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A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga, chega aos cinemas no dia 19 de maio

por: Cinevitor
Magali Biff e Lavinia Castelari em cena.

O longa-metragem A Felicidade das Coisas, da cineasta Thais Fujinaga, já tem data para chegar aos cinemas. Depois de ser exibido e premiado em festivais nacionais no ano passado, o filme teve estreia confirmada para o dia 19 de maio.

Primeiro longa-metragem dirigido por Thais Fujinaga, conhecida pelos curtas L e Os Irmãos Mai, A Felicidade das Coisas ganhou o Prêmio Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O filme também recebeu os prêmios de melhor roteiro e atriz coadjuvante para Magali Biff no Fest Aruanda; e foi premiado no XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema e na oitava edição da Mostra de Cinema de Gostoso.

A trama acompanha Paula, uma mulher de 40 anos que está grávida de seu terceiro filho. Com as crianças e sua mãe, ela se hospeda na modesta casa de veraneio recém comprada por sua família, no litoral paulista, onde pretende fazer melhorias como, por exemplo, a construção de uma piscina. Mas as coisas não se mostram muito favoráveis a esse sonho. Ao mesmo tempo, seu filho adolescente está se afastando dela, descobrindo um novo mundo na medida em que amadurece.

Para Fujinaga, A Felicidade das Coisas é fruto de uma combinação entre lembranças de sua infância e imaginação. O roteiro, assinado também pela cineasta, faz analogias entre os acontecimentos mais concretos do filme com a situação do Brasil em um delicado e impactante momento político: “A Felicidade das Coisas nos aproxima de uma mulher que experimenta uma espécie de ressaca, o refluxo de todas as coisas pelas quais ela ansiava, mas não podia ter. Através dela, vemos como o amor materno pode se revelar de formas tortuosas, afetado por sentimentos de ressentimento e de culpa. Paula luta contra as impossibilidades materiais como uma forma de escapar de suas frustrações e trazer alegria para a vida de sua família. Seus esforços acontecem no campo do consumo, ela quer ter uma piscina”, disse a diretora.

O filme foi rodado exatamente na região onde a cineasta passou os verões de sua adolescência, o que acabou tendo como reflexo uma dinâmica pessoal de lembranças na obra. Além disso, quando Fujinaga filmou o longa, em 2019, o Brasil passava por um revés político, social, cultural e econômico, o qual também teve o seu impacto na construção da história: “Estávamos filmando enquanto a ANCINE, a agência federal responsável pelo desenvolvimento do cinema nacional, estava sendo destruída pelo novo governo. O primeiro longa poderia ser o último. A piscina de Paula e o filme que estava sendo feito começaram a ter um significado análogo para mim; ambos eram o símbolo de um quase lá, da felicidade que tinha que ser adiada”, pontuou a cineasta. Clique aqui e assista nossa entrevista com a diretora, realizada no Fest Aruanda, em João Pessoa.

O elenco do filme conta com Patrícia Savary, Magali Biff, Messias Gois e Lavinia Castelari. O longa conta com produção da Filmes de Plástico, coprodução da Lira Cinematográfica e distribuição da Embaúba Filmes.

Confira o trailer de A Felicidade das Coisas:

Foto: Divulgação.

Festival de Veneza 2022: Paul Schrader será homenageado com o Leão de Ouro honorário

por: Cinevitor
Paul Schrader: carreira consagrada como roteirista e diretor.

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou nesta quarta-feira, 04/05, que o cineasta e roteirista norte-americano Paul Schrader receberá o Leão de Ouro honorário na 79ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro. A homenagem foi proposta por Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado oficial, Paul declarou: “Estou profundamente honrado. Veneza é o Leão do meu coração”. Sobre a homenagem, Alberto Barbera disse: “Paul Schrader é uma figura chave da Nova Hollywood que, a partir do final dos anos 1960, revolucionou a imaginação, a estética e a linguagem do cinema americano. Não é exagero afirmar que ele é um dos cineastas americanos mais importantes de sua geração, um diretor profundamente influenciado pelo cinema e pela cultura europeia e um roteirista teimosamente independente que, no entanto, sabe trabalhar por encomenda e se mover com confiança dentro do sistema de Hollywood. A ousada estilização visual que exibe em todos os seus filmes o coloca entre os expoentes mais atuais de um cinema inconciliável e que investiga sutilmente a contemporaneidade. Schrader se compara a essa contemporaneidade não apenas com incansável curiosidade intelectual e compassiva, mas também com uma surpreendente capacidade de navegar na evolução tecnológica do cinema, bem como em seus sistemas de produção e distribuição. Graças a essa ousadia (que poucos cineastas de seu calibre estão dispostos a tentar, na fase madura de suas carreiras), Schrader não apenas continua trabalhando, mas nos últimos anos ele também nos deu alguns de seus filmes mais bonitos”.

O presidente da Biennale di Venezia, Roberto Cicutto, acrescentou: “O 79º Festival Internacional de Cinema de Veneza traz consigo um aniversário muito importante. Corria o ano de 1932 quando se realizou no terraço do Hotel Excelsior a primeira edição do festival de cinema mais antigo do mundo. Assim, este ano, o Festival de Cinema de Veneza celebra seu 90º aniversário. Acontecimentos da história roubaram onze deles se contarmos o número de edições que aconteceram. Mas este aniversário é mais um presente que o Festival de Cinema de Veneza oferece ao Leão de Ouro Paul Schrader, o multifacetado autor do cinema”.

Nascido em 1946, em Grand Rapids, Michigan, nos Estados Unidos, Paul vem de uma rigorosa família calvinista holandesa. Ao longo de sua carreira, escreveu ou dirigiu mais de trinta filmes. Na vida acadêmica, obteve seu bacharelado no Calvin College e depois seu mestrado na UCLA Film School. Posteriormente, participou da aula inaugural do American Film Institute.

