Adanilo em Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho: melhor ator
Foram anunciados nesta sexta-feira, 30/09, os vencedores da 45ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que aconteceu em formato híbrido com atividades presenciais e ações on-line. Depois de quase 300 exibições e dezenas de ações formativas, o festival contabilizou 41 mil espectadores virtuais e cerca de 2.600 espectadores em São Luís, no Maranhão.
Neste ano, o longa acriano Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, se destacou com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme e melhor direção. No Maranhão, Curupira – O Demônio da Floresta, de Erlanes Duarte, e Cidade Entre Rios, de Weslley Souza e Leonardo Mendes, venceram nas categorias de melhor longa e melhor curta-metragem, respectivamente.
Para esta edição, o júri foi formado por: Frederico Machado, Erika Cândido e Adolfo Gomes na mostra Nacional; Marla Silveira, Breno Nina e Neto Borges na mostra Maranhense; Allan Cruz, Jacob Junior, Tiago Bonini e Anselmo Paiva na mostra de Jogos Digitais, promovida em parceria com a AMAGAMES, Associação Maranhense de Desenvolvedores de Jogos.
O Prêmio da Crítica foi ofertado por pessoas que participaram da Oficina de Crítica ministrada por Marina Fuser, Filippo Pitanga e Dalila Martins. Foram concedidas menções honrosas aos filmes: Curupira – O Demônio da Floresta, A Praia do Fim do Mundo, Chão de Fábrica, Sangue’s, Cidade Entre Rios e Vôs do Munim.
Conheça os vencedores do 45º Festival Guarnicê de Cinema:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC) Melhor Filme | Júri Popular: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida (BA) Melhor Direção: Sérgio de Carvalho, por Noites Alienígenas Melhor Roteiro: Noites Alienígenas, escrito por Sérgio de Carvalho, Camilo Cavalcante e Rodolfo Minari Melhor Atriz: Shirlene Paixão, por A Matéria Noturna Melhor Ator: Adanilo, por Noites Alienígenas Melhor Atriz Coadjuvante: Helena Agalenéa, por Germino Pétalas no Asfalto Melhor Ator Coadjuvante: Chico Diaz, por Noites Alienígenas Melhor Fotografia: A Praia do Fim do Mundo, por Petrus Cariry Melhor Montagem: Manguebit, por Grilo e Rodrigo Lima Melhor Trilha Sonora Original: Germino Pétalas no Asfalto, por Malka Julieta Melhor Desenho de Som: Manguebit, por Pablo Lopes Melhor Direção de Arte: A Praia do Fim do Mundo, por Sergio Silveira
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Angu Recheado de Senzala, de Stanley Albano (MG) Melhor Direção: Nina Kopko, por Chão de Fábrica Melhor Roteiro: Nome Sujo, escrito por Arthur Roraimana Melhor Atriz: Alice Marcone, Carol Duarte, Helena Albergaria e Joana Castro, por Chão de Fábrica Melhor Ator: Enio Cavalcante, por Sideral, e Victor Di Marco, por Possa Poder Melhor Atriz Coadjuvante: Juliana Franca, por Amai-vos Melhor Fotografia: Fantasma Neon, por Felipe Quintela Melhor Montagem: Terra 333, por Daniel Costa Melhor Trilha Sonora Original: Cem Pilum: A História do Dilúvio, por Cesar Lima Melhor Desenho de Som: Fantasma Neon, por Caio Alvasc Melhor Direção de Arte: Terra 333, por Keyci Martins Menção Honrosa: Ava Kuña, Aty Kuña; Mulher Indígena, Mulher Política, de Fabiane Medina, Julia Zulian e Guilherme Sai (SP/MS); Justificativa: em tempos de apagamento e silenciamento da população indígena, acreditamos que retratar esses territórios e histórias, faz-se urgente
LONGA-METRAGEM | MARANHENSE
Melhor Filme | Prêmio Assembleia Bernardo Almeida: Curupira – O Demônio da Floresta, de Erlanes Duarte Melhor Direção: Chris Araujo, João Luciano e Tamires Cecim, por Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda Melhor Roteiro: Curupira – O Demônio da Floresta, escrito por Erlanes Duarte Melhor Atriz: Teqs Barão, por Medeia Sub Imersa Melhor Ator: Di Ramalho, por Curupira – O Demônio da Floresta Melhor Atriz Coadjuvante: Joyce Cursino, por Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda Melhor Ator Coadjuvante: Jean Bottentuit Duarte, por Medeia Sub Imersa Melhor Fotografia: Curupira – O Demônio da Floresta, por Carlinhos Pereira e Jhoney Tavares Melhor Montagem: Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda, por Luca Porpino, Chris Araujo e João Luciano Melhor Trilha Sonora Original: Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda, por Pedro Henrique e Fausto Duantes Melhor Desenho de Som: Curupira – O Demônio da Floresta, por Erlanes Duarte e Lengo Brown Melhor Direção de Arte: Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda, por Beatriz Oliveira e Adriana de Paula
CURTA-METRAGEM MARANHENSE
Melhor Filme | Prêmio Assembleia Mauro Bezerra: Cidade Entre Rios, de Leonardo Mendes e Weslley Oliveira Melhor Direção: Leonardo Mendes e Weslley Oliveira, por Cidade Entre Rios Melhor Roteiro: Sangue’s, escrito por Rose Panet Melhor Atriz: Tamie Panet, por Sangue’s Melhor Ator: Leonardo Mendes, por Cidade Entre Rios Melhor Atriz Coadjuvante: Alaíde Rodrigues, por ZBM: Entre Risos e Amarguras Melhor Ator Coadjuvante: Jonero Santos, por Vôs do Munim Melhor Fotografia: Filhos da Barriguda, por Emanuelle Ribeiro e Mateus Rizoka Melhor Montagem: Cidade Entre Rios, por Weslley Oliveira Melhor Trilha Sonora Original: Filhos da Barriguda, por Beto Ehong Melhor Desenho de Som: Batalhas da Ilha, por Lucas Silva Melhor Direção de Arte: Sangue’s, por Melissa Almeida e Rose Panet Menção Honrosa: Batalhas da Ilha, de Lucas Silva, pelo argumento Menção Honrosa: Vôs do Munim, de Claudia Marreiros, pela pesquisa
JÚRI POPULAR MARANHENSE | PRÊMIO ASSEMBLEIA ERASMO DIAS Curupira – O Demônio da Floresta, de Erlanes Duarte
MOSTRA COMPETITIVA FAZ TODO SENTIDO (pessoas com deficiência auditiva) *Júri: José Gomes de Oliveira Junior, Laise Allana Santos Sousa e Etelvino Amaral de Sousa Neto Melhor Filme: Yialodês: Diálogos Sobre a Maternidade, Surdez e Negritude, de Adriana Somacal (SC)
MOSTRA COMPETITIVA FAZ TODO SENTIDO (pessoas com deficiência visual) *Júri: Denise Ferreira Costa, Zeneide Cordeiro e Kleudiane Campos Melhor Filme: Nem Todas as Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (PB)
MOSTRA COMPETITIVA DE JOGOS DIGITAIS
Melhor Jogo | Júri Popular: Uni Duni Melhor Arte: Maranhão Encantado Melhor Áudio: Vem Guarnicê Melhor Game Design: Uni Duni Melhor Narrativa: Uni Duni
TROFÉU GUARNICÊ | MELHOR VIDEOCLIPE Magia Negra, de Enme feat. Bixarte; direção: Enme Paixão Menção Honrosa: Menina, de PP, Poeta Marginal; direção: Jhonatan SIlva e Pietra de Ofá
TROFÉU GUARNICÊ | MELHOR REPORTAGEM AUDIOVISUAL 20 anos do CCN – Negro Cosme de Imperatriz – MA; repórter: Domingos de Almeida; direção: Suzete Gaia (Prosa de Pret@) Menção Honrosa: 15 Anos Sem Gerô – Campanha #22Dias de Combate a Tortura e pelo Desencarceramento; repórter e direção: Dicy Rocha (SMDH)
TROFÉU GUARNICÊ | MELHOR FILME PUBLICITÁRIO Demodê Manifesto, de Fábio Barros, Maria Zeferina e Áurea Maranhão
Foram anunciados nesta sexta-feira, 30/09, no Cine Brasília, os vencedores da oitava edição do BIFF, Festival Internacional de Cinema de Brasília, que comemorou uma década em 2022. O espanhol Ramona, de Andrea Bagney, levou o prêmio de melhor longa-metragem da mostra competitiva.
