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O Corpo é Nosso!

por: Cinevitor

corponossoposterDireção: Theresa Jessouroun

Elenco: Renato Góes, Roberta Rodrigues, Oscar Magrini, Heitor Martinez, Jennifer Gomes, Paloma Gomes, Diego Cruz, Marlon Diniz.

Ano: 2019

Sinopse: Um documentário sobre a trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira ressaltando as diferenças desta trajetória para as mulheres brancas e negras. O filme apresenta entrevistas, imagens de arquivo que ilustram alguns dos fatores que contribuíram para esta liberação no Brasil, como a música, a dança, a moda e a pílula anticoncepcional, e propõe uma discussão sobre o feminismo através da desconstrução do masculino. O filme incorpora cenas ficcionais onde os homens não se dão conta de seus comportamentos machistas e racistas e plenos de preconceitos de classe, enraizados e aceitos pela sociedade.

Crítica do CINEVITOR: Em breve.

*Filme visto no 23º Cine PE – Festival do Audiovisual.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Betse de Paula apresenta o documentário Vozes da Floresta no 29º Cine Ceará

por: Cinevitor

vozesflorestaceara19Filme fala sobre a preservação do meio ambiente e dos direitos das mulheres.

Na segunda-feira, 02/09, a Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem do 29º Cine Ceará começou com a exibição do documentário Vozes da Floresta, dirigido por Betse de Paula. O filme fala sobre lideranças femininas que estão à frente na luta pela preservação do meio ambiente e dos direitos das mulheres. Quilombolas, indígenas, ribeirinhas, quebradeiras de coco, extrativistas, que lutam pela manutenção dos seus modos de vida tradicionais, pela vida da floresta e de todo o planeta.

Com roteiro de Tyrell Spencer, que também assina a montagem, o filme foi exibido pela primeira vez no Brasil no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza. A diretora subiu ao palco para apresentar o longa ao lado de três personagens do documentário: Rosenilde Gregória dos Santos CostaDorninete Serejo Morais e Maria Nice Machado Aires. O elenco conta também com Joênia Wapishana, Telma Marques Taurepang, Sonia Bone Guajajara, Maria Santana, Maria de Jesus Ferreira Bringelo, Marilene Rodrigues Rocha, Odila Duarte Godinho, Ivete Bastos e Antonia Melo.

No dia seguinte à exibição, elas participaram de um debate com o público: “Eu espero exibi-lo outras vezes, em outros lugares, em vários espaços. Não tenho ilusão de sala de cinema, não. Quero mostrar em festival, comunidades, na televisão. Os indígenas têm essa questão da invisibilidade e o [presidente] Bolsonaro quer que eles não existam mais, dizendo que não existe índio no Brasil. Mas aí temos a Sonia Guajajara, que afirma a existência de 305 tribos e o filme tem essa questão de mostrar o cotidiano dessas pessoas, os conflitos dentro da própria aldeia”, disse Betse.

Rosenilde Costa, uma das entrevistadas do filme, falou: “O filme é pra quem nunca nem foi numa roça, num babaçual, nos nosso campos. É pra saber que a gente existe, que estamos lutando e cuidando de um espaço que serve para todos nós. Isso é fundamental e muito importante, pois vai dialogar com pessoas que não tem outro caminho pra chegar até ali e levar nossa voz. É fundamental pra levar e divulgar a nossa história”.

betsepalco2Diretora e elenco no palco.

A questão sobre a Base de Alcântara, abordada no filme, foi comentada por Dorinete Morais: “O filme acontece num momento muito oportuno, sobretudo nessa questão política que o Brasil vive hoje, mas também pelo acordo. Vou sempre bater nessa questão do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas [AST], que o Brasil assinou com os Estados Unidos em março. Alcântara teve seu território doado: foram 62 mil hectares para fins de utilidade pública no Centro de Lançamento de Alcântara [CLA]. O território geral de Alcântara é de 114 mil hectares e mais da metade foi doado. Na década de 1980, 312 famílias foram tiradas de suas comunidades que beiravam o litoral, assim como a minha. Com esses novos acordos, existe a possibilidade de aumentarem o espaço que já usam para mais de 20 mil hectares. Hoje eles ocupam 8.500 e pretendem pegar mais 12 mil e com isso tirar entre 700 e 800 famílias de suas comunidades”.

