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Conheça os vencedores do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

por: Cinevitor
O cineasta Bruno Jorge, de A Invenção do Outro: premiado

Foram anunciados neste domingo, 20/11, no Cine Brasília, os vencedores da 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ficou marcada por ter premiado um grande número de filmes que debatem identidades não-hegemônicas; o protagonismo do audiovisual preto e periférico brasileiro e um olhar atento às narrativas originárias deram o tom dos títulos consagrados.

O Júri Oficial de longas, formado por Juliano Gomes, Sérgio de Carvalho, Ana Flavia Cavalcanti, Anna Muylaert e Alice Lanari, premiou A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, como melhor filme. A obra acompanha a expedição humanitária na Amazônia em busca da etnia isolada dos Korubos, promovida pelo indigenista Bruno Pereira, assassinado ao lado do jornalista britânico Dom Phillips em junho de 2022, durante viagem pelo extremo Oeste do Amazonas. A produção levou também o Troféu Candango de melhor fotografia, edição de som e montagem.

Uma coprodução internacional Ceilândia-Lisboa, Mato Seco em Chamas levou sete Candangos, entre eles, melhor direção para Adirley Queirós e Joana Pimenta. A obra distópica explora os impactos da presença de movimentos extremistas em ambientes de periferia. Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo, levou o Prêmio Especial do Júri e cativou o Júri Popular; o filme trata da implementação da política de cotas raciais em universidades brasileiras a partir da experiência pioneira da UnB. Carlos Francisco, consagrado em Marte Um e Bacurau, ganhou seu primeiro Candango de melhor ator por Canção ao Longe, de Clarissa Campolina.

Entre os curtas, o protagonismo de narrativas negras se repetiu num resultado, escolhido pelo júri formado por Carol Almeida, Camilla Shinoda, Ulisses Arthur, Mariana Jaspe e Dandara Ferreira, que premiou Escasso, do coletivo carioca Encruza (Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles) como melhor curta. A dupla levou, também, o prêmio de melhor direção e Clara Anastácia foi consagrada como melhor atriz. O filme se estrutura como falso documentário a narrar os anseios de uma passeadora profissional de pets em busca da casa própria.

Calunga Maior, produção paraibana de Thiago Costa, foi outro grande vencedor do Festival de Brasília, reconhecido por prêmios oficiais e especiais. O filme se inspira na cultura bantu para abordar relacionamentos afetivos e memórias da diáspora africana e levou os Candangos de melhor trilha sonora e de melhor montagem, assinada por Edson Lemos Akatoy, laureado também pela montagem de Nem o mar tem tanta água, de Mayara Valentim. Além desses, foi lembrado por prêmios especiais.

A noite de premiações da Mostra Brasília sagrou campeão o diretor José Eduardo Belmonte. Pelo 24º Troféu Câmara Legislativa, o diretor paulista-brasiliense levou o maior prêmio em dinheiro da noite: 100 mil reais pelo melhor longa-metragem na categoria de Júri Oficial por O Pastor e o Guerrilheiro. O júri da Mostra Brasília foi formado por Andréa Glória, Edileuza Penha de Souza e João Paulo Procópio.

Em cerimônia apresentada pelas atrizes Bárbara Colen e Dandara Pagu, as premiações foram precedidas das exibições do documentário Diálogos com Ruth de Souza, que registra conversas da diretora Juliana Vicente com a atriz que inaugura a existência de atrizes negras nos palcos, TV e cinema brasileiros; e do curta-metragem inédito de Anna Muylaert, O Nosso Pai, que traz à cena três irmãs vividas pelas célebres atrizes Grace Passô, Camila Márdila e Dandara Pagu.

Em 2022, Brasília voltou a pavimentar novos caminhos para o cinema brasileiro e pautar discussões de linguagem, estéticas e de políticas públicas para o audiovisual brasileiro. Sob a direção artística de Sara Rocha, a volta à sala do Cine Brasília após duas edições virtuais comprovou o anseio das mais de 15 mil pessoas que passaram pelo festival, lotando todas as sessões das mostras Competitiva Nacional e Brasília. Foi a prova de que o festival, embora tradicional, mostra-se renovado, dada a ampla adesão da juventude do DF à programação.

A comissão de seleção de longas foi composta por André Dib, Erly Vieira Jr., Rafaella Rezende e Janaina Oliveira. Já os curtas foram selecionados por Adriano Garrett, Bethania Maia, Camila Macedo, Flavia Candida, Julia Katharine e Pedro Azevedo. A comissão de seleção dos filmes da Mostra Brasília contou com Sidiny Diniz, Allyson Xavier, Simônia Queiroz, Péterson Paim e Sérgio Moriconi.

Em 2022, o Prêmio Zózimo Bulbul, concedido em parceria com a Apan, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro, e o Centro Afrocarioca de Cinema, teve júri formado por Adriana Gomes, Paula Dias e Vitor José. O Prêmio Marco Antônio Guimarães, concedido pelo CPCB, Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, elege o filme que melhor utiliza material de memória, pesquisa e arquivos do cinema brasileiro. O Troféu Saruê, do Correio Braziliense, foi concedido à memória do indigenista Bruno Pereira, documentado em A Invenção do Outro, de Bruno Jorge.

Confira a lista completa com os vencedores do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (SP/AM)
Melhor Filme | Júri Popular: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)
Melhor Direção: Adirley Queirós e Joana Pimenta, por Mato Seco em Chamas
Melhor Roteiro: Mato Seco em Chamas, escrito por Adirley Queirós e Joana Pimenta
Melhor Atriz: Lea Alves e Joana Darc, por Mato Seco em Chamas
Melhor Ator: Carlos Francisco, por Canção ao Longe
Melhor Atriz Coadjuvante: Andreia Vieira, por Mato Seco em Chamas
Melhor Ator Coadjuvante: para o coro de motoqueiros de Mato Seco em Chamas
Melhor Fotografia: A Invenção do Outro, por Bruno Jorge
Melhor Direção de Arte: Mato Seco em Chamas, por Denise Vieira
Melhor Montagem: A Invenção do Outro, por Bruno Jorge
Melhor Trilha Sonora: Mato Seco em Chamas, por Muleka 100 Kalcinha
Melhor Edição de Som: A Invenção do Outro, por Bruno Palazzo e Bruno Jorge
Prêmio Especial do Júri: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ)
Melhor Filme | Júri Popular: Calunga Maior, de Thiago Costa (PB)
Melhor Direção: Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles, por Escasso
Melhor Roteiro: Lugar de Ladson, escrito por Rogério Borges
Melhor Atriz: Clara Anastácia, por Escasso
Melhor Ator: Giovanni Venturini, por Big Bang
Melhor Fotografia: Lugar de Ladson, por Yuji Kodato
Melhor Direção de Arte: Capuchinhos, por Joana Claude
Melhor Montagem: Calunga Maior e Nem o Mar Tem Tanta Água, por Edson Lemos
Melhor Trilha Sonora: Calunga Maior, por Podeserdesligado
Melhor Edição de Som: Lugar de Ladson, por Som de Black Maria (Isadora Maria Torres e Léo Bortolin)
Melhor Filme com Temática Afirmativa: Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)

MOSTRA BRASÍLIA | 24º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA | JÚRI OFICIAL

Melhor Longa: O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte
Melhor Curta: Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê
Melhor Direção: Thiago Foresti, por Manual da Pós-verdade
Melhor Roteiro: Virada de Jogo, escrito por Juliana Corso
Melhor Atriz: Issamar Meguerditchian, por Desamor
Melhor Ator: Wellington Abreu, por Manual da Pós-verdade
Melhor Fotografia: Manual da Pós-verdade, por Elder Miranda Jr.
Melhor Direção de Arte: Manual da Pós-verdade, por Nadine Diel
Melhor Montagem: Plutão não é tão longe daqui, por Augusto Borges, Nathalya Brum e Douglas Queiroz
Melhor Edição de Som: O Pastor e o Guerrilheiro, por Olivia Hernández
Melhor Trilha Sonora: Capitão Astúcia, por Sascha Kratzer
Menção Honrosa: Ivan Presença e Chiquinho da UnB, personagens do longa Profissão Livreiro
Menção Honrosa: Super-Heróis, de Rafael de Andrade

MOSTRA BRASÍLIA | 24º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA | JÚRI POPULAR

Melhor longa-metragem: Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo
Melhor curta-metragem: Desamor, de Herlon Kremer

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Abraccine (longa-metragem): Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
Prêmio Abraccine (curta-metragem): Calunga Maior, de Thiago Costa

Prêmio Zózimo Bulbul | Longa-metragem: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo
Prêmio Zózimo Bulbul | Curta-metragem: Calunga Maior, de Thiago Costa

Prêmio Marco Antônio Guimarães: Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP)
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira (RJ)
Troféu Saruê: à memória do indigenista Bruno Pereira, documentado em A Invenção do Outro

Foto: PC Cavera.