Com curadoria coordenada por Miguel Barbieri, a programação exibiu cerca de 80 títulos ao longo de oito dias de evento, que aconteceu no Cine Brasília, Complexo Cultural de Planaltina e nos Sesc da 504 sul, Taguatinga, Ceilândia e Gama. Para a diretora do festival, Anna Karina de Carvalho, o BIFF mostrou que, mesmo durante a pandemia o cinema não parou: “Para minha surpresa, foram inscritos nas plataformas mais de 3 mil filmes em vários formatos, onde a comissão de seleção assistiu mais de 800 longas que cumpriram os critérios curatoriais das inscrições. Mostrando que o mundo mesmo diante de uma situação atípica conseguiu produzir essa quantidade de filmes”.
Neste ano, o júri da Mostra Internacional Competitiva foi formado por Ana Flávia Cavalcanti, Camila de Moraes, Henrique Rocha e Marco Altberg, que tiveram a missão de escolher os melhores desta edição entre os dez filmes em competição.
Conheça os vencedores do BIFF 2022:
Melhor Filme: Ramona, de Andrea Bagney (Espanha) Melhor Direção: Floor Van Der Meulen, por Pink Moon Melhor Atriz: Lourdes Hernandez, por Ramona Melhor Ator: Kang Yoon-soo, por Yamabuki Melhor Roteiro: Corpolítica, escrito por Pedro Henrique França Prêmio Especial do Júri: Broken Blossoms, de Luisito Agdameu Ignacio (Filipinas) Prêmio José Carlos Avelar: Umami, de Slony Sow (França/Japão) Menção Honrosa: Home is Somewhere Else, de Carlos Hagerman e Jorge Villalobos (EUA/México) BIFF JUNIOR: Opal, de Alain Bidard (França)
Colin Farrell e Barry Keoghan em The Banshees of Inisherin, de Martin McDonagh.
Depois de anunciar as produções brasileiras, o Festival do Rio 2022, que acontecerá entre os dias 6 e 16 de outubro, revelou os filmes estrangeiros que completam a programação desta edição, que conta com quase 200 títulos.
A seleção internacional traz nomes consagrados e títulos que se destacaram em diversos festivais. Direto de Cannes, a programação conta com filmes que foram premiados este ano, como: Close, de Lukas Dhont, vencedor do Grand Prix; Decisão de Partir, de Park Chan-wook, que levou o prêmio de melhor direção; Holy Spider, de Ali Abbasi, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Zar Amir-Ebrahimi; EO, de Jerzy Skolimowski, vencedor do Prêmio do Júri; e Broker: Uma Nova Chance, de Hirokazu Kore-eda, que rendeu o prêmio de melhor ator para Song Kang-ho e recebeu o Prêmio do Júri Ecumênico.
A lista traz também títulos que disputaram a Palma de Ouro no Festival de Cannes: Briga entre Irmãos, de Arnaud Desplechin; Nostalgia, de Mario Martone; e Mãe e Filho, de Léonor Serraille. E mais: Mascarade, de Nicolas Bedos, exibido fora de competição; Jane Campion, A Mulher Cinema, de Julie Bertuccelli, exibido na mostra Cannes Classics; e Mariupol 2, de Mantas Kvedaravičius e Hanna Bilobrova, que recebeu o Prêmio Especial do Júri na competição Olho de Ouro de documentários.
Das mostras paralelas de Cannes, o Festival do Rio traz títulos da Un Certain Regard: Os Piores, de Lise Akoka e Romane Gueret, eleito o melhor filme; Túnica Turquesa, de Maryam Touzani, vencedor do Prêmio FIPRESCI; Corsage, de Marie Kreutzer, que rendeu o prêmio de melhor interpretação para Vicky Krieps; Visão de uma Borboleta, de Maksym Nakonechnyi; e Return to Seoul, de Davy Chou. Filmes da Quinzena dos Realizadores também se destacam, como: Revoir Paris, de Alice Winocour; 1976: Um Segredo na Ditadura, de Manuela Martelli; Os Harkis, de Philippe Faucon; Les cinq diables, de Léa Mysius; Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues; e À Sombra das Figueiras, de Erige Sehiri.
Enquanto isso, do Festival de Veneza, títulos que disputaram o Leão de Ouro também se destacam, como: Uma Noite em Haifa, de Amos Gitai; Love Life, de Kôji Fukada; O Senhor das Formigas, de Gianni Amelio; Um Casal: Sophia e Tolstói, de Frederick Wiseman; O Contador de Cartas, de Paul Schrader; Mônica, de Andrea Pallaoro; e Chiara: Santa Clara de Assis, de Susanna Nicchiarelli.
A programação traz também Living, de Oliver Hermanus, Quando Não Há Mais Ondas, de Lav Diaz, e o documentário O Julgamento dos Nazistas de Kiev, de Sergey Loznitsa, exibidos fora de competição; títulos da mostra Orizzonti, como: Um Homem, de Kei Ishikawa, Devoro Seu Coração, de Pippo Mezzapesa, A Vítima, de Michal Blaško, Às Margens, de Juan Diego Botto, e Belas Promessas, de Thomas Kruithof. Além de Como uma tartaruga, de Monica Dugo, da mostra Biennale College Cinema, e Blue Jean, de Georgia Oakley, da Giornate degli Autori.
A seleção completa-se com títulos premiados em Veneza: Argentina, 1985, de Santiago Mitre, vencedor do Prêmio FIPRESCI da Competição Oficial; The Banshees of Inesherin, de Martin McDonagh, que levou os prêmios de melhor roteiro e melhor ator para Colin Farrell; e Autobiography, de Makbul Mubarak, vencedor do Prêmio FIPRESCI da mostra Orizzonti.
Cena do filme Close, de Lukas Dhont: premiado em Cannes.
O Festival de Toronto também marca presença nesta edição com diversos filmes, entre eles: Daliland: A Vida de Salvador Dalí, de Mary Harron; O Menu, de Mark Mylod, com Anya Taylor-Joy e Ralph Fiennes no elenco; Good Night Oppy, de Ryan White; Raymond & Ray, de Rodrigo García, com Ethan Hawke e Ewan McGregor; My Policeman, de Michael Grandage, com Harry Styles; Wildhood: Busca pelas Raízes, de Bretten Hannam; Mantícora, de Carlos Vermut; o documentário Maya and The Wave, de Stephanie Johnes, que ficou em segundo lugar no voto de público e fala sobre a surfista brasileira campeã mundial Maya Gabeira; e Operação Hunt, de Lee Jung-jae, também exibido em Cannes.
Do Festival de Berlim, títulos que disputaram o Urso de Ouro, entre eles: Peter von Kant, de François Ozon; Um Ano, Uma Noite, de Isaki Lacuesta, vencedor do Prêmio do Júri Ecumênico; Noites de Paris, de Mikhaël Hers; e Call Jane, de Phyllis Nagy.
E mais: Nossa Senhora do Nilo, de Atiq Rahimi, vencedor do Urso de Cristal na mostra Generation 14plus; A Menina Silenciosa, de Colm Bairéad, vencedor do Grand Prix da mostra Generation Kplus; Uma Canção de Amor, de Max Walker-Silverman; Cidadãos Preocupados, de Idan Haguel; Conversando Sobre o Tempo, de Annika Pinske; e Canção de Ninar, de Alauda Ruiz de Azúa, exibidos na mostra Panorama; e Alis: A Amiga Confidente, de Clare Weiskopf e Nicolás Van Hemelryck, vencedor do Teddy Award de melhor documentário.
A seleção internacional segue com títulos do Festival de San Sebastián: Walk Up, de Hong Sang-soo, que disputou a Concha de Ouro; As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen, eleito o melhor filme europeu e exibido em Cannes fora de competição; Meu Lugar no Mundo, de Adrián Silvestre; O Curto Verão de Hilda, de Agustín Banchero, exibido na mostra New Directors; Nudo Mixteco: Três Destinos de Mulheres, de Ángeles Cruz; Segredos em Família, de Jorge Riquelme Serrano, eleito o melhor filme da mostra New Directors e também premiado no Festival de Havana; e Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, que recebeu o prêmio de melhor fotografia este ano.
Do Festival de Locarno, três títulos aparecem na seleção: o drama Você Não Terá Meu Ódio, de Kilian Riedhof; Última Dança, de Delphine Lehericey; e Nightsiren, de Tereza Nvotová, vencedor do Leopardo de Ouro da mostra Filmmakers of the Present. Já o Festival de Sundance destaca-se com: o drama Nanny, de Nikyatu Jusu, vencedor do Grande Prêmio do Júri; A Vaca que Cantou uma Canção para o Futuro, de Francisca Alegría; e Piggy, de Carlota Pereda, também exibido em San Sebastián.
O Festival do Rio também destaca uma programação para os amantes do terror, com uma seleção que mescla clássicos com filmes super aguardados. Além disso, duas exibições especiais de clássicos completam a programação: Priscilla, a Rainha do Deserto, de Stephan Elliott, e E.T.: O Extraterrestre, de Steven Spielberg.
Neste ano, o filme de abertura será Império da Luz, no original Empire of Light, dirigido por Sam Mendes, que foi exibido no Festival de Toronto. Com Olivia Colman e Colin Firth no elenco, a trama é ambientada em uma cidade costeira da Inglaterra durante os anos 1980 e narra uma potente história sobre as relações humanas e a magia do cinema.
Sobre a escolha, Ilda Santiago, diretora executiva de programação do Festival do Rio, disse: “É muito simbólico, após anos tão difíceis para toda a indústria do audiovisual no Brasil, abrir o Festival do Rio com um filme que é uma homenagem, uma história que fala daquilo que nos move, do nosso amor pelo cinema”.
Conheça os filmes estrangeiros selecionados para o Festival do Rio 2022:
PANORAMA | FICÇÃO
A Acusação (Les choses humaines), de Yvan Attal (França) A Conferência (Die Wannseekonferenz), de Matti Geschonneck (Alemanha) A Menina Silenciosa (An Cailín Ciúin), de Colm Bairéad (Irlanda) As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França) As Histórias de Meu Pai (Profession du père), de Jean-Pierre Améris (França) Briga entre Irmãos (Frère et soeur), de Arnaud Desplechin (França) Broker: Uma Nova Chance, de Hirokazu Kore-eda (Coreia do Sul) Call Jane, de Phyllis Nagy (EUA) Chegaram à Noite (Llegaron de noche), de Imanol Uribe (Espanha/Colômbia) Close, de Lukas Dhont (Bélgica/Holanda/França) Corsage, de Marie Kreutzer (Áustria/Luxemburgo/Alemanha) Daliland: A Vida de Salvador Dalí, de Mary Harron (EUA/Reino Unido) Devoro Seu Coração (Ti mangio il cuore), de Pippo Mezzapesa (Itália) EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália) Living, de Oliver Hermanus (Reino Unido) Love Life, de Kôji Fukada (Japão/França) Mãe e Filho (Un petit frère), de Léonor Serraille (França) Mali Twist, de Robert Guédiguian (França/Canadá/Senegal) Mascarade, de Nicolas Bedos (França) Meu Filho é um Craque (Fourmi), de Julien Rappeneau (França) Mônica (Monica), de Andrea Pallaoro (EUA/Itália) My Policeman, de Michael Grandage (Reino Unido/Estados Unidos) Noites de Paris (Les passagers de la nuit), de Mikhaël Hers (França) Nossa Senhora do Nilo (Notre-Dame du Nil), de Atiq Rahimi (França/Bélgica/Ruanda) Nostalgia, de Mario Martone (Itália/França) Notre-Dame em Chamas (Notre-Dame brûle), de Jean-Jacques Annaud (França) O Contador de Cartas (The Card Counter), de Paul Schrader (EUA/Reino Unido/China) O Menu (The Menu), de Mark Mylod (EUA) O Mundo de Ontem (Le monde d’hier), de Diastème (França) O Senhor das Formigas (Il signore delle formiche), de Gianni Amelio (Itália) O Tesouro do Pequeno Nicolau (Le trésor du petit Nicolas), de Julien Rappeneau (França) Operação Hunt (Heon-teu), de Lee Jung-jae (Coreia do Sul) Os Harkis (Les Harkis), de Philippe Faucon (França/Bélgica) Padre Pio, de Abel Ferrara (Itália/Alemanha/Reino Unido) Peter von Kant, de François Ozon (França/Bélgica) Quando Não Há Mais Ondas (Kapag wala nang mga alon), de Lav Diaz (Filipinas/Dinamarca/Portugal) Raymond & Ray, de Rodrigo García (EUA) Revoir Paris (Paris Memories), de Alice Winocour (França) Sra. Harris vai a Paris (Mrs. Harris Goes to Paris), de Anthony Fabian (Hungria/Reino Unido/Canadá) The Banshees of Inesherin, de Martin McDonagh (Reino Unido/Irlanda/EUA) The Five Devils (Les cinq diables), de Léa Mysius (França) Till: A Busca por Justiça, de Chinonye Chukwu (EUA) Túnica Turquesa (The Blue Caftan), de Maryam Touzani (França/Marrocos/Bélgica) Um Ano, Uma Noite (Un año, una noche), de Isaki Lacuesta (Espanha/França) Um Casal: Sophia e Tolstói (Un couple), de Frederick Wiseman (França/EUA) Uma Noite em Haifa (Laila in Haifa), de Amos Gitai (Israel/França) Walk Up, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
PANORAMA | DOCUMENTÁRIO
Em Viagem, o Papa (In Viaggio), de Gianfranco Rosi (Itália) Good Night Oppy, de Ryan White (EUA) Mariupol 2 (Mariupolis 2), de Mantas Kvedaravičius e Hanna Bilobrova (Lituânia/França/Alemanha) O Julgamento dos Nazistas de Kiev (The Kiev Trial), de Sergey Loznitsa (Países Baixos/Ucrânia)
MOSTRA EXPECTATIVA 2022
À Sombra das Figueiras (Under the fig trees), de Erige Sehiri (Tunísia/Suíça/França/Qatar) A Vítima (Obet), de Michal Blaško (Eslováquia/República Tcheca/Croácia/Suécia/Alemanha) Às Margens (En los márgenes), de Juan Diego Botto (Espanha) Autobiography, de Makbul Mubarak (Indonésia/França/Singapura/Polônia/Filipinas/Alemanha/Qatar) Belas Promessas (Les promesses), de Thomas Kruithof (França) Blue Jean, de Georgia Oakley (Reino Unido) Canção de Ninar (Cinco lobitos), de Alauda Ruiz de Azúa (Espanha) Chiara: Santa Clara de Assis, de Susanna Nicchiarelli (Itália/Bélgica) Cidadãos Preocupados (Concerned Citizen), de Idan Haguel (Israel) Como uma tartaruga (Come le Tartarughe), de Monica Dugo (Itália) Conversando Sobre o Tempo (Talking About the Weather), de Annika Pinske (Alemanha) Holy Spider, de Ali Abbasi (Dinamarca/Alemanha/Suécia/França) Meu Lugar no Mundo (Mi vacío y yo), de Adrián Silvestre (Espanha) O Homem Mais Feliz do Mundo (Najsrekjniot Chovek Na Svetot), de Teona Strugar Mitevska (Macedônia do Norte/Bélgica/Eslovênia/Dinamarca/Croácia/Bósnia e Herzegovina) O Sexto Filho (Le sixième enfant), de Léopold Legrand (França) Os Piores (Les pires), de Lise Akoka e Romane Gueret (França) Return to Seoul (Retour à Séoul), de Davy Chou (França/Alemanha/Bélgica/Coreia do Sul/Romênia) Três Noites por Semana (Trois nuits par semaine), de Florent Gouelou (França) Tudo sob Descontrole (En roue libre), de Didier Barcelo (França) Última Dança (Last Dance), de Delphine Lehericey (Suíça/Bélgica) Um Homem (Aru otoko), de Kei Ishikawa (Japão) Uma Canção de Amor (A Love Song), de Max Walker-Silverman (EUA) Visão de uma Borboleta (Bachennya metelyka), de Maksym Nakonechnyi (Ucrânia/República Tcheca/Croácia/Suécia) Você Não Terá Meu Ódio (Vous n’aurez pas ma haine), de Kilian Riedhof (França/Alemanha/Bélgica) Wildhood: Busca pelas Raízes, de Bretten Hannam (Canadá)
PREMIÈRE LATINA
1976: Um Segredo na Ditadura, de Manuela Martelli (Chile/Argentina/Qatar) A Vaca que Cantou uma Canção para o Futuro (The Cow Who Sang a Song Into the Future), de Francisca Alegría (Chile/França/EUA) Alis: A Amiga Confidente, de Clare Weiskopf e Nicolás Van Hemelryck (Colômbia/Romênia/Chile) Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina/EUA) Jogo da Corrupção, de Armando Bó (Chile/Argentina/EUA) La Encomienda, de Pablo Giorgelli (Argentina/Brasil) Nudo Mixteco: Três Destinos de Mulheres, de Ángeles Cruz (México) O Branco (El Blanco), de Alejandro Andújar (República Dominicana) O Curto Verão de Hilda (Las vacaciones de Hilda), de Agustín Banchero (Uruguai/Brasil) Segredos em Família (Algunas Bestias), de Jorge Riquelme Serrano (Chile) Transition: Presença Invisível, de Alejandro Torres Kennedy (México)
