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A Cidade dos Piratas

por: Cinevitor

cidadepiratasposterDireção: Otto Guerra

Elenco: Laerte Coutinho, Otto Guerra, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Marcos Contreras, Luis Felipe Ramos.

Ano: 2018

Sinopse: Inspirado nos famosos quadrinhos da cartunista Laerte. A história mescla a jornada de transição da artista e do diretor, que encara a morte após ser diagnosticado com câncer. Cria-se, então, um abismo caótico entre ficção e realidade na animação mais louca de todos os tempos.

*Filme visto no 46º Festival de Cinema de Gramado.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Conheça os vencedores da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

por: Cinevitor

vencedoresmostra2019Fernando Meirelles: produtor do documentário A Grande Muralha Verde, que foi premiado.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 30/10, no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, os vencedores da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que nesta edição apresentou mais de 320 títulos de diversos países. A cerimônia foi apresentada por Serginho Groisman e Renata de Almeida, diretora da Mostra.

Depois de serem exibidos na programação, os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri Internacional, formado por Beto Brant, Lisandro Alonso, Maria de Medeiros e Xénia Maingot. Na categoria de melhor ficção houve um empate e dois longas foram consagrados com o Troféu Bandeira Paulista: System Crasher e Dente de Leite.

Como de costume, a escolha do público é feita por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebe uma cédula para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determina os vencedores.

A Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, também realiza tradicionalmente uma premiação e escolheu o melhor filme brasileiro entre os realizados por diretores estreantes. Neste ano, o eleito foi o longa Currais, de David Aguiar e Sabina Colares. O júri foi formado por Nayara Reynaud, José Geraldo Couto e Pablo Villaça. O filme foi escolhido “pela forma eficaz com que combina as linguagens documental e ficcional para realizar o resgate histórico essencial de um episódio pouco discutido de nosso passado e que muito revela, em suas similaridades com o presente, nossa insistência, como nação, não só em ignorar, mas punir os mais pobres por sua condição”.

A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação. O júri contou com diversos jornalistas e críticos de cinema, entre eles, Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR, que subiu ao palco ao lado de Flavia Guerra para a entrega dos prêmios.

Além disso, todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderiam inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$ 30 mil, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentoria nacional, consultoria internacional e participação no Workshop Audience Design do TorinoFilmLab no Brasil.

Confira a lista completa com os vencedores da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo:

TROFÉU BANDEIRA PAULISTA 2019 | JÚRI INTERNACIONAL

Melhor Documentário: Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov (Macedônia do Norte)
Melhor Ficção (empate): System Crasher (Systemsprenger), de Nora Fingscheidt (Alemanha) e Dente de Leite (Babyteeth), de Shannon Murphy (Austrália)

PRÊMIO DO PÚBLICO

Melhor Ficção Brasileira: Pacificado, de Paxton Winters
Melhor Documentário Brasileiro: Chorão: Marginal Alado, de Felipe Novaes
Melhor Ficção Internacional: Parasita (Gisaengchung), de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Melhor Documentário Internacional: A Grande Muralha Verde (The Great Green Wall), de Jared P. Scott (Reino Unido)

PRÊMIO ABRACCINE

Melhor Filme Brasileiro: Currais, de David Aguiar e Sabina Colares

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor Filme Brasileiro: Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Melhor Filme Estrangeiro: Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov

PRÊMIO PROJETO PARADISO

O Campo dos Lobos Guarás, de Bárbara Cunha e Paulo Caldas

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Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

Repescagem da 43ª Mostra de São Paulo: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

doispapasrepescagemAnthony Hopkins e Jonathan Pryce em Dois Papas: direção de Fernando Meirelles.

A partir desta quinta-feira, 31/10, começa a repescagem da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, uma nova chance para o público assistir aos filmes que se destacaram nesta edição.

Integram a programação extra da Mostra, que conta com 4 sessões diárias que ocorrem no CineSesc, filmes premiados como Honeyland, Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, Dente de Leite e System Crasher.

A repescagem também conta com longas de Amos Gitai e Olivier Assayas, diretores que receberam o Prêmio Leon Cakoff nesta edição do evento, e Elia Suleiman, que levou o Prêmio Humanidade.