IV Transforma: conheça os vencedores do Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina

por: Cinevitor
Os vencedores da quarta edição

Foram anunciados neste domingo, 20/11, na Sala Gilberto Gerlach, no CIC, Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis, os vencedores da quarta edição do Transforma – Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina, principal mostra de cinema LGBTQIA+ do sul do país.

Em cerimônia apresentada pela drag queen Suzaninha e por Drica D’arc Meirelles, a solenidade entregou os prêmios Unicórnio de Ouro para os curtas-metragens vencedores da edição de 2022, eleitos pelo júri técnico e popular. Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet, e O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch, foram os grandes vencedores desta edição.

A IV Transforma reuniu 44 produções brasileiras em sua Mostra Competitiva, originárias de 16 estados e do Distrito Federal: “Outros títulos também tiveram o seu protagonismo sendo exibidos em mostras paralelas, fora do circuito competitivo. No total, foram 60 filmes apresentados e, para nós, que produzimos a Transforma, potencializar a exibição de tantas obras numa única edição é uma vitória e tanto, confirmando a ascensão do cinema LGBTQIA+ no Brasil. Para além disso, foi a edição com o maior número de espectadores acessando a sala de cinema, o que reforça a importância do evento para realizadores e público”, ressaltou Thomas Dadam, produtor executivo da mostra.

Conheça os vencedores do IV Transforma:

JÚRI TÉCNICO
Melhor Filme: Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (SP)
Melhor Documentário: O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch (RJ)
Melhor Direção: Érica Sarmet, por Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui
Melhor Atriz: Laís Lacerda, por Nem o Mar Tem Tanta Água
Melhor Ator: Firmino Brasil, por Time de Dois
Melhor Roteiro: O Pato, escrito por Fernando Domingos
Melhor Direção de Arte: Nem o Mar Tem Tanta Água, por Ana Moravi
Melhor Fotografia: Makumba, por Lourenço Diniz
Melhor Montagem: Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, por Bem Medeiros e Clarissa Ribeiro
Melhor Trilha Sonora: Makumba, por Wanderson Lopes
Melhor Desenho de Som: Nem o Mar Tem Tanta Água, por Daniel Moraes (Jack)

MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
Ficção: Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (SP)
Documentário: O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch (RJ)
Mostra 44: Paralelas, de Amira Massabki (PR)
Mostra Animaquer: Saindo com Estranhos da Internet, de Eduardo Wahrhaftig (SP)

PRÊMIO OLHAR TRANSFORMADOR
Ficção: Time de Dois, de André Santos (RN)
Documentário: As Canções de Amor de uma Bixa Velha, de André Sandino Costa (RJ)

PRÊMIO AFRONTE
Custódia, de Vinicius Sassine (DF)

PRÊMIO BAPHO CULTURAL
Paralelas, de Amira Massabki (PR)

PRÊMIO ADEH
O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch (RJ)

Foto: Divulgação.

Circuito Penedo de Cinema 2022: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Premiados em Penedo: curtas-metragens brasileiros

Foram anunciados neste domingo, 20/11, os vencedores da 12ª edição do Circuito Penedo de Cinema, que nasceu da junção de quatro consagrados eventos do cinema alagoano. Realizado em formato híbrido, o festival promoveu uma extensa e diversificada programação, totalmente gratuita, às margens do Rio São Francisco, na cidade histórica de Penedo, em Alagoas.

A cerimônia de encerramento, que aconteceu no Centro de Convenções Zeca Peixoto, foi apresentada por Chico de Assis e Julien Costa e, além dos prêmios, também foi marcada pela exibição de dois curtas-metragens realizados pela equipe do festival e do filme Cabeça Seca, de Marcelo Tingui, curta-metragem do Coletivo Audiovisual Tingui Filmes.

Outro momento importante da noite foi a entrega do Prêmio Amigos do Velho Chico para a atriz Isabel Teixeira, que recentemente se destacou com a personagem Maria Bruaca na novela Pantanal. A honraria destaca personalidades que, de alguma forma, se relacionam com o meio ambiente e que contribuem, por meio de seus trabalhos, pela preservação do Rio São Francisco: “Neste ano, eu tive a oportunidade de estar em duas regiões com água. Com cultura e água. E hoje eu passei o dia inteiro no Rio São Francisco e foi muito bonito. Foi lindo trazer minha filha aqui, viu, Flora? Eu queria muito que no mundo que você vai viver, a cultura de todo o país se converse em festivais como esse, de cinema, de literatura. Somos tão ricos! E que as águas corram fortes. Foi lindo estar aqui, obrigada”, disse Isabel em seu discurso.

Depois da premiação, foi exibido o premiado longa-metragem A Mãe, de Cristiano Burlan. O diretor participou de um debate com o público ao lado da protagonista Marcélia Cartaxo e do produtor Ivan Melo. A noite terminou na Praça 12 de Abril com apresentação das bandas Válvula Mitral e Mundo Livre S/A.

Uma novidade foi anunciada nesta edição: os vencedores do Júri Oficial das mostras Cinema Universitário e Velho Chico Ambiental receberam também um prêmio no valor de 8 mil reais; o escolhido pelo júri da mostra Festival do Cinema Brasileiro levou 10 mil; já os premiados pelo público receberam cinco mil reais cada um.

O júri deste ano foi formado por: Danny Barbosa, Isabel Texeira e Marcos Debrito na mostra Festival do Cinema Brasileiro; Cristiano Burlan, Francisco Gaspar e Heleno Campelo Neto na mostra Cinema Universitário; e Bertrand Lira, Claudio Sampaio e Kim Barão na mostra Velho Chico de Cinema Ambiental.

Conheça os vencedores do 12º Circuito Penedo de Cinema:

FESTIVAL DO CINEMA BRASILEIRO

Melhor Filme | Júri Popular: A Terra em que Pisar, de Fáuston da Silva (DF)
Melhor Filme | Júri Oficial: Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Menção Honrosa: Infantaria, de Laís Araújo (AL)

FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO

Melhor Filme | Júri Popular: O Rio de Cada Um, de Pedro Marchiori (RJ)
Melhor Filme | Júri Oficial: Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Menção Honrosa: Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)

MOSTRA VELHO CHICO DE CINEMA AMBIENTAL

Melhor Filme | Júri Popular: A Voz da Esperança, de Caio Salles (RJ)
Melhor Filme | Júri Oficial: Ewé de Òsányin: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (AL/BA)
Menção Honrosa: Nonna, de Maria Augusta V. Nunes (SC), Canários x Canalhas, de Leonardo Gonçalves da Silva (PB) e Rios que correm, de Dayane Dantas (SE)

*O CINEVITOR está em Penedo e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Vitor Búrigo.

30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Kika Sena em Paloma, de Marcelo Gomes: filme premiado

Os vencedores da 30ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade foram anunciados na noite deste sábado, 19/11, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Celebrando Toda Forma de Existir, o maior evento cultural dedicado à diversidade da América Latina e um dos maiores do mundo, exibiu, em oito espaços culturais, 119 filmes, de 35 países.

A programação contou também com experiências XR vindas da França, Holanda, Taiwan, China e Chile, seis espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, performances, palestras e workshops sobre temas relevantes para a comunidade LGBTQIA+ e o tradicional Show do Gongo apresentado por Marisa Orth. Neste ano, a artista multimídia Linn da Quebrada foi homenageada com o prêmio Ícone Mix.

Dirigido por Marcelo Gomes, o pernambucano Paloma foi o grande vencedor desta edição com dois prêmios, entre eles, o Coelho de Ouro de melhor filme. O longa parte de uma história real, que o diretor leu num jornal, e tem como protagonista Kika Sena, que interpreta uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé, vivido por Ridson Reis. Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer, papel de Anita de Souza Macedo. O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho. Sendo assim, precisará enfrentar o preconceito e o conservadorismo para realizar esse seu desejo de casar numa igreja católica com véu e grinalda.

O Júri Oficial deste ano foi formado por: Fábio Leal, Pedro Fasanaro e Shakira Refos na Competitiva Brasil de Longas; Cássio Kelm, Humberto Neiva e Victoria Negreiros na Competitiva Brasil de curtas; e Dodi Leal, Elisabeth Lopes e Pedro Granato no Prêmio Dramática, que destaca peças teatrais.

Vale lembrar que o longa e o curta premiados com o Coelho de Ouro também recebem o Prêmio DOT Cine de incentivo à realização de seus novos projetos audiovisuais através da parceria do Festival Mix Brasil com  apoiadores da área cinematográfica.

