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69º MPSE Golden Reel Awards: conheça os indicados ao prêmio que elege os melhores editores de som

por: Cinevitor
Matt Smith e Anya Taylor-Joy em Noite Passada em Soho, de Edgar Wright.

Fundada em 1953, a MPSE, Motion Picture Sound Editors, é uma organização dedicada a melhorar o reconhecimento de seus membros, educando o público e o resto da comunidade cinematográfica quanto ao mérito artístico da edição sonora.

Os membros da MPSE criam os efeitos sonoros dramáticos e inventam novos sons para mundos imaginários. Além dos editores de efeitos de som, a organização conta também com: editores de Foley, que reproduzem efeitos sonoros complementares para um filme (também conhecido como sonoplastia), como por exemplo, barulho de um vidro quebrando ou de um zíper sendo aberto; editores de diálogos, que são os artesãos que suavizam meticulosamente o som da produção gravado no local; editores de ADR, que ajudam a tecer o diálogo recriado e substituem faixas problemáticas; e editores de música, que trabalham com compositores e supervisores musicais que detectam pontos capazes de coser uma tapeçaria sônica da partitura original e da música pré-gravada em várias fontes.

Anualmente, a Motion Picture Sound Editors realiza o Golden Reel Awards, premiação que elege os melhores trabalhos nas áreas de edição de som na TV, cinema, games e produções estudantis. Em comunicado oficial, Mark Lanza, presidente da MPSE, disse: “Foi um ano fantástico para o som e estamos ansiosos para celebrar o incrível trabalho que os editores de som realizaram para filmes, televisão, jogos, documentários e outras mídias criativas no ano passado”.

Os homenageados desta 69ª edição serão: o consagrado cineasta Ron Howard, que receberá o MPSE Filmmaker Award; e o editor de som Anthony J. Ciccolini III, de O Código Da Vinci, A Luta pela Esperança, Uma Mente Brilhante e a série Sex and the City, que será honrado com o MPSE Career Achievement Award. Neste ano, os vencedores serão anunciados no dia 13 de março em uma cerimônia virtual. 

Conheça os indicados ao 69º MPSE Golden Reel Awards nas categorias de cinema:

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | DIÁLOGOS/ADR
007 – Sem Tempo para Morrer
A Tragédia de Macbeth
Ataque dos Cães
Duna
Matrix Resurrections
Noite Passada em Soho
O Beco do Pesadelo
Um Lugar Silencioso: Parte II

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | EFEITOS/FOLEY
007 – Sem Tempo para Morrer
Belfast
Duna
Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Matrix Resurrections
O Beco do Pesadelo
Um Lugar Silencioso: Parte II

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Encanto
Luca
Raya e o Último Dragão
Sing 2

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO
Billie Eilish: The World’s a Little Blurry
Fuga
Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)
The Rescue
The Velvet Underground
Val

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME ESTRANGEIRO
A Mão de Deus (Itália)
Cliff Walkers (China/Hong Kong)
Herói de Dois Mundos (China)
Titane (França)
Um Herói (Irã)

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | MÚSICA
Amor, Sublime Amor
Duna
Em um Bairro de Nova York
Ghostbusters: Mais Além
Matrix Resurrections
O Beco do Pesadelo
tick tick…BOOM!
Um Lugar Silencioso: Parte II

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME | STREAMING
Infinito
Medo da Chuva
Missão Resgate
Oslo
Rua do Medo: 1978 – Parte 2

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO | STREAMING
1971: O Ano em que a Música Mudou o Mundo (episódio 1)
A Vida em Cores com David Attenborough (episódio Seeing in Color)
Bem-Vindos à Terra
Bob Ross: Alegria, Traição e Ganância
Extermine Todos os Brutos
F1: Dirigir para Viver (episódio: Down to the Wire)
McCartney 3, 2, 1
The Beatles: Get Back (parte 3)

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO | STREAMING
Arcane: League of Legends (episódio: When These Walls Come Tumbling Down)
LEGO Star Wars: Contos Aterrorizantes
Maya e os 3 Guerreiros (episódio: Chapter 9: The Sun and the Moon)
O Que Aconteceria Se… o Doutor Estranho Perdesse seu Amor e Não o Controle das Mãos?
White Snake 2: The Tribulation of the Green Snake

STUDENT FILM | VERNA FIELDS AWARD
Build Me Up
Cocon
Do Not Feed the Pigeons
Échale Ganas, The Villa’s Tacos Story
Night of the Living Dread
Other Half
Pressure
The Many Faces of Ava

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

26º Art Directors Guild Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Bradley Cooper em O Beco do Pesadelo, de Guillermo del Toro.

Fundada em 1937, a Art Directors Guild (ADG, IATSE Local 800) reúne mais de 2.500 membros do mundo todo, principalmente americanos e canadenses, que trabalham como designers de produção, diretores de arte, cenógrafos, ilustradores, modeladores, assistentes de arte, entre outros.

Em 1996, foi realizado o primeiro ADG Awards, prêmio anual de excelência em design de produção no cinema, na TV e no teatro. Ao longo dos anos, filmes consagrados pela associação também receberam o Oscar nesta categoria, como: O Paciente Inglês, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, O Curioso Caso de Benjamin Button, O Grande Hotel Budapeste, Mad Max: Estrada da Fúria, La La Land: Cantando Estações, A Forma da Água, Pantera Negra, Era Uma Vez em… Hollywood e o mais recente Mank.

Como de costume, nomes importantes serão homenageados na premiação: o Lifetime Achievement Award será entregue para a designer de set Ann Harris, de Edward Mãos de Tesoura, Mudança de Hábito e O Último Samurai; para a designer de produção Ida Random, indicada ao Oscar por Rain Man; e para a storyboard artist Donna Cline. A cineasta Jane Campion será honrada com o Cinematic Imagery Award e Denis Villeneuve receberá o William Cameron Menzies Award. Os vencedores serão anunciados no dia 5 de março em Los Angeles.

Conheça os indicados ao 26º Annual Excellence in Production Design Awards nas categorias de cinema:

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ÉPOCA
A Crônica Francesa, por Adam Stockhausen
A Tragédia de Macbeth, por Stefan Dechant
Amor, Sublime Amor, por Adam Stockhausen
Licorice Pizza, por Florencia Martin
O Beco do Pesadelo, por Tamara Deverell

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE FANTASIA
A Lenda do Cavaleiro Verde, por Jade Healy
Cruella, por Fiona Crombie
Duna, por Patrice Vermette
Ghostbusters: Mais Além, por Francois Audouy
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, por Sue Chan

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME CONTEMPORÂNEO
007 – Sem Tempo para Morrer, por Mark Tildesley
A Filha Perdida, por Inbal Weinberg
A Lenda de Candyman, por Cara Brower
Em um Bairro de Nova York, por Nelson Coates
Não Olhe para Cima, por Clayton Hartley

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, por Lindsey Olivares
Encanto, por Ian Gooding
Luca, por Daniela Strijleva
Raya e o Último Dragão, por Paul Felix
Sing 2, por Olivier Adam

Foto: Kerry Hayes.

25ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibe mais de 160 filmes em formato on-line

por: Cinevitor
Renata Carvalho em Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira.

A 25ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 21 e 29 de janeiro, alterou mudanças em seu formato presencial por conta da pandemia de Covid-19.

O comunicado oficial, divulgado na sexta-feira, 14/01, diz: “Mesmo seguindo todos os protocolos sanitários, em conformidade com o Programa Minas Consciente, as taxas de transmissibilidade inesperadamente altas da variante Ômicron estão exigindo um cuidado ainda maior. Salvar vidas é o mais importante. Sendo assim, a Universo Produção, em diálogo com o Governo de Minas Gerais, com a Prefeitura Municipal de Tiradentes, patrocinadores, parceiros, profissionais do audiovisual, fornecedores, equipes e curadores, conclui que o melhor a ser feito neste momento é transferir as atividades presenciais da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes para o formato on-line, mantendo o mesmo propósito conceitual do evento e de programação”.