Conheça os filmes selecionados para a repescagem da 43ª Mostra de São Paulo:

31/10 – QUINTA-FEIRA:
14h: Irma Vep, de Olivier Assayas (França)
16h: Horas de Verão (Summer Hours), de Olivier Assayas (França)
18h: Vidas Duplas (Non-Fiction), de Olivier Assayas (França)
20h10: Espionagem na Rede (Demonlover), de Olivier Assayas (França)

1/11 – SEXTA-FEIRA:
14h: Cicatrizes (Stitches), de Miroslav Terzic (Sérvia)
16h: Viajante da Meia-Noite (Midnight Traveler), de Hassan Fazili (EUA/Reino Unido/Qatar/Canadá)
18h: Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Bárbara Paz (Brasil)
20h: O Farol (The Lighthouse), de Robert Eggers (EUA)

2/11 – SÁBADO:
14h: Tristeza e Alegria na Vida das Girafas, de Tiago Guedes (Portugal)
16h15: Lara, de Jan-Ole Gerster (Alemanha)
18h20: Pacificado, de Paxton Winters (Brasil)
20h50: Dente de Leite (Babyteeth), de Shannon Murphy (Austrália)

3/11 – DOMINGO:
14h: Os Olhos de Cabul (Les hirondelles de Kaboul), de Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec (França)
15h50: Sete Anos em Maio, de Affonso Uchoa (Brasil)
Chorão: Marginal Alado, de Felipe Novaes (Brasil)
18h20: O Paraíso Deve Ser Aqui (It Must Be Heaven), de Elia Suleiman (França/Qatar/Alemanha/Canadá/Turquia/Palestina)
20h30: Dois Papas (The Two Popes), de Fernando Meirelles (EUA/Reino Unido/Itália/Argentina)

4/11 – SEGUNDA-FEIRA:
14h: Viajantes de Guerra (War Travelers), de Joud Said (Líbano/Síria)
16h15: Berlim-Jerusalém, de Amos Gitai (França/Israel/Itália/Holanda/Reino Unido)
18h10: Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo (Brasil)
20h40: A Grande Muralha Verde (The Great Green Wall), de Jared P. Scott (Reino Unido)

5/11 – TERÇA-FEIRA:
14h: Fotógrafo de Guerra (War Photographer), de Boris Benjamin Bertram (Dinamarca/Finlândia)
15h45: Kadosh: Laços Sagrados, de Amos Gitai (Israel)
18h: Partida, de Caco Ciocler (Brasil)
20h10: Honeyland, de Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska (Macedônia do Norte)

6/11 – QUARTA-FEIRA:
14h: Fim de Estação (End of Season), de Elmar Imanov (Azerbaijão/Alemanha/Geórgia)
16h: Mi Vida (My Life), de Norbert ter Hall (Holanda/Espanha)
17h50: Currais, de David Aguiar e Sabina Colares (Brasil)
19h45: System Crasher (Systemsprenger), de Nora Fingscheidt (Alemanha)

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Foto: Divulgação/Netflix.

Coletiva de imprensa: Willem Dafoe e Robert Eggers falam sobre O Farol, filme exibido na 43ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

ofarolmostra43Diretor e protagonista em São Paulo antes da exibição especial do filme.

Dirigido por Robert Eggers, do aclamado A Bruxa, e protagonizado por Willem Dafoe e Robert Pattinson, O Farol, no original The Lighthouse, teve sua primeira exibição no Brasil durante a 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, em sessão especial no Auditório Ibirapuera com a presença do diretor e de Dafoe.

O longa, que foi exibido na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, levou o prêmio de melhor filme segundo o júri da FIPRESCI, Federação Internacional de Críticos de Cinema. Produzido pela RT Features, do brasileiro Rodrigo Teixeira, em parceria com a New Regency e a A24, o filme tem estreia marcada para o dia 2 de janeiro com distribuição da Vitrine Filmes no Brasil.