Confira a lista completa com os vencedores do 30º Festival Mix Brasil:

COELHO DE OURO
Prêmios dos Júris da Mostra Competitiva Brasil

Melhor longa-metragem: Paloma, de Marcelo Gomes (PE)
Melhor curta-metragem: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ)

COELHO DE PRATA | CURTA-METRAGEM
Prêmios do Júri da Mostra Competitiva Brasil para curtas-metragens

Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por Fantasma Neon
Melhor Roteiro: Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, escrito por Liv Costa e Sunny Maia
Melhor Interpretação: Elenco de Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui
Menção Honrosa: Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)

COELHO DE PRATA | LONGA e MÉDIA-METRAGEM
Prêmios do Júri da Mostra Competitiva Brasil para longas e médias

Melhor Direção: Gustavo Vinagre, por Três Tigres Tristes
Melhor Roteiro: Paloma, escrito por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos
Melhor Interpretação: Sol Miranda, por Regra 34
Menção Honrosa: Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP)

PRÊMIO DRAMÁTICA

Coelho de Ouro: Distrito T – Capítulo 1, de Ymoirá Micall
Menção Honrosa: Gênero Sapatão, de Natalia Mallo

MIX LITERÁRIO

Prêmio Mix Literário: Mariana Paim, por Lugar Comum
Menção Honrosa: Kael Vitorelo, por Kit Gay
Prêmio Caio Fernando Abreu de Literatura: Febraro de Oliveira, por Caixa D’Água

PRÊMIO DO PÚBLICO

Melhor curta-metragem nacional: Naquele Dia Escuro, de Daniel Guarda (SP)
Melhor curta-metragem internacional: A Fadinha do Gás (Tank Fairy), de Erich Rettstadt (Taiwan)

Melhor longa-metragem nacional: Corpolítica, de Pedro Henrique França (RJ/SP)
Melhor longa-metragem internacional: Close, de Lukas Dhont (Bélgica/França/Holanda)

Prêmio Dramática: O Sacrifício de Cassamba Becker, de João Victor Toledo 

PRÊMIOS ESPECIAIS

PRÊMIO ÍCONE MIX: Linn da Quebrada
PRÊMIO SUZY CAPÓ: Natalia Mallo e Sol Faganello, pelo espetáculo Gênero Sapatão
PRÊMIO SESC TV: Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ)
PRÊMIO IDA FELDMAN: Uli Decker, diretora de Anima: Os Vestidos do Meu Pai (Anima: Die Kleider meines Vaters)
SHOW DO GONGO: Essa Moça, de Rafael Jardim

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

IDFA 2022: conheça os vencedores; documentário brasileiro é premiado

por: Cinevitor
Cena de Filme Particular, de Janaína Nagata: filme premiado

Considerado o maior festival de documentários do mundo, realizado anualmente desde 1988, o IDFA, International Documentary Film Festival Amsterdam, anunciou os vencedores de sua 35ª edição nesta quinta-feira, 17/11, em Amsterdã, na Holanda.

Neste ano, o cinema brasileiro se destacou com o longa Filme Particular, de Janaína Nagata, na mostra Paradocs, considerada uma vitrine da melhor arte documental experimental do ano. Vencedor do Prêmio Beeld & Geluid IDFA ReFrame, o júri, formado por María Álvarez, Niklas Engstrøm e Dina Iordanova, justificou: “Por combinar imagens antigas e novas tecnologias em uma jornada única, onde o privado se torna público, e por abordar a complexidade do racismo de forma exploratória, permitindo ao espectador a experiência ativa de pesquisa e reconstrução, tornando-a divertida e emocionante”.

Na trama, a diretora compra um rolo de filme 16mm na internet sem saber seu conteúdo: ela descobre um filme de família africâner rodado na África do Sul na década de 1960. Essas imagens aparentemente inocentes de animais selvagens, refeições e tempo livre servem de base para um empreendimento magistral de desconstrução descolonial. Ao longo de uma investigação meticulosa, inteiramente conduzida pela web/desktop, toda a história do Apartheid é desenrolada a partir de um simples rolo de filme amador.

Outros títulos brasileiros também foram selecionados para esta edição, como: Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade, na IDFA Competition for Short Documentary; Sinfonia de um Homem Comum, dirigido por José Joffily, na mostra Frontlight; Mato Seco em Chamas, coprodução com Portugal, com direção de Adirley Queirós e Joana Pimenta, e Adeus, Capitão, de Vincent Carelli e Tita, na mostra Masters; o documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti, e Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, França, Brasil e México, na Best of Fests; e Sessão Bruta, de As Talavistas e ela.ltda, na mostra Envision Competition.

O festival tem como objetivo fortalecer o clima documental internacional, concentrando-se mais do que nunca no documentário como forma de arte. Esse foco inclui filmes com linguagem ou estrutura visual original, obras que mostram culturas menos conhecidas ou são filmadas de uma perspectiva não ocidental; e documentários interativos ou imersivos que inovam o gênero.

Como de costume, a seleção do IDFA acredita no poder do documentário como uma forma artística de informação e reflexão de alta qualidade, com filmes que ajudam o espectador a entender o mundo e a determinar seu próprio lugar; em filmes que fazem pensar, ver e experimentar, com a missão de construir sociedades melhores com mais democracia, abertura e humanidade. Para este ano, a programação na capital holandesa contou com um programa inovador de filmes de vários países, além de palestras, ambiente de mercado, performances e projetos interativos e imersivos.

Com 277 títulos na programação, o IDFA 2022 homenageou a cineasta Laura Poitras, que levou o Leão de Ouro em Veneza com All the Beauty and the Bloodshed e foi vencedora do Oscar por Cidadãoquatro e indicada por My Country, My Country.

O time de jurados deste ano foi formado por: Pirjo Honkasalo, Vanja Kaludjercic, Yousry Nasrallah, Mary Stephen e Yoshihiko Yatabe na Competição Internacional; Manuel Abramovich, Núria Aidelman e Stefan Pavlović na mostra de curta-metragem documental; e Rosa Bosch, Thania Dimitrakopoulou, Pawel Lozinski, Jumana Manna e Kidlat Tahimik na mostra Envision.

Conheça os vencedores do 35º IDFA:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: Apolonia, Apolonia, de Lea Glob (Dinamarca/Polônia/França)
Melhor Direção: Simon Chambers, por Much Ado About Dying
Melhor Fotografia: Paradise, por Paul Guilhaume
Melhor Edição: Journey Through Our World, por Mario Steenbergen

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO

Melhor Filme: Away, de Ruslan Fedotow (Hungria/Bélgica/Portugal)
Menção Especial: Les porteurs (The Porters), de Sarah Vanagt (Bélgica)

ENVISION | COMPETIÇÃO

Melhor Filme: Manifesto (Manifest), de Angie Vinchito (Rússia)
Melhor Direção: Roberta Torre, por Le Favolose (The Fabulous Ones)
Contribuição Artística: My Lost Country, de Ishtar Yasin Gutiérrez (Costa Rica/Iraque/Chile/Egito)
Menção Especial: Notes for a Film, de Ignacio Agüero (Chile/França)

OUTROS PRÊMIOS

Melhor Filme de Estreia: Guapo’y, de Sofia Paoli Thorne (Paraguai/Argentina)
Prêmio Beeld & Geluid IDFA ReFrame: Filme Particular, de Janaína Nagata (Brasil)
Menção Especial | Prêmio Beeld & Geluid IDFA ReFrame: Marcia su Roma (The March on Rome), de Mark Cousins (Itália)

*Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores.

Foto: Divulgação.

Carro Rei, de Renata Pinheiro, é exibido no Circuito Penedo de Cinema 2022

por: Cinevitor
A diretora durante o bate-papo sobre o filme

O segundo dia da 12ª edição do Circuito Penedo de Cinema contou com diversas atividades, entre elas, a oficina O Ator no Audiovisual, com Francisco Gaspar, e a Mostra Internacional de Cinema Socioambiental com a exibição de sete curtas-metragens.

No período da noite de terça-feira, 15/11, no Centro de Convenções Zeca Peixoto, a sessão começou com os filmes da mostra competitiva do Festival de Cinema Universitário de Alagoas. Na sequência, foi exibido o longa-metragem pernambucano Carro Rei, dirigido por Renata Pinheiro.

Grande vencedor do Festival de Gramado, em 2021, com cinco kikitos, entre eles, o de melhor filme e Prêmio Especial do Júri para a atuação de Matheus Nachtergaele, o longa fez sua estreia mundial no prestigiado Festival de Roterdã, também em 2021 e, desde então, acumulou ótimas críticas e participações em mais de 30 festivais nacionais e internacionais.

A trama aborda o transhumanismo dentro de uma narrativa pop, que mistura ficção científica, comédia e forte critica social. O jovem chamado Uno, interpretado por Luciano Pedro Jr., ganhou esse nome de seus pais em homenagem ao carro em que ele nasceu a caminho da maternidade. O nascimento dentro da máquina lhe deu um dom fantástico: ele consegue se comunicar com carros. Durante a infância, Uno e o carro eram melhores amigos, até que um evento trágico muda seu destino: um acidente mata a mãe de Uno e o carro é exilado no ferro-velho da família.