Em 2022, a Mostra de Cinema de Tiradentes comemora 25 anos de existência; uma trajetória rica em propósitos, realizações, descobertas, invenções, reflexões, formação, promoção, exibição e difusão do cinema brasileiro. A programação abrangente e gratuita exibirá 169 filmes, de 21 estados brasileiros (64 longas, 3 médias e 102 curtas-metragens), em pré-estreias e mostras temáticas.

A abertura da Mostra acontece na noite de 21 de janeiro com homenagem ao cineasta Adirley Queirós, apresentação da temática Cinema em Transição e exibição, em pré-estreia, de Fragmentos de 2016 em dois episódios, mais novo projeto de Adirley, codirigido por Cássio Oliveira. “A renovação é uma das marcas mais significativas que estampou o Brasil nas telas da Mostra Tiradentes e celebrar todas as conquistas revigora nossa alma”, ressalta Raquel Hallak, coordenadora geral do evento.

Proposta para a 25ª edição da Mostra, a temática Cinema em Transição parte da percepção de que o cinema brasileiro atravessa um período complexo e delicado em diversos setores: do desenvolvimento de projetos à produção, das filmagens à finalização, da distribuição à exibição, toda a cadeia de realização tem sido reestruturada, reconfigurada e, muitas vezes, revolucionada. “Estamos num período histórico de aceleração dos processos, que passa pela economia e pela criatividade no audiovisual, desde as formas de financiamento até a efervescência das plataformas de streaming e a crise das salas físicas”, destaca o coordenador curatorial Francis Vogner dos Reis.

Analisando mudanças técnicas, estéticas e econômicas, o cinema brasileiro contemporâneo será investigado, durante a Mostra, a partir de seus novos arranjos profissionais e artísticos em andamento, diante de uma realidade econômica e criativa que segue institucionalmente negando a cultura (em âmbito de Governo Federal) e uma movimentação cultural que não pode mais se restringir aos antigos modelos de produção e circulação de obras, sob risco de sua própria sobrevivência e a dos profissionais envolvidos: “Ninguém quer e nem pode parar. Se existe muita constrição, precarização e recuos nesse processo, no aspecto criativo lidamos num cenário em que os intentos, as ideias e as práticas a partir do audiovisual são fortes em outros territórios de experimentação”, afirma Francis.

A forte presença de filmes dirigidos por pessoas negras, trans e indígenas, a proliferação de coletivos criativos vindos de outras áreas artísticas para além do cinema e a experimentação de formatos, linguagens e espaços de exibição serão fundamentais para se compreender a amplitude dos conceitos tratados na Mostra em 2022.

Sob esse recorte, cinco sessões vão apresentar e refletir os processos de transição (entre formas, plataformas, temas e artistas) pelos quais passa a produção audiovisual nos últimos anos. Diário Dentro da Noite, de Chico Diaz, ator homenageado pela 16ª CineOP em 2021, lida com as angústias da pandemia durante confinamentos realizados em meio à montagem de uma peça a partir do livro A Lua Vem da Ásia, de Campos de Carvalho. Outro título desse recorte é Hit Parade, série de TV dirigida por Marcelo Caetano que terá dois episódios exibidos na Mostra. No enredo, após levar um golpe do produtor Missiê Jack, o compositor Simão abre uma gravadora para enfrentar seu rival. Em pouco tempo, uma guerra entre eles domina a música pop dos anos 80.

Uma reunião de curtas-metragens também vai tratar desse cenário de transições, com os filmes Rua Ataleia, de André Novais Oliveira; Voz na Escuridão, de José Hélio Neto; Qual é a Grandeza?, de Marcus Curvelo; 521 Anos, de adanilo; e YÃY TU NŨNÃHÃ PAYEXOP: Encontro de Pajés, de Sueli Maxakali; assim como o média-metragem Ficções Sônicas #2 – Feitiço, de Grace Passô e Aline Vila Real.

Desde a histórica e apoteótica sessão de A Cidade é uma Só?, em 2012, quando inclusive saiu com o Troféu Barroco de melhor filme da Mostra Aurora, Adirley Queirós, cineasta de Ceilândia, no Distrito Federal, vem apresentando seus novos e instigantes trabalhos no evento. Junto ao Ceicine (Coletivo de Cinema da Ceilândia), ele toma parte historicamente em um panorama contemporâneo que, nos últimos 16 anos, se fez entre a independência radical dos coletivos e o estímulo das políticas públicas para o audiovisual em nível federal, estadual e municipal, com o fomento a pequenas produções.

Cena de O Dia da Posse, de Allan Ribeiro: selecionado.

A seleção de 169 filmes (entre longas e curtas-metragens), de 21 estados brasileiros, vai apresentar a força da cinematografia brasileira contemporânea, mesmo num momento de crise provocado pelos efeitos devastadores da pandemia e da inexistência ou paralisia de políticas públicas culturais. A coordenação curatorial do evento é assinada pelo crítico Francis Vogner dos Reis, que divide com a pesquisadora Lila Foster a seleção de longas-metragens. A curadoria de curtas-metragens foi feita por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva. Os filmes estarão distribuídos nas seguintes mostras: Aurora, Olhos Livres, Temática, Homenagem, Autorias, Foco, Panorama, Foco Minas, Praça, Formação, À Meia-noite Levarei sua Alma, Sessão Debate, Jovem, Valores, 25 anos, Regional e Mostrinha.

A Mostra Aurora, dedicada a filmes de realizadores com até três longas-metragens, tem produções inéditas em circuitos de festival, com expressões e abordagens arrojadas no atual cenário de realização. Clique aqui e confira os sete selecionados desse ano.

Nomeada em tributo ao cineasta Carlos Reichenbach, a Mostra Olhos Livres é um recorte da programação que se caracteriza pela diversidade de formas e conceitos, sem critérios uniformizantes ou regulamento prévio. Ao longo dos anos, consolidou-se como panorama amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro, muitas vezes vindas de realizadores já com trajetória significativa nos circuitos de exibição nacional e estrangeiro. Em 2022, os títulos selecionado são:

Ava – Até que os Ventos Aterrem, de Camila Mota (SP)
Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP)
Manguebit, de Jura Capela (PE/SP/RJ)
O Dia da Posse, de Allan Ribeiro (RJ)
Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira (ES)
Você nos Queima, de Caetano Gotardo (SP)

Em filmes de diálogo imediato com o público, mas nem por isso mais simples ou menos complexos, os títulos da Mostra Praça em 2022 apresentam desafios estéticos estimulantes em várias possibilidades de impacto. Além de três sessões de curtas-metragens, a praça será espaço de diversos longas-metragens em pré-estreia. O selecionados são:

A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga (SP)
As Faces do Mao, de Dellani Lima e Lucas Barbi (SP)
Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE)
Lavra, de Lucas Bambozzi (MG)
Lutar, Lutar, Lutar, de Helvécio Marins Jr e Sérgio Borges (MG)

Seguindo a tradição dos chamados midnight movies, com filmes de gênero que encerram as exibições dos fins de semana da Mostra, em 2022 surge À Meia-noite Levarei sua Alma, com uma seleção de filmes perturbadores “amaldiçoada” pelo grande José Mojica Marins (1936-2020), cujo mais famoso filme de terror batiza a sessão. E é justamente de Mojica o primeiro título desse ano, A Praga, pré-estreia nacional de um projeto póstumo do criador do Zé do Caixão que ficou décadas desaparecido e foi recentemente recuperado e finalizado pelo produtor Eugênio Puppo. Também na madrugada será exibido Extremo Ocidente, de João Pedro Faro.

Na Mostra Autorias, o mais novo filme do cineasta Julio Bressane, Capitu e o Capítulo retoma o clássico Dom Casmurro, de Machado de Assis, numa dança ensaística ritmada por uma singularidade de estilo: a brevidade de capítulos que expandem a figura do narrador e apresentam, na personalidade incisiva de Capitu e nas respostas titubeantes de Bentinho, uma redefinição dos duos habituais da filmografia do cineasta. Por sua vez, Cafi – Salve o Prazer, de Lírio Ferreira, resgata a vida e obra do fotógrafo e artista plástico pernambucano Carlos da Silva Assunção Filho (1950-2019) e mergulha no trabalho encantador de um artista que participou de criações e momentos-chave da música brasileira no século 20.