Depois de atuar como crítico, entrou para a cena cinematográfica com seus roteiros inovadores, deixando uma marca duradoura em filmes de diretores como Sidney Pollack (Operação Yakuza, de 1974) e Brian De Palma (Trágica Obsessão, de 1976), incluindo quatro colaborações com Martin Scorsese: Taxi Driver, que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1976, e foi indicado ao Oscar em quatro categorias; Touro Indomável; A Última Tentação de Cristo, que foi exibido no Festival de Veneza, em 1988; e Vivendo no Limite.

Sua estreia na direção aconteceu em 1978 com o drama policial Vivendo na Corda Bamba, protagonizado por Richard Pryor e Harvey Keitel, baseado em um roteiro que escreveu com seu irmão Leonard sobre trabalhadores de fábricas de automóveis que tentam escapar de sua rotina socioeconômica através do roubo e da chantagem. No mesmo ano, escreveu e dirigiu o filme autobiográfico Hardcore: No Submundo do Sexo, que foi exibido no Festival de Berlim. Depois realizou Gigolô Americano, com Richard Gere no elenco, e o terror A Marca da Pantera, ambos indicados ao Globo de Ouro.

Com o drama biográfico Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos, sobre o escritor japonês Yukio Mishima, foi premiado no Festival de Cannes, em 1985; o filme teve produção executiva de Francis Ford Coppola e George Lucas. Ainda na década de 1990, dirigiu Uma Estranha Passagem em Veneza e O Dono da Noite, exibido em Berlim. Com Temporada de Caça, foi aclamado pela crítica; o filme foi indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator para Nick Nolte e melhor ator coadjuvante para James Coburn.

Em 2019, Schrader foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original pelo suspense dramático Fé Corrompida, no original First Reformed, estrelado por Ethan Hawke e Amanda Seyfried, que foi exibido no Festival de Veneza em 2017 e aclamado pela crítica. Com o drama policial The Card Counter, protagonizado por Oscar Isaac e Tiffany Haddish, também passou por Veneza, em 2021.

Foto: Divulgação/Getty Images Europe.

Inscrições abertas para o 13º Festival de Cinema de Triunfo

por: Cinevitor
Noite de encerramento da 12ª edição, que aconteceu em 2019.

O Festival de Cinema de Triunfo acontece desde 2008, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, com exibições de filmes no Cineteatro Guarany, além de diversas atividades paralelas, como debates, oficinas, seminários e encontros.

A 13ª edição, que será realizada entre os dias 15 e 28 de agosto, está com inscrições (gratuitas) abertas para as mostras competitivas pela plataforma do Mapa Cultural de Pernambuco até às 23h59 do dia 14/05; clique aqui. O edital lançado visa selecionar filmes brasileiros e pernambucanos de longa e curta-metragem.

Poderão ser inscritos títulos que tenham sido finalizados entre janeiro de 2020 e os meses vigentes de 2022, nos gêneros: ficção, documentário e animação, realizados em qualquer formato, desde que possuam cópia de exibição em formato digital (FullHD). Serão aceitos longas-metragens de 70 até 150 minutos de duração; e curtas-metragens de até 25 minutos. Para mais informações sobre o edital, clique aqui.

Ao longo dos anos, nomes como Jomard Muniz de Britto, Nelson Triunfo, Fernando Spencer, Fernando Monteiro, Maeve Jinkings, Ilva Niño, João Miguel, Kleber Mendonça Filho e Lívia Falcão já foram homenageados no evento, que é realizado pelo Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Prefeitura Municipal de Triunfo

Além das exibições de curtas e longas-metragens, a programação também estimula o debate com a presença de realizadores e espectadores, que refletem sobre o papel do cinema na construção da cidadania, nas mudanças sociais e no crescimento do país. O festival também promove ações de formação voltadas para o público local com a realização de oficinas cinematográficas e com a instituição, em todas as edições, do Júri Popular do festival, onde todos os integrantes recebem formação crítica do olhar para avaliar as produções audiovisuais em competição no festival.

A última edição do Festival de Cinema de Triunfo aconteceu em agosto de 2019 e filmes como Madrigal para um Poeta Vivo, de Adriana Barbosa e Bruno Melo Castanho; Guaxuma, de Nara Normande; NEGRUM3, de Diego Paulino; e Desyrrê, da Oficina Documentando, foram premiados.

Foto: Jan Ribeiro/Secult PE – Fundarpe.

Festival de Annecy 2022: produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Animação brasileira na programação.

Criado em 1960, o Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy é considerado o maior e mais importante do setor no mundo. Todos os anos, o evento apresenta diversas animações, destacando o dinamismo e a riqueza criativa que este gênero representa.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com duas produções, entre elas, o longa Perlimps, de Alê Abreu, cineasta indicado ao Oscar por O Menino e o Mundo, que será exibido fora de competição na mostra Événements Excepcionelles.

Com as vozes principais de Lorenzo Tarantelli, Giulia Benite e Stênio Garcia, a animação mostra a jornada de aventura e fantasia de Claé e Bruô, agentes secretos de reinos rivais. A dupla precisa superar suas diferenças e unir forças para encontrar os Perlimps, criaturas misteriosas capazes de encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra. A trilha musical do filme é assinada por André Hosoi e o desenho de som pelo grupo musical O Grivo.

“A estreia em Annecy era parte de nossos planos sonhadores. Estou muito entusiasmado por ter uma première mundial neste grande festival, que é uma referência para o cinema de animação”, afirma Alê Abreu, que já foi premiado no festival em 2014 na categoria de melhor longa-metragem na categoria Cristal pelo Júri Oficial e pelo público com O Menino e o Mundo.