Quando uma nova lei proíbe a circulação de carros velhos e coloca a empresa de táxi do seu pai em perigo, o rapaz busca orientação com seu melhor amigo de infância, um carro de inteligência extraordinária. Junto com seu tio, um mecânico inventivo, eles armam um plano para burlar a lei, transformando carros velhos em novos. O carro renasce e seu nome é Carro Rei, um carro que pode falar, ouvir, se apaixonar e que tem planos para todos.

Equipe do filme conversa com o público do festival

Com Matheus Nachtergaele, Luciano Pedro Jr., Jules Elting, Clara Pinheiro, Adélio Lima, Ane Oliva e Tavinho Teixeira no elenco, o filme passou por diversos festivais e foi premiado, entre eles, Raindance, na Inglaterra, Feratum, no México, o brasileiro CINEFANTASY, entre outros.

Antes da exibição em Penedo, a diretora Renata Pinheiro conversou com o público presente ao lado do roteirista Sergio Oliveira e da atriz alagoana Ane Oliva: “Esse filme partiu muito da observação da nossa sociedade, da nossa cidade. A gente vive em Recife, um lugar que tem um trânsito absurdo, muito intenso. No cinema, costumamos fazer uma pesquisa de linguagem e estamos sempre tentando ir um pouco mais além a cada filme que se passa”, disse. 

Renata destacou sua já longa parceria com Sergio Oliveira, diretor e roteirista com quem trabalhou desde seu primeiro curta, Superbarroco, e com quem codirigiu vários trabalhos, entre eles o longa Açúcar e os documentários Praça Walt Disney e Estradeiros; e também com o diretor de fotografia Fernando Lockett, com quem trabalha desde seu primeiro longa, Amor, Plástico e Barulho.

Durante o bate-papo, Sergio Oliveira falou: “Tem muito do Brasil de hoje nesse filme, principalmente pelas falas fascistas que estão no texto. Foi um roteiro muito desafiador, que teve muitas influências, mas que não podia faltar essa coisa brasileira de ser, tanto é que escolhemos Caruaru como locação do filme. Além do nascimento do fascismo no Brasil, também exploramos assuntos como agroecologia e a força reativa à mecanização”.

Matheus Nachtergaele em cena

Renata completou: “Quando nossa realidade parece se tornar cada vez menos verossímil, talvez não seja de todo absurdo a possibilidade de se vislumbrar no fantástico uma forma potente de fabulação crítica da realidade. O estranho, bizarro ou improvável, e também o que desperta o riso, são os principais aspectos políticos do meu filme. Carro Rei é um filme sobre a luta de classes, que se utiliza da fantasia para adentrar numa realidade de um país destroçado por um governo de extrema direita”.

A atriz Ane Oliva também conversou com o público: “Carro Rei é um filme muito especial pra mim porque foi a segunda produção que eu participei fora de Alagoas. Isso demonstra essa abertura para os artistas alagoanos nas produções da região. Tenho muita honra de ter trabalhado com a Renata, que é uma referência para nós mulheres que trabalhamos com cinema. Como artista, é muito importante me ver em uma tela como essa. Eu fico muito honrada em estar aqui tanto com o Carro Rei quanto com o curta Infantaria”.

A diretora finalizou o debate: “O protagonista do filme é um carro pensante. Colocamos uma premissa de um menino que nasce em Caruaru, que é interpretado por um grande ator alagoano chamado Luciano Pedro Jr. Se uma criança nasce numa cidade com habilidade de falar com máquinas… o que seria isso? O que aconteceria a partir daqui? Se ele fala com máquinas é porque existe uma vida secreta dessas máquinas”.

*O CINEVITOR está em Penedo e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Hygor Peixoto/Divulgação.

16º For Rainbow: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa colombiano Petit Mal, de Ruth Caudeli

Foram anunciados nesta terça-feira, 15/11, os filmes selecionados para a 16ª edição do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, que acontecerá entre os dias 14 e 21 de dezembro no Cinema do Dragão, em Fortaleza, com entrada gratuita.

Neste ano, o festival recebeu inscrições de 1.667 filmes de mais de 100 países e a comissão de seleção foi formada pela realizadora e atriz paraibana Cristiane Fragoso; pelo jornalista, pesquisador e crítico de cinema cearense Diego Benevides; e pela atriz e realizadora paulistana Julia Katharine.

Foram selecionados oito longas e 25 curtas-metragens que representam Brasil, Alemanha, Argentina, Colômbia, Chile, Guiana, Bélgica, Botsuana, Burkina Faso, Espanha, Irã e Estados Unidos. Os filmes concorrem ao Troféu Elke Maravilha em diversas categorias, além do Prêmio Especial João Nery, em reconhecimento às produções que abordam essencialmente a militância LGBTI+, e do Troféu Artur Guedes, que destaca a luta pela defesa dos direitos humanos e pelo respeito à diversidade sexual e de gênero. Um júri especial formado por membros da Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema, também elegerá o melhor longa e o melhor curta brasileiros.

Além da programação de cinema, que também conta com a Mostra Feminino Plural especialmente dedicada às pautas femininas, o For Rainbow realiza apresentações de teatro, dança, música, literatura, exposição de artes visuais, oficinas, debates e ações de acessibilidade, além de uma Mostra Itinerante que percorre diversas cidades brasileiras no decorrer do ano: “O For Rainbow reafirma o compromisso com a abertura de espaços de discussão e expressão artística que permeiam a comunidade LGBTI+, trazendo para Fortaleza uma programação plural, política e de resistência”, disse Verônica Guedes, diretora do festival.

Conheça os filmes selecionados para o For Rainbow 2022:

LONGAS-METRAGENS

A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (Brasil)
Corpolítica, de Pedro Henrique França (Brasil)
Eu Sou Alma (I Am Alma), de Mariana Manuela Bellone (Alemanha/Argentina)
Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (Brasil)
Petit Mal, de Ruth Caudeli (Colômbia)
Projeto Fantasma (Proyecto Fantasma), de Roberto Doveris (Chile)
Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo (Brasil)
Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi (Brasil/EUA)

CURTAS-METRAGENS

Cabiluda, de aColetto e Dera Santos (Brasil)
Capim-Navalha, de Michel Queiroz (Brasil)
Comer Mamão à Beira-Mar (Eating Papaw on the Seashore), de Rae Wiltshire e Nickose Layne (Guiana)
Ela é a Protagonista (She’s the Protagonist), de Sarah Carlot Jaber (Bélgica)
Elusão, de Taís Augusto (Brasil)
Esta Terra Nobre (This Noble Land), de Theo Silitshena (Botsuana)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil)
Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (Brasil)
Lute pela sua Liberdade (Fight for Your Freedom), de Canisius Avéko (Burkina Faso)
Míssil – Parte 1, de Roberta Marques (Brasil)
Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (Brasil)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (Brasil)
No Céu (In Heaven), de Manuel Gomar (Espanha)
Nós, os Outres (We, the Others), de Mato Ariel Torga (Chile)
Pedro Faz Chover, de Felipe César de Almeida (Brasil)
Pensador (Overthinker), de Matías Dinardo (Argentina)
Possa Poder, de Victor di Marco e Márcio Picoli (Brasil)
Prazer (Jouissance), de Sadeq Es-haqi (Irã)
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Elizário (Brasil)
Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (Brasil)
Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara (Brasil)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (Brasil)
Rosa Neon, de Tiago Tereza (Brasil)
Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira (Brasil)
Uma Pessoa Comum (Ordinary), de Atlas O Phoenix (EUA)

Foto: Divulgação.

Os Primeiros Soldados: Rodrigo de Oliveira fala sobre o filme de abertura do Circuito Penedo de Cinema 2022

por: Cinevitor
O diretor durante o debate sobre o filme

Da junção de quatro consagrados eventos do cinema alagoano nasceu o Circuito Penedo de Cinema, que em 2022 chega à sua 12ª edição já consolidado no calendário brasileiro do audiovisual. O festival , que traz mais de 40 títulos em formato híbrido, além de atividades paralelas, começou nesta segunda-feira, 14/11, no Centro de Convenções Zeca Peixoto.

Banhado pelo Rio São Francisco, à beira da magia da história penedense, o Circuito começou a caminhar exclusivamente como Festival de Cinema Brasileiro, entre as décadas de 1970 e 1980, com a participação de diversos cineastas e artistas locais e nacionais. O antigo Cine São Francisco, como antes era intitulado e onde agora funciona o centro de convenções, foi o local que sediou, na época, as oito edições do festival.

