiados mas também do jurados. A palavra resistência foi repetida várias vezes ao longo da noite, ao lado de termos como diversidade, corpos, representatividade, vozes, gênero, ancestralidade.
Neste ano, o júri foi formado por: Antonio Pitanga (presidente), Clélia Bessa, Andréia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora Granata-Jenkinson na Première Brasil; Sara Silveira (presidente), Alice Marcone, Dina Salem Levy e Eduardo Ades na mostra Première Brasil Novos Rumos; e Ailton Franco Jr (presidente), Marcio Debellian, Mayara Aguiar e Luiza Shelling Tubaldini no Prêmio Felix, que elege o melhor filme com temática LGBTQ.
Conheça os vencedores do Festival do Rio 2022:
PREMIÈRE BRASIL
Melhor longa-metragem | Ficção: Paloma, de Marcelo Gomes (PE) Melhor longa-metragem | Documentário: Exu e o Universo, de Thiago Zanato (SP) Melhor curta-metragem: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Menção Honrosa: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi (RJ) Prêmio Especial do Júri: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Melhor Direção | Ficção: Julia Murat, por Regra 34 Melhor Direção | Documentário: Juliana Vicente, por Diálogos com Ruth de Souza Melhor Roteiro: Carvão, escrito por Carolina Markowicz Melhor Ator: Darío Grandinetti, por Bem-vinda, Violeta! Melhor Atriz: Kika Sena, por Paloma Melhor Ator Coadjuvante: Timothy Wilson, por Fogaréu Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta, por Carvão Melhor Fotografia: Mato Seco em Chamas, por Joana Pimenta Melhor Direção de Arte: Carvão, por Marines Mencio Melhor Montagem: Propriedade, por Matheus Farias
PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS
Melhor longa-metragem: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP) Melhor curta-metragem: Curupira e a Máquina do Destino, de Janaína Wagner (SP) Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por Fantasma Neon Prêmio Especial do Júri: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zaumpaulo (SP)
PRÊMIO FELIX
Melhor Filme Brasileiro: Paloma, de Marcelo Gomes (PE) Melhor Documentário: Corpolítica, de Pedro Henrique França (SP) Menção Honrosa: Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ) Melhor Filme Estrangeiro: Meu Lugar no Mundo (Mi vacío y yo), de Adrián Silvestre (Espanha) Prêmio Especial do Júri: Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França)
Cena de Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu
A 46ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 20 de outubro e 2 de novembro e, este ano, terá formato majoritariamente presencial. Durante duas semanas, as seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores e Mostra Brasil vão apresentar 223 títulos, de 60 países, em circuito de salas de cinemas e espaços abertos da cidade de São Paulo. As plataformas Sesc Digital e Spcine Play disponibilizarão acesso gratuito a alguns títulos selecionados pela curadoria do evento.
O vencedor da Palma de Ouro deste ano no Festival de Cannes, Triângulo da Tristeza, no original Triangle of Sadness, dirigido pelo sueco Ruben Östlund, será o filme de abertura da 46ª edição e será exibido em uma sessão especial na Cinemateca Brasileira. A cerimônia, marcada para quarta-feira, 19/10, será apresentada por Renata de Almeida e Serginho Groisman.
Como de costume, a Mostra de São Paulo traz títulos de cineastas consagrados e exibidos recentemente em importantes festivais internacionais, como: Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu, que disputou o Leão de Ouro em Veneza; Pacifiction, de Albert Serra, exibido na Competição Oficial de Cannes e em San Sebastián; Un beau matin (One Fine Morning), de Mia Hansen-Løve, premiado na Quinzena dos Realizadores, em Cannes; Sem Ursos, do cineasta iraniano Jafar Panahi, que recebeu o Prêmio Especial do Júri em Veneza; Conto de Fadas (Fairtyle), de Alexander Sokurov, que disputou o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Nada de Novo no Front, de Edward Berger, exibido no Festival de Toronto; Os Anos Super 8, de David Ernaux-Briot e Annie Ernaux (ganhadora do Nobel de Literatura), exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes.
E mais: as séries The Kingdom Exodus, de Lars von Trier (dois episódios), e Noite Exterior (Esterno Notte), de Marco Bellocchio; além do especial Cinema Almanac: Seis Curtas de Radu Jude com a exibição de Caricaturana (2021), Os Potemkinistas (2022), Memórias do Front Oriental (2022), As Duas Execuções do Marechal (2018), Punir e Disciplinar (2019) e Plástico Semiótico (2021).
Do Festival de Veneza, além dos já citados, a seleção traz também: o iraniano Além das Paredes, de Vahid Jalilvand, que disputou o Leão de Ouro; Terceira Guerra Mundial, de Houman Seyyedi, que levou os prêmios de melhor filme e melhor ator para Mohsen Tanabandeh na mostra Orizzonti; o drama português Lobo e Cão, de Cláudia Varejão, vencedor do prêmio de melhor filme da mostra paralela Giornate degli Autori; Nezouh, da diretora síria Soudade Kaadan, vencedor do Prêmio do Público da seção Orizzonti Extra; o documentário Marcha Sobre Roma, de Mark Cousins, destaque da Giornate degli Autori; e A Garota Voou, de Wilma Labate, exibido na mostra Orizzonti Extra do ano passado.
Ainda em Veneza, da mostra Orizzonti, destacam-se: Peregrinos, do cineasta lituano Laurynas Bareiša, vencedor do prêmio de melhor filme; Blanquita, de Fernando Guzzoni, eleito o melhor roteiro; A Noiva, de Sérgio Tréfaut, cineasta brasileiro radico em Portugal; a comédia Luxemburgo, Luxemburgo, de Antonio Lukich; Vera, de Tizza Covi e Rainer Frimmel, que recebeu os prêmios de melhor direção e melhor atriz para Vera Gemma; entre outros.
Cena do filme Vera, de Tizza Covi e Rainer Frimmel: premiado em Veneza
Enquanto isso, do Festival de Cannes, além do grande vencedor da Palma de Ouro, a Mostra de São Paulo traz outros títulos que foram exibidos na Competição Oficial, como: As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, vencedor do Prêmio do Júri; Boy from Heaven (Walad Min Al Janna), de Tarik Saleh, eleito o melhor roteiro; Os Irmãos de Leila, de Saeed Roustaee, vencedor do Prêmio FIPRESCI; A Esposa de Tchaikovsky, de Kirill Serebrennikov; e Armageddon Time, de James Gray, com Anne Hathaway, Jeremy Strong e Anthony Hopkins no elenco, que conta com produção executiva dos brasileiros Lourenço Sant’Anna e Rodrigo Teixeira, da RT Features.