Perlimps é produzido por Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, que também já foi premiado em Annecy com o filme Uma História de Amor e Fúria, e Ernesto Soto Canny junto à Buriti Filmes. Sony Pictures, Globo Filmes e Gloob assinam a coprodução. O filme será lançado no Brasil como uma codistribução entre Vitrine Filmes e Sony Pictures.

Outra produção brasileira que se destaca na programação é a vinheta Cultura da Diversidade Presente da 29ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, dirigida por Fabio Acorsi e Luiz Evandro, que aparece em competição na mostra Films de commande.

Organizado pela Association d’International du Film d’Animation, o festival, além dos filmes, apresenta diversas atividades paralelas, entre elas, o Mifa Campus International, que aconteceu em três países: Brasil, Israel e Nigéria. Cada workshop foi realizado de forma remota ou presencial e auxiliou profissionais locais em sua abordagem artística ou em seu desejo de se especializar na indústria da animação.

No Brasil, cinco projetos foram assessorados pelos especialistas Fabienne Gambrelle, Marc Dramhi e Eloa Sahiry entre os dias 24 de janeiro e 3 de fevereiro: o longa A Marcha dos Girassóis, de Rafael Assunção; as séries SOS Planeta Água, de Gabriela Carlotti, e Flora, de Paulo Muppet; e os longas Nihonjin, de Celia Catunda, e Rosie & Bear, de Fernando Macedo.

Além disso, o cineasta brasileiro Cesar Cabral, que foi premiado na edição passada com Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, fará parte do júri da mostra TV and Commissioned Films. O Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy 2022 acontecerá entre os dias 13 e 18 de junho

Foto: Divulgação.

Reabertura da Cinemateca Brasileira terá mostra dedicada a José Mojica Marins, o Zé do Caixão

por: Cinevitor
Eugenio Puppo, um dos diretores de A Última Praga de Mojica, com o icônico Zé do Caixão.

Depois de um longo período de interrupção, a Cinemateca Brasileira, instituição responsável pela preservação e difusão do maior acervo audiovisual do país, reabrirá as portas para o público nos dias nos dias 13, 14 e 15 de maio com uma mostra especial dedicada a José Mojica Marins, o Zé do Caixão.

No primeiro dia do evento, serão exibidos o média-metragem A Praga (1980), restaurado, editado e finalizado pelo produtor Eugenio Puppo, da Heco Produções, que descobriu as latas do filme perdidas no escritório do cineasta, em 2007; e o curta-metragem A Última Praga de Mojica (2021), dirigido por Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira, que narra esse processo.

A Praga foi quase todo filmado em super-8, em 1980, mas permaneceu inacabado por mais de 20 anos por falta de recursos. Puppo juntou os originais, filmou cenas adicionais, incluindo o retorno de Mojica como Zé do Caixão apresentando a história, dublou as falas através de leitura labial, inseriu efeitos visuais, editou e supervisionou o processo de pós-produção. Após a morte de Mojica, em fevereiro de 2020, Puppo finalizou o média-metragem que foi apresentado pela primeira vez em outubro do ano passado, no Festival de Cinema de Sitges, na Espanha, considerado um dos maiores eventos de horror do mundo.

Com Wanda Kosmo, Sílvia Gless e Felipe Von Rhine no elenco, o filme conta a história de Juvenal que, durante um passeio com sua esposa Marina, tira fotos de uma estranha senhora que revela ser uma bruxa e o amaldiçoa.

A programação da mostra O Cinema Sem Medo de Mojica segue com filmes pouco exibidos do mestre do terror brasileiro: A Encarnação do Demônio, que fecha a saga do personagem Zé do Caixão; Trilogia de Terror, filme em episódios que codirigiu com Ozualdo Candeias e Luís Sérgio Person; O Despertar da Besta, com seu terror psicodélico e olhar cínico sobre jogos de poder; e Exorcismo Negro, um pesadelo metalinguístico em que criador enfrenta sua criatura. Os ingressos para assistir aos filmes podem ser retirados gratuitamente na recepção da entidade, uma hora antes de cada sessão.

No sábado, 14 de maio, às 16h, vida e obra do cineasta serão discutidas em uma mesa com o biógrafo de Mojica, André Barcinski, e com dois dos realizadores de A Encarnação do Demônio, o cineasta, produtor e editor Paulo Sacramento e o roteirista e diretor Dennison Ramalho.

José Mojica Marins fez cinema sem medo. Sem medo das convenções de gênero, das limitações de orçamento, da censura da ditadura, sem medo das palavras perdidas da crítica. Seus filmes, viscerais, não se intimidam diante de experimentações de linguagem, das críticas sociopolíticas, do abjeto, do tosco, do primal. Por isso que Mojica é considerado o mestre do terror brasileiro.

Além da mostra O Cinema Sem Medo de Mojica, ainda em maio, entre os dias 25 e 28, a Cinemateca Brasileira volta a sediar a Semana ABC, evento anual aberto ao público, que desde 2002 apresenta ao mercado, estudantes e trabalhadores do audiovisual, novas tendências e novas tecnologias.

Neste ano, o evento, que volta a ser presencial, contará com exposição de equipamentos e serviços, painéis e mesas de debates com profissionais brasileiros e estrangeiros, que se destacam em direção de fotografia, som, direção de arte e montagem no meio cinematográfico mundial. A programação completa pode ser consultada no site da ABC: clique aqui.

Na reabertura da Cinemateca, o público encontrará novidades, decorrentes de homenagens. A partir de 12 de maio, a sala de projeção inaugurada em 1997 com o patrocínio da Petrobras passa a se chamar Sala Oscarito. A sala que estreou com o patrocínio do BNDES em 2007, é agora a Sala Grande Otelo. Já a sala onde se reúne regularmente o Conselho da Cinemateca foi honrada com o nome da consagrada escritora Lygia Fagundes Telles, que integrou a diretoria da instituição entre 1978 e 1986 e o seu conselho até 2013.