A cerimônia de abertura deste ano, apresentada pelo ator Chico de Assis, contou com a apresentação da Orquestra Monte Pio dos Artistas, sob regência do maestro Júlio Catarina. Além disso, convidados especiais também subiram ao palco, entre eles, Josealdo Tonholo, reitor da UFAL, Universidade Federal de Alagoas, e Ronaldo Pereira Lopes, prefeito de Penedo.

Entre os discursos, Sérgio Onofre Seixas Araújo, coordenador geral do Circuito Penedo de Cinema, falou: “É um prazer muito grande estar neste espaço sagrado, neste templo do cinema, que já foi e voltará a ser um dos principais palcos de exibição de cinema nacional desse país”.

Depois disso, foi exibido o filme de abertura desta 12ª edição: o longa capixaba Os Primeiros Soldados, dirigido por Rodrigo de Oliveira, que se passa no começo dos anos 1980, em Vitória, Espírito Santo, e acompanha membros da comunidade LGBTQIAP+ que buscam formas de resistir à epidemia de AIDS

Na trama, um grupo de jovens gays e mulheres celebram a véspera de Ano Novo sem saber o futuro sombrio que lhes espreita. Suzano, interpretado por Johnny Massaro, um estudante de biologia que acaba de voltar dos estudos no exterior, sabe que algo muito errado está começando a afetar seu corpo. Primeira vítima de AIDS conhecida na cidade, ele enfrenta sozinha o desejo de entender melhor a doença e de buscar a cura, ao mesmo tempo que tenta proteger sua irmã Maura, papel de Clara Choveaux, e seu sobrinho Muriel, vivido por Alex Bonin, dos impactos do que está por vir.

O desespero com a falta de informações sobre o vírus e seu futuro incerto acabará por aproximar Suzano da performer transexual Rose, interpretada por Renata Carvalho, e do estudante de cinema Humberto, papel de Vitor Camilo, ambos infectados. Também como forma de homenagem à memória daqueles que enfrentaram a doença e seus estigmas em seu princípio, o filme teve seu roteiro original baseado em uma longa pesquisa dos casos reais ocorridos na cidade de Vitória que envolveu, além da leitura de jornais da época, entrevistas com profissionais de saúde, familiares e membros da comunidade LGBTQIAP+.

Johnny Massaro em cena do filme

Com uma bem sucedida carreira em festivais pelo mundo, o longa recebeu o prêmio de melhor filme segundo o público e o júri jovem no Internationales Filmfestival Mannheim-Heidelberg, na Alemanha; Prêmio Especial do Júri para a atriz Renata Carvalho no Festival do Rio e no International Film Festival of India; foi consagrado na 25ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes com o Prêmio Carlos Reichenbach de melhor longa da mostra Olhos Livres, além de ter participado de diversos festivais, como: Inside Out, no Canadá, Olhar de Cinema, Festival de Vitória, Philadelphia Latino Film Festival, Rio Festival de Cinema LGBTQIA+, Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival, entre outros.

Antes da exibição, o diretor bateu um papo com o público presente, que foi mediado por Rosana Dias: “Esse é um filme sobre o primeiro ano da epidemia da AIDS no Brasil. Nós, que hoje vivemos em 2022, passamos os últimos quatro anos sem nenhuma campanha federal de prevenção ao HIV e de alertas sobre os tratamentos disponíveis. A AIDS segue matando no Brasil 11 mil pessoas por ano e tínhamos a sensação de que isso não acontecia mais, que era coisa do passado. O filme é sobre isso: retomar o começo da epidemia no Brasil para justamente iluminar um pouco sobre uma possibilidade real de erradicar a transmissão”, disse Rodrigo.

E continuou: “É o filme que eu queria ter visto quando era adolescente. Não existia ainda um tratamento do cinema brasileiro para esse período específico da epidemia da AIDS no Brasil. E era uma lacuna que eu achava que deveria ser preenchida, sobretudo porque o HIV e a AIDS ainda são temas presentes; eles pertencem muito ao nosso tempo. E uma maneira de recomeçar essa conversa era voltar para o início para ver o que essas primeiras pessoas tinham para nos ensinar sobre como lidar com essa epidemia”.

Rodrigo completou: “Em obras de arte sobre a AIDS é comum falar de gente que morre. Esse filme é sobre gente que vive com HIV. A ideia de viver com HIV é algo relativamente recente por causa dos avanços da medicina. Hoje em dia, a pessoa que vive com o vírus, medicada da maneira certa, tem uma longevidade maior ou igual a quem não tem”.

Ao final do bate-papo, o diretor concluiu: “Todo mundo que entrou em contato com esse vírus viveu, sentiu, sonhou. A contribuição de Os Primeiros Soldados para esse debate é de lembrar que essas pessoas não são doentes ou vítimas. Elas são pessoas com pleno exercício de sua cidadania e do seu direito de existir. Conhecê-las dessa maneira faz com o que a gente tenha uma relação mais humana e mais empática no Brasil e no mundo”.

A programação do primeiro dia do Circuito Penedo de Cinema encerrou com os shows musicais do 3º Festival Alagoano de Rock, que ocorreu na Praça 12 de Abril. Participaram do encontro os artistas Wado, Lambertos, Janaina Melo, Morcegos e a banda Invisible Control.

*O CINEVITOR está em Penedo e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Kamila Feitosa/Divulgação.

17º Comunicurtas UEPB: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano Quebra Panela, de Rafael Anaroli

A 17ª edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB acontecerá entre os dias 3 e 8 de dezembro no MAPP, Museu de Arte Popular da Paraíba, Central de Integração Acadêmica Paulo Freire e Teatro Municipal Severino Cabral.

Com a temática Cinema da Paraíba e 130 produções audiovisuais na programação, o evento celebra o cinema paraibano e desperta reverência e memória aos realizadores do passado e da atualidade. O festival consiste na difusão e exibição de filmes e vídeos de curta e longas-metragens locais, regionais, nacionais e internacionais, das áreas de Cinema, Jornalismo e Publicidade. A proposta abre espaço para a divulgação e democratização da produção audiovisual, objetivando socializar e dar visibilidade à produção local e regional.

O Comunicurtas também visa o reconhecimento dos profissionais do audiovisual de forma geral. O evento homenageia três projetos de produção da sétima arte que acontecem no estado da Paraíba: a Viação Paraíba e o Projeto Jabre, coordenados por Torquato Joel, e a Acauã Produções, presidida por Laércio Filho. Além dos filmes, a programação contará com palestras, debates, oficinas, apresentações musicais, mostras competitivas e não competitivas.

Conheça os filmes selecionados para o 17º Comunicurtas – Festival Audiovisual:

MOSTRA BRASIL | CURTAS NACIONAIS

A Jornada do Valente, de Rodrigo de Janeiro (RJ)
Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Eu Não Sei Dançar, Mas Danço, de Fábio Rogério (SP)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Impermanentes, de Júlio Castro e Manoel Batista (RN)
Jadzia, de Kk Araujo (SP)
O Pato, de Antônio Galdino (PB)
O Peso do Ser, de Thiago Henrique Muniz (PE)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Ruth, de Júlia Morim (PE/PB)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Tiro de Misericórdia, de Augusto Barros (MG)
Tô Esperando Você Voltar, de Marina Lavarini (SP)
Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ)

MOSTRA DE LONGAS NACIONAIS

A Cozinha, de Johnny Massaro (RJ)
Aponta para a Fé (ou todas as músicas da minha vida), de Kalyne Almeida (PB)
Espumas ao Vento, de Taciano Valério (PE)
Horizonte, de Rafael Calomeni (GO)
O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte (DF)
Todas as Suas Traduções, de Sinedei Moura (PB)

MOSTRA TROPEIROS | CURTAS PARAIBANOS

Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande)
Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza Azevedo (Aparecida)
Apneia, de Nathan Cirino e Carol Torquato (Campina Grande)
As Palavras Estão me Olhando, de Samy Sah (Campina Grande)
Cercas, de Ismael Moura (Cuité)
Deja Vu, de Carlos Mosca (Campina Grande)
Desejo e Necessidade, de Milso Roberto (Campina Grande)
Madres, de Sílvio Toledo (Campina Grande)
Meio Século, de Alberta Figueirêdo, Jackson Rodrigues, Louise Viana, Pedro Henrique Santos e Roberto de Sousa (Campina Grande)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentin (Cabedelo)
Nem Todas Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (Campina Grande)
O Sonho de Leandro, de J. França (Aparecida)
Querida Abayomi, de Sebastião Formiga (Pombal)
Um Som de Resistência, de Genilson de Coxixola (Coxixola)