Outro grande artista retratado em Tiradentes, na Sessão Debate, é o cineasta Ruy Guerra, hoje aos 90 anos de idade. Tempo Ruy, documentário de Adilson Mendes, mostra o trabalho do cineasta, escritor, ator e dramaturgo moçambicano radicado no Brasil. Um filme-ensaio com materiais diversos para destacar o discurso do cineasta sobre sua obra ao longo do tempo, desde sua primeira experiência cinematográfica até momentos recentes de seu trabalho, apresentando o artista como crítico da sociedade, o cinema em favor da transformação política, a emancipação da mulher e o retorno do reprimido.

Sempre pensando na formação de novos olhares para o cinema brasileiro, as sessões Mostrinha e Jovem se dedicam ao público infantil e juvenil, considerando também a diversidade de formatos e linguagens dessa produção demográfica. Para as crianças, haverá uma sessão de cinco curtas-metragens e de três longas: Poropopó, de Luis Igreja, mostra uma família de palhaços que deixa o circo para morar na cidade e enfrentando dificuldades, preconceitos e autoritarismo com muito humor e magia; Tromba Trem, de Zé Brandão, que o divertido elefante Gajah depois que ele se torna uma celebridade da noite para o dia e se envolve num misterioso desaparecimento; e Pequenos Guerreiros, de Bárbara Cariry, no qual uma família de pescadores do litoral do Ceará decide viajar para o sertão, indo até a cidade de Barbalha, na região do Cariri, com o objetivo de pagar uma promessa durante a Festa do Pau da Bandeira.

A Mostra Jovem conta com o longa Os Dragões, de Gustavo Spolidoro, em que um grupo de cinco amigos da bucólica cidade de Cotiporã está aterrorizado com a ideia de ficarem mais velhos e com as responsabilidades que vêm no processo; e um conjunto de cinco curtas-metragens.

O Seminário do Cinema Brasileiro volta a ser um dos ambientes mais intensos de debates e discussões sobre o cinema no país. Em 2022 serão mais de 150 profissionais, entre críticos, realizadores, produtores, atores, acadêmicos, pesquisadores e jornalistas, atuando em 52 encontros e debates, entre eles a série Encontros com os Filmes, as rodas de conversa e os bate-papos após sessões do Cine-Praça.

A Mostra de Tiradentes tem também o compromisso de investir em novos talentos e promove o Programa de Formação com a oferta de oficinas audiovisuais para o público jovem e adulto, visando à capacitação técnica para o mercado de cinema em diversas frentes possíveis de trabalho. Desde sua primeira edição, em 1998, já foram certificados quase 7.000 alunos, em aproximadamente 260 oficinas ministradas.

Nos curtas-metragens, serão exibidos 102 títulos, de 18 estados. Em 2021, foram exibidos 79 curtas, portanto 2022 contará com acréscimo significativo de títulos. Clique aqui e confira a lista completa com os curtas selecionados para este ano.

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, a Mostra de Cinema de Tiradentes chega a sua 25ª edição em formato on-line. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais.

Fotos: Felipe Amarelo/Divulgação.

33º GLAAD Media Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Milena Smit e Penélope Cruz em Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar.

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQIA+ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS.

Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas na comunidade LGBTQIA+ e os problemas que afetam sua vidas. O evento já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Para sua 33ª edição, o anúncio dos indicados foi realizado em uma transmissão ao vivo na conta da GLAAD no TikTok e apresentado pela drag performer Gottmik, que participou da 13ª temporada de RuPaul’s Drag Race. Os vencedores serão anunciados em duas cerimônias: primeiro no dia 2 de abril, em Los Angeles; e depois, no dia 6 de maio, em Nova York.

Em comunicado oficial, Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, disse: “A mídia pode criar mudanças positivas e os indicados deste ano representam projetos, histórias e criadores poderosos que mudaram positivamente a cultura e iluminaram o público com histórias LGBTQ novas e impactantes. Há mais indicados este ano do que nunca, destacando um cenário crescente de visibilidade LGBTQ e servindo como um lembrete para o papel crítico que o cinema, a televisão, a música, o jornalismo e outras formas de mídia podem desempenhar na crescente aceitação LGBTQ no mundo diante de ataques contínuos contra nossa comunidade”.

Entre os indicados desta edição, destacam-se pessoas negras e trans em diversas funções. Além disso, duas novas categorias foram lançadas: Outstanding New TV Series, que reconhece séries de comédia ou drama em sua primeira temporada e que incluem histórias LGBTQ impactantes; e Outstanding Original Graphic Novel/Anthology, que reconhece uma graphic novel original ou uma coleção de contos que aparecem no mesmo livro lançado por uma editora convencional.

Neste ano, o GLAAD Media Awards também entregará o Prêmio Barbara Gittings de Excelência em Mídia LGBTQ, que homenageia um indivíduo, grupo ou meio de comunicação comunitário pioneiro que tenha feito uma contribuição significativa para o desenvolvimento da mídia LGBTQIA+. A homenageada deste ano é a jornalista Franco Stevens, editora fundadora da Curve Magazine, uma das principais revistas de estilo de vida lésbicas do mundo. 

Conheça os indicados ao 33º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | LANÇAMENTO AMPLO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, de Michael Rianda
Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg
Eternos, de Chloé Zhao
tick, tick…BOOM!, de Lin-Manuel Miranda
Todos Estão Falando sobre Jamie, de Jonathan Butterell

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
Breaking Fast, de Mike Mosallam
Gossamer Folds, de Lisa Donato
Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar
O Canto do Cisne, de Benjamin Cleary
Plano B, de Natalie Morales
Port Authority, de Danielle Lessovitz
Shiva Baby, de Emma Seligman
Suk Suk – Um Amor em Segredo, de Ray Yeung
The Obituary of Tunde Johnson, de Ali LeRoi
Tu Me Manques, de Rodrigo Bellott

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Lenda do Submundo, de Giselle Bailey e Nneka Onuorah
Changing the Game, de Michael Barnett
Cured: Independent Lens, de Bennett Singer e Patrick Sammon
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
No Ordinary Man, de Aisling Chin-Yee e Chase Joynt
Nuclear Family, de Ry Russo-Young
Pier Kids, de Elegance Bratton
Pray Away, de Kristine Stolakis
Pride (FX)
The Lady and the Dale: Uma Mentira Sobre Rodas, de Nick Cammilleri e Zackary Drucker

MELHOR FILME PARA TV/STREAMING
Nash Bridges, de Greg Beeman
Rua do Medo (trilogia)
The Christmas House 2: Deck Those Halls, de Rich Newey
Um Crush para o Natal, de Michael Mayer
Under the Christmas Tree, de Lisa Rose Snow

*Clique aqui e confira a lista completa com os indicados em todas as categorias.

Foto: Divulgação/El Deseo/Netflix.

7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, é indicado ao 53º NAACP Image Awards

por: Cinevitor
Rodrigo Santoro e Christian Malheiros em 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto.

Fundada em 12 de fevereiro de 1909, a NAACP, National Association for the Advancement of Colored People (na tradução, Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor), é a maior e mais antiga organização apartidária de direitos civis dos Estados Unidos.

O principal objetivo da NAACP é assegurar a igualdade política, educacional, social e econômica dos cidadãos dos grupos minoritários dos Estados Unidos e acabar com o preconceito racial. A NAACP procura eliminar todas as barreiras da discriminação racial através dos processos democráticos. Desde 1970, realiza o NAACP Image Awards, premiação multicultural que destaca os afro-americanos mais influentes do cinema, da televisão, da literatura, da música e da internet.

Os indicados desta 53ª edição foram anunciados nesta quarta-feira, 19/01, pelas redes sociais, por Kyla Pratt, Marcus Scribner e Tinashe. Os vencedores serão revelados no dia 26 de fevereiro em uma cerimônia apresentada por Anthony Anderson; a jornalista Nikole Hannah-Jones será uma das homenageadas e receberá o Social Justice Impact Award.