Confira a programação da mostra O Cinema Sem Medo de Mojica:

13/05: sexta-feira (área externa)
19h: Abertura
20h: A Última Praga de Mojica e A Praga

14/05: sábado (Sala Grande Otelo)
16h: Mesa com André Barcinski, Dennison Ramalho e Paulo Sacramento
18h: Encarnação do Demônio
20h: Trilogia de Terror

15/05: domingo (Sala Grande Otelo)
18h: O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos)
20h: Exorcismo Negro (100 min)

Foto: Divulgação/Heco Produções.

Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, com Danton Mello e Juliana Paes, ganha novo trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Danton Mello: protagonista em cena.

A Imagem Filmes divulgou nesta terça-feira, 03/05, o novo trailer de Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, filme estrelado por Danton Mello e Juliana Paes. Baseado em fatos reais, o longa tem estreia marcada nos cinemas para o dia 1º de setembro.

Predestinado conta a história de José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, um médium brasileiro que entre as décadas de 1950 e 1970 se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. Através do espírito de Dr. Fritz, um médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, Arigó passou a tratar milhares de pessoas por intermédio da cirurgia espiritual.

A trajetória do médium, no entanto, é marcada por crises interiores e críticas por parte dos mais céticos. Com o apoio de sua esposa, Arigó se tornou um dos maiores fenômenos mediúnicos da história, assim como figura marcada na Minas Gerais do século passado.

Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz marca a estreia de Gustavo Fernandez na direção de um longa-metragem. O cineasta, diretor de novelas como Avenida Brasil, é também membro da equipe de direção da nova versão de Pantanal, onde trabalha, inclusive, com Juliana Paes, que vive a esposa de Arigó no filme.

“Arlete era a esposa e prima de quarto grau de Arigó. Alguns anos mais velha que ele, ela era uma mulher forte, resoluta e que sempre foi um apoio para o marido. Para mim, foi um desafio, principalmente na segunda e na terceira fase do filme, revestir essa personagem que é tão diferente de mim, tão simples e com muito mais idade do que eu tenho, com um corpo e uma vivência que eu não tenho. Mas, por outro lado, foi muito libertador, pois pude me despir da vaidade, gravar cenas de cabelo branco, de óculos e com as marcas de expressão acentuadas. Foi bom não ter que ter o compromisso de estar bonita ou estar interessante, mas sim de simplesmente ser. E só ser é muito bom”, disse Juliana.

O filme conta também com Marcos Caruso, Alexandre Borges, Marco Ricca, Cássio Gabus Mendes, Matheus Fagundes, João Vitor Silva, João Signorelli e James Faulkner no elenco. O roteiro é assinado por Jaqueline Vargas, que utilizou como base o livro Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, do jornalista e escritor inglês John G. Fuller. O longa conta com produção da Moonshot Pictures, FJ Produções e The Calling Production e coprodução da Paramount Pictures e Camisa Listrada BH.

Confira o trailer de Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz:

Foto: André Cherri.

1º FALA São Chico: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
João Luiz de Santana no curta pernambucano Cabocolino.

A primeira edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul, o FALA São Chico, acontecerá entre os dias 25 e 28 de maio no Cine Teatro X de Novembro, em São Francisco do Sul, norte de Santa Catarina.

A Associação Cultural Panvision, que também realiza o FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul e o Curta Jacarehy, divulgou nesta terça-feira, 03/05, os filmes selecionados para o FALA São Chico. A seleção traz 26 documentários de sete países (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Emirados Árabes Unidos), com temas que destacam a cultura indígena, LGBTQIA+, negritude, representação e retratos.

Oito estados brasileiros marcam presença no festival. Santa Catarina lidera com a participação de seis filmes, sendo um deles produzido na cidade sede do evento: Nascentes do Saí, dirigido por Teno Broll. Cinco filmes são produções do estado de São Paulo, dois de Pernambuco, dois do Rio de Janeiro, e Bahia, Ceará, Distrito Federal e Espírito Santo possuem cada um o seu representante.

Os filmes exibidos participam de duas mostras competitivas: Infantojuvenil e Curtas, sendo que a última possui a subdivisão de Curtas Catarinenses e Curtas Latino-americanos: “Nós sempre buscamos a janela para os filmes feitos em nosso estado, por isso temos a Mostra Curtas Catarinense que está em competência com os filmes Latinos. Por ser a primeira edição, ficamos muito contentes de ter a presença de sete produções internacionais nas exibições”, destaca a diretora de programação, Marilha Naccari.

Os 26 documentários concorrem aos prêmios de melhor filme eleito pelo Júri Popular, que recebem o Troféu Panvision, e melhor filme pelo Júri Oficial nas categorias curta-metragem e infantojuvenil com prêmios que ultrapassam 25 mil reais em produtos e serviços das empresas DOT, Link Digital, Mistika, Navega e Naymovie, parceiras da Panvision.

A primeira edição do FALA São Chico ainda contará com uma Sessão Especial Meio Ambiente, com acessibilidade (audiodescrição, LSE e janela de Libras), exibindo quatro curtas convidados, além da exibição de um longa-metragem especial que será divulgado em breve. 