MOSTRA TROPIQUEER

Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
BoyCam, de Arlindo Bezerra, Rodrigo Sena e Ernani Silveira (RN)
Colapsar, de Direção Coletiva (AL)
Depois da Meia Noite, de Mirela Kruel (RS)
Iauraete, de Xan Marçal (PA)
Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (CE)
Paola, de Ziel Karapotó (PE)
Poder falar, uma autoficção, de Evandro Manchini (RJ)
Todos os Prêmios que Eu Não Te Dei, de Caio Scot (RJ)

MOSTRA ESTALO | FILMES DE 1 MINUTO

24/7, de Marco T. Alves (SP)
A Baleia e o Novo Mar, de Rodrigo Pignatari (SP)
Ausência De, de Rounak Dutta (Índia)
Ausência, de Alexia Araujo (SC)
Branco, de Keum-Taek Jung (EUA)
Diabólica, de Laura Viana, Áquila Félix e Ipê Arauja (PE)
Eles Viram Você, de Vittorio Caratozzolo (Itália)
Eu Vejo Você em Meus Sonhos, de Zekun Yan (China)
Legenda para quem não ouve mas se emociona, de Beatriz Campos Cruz (DF)
Montanha, de Shan Huang (China/Reino Unido)
O Bicho, de Matheus Rocha (PE)
O Nome da Nossa Terra, de Rui Duque (Portugal)
Prova em Braile, de Renata Fabrício e Millena Sousa (PB)
Quando o Infinito Chega ao Fim, de Thiago Pombo (PE)
Reflexão de Mochila, de Camila Cunha
Subindo em uma Espiral, de Débora Mendes e Elmano Diogo (Portugal)

MOSTRA SOM NA SERRA

A Vida é Curta pra Viver Depois, de Alice Carvalho e Larinha R. Dantas (RN)
Androide de Cera, de Lua Alves (PB)
Arritmia, de Aksa Lima (SP)
As Armas que Matam, de Elder Fraga (SP)
Brota, de Leticia Coelho e Bruna Brunu (MG)
Caburé – Dona do Gozo, de Yuri da Costa e Gi Ismael (PB)
Caixeira, de Thais Lima (MA)
Flores e Rifles, de Raphael Correa (SP)
Gerúndio, de Rhaissa Bittar (SP/PB)
Kumbayá, de Babi Baracho (RN)
Lavei a Alma, de Raphael Correa e Vitor Hugo Santana (SP)
Like Leaves, de Diego de Melo e Pablo Okubi (PB)
Malandra, de Vinicius Silva (PB)
Mouth Shout, de Elder Fraga (SP)
Nordeste Futurista, de Luana Flores (PB)
Setsô etxkya seetô txwake (A Lenda do Guerreiro Fulni-ô), de Jetro Osytek (PE)
Sócrates – Uma Canção Assim, de Ana Calline (PB)
Soldado Eletrônico, de Agno Dissan (SP)
Surto, de Daniel Torres (SP)
Um Dia de Fúria, de Brunno Bimbati (SP)

MOSTRA DE TERRITÓRIO E LIBERDADE | VIDEOARTE

(RES)Xistência Virtual, de Roberto di Freitas (PB)
7 indies ago, de Lak Shamra (Índia)
Antimatéria, de DARWIN (SP)
Colapsar, de Direção Coletiva (AL)
Dia524, de João Guilherme (SP)
Do Mato ao Asfalto: Encruzilhadas de Poesia, de Katarine Maria (BA)
Eu Sempre quis Ver um Marciano, de Smaragda Nitsopoulou (Grécia)
Feliz Aniversário, Rodrigo, de Rodrigo Sousa & Sousa (RJ)
Fronteira, de Maíra Campos (MG)
Jaguamérica, de Bako Machado (PB)
Mátria Silva, de Mauriene Freitas (PB)
Morro é Mãe, de Mayara Mascarenhas (MG)
Na Minha Outra Pele, de Sonia Marcela Marta Aragón (Colômbia)
Não Controla, de Wlado Herzog e Paulo Victor Mesquita (SP)
O Som do Cariri, de Wescley Di Luna (PB)
Permissão para Pousar, de Martin Gerigk (Austrália)
Reminiscência, de Jonas Tadeu Bezerra Monteiro (PB)
Ressurreição sob o Oceano, de Serkan Aktaş (Peru)
Seu Artista, de Larissa Lisboa (AL)
Solos, de Grupo Ponto Zero (SP)
Tânatos, de Bruno Teixeira (Portugal)
Uma Dança Sonhadora, de Tamara Broćić (Sérvia)

LONGAS INTERNACIONAIS

Imagem Conflitante, de Max Viktor Herbert (Alemanha)
O Exílio do Mar, de Maurício Brunetti (Colômbia)
Pessoas, de Arturo Dueñas Herrero (Espanha)

CURTAS INTERNACIONAIS

Dajla: cinema e esquecimento, de Arturo Dueñas Herrero (Espanha)
Descolorido, de Camila Franco Ribeiro Gomide (EUA)
Nos Seus Sonhos, de Mike Krohn (EUA)
O Além, de Daniel Maurer (Suíça)
O Último Potter, de Fábio Oliveira (Portugal)
Reverie, de Brian Bowers (Colômbia)

MOSTRA A IDEIA É…

A Identidade de um Povo, de Jetro Osytek (PE)
As Cores do Futuro, de Gabriella Ferreira e Vitto Sorrentino (PB)
Construcon 2022, de Gabriella Ferreira (PB)
Estação HP Shopping, de Gabriella Ferreira (PB)
N Holanda: Atitude de Fé, de Gabriella Ferreira e Vitto Sorrentino (PB)
O Real, de Rodolfho Pereira e Diego Araújo (PB)
Pit-Stop Moura, de Gabriella Ferreira (PB)
Por quem você toma a vacina?, de Mayara Dantas (PB)
São Braz e Juliette: Caminho Vitaminado, de Gabriella Ferreira e Vitto Sorrentino (PB)
Scrusch: Super Con 2022, de Gabriella Ferreira e Vitto Sorrentino (PB)

MOSTRA DE TROPEIROS DE TELEJORNALISMO

A Maratona dos Campeões, de Dayvson Victor (Campina Grande)
Cinema da Liberdade, de Hebert Araújo (João Pessoa)
Conheça projeto audiovisual para telespectadores surdos e ensurdecidos, de Fabiano Diniz (João Pessoa)
Festival do Mel, de Bruna Morais (São José dos Cordeiros)
Menos de 1% da população indígena tem ensino superior na Paraíba, de Silvia Torres (Baía da Traição)
Moradia e déficit habitacional, de Renata Fabrício (Campina Grande)
Músico, luthier e artista plástico Daniel Rodrigues, de Leandro Pedrosa (Cabaceiras)
O Rei das Selas: A História de Seu Zé Massu, de Samara Maciel (Queimadas)
Série Engenhos, de Hebert Araújo (João Pessoa/Areia/Alagoa Grande/Santa Rita)
Tour Bananeiras, Caminhos do Frio, de Bruna Morais (Bananeiras)

Foto: Divulgação.

Entrevista: Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld falam sobre a 9ª Mostra de Cinema de Gostoso

por: Cinevitor
Matheus Sundfeld e Eugenio Puppo na abertura da Mostra

Com seu espaço cada vez mais consolidado no cenário cultural da região Nordeste, a Mostra de Cinema de Gostoso realizou sua nona edição ao longo de cinco dias de exibições, seminários, debates e palestras, registrando um público total de mais de sete mil pessoas.

O evento reafirma a identidade de sua curadoria apresentando uma seleção de filmes nacionais, em sua maioria independentes, com potencial de dialogar com o público da cidade. Tendo como principal palco as sessões populares ao ar livre na Praia do Maceió, a Mostra trouxe 13 curtas-metragens e dez longas de 12 estados brasileiros, entre as mostras Competitiva, Panorama, Coletivo Nós do Audiovisual e Sessões Especiais.

O número recorde de inscrições de filmes, 927 obras de todas as regiões do país, indica que, mesmo com as limitações impostas pela pandemia de Covid-19 para a realização de filmes nos últimos dois anos, aliadas a uma política de abandono do setor cultural pelo governo federal, a produção audiovisual brasileira resiste e reafirma sua força e pluralidade.

Para esta edição, as sessões ao ar livre contaram com uma nova tela de projeção e sistema de som 7.1. Com cadeiras espreguiçadeiras, tela de 12m x 6,5m e projeção com resolução 2K, a sala propicia uma experiência imersiva como a de uma sala de cinema de alta tecnologia. Outra novidade marcou esta nona edição: a Mostra Panorama ganhou um novo local de exibição; uma tenda climatizada na Praia do Maceió, com 80 lugares, que exibiu os filmes no período da tarde.

A programação contou com produções que se destacaram nesta temporada, além de obras inéditas ou de estreia recente. Na lista estavam: Marte Um, filme de abertura, selecionado pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar; o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado deste ano, Noites Alienígenas; Regra 34, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Mato Seco em Chamas, filme de encerramento que teve estreia no Festival de Berlim; e muitos outros destaques, incluindo três obras do Rio Grande do Norte.