Neste terror psicológico, dois homens são responsáveis por vigiar um farol marítimo numa remota e misteriosa ilha da Inglaterra nos anos 1890. Isolados de qualquer civilização, tendo apenas contato um com o outro durante longos períodos, eles começam a compartilhar suas angústias, medos, anseios e paixões.

Na coletiva de imprensa, que aconteceu antes da exibição no Auditório Ibirapuera, o diretor falou sobre diversos assuntos, entre eles, o elenco: “Quando o filme se tornou realidade, não tinha nenhuma dúvida que Willem Dafoe era a pessoa certa para o papel. Ele pode interpretar qualquer tipo de personagem”.

Questionado sobre a temporada de premiações, o produtor Rodrigo Teixeira se mostrou confiante: “Acho que o filme tem chance. Tecnicamente é impecável. E o trabalho de Willem é brilhante, assim como o de Robert Pattinson”. Recentemente, Dafoe foi indicado ao prêmio de melhor ator no Gotham Awards, importante premiação do cinema independente.

Aperte o play e assista aos melhores momentos da coletiva de imprensa que contou com a presença do diretor, produtor e do protagonista Willem Dafoe, com tradução de Carolina Carvalho:

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Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

Oscar honorário: Geena Davis, Lina Wertmüller, David Lynch e Wes Studi são homenageados

por: Cinevitor

oscarhonorario2019Os homenageados do ano pela Academia.

O Oscar 2020 está marcado para o dia 9 de fevereiro, mas, algumas estatuetas douradas já foram entregues, começando pelos vencedores do Oscar honorário. Neste domingo, 27/10, aconteceu a cerimônia do Governors Awards, prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood destinado às pessoas de destaque na indústria do cinema.

A noite começou com uma apresentação do ator Jamie Foxx e de David Rubin, comentarista político. Em seguida, a atriz Laura Dern e o ator Kyle MacLachlan subiram ao palco para homenagear o cineasta americano David Lynch. A atriz italiana Isabella Rossellini também fez um discurso sobre o amigo, com quem trabalhou em Veludo Azul. Nascido em Missoula, no estado de Montana, em 1946, Lynch escreveu, produziu e dirigiu seu primeiro longa-metragem, Eraserhead, em 1977. O sucesso trouxe a oportunidade de dirigir O Homem Elefante, em 1980, que recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo melhor direção e roteiro adaptado para o próprio Lynch; sua carreira inclui mais duas indicações de direção: Veludo AzulCidade dos Sonhos. Além disso, levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1990, com Coração Selvagem. Foi indicado ao Spirit Awards pelo drama Uma História Real, premiado na Mostra de São Paulo com Estrada Perdida e consagrado no Festival de Veneza com Império dos Sonhos. Seu currículo conta ainda com Duna (1984) e com o seriado Twin Peaks.

geenaoscarhonorarioGeena Davis recebeu o Jean Hersholt Humanitarian Award.

A atriz Constance Wu e o ator Tom Hanks subiram ao palco para homenagear Geena Davis, homenageada com o Prêmio Humanitário Jean Hersholt por sua luta pela igualdade de gênero no cinema. Davis, que ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em O Turista Acidental, tem se destacado por sua defesa em relação ao equilíbrio de gênero nas telonas. Ela é fundadora e presidente do Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia (Geena Davis Institute on Gender in Media), uma organização sem fins lucrativos dedicada a educar e influenciar os criadores de conteúdo de cinema e televisão para eliminar preconceitos e estereótipos de gênero e criar uma ampla variedade de personagens femininas em entretenimento e mídia voltadas para crianças. Em 2012, recebeu da ONU o Prêmio Mundial das Telecomunicações e Sociedade da Informação, reconhecimento da União Internacional de Telecomunicações (UIT) da ONU pela liderança e dedicação na promoção das tecnologias de informação e comunicação como meio de empoderar mulheres e meninas. Em 2015, lançou o Bentonville Film Festival para apoiar as mulheres e a diversidade na indústria do entretenimento. Como atriz, é reconhecida por interpretar personagens importantes em filmes como Thelma & Louise (1991), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar; Tootsie (1982), sua estreia nas telonas; A Mosca (1986), Os Fantasmas se Divertem (1988), Uma Equipe Muito Especial (1992), Despertar de um Pesadelo (1996), O Pequeno Stuart Little 2 (2002), entre outros. No ano passado, produziu o documentário Isso Muda Tudo (This Changes Everything), sobre desigualdade de gênero em Hollywood.