Conheça os filmes selecionados para o 1º Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul:

MOSTRA CURTAS | CATARINENSES

Cores da Penha, de Jonatan Gentil (Penha)
E aí, campeão?, de Kristel K (Itajaí)
Enio Griebler – Quase Transparente, de Germano Denardi (Chapecó)
Epoché, de Amanda Sant’Anna (Florianópolis)
Mais pro Meio, de Deiviane Velho (Caçador/Florianópolis/Porto União)
Nascentes do Saí, de Teno Broll (São Francisco do Sul)

MOSTRA CURTAS | LATINO-AMERICANOS

A La Sombra del Cumare, de Daniel Guillermo Vargas Pardo (Colômbia)
Amancer de Tambo, de Rodrigo Del Canto (Argentina)
Arena de Náufrago, de Jeilin Espinel (Venezuela/Emirados Árabes Unidos)
Benevolentes, de Thiago Nunes (Brasil, DF)
Bestiário Invisível, de Tati Rabelo e Rod Linhales (Brasil, ES)
Cabocolino, de João Marcelo (Brasil, PE)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (Brasil, PE)
La Búsqueda, de Jesús Palacio Flórez (Colômbia)
Levante Pela Terra – Pelo direito à vida e ao território dos povos indígenas, de Ana Pessoa (Brasil, DF)
Mãe Solo, de Camila de Moraes (Brasil, BA)
Nania 1988, de Diana Orduna (Equador)
O Cinema está Servido, de Leila Xavier e Stefano Motta (Brasil, RJ)
O Crime da Penha, de Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella (Brasil, SP)
O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (Brasil, SP)
Pegadas, de Manu Sobral (Brasil, SP)
Saindo com Estranho da Internet, de Eduardo Wahrhaftig (Brasil, SP)
SilencioVozRuido, de Gonzalo Lugon (Peru)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

Aryane, de Ludmila Curi (Brasil, RJ)
O Karaokê de Isadora, de Thiago B. Mendonça (Brasil, SP)
Somos Tierra, de Lala Corredor (Colômbia)

SESSÃO ESPECIAL MEIO AMBIENTE 

Assum Preto, de Bako Machado (PE)
Olho Além do Ouvido, de Bruna Schelb Corrêa e Luis Bocchino (MG)
Por Dentro das Árvores, de Francisco de Paula (SP)
Teo, O Menino Azul, de Hygor Amorim (SP)

Foto: Marlom Meirelles.

Olhar de Cinema 2022 anuncia filmes de abertura, encerramento e mostra Foco dedicada ao cineasta Kiro Russo

por: Cinevitor
Cena do filme O Grande Movimento, do boliviano Kiro Russo.

A 11ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá em formato híbrido entre os dias e 9 de junho, anunciou novos títulos na programação, além do homenageado na mostra Foco, parte do festival que destaca cineastas que merecem ser descobertos pelo público brasileiro.

As sessões de abertura e encerramento privilegiam obras contemporâneas nacionais. O filme de abertura será Vai e Vem, dirigido por Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, no qual duas amigas, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos, trocam cartas fílmicas durante o primeiro ano de pandemia.

Dirigido por Telmo Carvalho, Todo Mundo Já Foi pra Marte será o longa de encerramento da 11ª edição do Olhar de Cinema, propondo não só uma viagem, em formato de animação, por sensações e experiências pessoais com a pandemia, mas imaginando e sonhando outras possibilidades de mundo em um fluxo de cores, formas e desejos.

O nome deste ano da mostra Foco é o diretor boliviano Kiro Russo. Um dos expoentes do cinema contemporâneo boliviano, o cineasta nasceu em La Paz, em 1984, e produziu e dirigiu até aqui dois longas e quatro curtas-metragens, exibidos em diversos festivais internacionais. Neste conjunto enxuto de filmes, mas já bastante consistente, Russo tem apresentado um estilo atento à observação dos movimentos urbanos e rurais na Bolívia, mesclando a cosmologia indígena ao acelerado ritmo da urbanização no país. 

Seu trabalho caminha nas fronteiras entre o documentário e a ficção com impressionante precisão, domínio e rigor formal, marcado por parcerias criativas com as comunidades e os sujeitos registrados. Focada nessa trajetória que a programação do Olhar de Cinema dedica os três programas da Mostra Foco deste ano, destacando os curtas-metragens Enterprisse (2011), Juku (2012), A besta (La bestia) (2015) e Nova vida (Nueva vida) (2015), dirigidos por Russo, junto com Despedida, realizado por Pablo Paniagua, diretor de fotografia de todos os filmes do diretor.

Completam a programação os dois longas do diretor: o aclamado Velho Caveira (Viejo calavera), de 2016, premiado no Festival de Locarno, IndieLisboa e Cartagena; e O Grande Movimento (El gran movimiento), que foi o representante da Bolívia no Oscar 2022 e ganhou o Prêmio Especial do Júri na mostra Orizzonti do Festival de Veneza, em 2021, que terá sua estreia no Brasil nesta 11ª edição do Olhar de Cinema.

*Clique aqui e conheça os selecionados da mostra Exibições Especiais, aqui para conhecer os primeiros longas selecionados e aqui para conhecer os primeiros curtas.

Foto: Divulgação.

Dirigido por Olivia Wilde, Não se Preocupe, Querida, com Florence Pugh e Harry Styles, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
Harry Styles e Florence Pugh em cena.

Warner Bros. Pictures divulgou nesta segunda-feira, 02/05, o primeiro trailer oficial de Não se Preocupe, Querida, no original Don’t Worry Darling, suspense estrelado por Florence Pugh e Harry Styles. O longa está programado para chegar em setembro no Brasil, somente nos cinemas.

Na trama, Alice e Jack vivem na comunidade planejada de Victory, uma cidade experimental que abriga os trabalhadores do ultrassecreto Projeto Victory e suas famílias. Vista como uma utopia no deserto na década de 1950, a cidade é fundamentada pelo otimismo social defendido por Frank, interpretado por Chris Pine, visionário coach da vida corporativa e pessoal e CEO da empresa.