A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, exibido ao ar livre: grande vencedor desta edição

Desde sua primeira edição, a Mostra de Cinema de Gostoso oferece a jovens, a partir de 18 anos, de São Miguel do Gostoso e distritos dos arredores, uma série de cursos de formação técnica e audiovisual. Os cursos são realizados meses antes do início da Mostra e têm como objetivo proporcionar aos jovens o domínio de diversas áreas da produção cinematográfica. O conhecimento adquirido pelos alunos é colocado em prática com a realização de curtas-metragens e a participação direta na equipe de organização da Mostra de Cinema de Gostoso.

Em 2013, os próprios alunos criaram o Coletivo Nós do Audiovisual e, desde então, já participaram de diversas oficinas e realizaram curtas-metragens que foram selecionados em diversos festivais de cinema no Brasil. Em 2022, foi aberta a terceira turma dos cursos de formação com 30 novos alunos, que participaram de cinco oficinas e realizaram dois curtas que foram exibidos na programação: Arrebentação, de Cristina Lima e Roberto de Lima; e o documentário Barraqueiros, de Bruna Farias e Maisa Tavares.

Além disso, em parceria com o BrLab, com direção geral de Rafael Sampaio, foi realizada a terceira edição do Gostoso Lab, laboratório para projetos de longa-metragem em fase de desenvolvimento da região Nordeste. Foram selecionados três projetos: Mata da Tapuia Morta, do Rio Grande do Norte (direção de Clarisse Kubrusly e Rodrigo Sena; roteiro de Francisca Bezerra, Rodrigo Sena e Clarisse Kubrusly; e produção de Arlindo Bezerra); Norma, da Paraíba (escrito, dirigido e produzido por Diego Lima); e Polinização, de Pernambuco (escrito e dirigido por Julio Cavani; e produção de Kika Latache).

Dois seminários, realizados na Pousada dos Ponteiros, também marcaram a programação: Encontro do Setor Audiovisual Potiguar: O Financiamento Público do Audiovisual no Rio Grande do Norte, com Mary Land Brito, Pedro Fiuza e Ricardo André; e Encontro com Raquel Bordin, da Pixar Studios.

O cineasta Cristiano Burlan marcou presença na Mostra com o longa A Mãe

Para falar mais sobre a Mostra de Cinema de Gostoso, fizemos um balanço geral desta nona edição com Eugenio Puppo, idealizador, produtor executivo, diretor geral e curador; e Matheus Sundfeld, diretor geral, curador, coordenador de produção.

Confira os melhores momentos do bate-papo, que aconteceu na Pousada dos Ponteiros:

CURADORIA

Eugenio Puppo: “Os filmes são escolhidos porque são bem realizados e trazem questões importantes. Não pensamos nos prêmios que já ganhou, mas na qualidade, no nível de comunicação com a comunidade. Esse processo de formação de público é muito delicado. O que mais nos norteia é assistir e gostar do filme. Nos preocupamos também em fazer um equilíbrio sobre diversas abordagens: temática LGBTQIA+, filmes dirigidos por mulheres, protagonistas femininas, temáticas negras. É com isso que nos preocupamos quando selecionamos os filmes que gostaríamos de exibir. Depois entram as questões de classificação indicativa”.

Matheus Sundfeld: “Esse ano tivemos um recorde de 927 filmes inscritos. Ficamos imersos nesse processo de seleção. Eu e o Eugenio escolhemos a seleção final, mas temos uma equipe que faz assistência de curadoria, que passa por algumas avaliações. Nunca começamos o processo tendo um norte muito definido. A cada ano, os filmes se apresentam de alguma forma. Pensamos também na descentralização regional. São 24 filmes na programação de 12 estados brasileiros. Nos preocupamos em ter essa representatividade do Norte, Nordeste, Centro-Oeste”.

Eugenio Puppo: “É muito trabalhoso fechar essa curadoria. Não ficamos atentos apenas aos inscritos. Pegamos os filmes exibidos em outros festivais, como Tiradentes e Rio, por exemplo, e vemos quais não foram inscritos. Analisamos também o line-up de todas as distribuidoras. É muito mais difícil e trabalhoso fazer essa curadoria para a Mostra de Gostoso porque temos esse olhar para o ano inteiro da produção independente. Ao total, a gente acaba vendo mais de mil filmes. É uma responsabilidade muito maior do que você se ater ao conjunto de filmes que se inscreveram. Temos a liberdade de procurar um título, por exemplo, que passou em Tiradentes e não ganhou nada. Ter esse olhar, conhecer o trabalho do realizador”.

Convidada especial: a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, marcou presença

MOSTRA PANORAMA

Matheus Sundfeld: “Antes a mostra Panorama era realizada no Centro de Cultura da cidade, que é um pouco distante da Praia do Maceió. Era sempre uma preocupação nossa em levar o público para assistir aos filmes lá. Criava uma logística que não era tão natural com a proposta do festival. Era um desejo nosso de longa data ter a mostra Panorama também nesse espaço da praia. Essa tenda surgiu com esse objetivo: de centralizar as atividades, já que os debates acontecem por aqui, os convidados ficam em pousadas próximas. A Mostra prioriza muito esse encontro das pessoas. Conseguimos, enfim, realizar esse nosso desejo de colocar a Panorama na praia. Claro que é um projeto que ainda vamos aprimorar a estrutura para as próximas edições”.

COLETIVO NÓS DO AUDIOVISUAL

Eugenio Puppo: “Os alunos estão dominando o mercado aqui na região. Até hoje, já temos 24 curtas realizados por eles, desde 2013. São 51 oficinas, que contaram com participações de nomes como Jorge Bodanzky, Rodrigo Aragão, Fabio Bardella, Beth Goulart. A base das oficinas é formar essas pessoas e também despertar a consciência como cidadão. Essa é a premissa básica”

O FUTURO DA MOSTRA

Eugenio Puppo: “Nossa ideia é cada vez mais passar menos filmes, de maneira mais seleta. De modo que a pessoa possa assistir sem ter outra atração que concorra com as exibições. Ela termina, pensa, processa, vai dar um mergulho, descansa, almoça, participa do debate. Não queremos uma correria maluca porque você acaba não absorvendo adequadamente as obras. Não queremos só uma boa projeção, mas um tempo para a pessoa digerir o que assistiu”.

Matheus Sundfeld: “Não pensamos no crescimento da Mostra em números, em quantidade de filmes, em público. Nosso objetivo é aprimorar o que já temos. Vamos focar bastante nessa nova tenda e trabalhar ainda mais nas oficias do coletivo, com novas turmas”.

Eugenio Puppo: “Não queremos ter mil lugares na praia. Queremos tornar a sala mais inclusiva. Queremos ser um festival diferenciado, orgânico, onde tudo é perto, com tempo de reflexão. Não queremos nada estressante. Olha esse lugar que estamos! Se você não dialoga com o lugar, não faz sentido”.

Os alunos do Coletivo Nós do Audiovisual durante apresentação do filme

10 ANOS DA MOSTRA DE CINEMA DE GOSTOSO

Eugenio Puppo: “Queremos fazer uma edição especial, claro! Para o ano que vem, a ideia é que a tenda da mostra Panorama seja ainda mais incrível. Queremos melhorar isso, trocar as lonas das cadeiras, aprimorar ainda mais a iluminação, o palco. Para nós, crescer é dar esses avanços, esse aprimoramento. Queremos aumentar o número de seminários e trazer alguns convidados internacionais também, como curadores de grandes festivais. O grande barato é estar com a comunidade”.

Neste ano, o filme cearense A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, apresentado na Mostra Competitiva, foi escolhido como o melhor longa-metragem pelo júri popular e também recebeu o Troféu da Imprensa, formado por jornalistas e críticos que cobrem o evento. O curta-metragem Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante, recebeu o prêmio do público. Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores.

A 9ª Mostra de Cinema de Gostoso é uma realização da Heco Produções e do CDHEC, Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania, e da Guajirú Produções.

*O CINEVITOR esteve em São Miguel do Gostoso e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Rogério Vital.

Zezé Motta será homenageada no 17º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Zezé Motta no filme Doutor Gama: uma das maiores artistas do país

A 17ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias e 7 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba, acaba de anunciar que a consagrada atriz e cantora Zezé Motta será uma das homenageadas deste ano e receberá o Troféu Aruanda pelo conjunto da obra.

Para celebrar esse momento, será exibido o premiadíssimo Xica da Silva, de Cacá Diegues e lançado em 1976, filme em que Zezé foi aclamada pela crítica por sua atuação e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles: o Troféu Candango no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Prêmio Coruja de Ouro de Cinema, Prêmio Air France de Cinema e Prêmio Governador do Estado de São Paulo.