Da mostra Un Certain Regard, de Cannes, também conhecida como Um Certo Olhar, a programação apresenta: o paquistanês Joyland, de Saim Sadiq, que recebeu o Prêmio do Júri e conta com a brasileira Jasmin Tenucci na equipe de montagem; Febre do Mediterrâneo, de Maha Haj, eleito o melhor roteiro; o drama Mais que Nunca, de Emily Atef, com Gaspard Ulliel em seu penúltimo projeto antes de sua morte; Dias Ardentes, de Emin Alper, que disputou a Queer Palm; o drama costa-riquenho Domingo e a Neblina, de Ariel Escalante Meza; Harka, de Lotfy Nathan, que rendeu o prêmio de melhor atuação para Adam Bessa; e Rodeio Urbano, de Lola Quivoron, vencedor do Prêmio Coup De Cœur.
A Semana da Crítica, mostra paralela do Festival de Cannes, também ganha destaque na 46ª edição da Mostra de São Paulo com: La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido, vencedor do Grande Prêmio; o drama iraniano Imagine, de Ali Behrad; A História de um Lenhador, de Mikko Myllylahti, vencedor do Prêmio Gan Foundation de Distribuição; Dalva, de Emmanuelle Nicot, que recebeu o Prêmio FIPRESCI; Aftersun, de Charlotte Wells, vencedor do Prêmio do Júri e também exibido em Toronto e premiado no Festival de Bucareste; o português Alma Viva, de Cristèle Alves Meira; Visões de Ramses, de Clément Cogitore, exibido fora de competição; e Bem Vindos a Bordo, de Julie Lecoustre e Emmanuel Marre, protagonizado por Adèle Exarchopoulos, e vencedor do Prêmio Gan Foundation de Distribuição do ano passado.
A Quinzena dos Realizadores, outra mostra paralela do Festival de Cannes, marca presença com: o ucraniano Pamfir, de Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk; A Barragem, de Ali Cherri; A Montanha, de Thomas Salvador, vencedor do Prêmio SACD; o colombiano Um Homem, de Fabian Hernández, que disputou a Queer Palm e também foi exibido em San Sebastián, além de ter sido consagrado no Festival de Cine de Lima com quatro prêmios; o documentário De humani corporis fabrica, de Lucien Castaing-Taylor e Verena Paravel, também exibido na mostra Wavelengths em Toronto; e Deriva Continental, de Lionel Baier, que disputou a Queer Palm.
Cena do filme paquistanês Joyland, de Saim Sadiq: premiado em Cannes
Da programação da ACID, Association du cinéma indépendant pour sa diffusion, evento paralelo ao Festival de Cannes, a Mostra traz: 99 Moons, de Jan Gassmann; Aya, de Simon Gillard; Magdala, de Damien Manivel; e O Estranho Caso de Jacky Caillou, de Lucas Delangle.
Completam a seleção de Cannes na Mostra de São Paulo: Plano 75, de Chie Hayakawa, que recebeu Menção Especial do prêmio Camera d’Or e foi exibido também nos festivais de Toronto e Karlovy Vary; o português Restos do Vento, de Tiago Guedes, exibido fora de competição; o documentário As Tempestades de Jeremy Thomas, de Mark Cousins; Marcel!, de Jasmine Trinca, exibido na seção Apresentações Especiais; Chronique d’une liaison passagère, de Emmanuel Mouret, exibido fora de competição e que disputou a Queer Palm, e foi exibido também no FIDMarseille; a comédia musical Don Juan, de Serge Bozon, com Virginie Efira e Tahar Rahim, exibida fora de competição; e a comédia Fumar Causa Tosse, de Quentin Dupieux, exibida na Sessão da Meia-Noite e no Sitges Film Festival.
Outro evento importante que ganha destaque na 46ª edição da Mostra de São Paulo é o Festival de Berlim. Dos premiados, estão confirmados: Alcarrás, longa franco-italiano de Carla Simón, que foi consagrado com o Urso de Ouro de melhor filme; o coreano O Filme da Escritora (So-seol-ga-ui Yeong-hwa), de Hong Sang-so, vencedor do Urso de Prata pelo Grande Prêmio do Júri; Manto de Joias, primeiro longa da boliviana Natalia López Gallardo, que recebeu o Urso de Prata do Prêmio do Júri; Com Amor e Fúria, de Claire Denis, vencedor do Urso de Prata de melhor direção; Um Pedaço do Céu, de Michael Koch, que recebeu Menção Especial do júri e foi premiado no Festival de Karlovy Vary; além do austríaco Mutzenbacher, documentário de Ruth Beckermann, que levou o principal prêmio da seção Encounters.
A seleção da Berlinale segue com A Linha, de Ursula Meier, e Un été comme ça (That Kind of Summer), de Denis Côté, que disputaram o Urso de Ouro; o iraniano Até Amanhã, de Ali Asgari, exibido na mostra Panorama; Sonne, de Kurdwin Ayub, que recebeu o GWFF Best First Feature Award; Agitação, de Cyril Schäublin, vencedor do prêmio de melhor direção da mostra Encounters e também exibido nos festivais de Toronto, San Sebastián, New York e IndieLisboa; Esquema, de Farkhad Sharipov, vencedor do Grande Prêmio da seção Generation 14Plus; O Falsificador, de Maggie Peren, exibido na mostra Berlinale Special Gala; Corações Gentis, de Gerard-Jan Claes e Olivia Rochette, vencedor do Grande Prêmio do Júri Internacional da seção Generation 14plus; e Belas Criaturas, de Guðmundur Arnar Guðmundsson, exibido na mostra Panorama e vencedor do Prêmio Label Europa Cinemas.
Ainda do Festival de Berlim, mais títulos da mostra Encounters: À vendredi, Robinson, de Mitra Farahani, vencedor do Prêmio Especial do Júri; Axiom, de Jöns Jönsson, que rendeu o prêmio de melhor ator para Moritz von Treuenfels no Festival de Hong Kong; Flux Gourmet, de Peter Strickland, também exibido no Sitges Film Festival; e o documentário Diário Americano, de Arnaud des Pallières.