Em 1976, a cineasta italiana Lina Wertmüller tornou-se a primeira mulher a receber uma indicação ao Oscar de melhor direção por Pasqualino Sete Belezas, filme que lhe rendeu também uma indicação na categoria de melhor roteiro original. Conhecida por se concentrar em questões políticas e sociais, Wertmüller escreveu e dirigiu filmes notáveis como I basilischi (1963), premiado em Locarno, e Por um Destino Insólito (1974). Foi indicada ao Urso de Ouro, no Festival de Berlim, por Dois Perdidos numa Noite de Chuva (1978) e Camorra (1985). Mimi, o Metalúrgico (1972) e Amor e Anarquia (1973) disputaram a Palma de Ouro, em Cannes. O drama Em Noite de Lua Cheia (1989) disputou o Leão de Ouro, em Veneza. As cineastas Greta Gerwig e Jane Campion, ao lado da atriz Sophia Loren entregaram a estatueta honorária para Lina, concedida para homenagear uma distinção extraordinária nas conquistas da vida, contribuições excepcionais para o estado das Artes e Ciências Cinematográficas ou pelo excelente serviço prestado à Academia.

linahonorarioAs italianas Sophia Loren e Lina Wertmüller na cerimônia.

Wes Studi é um ator americano cherokee que já apareceu em mais de 30 filmes, tornando-se conhecido por interpretar fortes personagens nativos americanos com pungência e autenticidade. Nascido e criado em Oklahoma, Studi se envolveu profundamente com a política e o ativismo dos nativos americanos após uma visita ao serviço militar no Vietnã. Ele começou sua carreira de ator na American Indian Theatre Company e seu primeiro papel foi no filme independente Uma Estrada Sem Limites (1989), mas ganhou destaque em Dança com Lobos (1990), de Kevin Costner. Outros trabalhos marcantes foram: O Último dos Moicanos (1992), Gerônimo: Uma Lenda Americana (1993), Fogo Contra Fogo (1995), O Novo Mundo (2005) e Avatar (2009). Christian Bale, Joy Harjo e Q’orianka Kilcher subiram ao palco para homenagear o ator.

Fotos: Getty Images North America.

O que Arde

por: Cinevitor

oqueardeposter1Direção: Oliver Laxe

Elenco: Amador Arias, Benedicta Sánchez, Elena Mar Fernández, Nuria Sotelo, Luis Manuel Guerrero Sánchez, Alvaro de Bazal, Rubén Gómez Coelho, Inazio Abrao, Nando Vázquez, Ivan Yañez, David de Peso.

Ano: 2019

Sinopse: Amador Coro foi condenado à prisão por ter provocado um incêndio. Após cumprir a pena, ele sai da cadeia, mas não há ninguém à sua espera. Amador volta à sua cidade natal, uma pequena vila nas montanhas da Galícia, para morar com a mãe e três vacas. O cotidiano se arrasta, acompanhando o ritmo da natureza. Até que, em uma noite, um incêndio começa a devastar a região.

*Filme visto na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Sibyl

por: Cinevitor

sibylposter1Direção: Justine Triet

Elenco: Virginie Efira, Adèle Exarchopoulos, Gaspard Ulliel, Sandra Hüller, Laure Calamy, Niels Schneider, Paul Hamy, Arthur Harari, Adrien Bellemare, Jeane Arra-Bellanger, Liv Harari, Lorenzo Lefèbvre, Aurélien Bellanger, Philip Vormwald, Henriette Desjonquères, Agnès Tassel, Judith Zins, Duccio Bellugi-Vannuccini, Natascha Wiese, Fabrizio Mosca, Etienne Beurier, Frank Williams, Camille Langlois, Thomas Weber.

