CINEVITOR #310: Entrevista com Fernanda Montenegro | Edição Especial

por: Cinevitor

fermontenegropgmcinevitorDiva: talentosa, premiada e carreira consagrada.

Fernanda Montenegro é considerada a maior atriz brasileira de todos os tempos e completa 75 anos de carreira em 2018. É conhecida também como a dama do teatro, da televisão e do cinema. Ao longo dos anos, atuou em mais de 40 filmes, foi premiada no Brasil e internacionalmente e segue exercendo seu ofício e esbanjando talento aos 89 anos.

Na televisão, foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi, em 1951; sua trajetória nos palcos começou na mesma época com a peça O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh. Em 1999, foi condecorada com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito e é a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz por seu trabalho no telefilme Doce de Mãe, exibido na Rede Globo.

A arte sempre acompanhou sua família. Em abril de 1953, casou-se com o ator e diretor Fernando Torres, com quem trabalhou diversas vezes, e tiveram dois filhos: a atriz e escritora Fernanda Torres e o diretor e produtor Cláudio Torres.

Entre tantas personagens marcantes, destacou-se em produções televisivas de sucesso, como: Baila Comigo, Brilhante, Guerra dos Sexos, Cambalacho, O Dono do Mundo, Sassaricando, Rainha da Sucata, Zazá, Celebridade, Hoje é Dia de Maria, Belíssima, O Outro Lado do Paraíso, entre outras. No teatro, interpretou textos de autores famosos, como: Bernard Shaw, Nelson Rodrigues, Millôr Fernandes, Adélia Prado e Anton Tchekhov. Com isso, foi consagrada com diversos prêmios, entre eles: Troféu APCA, Troféu Imprensa, Prêmio Molière, Troféu Mambembe e Prêmio Shell.

Nas telonas, também foram diversos trabalhos marcantes. Com Central do Brasil, de Walter Salles, ganhou projeção internacional tornando-se a primeira e única brasileira indicada ao Oscar de melhor atriz. O filme lhe rendou prêmios importantes por sua atuação, entre eles, o Urso de Prata no Festival de Berlim. Foi premiada também no Festival de Havana, pelos críticos de Nova York e Los Angeles, e foi escolhida a melhor atriz do ano pela National Board of Review. Além disso, foi indicada ao Globo de Ouro e ao Satellite Awards.

Entre tantos filmes, atuou em: A Falecida, Eles Não Usam Black-Tie, A Hora da Estrela, O Que É Isso, Companheiro?, Gêmeas, O Auto da Compadecida, O Outro Lado da Rua, Olga, Redentor, Casa de Areia, O Amor nos Tempos do Cólera, Infância, Boa Sorte, entre outros. Em 2019 aparecerá, em pelo menos, três novos filmes: Piedade, de Cláudio Assis; A Vida Invisível, de Karim Aïnouz; e O Juízo, de Andrucha Waddington. Atualmente, se dedica ao longa Ghost of Lina Bo Bardi, de Isaac Julien, em que atua ao lado da filha Fernanda Torres.

Recentemente, Fernanda Montenegro foi homenageada no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e participou da 42ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo para apresentar a cópia restaurada de Central Brasil, que completa 20 anos, ao lado do diretor Walter Salles e do ator Vinícius de Oliveira.

Em entrevista exclusiva para o CINEVITOR, Fernanda Montenegro relembrou momentos inesquecíveis do filme de Walter Salles que ganhou destaque internacional, elogiou colegas de trabalho, revelou bastidores da cerimônia do Oscar e o nome de sua atriz preferida para levar a estatueta dourada no ano em que foi indicada, relembrou as aventuras de divulgação de Central do Brasil pelo mundo, falou com carinho sobre o prêmio da National Board of Review, destacou sua amizade com Lauren Bacall, refletiu sobre a indústria cinematográfica e relembrou alguns trabalhos marcantes nas telonas.

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Foto: Natali Hernandes.

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