Cena de Alcarràs, de Carla Simón: Urso de Ouro em Berlim
Do Festival de San Sebastián, serão exibidos: Los reyes del mundo, de Laura Mora, que recebeu a Concha de Ouro de melhor filme; Quem os Impede, de Jonás Trueba, vencedor do Prêmio da Crítica e de melhor atuação para o elenco, além de melhor atriz para Candela Recio no Festival de Mar del Plata e premiado na categoria de melhor documentário no Goya, o Oscar espanhol; o documentário O Teto Amarelo, de Isabel Coixet, que recebeu Menção Especial no Prêmio Dunia Ayaso; e Terra de Deus, de Hlynur Pálmason, vencedor do prêmio de melhor filme da mostra Zabaltegi-Tabakalera e também exibido na mostra Un Certain Regard, em Cannes.
E mais: As Paredes Falam, documentário de Carlos Saura, exibido em sessão especial; O Suplente, de Diego Lerman, que rendeu o prêmio de melhor interpretação coadjuvante para Renata Lerman; Benediction, de Terence Davies, eleito o melhor roteiro da edição do ano passado; e Inventário, de Darko Sinko, exibido na mostra New Directors e premiado no Slovene Film Festival.
O Festival de Locarno também ganha destaque na programação da 46ª Mostra. Além do brasileiro Regra 34, de Julia Murat, grande vencedor do Leopardo de Ouro, a lista traz também: Tenho Sonhos Elétricos, de Valentina Maurel, vencedor dos prêmios de melhor direção, melhor atriz para Daniela Marín Navarro e melhor ator para Reinaldo Amien Gutiérrez, além de ter sido premiado como melhor filme da mostra Horizonte em San Sebastián; o português Nação Valente, de Carlos Conceição, vencedor do prêmio de melhor filme europeu e do Prêmio do Júri Jovem; o documentário Noite Obscura – Folhas Selvagens, de Sylvain George, exibido fora de competição; Boliche Saturno, de Patricia Mazuy, que disputou o Leopardo de Ouro; o suspense Medusa Deluxe, de Thomas Hardiman, exibido na mostra Piazza Grande e também nos festivais de Londres e Sitges.
E mais: o ucraniano Como Está Katia?, de Christina Tynkevych, vencedor do Prêmio Especial do Júri e melhor atriz para Anastasia Karpenko na seção Cineastas do Presente; a fantasia De noche los gatos son pardos, de Valentin Merz, que recebeu Menção Honrosa por filme de estreia; É Noite na América, de Ana Vaz, uma coprodução entre Itália, França e Brasil, que recebeu Menção Especial no Pardo Verde WWF; Gigi a Lei, de Alessandro Comodin, vencedor do Prêmio Especial do Júri e exibido no Festival de Nova York; o documentário português Objetos de Luz, de Marie Carré e Acácio de Almeida, exibido fora de competição; e a fantasia Piaffe, de Ann Oren, vencedor do Prêmio do Júri Jovem e também exibido em San Sebastián.
A Mostra de São Paulo traz também títulos do Festival de Roterdã, como: O Excesso Nos Salvará, de Morgane Dziurla-Petit, vencedor do Prêmio Especial do Júri; Broadway, de Christos Massalas, e Isolamento Esplêndido, de Urszula Antoniak, exibidos na mostra Big Screen. Da Tiger Competition, a lista conta com: A Criança, de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois; O Mensageiro das Nuvens, de Rahat Mahajan, também exibido no Cinéma du Réel; e As Planícies, de David Easteal.
De noche los gatos son pardos, de Valentin Merz: exibido em Locarno
Outro destaque da 46ª edição da Mostra de São Paulo é o Festival de Sundance com diversos títulos, entre eles: Leonor Jamais Morrerá, de Martika Ramirez Escobar, vencedor do Prêmio Especial do Júri na seção World Cinema Dramatic; Palmeiras e Linhas Elétricas, de Jamie Dack, que recebeu o prêmio de melhor direção da competição americana; o mexicano Dos Estaciones, de Juan Pablo González, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Teresa Sánchez, além de ter sido consagrado no L.A. Outfest e exibido em San Sebastián; o documentário Fire of Love, de Sara Dosa, vencedor do prêmio de melhor montagem, além do Prêmio do Público no Visions du Réel e consagrado no Festival de Seattle; e o drama Gentil, de László Csuja e Anna Nemes, exibido na competição internacional e premiado nos festivais de Bruxelas e Cleveland.
Ainda sobre festivais internacionais, também se destacam: O Visitante, de Martín Boulocq, vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Tribeca; A Donzela, de Graham Foy, exibido na mostra Contemporary World Cinema em Toronto e na Giornate degli Autori em Veneza; o documentário Boicote, de Julia Bacha, exibido nos festivais SXSW, South by Southwest, e Hot Docs; o drama A Água, da cineasta espanhola Elena López Riera, que foi exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, e também nos festivais de Toronto e San Sebastián; A Catedral, de Ricky D’Ambrose, que recebeu o Prêmio Especial HFPA em Veneza, além de ter sido exibido em Sundance e na mostra Bright Future em Roterdã; Uma Mulher do Mundo, de Cécile Ducrocq, que foi indicado ao César, o Oscar francês, na categoria de melhor atriz por Laure Calamy; o drama O Massacre da Salsinha, de José María Cabral, vencedor do Prêmio do Público no Festival de Miami e do Prêmio Especial do Júri no Costa Rica International Film Festival; a comédia dramática Você Tem Que Vir e Ver, de Jonás Trueba, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Karlovy Vary.
E mais: o documentário Louis Armstrong’s Black & Blues, de Sacha Jenkins, exibido na mostra TIFF Docs em Toronto; o drama Segredos de Guerra, de Peeter Rebane, grande vencedor do Austin Gay & Lesbian International Film Festival e do FilmOut San Diego; o documentário A Pequena Ilha, de Tizian Büchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no festival Visions du Réel e também exibido no Festival de Karlovy Vary; o drama canadense Brother, de Clement Virgo, exibido na mostra Special Presentations no Festival de Toronto; o documentário As Hostilidades, de M. Sebastian Molina, exibido no IDFA, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã; a animação Salgueiros Cegos, Mulher Dormindo, de Pierre Földes, que recebeu Menção Honrosa do júri do Festival de Annecy; o documentário Distopia, de Tiago Afonso, exibido no Doclisboa; e a comédia dramática O Gafanhoto, da cineasta iraniana Faezeh Azizkhani, exibida no South by Southwest.