Ano: 2019

Sinopse: Sibyl é uma psicoterapeuta que luta para se manter sóbria. Quando ela decide interromper os atendimentos com pacientes para dedicar-se à escrita, sua nova paciente, uma atriz problemática, revela-se uma tentadora fonte de inspiração. Fascinada e obcecada, Sibyl se envolve cada vez mais na vida conturbada de Margot, acreditando que conseguiu o material perfeito para o seu novo romance, mas acaba revivendo memórias sombrias que ela preferia esquecer.

*Filme visto na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Amos Gitai é homenageado na 43ª Mostra de São Paulo e lança livro com cartas de sua mãe

por: Cinevitor

amosgitaimostraspHomenageado da Mostra: presença ilustre.

O cineasta israelense Amos Gitai foi um dos homenageados da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e recebeu o prêmio Leon Cakoff na quinta-feira, 24/10, no Espaço Itaú Frei Caneca, antes da sessão do seu filme Kadosh: Laços Sagrados, que estreou há duas décadas. Além deste longa, o diretor também celebrou o aniversário de lançamento de Berlim-Jerusalém, que completa 30 anos em 2019.

Ao todo, 41 filmes de Amos Gitai foram exibidos na Mostra desde 1996. Há mais de 20 anos seu olhar único sobre lugares e memória mostram ao público brasileiro os diversos matizes que existem em um conflito, assim como a necessidade de ver o outro não como diferente, mas como alguém que vive os mesmos problemas, tem os mesmos medos e a mesma esperança de um futuro melhor.

Berlim-Jerusalém, lançado em 1989, integra a trilogia Exílio, composta também pelos filmes Esther (1986) e Golem, o Espírito do Exílio (1992), todos exibidos na 28ª Mostra, que teve uma retrospectiva em homenagem ao diretor, responsável também pela arte daquela edição.

Lançado uma década depois, e também na programação desta edição da Mostra, Kadosh: Laços Sagrados (1999) se passa em Mea Shearim, bairro judeu ortodoxo de Jerusalém, e faz parte de outra trilogia de Gitai, a da Cidade, feita no retorno dele a Israel. A tríade é completada por Devarim (1995), ambientado em Tel Aviv, e Yom Yom (1998), filmado em Haifa.

Na quarta-feira, 23/10, Amos participou de um evento especial da Mostra no Teatro Unimed, onde lançou o livro Em Tempos como Estes. A obra conta com correspondências de 1929 a 1994 de Efratia Gitai, mãe de Amos, com selo de lançamento da Mostra em coedição com a editora Ubu e o Ventre Studio. Na data, houve leitura de algumas cartas, realizada pelas atrizes Bárbara Paz, Camila Márdila e Regina Braga e pelo ator Gabriel Braga Nunes.

Registramos a apresentação do diretor no evento e alguns trechos das leituras. Aperte o play e confira:

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Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

Andrucha Waddington fala sobre O Juízo, suspense sobrenatural exibido na 43ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

andruchamostra43O diretor marcou presença na primeira exibição do filme.

O suspense sobrenatural O Juízo, dirigido por Andrucha Waddington e escrito por Fernanda Torres, foi exibido pela primeira vez na 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo na quinta-feira, 24/10, no Espaço Itaú Augusta.

O longa, estrelado por Felipe Camargo, Carol Castro, Criolo, Joaquim Torres Waddington, Lima Duarte e Fernanda Montenegro narra um acerto de contas que leva mais de duzentos anos para se concretizar.

O Juízo, que estreia no dia 5 de dezembro, conta a história de Augusto Menezes, interpretado por Felipe Camargo, que está em crise no casamento com Tereza, papel de Carol Castro. Na esperança de colocar sua vida nos eixos, depois de perder o emprego na cidade e sofrer com o alcoolismo, decide mudar-se com a mulher e o filho Marinho, vivido por Joaquim Torres Waddington em sua estreia nos cinemas, para uma fazenda herdada do avô. Mas a propriedade carrega uma história de traição e vingança que pode custar mais caro a Augusto e sua família do que ele imaginava.

No longa, Criolo e Kênia Bárbara vivem Couraça e Ana, escravos determinados a se vingar dos antepassados de Augusto, que os traíram no passado. Fernanda Montenegro interpreta a espírita Marta Amarantes e Fernando Eiras, o psiquiatra Doutor Lauro; além de Lima Duarte como o joalheiro Costa Breves.

ojuizomostra43Fernanda Montenegro e Lima Duarte na exibição do filme.

