CINEVITOR #345: Entrevista com Karim Aïnouz | Edição Especial

por: Cinevitor

karimespecialcinevitorO diretor em Cannes: prêmio de melhor filme da mostra Un Certain Regard.

O cineasta cearense Karim Aïnouz, já considerado um dos mais prestigiados nomes do cinema brasileiro, é também roteirista, artista visual e premiado mundialmente. Formado em Arquitetura pela Universidade de Brasília, fez mestrado em Teoria do Cinema pela Universidade de Nova York e participou do Whitney Independent Study Program.

Começou sua carreira na sétima arte na década de 1990 com os curtas-metragens Seams, lançado em 1993, e Paixão Nacional, de 1996. Anos depois, em 2001, assinou o roteiro de Abril Despedaçado ao lado de Walter Salles, Sérgio Machado e Daniela Thomas. Seu primeiro longa-metragem, Madame Satã, com Lázaro Ramos, foi lançado no ano seguinte, premiado e rodou diversos festivais importantes, como Cannes, Cartagena, Havana e Mostra de São Paulo.

Depois disso, sua carreira ganhou ainda mais destaque e lançou, em 2006, o drama O Céu de Suely, protagonizado por Hermila Guedes. Além de ser exibido no Festival de Veneza, o longa foi premiado pela APCA, Associação Paulista de Críticos de Arte, entre outros. Com Marcelo Gomes, dirigiu Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, também selecionado para Veneza, em 2009.

Em 2011, dirigiu O Abismo Prateado, que teve sua estreia mundial na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes. O filme rendeu o prêmio de melhor atriz para Alessandra Negrini no Festival de Havana e de melhor direção no Festival do Rio. Com Praia do Futuro, lançado em 2014, trabalhou com Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuíta Barbosa e foi indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim. Além disso, o filme foi premiado em Havana, San Sebastián e pela APCA. No ano passado, seu documentário Aeroporto Central também foi exibido em Berlim e recebeu o prêmio de melhor fotografia no Prêmio Iberoamericano de Cine Fénix 2018.

Em maio deste ano, o cineasta foi premiado na mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, com A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, sendo a primeira vez de um filme brasileiro consagrado com o prêmio máximo nesta mostra. O longa, produzido por Rodrigo Teixeira, da RT Features, e baseado em uma livre adaptação da obra homônima de Martha Batalha, com Fernanda Montenegro, Carol Duarte, Júlia Stockler, Gregorio Duvivier e Maria Manoella no elenco, foi premiado recentemente com o CineCoPro Award no Filmfest München, o segundo festival de cinema mais prestigiado da Alemanha depois da Berlinale.

Entre outros trabalhos na direção, Karim também assinou os roteiros de filmes aclamados, como Cidade Baixa, de Sérgio Machado e Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes. Além das telonas, realizou instalações e também dirigiu a minissérie Alice, filmada no Brasil e transmitida pelo canal HBO, em 2008. É também um dos tutores do laboratório de roteiros do Porto Iracema das Artes, em Fortaleza, e membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Recentemente, o cineasta participou do 1º Encontros de Cinema de Curitiba, evento paralelo ao Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, e conversou com o CINEVITOR. No bate-papo, relembrou os bastidores de alguns de seus filmes e falou sobre projetos futuros.

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Foto: Eric Gaillard/Reuters.

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