Enquanto os maridos passam o dia todo na sede do Projeto Victory, trabalhando no desenvolvimento de materiais de tecnologia de ponta, suas esposas passam tempo usufruindo da beleza, luxo e libertinagem da comunidade utópica. Todos os moradores levam uma vida perfeita e têm suas necessidades atendidas pela empresa, a qual pede uma coisa em troca: a discrição e compromisso incondicional com o Projeto Victory.

No entanto, a vida perfeita de Victory começa a se mostrar como a fachada de algo muito mais sinistro na medida em que Alice começa a se questionar sobre o que é feito no Projeto, e por quê. A personagem, então, se vê em um dilema: vale a pena perder tudo para expor o que acontece em um paraíso planejado?

Não se Preocupe, Querida é o segundo longa-metragem dirigido por Olivia Wilde. A atriz, conhecida por papéis em Tron: O Legado e Renascida do Inferno, fez sua estreia na direção de um longa-metragem em 2019, com a premiada comédia Fora de Série.

Além de Harry Styles, cantor que estreou nas telonas em Dunkirk, e Florence Pugh, atriz conhecida por Lady Macbeth e Adoráveis Mulheres, o filme também conta com Gemma Chan, Olivia Wilde, Nick Kroll, Douglas Smith, Timothy Simons, Dita Von Teese, entre outros, no elenco. Katie Silberman, Carey Van Dyke e Shane Van Dyke assinam o roteiro.

Confira o trailer de Não se Preocupe, Querida:

Foto: Divulgação.

Cannes Classics 2022: Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, será exibido em cópia restaurada

por: Cinevitor
Clássico: uma das principais obras do cinema brasileiro.

Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas.

Neste ano, em sua 19ª edição, o cinema brasileiro marca presença com o clássico Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, que disputou a Palma de Ouro no festival em 1964. Na trama, o vaqueiro Manuel (Geraldo del Rey) e sua esposa Rosa (Yoná Magalhães) fogem para o sertão depois que ele mata um coronel que tenta enganá-lo. No ermo brasileiro, violento e assolado pela seca, eles encontram duas figuras icônicas: Sebastião (Lidio Silva), que se diz divino, e Corisco (Othon Bastos), que se descreve como demoníaco. Amarrar seus destinos com essas figuras é uma decisão trágica, no entanto, pois o mercenário Antonio das Mortes (Maurício do Valle) está em seu encalço.

Em 2019, após anos de um mergulho profundo na história do cinema brasileiro, o produtor Lino Meireles se uniu à diretora Paloma Rocha, filha de Glauber, para restaurar Deus e o Diabo na Terra do Sol, uma das principais obras do cinema brasileiro, em versão 4K. O projeto foi finalizado em 2022, mais de 40 anos depois da morte do realizador baiano.

“É um ciclo completo para a nossa restauração, onde o filme será reexibido pela primeira vez no mesmo local em que estreou. Que seja um novo chamado de resistência cultural”, afirmou o produtor Lino Meireles, diretor do premiado longa-metragem Candango: Memórias do Festival. Paloma Rocha, que exibiu em Cannes o documentário Antena da Raça, codirigido por Luís Abramo, também comentou: “Num país com a cultura tão depreciada, com a produção artística sofrendo ataques, fizemos um esforço de contracorrente. Isso só é possível porque o filme tem a força própria dele”.

A escolha pela obra foi feita não apenas por sua importância para a cultura nacional, mas pelo fato de sua última versão digitalizada ter sido feita em 2002, com qualidade inferior à atual. O novo restauro foi realizado na Cinecolor, empresa parceira da Cinemateca Brasileira, onde estava armazenada a cópia em película; cinco latas de negativos 35mm em perfeitas condições. Apesar disso, parte da obra de Glauber foi perdida no incêndio que atingiu um dos galpões da Cinemateca, em São Paulo, em julho de 2021.

Segundo longa de Glauber Rocha, considerado um marco do Cinema Novo, Deus e o Diabo na Terra do Sol foi lançado nos cinemas brasileiros em julho de 1964, logo depois da exibição em Cannes, e mescla influências literárias de Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Os Sertões, de Euclides da Cunha. O legado do diretor inclui longas-metragens como Terra em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e Di Cavalcanti, premiados em Cannes; e também Barravento, O Leão de Sete Cabeças, entre outros.

Para esta edição, a abertura do programa Cannes Classics será com o francês A Mãe e a Puta, de Jean Eustache, que recebeu o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio FIPRESCI no festival, em 1973. A seleção traz também o clássico Cantando na Chuva, que faz parte da celebração de 70 anos do musical, entre outros títulos consagrados.

O festival também divulgou os filmes selecionados para a mostra Documentários 2022, com produções inéditas, e um destaque para a cinematografia da Índia, o País de Honra desta edição. E mais: a programação exibirá dois títulos que celebram o trabalho cinematográfico do Comitê Olímpico Internacional.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2022:

CANNES CLASSICS

A Mãe e a Puta ( La maman et la putain), de Jean Eustache (França) (1973)
As Pequenas Margaridas (Sedmikrásky), de Vera Chytilová (República Checa) (1966)
Cantando na Chuva, de Gene Kelly e Stanley Donen (EUA) (1952)
Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha (Brasil) (1964)
Itim, de Mike De Leon (Filipinas) (1976)
O Processo (Le procès), de Orson Welles (França/Alemanha/Itália) (1962)
O Último Concerto de Rock (The Last Waltz), de Martin Scorsese (EUA) (1978)
Pinga Fogo (Poil de Carotte), de Julien Duvivier (França) (1932)
Pratidwandi, de Satyajit Ray (Índia) (1970)
Si j’étais un espion, de Bertrand Blier (França) (1967)
Thampu, de Aravindan Govindan (Índia) (1978)
Vítimas da Tormenta (Sciuscià), de Vittorio De Sica (Itália) (1946)
Viva a Morte (Viva la muerte), de Fernando Arrabal (França/Tunísia) (1971)