Dorinete finalizou: “É um acordo com outro país. O Brasil todo está envolvido. Nós poderemos ser alvo dos inimigos dos Estados Unidos porque não teremos controle do material que vai ser trazido para Alcântara, pois o Brasil não pode inspecionar a carga americana, o que eles vão trazer. Ficaremos à mercê de outros países nos quais os Estados Unidos compra briga. O filme foi feito há alguns anos, mas o assunto continua atual e mais agravado”.

Para encerrar o debate, Nice Machado comentou sobre a relevância da obra: “Existem três questões importantes sobre o filme: a riqueza de conhecimento natural, que muita gente não sabia e passa a conhecer; outro é a transparência, pois não vai ser divulgado só para nós, mas para o mundo; e o outro é desmascarar as grandes empresas que dizem que não existem quilombolas. Quando você divulga o filme dá pra perceber que esse povo existe. Isso nos fortalece. Quando estamos isolados é uma coisa. Mas, quando é divulgado é diferente. O filme não veio fora da hora. Tudo tem seu tempo. O filme é muito importante para mostrar quem somos, onde vivemos”.

*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 29º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Rogerio Resende.

Notícias do Fim do Mundo: Rosemberg Cariry e elenco falam sobre o filme exibido no 29º Cine Ceará

por: Cinevitor

rosembergceara19O cineasta Rosemberg Cariry no palco do Cineteatro São Luiz.

Na sessão de domingo, 01/09, da Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem do 29º Cine Ceará, foi exibido o filme Notícias do Fim do Mundo, de Rosemberg Cariry. O argumento nasceu de um conto, escrito pelo próprio diretor em 1996, que ganhou novas camadas a partir do olhar atencioso às mudanças que afetaram o mundo nos últimos anos.

Imerso nos questionamentos sobre as diversidades culturais, hibridismos e trânsitos identitários, na chamada sociedade da violência e do espetáculo, Cariry traz para o seu novo longa-metragem uma experiência concebida a partir da leitura de alguns pensadores latino-americanos sobre o sentido conceitual do transbarroco, que o leva a explorar as sinuosidades e os contrastes dos símbolos e da violência em um país periférico e dependente.

A trama se passa na cidade de Kibuna, onde vive Alexandre Taylor, interpretado por Everaldo Pontes, um ator que, no final da vida, decide ganhar o seu sustento dando cursos nas favelas das periferias e é um dos organizadores de um grupo de folguedo popular. Quando surge o convite para se apresentar no palácio do governador, o ator enxerga nesse gesto uma das últimas chances de fazer uma ousada e perigosa performance pública. Durante a apresentação, o grupo resolve sequestrar um embaixador, papel de João Paulo Soares, dando início a uma perseguição policial descontrolada do governo e à transformação de Alexandre Taylor em Mestre Jacaúna.

Com produção executiva de Bárbara Cariry e fotografia de Petrus Cariry, Notícias do Fim do Mundo também aborda a construção e o consumo desenfreados de imagens, de fake news, das manipulações políticas e de consciências, das construções identitárias, das fronteiras móveis, do papel polêmico dos veículos de comunicação e das redes sociais em um mundo globalizado, além de explorar as contradições de seus personagens.

Em entrevista exclusiva ao CINEVITOR, o diretor e os atores Everaldo Pontes, João Paulo Soares e Majô de Castro falaram sobre o filme, bastidores, distribuição, entrosamento do elenco e cinema brasileiro.

Aperte o play e confira:

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Foto: Arlindo Barreto.

A Viagem Extraordinária de Celeste García

por: Cinevitor

viagemcelestegarciaposter1El viaje extraordinario de Celeste García

Direção: Arturo Infante

Elenco: María Isabel Díaz Lago, Omar Franco, Néstor Jiménez, Yerlín Pérez, Tamara Castellanos, Veronica Diaz, Roberto Espinosa, Reinier Díaz, Andrea Doimeadiós, Beatriz Viña.