Cena de Leonor Jamais Morrerá, de Martika Ramirez Escobar: premiado em Sundance
Entre os títulos internacionais, a Mostra de São Paulo traz também o português Campo de Sangue, de João Mário Grilo e protagonizado por Carloto Cotta, baseado no livro homônimo de Dulce Maria Cardoso; o japonês O Deus do Cinema, de Yôji Yamada, destaque no Summer International Film Festival Hong Kong e no Beijing International Film Festival; a comédia policial romena Homens de Atos, de Paul Negoescu, exibido no Festival de Sarajevo; o suspense Roost, de Amy Redford, com Grace Van Dien, exibido em Toronto; o português Kinorama – Cinema Fora de Órbita, de Edgar Pêra, exibido no Festival de Roterdã; e o documentário Meu Nome é Alfred Hitchcock, de Mark Cousins, que celebra, em 2022, o aniversário de cem anos do primeiro longa-metragem do consagrado cineasta.
Como de costume, a seleção da Mostra traz títulos já indicados por seus respectivos países que disputarão uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar. Até agora já estão confirmados: Domingo e a Neblina, de Ariel Escalante, representante da Costa Rica; Nada De Novo no Front, de Edward Berger, da Alemanha; o islandêsBelas Criaturas, de Guðmundur Arnar Guðmundsson; Terceira Guerra Mundial, de Houman Seyyedi, representante do Irã; o japonêsPlano 75, de Chie Hayakawa; Peregrinos, de Laurynas Bareiša, da Lituânia; Joyland, de Saim Sadiq, representante do Paquistão; da Palestina, Febre do Mediterrâneo, de Maha Haj; o portuguêsAlma Viva, de Cristèle Alves Meira; Alcarràs, de Carla Simón, representante da Espanha; Boy from Heaven, de Tarik Saleh, da Suécia; o suíçoUm Pedaço do Céu, de Michael Koch; e Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu, representante do México.
A 46ª edição da Mostra de São Paulo, como de costume, fortalece o olhar para o cinema brasileiro. Neste ano, cerca de 61 títulos nacionais integram a seleção da Mostra Brasil. Os longas estão divididos nas seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. As produções e coproduções brasileiras são inéditas no circuito comercial, finalizadas entre 2021 e 2022, com exceção dos títulos restaurados.
Destacam-se na programação: o premiadoA Mãe, de Cristiano Burlan e protagonizado por Marcélia Cartaxo; Exu e o Universo, documentário de Thiago Zanato; o drama A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, recentemente premiado no 32º Cine Ceará; o documentário Corpolítica, de Pedro Henrique França, consagrado no Queer Lisboa; Fogaréu, de Flávia Neves, premiado pelo público no Festival de Berlim; A Cozinha, que marca a estreia de Johnny Massaro na direção de um longa de ficção; Lilith, de Bruno Safadi, com Isabél Zuaa, Renato Góes e Nash Laila; Bem-Vinda, Violeta!, de Fernando Fraiha, com Débora Falabella; o documentário Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente; O Skate me Levou, de Lecuk Ishida; Carvão, de Carolina Markowicz, exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián; Aldeotas, de Gero Camilo; Nossa Pátria Está Onde Somos Amados, documentário dirigido por Felipe Hirsch; Raquel 1:1, de Mariana Bastos, exibido no SXSW e no Festival de Guadalajara; Bocaina, de Fellipe Barbosa e Ana Flávia Cavalcanti; Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi, premiado no Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival.
Cena do documentário brasileiro Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi
E mais: Paloma, de Marcelo Gomes, exibido no Festival de Cinema de Munique; Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, o grande vencedor do 50º Festival de Cinema de Gramado; Ciclo, de Ian SBF, com Felipe Abib, Daniel Furlan, Dani Ornellas, Flávio Bauraqui, Stephanie Lourenço e Rafael Saraiva no elenco; o documentário Amazônia, a Nova Minamata?, de Jorge Bodanzky; Derrapada, de Pedro Amorim, com Nanda Costa no elenco; O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti, também exibido em Gramado; Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho, documentário de Pedro Bronz; O Rio do Desejo, de Sérgio Machado, com Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira; o pernambucano Paterno, de Marcelo Lordello, com Marco Ricca e Gustavo Patriota; a animação Perlimps, de Alê Abreu, exibida no Festival de Annecy; o documentário Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, de Roberto de Oliveira; Transe, de Carolina Jabor e Anne Pinheiro Guimarães; Fausto Fawcett na Cabeça, de Victor Lopes; o documentário Um Outro Francisco, de Margarita Hernández; entre outros.
A programação da Mostra de São Paulo completa-se com títulos da mostra Apresentação Especial, que exibirá os clássicos restaurados: Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, A Rainha Diaba, de Antonio Carlos Fontoura, A Mãe e a Puta (La Maman e la putain) e Meus Pequenos Amores (Mes petites amoureuses), ambos de Jean Eustache, e Bratan, de Bakhtyar Khudojnazarov. Outros filmes, como os curtas de Lucrecia Martel, A Camareira, e Le Pupille, de Alice Rohrwacher, também serão exibidos.
O jornalista, escritor e diretor Arnaldo Jabor, que morreu no início do ano, ganha homenagem póstuma do evento com a exibição do longa Eu Te Amo. O filme será antecedido por um curta de Carolina Jabor, extraído do depoimento que o diretor deu ao projeto da Mostra, Filmes da Minha Vida, na 30ª edição do evento.
Concedido a personalidades que demonstram questões humanistas, sociais e políticas pertinentes ao seu tempo de forma corajosa e sensível, o Prêmio Humanidade desta edição será entregue à diretora Ana Carolina. A cerimônia acontecerá durante a apresentação especial de seus filmes Mar de Rosas, Das Tripas Coração, Sonho de Valsa e Paixões Recorrentes. Enquanto isso, o Prêmio Leon Cakoff deste ano será entregue à cantora e atriz Doris Monteiro, protagonista de Agulha no Palheiro, de Alex Vianny; o filme, de 1953, foi restaurado em 1977 pela Cinemateca Brasileira.
O fim da vida de um artista do porte de Jean-Luc Godard, que morreu recentemente, não significa a conclusão de sua obra. Além da abundante produção audiovisual que continuará a circular, fertilizando ideias e reinvenções, há um tesouro a emergir do imenso arquivo do cineasta franco-suíço, agora sob o controle do produtor Vincent Maraval. Até Sexta, Robinson é o primeiro fragmento inédito do planeta Godard que a 46ª Mostra traz ao Brasil em homenagem ao cineasta franco-suíço. O filme, dirigido pela cineasta e produtora iraniana Mitra Farahani, condensa um diálogo, por meio de correspondências, entre Godard e o menos conhecido Ebrahim Golestan, diretor e escritor iraniano, autor também de uma obra revolucionária.