DOCUMENTÁRIOS

Gérard Philipe, le dernier hiver du Cid, de Patrick Jeudy (França)
Hommage d’une fille à son père, de Fatou Cissé (Mali)
Jane Campion, Cinema Woman, de Julie Bertuccelli (França)
L’Ombre de Goya par Jean-Claude Carrière, de José Luis Lopez-Linares (França/Espanha/Portugal)
Patrick Dewaere, mon héros, de Alexandre Moix (França)
Romy, A Free Woman, de Lucie Cariès (França)
The Last Movie Stars, de Ethan Hawke (episódios 3 e 4) (EUA)
Tres en la deriva del acto creativo, de Fernando Solanas (Argentina)

ESPECIAL | COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL

Official Film of the Olympic Games Tokyo 2020 Side A, de Naomi Kawase
Visions of Eight, de Miloš Forman, Youri Ozerov, Claude Lelouch, Mai Zetterling, Michael Pfleghar, Kon Ichikawa, Arthur Penn e John Schlesinger

Foto: Divulgação.

Prêmio Platino 2022: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
O escritor, xamã e líder político Davi Kopenawa Yanomami em A Última Floresta.

Foram revelados neste domingo, 01/05, os vencedores do 9º Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

A cerimônia, que aconteceu presencialmente em Madri, no IFEMA Palacio Municipal, foi apresentada por Lali Espósito e Miguel Ángel Muñoz e transmitida pelo Canal Brasil. A atriz espanhola Carmen Maura, conhecida pelas atuações nos filmes do cineasta Pedro Almodóvar, foi homenageada com o Premio Platino de Honor pelo conjunto da obra.

Neste ano, o cinema brasileiro, que estava indicado com diversos títulos, foi premiado nas seguintes categorias: melhor documentário para A Última Floresta, de Luiz Bolognesi; e melhor edição para 7 Prisioneiros, por Germano de Oliveira. O drama Karnawal, de Juan Pablo Félix, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Chile, México, Bolívia e Noruega, também foi premiado.

O produtor Caio Gullane e o fotógrafo Pedro J. Márquez, de A Última Floresta, subiram ao palco para representar o filme no discurso de agradecimento: “Este é um filme brasileiro e Yanomani. Temos muito que aprender com eles. No Brasil, por muitos anos e ainda hoje, os índios Yanomani são ameaçados todos os dias. Temos que parar com isso!”, disse Caio, da Gullane Entretenimento.

Germano de Oliveira, premiado pela edição de 7 Prisioneiros, também subiu ao palco: “Eu gostaria de agradecer por esse prêmio tão importante. Eu não esperava! Dedico à toda equipe do filme, aos produtores e produtoras. E ao diretor Alexandre Moratto, que fez esse filme tão importante. Muito obrigado!”.

A comédia El buen patrón, de Fernando León de Aranoa e protagonizada por Javier Bardem, que liderava a lista com onze indicações, foi consagrada em quatro categorias, entre elas, melhor filme ibero-americano de ficção.

Conheça os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2022:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
El buen patrón, de Fernando León de Aranoa (Espanha)

MELHOR DIREÇÃO
Fernando León de Aranoa, por El buen patrón

MELHOR ROTEIRO
El buen patrón, escrito por Fernando León de Aranoa

MELHOR ATRIZ
Blanca Portillo, por Maixabel

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Aitana Sánchez-Gijón, por Mães Paralelas

MELHOR ATOR
Javier Bardem, por El buen patrón

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Alfredo Castro, por Karnawal

MELHOR FILME DE ESTREIA IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO
Karnawal, de Juan Pablo Félix (Argentina/Brasil/Chile/México/Bolívia/Noruega)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Ainbo: A Menina da Amazônia, de Richard Claus e Jose Zelada (Peru)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi (Brasil)

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Mães Paralelas, por Alberto Iglesias

MELHOR EDIÇÃO
7 Prisioneiros, por Germano de Oliveira

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Mães Paralelas, por Antxón Gómez

MELHOR FOTOGRAFIA
Mediterráneo, por Kiko de la Rica

MELHOR SOM
Memoria, por Akritchalerm Kalayanamitr

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
Los Lobos, de Samuel Kishi (México)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Vosso Reino (Argentina) (Netflix)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Javier Cámara, por Venga Juan

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Daniela Ramírez, por Isabel

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Joaquín Furriel, por Vosso Reino

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Najwa Nimri, por La casa de papel

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Marcelo Piñeyro e Claudia Piñeiro, por Vosso Reino

Foto: Pedro J. Márquez.

FESTCiMM 2022: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta amazonense Cem Pilum – A História do Dilúvio, de Thiago Morais.

A quarta edição do FESTCiMM, Festival de Cinema no Meio do Mundo, celebrará os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 e sua repercussão no cinema, além do enfoque modernista na sétima arte. O evento tem caráter independente, cultural e educacional com filmes nacionais e internacionais.

O festival, que será realizado em formato híbrido e gratuito, apresenta olhares dos inúmeros meios e mundos espalhados pelo planeta; são filmes de diferentes países, estados e cidades. A programação traz reflexões e trocas entre realizadores, fomentando o cenário do audiovisual brasileiro e colocando o público em contato com obras de diversos países e estados brasileiros.

Neste ano, foram 568 títulos inscritos, de 26 países. A curadoria foi formada por: Gustavo Maan, com assistência de Victória Bianchi Okubo, na Mostra Brasil; Igor Nóbrega na Mostra Animação; Caio Luiz na Mostra No Meio da Noite; Clarissa Kuschnir na Mostra de longas-metragens; e Oliver Stiller na Mostra Internacional, que será anunciada em breve.