O filme Vingança & Castigo, de Jeymes Samuel, lidera a lista com 12 indicações. Além disso, o cinema brasileiro marca presença com 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, na categoria de melhor filme internacional

Na trama, o jovem Mateus, interpretado por Christian Malheiros, sai do interior em busca de uma oportunidade de trabalho em um ferro velho de São Paulo comandado por Luca, papel de Rodrigo Santoro. Chegando lá, acaba se tornando vítima de um sistema de trabalho análogo à escravidão. Produzido por Ramin Bahrani, de O Tigre Branco, e o brasileiro Fernando Meirelles, de Cidade de Deus, o roteiro é assinado por Thayná Mantesso e pelo diretor Alexandre Moratto.

Conheça os indicados ao 53º NAACP Image Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Estados Unidos vs. Billie Holiday, de Lee Daniels
Judas e o Messias Negro, de Shaka King
King Richard: Criando Campeãs, de Reinaldo Marcus Green
Respect: A História de Aretha Franklin, de Liesl Tommy
Vingança & Castigo, de Jeymes Samuel

MELHOR FILME INDEPENDENTE
American Skin, de Nate Parker
Ferida, de Halle Berry
No Ritmo do Coração, de Sian Heder
Test Pattern, de Shatara Michelle Ford
The Killing of Kenneth Chamberlain, de David Midell

MELHOR FILME INTERNACIONAL
7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto (Brasil)
African America, de Muzi Mthembu (África do Sul)
Eyimofe (This is My Desire), de Arie Esiri e Chuko Esiri (Nigéria)
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca)
The Gravedigger’s Wife (Guled & Nasra), de Khadar Ayderus Ahmed (Finlândia)

MELHOR DIREÇÃO
Denzel Washington, por A Journal for Jordan
Jeymes Samuel, por Vingança & Castigo
Lin-Manuel Miranda, por tick tick…BOOM!
Reinaldo Marcus Green, por King Richard: Criando Campeãs
Shaka King, por Judas e o Messias Negro

MELHOR ATOR
Denzel Washington, por A Tragédia de Macbeth
Jonathan Majors, por Vingança & Castigo
LaKeith Stanfield, por Judas e o Messias Negro
Mahershala Ali, por O Canto do Cisne
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ
Andra Day, por Estados Unidos vs. Billie Holiday
Halle Berry, por Ferida
Jennifer Hudson, por Respect: A História de Aretha Franklin
Tessa Thompson, por Identidade
Zendaya, por Malcolm & Marie

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Algee Smith, por Judas e o Messias Negro
Daniel Kaluuya, por Judas e o Messias Negro
Delroy Lindo, por Vingança & Castigo
Idris Elba, por Vingança & Castigo
LaKeith Stanfield, por Vingança & Castigo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs
Audra McDonald, por Respect: A História de Aretha Franklin
Danielle Deadwyler, por Vingança & Castigo
Dominique Fishback, por Judas e o Messias Negro
Regina King, por Vingança & Castigo

MELHOR ROTEIRO
A Journal for Jordan, escrito por Virgil Williams
A Lenda de Candyman, escrito por Win Rosenfeld, Nia DaCosta e Jordan Peele
Judas e o Messias Negro, escrito por Shaka King, Will Berson, Kenny Lucas e Keith Lucas
Vingança & Castigo, escrito por Jeymes Samuel e Boaz Yakin
Zola, escrito por Janicza Bravo e Jeremy O. Harris

CINEASTA REVELAÇÃO
Jamila Wignot, por Ailey
Jeymes Samuel, por Vingança & Castigo
Liesl Tommy, por Respect: A História de Aretha Franklin
Questlove, por Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)
Rebecca Hall, por Identidade

ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor
Danny Boyd, Jr., por Ferida
Jalon Christian, por A Journal For Jordan
Lonnie Chavis, por O Homem Água
Sheila Atim, por Ferida

MELHOR ELENCO
Judas e o Messias Negro
King Richard: Criando Campeãs
Respect: A História de Aretha Franklin
Um Príncipe em Nova York 2
Vingança & Castigo

MELHOR CURTA-METRAGEM | LIVE ACTION
Aurinko in Adagio, de Elisee Junior St Preux
Blackout, de Andrew Reid
The Ice Cream Stop, de Raul Perez
These Final Hours, de Lionel Coleman
When The Sun Sets (Lakutshon’ Ilanga), de Phumi Morare

MELHOR ANIMAÇÃO
A Jornada de Vivo
Encanto
Luca
Raya e o Último Dragão
Sing 2

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
A Sabiá Sabiazinha (Robin Robin), de Daniel Ojari e Michael Please
Blush, de Joe Mateo
Juntos Novamente (Us Again), de Zach Parrish
She Dreams at Sunrise, de Camrus Johnson
Vinte e Poucos (Twenty Something), de Aphton Corbin

MELHOR FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Colin em Preto e Branco
Genius: Aretha
Love Life
Robin Roberts Presents: Mahalia
The Underground Railroad

MELHOR DIREÇÃO | FILME PARA TV OU ESPECIAL
Jaffar Mahmood, por Hot Mess Holiday
Kenny Leon, por Robin Roberts Presents: Mahalia
Mario Van Peebles, por Salt-N-Pepa
Maritte Lee Go, por Negra como a Noite
Veronica Rodriguez, por Let’s Get Merried

MELHOR ATOR | FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Anthony Mackie, por Solos
Jaden Michael, por Colin em Preto e Branco
Kevin Hart, por A Mais Pura Verdade
Wesley Snipes, por A Mais Pura Verdade
William Jackson Harper, por Love Life

MELHOR ATOR COADJUVANTE | FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Courtney B. Vance, por Genius: Aretha
Keith David, por Negra como a Noite
Tituss Burgess, por Annie Live!
Will Catlett, por A Mais Pura Verdade
William Jackson Harper, por The Underground Railroad

MELHOR ATRIZ | FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Betty Gabriel, por Clickbait
Cynthia Erivo, por Genius: Aretha
Danielle Brooks, por Robin Roberts Presents: Mahalia
Jodie Turner-Smith, por Ana Bolena – A Rainha
Taraji P. Henson, por Annie Live!

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Anika Noni Rose, por Maid
Natasha Rothwell, por The White Lotus
Pauletta Washington, por Genius: Aretha
Regina Hall, por Nove Desconhecidos
Sheila Atim, por The Underground Railroad

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM | FILME PARA TV OU SÉRIE OU DRAMATIC SPECIAL
Alaya “That Girl Lay Lay” High, por That Girl Lay Lay
Celina Smith, por Annie Live!
Elisha ‘EJ’ Williams, por The Wonder Years
Eris Baker, por This Is Us
Miles Brown, por Black-Ish

MELHOR ROTEIRO | FILME PARA TV OU ESPECIAL
A Holiday In Harlem, escrito por Monique N. Matthew
Hot Mess Holiday, escrito por Sameer Gardezi
Madres, Mães de Ninguém, escrito por Mario Miscione e Marcella Ochoa
Negra como a Noite, escrito por Sherman Payne
Salt-N-Pepa, escrito por Abdul Williams

MELHOR VOZ ORIGINAL | ANIMAÇÃO | FILME OU TV
Andre Braugher, por Spirit: O Indomável
Awkwafina, por Raya e o Último Dragão
Brian Tyree Henry, por A Jornada de Vivo
Eric André, por Sing 2
Letitia Wright, por Sing 2

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Attica, de Traci Curry e Stanley Nelson
Barbara Lee: Speaking Truth to Power, de Abby Ginzberg
Meu Nome é Pauli Murray, de Julie Cohen e Betsy West
Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada), de Questlove
Tina, de Daniel Lindsay e T.J. Martin

MELHOR DOCUMENTÁRIO | TV, SÉRIE OU ESPECIAL
1971: O Ano em que a Música Mudou o Mundo
American Masters: How It Feels to Be Free
Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica
Insecure Documentary
Irmãos de Sangue: Malcolm X & Muhammad Ali

MELHOR DIREÇÃO | DOCUMENTÁRIO | FILME OU TV
Andre Gaines, por The One and Only Dick Gregory
Dawn Porter, por Rise Again: Tulsa And The Red Summer
Sam Pollard, por MLK/FBI
Samantha Knowles, Yoruba Richen, Geeta Gandbhir e Nadia Hallgren, por Black and Missing
Spike Lee, por NYC Epicenters: 9/11 → 2021 ½

MELHOR TRILHA SONORA | ÁLBUM
Estados Unidos vs. Billie Holiday
Judas e o Messias Negro
Respect: A História de Aretha Franklin
Um Príncipe em Nova York 2
Vingança & Castigo

PRÊMIO ESPECIAL | ARTISTA DO ANO
Jennifer Hudson
Lil Nas X
Megan Thee Stallion
Regina King
Tiffany Haddish

Foto: Aline Arruda/Netflix.