Ano: 2018

Sinopse: Celeste García, uma ex-professora e guia do Planetário de Havana, procura, aos 60 anos, uma mudança em sua vida. Quando um grupo de alienígenas aterrissa em Cuba oferecendo aos terrestres a oportunidade de visitar seu planeta, Celeste se inscreve para a viagem na esperança de uma vida melhor e mais gratificante.

*Filme visto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Lilia Cabral é homenageada com o Troféu Eusélio Oliveira no 29º Cine Ceará

por: Cinevitor

liliahomenagemcearaCarreira consagrada e talento reconhecido.

A programação de sábado, 31/08, do 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema começou com a entrega do Troféu Eusélio Oliveira para a atriz Lilia Cabral. A homenagem foi apresentada pelo amigo e colega de trabalho, o ator José Loreto, com quem atuou recentemente na novela O Sétimo Guardião.

Além de tantas personagens marcantes na TV, Lilia Cabral também se destacou nas telonas. Seu maior sucesso, Divã, de José Alvarenga Jr., levou mais de um milhão de espectadores aos cinemas. A comédia dramática lhe rendeu vários prêmios por sua atuação, entre eles, Miami Brazilian Film Festival e Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em seu currículo constam também: Dias Melhores Virão (1989), Stelinha (1990), Como Ser Solteiro (1998), A Partilha (2001), Julio Sumiu (2014), entre outros.

Na TV, com sua personagem Marta, da novela Páginas da Vida, de Manoel Carlos, foi aclamada pelo público e pela crítica. Por essa atuação, foi indicada ao Emmy Internacional e premiada pela APCA, Associação Paulista de Críticos de Arte.

No palco do Cineteatro São Luiz, relembrou sua trajetória: “Acho que eu gostaria de ter feito mais filmes. E se eu não fiz, não foi porque não quisesse, mas porque eu tinha outros trabalhos que me impediram de fazer”.

Durante a homenagem também relembrou sua paixão pela sétima arte: “Quando criança, tinha um cinema no bairro que eu morava, o Cine Nacional. Foi através desse cinema que eu quis ser atriz. Na verdade, foi com o cinema que eu me encontrei e achei que era aquilo que eu queria”. E completou: “Lá passavam todos os filmes do Marcello Mastroianni, Fellini, Mazzaropi, todos os filmes da Atlântida [companhia cinematográfica], da Dercy Gonçalves e os desenhos do Walt Disney. Quando a gente olha pra trás, vemos nossas referências”, finalizou.

Depois da receber a honraria do Cine Ceará, Lilia apresentou, ao lado da equipe, o filme Maria do Caritó, exibido fora de competição. No longa, dirigido por João Paulo Jabur, interpreta uma solteirona em busca do amor verdadeiro. O filme é baseado em uma peça homônima, “escrita especialmente para o retorno da atriz Lilia Cabral ao teatro”, como conta o escritor Newton Moreno. A comédia dramática ficou cinco anos em cartaz antes de ganhar as telas dos cinemas e foi um verdadeiro sucesso de público. Indicada a seis categorias no Prêmio Shell, em 2010, a peça Maria do Caritó contou ainda com a vitória de Lilia na categoria de melhor atriz no Prêmio Contigo!, em 2011.

O elenco conta ainda com Kelzy Ecard, Leopoldo Pacheco, Gustavo Vaz, Sylvio Zilber, Juliana Carneiro da Cunha, Fernando Sampaio, Alice Assef, Larissa Bracher, Priscila Steinman e Fernando Neves.

Aperte o play e assista aos melhores momentos da homenagem:

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Foto: Arlindo Barreto.

A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, é exibido na noite de abertura do 29º Cine Ceará

por: Cinevitor

aberturacinecearakarim1Equipe do filme reunida no palco.

Depois de receber uma emocionante homenagem na primeira noite do 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, o cineasta cearense Karim Aïnouz continuou no palco para apresentar A Vida Invisível, o filme de abertura deste ano.

Escolhido recentemente para ser o representante brasileiro na disputa por uma vaga entre os finalistas da categoria de melhor filme internacional no Oscar 2020, o longa foi premiado como melhor filme da mostra Un Certain Regard, paralela ao Festival de Cannes. Além da consagração no festival francês, sendo o primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo na categoria, também foi contemplado com o CineCoPro Award no Filmfest München, na Alemanha, e consagrado no Festival de Cine de Lima.