A quarta edição acontecerá na Paraíba nas seguintes cidades: João Pessoa, entre os dias 24 e 26 de maio; Princesa Isabel, entre os dias 3 e 5 de junho; Areia, entre os dias 10 e 12 de junho; Cabaceiras, entre os dias 17 e 19 de junho; e Ouro Velho, entre os dias 8 e 10 de julho. Em agosto, a itinerância segue para Garanhuns, Pernambuco.

Para celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, o FESTCiMM Edição Paraíba/Pernambuco 2022, apresentará uma grade de filmes relacionados à modernidade do cinema nacional (Cinema Novo) e uma programação educativa voltada para reflexão desta modernidade no fórum Cinema e Outras Artes: A Revolução Modernista no Cinema Nacional. Além disso, o ator Fernando Teixeira e a atriz Zezita Matos serão os grandes homenageados.

Conheça os filmes selecionados FESTCiMM 2022:

MOSTRA BRASIL

SESSÃO I: PÁTRIA-DELÍRIO, BRASIL

Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Castelo da Xelita, de Lara Ovídio (RN/RJ)
Centelha, de Renato Vallone (AC)
Hawalari, de Cássio Domingos (GO)
Os Pilotos do Plano, de Bruna Lessa (SP)

SESSÃO II: NA ENCRUZILHADA DA CIDADE

Desejo e Necessidade, de Milso Roberto (PB)
Estas Lápides Onde Habitamos, de Ana Machado e Vitor Artese (SP)
Planta Baixa, de Clara Martins Hermeto (SP)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (RJ)

SESSÃO III: EXAGERO, DESEJO E EXTRAVÂNCIA

Augusta e Antonico, de Cesar Felipe Pereira (PR)
Azul Piscina, de Pedro Fagim (RJ)
Endless Love, de Duda Gambogi (RJ)
Graves e Agudos em Construção, de Walter Fernandes Bouças Junior (AM)

SESSÃO IV: ENCONTROS NO MUNDO DE FORA

Adeus, Carnaval de Olinda, de Igor Pimentel e Rosielle Machado (PE)
Belos Carnavais, de Thiago B. Mendonça (SP)
Da Boca da Noite À Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE)
Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (CE)
Transetropical, de João Ricardo Paulino (RN)

MOSTRA ANIMAÇÃO

A Menina e o Velho, de Luciano Fusinato (SC)
A Raiz de um, de Pedro Henrique Lima (PE)
Apague Quando Sair, de Lucas M. Gonçalves e Allan Reis (RJ)
Aqueles que Estamos Esquecendo, de R.B. Lima e Rebeca Linhares (PB)
As Moscas, de Wagner Tristão (BA)
Aurora: A Rua que Queria Ser um Rio, de Rodhi Meron (SP)
Ausência, de Alexia Araújo (SC)
Cem Pilum – A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM)
Cuna, de Gabi Etinger e Camila Campos (SE)
Despertar Invisível, de Luciano Mello (SP)
Dois Peixinhos, de Gabi Etinger (SE)
É Tudo Culpa Minha, de Mila Milanesa (RJ)
Flor no Quintal, de Mercicleide Ramos (PB)
Lucy Solta os Bichos, de Sérgio Martinelli e Billy Fernandes (SP)
Negativo, de Larissa Lisboa (AL)
O Sinistro Caso dos Irmãos Gêmeos, de Thais Oliveira e Bárbara Almeida (GO)
Parem Aquele Pinheiro, de Felipe Goulart (RJ)
Saindo com Estranhos da Internet, de Eduardo Wahrhaftig (SP)
Seriam os Deuses Afronautas, de Rogério Farandóla (RS)
Tapajós: Uma Breve História da Transformação de um Rio, de Alan Schvarsberg e Cícero Fraga (DF/PA)
Um Conto Indígena, de Rodrigo Soares Chaves (MG)

MOSTRA NO MEIO DA NOITE

A Voz, de Jessika Goulart (RJ)
Abjetas 288, de Júlia da Costa e Renata Mourão (SE)
Airão Velho, Sayonara, de Sandro Vilanova (DF)
Duda, de Carolina Lobo (SP)
Frankenstein, de Ronan Vaz (MG)
Macho Carne, de George Pedrosa (MA)
O Túnel, de Claudia Bortolato e Mauro Guari (SP)
Pilar de Fogo, de Caio Frankiu (PR)
Presente Maravilha, de Jeã Santos (RJ)
Tic Tac, de Luara Moraes Leão (GO)

MOSTRA LONGA-METRAGEM | FICÇÃO

Achados Não Procurados, de Fabi Penna (SC)
Álbum em Família, de Daniel Belmonte (RJ)
Bia Mais Um, de Wellington Sari (PR)
King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (Brasil/Bolívia/Paraguai)

MOSTRA LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO

Lula Lá: De Fora para Dentro, de Mariana Vitarelli Alessi (RJ)
Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP)
Ozu Piroclástico, de Well Darwin (SP)
Toada para José Siqueira, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques (PB)

FESTCIMM EM CARTAZ | LONGAS (fora de competição)

Estamos te Esperando em Casa, de Cecília da Fonte e Marcelo Pedroso (PE)
Serraquéos, de Rodrigo Campos (SP)
Trem do Soul, de Clementino Júnior (RJ)
Trilha dos Ratos – A Fuga Nazista para as Américas, de Marcelo Felipe Sampaio (SP)

FESTCIMM EM CARTAZ | CURTAS (fora de competição): em breve
MOSTRA INTERNACIONAL: em breve

Foto: Feliciano Lana.