Morre, aos 37 anos, o ator francês Gaspard Ulliel

por: Cinevitor
O ator no Festival de Cannes, em 2016, para lançar É Apenas o Fim do Mundo, de Xavier Dolan.

Morreu nesta quarta-feira, 19/01, aos 37 anos, o ator francês Gaspard Ulliel. Segundos informações divulgadas pela imprensa internacional, ele ficou gravemente ferido depois de sofrer um acidente em uma estação de esqui em La Rosière, sudeste da França, na terça-feira. O artista chegou a ser transportado para o hospital, mas não resistiu.

Nascido no subúrbio parisiense de Boulogne-Billancourt, Gaspard estudou cinema na Universidade de Saint-Denis e começou a atuar quando ainda estava na escola. Seu primeiro trabalho profissional foi uma participação na série Mission protection rapprochée, em 1997.

Depois disso, estudou na Cours Florent, uma escola de teatro francesa, e foi descoberto pelo cineasta André Téchiné, que lhe ofereceu um papel no drama Anjo da Guerra, lançado em 2003. Por seu trabalho no filme, exibido no Festival de Cannes, recebeu o prêmio de ator revelação no Étoiles d’Or e foi indicado, em 2004, ao Prêmio César, o Oscar francês, como ator em ascensão. Antes disso, foi indicado na mesma categoria, um ano antes, pelo filme Beije Quem Você Quiser, de Michel Blanc. Até que em 2005, indicado pela terceira vez, foi premiado pelo drama Eterno Amor, de Jean-Pierre Jeunet.

Em 2007, ganhou destaque ao protagonizar Hannibal, a Origem do Mal, de Peter Webber. Porém, a consagração veio em 2014 ao interpretar o famoso estilista Yves Saint Laurent na cinebiografia Saint Laurent, de Bertrand Bonello. O longa, exibido na Competição Oficial do Festival de Cannes, lhe rendeu uma indicação ao Prêmio César de melhor ator e uma vitória no Lumiere Awards. Para divulgar o filme, Gaspard e o diretor estiveram no Brasil e conversaram com o CINEVITOR; clique aqui e assista.

Com É Apenas o Fim do Mundo, de Xavier Dolan, também exibido em Cannes, Gaspard Ulliel recebeu o prêmio de melhor ator no César, foi indicado no CinEuphoria Awards e premiado no Riviera International Film Festival. Ao longo da carreira, atuou em diversas produções, entre elas: Enquanto Houver Esperança, Paris, Te Amo, Pacto de Sangue, A Arte de Amar, Eva, Les confins du monde, A Revolução em Paris, A Dançarina, Sibyl, entre outras.

O ator francês deixa alguns trabalhos inéditos, como a série Cavaleiro da Lua, produzida pelo Disney+ e que estreia em março; e o filme Plus que jamais, de Emily Atef. Gaspard também estava confirmado em La Bête, ficção científica de Bertrand Bonello, que está em pré-produção.

Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images Europe.

Festival de Berlim 2022: dezoito filmes concorrem ao Urso de Ouro

por: Cinevitor
Elizabeth Banks e Sigourney Weaver em Call Jane, de Phyllis Nagy.

A 72ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição e que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento.

Neste ano, 18 filmes, de 15 países, foram selecionados; sete foram dirigidos por mulheres. Da lista, onze cineastas já estiveram no festival, oito em competição e cinco deles já foram premiados. O diretor M. Night Shyamalan presidirá o Júri Internacional e a atriz francesa Isabelle Huppert será homenageada com o Urso de Ouro honorário

Em comunicado oficial, Carlo Chatrian, diretor artístico do evento, disse: “Estamos felizes por ter de volta artistas que amamos e cujo trabalho é importante para nós. Também estamos felizes em receber pela primeira vez na Competição cineastas cujos filmes nos emocionaram. Mais da metade dos filmes selecionados acontecem no presente dia, mas apenas dois tratam dos tempos atuais de pandemia. Os laços humanos e afetivos são um fio condutor, com metade da seleção escolhendo a família como contexto para seus contos. Quase todos os filmes ambientam seus contos fora do centro da cidade, nas periferia, no campo ou seguem os personagens em suas viagens para longe das cidades”.

Além disso, também foram anunciados os títulos selecionados para as mostras Berlinale Special, com 15 filmes, de 12 países; e para a mostra Encounters, com 15 obras em estreias mundiais.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2022:

COMPETIÇÃO

A E I O U – Das schnelle Alphabet der Liebe (A E I O U – A Quick Alphabet of Love), de Nicolette Krebitz (Alemanha/França)
Alcarràs, de Carla Simón (Espanha/Itália)
Avec amour et acharnement (Both Sides of the Blade), de Claire Denis (França)
Call Jane, de Phyllis Nagy (EUA)
Drii Winter (A Piece of Sky), de Michael Koch (Suíça/Alemanha)
Everything Will Be Ok, de Rithy Panh (França/Camboja)
La ligne (The Line), de Ursula Meier (Suíça/França/Bélgica)
Leonora addio, de Paolo Taviani (Itália)
Les passagers de la nuit (The Passengers of the Night), de Mikhaël Hers (França)
Nana (Before, Now & Then), de Kamila Andini (Indonésia)
Peter von Kant, de François Ozon (França)
Rabiye Kurnaz gegen George W. Bush (Rabiye Kurnaz vs. George W. Bush), de Andreas Dresen (Alemanha/França)
Rimini, de Ulrich Seidl (Áustria/França/Alemanha)
Robe of Gems, de Natalia López Gallardo (México/Argentina/EUA)
So-seol-ga-ui Yeong-hwa (The Novelist’s Film), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Un año, una noche (One Year, One Night), de Isaki Lacuesta (Espanha/França)
Un été comme ça (That Kind of Summer), de Denis Côté (Canadá)
Yin Ru Chen Yan (Return to Dust), de Li Ruijun (China)

BERLINALE SPECIAL GALA

Against the Ice, de Peter Flinth (Islândia/EUA/Dinamarca)
À propos de Joan (About Joan), de Laurent Larivière (França/Alemanha/Irlanda)
Gangubai Kathiawadi, de Sanjay Leela Bhansali (Índia)
Good Luck to You, Leo Grande, de Sophie Hyde (Reino Unido)
Incroyable mais vrai (Incredible But True), de Quentin Dupieux (França/Bélgica)
Der Passfälscher (The Forger), de Maggie Peren (Alemanha/Luxemburgo)
Occhiali neri (Dark Glasses), de Dario Argento (Itália/França)
The Outfit, de Graham Moore (EUA)

BERLINALE SPECIAL

1341 Framim Mehamatzlema Shel Micha Bar-Am (1341 Frames of Love and War), de Ran Tal (Israel/Reino Unido/EUA)
Eine deutsche Partei (A German Party), de Simon Brückner (Alemanha)
Le chêne (Heart of Oak), de Laurent Charbonnier e Michel Seydoux (França)
Nest, de Hlynur Pálmason (Dinamarca/Islândia)
Nothing Lasts Forever, de Jason Kohn (EUA)
Terminal Norte (North Terminal), de Lucrecia Martel (Argentina)
This Much I Know To Be True, de Andrew Dominik (Reino Unido)