A programação da 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo traz o programa Olhares Sobre a Amazônia este ano. A gravidade da crise climática e a insuficiência das decisões políticas, agravadas pelas omissões, colocaram a Amazônia no centro das preocupações do mundo. Há muito, a proteção da floresta e das reservas habitadas pelos povos originários deixou de chamar a atenção apenas de ambientalistas e indigenistas. Enquanto os governos e os poderes disputam, os cineastas põem os pés na terra, adentram a região para ver e exibir a concretude da Amazônia. Bela e feia, rica e pobre, rural e urbanizada, selvagem e integrada são contradições que convivem nos filmes reunidos na Olhares Sobre a Amazônia.
Milton Gonçalves em A Rainha Diaba: filme restaurado
Outro destaque deste ano são as produções em realidade virtual, que voltam a integrar a programação do evento pelo quarto ano consecutivo; elas fazem parte de exibições especiais que ocorrem na Cinemateca Brasileira. Além disso, entre os dias 26 e 29 de outubro, a Mostra Internacional de Cinema vai realizar o II Encontro de Ideias para receber realizadores, produtores, gestores culturais e profissionais do audiovisial reconhecidos pelo engajamento em fazer e pensar o conteúdo audiovisual. A programação incorpora o ciclo de debates sobre cinema do VI Fórum Mostra, mesas de discussão sobre o panorama do Mercado Audiovisual, Rodadas de Negócios para apresentar projetos em desenvolvimento a parceiros e a seção Da Palavra à Imagem, com painéis sobre adaptação de obras literárias e reunião de autores e editores de livros com produtores do audiovisual.
Todos os anos, a Mostra Internacional de Cinema convida um artista ou cineasta para fazer a arte do pôster do ano. Nomes como Ai Weiwei, Andrei Tarkóvski, Tomie Ohtake, Aleksandr Sokúrov, Angeli, Federico Fellini, Isabella Rossellini, Amos Gitai, Os Gêmeos, Ziraldo, assinaram o cartaz do evento em diferentes edições. A arte do pôster desta edição é assinada pelo muralista brasileiro Kobra. O artista deu o título Volte a Sonhar à arte do poster da 46ª Mostra Internacional de Cinema. A imagem da garota tendo a cidade de São Paulo no horizonte e em conexão com a imagem do filme A Viagem à lua, de Georges Méliès, realizado há 120 anos, simboliza que o cinema pode abrir horizontes em lugares inimagináveis e nos levar ao universo dos sonhos, onde diferentes perspectivas se abrem para a fantasia e a criatividade.
Nascido em 1975 no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana, Eduardo Kobra tornou-se um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade, com obras em cinco continentes. Além disso, o artista é personagem do documentário Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie, que está na seleção deste ano.
Após serem exibidos na 46ª Mostra, os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público serão submetidos ao júri, que escolherá os vencedores do Troféu Bandeira Paulista (uma criação da artista plástica Tomie Ohtake) nas categorias de melhor filme de ficção, melhor documentário e outras categorias que o júri desejar.
Neste ano, o diretor, produtor e roteirista português Rodrigo Areias, a diretora Lina Chamie e o diretor e produtor André Novais Oliveira formam o júri da Competição Novos Diretores. O público também vota em seus preferidos estrangeiros e brasileiros, escolhendo o melhor filme de ficção e o melhor documentário da Perspectiva Internacional e da Mostra Brasil.
A 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo conta com uma grande variedade de produções de diversos lugares do mundo. Até o momento, 60 países estão envolvidos em filmes selecionados.
Homenagem: reconhecimento pela carreira de sucesso.
Além da premiação, a noite de encerramento da 32ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema também foi marcada pela homenagem ao cantor e compositor cearense Ednardo, autor de grandes sucessos como Pavão Mysteriozo, Enquanto Engomo a Calça, A Manga Rosa, entre outros, como reconhecimento pela valiosa obra, em especial por ter marcado sua carreira também no audiovisual, como autor de várias trilhas sonoras de cinema e televisão.
No palco do Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, o homenageado recebeu o Troféu Eusélio Oliveira das mãos de seu amigo Rodger Rogério, ator e cantor. Ovacionado pelo público, discursou: “Eu tenho a honra de ser parceiro e amigo de Rodger Rogério desde quando nasceu o chamado Pessoal do Ceará na década de 1960. De lá pra cá, só fortalecemos essa amizade com música, poesia e muita luta para respeitar o povo brasileiro, o povo nordestino, nossa cultura e nossa arte”. E finalizou: “Precisamos tirar o país desse abismo onde ele está mergulhado. Tem que vir alguém que faça brilhar de novo o sol do progresso, da liberdade e do bem-estar do nosso povo”.
Ednardo é um dos grandes nomes da música brasileira, tendo despontado na mesma época de seus conterrâneos Amelinha, Belchior e Raimundo Fagner. É autor de várias trilhas sonoras de cinema e televisão. No cinema, assina as trilhas de Luzia Homem, de Fábio Barreto; e Tigipió e O Calor da Pele, de Pedro Jorge de Castro. O longa Luzia Homem, em que participou também como ator, teve bilheteria recorde no Brasil, sucesso na Europa nos festivais de Huelva e Cannes e em TV nos Estados Unidos. Tigipió teve a trilha premiada nos festivais de Karlov Vary e de Verona.
Ednardo foi produtor, roteirista, diretor e autor da trilha do filme Cauim, onde evidencia sua proximidade com o universo do maracatu cearense e do cinema; o filme foi projetado em shows do disco homônimo, realizado em 1978 pelas principais capitais brasileiras. Em televisão, destaque para as novelas Saramandaia (1976), na Rede Globo, sendo de sua autoria o tema de abertura, Pavão Mysteriozo, e Tocaia Grande (1995/1996), na TV Manchete, baseada na obra homônima de Jorge Amado, interpretando a música Cordel Tocaia Grande, de sua autoria, no encerramento do último capítulo.
No dia da homenagem, Ednardo participou de uma coletiva de imprensa no Hotel Sonata de Iracema e relembrou momentos marcantes de sua trajetória. No bate-papo, falou sobre o chamado Pessoal do Ceará, política, ditadura, Pavão Mysteriozo, seu trabalho no cinema, na TV e no teatro, projetos futuros, aulas de piano na adolescência, governo atual, entre outros assuntos.
Além disso, relembrou os cinemas de rua de Fortaleza, revelou que o clássico Anastacia: A Princesa Esquecida foi o primeiro filme que assistiu no São Luiz, destacou atrizes como Norma Bengell e Brigitte Bardot e ressaltou a força do cinema em sua vida.