MIDNIGHT MOVIES
Decisão de Partir (Decision to Leave), de Park Chan-wook (Coreia do Sul) Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França) Grito de Horror (The Howling), de Joe Dante (EUA) (1981) Halloween Ends, de David Gordon Green (EUA) Mantícora, de Carlos Vermut (Espanha) Nanny, de Nikyatu Jusu (EUA) Nightsiren, de Tereza Nvotová (Eslováquia/República Tcheca) Oldboy, de Park Chan-Wook (Coreia do Sul) (2003) Piggy, de Carlota Pereda (Espanha/França) Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/França/Brasil) Priscilla, a Rainha do Deserto, de Stephan Elliott (Austrália) (1994) Shortbus, de John Cameron Mitchell (EUA) (2006) Solitário (Lonesome), de Craig Boreham (Austrália)
ITINERÁRIOS ÚNICOS
Amando Patricia Highsmith (Loving Highsmith), de Eva Vitija (Suíça/Alemanha) Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca (Portugal) Floresta Vermelho Escuro: Monjas Budistas no Tibet (Dark Red Forest), de Huaqing Jin (China) Hallelujah: Leonard Cohen, A Journey, A Song, de Daniel Geller e Dayna Goldfine (EUA) Jane Campion, A Mulher Cinema (Jane Campion, la femme cinéma), de Julie Bertuccelli (França) Lynch/Oz, de Alexandre O Philippe (EUA) Mambas: Guerreiras da Savana (Black Mambas), de Lena Karbe (Alemanha/França) Maya (Maya and The Wave), de Stephanie Johnes (EUA/Brasil/Portugal) Revelando Eadweard Muybridge (Exposing Muybridge), de Marc Shaffer (EUA)
Fotos: Jonathan Hession/20th Century Studios/Divulgação.
Boreal, longa-metragem de ficção de Federico Adorno, uma coprodução entre Paraguai e México, e o curta brasileiro Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini, venceram as principais categorias do FAM 2022 e receberam o Troféu Panvision; prêmios de parceiros também foram entregues.
O idealizador do FAM, Antonio Celso dos Santos, agradeceu ao público e realizadores e destacou que o festival acontece há 26 anos em edições sempre muito potentes: “O FAM, nesses anos todos, é uma construção coletiva. Muita gente colaborou para que chegássemos hoje aqui. Me sinto muito feliz e esperamos que a cultura volte a ter um valor grande nesse país”.
Entre seis filmes da Mostra Longas (ficção e documentário), o Júri Oficial escolheu Boreal, de Federico Adorno, que denuncia e remete à dura realidade cíclica de exploração do homem e a hostilidade da natureza, segundo a justificativa do júri. Pelo júri popular, o melhor filme foi o documentário brasileiro Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta, que retrata o trabalho exaustivo dos profissionais do SUS durante a pandemia de Covid-19 e a necropolítica do governo em relação à doença.
Na Mostra Curtas, pelo júri popular, o vencedor foi Dois Riachões: Cacau e Liberdade, de Fellipe Abreu e Patrícia Moll. Já o filme premiado pelo Júri Oficial, Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini, é uma autobiografia após o diagnóstico positivo para HIV. O júri destacou a coragem do diretor em contar sua própria história pela quebra de preconceitos e destaque para a qualidade audiovisual, ao jogo de luz, linguagem inovadora e estética potente.
O prêmio do Júri Popular da primeira edição da Mostra Especial Lei Aldir Blanc, composta por filmes produzidos com recursos do auxílio emergencial, foi A Orquestra das Diretas, de Caue Nunes, e, na escolha do Júri Oficial, foi Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares.
O Prêmio Recam, da Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul, foi para o curta O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia, selecionado entre todos os curtas exibidos nas diferentes mostras, que receberá serviços de acessibilidade. O júri também concedeu destaque especial ao curta Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti.
Na Mostra Wip, composta por filmes em pós-produção, parte do ECM+LAB, o vencedor pelo Júri Oficial e popular foi Os Sapos, de Clara Linhart. No Rally Universitário, maratona em que 30 estudantes de diversos países realizaram cinco curtas-metragens em 100 horas, a equipe vencedora foi a Equipe 1, composta por Anderson Nicolás Peña Téllez, Flora Campana Dias de Souza, Guilherme Klabunde, Isabela Souza Campos, Johnny Polo Espinozza e Johnny Mallman, com o filme Tormento.
Depois da premiação, o longa-metragem convidado Mares do Desterro, de Sandra Alves, realizado em Florianópolis, encerrou o festival. A equipe do filme esteve presente e subiu ao palco com uma faixa que alertava sobre os dados de abuso sexual e violência, temas do filme. Foram registrados 179 mil casos de estupro no Brasil entre 2017 e 2022, desses, 35% ocorreram com crianças de até 10 anos, e 74% contra meninas.
Além disso, a sexta edição do Encontro de Coprodução do Mercosul teve a participação de 28 players e mais de 200 horas de negócios envolvendo 190 projetos, participantes do Laboratório de Projetos, Biblioteca, Pitching e reuniões. O ECM+LAB é uma realização da Associação Cultural Panvision e Muringa Produções Audiovisuais, e conta com vários parceiros.
Tiago dos Santos, produtor executivo da Panvision, destacou os resultados gerados com a realização do ECM ao mencionar a presença de filmes nas Mostras WIP e Longas este ano que foram participantes do Encontro de Mercado em edições anteriores do FAM.
Novidade na 26ª edição do Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul, time de profissionais da imprensa de Santa Catarina formou o Júri Especial da Mostra Competitiva Curtas Catarinense: Brígida de Poli, colunista do Portal Making Of; Ed Soul, apresentador da NSC TV; Marta Gomes, apresentadora da NDTV; Romí de Liz, head de Comunicação e Programação da NSC; e Rosana Ritta, editora-executiva do ND.
O grande prêmio da noite, o melhor filme da Mostra Longas pelo Júri Oficial, foi concedido pelo realizador, diretor de fotografia, produtor e educador Bruno Risas; pela diretora catarinense, Fabi Penna; e pela diretora e produtora executiva Viviana Saavedra. Dos curtas, que inclui a Mostra Curtas, Mostra Curtas Catarinense e Mostra Especial Lei Aldir Blanc, os jurados foram: Adis Mesquita, produtora executiva na Boomerang Stream e gerente de Desenvolvimento de Projetos da empresa Matices Media; Ana Maria Rocha, jornalista, produtora e documentarista; e Mariana Toledo, repórter do site Tela Viva.
Formaram o Júri Oficial da Mostra Infantojuvenil: a produtora executiva da Belli Studio, presidente do Santacine (Sindicato da Indústria Audiovisual de SC) e representante da BRAVI no estado de SC, Aline Belli; a cineasta, roteirista e produtora, Bárbara Cariry; e a antropóloga, realizadora audiovisual e diretora executiva da Usina da Imaginação, Rita de Cácia Oenning da Silva. Na Mostra WIP, avaliando os filmes ainda em etapa de pós-produção, estavam: Denise Jancar, executiva do mercado audiovisual e distribuidora de filmes; Gustavo Castro, consultor argentino; e Lucila Frank, que atualmente trabalha na distribuidora Cinetren, também da Argentina.