Em entrevista exclusiva ao CINEVITOR, que você confere na íntegra em breve, Fernanda Torres falou sobre a ideia do roteiro: “Quando eu comecei a escrever essa história, o mercado do cinema brasileiro estava muito forte com as comédias. Veio a intuição dessa história por causa das fazendas de Minas, que carregam um carma. Eu escrevi antes dos meus livros e esse roteiro foi a primeira vez que percebi que eu ia gostar de escrever ficção”.

A roteirista também falou sobre trabalhar em família e da escolha do filho, Joaquim Torres Waddington, para atuar: “Nós somos família, mas somos parceiros de trabalho. Eu escrevi essa história e o Andrucha se interessou em fazer. Tinha um papel que seria interessante para a mamãe [Fernanda Montemegro], pois, para a nossa sorte, ela gosta de trabalhar conosco. Precisávamos de um garoto para fazer o filme e tínhamos várias questões jurídicas e artísticas. Até que o produtor do filme, Fernando Zagallo, que é como se fosse da família, sugeriu o Joaquim. Nunca tínhamos pensado. Fizemos testes com ele e com outros atores. Quando vimos, ele foi o único que leu o papel com ironia. E tinha aquele cabelo do Joaquim, aquela cara selvagem. Ele adorou a experiência”.

Conversamos também com o diretor Andrucha Waddington, que falou sobre a ideia do projeto, filmagens e família no set.

Aperte o play e confira:

*O filme será exibido em outras sessões durante a Mostra. Clique aqui e saiba mais.

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Fotos: Natali Hernandes/agenciafoto.com.br.

Débora Nascimento e José Loreto falam sobre Pacificado, filme premiado em San Sebastián e exibido na 43ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

deboranascimentomostraA atriz Débora Nascimento na exibição do filme em São Paulo.

Dirigido pelo americano Paxton Winters, Pacificado foi o grande vencedor do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián deste ano. O longa foi consagrado com a Concha de Ouro de melhor filme, sendo a primeira vez de uma produção nacional vitoriosa nessa categoria.

Além de receber o prêmio máximo do evento, também foi vencedor nas categorias de melhor ator para Bukassa Kabengele, nascido na Bélgica e naturalizado brasileiro, e melhor fotografia para Laura Merians. No elenco principal também estão os atores Débora Nascimento, José Loreto, Léa Garcia e estrelando Cássia Nascimento, que é moradora da comunidade Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro.

Produzido pelo cineasta Darren Aronofsky, a história foi coescrita com Wellington Magalhães, morador da comunidade, e Joseph Carter, que também morou lá por 12 anos, assim como o diretor Paxton Winters, que viveu oito anos na comunidade. O filme oferece um retrato íntimo de uma família tentando encontrar a paz no inconstante campo de batalha, que eles chamam de casa.

pacificado43mostraDébora Nascimento e Bukassa Kabengele em cena.

A história se passa no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos, em 2016, enquanto as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupam os morros para manter o controle durante o evento. Tati, uma garota introvertida de 13 anos, mantém uma relação problemática com a mãe dependente de drogas e sonha em conhecer seu pai, Jaca, ex-chefe do tráfico local, que está prestes a sair da prisão. Ao voltar para casa, Jaca sonha em começar uma nova vida, longe do tráfico. Quer encontrar um novo lugar para ele e sua família num morro agora comandado por Nelson, um jovem traficante. Mas, encontrar a paz num mundo dominado pela violência não será tarefa fácil, pois a realidade se mostra mais dura do que ele imaginava.

O primeiro documentário de Paxton, Silk Road ala Turka, foi realizado enquanto viajava pela Rota da Seda. Seu filme de estreia, Crude, é sobre dois mochileiros americanos e oportunistas que forjam o próprio sequestro, que foi filmado na Turquia e venceu diversos prêmios internacionais. Pacificado também foi produzido pela produtora brasileira Reagent Media, de São Paulo, por Paula Linhares e Marcos Tellechea.