O filme conta a história das irmãs inseparáveis Guida, que sonha em casar e ter uma família, e Eurídice, a mais nova, pianista prodígio. Um dia, as duas são separadas para sempre e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.

O longa é uma livre adaptação da obra homônima de Martha Batalha e traz Fernanda Montenegro, Carol Duarte, Júlia Stockler, Gregorio Duvivier, Maria Manoella, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Flavio Bauraqui no elenco. Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa, ambientado majoritariamente na década de 1950, foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão. A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, de As Praias de Agnès e Lazzaro Felice, que assina seu primeiro longa brasileiro, e a alemã Heike Parplies, de Toni Erdmann, assina a montagem.

No palco, ainda emocionado com as palavras de Fernanda Montenegro em sua homenagem, Karim apoiou o protesto dos estudantes da Universidade Federal do Ceará, UFC, contra a intervenção na instituição em relação ao reitor. Depois, chamou outros integrantes de sua equipe, como as protagonistas Carol Duarte e Júlia Stockler e o ator Flavio Bauraqui.

“O Cineteatro São Luiz foi o lugar que eu vi meu primeiro filme numa tela de cinema. Estar aqui com vocês é uma alegria gigante. A Vida Invisível tem me dado muitas razões para eu estar feliz hoje; o prêmio em Cannes e agora a indicação para representar o Brasil numa possível corrida no Oscar”, disse. E completou: “É importante que esse país defenda seus artistas, defenda seu cinema. É importante a defesa da Agência Nacional do Cinema [Ancine], que virou alvo do obscurantismo. Um país que não protege sua cultura é um país sem nome e sem história”, discursou.

Entre aplausos, finalizou seu discurso: “Esse filme tem o DNA cearense porque é muito pessoal. Fala da vida de tantas mulheres que abdicaram seus sonhos por conta do regime patriarcal. Um filme que fala da minha mãe, da minha avó, das minhas tias”.

Aperte o play e assista aos melhores momentos da apresentação do filme no Cine Ceará 2019:

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Foto: Rogerio Resende.

Luciérnagas

por: Cinevitor

luciernagasposter1Direção: Bani Khoshnoudi

Elenco: Arash Marandi, Flor Eduarda Gurrola, Luis Alberti, Eligio Meléndez, Eduardo Mendizábal, Edwarda Gurrola, Uriel Ledesma, Ishbel Mata.

Ano: 2018

Sinopse: Depois de escapar da perseguição em seu país, Ramin, um jovem gay iraniano, chega ao México quando o navio mercante que ele tomou na Turquia atraca em Veracruz. Longe de tudo o que seu mundo representava, ele vive no limbo do exílio, onde sua nostalgia e melancolia são confrontadas com novas amizades e amores. Pouco a pouco ele redescobre seus próprios desejos.

*Filme visto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Vozes da Floresta

por: Cinevitor

vozesflorestaposterDireção: Betse de Paula

Elenco: Rosenilde Gregória dos Santos Costa, Dorninete Serejo Morais, Maria Nice Machado Aires, Joênia Wapishana, Telma Marques Taurepang, Sonia Bone Guajajara, Maria Santana, Maria de Jesus Ferreira Bringelo, Marilene Rodrigues Rocha, Odila Duarte Godinho, Ivete Bastos, Antonia Melo.

Ano: 2019

Sinopse: Documentário sobre lideranças femininas que estão à frente na luta pela preservação do meio ambiente e dos direitos das mulheres. Quilombolas, indígenas, ribeirinhas, quebradeiras de coco, extrativistas, que lutam pela manutenção dos seus modos de vida tradicionais, pela vida da floresta e de todo o planeta.

*Filme visto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

29º Cine Ceará começa com homenagem a Karim Aïnouz e discurso de Fernanda Montenegro

por: Cinevitor

fernandakarimcearaEmoção na noite de abertura: homenagem e aplausos.

A 29ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema começou na sexta-feira, 30/08, no Cineteatro São Luiz, em uma noite que já entrou para a história do evento. Entre aplausos e muita comoção da plateia, o cineasta cearense Karim Aïnouz foi homenageado.