O júri da Mostra Videoclipe ficou por conta de Diana Boccara, que integra o duo Couple Of Things ao lado de Leo Longo; Marcelo Mudera, comunicador, artista e produtor audiovisual de Florianópolis; e, também da capital catarinense, o professor Silvio Sato. Na Mostra Rally Universitário, composta pelos filmes produzidos pelos estudantes durante o festival, o Júri Oficial foi formado por Alejandra Marano, diretora executiva da Construir TV, diretora artística da Construir CINE e ODS LAB e mentora da Série LAB da Sanfic Industria; Leo Longo, diretor, filmmaker e showrunner; e Victor Hugo Furtado, redator e crítico do site Papo de Cinema e comentarista de cinema na Rádio União FM.
Confira a lista completa com os vencedores do FAM 2022:
MOSTRA LONGAS | FICÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Melhor Filme | Júri Popular: Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta (Brasil) Melhor Filme | Júri Oficial: Boreal, de Federico Adorno (México/Paraguai)
MOSTRA CURTAS
Melhor Filme | Júri Popular: Dois Riachões: Cacau e Liberdade, de Fellipe Abreu e Patrícia Moll (Brasil, SP) Melhor Filme | Júri Oficial: Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini (Brasil, RJ) Prêmio Especial do Júri: Keradó, de Andrés Castillo e Diego Castillo (Colômbia)
MOSTRA CURTAS CATARINENSE
Melhor Filme | Júri Popular: Artistas Invisíveis, de Nadjara Cardoso (Itajaí) Melhor Filme | Júri Oficial: Sonido, de Gabriely Kaiser (Itajaí) Melhor Filme | Prêmio Especial Imprensa Catarinense: Artistas Invisíveis, de Nadjara Cardoso
MOSTRA ESPECIAL LEI ALDIR BLANC
Melhor Filme | Júri Popular: A Orquestra das Diretas, de Caue Nunes (SP) Melhor Filme | Júri Oficial: Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares (MG)
MOSTRA INFANTOJUVENIL
Melhor Filme | Júri Popular: Anônima, de Santiago José Asef e Alunos do CEIT Leonel de Moura Brizola de Bombinhas (Brasil, SC) Melhor Filme | Júri Oficial: Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (Brasil, RJ)
MOSTRA VIDEOCLIPES
Júri Popular: Chorar, de Karola Nunes e Pacha Ana feat. Curumin; direção: Juliana Segóvia (MT) Júri Oficial: Pensando em Mim, de Sandyalê; direção: Raymundo Calumby (SE)
MOSTRA RALLY UNIVERSITÁRIO Tormenta, Equipe 1 (Brasil, Florianópolis)
MOSTRA WIP (Work in Progress) Os Sapos, de Clara Linhart (Brasil, RJ)
ECM+LAB
Prêmio Consultoria Projeto Paradiso Ninho Tinto, de Valéria Hidalgo (Mirá Vos Audiovisual) (Brasil)
Sanfic Indústria Fim de Ano, de Vânia Alves Lima (Têm Dendê Produções) (Brasil)
ODS Lab Mar das Árvores, de Aletéia Selonk (Brasil)
Bolivia Lab Pájaro Sagrado, de Walter Alvarez (Alva Films Spa) (Chile)
Sapcine Luciano, de Juan Diego Kantor (Reina de Pike Srl) (Argentina) Beyond Patagônia, de Manuel Fernandéz Arroyo (El Rompehielos) (Argentina)
IDA: Independent Distribution Agency Las Tormentas Tropicales, de Florencia Antúnez (Doménica Films) (Argentina)
O diretor e o autor: adaptação cinematográfica confirmada.
Escrito pelo consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, o livro O Filho de Mil Homens ganhará uma adaptação para os cinemas. Com direção de Daniel Rezende, da franquia Turma da Mônica e Bingo: O Rei das Manhãs, o longa-metragem terá produção da Biônica Filmes e Barry Company.
A narrativa acompanha a história de Crisóstomo, um pescador de 40 anos, que decide buscar o que lhe falta, um filho. Ao encontrar Camilo, um jovem de 14 anos, ele acaba mudando a vida de personagens excluídos e rejeitados, formando uma família nada convencional, unidos pelo amor das coisas simples.
“O Filho de Mil Homens é uma história sobre felicidade e amor, ainda que aborde temáticas como machismo, homofobia, intolerância, preconceito e discriminação. Uma fábula atemporal e inspiradora, em que os excluídos ganham protagonismo e nos mostram que apenas aqueles que conseguem se libertar da couraça repressora das convenções sociais são capazes de amar de verdade. Um filme que precisa ser feito”, evidencia o cineasta Daniel Rezende.
Valter Hugo Mãe, definido como um “tsunami estilístico” por José Saramago, já publicou seis romances, além de poemas e crônicas. Ele foi agraciado com o Prêmio Literário José Saramago pelo livro O Remorso de Baltazar Serapião e com o Grande Prêmio Portugal Telecom de Literatura por A Máquina de Fazer Espanhóis como melhor romance do ano.
A experiência no cinema foi adquirida na edição. Seu primeiro longa-metragem como montador, o aclamado Cidade de Deus, lhe rendeu o BAFTA de melhor edição e uma indicação ao Oscar na categoria em 2004. Depois disso, traçou uma consagrada carreira como montador, assinando a edição dos principais filmes brasileiros dos últimos anos, como: Diários de Motocicleta, O ano em que meus pais saíram de férias, Tropa de Elite, Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro, entre outros. No exterior, foi um dos montadores de A Árvore da Vida, de Terrence Malick, que venceu a Palma de Ouro em Cannes; e de Robocop, dirigido pelo brasileiro José Padilha.
A cerimônia de encerramento da 16ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e do 13º Brasil CineMundi – 12th International Coproduction Meeting aconteceu neste domingo, 25/09, com o anúncio dos projetos vencedores do maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro. Foram 14 anúncios para projetos selecionados, que ganharam prêmios de parceiros da CineBH no fomento à produção.
O projeto na categoria Em Desenvolvimento vencedor do prêmio dado pelo Júri Oficial, formado pelos produtores Dirk Manthey, Sara Silveira e Sophie Erbs, foi o mineiro A Onça, com direção de Emanuel Lavor e produção de Bruno Torres, da empresa produtora Fuskazul Filmes. O projeto levou o Troféu Horizonte e ganhou prêmios dos parceiros da 16ª CineBH e do 13º Brasil CineMundi: DOT (R$ 15.000 em serviços de finalização), Mistika (R$ 15.000 em serviços de pós-produção), Parati Films (800 euros em tradução de roteiros para longa-metragem; português para francês) e Naymovie (R$ 15.000 em serviços de locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria).
O júri justificou a escolha: “pelo olhar que lança o futuro, que abraça a terra, que coloca a diversidade no centro das atenções, que potencializa as mulheres em gerações esquecidas, que educa com a sua força interior sem depender do homem, que denuncia um bioma em confronto com denúncias de desmatamento, que abre horizontes internacionais com possibilidades de criar pontes e conexões, que traz a potência das histórias de um Brasil profundo”.
O mineiro A Onça ainda levou o Prêmio World Cinema Fund (Alemanha) por suas potenciais “camadas fílmicas e temáticas muito diferentes e que podem ser desenvolvidas em ambas as direções: estilísticas e de estratégia de público”, além do que “os temas contemporâneos do filme e a ressonância que eles podem encontrar em todo o mundo, bem como a abordagem de produção, contribuíram para essa decisão”, conforme justificativa do Fundo.
O projeto Borda do Mundo, com direção de Jô Serfaty e produção de Clarissa Guarilha, ganhou o Prêmio MAAF/Projeto Paradiso (vaga para produtor no Málaga Festival Fund & Co-production Event, na Espanha, em 2023, e R$ 6 mil do Paradiso), justificado por “se aproximar da conscientização global para o desenvolvimento sustentável e um desenho de produção viável”. O mesmo projeto levou ainda o Prêmio Torino Film Lab (vaga para produtor no TFL Meeting Event, na Itália, em 2022), por seu “tema muito contemporâneo, que precisa ser tratado com urgência”.
Já o projeto Encontrando Norma, de Lívia Perez, com produção dela, de Alice Riff e Giovani Francischelli, venceu um dos prêmios do Forum RIDM (vaga para produtor de projeto de documentário da categoria Em Desenvolvimento), por “construir pontes entre o sul e o norte, entre o passado e o presente e sobretudo entre duas mulheres que buscam a afirmação de suas expressões artísticas”. O outro prêmio do Forum RIDM (vaga para diretor ou produtor de documentário na categoria WIP Work in Progress) foi para Assexybilidade, com direção de Daniel Gonçalves e produção de Roberto Berliner e Leo Ribeiro, por abordar “um tipo de apagamento histórico que ainda hoje permanece às margens das discussões sobre inclusão e diversidade”. Ambos estarão no RIDM – Rough Cut Lab na próxima edição do Festival Internacional de Documentário de Montreal, no Canadá.
O Prêmio Nuevas Miradas, de Cuba, foi para Terra no Olho, da categoria Foco Minas, com direção de Yasmin Guimarães e produção de Daniela Cambraia e Mariana de Melo. A justificativa é de que sua temática é “tão pertinente quanto necessária nos momentos em que vivemos, além da equipe de mulheres poderosas que estão iniciando suas carreiras profissionais”. Walala, do diretor Perseu Azul e produção de Daniel Calil, levou o Prêmio Encuentros BioBioCine, do Chile, pela “abordagem autoral e narrativa alegórica sobre a destruição contínua e progressiva sofrida pela natureza no Brasil”. O mineiro A Onça foi anunciado durante a cerimônia como um segundo projeto a ganhar o prêmio Encuentros BioBioCine.
No Prêmio DocSP (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento nas rodadas de negócios na próxima edição do DocSP), o baiano O Passe de Gil, com direção de Isaac Donato e produção de Marília Cunha, foi escolhido pela forma como apresenta “a experiência da dança de um mestre do balé clássico e do candomblé em busca de um sucessor”. O mesmo projeto também ganhou o Prêmio Edina Fujii pela “suspensão que procura encaixar os mistérios do ser humano”.
Do Distrito Federal, Cavalaria Espacial, de Cássio Oliveira e produção de Camila Machado, na categoria DocBrasil Meeting, ficou com dois prêmios: o DocMontevideo (vaga para produtor de projeto de documentário da categoria Em Desenvolvimento nos meetings e workshop na próxima edição do DocMontevideo, no Uruguai), pelo “potencial de ressaltar com drama e humor os absurdos da nossa experiência na planície da terra e agora com o terraplanismo”; e o Conecta (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento no Conecta – International Documentary Industry Meeting, no Chile), “por revelar uma história tão inesperada e improvável quanto necessária para tornar o mundo visível”.
No Prêmio CTAv, dado a um projeto na categoria Foco Minas, o escolhido foi Orquestra Vazia, de Maria Leite e produção de Marcella Jacques, pelo “gesto ambicioso de imaginar um cinema e uma animação ancorados nas suas origens mais artesanais e fantásticas”. E o Prêmio O2 Play (encoding para filme finalizado) escolheu Quando eu me Encontrar, direção de Amanda Pontes e Michelline Helena, com produção de Caroline Louise, por sua “narrativa regional e universal pautada por relações afetivas familiares”.
Conheça os projetos vencedores do 13º Brasil CineMundi:
PRÊMIO DO JÚRI OFICIAL | TROFÉU HORIZONTE A Onça, de Emanuel Lavor; produzido por Bruno Torres e Daniel Jaber
PRÊMIO O2 PLAY Quando eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena; produzido por Caroline Louise
PRÊMIO FORUM RIDM | Rough Cut Lab Assexybilidade, de Daniel Gonçalves; produção de Roberto Berliner e Leo Ribeiro
PRÊMIO CTAv Orquestra Vazia, de Maria Leite; produção de Marcella Jacques
PRÊMIO EDINA FUJII | Naymovie O Passe de Gil, de Isaac Donato; produção de Marília Cunha
PRÊMIO CONECTA Cavalaria Espacial, de Cássio Oliveira e Camila Machado
PRÊMIO DocMontevideo – Luis González Cavalaria Espacial, dirigido por Cássio Oliveira; produzido por Camila Machado
PRÊMIO DocSP O Passe de Gil, de Isaac Donato; produção de Marília Cunha
PRÊMIO Encuentros BioBioCine Walala, de Perseu Azul; produzido por Daniel Calil
PRÊMIO PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | Prêmio Encuentros BioBioCine A Onça, de Emanuel Lavor; produzido por Bruno Torres e Daniel Jaber
PRÊMIO NUEVAS MIRADAS Terra no Olho, de Yasmin Guimarães; produção de Daniela Cambraia e Mariana de Melo
PRÊMIO FÓRUM RIDM – One-on-one Pitches Encontrando Norma, de Lívia Perez; produção de Alice Riff, Giovanni Francischelli e Lívia Perez
PRÊMIO TORINO FILM LAB Borda do Mundo, de Jô Serfaty; produção de Clarissa Guarilha
PRÊMIO WORLD CINEMA FUND | AUDIENCE DESIGN A Onça, de Emanuel Lavor; produzido por Bruno Torres e Daniel Jaber
PRÊMIO MAFF | FESTIVAL DE MÁLAGA Borda do Mundo, de Jô Serfaty; produção de Clarissa Guarilha
Erika Hilton no documentário Corpolítica, de Pedro Henrique França.
Foram anunciados neste sábado, 24/09, os vencedores da 26ª edição do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer, que tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas.
O cinema brasileiro, que marcou presença com diversas produções, se destacou na premiação com Corpolítica, de Pedro Henrique França, eleito o melhor documentário pelo público. O filme acompanha a candidatura de quatro pessoas LGBTQIA+ nas eleições de 2020: Andreá Bak, Erika Hilton, Monica Benicio e William de Lucca; o ator Marco Pigossi assina a produção. Em um cenário global de ascensão da extrema-direita ao poder, e diante de um recorde de candidaturas LGBTQIA+ nas eleições de 2020, vários candidatos políticos do Brasil relatam no longa suas experiências e violências na afirmação e luta por direitos no âmbito da política institucional do país.
O júri desta 26ª edição foi formado por: Cláudia Lucas Chéu, Nuno Nolasco e Rita Azevedo Gomes na mostra competitiva de longas; Joana Frazão, Nathalie Mansoux e Rui Madruga nos documentários; Rodrigo Díaz, Rui Palma e Sandra de Almeida na competição de curtas-metragens e na mostra In My Shorts; e Jesse James, Luciana Fina e Vasco Araújo na competição Queer Art.
A cerimônia de encerramento aconteceu na Sala Manoel de Oliveira, do Cinema São Jorge, em Lisboa. Neste ano, mais de 6.500 espectadores ocuparam as várias salas do festival, o que significa um acréscimo de 30% em relação à sua edição anterior.
Conheça os vencedores do 26º Queer Lisboa:
LONGA-METRAGEM | COMPETIÇÃO | FICÇÃO
Melhor Filme: Wet Sand, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia) Menção Especial: Joyland, de Saim Sadiq (Paquistão) Prêmio do Público: Joyland, de Saim Sadiq (Paquistão)
DOCUMENTÁRIO | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, de Isabelle Solas (Argentina/França) Prêmio do Público: Corpolítica, de Pedro Henrique França (Brasil)
QUEER ART | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Neptune Frost, de Anisia Uzeyman e Saul Williams (EUA/Ruanda) Menção Especial: Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang, de Robin Hunzinger (França/Suíça)
CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Uma Rapariga Imaterial, de André Godinho (Portugal) Menção Especial: Billy Boy, de Sacha Amaral (Argentina) Prêmio do Público: Uma Rapariga Imaterial, de André Godinho (Portugal)
ESCOLA EUROPEIA IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Le Variabili Dipendenti, de Lorenzo Tardella (Itália) Menção Especial: The Greatest Sin, de Gabriel B. Arrahnio (Alemanha)
Equipe de Los reyes del mundo, de Laura Mora: melhor filme.
Foram anunciados neste sábado, 24/09, os vencedores da 70ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. A produção colombiana Los reyes del mundo, de Laura Mora, recebeu a Concha de Ouro de melhor filme; é o terceiro ano consecutivo que um filme dirigido por uma mulher ganha o prêmio máximo da Seleção Oficial.
Neste ano, o Júri Oficial foi presidido pelo produtor argentino Matías Mosteirín e contou também com: a francesa Antoinette Boulat, diretora de elenco; Tea Lindeburg, cineasta dinamarquesa; Rosa Montero, escritora espanhola; Lemohang Jeremiah Mosese, artista visual e cineasta de Lesoto; e Hlynur Pálmason, cineasta e roteirista islandês.
Nesta 70ª edição, o cinema brasileiro se destacou na mostra Horizontes Latinos com Carvão, de Carolina Markowicz, mas, infelizmente, não foi premiado. Enquanto isso, Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, França, Brasil (representado por Rachel Daisy Ellis, da Desvia Filmes) e México, recebeu o prêmio de melhor fotografia.
O Brasil também marcou presença na mostra WIP LATAM, que apresentou seis filmes latino-americanos em fase de pós-produção, que foram exibidos para um público de profissionais especializados. Todos os títulos concorreram ao WIP Latam Industry e ao EGEDA Platino Industria Awards, e também estavam elegíveis ao Prêmio Projeto Paradiso, que contemplou Estranho Caminho, de Guto Parente, e em segundo lugar Casa no Campo, de Davi Pretto. Outro título brasileiro se destacou na premiação paralela: Bandeira, de João Paulo Miranda Maria, que recebeu o Prêmio Ikusmira Berriak, que consiste na realização da pós-produção do filme.
Neste ano, o cineasta canadense David Cronenberg e a atriz francesa Juliette Binoche, que estampou o pôster do festival, foram homenageados com o Donostia Award. O filme de encerramento desta edição foi Marlowe, de Neil Jordan, com Liam Neeson, Diane Kruger e Jessica Lange no elenco.
Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 2022:
CONCHA DE OURO | MELHOR FILME Los reyes del mundo, de Laura Mora (Colômbia/Luxemburgo/França/México/Noruega)
CONCHA DE PRATA | MELHOR DIREÇÃO Genki Kawamura, por Hyakka (A Hundred Flowers)
CONCHA DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO Paul Kircher, por Le Lycéen, e Carla Quílez, por La Maternal
CONCHA DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE Renata Lerman, por El suplente
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Runner, de Marian Mathias (EUA/Alemanha/França)
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR ROTEIRO Kong Xiu, escrito por Chao Wang e Dong Yun Zhou
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR FOTOGRAFIA Pornomelancolía, por Manuel Abramovich
PRÊMIO NEW DIRECTORS Melhor Filme: Fifi, de Jeanne Aslan e Paul Saintillan (França) Menção Especial: Pokhar ke dunu paar (On Either Sides of the Pond), de Parth Saurabh (Índia)
PRÊMIO HORIZONTES LATINOS Melhor Filme: Tengo sueños eléctricos, de Valentina Maurel (Bélgica/França/Costa Rica)
PRÊMIO ZABALTEGI-TABAKALERA Melhor Filme: Vanskabte land (Godland), de Hlynur Pálmason (Dinamarca/Islândia/França/Suécia)
PRÊMIO NEST Melhor Filme: Montaña azul, de Sofía Salinas e Juan David Bohórquez (Colômbia) Menção Especial: Anabase, de Benjamin Goubet (Suíça)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME | CITY OF DONOSTIA Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina/EUA)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME EUROPEU | CITY OF DONOSTIA As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França)
PRÊMIO FIPRESCI Suro, de Mikel Gurrea (Espanha)
SIGNIS AWARD Melhor Filme: Los reyes del mundo, de Laura Mora (Colômbia/Luxemburgo/França/México/Noruega) Menção Especial: Runner, de Marian Mathias (EUA/Alemanha/França)
*Clique aqui e confira a lista completa com os premiados em outras categorias paralelas.
Marcélia Cartaxo e Cristiano Burlan do filme A Mãe: destaque na premiação.
Foram anunciados neste sábado, 24/09, em cerimônia apresentada por Johnny Massaro e Higor Campagnaro no Teatro Glória, os vencedores da 29ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo
Neste ano, na competição nacional de longas, o drama A Mãe, de Cristiano Burlan, foi o grande vencedor da noite. Com lançamento marcado para o dia 10 de novembro nos cinemas brasileiros, a produção foi premiada com o Troféu Vitória nas categorias de melhor filme (júri oficial, júri popular e Prêmio da Crítica), melhor interpretação para Marcélia Cartaxo, entre outras.
Roteirizado por Burlan e Ana Carolina Marino, A Mãe conta a história de Maria, uma mulher que procura seu filho adolescente, que pode ter sido assassinado por policiais militares durante uma ação na vila onde moram, na periferia. Maria embarca, então, numa jornada em busca desse filho, e precisa enfrentar a burocracia opressora das grandes metrópoles para poder vê-lo uma última vez.
Na competição nacional de curtas-metragens, Sideral, de Carlos Segundo, foi premiado como melhor filme pelo júri oficial; Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli, foi escolhido pelo júri popular. O 29º Festival de Cinema de Vitória foi realizado entre os dias 19 e 24 de setembro de 2022, no Centro Cultural Sesc Glória, e exibiu 83 filmes. A escolha dos vencedores foi feita pelas comissões de júri do festival, compostas por especialistas e profissionais do cinema.
O júri oficial desta edição foi composto por Alexandre Soares Taquary, Viviane Pistache e Leandra Moreira na 26ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas; e Cavi Borges, Sabrina Fidalgo e André Felix na 12ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. O júri da crítica, realizado pela primeira vez, contou com Maria do Rosário Caetano, Luiz Carlos Merten, Luiz Zanin, Victor Hugo Furtado e Vitor Búrigo.
O time de jurados completa-se com: Andy Malafaia, Geovanni Lima e Izah Candido na Mostra Quatro Estações; Soia Lira, André Dib e Anderson Bardot na 11ª Mostra Corsária; Bertrand Lira, André Dib e Daniela Zanetti na 9ª Mostra Outros Olhares; Liz Donovan, Paula Alves de Almeida e Tamyres Batista na 7ª Mostra Mulheres no Cinema; Ana Paula Alves Ribeiro, Marina Rodrigues e Adriano Monteiro na 7ª Mostra Cinema e Negritude; Tati Rabelo, Alexandre Soares Taquary e Silvana Ramalhete na 6ª Mostra Nacional de Videoclipes; Bertrand Lira, Claudino de Jesus e Marina Abranches na 5ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental; e Mônica Trigo, Yasmine Evaristo e Amanda Luvizotto na 4ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico.
Conheça os vencedores do 29º Festival de Cinema de Vitória:
26ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo (RN) Melhor Filme | Júri Popular: Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Prêmio Especial do Júri: Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Melhor Direção: Júlia Fávero e Victoria Negreiros, por Como respirar fora d’água Melhor Roteiro: Manhã de Domingo, escrito por Bruno Ribeiro e Tuanny Medeiros Melhor Fotografia: Madrugada, por Rebeca Francoff Melhor Contribuição Artística: Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Érica Sarmet Melhor Interpretação: Elenco de Hospital de Brinquedos, de Georgina Castro Menção Honrosa: Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SP) e Orixás Center, de Mayara Ferrão (BA)
12ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Melhor Filme: A Mãe, de Cristiano Burlan (SP) Melhor Filme | Júri Popular: A Mãe, de Cristiano Burlan (SP) Melhor Direção: Cristiano Burlan, por A Mãe Melhor Roteiro: Ursa, escrito por William de Oliveira Melhor Fotografia: A Mãe, por André S. Brandão Melhor Contribuição Artística: A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira Melhor Interpretação: Marcélia Cartaxo, por A Mãe Menção Honrosa | Direção: Coraci Ruiz e Júlio Matos, por Germino Pétalas no Asfalto Menção Honrosa | Interpretação: Fernando Teixeira, de Capitão Astúcia, e Adriana Sottomaior, de Ursa
22º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA Melhor Filme | Júri Popular: A Aventura da Primeira Bicicleta, de Carlos Henrique da Costa (SP)
12ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Melhor Filme: Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE) Melhor Filme | Júri Popular: Tenho Receio de Teorias que não Dançam, de Gau Saraiva (BA)
11ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Melhor Filme: Makumba, de Emerson Evêncio Melhor Filme | Júri Popular: Makumba, de Emerson Evêncio Menção Honrosa:Latasha, de Alex Buck
11ª MOSTRA CORSÁRIA Melhor Filme: Sonho de Pedra ou Corpos que se Desprendem da Terra, de Thabata Ewara e Nay Mendl (SP) e Fragmentos Pandêmicos, de Aline Dias, Marcus Neves e GEXS (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Fragmentos Pandêmicos, de Aline Dias, Marcus Neves e GEXS
9ª MOSTRA OUTROS OLHARES Melhor Filme: Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS) Melhor Filme | Júri Popular: Angu Recheado de Senzala, de Stanley Albano (MG)
7ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Melhor Filme: Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Two Girls With a Movie Camera (Slumber Party), de Victoria Brasil e Thamyris Escardoa (ES)
7ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Melhor Filme: Sethico, de Wagner Montenegro (PE) Melhor Filme | Júri Popular: O Ovo, de Rayane Teles (BA)
6ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Melhor Filme: Chorar, de Juliana Segóvia (Artista: Karola Nunes feat. Pacha Ana e Curumin) (MT) Melhor Filme | Júri Popular: Tudo Eu, de Elirone Rosa, Fernando Sá e Ione Maria (Artista: Amiri) (SP) Menção Honrosa: Sou Negro, de Cintia Braga (Artista: Monique Rocha) (ES)
5ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Melhor Filme: Quanto Vale a Vida no Mangue?, de Lucas Oliveira (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Cavalo Marinho, de Gustavo Serrate Maia (DF)
4ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO Melhor Filme: O que os Machos Querem, de Ana Dinniz (PB) Melhor Filme | Júri Popular: AzulScuro, de Evandro Caixeta e João Gilberto Lara (MG) Menção Honrosa: Colares, Talvez, de Sandro Vilanova (DF)
PRÊMIO ABD CAPIXABA Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) Menção Honrosa: Transviar, de Maíra Tristão (ES)
PRÊMIO DA CRÍTICA Melhor longa-metragem: A Mãe, de Cristiano Burlan (SP) Melhor curta-metragem: Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS)
Depois da premiação, conversamos com a atriz Marcélia Cartaxo, do filme A Mãe; Leonardo Martinelli, diretor do curta Fantasma Neon; e Carlos Segundo, realizador do curta-metragem Sideral. Além disso, registramos alguns momentos da cerimônia.
Aperte o play e confira:
*O CINEVITOR está em Vitória e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
A Netflix divulgou neste sábado, 24/09, durante o Tudum, evento global que divulga novidades da plataforma, o trailer oficial do longa Depois do Universo, protagonizado por Giulia Be e Henrique Zaga, que será lançado mundialmente no dia 27 de outubro.
Dirigido por Diego Freitas, de O Segredo de Davi e A Volta para Casa, o filme narra uma emocionante história de amor e música sobre um casal que se forma em um delicado momento de perda de esperança, mas também de perseverança no futuro.
Na trama, Nina, interpretada por Giulia Be, é uma jovem e talentosa pianista que vê seus sonhos se perderem entre sessões de hemodiálise e a espera por um transplante de rim. Mas o romance com o jovem médico Gabriel, papel de Henrique Zaga, a ajuda a superar suas inseguranças e lutar por seu objetivo de tocar nos palcos junto à Orquestra Sinfônica de São Paulo.
Depois do Universo ainda conta com João Miguel, Othon Bastos, Rita Assemany, Leo Bahia, Viviane Araújo, Isabel Fillardis e Denise Del Vecchio no elenco. O filme é uma produção da Camisa Listrada, com roteiro de Diego Freitas e Ana Reber, e tem como produtores André Carreira e Luciano Reck.
William de Oliveira, diretor do longa Ursa, no palco.
Com apresentação de Bryce Caniçali e MiQ, a quarta-feira, 21/09, terceira noite da 29ª edição do Festival de Vitória começou com a exibição dos curtas-metragens nacionais em competição: Andrômeda, de Lucas Gesser; Lua de Sangue, de Mirela Morgante e Gustavo Senna; Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza; e Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade.
Na sequência, Ursa, longa-metragem paranaense dirigido por William de Oliveira, do curta Aquele Casal, foi exibido no Teatro Glória na mostra competitiva nacional. A ficção, protagonizada por Adriana Sottomaior, relata um ataque de pitbull em um bairro periférico e seus trágicos desdobramentos.
No palco, William discursou: “Ursa é o meu primeiro longa e estou muito feliz por estar aqui. É minha primeira vez no Festival de Vitória e é também a primeira vez que vou assistir ao filme em uma tela grande. Estou muito emocionado. Até agora, tinha sido exibido em festivais on-line ou em festivais que eu não consegui participar. Então, é a primeira vez que vou ver o público reagindo ao filme”.
Exibido no Olhar de Cinema do ano passado, o longa conta também com Diego Perin, Pedro Gabriel da Rocha, João Vitor da Silva, Cinara Vitor, José Castro, Mila Girassol, Paulo Matos, Patrícia Cipriano, Cassia Damasceno e Luiz Bertazzo no elenco.
Filipe Gontijo, diretor de Capitão Astúcia, no palco.
Outra ficção que marcou presença na 29ª edição do Festival de Cinema de Vitória foi Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo, do Distrito Federal, que encerrou a mostra competitiva nacional de longas na sexta-feira, 23/09, no Teatro Glória.
Na trama, Santiago, interpretado por Paulo Verlings, é um ex-astro mirim frustrado com a carreira de pianista. Para escapar de um revival na TV, o rapaz se refugia com o avô, papel de Fernando Teixeira, mas encontra o velho decidido a se tornar super-herói. A parceria improvável vai se transformando em uma bela amizade conforme o neto é cativado pelo amor que o avô tem pela vida. À sua forma, Santiago se tornará um ajudante de super-herói para que o avô enfrente a velhice com a mesma valentia que encarna o herói Capitão Astúcia.
O diretor subiu ao palco e fez seu discurso: “Esse filme é resultado de um trabalho de mais de dez anos. Muitas idas e vindas, muitas turbulências até sair do papel. Muita coisa deu errado, mas os problemas que aconteciam resultavam em alguma coisa boa depois”. Com roteiro de Gontijo e Eduardo Gomes, o longa conta também com Nívea Maria, André Amaro, André Deca, Yudi Tamashiro, Lauro Montana, Cássia Gentile e Gleide Firmino no elenco.
Além de Capitão Astúcia, a programação de sexta-feira contou com os curtas-metragens nacionais em competição: Transviar, de Maíra Tristão; Sem Título #8: Vai Sobreviver, de Carlos Adriano; Calunga Maior, de Thiago Costa; e Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Érica Sarmet.
*O CINEVITOR está em Vitória e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em parceria com a Cinémathèque Française e com a Olho de Boi, a Cinemateca Brasileira realiza a Mostra Falsos Documentários – Como Contar uma Mentira; serão exibidos quatro longas-metragens, dois médias e um curta.
Entre os destaques da programação, estão: Os Palhaços, de Federico Fellini, em cópia 35mm com projeção na área externa; o brasileiro Procura-se, em sessão apresentada pelo diretor Rica Saito e pelo roteirista Marcos Kurtinaitis; e F for Fake: Verdades e Mentiras, de Orson Welles, em cópia restaurada a partir do negativo original.
As fronteiras entre filmes de ficção e documentários sempre foram tênues. Desde um dos primeiros documentários da história Nanook, o Esquimó (1922), de Robert Flaherty, o cinema documental utiliza ferramentas como a encenação e até a roteirização para retratar a realidade. Já a ficção sempre contou com improvisos e acidentes para tornar suas narrativas mais envolventes.
Em 1933, quando o cineasta surrealista Luis Buñel filmou o curta Terra Sem Pão, a linguagem documental foi usada para retratar situações e personagens inventados a fim de expor a miséria no extremo norte da província de Cáceres, na Espanha. Nasce o primeiro pseudodocumentário, ou falso documentário. A partir daí, usar a forma, as técnicas de câmera e o estilo do documentário para contar histórias ficcionais se expande para todos os gêneros, do terror à comédia.
Mockumentaries, found footage, teorias da conspiração, bastidores do rock e manuais de como ser um assassino em série. Todas essas mentiras contadas de maneira convincente se destacam na seleção da mostra com filmes que desafiam as concepções do verdadeiro e do falso. Vale lembrar que a entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos uma hora antes das sessões; clique aqui e confira as datas e horários.
Conheça os filmes da Mostra Falsos Documentários – Como Contar uma Mentira:
Aconteceu Perto da sua Casa (C’est arrivé près de chez vous), de Rémy Belvaux, André Bonzel e Benoît Poelvoorde (1992) (Bélgica) F for Fake: Verdades e Mentiras, de Orson Welles (1973) (França/Irã/Alemanha) Isto é Spinal Tap (This Is Spinal Tap), de Rob Reiner (1984) (EUA) O Jogo da Guerra (The War Game), de Peter Watkins (1966) (Reino Unido) Os Palhaços (I clowns), de Federico Fellini (1970) (Itália/França/Alemanha) Procura-se, de Rica Saito (2013) (Brasil) Terra sem Pão (Las Hurdes), de Luis Buñuel (1933) (Espanha)