Aperte o play e confira os melhores momentos da homenagem e da coletiva:
*O CINEVITOR esteve em Fortaleza e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Cena do documentário pernambucano Normandia, de Marlom Meirelles.
A 13ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que acontecerá entre os dias 5 e 10 de dezembro, no Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, contará com 38 filmes em competição, representando 13 estados brasileiros em suas mostras competitivas.
Ao todo, a Secretaria de Cultura de Pernambuco recebeu 193 inscrições; os selecionados concorrem a R$ 24 mil em prêmios. A programação completa, com mostras especiais e ações de formação, será divulgada nas próximas semanas.
Este ano, o festival contará com uma novidade: a Secult-PE prepara uma programação artística especial para compor o evento, que é um dos mais importantes de Pernambuco no segmento do audiovisual: “O Festival de Cinema de Triunfo joga luzes sobre o cinema e o audiovisual de Pernambuco, que é uma referência para o Brasil e para o mundo. Neste ano, além das mostras, oficinas e conversas, o Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE, está incrementando o festival com uma programação artística que tem como objetivo agregar potencial turístico ao evento, atraindo visitantes de todas as partes do estado, e também do país”, disse o secretário de Cultura, Oscar Barreto.
“Apesar da pandemia, que nos forçou a dar uma pausa nas produções audiovisuais, poderemos assistir, em Triunfo, filmes que foram feitos/finalizados bravamente nestes dois últimos anos. Isso demonstra a força da cadeia audiovisual brasileira e também dos nossos profissionais de cinema”, disse Luciana Poncioni, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE.
Além dos valores distribuídos entre os vencedores de cada categoria, as produções vão concorrer a diversos prêmios, incluindo o Troféu Caretas, concedido aos filmes escolhidos pelo Júri Oficial (formado por professores, produtores audiovisuais e curadores) e popular. O troféu faz referência às tradicionais figuras dos caretas, personagens do carnaval pernambucano que andam pelas ruas da cidade com chicotes, chocalhos, figurinos típicos e mensagens satíricas. Também será concedido o Troféu Fernando Spencer para o melhor personagem da categoria longa-metragem; já o Troféu Cineclubista, criado pela FEPEC, Federação Pernambucana de Cineclubes, vai para o melhor filme para reflexão.
A programação deste ano contará também com exibições especiais na Mostra Sesc Pernambuco voltadas para o público infantil das escolas da rede pública de ensino da região e encontros sobre políticas culturais, na Fábrica de Criação Popular do Sesc PE, promovidos pela Secult-PE. Haverá também o lançamento do filme documental sobre o FIG, Festival de Inverno de Garanhuns, produzido pela TV Pernambuco; além disso, será realizada uma visita guiada no Theatro Cinema Guarany com exibição do documentário Theatro Cinema Guarany: Uma Longa História, produzido pelo Cineclube Caretas, de Triunfo.
Comemorando seu centenário em 2022, o Theatro Cinema Guarany segue fechado para visitação enquanto recebe novas poltronas e passa por serviços de requalificação e manutenção da edificação: “Com a série de reforma que estamos empreendendo em nossos equipamentos culturais, o público voltará a frequentar esses espaços e conferir novamente a excelente programação que eles oferecem, como é o caso do Festival de Cinema de Triunfo, que é uma grande vitrine não só para as produções pernambucanas, como de todo o país”, reforça Oscar Barreto.
Conheça os filmes selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo:
LONGA-METRAGEM NACIONAL
Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE) Delicadeza, de Ciça Castello (RJ) Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP) O Bem Virá, de Uilma Maíra Queiroz Silva (PE) O Povo Pode?, de Max Alvim (DF)
CURTA-METRAGEM NACIONAL
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB) Andrômeda, de Lucas Gesser (DF) Ausências, de Antonio Fargoni (SP) Cem Pilum – A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (SP) Mamãe!, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter (BA) Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini (RJ) Time de Dois, de André Santos (RN) Todos os Rostos que Amo se Parecem, de Davi Mello e Deborah Perrotta (MG) Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN) Vale do Vento Eterno, de Pedro Medeiros (RN) Você Tem Olhos Tristes, de Diogo Leite (SP)
CURTA-METRAGEM PERNAMBUCANO
Cabocolino, de João Marcello (Surubim) Cine Aurélio, de Kennel Rogis (Toritama) Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (Condado) Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (Recife) Madeira de Lei, de Kalor (Camaragibe) Memórias Submersas, de William Tenório (Afogados da Ingazeira) Normandia, de Marlom Meirelles (Caruaru) Nossas Mãos São Sagradas, de Júlia Morim (Território Indígena Pankararu e Recife) Obaobarco, de André Martins (Recife) Um Filme com Celso Marconi, de Helder Lopes e Paulo de Sá Vieira (Recife) Xixiá Mestre dos Cânticos Fulni-ô, de Hugo Fulni-ô (Águas Belas)
CURTA-METRAGEM DOS SERTÕES
A Menina da Ilha, de Coletivo Cinema no Interior (PE) Dentra, de Bruna Florie (PE) Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE) Vaudeville!, de Élcio Verçosa Filho (AL) Voz do Relho: Um filme sobre Joaneide Alencar, de Leonardo Soares e Raquel Medeiros (PE)
CURTA- METRAGEM INFANTOJUVENIL
Capitão Tocha, de Matheus Amorim (GO) Îebyra, de Eduardo Souza Lima (RJ) Nonna, de Maria Augusta V. Nunes (SC) Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)
O argentino Las Cercanas (Inseparáveis), de María Alvarez, foi o grande vencedor deste ano e recebeu o Troféu Mucuripe na categoria de melhor longa-metragem e o prêmio no valor de R$ 20 mil para distribuição do filme no Brasil, conforme regulamento do festival. Além disso, também foi premiado nas categorias de melhor montagem e Prêmio da Crítica, concedido pelo Júri Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, que contou com Joice Scavone, Neusa Barbosa e Raiane Ferreira. Já o Júri Oficial foi formado por Bruno Carmelo, Pablo Arellano e Renée Castelo Branco.
Na Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem, o filme Big Bang, de Carlos Segundo, foi agraciado com o Troféu Mucuripe de melhor filme, eleito pelo Júri Oficial da mostra, que foi formado por Amilton Pinheiro, Ives Albuquerque e Mariá Velazquez. O filme também foi vencedor do Prêmio Canal Brasil de Curtas, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria de curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. O vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.