ENCOUNTERS

A Little Love Package, de Gastón Solnicki (Áustria/Argentina)
À vendredi, Robinson (See You Friday, Robinson), de Mitra Farahani (França/Suíça/Irã/Líbano)
Axiom, de Jöns Jönsson (Alemanha)
Brat vo vsyom (Brother in Every Inch), de Alexander Zolotukhin (Rússia)
Coma, de Bertrand Bonello (França)
Father’s Day, de Kivu Ruhorahoza (Ruanda)
Flux Gourmet, de Peter Strickland (Reino Unido/EUA/Hungria)
I Poli ke i Poli (The City and the City), de Christos Passalis e Syllas Tzoumerkas (Grécia)
Journal d’Amérique (American Journal), de Arnaud des Pallières (França)
Keiko, me wo sumasete (Small, Slow but Steady), de Shô Miyake (Japão/França)
MUTZENBACHER, de Ruth Beckermann (Áustria)
Queens of the Qing Dynasty, de Ashley McKenzie (Canadá)
Sonne, de Kurdwin Ayub (Áustria)
Unrueh (Unrest), de Cyril Schäublin (Suíça)
Zum Tod meiner Mutter (The Death of my Mother), de Jessica Krummacher (Alemanha)

Foto: Wilson Webb.

Dirigido por Bruno Barreto, Vovó Ninja, com Gloria Pires, ganha trailer

por: Cinevitor
Gloria Pires em cena: em breve nos cinemas!

Dirigido por Bruno Barreto, Vovó Ninja marca a volta de Gloria Pires às comédias e às telonas no papel de uma avó nada convencional. Sua personagem, Arlete, viverá momentos transformadores com os netos Elis (Luiza Salles), João (Michel Felberg) e Davi (Angelo Vital) nas primeiras férias que passarão juntos.

O longa também é estrelado por Cleo Pires, Leandro Ramos, Matheus Ceará, Dadá Coelho, Luiza Nery, Thiago Justino, Pedro Miranda e Miguel Lobo.

Com roteiro de Rodrigo Goulart, Gustavo Acioly e Gabi Mancini, Vovó Ninja conta a história de Arlete (Gloria Pires), que vive reclusa e tem um estilo de vida zen. Ela se prepara para receber os três netos em sua casa, depois de muito tempo sem vê-los. Arlete não tem muita intimidade ou jeito com as crianças, que estão insatisfeitas de passar as férias com a avó em um sítio sem internet, cheio de regras e tarefas domésticas. Após uma tentativa de roubo no local, o caçula Davi descobre que a avó tem habilidades fora do comum e, junto com os irmãos, faz de tudo para descobrir qual é o segredo de Arlete.

Produzido por Paula Barreto, Gabriel Gurman, Ricardo Costianovsky e Tomas Darcyl, a produção é da LC Barreto em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.

Confira o trailer de Vovó Ninja, que terá a data de estreia divulgada em breve:

Foto: Reprodução/YouTube.

20º VES Awards: conheça os indicados ao prêmio que elege os melhores efeitos visuais do cinema

por: Cinevitor
Keanu Reeves em Matrix Resurrections, de Lana Wachowski.

Com mais de 3.300 membros, de 30 países, a Visual Effects Society reúne profissionais de efeitos visuais, incluindo artistas, tecnólogos, modelistas, educadores, executivos de estúdio, supervisores, especialistas em marketing e produtores.

Em 2003, aconteceu o primeiro VES Awards, prêmio que reconhece os melhores efeitos visuais e a inovação em filmes, animações, programas de TV, comerciais e videogames. Neste ano, entre os indicados nas categorias de cinema, Duna, de Denis Villeneuve, e a animação Encanto se destacam com seis indicações cada.

Por conta da pandemia de Covid-19, o formato da cerimônia de premiação, que acontecerá no dia 8 de março, será definido em breve. Em comunicado oficial, Lisa Cooke, presidente do Conselho da VES, disse: “Ao celebrarmos o 25º aniversário da Sociedade e a 20ª edição do prêmio, temos a honra de continuar destacando a notável arte e inovação dos efeitos visuais. O VES Awards é o único que apresenta e homenageia esses excelentes artistas globais em um ampla gama de disciplinas e estamos extremamente orgulhosos de todos os nossos indicados”.

Conheça os indicados ao 20º Visual Effects Society Awards nas categorias de cinema:

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM FILME FOTOREALISTA
007 – Sem Tempo para Morrer
Duna
Godzilla vs Kong
Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Matrix Resurrections
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

MELHORES EFEITOS VISUAIS DE APOIO EM FILME FOTOREALISTA
A Lenda de Candyman
A Tragédia de Macbeth
Noite Passada em Soho
O Beco do Pesadelo
O Último Duelo

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Encanto
Luca
Raya e o Último Dragão
Sing 2

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM FILME FOTOREALISTA
Aguirre, em Jungle Cruise
Carnage, em Venom: Tempo de Carnificina
Jeff, em Bios
Ulysses, em Flora e Ulysses

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM ANIMAÇÃO
Katie Mitchell, em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Luca, em Luca
Mirabel Madrigal, em Encanto
Tuk Tuk, em Raya e o Último Dragão

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM FILME FOTOREALISTA
Arrakeen City, em Duna
The Mirror Dimension, em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Valle Del Marre, em O Esquadrão Suicida
Waterfall Canyon, em Jungle Cruise

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM ANIMAÇÃO
Crystal Theater, em Sing 2
Mambo Cabana, em A Jornada de Vivo
Portorosso Piazza, em Luca
Quarto do Antonio, em Encanto
Talon, em Raya e o Último Dragão

MELHOR FOTOGRAFIA VIRTUAL EM CG PROJECT
Ocean Battle, em Godzilla vs Kong
Race to the Ark, em Loki (episódio Lamentis)
Raya e o Último Dragão
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
We Don’t Talk about Bruno, em Encanto

MELHOR MODELO EM PROJETO FOTOREALISTA OU ANIMADO
Casita Madrigal, em Encanto
Jotunheim, em O Esquadrão Suicida
Royal Ornithopter, em Duna
The Red Room, em Viúva Negra

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME FOTOREALISTA
Água do Oceano e Destruição de Batalha, em Godzilla vs Kong
Água, Bolhas e Magia, em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
Destruição de Corto Maltese, em O Esquadrão Suicida
Dunas de Arrakis, em Duna

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME DE ANIMAÇÃO
Encanto
Luca
Raya e o Último Dragão
Sing 2

MELHOR COMPOSIÇÃO E ILUMINAÇÃO EM FILME FOTOREALISTA
Attack on Arrakeen, em Duna
Hologram & Hunter Seeker, em Duna
Liberty Island Battle & Christmas Swing Finale, em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Macau City, em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
Red Room Crashing Back to Earth, em Viúva Negra

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS PRÁTICOS EM FILME FOTOREALISTA OU ANIMADO
A Guerra do Amanhã
Eternos
Jungle Cruise
Matrix Resurrections

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM PROJETO ESTUDANTIL
Green
Le Souffleur de Rêves
Neoshin Episode 01: Cold Blood
Relativity

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures.

Festival de Berlim 2022: filme brasileiro é selecionado para a mostra Panorama

por: Cinevitor
Bárbara Colen em cena: filme brasileiro selecionado.

A 72ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro, acaba de anunciar novos filmes da mostra Panorama, que destaca o cinema internacional contemporâneo, ousado e não convencional. Aqui, os títulos concorrem ao Prêmio do Público, já tradicional do evento.

Neste anúncio final das obras, o cinema brasileiro ganha destaque com Fogaréu, primeiro longa-metragem de ficção de Flávia Neves, que assina o roteiro ao lado de Melanie Dimantas. Na fronteira entre o real e o fantástico, entre o passado colonial e a modernidade avassaladora do agronegócio, a cidade de Goiás é palco do encontro entre a jovem Fernanda e suas secretas raízes. Ela volta para a casa de seu abastado tio, após a morte de sua mãe adotiva, a fim de implodir certezas e deixar surgir a dolorosa verdade sobre sua origem.