A primeira exibição no Brasil aconteceu na quinta-feira, 24/10, na 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, no Petra Belas Artes. Grande parte da equipe e do elenco marcaram presença na sessão, que emocionou o público.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com a atriz Débora Nascimento, que interpreta Andrea, e com o ator José Loreto, que faz o papel do traficante Nelson.

Aperte o play e confira:

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Foto: Claudio Pedroso/Agênciafoto.

A Chorona

por: Cinevitor

La llorona

Direção: Jayro Bustamante

Elenco: María Mercedes Coroy, Sabrina De La Hoz, Margarita Kenéfic, Julio Diaz, María Telón, Juan Pablo Olyslager, Ayla-Elea Hurtado, Enrique Argüello, Alejandra Colom, Marvin Coroy, Pedro Javier Silva Lira, María Marcos.

Ano: 2019

Sinopse: Alma e seus filhos são assassinados em um conflito armado na Guatemala. Trinta anos depois, é instaurado um processo criminal contra Enrique, o general aposentado responsável pelo genocídio. Mas ele é absolvido no julgamento, para a revolta da população, que cerca sua casa em protesto. Preso em sua mansão com sua esposa, filha e empregados insatisfeitos, Enrique fica paranoico e começa a ouvir lamentos misteriosos durante a noite. O que ele não sabe é que sua nova governanta, Alma, está lá para cumprir a vingança que o julgamento não foi capaz de fazer.

*Filme visto na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

Marcélia Cartaxo apresenta Pacarrete, de Allan Deberton, na 43ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

marceliamostrapacarreteMarcélia Cartaxo: protagonista premiada.

O sucesso de Pacarrete, de Allan Deberton, começou no Shanghai International Film Festival. Depois disso, foi consagrado no Festival de Cinema de Gramado com oito kikitos, entre eles, melhor filme e melhor atriz para Marcélia Cartaxo.

Passou por Vitória, Florianópolis, Los Angeles, Índia, Itália e agora na 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, dentro da Mostra Brasil. Inspirado em fatos reais, o longa foi filmado na cidade de Russas, no Ceará, onde viveu a protagonista, e aborda questões como a loucura, a permanência do sonho e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gostava de ser chamada de Pacarrete, margarida em francês.

Zezita Matos, João Miguel, Débora Ingrid, Samya de Lavor, Edneia Tutti e Rodger Rogério completam o elenco. No filme, Pacarrete é uma bailarina incomum que vive no interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente, para o povo. Mas parece que ninguém se importa.

pacarretemostra43Equipe do filme durante a apresentação no Cinearte.

Ovacionado por onde passa, o filme teve sua primeira exibição em São Paulo na quinta-feira, 24/10, no Cinearte. Depois da sessão lotada, o diretor participou de um bate-papo com o público acompanhado por alguns integrantes da equipe: “É com muita felicidade que estamos nessa sessão em um dos maiores festivais do mundo. É uma grande vitrine para o filme, que fizemos de uma forma tão despretensiosa, filmado na minha cidade natal sobre uma personagem real chamada Maria Araújo Lima, que até pouco tempo era considerada uma personagem folclórica e polêmica. Trouxemos um pouco da história dela para que todos se emocionem”, disse Deberton.

“Eu só tive dois meses para me preparar. Eu dormia e acordava de sapatilha e com a roupa de balé. Foi muito difícil porque depois de velha pegar uma performance de bailarina é muito difícil. Tudo fica dolorido depois que o corpo esfria”, comentou a protagonista Marcélia Cartaxo.

“Na verdade, o nome dela, que pra mim sempre significou loucura, é margarida em francês e por isso a personagem gostava de usar tantas margaridas no chapéu de palha”, revelou o diretor. Questionada sobre a consagração em Gramado, Marcélia falou: “A recepção foi muito calorosa, desde a primeira cena e depois se estendeu para os créditos. Eu fiquei muito feliz com a reação”, finalizou.

*O filme será exibido em outras sessões durante a Mostra. Clique aqui e saiba mais.

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Fotos: Claudio Pedroso/Agência Foto.