Na Mostra Olhar do Ceará, Escuridão na Terra da Luz, de Popy Ribeiro, foi o vencedor do Troféu Mucuripe de melhor longa-metragem eleito pelo Júri Oficial, que foi formado por Kênia Freitas, Marilena Lima e Paulo Philippe. Ópera sem Ingresso, de Andreia Pires, foi eleito o melhor curta-metragem e ganhou, além do Troféu Mucuripe, o Prêmio Unifor de Cinema no valor de R$ 5 mil.
Além da noite de premiação, o encerramento da 32ª edição também foi marcado pela homenagem ao cantor e compositor Ednardo, que recebeu o Troféu Eusélio Oliveira como reconhecimento pela valiosa obra, em especial por ter marcado sua carreira também no audiovisual, como autor de várias trilhas sonoras de cinema e televisão.
Depois disso, houve a exibição especial de Saravá, meu avô, longa-metragem que marca a estreia de Gabriela Oliveira como diretora, tendo na codireção o seu pai, Eusélio G. Oliveira (Xuxu). Juntos, revisitam a biografia de um dos mais relevantes nomes da história da cultura cearense, Eusélio Oliveira.
Vale lembrar que a plataforma de streaming Itaú Cultural Play segue até dia 20/10 com a exibição de oito dos dez curtas da Mostra Olhar do Ceará. Nos dias 20, 21 e 22 deste mês, o Cine Ceará realiza, na Praça do MIS, sempre às 17h30, três masterclasses de atividades relacionadas ao cinema e o audiovisual.
Confira a lista completa com os vencedores do Cine Ceará 2022:
MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: Las Cercanas (Inseparáveis), de María Alvarez (Argentina) Melhor Direção: Carlos Lechuga, por Vicenta B. Melhor Atuação Feminina: Linnett Hernández Valdés, por Vicenta B. Melhor Atuação Masculina: Démick Lopes, por A Filha do Palhaço Melhor Roteiro: La Piedad (A Piedade), escrito por Eduardo Casanova Melhor Fotografia: Green Grass, por Victor Silva Melhor Montagem: Las Cercanas (Inseparáveis), por María Álvarez Melhor Trilha Sonora Original: La Piedad (A Piedade), por Pedro Onetto Melhor Som: La Piedad (A Piedade), por Mar González, Mercedes Tennina e Sebastián Gonzáles Melhor Direção de Arte: La Piedad (A Piedade), por Melanie Antón
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Melhor Direção: Laís Santos Araújo, por Infantaria Melhor Roteiro: Último Domingo, escrito por Joana Claude e Renan Barbosa Brandão
MOSTRA OLHAR DO CEARÁ
Melhor longa-metragem: Escuridão na Terra da Luz, de Popy Ribeiro Melhor curta-metragem: Ópera Sem Ingresso, de Andreia Pires Prêmio Unifor de Audiovisual: Ópera Sem Ingresso, de Andreia Pires
PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Melhor longa-metragem: Las Cercanas (Inseparáveis), de María Alvarez (Argentina) Melhor curta-metragem: Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR CURTA-METRAGEM Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR DIREÇÃO Breno Alvarenga, por Camaco
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Arlete Dias e Fabrício Boliveira no longa Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
A 18ª edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontecerá entre os dias 3 e 9 de novembro, marca o retorno à programação totalmente presencial com filmes da Bahia, Pernambuco, Ceará, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná.
Para este ano, o Panorama segue com mostras competitivas, atividades paralelas e convidados de todo o país. Além disso, homenageará nomes como: o cineasta baiano Geraldo Sarno, Jean-Luc Godard e o centenário de Pier Paolo Pasolini, que terão mostras especiais com seus filmes; Milton Gonçalves, com uma cópia restaurada de A Rainha Diaba; e uma exibição especial de Amarelo Manga, de Cláudio Assis, longa que marca o cinema pernambucano no início dos anos 2000.
A curadoria desta edição foi formada por: Cláudio Marques nos longas das competitivas Baiana e Nacional; Marília Hughes Guerreiro nos longas e curtas das competitivas Baiana, Nacional e Internacional; Adolfo Gomes nos longas da competitiva Internacional; Camila Gregório, Ceci Alves, João Paulo Barreto e Rafael Carvalho nos curtas das competitivas Baiana e Nacional; e Rafael Saraiva nos curtas da competitiva Internacional.
Na mostra Competitiva Nacional, a seleção apresenta oito longas-metragens e 17 curtas, que serão exibidos no Cine Metha – Glauber Rocha. Cada sessão contará com debate com realizadores e/ou equipe das obras. Os dias e horários serão divulgados em breve, assim como o preço dos ingressos em Salvador. Em Cachoeira, para onde o festival retorna este ano, o acesso à programação no Cine Theatro Cachoeirano será gratuito.
A Competitiva Baiana do XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema apresenta uma curadoria com diferentes gêneros cinematográficos. Entre os 21 curtas e quatro longas-metragens que participam da competição há documentários, ficções, produções experimentais, videodança e animação, que revelam a diversidade de obras audiovisuais produzidas na Bahia.
A seleção traz também filmes com uma grande pluralidade de técnicas e gêneros na mostra de Animação. De desenhos tradicionais a stop-motion com marionetes, com estética variando da explosão de cores aos tons de cinza, a programação oferece curtas-metragens produzidos em dez países, incluindo o Brasil. Além disso, há também a Competitiva Internacional com títulos de 22 países das Américas, Europa, Ásia e África.
O Júri Oficial deste ano será formado por: Marcello Maia, Edvana Carvalho e Luiz Joaquim na Competitiva Nacional; Karliane Nunes, Aleksei Abib e Andreia Beatriz na Competitiva Baiana; Clara Lua, Karina Paz e Paulo Alcântara na Competitiva Internacional; e Taylon Protásio, Álex Antonio e Everlane Moraes na Competitiva Cachoeira.
O Júri APC, Associação de Produtores e Cineastas da Bahia, contará com: Priscilla Andreata, Carollini Assis e Paulo Hermida na Competitiva Nacional; e Fabíola Aquino, Luciana Queiroz e Eduardo Ayrosa na Competitiva Baiana. O Júri BRADA, Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil, será formado por: Camila Tarifa, Laura Carvalho e Clarissa Ribeiro na Competitiva Nacional; e Dayse Barreto, Mariana Falvo e Tatiana Curto na Competitiva Baiana. Enquanto isso, o Júri AMAAV, Associação de Maquiadores e Assistentes de Audiovisual, que entrega o Prêmio Destaque de Melhor Maquiagem, contará com Nayara Homem, Patrícia Martinelli e Tayce Vale na competitiva Nacional.