Baseado em uma história pessoal da diretora, o longa tem produção da Bananeira Filmes, de Vania Catani, e da MyMama Entertainment. Com fotografia de Luciana Basseggio e montagem de Will Domingos, o filme traz Bárbara Colen, Nena Inoue, Eucir de Souza, Fernanda Vianna, Vilminha Chaves, Kelly Crifer, Timothy Wilson, Fernanda Pimenta, Allan Jacinto Santana e Typyire Ãwa no elenco. A produção executiva é assinada por Tarcila Jacob e Elaine Azevedo e Silva; a distribuição é da ArtHouse.

Em comunicado oficial, a cineasta falou: “Sim, o filme é inspirado em uma história real. Mas mesmo tendo nascido e vivido em Goiânia, a atual capital do Estado de Goiás, eu não conhecia essa realidade. Foi quando cheguei na UFF, em Niterói, que um professor que havia morado em Goiânia, me questionou sobre isso. Daí pesquisei e descobri que durante 100 anos, se estabeleceu na histórica Cidade de Goiás, antiga capital do Estado, um tipo de relação social com pessoas neurodiversas denominadas de “bobas” que, embora em processo de desaparecimento, ainda moram na comunidade até hoje. Essas pessoas, oriundas de regiões vizinhas ou das próprias famílias do lugar, eram adotadas e criadas para prestar toda sorte de serviços domésticos. Hoje em dia encontramos ainda reminiscências desse passado. Essa história me perturbou durante anos até decidir fazer um filme sobre ela e filmar com essas pessoas sobreviventes, muitas delas centenárias”.

E completou: “A trajetória da personagem é bastante parecida com a minha trajetória emocional durante o processo de desenvolvimento do filme. Fernanda está em busca de entender a sua verdadeira origem e identidade e o que descobre é bastante doloroso. Acreditou durante toda a vida que ocupava um lugar naquela família, quando na verdade ocupava outro. Isso ocorreu comigo também ao longo do processo”.

Atualmente, Flávia desenvolve o seu segundo longa, Tempo do Poder, com o apoio do Ibermedia. Com esse projeto, participou da residência na Cité Internacionale des Arts, em Paris, com bolsa concedida pelo Institut Français e pelo Projeto Paradiso.

Conheça os novos filmes selecionados para a mostra Panorama do Festival de Berlim 2022:

Aşk, Mark ve Ölüm (Love, Deutschmarks and Death), de Cem Kaya (Alemanha)
Baqyt (Happiness), de Askar Uzabayev (Cazaquistão)
Berdreymi (Beautiful Beings), de Guðmundur Arnar Guðmundsson (Islândia/Dinamarca/Suécia/Holanda/República Checa)
Bettina, de Lutz Pehnert (Alemanha)
Cinco lobitos (Lullaby), de Alauda Ruiz de Azúa (Espanha)
Concerned Citizen, de Idan Haguel (Israel)
Una femmina (Una Femmina – The Code of Silence), de Francesco Costabile (Itália)
Fogaréu, de Flávia Neves (Brasil/França)
Grand Jeté, de Isabelle Stever (Alemanha)
Heroji radničke klase (Working Class Heroes), de Miloš Pušić (Sérvia)
Kdyby radši hořelo (Somewhere Over the Chemtrails), de Adam Koloman Rybanský (República Checa)
No Simple Way Home, de Akuol de Mabior (Quênia/Sudão do Sul/África do Sul)
No U-Turn, de Ike Nnaebue (Nigéria/África do Sul/França/Alemanha)
El norte sobre el vacío (Northern Skies Over Empty Space), de Alejandra Márquez Abella (México)
Produkty 24 (Convenience Store), de Michael Borodin (Rússia/Eslovênia/Turquia)
Viens je t’emmène (Nobody’s Hero), de Alain Guiraudie (França)

Foto: Divulgação.

Festival de Berlim 2022: filmes brasileiros são selecionados para a mostra Forum

por: Cinevitor
Nilceia Vicente em Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre.

Depois de anunciar um novo formato por conta da pandemia de Covid-19, a 72ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro, revelou a seleção completa da mostra Forum, que traz filmes que apresentam reflexões sobre o meio cinematográfico, o discurso socioartístico e um sentido particular para a estética.

A programação visa expandir a compreensão do que é o cinema, testar os limites da convenção e abrir novas perspectivas para ajudar a compreender a sétima arte e como ela se relaciona com o mundo de novas maneiras. Os programas da 52ª edição da mostra Forum podem incluir questões que sirvam a esses fins, como: contemporâneo e histórico, cinema analógico e digital, arte de instalação, performance e música.

Na seleção deste ano, cineastas do mundo inteiro não perderam nada de sua inventividade e desejo artístico, por mais que a pandemia tenha paralisado a vida em nossas sociedades. O cinema brasileiro aparece com duas obras, entre elas, a ficção com cunho documental Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, uma coprodução entre Brasil e Portugal, com Joana Darc, Léa Alves e Andreia Vieira no elenco.

A sinopse diz: no ano de 2013, a Polícia Militar do Distrito Federal desencadeou uma grande operação de combate ao tráfico de drogas em Ceilândia, periferia de Brasília, desarticulando várias pequenas redes de comércio ilegal. Dezesseis homens foram presos. Um ano depois, as companheiras destes homens assumem o negócio. Rapidamente elas estabelecem o seu próprio espaço de ação, impondo novos códigos, reorganizando modos de produção e criando novas relações de trabalho. Sua disputa por poder econômico, simbólico e territorial lentamente se transforma numa guerra. Elas clamam espaço para o corpo feminino periférico e seus próprios códigos de ação. Elas são o mapa de um novo território.

Outra produção brasileira que se destaca na seleção é Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre, que traz a pandemia de Covid-19 como tema. A trama mostra jovens queer em São Paulo desafiando tanto o vírus quanto o fracasso político de seu governo. O elenco conta com Pedro Ribeiro, Jonata Vieira e Isabella Pereira; com participações especiais de Cida Moreira, Carlos Escher, Víctor Ivanon, Julia Katharine, Gilda Nomacce, Majeca Angelucci, Nilceia Vicente, Everaldo Pontes, Gabriel Stippe, Inês Brasil, Filipe Rossato e Lizette Negreiros.

Conheça os filmes selecionados para a mostra Forum do Festival de Berlim 2022:

Afterwater, de Dane Komljen (Alemanha/Espanha/Coreia do Sul/Sérvia)
Akyn (Poet), de Darezhan Omirbayev (Cazaquistão)
Bashtaalak sa’at (Shall I Compare You to a Summer’s Day?), de Mohammad Shawky Hassan (Egito/Líbano/Alemanha)
Camuflaje (Camouflage), de Jonathan Perel (Argentina)
Cette maison (This House), de Miryam Charleswith Schelby Jean-Baptiste, Florence Blain Mbaye e Eve Duranceau (Canadá)
El veterano (The Veteran), de Jeronimo Rodriguez (Chile)
Europe, de Philip Scheffner (Alemanha/França)
Für die Vielen – Die Arbeiterkammer Wien (For the Many – The Vienna Chamber of Labour), de Constantin Wulff (Áustria)
Geographies of Solitude, de Jacquelyn Mills (Canadá)
Happer’s Comet, de Tyler Taormina (EUA)
Jet Lag, de Zheng Lu Xinyuan (Suíça/Áustria)
L’état et moi, de Max Linz (Alemanha)
La edad media (The Middle Ages), de Alejo Moguillansky e Luciana Acuña (Argentina)
Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Brasil/Portugal)
Miền ký ức (Memoryland), de Kim Quy Bui (Vietnã/Alemanha)
Mis dos voces (My Two Voices), de Lina Rodriguez (Canadá)
Najeneun deopgo bameneun chupgo (Hot in Day, Cold at Night), de Park Song-yeol (Coreia do Sul)
Nie zgubiliśmy drogi (We Haven’t Lost Our Way), de Anka Sasnal e Wilhelm Sasnal (Polônia)
Nuclear Family, de Erin Wilkerson e Travis Wilkerson (EUA/Singapura)
O trio em mi bemol (The Kegelstatt Trio), de Rita Azevedo Gomes (Portugal/Espanha)
Rewind and Play, de Alain Gomis (Alemanha/França)
Scala, de Ananta Thitanat (Tailândia)
Super Natural, de Jorge Jácome (Portugal)
Terra que marca (Striking Land), de Raul Domingues (Portugal)
The United States of America, de James Benning (EUA)
Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (Brasil)
Une fleur à la bouche (A Flower in the Mouth), de Éric Baudelaire (França/Alemanha/Coreia do Sul)

Foto: Cris Lyra.