Ao longo de sua carreira, foi homenageada no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Oscarito, no Troféu Raça Negra, no Festival de Cinema de Vitória, entre outros. Zezé Motta também se destacou pelo seu extenso trabalho na televisão, em especial nas novelas Corpo Dourado, A Próxima Vítima, Porto dos Milagres e O Beijo do Vampiro

Nascida Maria José Motta de Oliveira em Campos dos Goytacazes, no interior fluminense, se mudou ainda criança para a cidade do Rio de Janeiro, no morro do Cantagalo. Sua mãe era costureira e seu pai motorista, mas ele tinha talento para música e praticava instrumentos no tempo vago, o que provavelmente influenciou Zezé a se interessar pelas artes.

Foi indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por Deserto Feliz, Gonzaga: De Pai pra Filho, M8 – Quando a Morte Socorre a Vida e venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante por Doutor Gama. Zezé Motta é considerada uma das maiores artistas do país e expoente da cultura afro-brasileira.

Foto: Divulgação/Globo Filmes.

Festival Curta Cinema 2022: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Ana Luiza Ferreira no curta alagoano Infantaria, de Laís Santos Araújo

Foram anunciados nesta quinta-feira, 10/11, os selecionados para a 32ª edição do Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, que acontecerá entre os dias e 7 de dezembro no Estação NET Botafogo.

Neste ano, a programação conta com 97 filmes e o comitê de seleção e curadoria, coordenado por Paulo Roberto Jr., contou com o olhar dedicado e cuidadoso de: Beatriz Vieirah, Cristiana Giustino, Evelyn Sacramento, Gustavo Duarte, Lucas Murari, Marina Fontes Pessanha e Sérgio Alpendre.

A abertura do evento será com a Mostra Animac, realizada em parceria com o Festival Animac, que acontece na Catalunha e apresenta uma seleção de filmes de animação do mundo todo. Depois dos filmes haverá um debate com o cineasta Marcelo Marão.

Entre os selecionados, a Mostra Competitiva Internacional traz filmes que se destacaram em diversos festivais, entre eles: o iraniano Deer (Gavazn), de Hadi Babaeifar, premiado em Berlim; o curta belga The Fruit Tree, de Isabelle Tollenaere, que estreou no Festival de Veneza; Raie Manta, de Anton Bialas, que passou na Semana da Crítica em Cannes; e Tsutsué, de Amartei Armar, representando o novo cinema negro internacional e que marcou presença na última edição do Festival de Cannes.

Além dos curtas que concorrem nas mostras competitivas, produções cariocas e latino-americanas ganham destaque nas Mostras Panoramas, enquanto as Mostras Especiais, como Primeiros Quadros Nacional e Primeiros Quadros Hispânicos, apresentam os primeiros filmes de novos cineastas.

“Este ano temos uma programação mais enxuta, que traz alguns dos filmes mais importantes da temporada para a tela do Estação. Foi um trabalho intenso de seleção dentre os quase 4000 inscritos que compartilhei com um grupo de olhar muito afiado responsável pela curadoria deste ano. Mantemos nosso perfil de passear por vários gêneros e propostas do curta metragem, dando destaque a filmes que apresentam notáveis inovações na linguagem”, disse Paulo Roberto Júnior, responsável pela programação do Festival Curta Cinema

A programação desta edição conta também com atividades paralelas, como a masterclass de direção com Neville d’Almeida e a Oficina de Desenvolvimento de Projetos de Curta-Metragem com Beth Formaggini. O festival também apresenta a 25ª edição do Laboratório de Projetos, com Lobo Mauro, Luciana Bezerra e Marina Meliande, que contemplará uma equipe de jovens cineastas com a possibilidade de produzir seu curta. O encerramento do Curta Cinema terá uma programação especial com a exibição de filmes participantes do Festival REGARD, do Canadá, apresentando uma seleção de seis produções de Quebec.

O festival é exclusivamente dedicado à exibição e à promoção de obras audiovisuais de curta-metragem. O evento exibe trabalhos finalizados em suportes digitais, com duração máxima de 30 minutos, e tem caráter competitivo e informativo. Além disso, é qualificador para importantes prêmios da indústria audiovisual, entre eles, o Oscar, realizado pela AMPAS, Academy of Motion Picture Arts and Sciences.

Conheça os filmes selecionados para o Curta Cinema 2022:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL

Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Aragem, de Ricardo Alves Jr. (MG)
Big Bang, de Carlos Segundo (SP)
Contragolpe, de Victor Uchôa (BA)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (SP)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (PE)
Lugar de Ladson, de Rogério Borges (SP)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS)
Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP)
Qual é a Grandeza?, de Marcus Curvelo (BA)
Sangoma, de Aline Fernandes, Nathalia Freitas, Talita Araujo e Terená Kanouté (SP)
Teatro de Máscaras, de Eduardo Ades (RJ)
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)
Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Rolando Calel Apén (SP)

MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL

Aftermath, Afterpath, de Frédérique Buck e Gintare Parulyte (Luxemburgo)
Buurman Abdi, de Douwe Dijkstra (Holanda)
By Flavio, de Pedro Cabeleira (Portugal)
Deer (Gavazn), de Hadi Babaeifar (Irã)
El After del Mundo, de Florentina Gonzalez (França)
Further and Further Away, de Polen Ly (Camboja)
Ice Merchants, de João Gonzalez (Portugal)
I Love Pictures, de Gabriel Bellone (EUA)
Invisibles, de Esteban Garcia Garzon (Colômbia)
La Marcha de Balogun, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil)
L’autre Rive, de Gaëlle Graton (Canadá)
Noche. Del Borde Del Sofa a La Cama Doble., de Luis Enrique Barbour (Colômbia)
Raie Manta, de Anton Bialas (França)
Salvation Has No Name, de Joseph Wallace (Reino Unido)
Same Old, de Lloyd Lee Choi (EUA)
Scale, de Joseph Pierce (França/Bélgica/Reino Unido)
The Empty Sphere, de Stéphanie Roland (Estados Federados da Micronésia)
The Fruit Tree, de Isabelle Tollenaere (Bélgica)
Tria, de Giulia Grandinetti (Itália)
Tsutsué, de Amartei Armar (França/Gana)

PANORAMA CARIOCA

Carta para Glauber, de Gregory Baltz
Correria, de Liliana Mont Serrat
Flores Vermelhas, de Érica Sansil
Iceberg, de Will Domingos
Jornada de 14 Horas, de Clara Henriques e Luiza França
Korrupta, de Marcos Bonisson
O Plantonista do Dia, de Allan Ribeiro
Quem de Direito, de Ana Galizia
Vem de Volta, de Cavi Borges

PANORAMA LATINO AMERICANO

Agustina, de Luciana Herrera Caso (México)
Colligare Herbarium et Insecta, de Augustina Arrarás e Nicolás Onischuk (Argentina)
Dia de Visita, de Diego Rodriguez (Cuba)
El Aliento, de Hernan Biassoti, Franco Cerana e Alejandro Magneres (Argentina)
El Mañana es un Palacio de Agua, de Juanita Onzaga (Colômbia)
L’ombre des Corbeaux, de Elvira Barbosa (França)
Papel, de Gisela Carbajal Rodríguez e Felix Klee (México)
Tal Vez el Infierno Sea Blanco, de Diego Andres Murillo de Tommasi (Venezuela)
Tigre Tigre, de Mauricio Sáenz-Cánovas (México)
Willkawiwa (El Sagarado Fuego de Los Muertos), de Pável Quevedo Ullauri (Equador)

MOSTRA PRIMEIROS QUADROS

Aluísio, O Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (PB)
As Velas do Monte Castelo, de Lanna Fernandes de Carvalho (CE)
Cadê Heleny?, de Esther Vital (MG)
Cinema Esperança, de Ana Carolina Francisco (RJ)
Essas Lápides Onde Habitamos, de Ana Machado e Vitor Artese (SP)
Missão Sudoeste de Angola – Afinal Quem Nos Define?, de Carla Osorio (ES)
Nada Além de Flores, de Eddy Mathias (RJ)
Salgar, de Pedro Vinícius (RJ)

MOSTRA PRIMEIROS QUADROS HISPÂNICOS

All My Scars Vanish in The Wind, de Angélica Restrepo Guzmán e Carlos Velandia (Colômbia)
Así Mismo, de Shraon Kleinberg (México)
El Delfín, de Manuela Roca (Uruguai)
Etxetxipia (Casa Pequeña), de Marina Velázquez (Espanha)
Golem, de Andres Jimenez Quintero (Colômbia)
Montaña Azul, de Sofía Salinas Barrera (Colômbia)

Foto: Divulgação/Caboré Audiovisual.