Conheça os filmes selecionados para o XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema:
COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS
Cidade Porto, de Bernard Attal (BA) Eneida, de Heloisa Passos (PR) Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo (SP) Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA) Pele, de Marcos Pimentel (MG) Regra 34, de Julia Murat (RJ) Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP)
COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS
A Morte de Lázaro, de Bertô (SP) Andrômeda, de Lucas Gesser (DF) Assentamento, de Shai Andrade (BA) Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (GO) Banzo, de Rafael Luan (CE) Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Deus me livre, de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena Hervés (PR) e nada mais disse., de Julia Menna Barreto (RJ) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ) Mutirão: O filme, de Lincoln Péricles (LKT) (SP) Não vim no mundo para ser pedra, de Fabio Rodrigues Filho (BA) Nossos Espíritos Seguem Chegando [Nhe’ẽ kuery jogueru teri], de Ariel Ortega (Kuaray Poty) e Bruno Huyer (RS) O Ovo, de Rayane Teles (BA) Patuá, de Renaya Dorea (RJ) Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SP)
COMPETITIVA BAIANA | LONGAS-METRAGENS
Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida Oceano, de Bruno Masi Saberes Quilombolas, de Plínio Gomes e Bruno Saphira
COMPETITIVA BAIANA | CURTAS-METRAGENS
Amaro, de Otávio Conceição Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama Claudio, de Calebe Lopes Contragolpe, de Victor Uchôa Elisa, de Leticia Reis Entre o ninho e as andorinhas, de Daniel Leite Almeida Eu, Negra, de Juh Almeida Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo Heroica Dreams, de Marvin Pereira Ícone, de Edson Bastos e Henrique Filho Jaqueline, de Júlia Balista Mesa Posta, de Thaís Bandeira Muxima, de Juca Badaró Ocupação Carlos Marighella, de Marcela Magalhães e Matheus Rocha Pelas ondas lambem-se as margens, de Hyndra Preciso falar sobre ELA, de Lilih Curi Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziario Quando a pátria bate forte, de Jamille Fortunato Raízes Mapas, de Helen Salomão Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira Ytwã, de Kian Shaikhzadeh
COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS-METRAGENS
A Távola de Rocha, de Samuel Barbosa (Portugal/Japão) A Visita e um Jardim Secreto (La Visita y un Jardín Secreto), de Irene M. Borrego (Espanha/Portugal) Carrero (Carretero), de Germán Basso e Fiona Lena Brown (Argentina) Minsk, de Boris Guts (Estônia/Rússia) Nós, estudantes! (Nous, Étudiants!), de Rafiki Fariala (República Centro-Africana/França/Arábia Saudita/República Democrática do Congo) O Grande Movimento (El Gran Movimiento), de Kiro Russo (Bolívia/França/Catar/Suíça)
COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS-METRAGENS
A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Seu Traje (Al Motociclista no le Cabe la Felicidad en el Traje), de Gabriel Herrera (México) Amor de Verão (Amor de Verano), de Eline Marx (Argentina) Armadilha (Trap), de Anastasia Veber (Rússia/Lituânia) Mistida, de Falcão Nhaga (Portugal) Moune Ô, de Maxime Jean-Baptiste (Bélgica/Guiana Francesa/França) No Fluxo das Palavras (In Flow of Words), de Eliane Esther Bots (Holanda) No Trono de Xerxes (On Xerxes’ Throne), de Evi Kalogiropoulou (Grécia) Oficina (Warsha), de Dania Bdeir (França/Líbano) O Jogo de Olhares (Nazarbazi), de Maryam Tafakory (Irã) O Rei que Contemplava o Mar (Le Roi Qui Contemplait La Mer), de Jean-Sébastien Chauvin (França) Por Flávio (By Flávio), de Pedro Cabeleira (Portugal/França) Tsutsué, de Amartei Armar (França/Gana)
PANORAMA BRASIL | LONGAS-METRAGENS
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE) A Praga, de José Mojica Marins (SP) Benjamim Zambraia e o Autopanóptico, de Felipe Cataldo (RJ) Fogaréu, de Flavia Neves (GO) Medusa, de Anita Rocha da Silveira (RJ) Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti (RJ) Môa, Raiz Afromãe, de Gustavo McNair (SP) Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta (SP) Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo (CE)
PANORAMA BRASIL | CURTAS-METRAGENS
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO) A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira (SP) Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP) De Mãe, de Rafaela Barreto (RJ) Flores Vermelhas, de Érica Sansil (RJ) Nem Todas as Manhãs são Iguais, de Fabi Melo (PB) O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG) Time de Dois, de André Santos (RN)
PANORAMA DE ANIMAÇÃO
Apague Quando Sair, de Lucas Miranda Gonçalves e Allan Reis (Brasil) Boa Noite Sr. Urso (Good Night Mr. Ted), de Nicolás Sole Allignani (Espanha) Chovia (Llovía), de Ignacio Lillini (Argentina) Cosmose (em 4 tempos), de Rodrigo Amim (Brasil) Elena, de Birutė Sodeikaitė (Lituânia/França/Croácia) Persona (Gakjil), de Sujin Moon (Coreia do Sul) Refeição no Prato (Meal on the Plate), de Chenglin Xie (China/EUA) Sierra, de Sander Joon (Estônia) Sweet Nothing, de Marie Kenov e Joana Fischer (Suíça)
SESSÕES ESPECIAIS
Amarelo Manga, de Cláudio Assis Cainã, o curta, de José Araripe Jr. Carrego nas Mãos o meu Saber, de Marcelo Pinheiro O Anjo Negro, de José Umberto Dias RUMPILEZZ – Entre Atabaques e All Stars, de Vanessa Aragão
PANORAMA CONVIDA
Da Alegria, do Mar e de Outras Coisas, de Ceci Alves Won’t You Come Out To Play?, de Julia Katharine
CICLO: O CINEMA SEGUNDO PASOLINI
Accattone – Desajuste Social (1961) Comícios de Amor (Comizi D’amore) (1964) Gaviões e Passarinhos (Uccellacci e Uccellini) (1966) Mamma Roma (1962) O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo) (1964) Rei Édipo (Edipo RE) (1967)
HOMENAGEM GERALDO SARNO
Coronel Delmiro Gouveia(1978) Iaô: a Iniciação num Terreiro Gege Nagô (1976) Sertânia (2020) Viramundo (1964/1965)
FILMES DE ABERTURA
A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura Acossado, de Jean-Luc Godard Paloma, de Marcelo Gomes