Festival de Berlim 2022 anuncia novos filmes; curta-metragem brasileiro é selecionado

por: Cinevitor
Raquel Paixão no curta brasileiro Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro.

A 72ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro, anunciou novos filmes e mudanças no formato por conta do aumento de casos de Covid-19. A organização resolveu reduzir as exibições presenciais em competição para seis dias, além de limitar a capacidade de assentos nos cinemas.

Sendo assim, a cerimônia de premiação acontecerá no dia 16 de fevereiro. Depois disso, os filmes serão reprisados em diversos cinemas da cidade. Os eventos voltados para a indústria, como o European Film Market, Berlinale Co-Production Market, Berlinale Talents e World Cinema Fund serão realizados em formato on-line.

O drama Peter von Kant, dirigido pelo cineasta francês François Ozon, será o filme de abertura desta 72ª edição. Exibido em competição, o longa, que é uma adaptação livre de As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder, conta com Denis Ménochet, Isabelle Adjani e Hanna Schygulla no elenco. Em comunicado oficial, Carlo Chatrian, diretor artístico do evento, disse: “Estamos muito felizes em receber François Ozon de volta ao festival. Para a abertura deste ano, procurávamos um filme que pudesse trazer leveza e vivacidade ao nosso cotidiano sombrio”.

O cineasta, que já foi premiado na Berlinale, também falou sobre a exibição: “É um prazer e uma honra retornar ao festival, onde só tenho ótimas lembranças, 22 anos depois da estreia de Gotas d’água em Pedras Escaldantes. O Festival de Berlim é o lugar ideal para conhecer Peter von Kant, que celebra minha ligação como diretor francês à cultura alemã. Obrigado pela seleção”.

Neste novo anúncio, o cinema brasileiro também marca presença na competição Berlinale Shorts Films com o curta-metragem Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro. Na trama, Gabriela é uma jovem pianista negra que irá se apresentar em seu primeiro grande recital. No entanto, um sonho com sua falecida mãe desestabiliza a mente e o coração de Gabriela, colocando em risco a sua apresentação. A partir de uma série de encontros ao longo de um dia, Gabriela irá se jogar em uma jornada de reconciliação com suas memórias e sua mãe. O elenco conta com Raquel Paixão, Leonardo Castro, Silvana Stein, André Pacheco, Indira Nascimento e Valéria Lima.

E mais: entre os 34 projetos de longas-metragens selecionados para a 19ª edição da Berlinale Co-Production Market, o Brasil aparece com Cachalote, de Angelo Defanti, produzido por Bárbara Defanti, da Sobretudo Produção.

Neste ano, o cineasta M. Night Shyamalan presidirá o Júri Internacional e a atriz francesa Isabelle Huppert será homenageada com o Urso de Ouro honorário. O júri da Berlinale Shorts Films contará com Rosa Barba, Reinhard W. Wolf e Payal Kapadia

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2022:

CURTAS-METRAGENS | Berlinale Shorts Films

Agrilogistics, de Gerard Ortín Castellví (Reino Unido/Espanha)
Amintiri de pe Frontul de Est (Memories from the Eastern Front), de Radu Jude e Adrian Cioflâncă (Romênia)
Ampangabagat Nin Talakba Ha Likol (It’s Raining Frogs Outside), de Maria Estela Paiso (Filipinas)
Bird in the Peninsula, de Atsushi Wada (França/Japão)
By Flávio, de Pedro Cabeleira (Portugal/França)
Chhngai Dach Alai (Further and Further Away), de Polen Ly (Camboja)
Dirndlschuld, de Wilbirg Brainin-Donnenberg (Áustria)
El sembrador de estrellas (The Sower of Stars), de Lois Patiño (Espanha)
Four Nights, de Deepak Rauniyar (EUA/México/Nepal)
Haulout, de Evgenia Arbugaeva e Maxim Arbugaev (Reino Unido/Rússia)
Heroínas (Heroines), de Marina Herrera (Peru)
Histoire pour 2 Trompettes (A Story for 2 Trumpets), de Amandine Meyer (França)
Jon-Jae-Ui Jib (House of Existence), de Joung Yumi (Coreia do Sul)
Kicking the Clouds, de Sky Hopinka (EUA)
Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (Brasil)
Mars Exalté (Exalted Mars), de Jean-Sébastien Chauvin (França)
Retreat, de Anabela Angelovska (Alemanha)
Soum, de Alice Brygo (França)
Starfuckers, de Antonio Marziale (EUA)
Trap, de Anastasia Veber (Rússia/Lituânia)
Will My Parents Come to See Me, de Mo Harawe (Alemanha/Áustria/Somália)

GENERATION KPLUS | LONGAS-METRAGENS

Bimileui eondeok (The Hill of Secrets), de Lee Ji-eun (Coreia do Sul)
El reino de dios (The Realm of God), de Claudia Sainte-Luce (México)
Juunt Pastaza entsari (Waters of Pastaza), de Inês T. Alves (Portugal)
Moja Vesna, de Sara Kern (Austrália/Eslovênia)
My Small Land, de Emma Kawawada (Japão)
Rooz-e sib (The Apple Day), de Mahmoud Ghaffari (Irã)
Shabu, de Shamira Raphaëla (Holanda)
Terykony (Boney Piles), de Taras Tomenko (Ucrânia)

GENERATION KPLUS | CURTAS-METRAGENS

Alma y Paz (Alma and Paz), de Cris Gris (México/EUA)
Čuči čuči (Hush Hush Little Bear), de Māra Liniņa (Letônia)
Datsun, de Mark Albiston (Nova Zelândia)
Die allerlangweiligste Oma auf der ganzen Welt (The Most Boring Granny in the Whole World), de Damaris Zielke (Alemanha)
Gong ji (Rooster), de Myo Aung (Myanmar)
La reine des renards (The Queen of the Foxes), de Marina Rosset (Suíça)
Le variabili dipendenti (The Dependent Variables), de Lorenzo Tardella (Itália)
Louis I., König der Schafe (Louis I., King of the Sheep), de Markus Wulf (Alemanha/EUA)
Luce and the Rock, de Britt Raes (Bélgica/França/Holanda)
To Vancouver, de Artemis Anastasiadou (Grécia)
Wheels on the Bus, de Surya Shahi (Nepal)
Zuza v zahradách (Suzie in the Garden), de Lucie Sunková (República Tcheca/Eslováquia)

GENERATION 14plus | LONGAS-METRAGENS

Alis, de Clare Weiskopf e Nicolas van Hemelryck (Colômbia/Chile/Romênia)
Bubble, de Tetsurō Araki (Japão)
Kalle Kosmonaut, de Günther Kurth e Tine Kugler (Alemanha)
Skhema (Scheme), de Farkhat Sharipov (Cazaquistão)
Stay Awake, de Jamie Sisley (EUA)
Strana Sascha (The Land of Sasha), de Julia Trofimova (Rússia)

GENERATION 14plus | CURTAS-METRAGENS

Aos dezasseis (At Sixteen), de Carlos Lobo (Portugal)
Born in Damascus, de Laura Wadha (Reino Unido)
La fièvre (Fever), de Matias Carlier (Suíça)
Funkele, de Nicole Jachmann (Holanda)
Lay Me by the Shore, de David Findlay (Canadá)
Memoir of a Veering Storm, de Sofia Georgovassili (Grécia)
Meneath: The Hidden Island of Ethics, de Terril Calder (Canadá)
Tinashé, de Tig Terera (Austrália)
West by God, de Scott Lazer (EUA)

Foto: Wilssa Esser.