Primeiro, Karim subiu ao palco para receber uma placa do governador Camilo Santana e do secretário da Cultura do Estado, Fabiano Piúba. Depois, relembrou momentos marcantes de sua carreira em um vídeo exibido com trechos de seus filmes e entrevistas.

O momento mais emocionante aconteceu quando Fernanda Montenegro apareceu no palco para entregar o troféu Eusélio Oliveira ao diretor. A atriz, que foi ovacionada pelo público, integra o elenco de A Vida Invisível, novo filme de Karim Aïnouz, que foi recentemente premiado na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, e escolhido para abrir o Cine Ceará deste ano.

No palco, Fernanda fez um discurso emocionante: “O Brasil vai dar certo. É na arte que o Brasil vai dar certo. É na arte que o Brasil dá certo”, sendo muito aplaudida pelo público. Depois de entregar o troféu, ela leu a carta que Karim enviou no início do projeto pedindo para que ela lesse o roteiro: “Eu já tinha visto Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e pensava: ‘Meu Deus! Que diretor!’. Aí um dia, recebo uma carta”. Ao final da leitura, foi ainda mais aplaudida ao relembrar o primeiro contato com Aïnouz.

Depois disso, Wolney Oliveira, diretor executivo do Cine Ceará, subiu ao palco para cumprimentar o homenageado, que aproveitou o momento para fazer seu discurso: “Eu queria agradecer uma pessoa que estava no começo de tudo, que é o nome desse troféu: Eusélio Oliveira. Minha mãe ligou pra ele e contou que eu queria fazer um filme e pediu uma ajuda. Hoje eu recebo esse prêmio, nesse cinema, com o maior retrato do Brasil, a coisa mais potente que temos no país hoje, que é a Fernanda. Somos todos Fernanda Montenegro”, finalizou.

Aperte o play e assista aos discursos na íntegra e os melhores momentos da homenagem:

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Foto: Chico Gadelha.

Ressaca

por: Cinevitor

ressacafilmeposter1Direção: Vincent Rimbaux, Patrizia Landi.

Ano: 2018

Sinopse: O filme acompanha o corpo artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro quando os salários são suspensos. O documentário registra a espera, marcada pelos dias que se alongam sem boas notícias, e a resistência porque, a despeito da ruína e da miséria, é preciso produzir e sobreviver.

*Filme visto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Conheça os vencedores do 6º Festival de Cinema de Caruaru

por: Cinevitor

caruaruvencedores2019Os vencedores de 2019 no palco.

Foram anunciados neste sábado, 31/08, os vencedores da 6ª edição do Festival de Cinema de Caruaru, evento que acontece na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho, e que realiza também ações educativas, como mostras itinerantes nas escolas, debates e oficinas.

Rebento, de André Morais, foi o grande vencedor da Mostra Brasil de longas-metragens e levou três prêmios, entre eles, o de melhor filme. A justificativa do júri diz: “pelo olhar poético sobre o feminino e suas desconstruções, os múltiplos femininos na vivacidade do contexto sertanejo, mostrado por meio de uma fotografia sensível, as paisagens e personagens conflituosos demonstram a visceralidade da atuação e do roteiro. O Sertão vivo e pulsante, desmitificado, por meio de uma construção visual potente”.

Na Mostra Brasil de curtas-metragens, A Volta Para Casa, de Diego Freitas e protagonizado por Lima Duarte, foi premiado em três categorias, entre elas, a de melhor filme segundo o Júri Jovem, que justificou: “proporciona ao espectador pisar no solo das expectativas vindouras ao abordar questionamentos sobre a vida idosa, as novas problemáticas em relação ao escanteamento social e as possibilidades de reinserção nesse meio. Cada contribuição dos elementos narrativos do filme torna-o mais coeso em sua proposta: o cotidiano de um idoso em um asilo é exposto a um caráter fotográfico suave e equilibrado com a musicalidade que conta o cotidiano metódico dos personagens. Assiste-se e vive-se os momentos do idoso, a saudade, suas decisões e alegrias em tomadas que oscilam entre o desistir e o desenrolar proposto pelo roteiro e estar na ótica dele”.

Além disso, foi exibido na noite de encerramento o curta-metragem Mata, realizado pela oficina Documentando e ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles, da Eixo Audiovisual. O filme foi gravado na Serra dos Cavalos, reserva ecológica em Caruaru, com a participação de Seu João da Mata.

Conheça os vencedores do 6º Festival de Cinema de Caruaru:

MOSTRA BRASIL | LONGA-METRAGEM:

Melhor Filme: Rebento, de André Morais (PB)
Melhor Filme | Júri Jovem: Rebento, de André Morais (PB)
Melhor Direção: Dea Ferraz, por Mateus
Melhor Roteiro: Rebento, escrito por André Morais
Melhor Ator: Diego Avelino, por Meio Irmão
Melhor Atriz: Ingrid Trigueiro, por Rebento
Melhor Fotografia: Meio Irmão, por Cleisson Vidal
Melhor Pôster: Mateus, de Dea Ferraz (PE)
Menção Honrosa: Mateus, de Dea Ferraz e para a atriz Natália Molina, de Meio Irmão

MOSTRA BRASIL | CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: O Grande Amor de Um Lobo, de Adrianderson Barbosa e Kennel Rógis (São Miguel do Gostoso, RN)
Melhor Filme | Júri Jovem: A Volta Para Casa, de Diego Freitas (São Paulo, SP)
Melhor Direção: Adrianderson Barbosa e Kennel Rogis, por O Grande Amor de Um Lobo
Melhor Roteiro: A Volta Para Casa, escrito por Diego Freitas e Diego Olivares
Melhor Ator: Jean-Claude Bernardet, por Nuvem Negra
Melhor Atriz: Mayara Millane, por Deusa
Melhor Fotografia: A Volta Para Casa, por Kauê Zilli
Melhor Pôster: O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares (Recife, PE)

MOSTRA AGRESTE | CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: Mucunã, de Carol Correia (Recife, PE)
Melhor Direção: Wagno Godez, por Besta-Fera (Arapiraca, AL)
Melhor Roteiro: Mucunã, escrito por Carol Correia
Melhor Ator: Felipe Rios, por Besta-Fera
Melhor Atriz: Mariah Morello, por Besta-Fera
Melhor Fotografia: O Balido Interno, por Junior Siqueira
Melhor Pôster: Mucunã
Menção Honrosa: Besta-Fera, de Wagno Godez

MOSTRA UNIVERSITÁRIA DE CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: Dissonância, de Thiago Muniz (Caruaru, PE)
Melhor Direção: Thiago Muniz, por Dissonância
Melhor Roteiro: Dança, escrito por Virgínia Guimarães
Melhor Ator: Hamilton Torres, por Dissonância
Melhor Atriz: Sofia Fragoso, por Galega da Cadisa
Melhor Fotografia: Dissonância, por João Victor Soares
Melhor Pôster: Remu, de Jonas dos Santos
Menção Honrosa: Dança, de Virgínia Guimarães, Devaneios, de Amanda Menezes e Galega da Cadisa, de Petryk Lucas e João Marcelo

MOSTRA ADOLESCINE DE CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: Arani Tempo Furioso, de Roobertchay Rocha (Vitória, ES)

MOSTRA INFANTIL DE CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: Bicho do Mato, de Juliana Sanson (Curitiba, PR)

MOSTRA LATINO-AMERICANA DE CURTA-METRAGEM:

Melhor Filme: La Eternidad de Paula, de Dayana Gauthier (Venezuela)

Foto: Divulgação.

Canção Sem Nome

por: Cinevitor

cancaosemnomeposter1Canción sin nombre

Direção: Melina León

Elenco: Pamela Mendoza, Tommy Párraga, Lucio Rojas, Ruth Armas, Maykol Hernández.

Ano: 2019

Sinopse: Peru, no auge da crise política dos anos 1980. Georgina é uma jovem dos Andes, cuja filha recém-nascida é roubada em uma falsa clínica de saúde. Sua busca desesperada pela criança a leva até a sede de um grande jornal, onde conhece Pedro Campos, um jornalista solitário que assume a investigação do seu caso. Baseado em uma história real.

*Filme visto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas