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VI Cine Jardim: conheça os filmes premiados

por: Cinevitor
Cena do longa Casa, de Letícia Simões: premiado.

Foram anunciados neste sábado, 28/08, em uma cerimônia virtual, os vencedores da sexta edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, que contou com dezenas de filmes na programação.

As atividades do festival, sediado originalmente na cidade de Belo Jardim, no interior pernambucano, começaram no dia 9 de agosto com oito oficinas voltadas ao audiovisual, em sua maioria remotas. Segundo Leo Tabosa, diretor do festival, “o Cine Jardim já faz parte do calendário cultural da cidade e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, a programação ofereceu experiências de cinema diversas para o público”.

O júri da Mostra Competitiva de longas-metragens brasileiros, formado pelo diretor e roteirista Allan Ribeiro, pelo cineasta e professor Bertrand Lira e pela atriz, roteirista e diretora Fernanda Chicolet, consagrou Sertânia, dirigido por Geraldo Sarno; a coprodução entre Bahia e Ceará recebeu quatro prêmios, entre eles, melhor filme. O longa pernambucano Casa, de Letícia Simões, saiu com os prêmios de melhor direção e melhor trilha sonora.

Já a Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos teve como jurados o diretor e roteirista Eduardo Mattos, a pesquisadora e produtora executiva Gabriela Saldanha e a atriz, curadora e produtora Majeca Angelucci. O troféu de melhor filme foi para animação pernambucana Nimbus, de Marcos Buccini, que também conquistou o Prêmio Edina Fujii no valor de R$ 6 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinária da empresa Naymovie. Outras sete obras dividiram os demais prêmios da competição. O Júri Jovem, formado por participantes da Oficina de Crítica de Cinema do festival, reconheceu o curta-metragem Cadeia Alimentar, de Raphael Medeiros, que recebeu também o Prêmio Mistika Post com R$ 4 mil em serviços de pós-produção.

Além das mostras principais, o VI Cine Jardim também organizou outros cinco programas paralelos. O Júri Oficial da Mostra Diversidade de Voos, que destaca filmes que contribuem para a humanização dos corpos trans em espaços de poder na nossa sociedade, foi formado pela atriz e performer Divina Núbia e pela realizadora audiovisual Mariana Luiza, que concederam o Troféu Roberta Gretchen Coppola de melhor curta-metragem para Piu Piu, de Alexandre Figueirôa. Para o Júri Popular, o destaque ficou com o paraibano Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima.

As mostras Rotas de Imigração, Voo Livre, Revoada e Passarinho foram avaliadas pelo público por meio de votação nas plataformas de exibição do Cine Jardim. Por fim, o Prêmio de Aquisição Elo Company, que se compromete a representar o filme comercialmente em território nacional pelo período de 12 meses, ficou com o curta-metragem mineiro Angela, de Marília Nogueira.

Conheça os vencedores do VI Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: Sertânia, de Geraldo Sarno (BA/CE)
Prêmio Especial do Júri: A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla (SP)
Melhor Direção: Letícia Simões, por Casa
Melhor Atuação: Julio Adrião e Vertin Moura, por Sertânia
Melhor Imagem: Vil, Má, de Gustavo Vinagre (SP)
Melhor Roteiro: Vermelha, escrito por Getúlio Ribeiro
Melhor Montagem: Sertânia, por Renato Vallone
Melhor Trilha Sonora: Casa, por O Grivo
Melhor Concepção de Som: Sertânia, por Toninho Muricy
Melhor Filme | Júri Popular: A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS

Melhor Filme: Nimbus, de Marcos Buccini (PE)
Prêmio Especial do Júri: 23 Minutos, de Rodrigo Beetz e Wesley Figueiredo (MG)
Melhor Direção: Vinícius Eliziário, por Rebento
Melhor Atuação: Teuda Bara, por Angela
Melhor Imagem: Epirenov, de Alejandro Ariel Martin (Argentina)
Melhor Roteiro: Baile, escrito por Cíntia Domit Bittar
Melhor Montagem: Atordoado, Eu Permaneço Atento, por Lucas H. Rossi dos Santos
Melhor Concepção de Som: Ex-humanos, por Caio Domingues e Nicolau Domingues 
Melhor Filme | Júri Popular: Memórias de Quintal, de Lorena D’avila e Simony Leite Siqueira (ES)
Melhor Filme | Júri Jovem: Cadeia Alimentar, de Raphael Medeiros (RJ)

MOSTRA DIVERSIDADE DE VOOS

Melhor Filme | Júri Oficial: Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (PE)
Melhor Filme | Júri Popular: Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB)

JÚRI POPULAR | MOSTRAS PARALELAS

Mostra Rotas de Migração: Elevador, de Heleno Florentino (PB)
Mostra Voo Livre: Azul, de Tauana Uchôa (PE)
Mostra Revoada: Hoje Sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar (PE)
Mostra Passarinho: Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí (CE)

*Clique aqui e aqui e assista aos nossos programas especiais sobre o VI Cine Jardim no IGTV.

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

Um Animal Amarelo

por: Cinevitor

Direção: Felipe Bragança

Elenco: Higor Campagnaro, Isabél Zuaa, Tainá Medina, Catarina Wallenstein, Sophie Charlotte, Matamba Joaquim, Lucília Raimundo, Diogo Dória, Adriano Luz, Herson Capri, Thiago Lacerda, Matheus Macena, Márcio Vito, Samuel Toledo, Pedro Enrico, Renato Ferreira, Felizardo Jequecene, Thiago Lopes, Enrico Madruga, Dominique Mendel, Cláudio Mendes, Junior Moura, Digão Ribeiro, Felipe Rocha, Nídia Roque, Helton Sacramento, Patrick Sampaio, Hugo Seixas, Luiz Zhita.

Ano: 2020

Sinopse: Brasil, final de 2017. Fernando, um falido cineasta brasileiro, cresceu assombrado pelas memórias violentas de seu avô e assombrado pelo espírito de um homem moçambicano que lhe prometia riquezas e glória. Acossado pelo estado político e cultural de seu país, o cineasta mergulha em uma jornada de desventuras e inesperados milagres, em busca de fantasmas do passado.

*Filme visto no 48º Festival de Cinema de Gramado.

Nota do CINEVITOR:

Homem Onça

por: Cinevitor

Direção: Vinícius Reis

Elenco: Chico Diaz, Silvia Buarque, Bianca Byington, Emílio de Mello, Valentina Herszage, Tom Karabachian, Álamo Facó, Dani Ornellas, Guti Fraga, Kadu Garcia, Daniele do Rosário, Tracy Segal, Cristina Amadeo, Fernanda Chicolet, Juliana Thiré, Ronnie Marruda, Pierre Santos, Allan Jacinto Santana, Higor Campagnaro, Barnaby Lankester-Owen, Ole Erdmann, Julio Adrião, Vinícius Reis, León Camara Reis, Gustavo Mandina, Otávio Wanderley, Paula Sandroni, Alexandre da Costa, Marcio Fonseca, Maha Sati, Caetano Barreto Tendler, Vitor Augusto, Eduardo Martino, Demétrius Reis, Samira Reis, Everton Reis, Joana Caetano, Lúcia Barros, Joana Castro, Duda Gambogi, Florencia Santangelo, Regina Oliveira, Márcia Latini, Julio Martins, Pedro Prado.

Ano: 2021

Sinopse: Rio de Janeiro, segunda metade dos anos 1990, era das privatizações. Pedro trabalha em uma grande empresa estatal que em breve será privatizada. Pressionado por um cruel processo de reestruturação, Pedro tem que demitir sua equipe e antecipar a sua aposentadoria, contra sua vontade. Aposentado e com uma doença na pele, ele decide se separar da família e se mudar para Barbosa, sua pequena cidade natal, no interior distante. Lá, descobre que a onça pintada que habitava a floresta ao redor de Barbosa, no tempo da sua infância, está mais viva do que nunca.

*Filme visto no 49º Festival de Cinema de Gramado.

*Clique aqui e leia a matéria especial sobre o filme em Gramado.

Nota do CINEVITOR:

CINEVITOR #396: Entrevista com Thaila Ayala + Marco Ricca | Filme: Lamento

por: Cinevitor
Protagonista: Marco Ricca em cena.

Depois de passar pelos festivais de Brasília, Nashville, Burbank e Cairo, Lamento, filme de estreia dos diretores Diego Lopes e Claudio Bitencourt, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 26/08, com distribuição da Moro Filmes.

Na trama, Elder, interpretado por Marco Ricca, administra o hotel herdado de seu pai. Em suas mãos, o local passou de um resort de luxo para um hotel à beira da falência. Ele é a epítome da pessoa cuja vida foi fácil, mas no auge dos cinquenta anos enfrenta as consequências de uma vida excessiva, com um vício errático em álcool e cocaína. O fracasso de sua vida profissional reflete em seu casamento, que está em ruínas e sem perspectivas de melhoria. No limite de seu equilíbrio emocional, Elder coloca tudo em risco ao enfrentar seus demônios e as consequências de suas decisões.

Figura central dos devaneios de Elder, a garota de programa Letícia, vivida por Thaila Ayala, aparece na vida do protagonista e logo some, misteriosamente. Outro ponto importante em Lamento é o hotel. Mais do que uma locação, o hotel é um personagem dentro da história e por isso de grande importância para a narrativa. Um desafio da produção foi conciliar o orçamento do projeto com o que era viável produzir de fato; a solução foi usar um hotel em operação, que possuía um andar inteiro com a decoração original, e que permitisse ter um ponto de partida nas intervenções necessárias.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com Marco Ricca e Thaila Ayala sobre preparação de elenco, caracterização, bastidores, filmagens e expectivas para o lançamento.

Aperte o play e confira:

Foto: Nick Maftum.

A Nuvem Rosa

por: Cinevitor

Direção: Iuli Gerbase

Elenco: Renata De Lélis, Eduardo Mendonça, Girley Brasil Paes, Kaya Rodrigues, Helena Becker, Lívia Perrone Pires.

Ano: 2021

Sinopse: O mundo enfrenta um fenômeno assustador: uma nuvem rosa e mortal tomou conta do planeta, obrigando todos a ficarem em casa. Giovana está presa em um apartamento com Yago, um cara que havia recém conhecido em uma festa. Enquanto esperam a nuvem passar, eles precisam viver como um casal. Ao longo dos anos, Yago vive sua própria utopia, enquanto Giovana sente-se cada vez mais aprisionada e luta para se adaptar à nova realidade.

Nota do CINEVITOR:

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, com Tom Holland, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Tom Holland: o super-herói amigo da vizinhança.

Dirigido por Jon Watts, dos dois primeiros filmes da franquia, De Volta Ao Lar e Longe de Casa, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa traz de volta Tom Holland como o amigão da vizinhança e Benedict Cumberbatch como Doutor Estranho.

Pela primeira vez na história cinematográfica do Homem-Aranha, o herói amigo da vizinhança é desmascarado e não consegue mais separar sua vida normal dos grandes riscos de ser um super-herói. Quando ele pede ajuda ao Doutor Estranho, os riscos se tornam ainda mais perigosos, e o forçam a descobrir o que realmente significa ser o Homem-Aranha.

Com estreia prevista nos cinemas brasileiros para o dia 16 de dezembro, o elenco conta também com Zendaya, Jon Favreau, Angourie Rice, Marisa Tomei, J.K. Simmons, Willem Dafoe, Benedict Wong, Jamie Foxx e Alfred Molina.

Confira o trailer de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa:

Foto: Divulgação/Sony Pictures.

Prêmio Goya 2022: A Febre, de Maya Da-Rin, será o representante brasileiro no Oscar espanhol

por: Cinevitor
Regis Myrupu e Rosa Peixoto em cena.

A comissão de seleção formada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais escolheu o filme A Febre, dirigido por Maya Da-Rin, para representar o Brasil na disputa por uma indicação na categoria de melhor filme ibero-americano da 36ª edição do Prêmio Goya (ou Premios Goya), evento realizado pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol.

Escolhido a partir de uma lista com 15 longas-metragens inscritos, A Febre se destacou no Festival de Locarno com o prêmio de melhor ator para Regis Myrupu e também com o Prêmio FIPRESCI. Além disso, no Festival de Biarritz, na França, no Festival de Pingyao, na China, e no IndieLisboa, em Portugal, foi eleito o melhor longa. Também recebeu o prêmio de melhor direção no Festival de Chicago, cinco troféus no Festival de Brasília, entre eles, melhor filme, e duas estatuetas no Festival do Rio.

A trama acompanha a rotina de Justino, um indígena que trabalha como guarda de segurança no porto de Manaus, no Amazonas. Enquanto sua filha se prepara para ingressar na faculdade de medicina, em Brasília, Justino é dominado por uma febre misteriosa. Paralelamente, uma série de estranhos ataques a animais ganha destaque nos noticiários locais. No Brasil, o filme está disponível no catálogo da Netflix.

A comissão foi formada por Flávio R. Tambellini, produtor, diretor e sócio-fundador da Tambellini Filmes; Carlos Heli de Almeida, repórter e crítico de cinema; Jom Tob Azulay, produtor e diretor; Sabrina Fidalgo, diretora e roteirista; e Virgínia Cavendish, atriz, roteirista e produtora.

Presidente da comissão, Flávio R. Tambellini contou que a votação, realizada na manhã desta segunda-feira, 23/08, aconteceu em dois turnos: “A Febre é um filme sensível não apenas pela linguagem, como também pela temática indígena e amazônica, que tem hoje uma enorme relevância global”, disse em comunicado. O Prêmio Goya 2022 acontecerá no dia 12 de fevereiro.

Conheça os filmes que também estavam na disputa:

A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla
Abraço, de DF Fiuza
Alice Júnior, de Gil Baroni
Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Boca de Ouro, de Daniel Filho
Cidade Pássaro, de Matias Mariani
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte
Pacarrete, de Allan Deberton
Se Arrependimento Matasse, de Lilia Moema
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra
Três Verões, de Sandra Kogut

Foto: Divulgação.

Carro Rei, de Renata Pinheiro, é o grande vencedor do 49º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Cinema pernambucano: cinco prêmios para Carro Rei, de Renata Pinheiro.

Foram anunciados neste sábado, 21/08, no Palácio dos Festivais, em cerimônia apresentada por Marla Martins e Renata Boldrini, os vencedores da 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que este ano, por conta da pandemia de Covid-19, foi realizado novamente pela TV e pela internet.

Carro Rei, da cineasta pernambucana Renata Pinheiro, foi eleito o melhor longa-metragem brasileiro deste ano pelo Júri Oficial. A produção levou também os kikitos de melhor trilha musical, direção de arte e desenho de som, além do Prêmio Especial do Júri para o ator Matheus Nachtergaele.

Neste ano, concorreram aos kikitos 14 filmes de curtas brasileiros, quatro de longas estrangeiros, três filmes de longas gaúchos e, por fim, sete filmes entre os longas brasileiros. Os concorrentes em cada categoria são indicados pelos próprios filmes. Além dos troféus, os vencedores ainda receberam premiação em dinheiro. 

Dirigido por Diego Benevides, o curta paraibano A Fome de Lázaro, foi consagrado com dois kikitos, entre eles, o de melhor filme. Além disso, o cinema da Paraíba também se destacou com Animais na Pista, de Otto Cabral, que levou dois prêmios. A produção paulista Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo, saiu da premiação com quatro kikitos, entre eles, o de melhor direção e melhor filme pelo Júri da Crítica.

Entre os longas estrangeiros, La teoría de los vidrios rotos, de Diego Fernández Pujol, uma coprodução entre Uruguai, Brasil e Argentina, foi eleita o melhor filme pelo Júri Oficial e popular. Na mostra de longas gaúchos, o documentário Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez, venceu na categoria de melhor filme.

Outro destaque da noite foi o diretor de fotografia Bruno Polidoro premiado duas vezes: na mostra de longas brasileiros por A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira; e na mostra de longas gaúchos por A Colmeia, de Gilson Vargas

Exibidor oficial do Festival de Cinema de Gramado, o Canal Brasil escolhe o melhor curta-metragem brasileiro em competição para receber o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil e ainda a exibição do filme na programação do canal; neste ano, o premiado foi o cearense A Beleza de Rose, de Natal Portela. O júri contou com Ivonete Pinto, Luiz Zanin, Maria Do Rosário Caetano, Mônica Kanitz e Robledo Milani.

Com exceção dos longas estrangeiros, todos os melhores filmes de cada mostra foram reconhecidos pelo Prêmio Edina Fujii, que oferece premiação em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinária da empresa NAYMOVIE.

Durante a cerimônia, que contou também com a banda local Jazz Cinnamon, o festival apresentou uma homenagem a todos os realizadores do audiovisual brasileiro em um videoclipe com imagens de bastidores e grandes cenas do cinema com locução do ator Lázaro Ramos.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Gramado 2021:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE)
Melhor Direção: Aly Muritiba, por Jesus Kid
Melhor Ator: Nando Cunha, por O Novelo
Melhor Atriz: Gloria Pires, por A Suspeita
Melhor Roteiro: Jesus Kid, escrito por Aly Muritiba
Melhor Fotografia: A Primeira Morte de Joana, por Bruno Polidoro
Melhor Montagem: A Primeira Morte de Joana, por Tula Anagnostopoulos
Melhor Trilha Musical: Carro Rei, por DJ Dolores
Melhor Direção de Arte: Carro Rei, por Karen Araújo
Melhor Atriz Coadjuvante: Bianca Byington, por Homem Onça
Melhor Ator Coadjuvante: Leandro Daniel Colombo, por Jesus Kid
Melhor Desenho de Som: Carro Rei, por Guile Martins
Prêmio Especial do Júri: Matheus Nachtergaele, por Carro Rei
Menção Honrosa: Isabél Zuaa e elenco infantil (Fernando Lufer, Michel Gomes, Victor Alves, Kaik Pereira, Pedro Guilherme e Caio Patricio), de O Novelo
Melhor Filme | Júri da Crítica: A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira (RS)
Melhor Filme | Júri Popular: O Novelo, de Claudia Pinheiro (SP)

LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS

Melhor Filme: La teoría de los vidrios rotos, de Diego Fernández Pujol (Uruguai/Brasil/Argentina)
Prêmio Especial do Júri: Planta permanente, de Ezequiel Radusky (Argentina/Uruguai)
Melhor Filme | Júri da Crítica: Planta permanente, de Ezequiel Radusky
Melhor Filme | Júri Popular: La teoría de los vidrios rotos, de Diego Fernández Pujol (Uruguai/Brasil/Argentina)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

Melhor Filme: Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez (Porto Alegre)
Melhor Direção: Gilson Vargas, por A Colmeia
Melhor Ator: João Pedro Prates, por A Colmeia
Melhor Atriz: Luciana Renatha, Alexia Kobayashi e Veronica Challfom, por Extermínio
Melhor Roteiro: Cavalo de Santo, por Carlos Eduardo Caramez
Melhor Fotografia: A Colmeia, por Bruno Polidoro
Melhor Direção de Arte: A Colmeia, por Gilka Vargas e Iara Noemi
Melhor Montagem: Extermínio, por Joana Bernardes e Mirela Kruel
Melhor Desenho de Som: A Colmeia, por Gabriela Bervian
Melhor Trilha Musical: Cavalo de Santo, por Cânticos sagrados dos Orixás preservados nos terreiros gaúchos e Alabê Ôni
Melhor Filme | Júri Popular: Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez

CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: A Fome de Lázaro, de Diego Benevides (PB)
Melhor Direção: Fabio Rodrigo, por Entre Nós e o Mundo
Melhor Ator: Lucas Galvino, por Fotos Privadas
Melhor Atriz: Tieta Macau, por Quanto Pesa
Melhor Roteiro: Fotos Privadas, por Marcelo Grabowsky, Aline Portugal e Manoela Sawitzki
Melhor Fotografia: Animais na Pista, por Rodolpho de Barros
Melhor Montagem: Entre Nós e o Mundo, por Caroline Neves
Melhor Trilha Musical: Animais na Pista, por Eli-Eri Moura
Melhor Direção de Arte: A Fome de Lázaro, por Torquato Joel
Melhor Desenho de Som: Quanto Pesa, por Breno Nina
Prêmio Especial do Júri: Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo (SP)
Melhor Filme | Júri da Crítica: Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo
Melhor Filme | Júri Popular: Desvirtude, de Gautier Lee (RS)
Prêmio Canal Brasil: A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
Menção Honrosa: A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)

Prêmio Leonardo Machado: Sirmar Antunes
Prêmio Novas Façanhas: Festival de Cinema Estudantil de Guaíba, Coletivo Mbyá | Guarani de Cinema e APTC RS – Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos

*Clique aqui e confira os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas.
*Clique aqui e confira a lista completa com o time de jurados desta edição.

Foto: Edison Vara/Ag. Pressphoto.

49º Festival de Cinema de Gramado: conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas

por: Cinevitor
Desvirtude, de Gautier Lee: quatro prêmios.

Foram anunciados na tarde deste sábado, 21/08, os vencedores do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas da 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O filme Desvirtude, de Gautier Lee, foi consagrado com quatro prêmios, entre eles, melhor filme e melhor direção.

O curta traz um forte roteiro sobre racismo ao contar a história de Kenia, uma menina negra, estudante de jornalismo que, após ser agredida durante uma atividade na universidade, tem de lidar com repercussões e retaliações de seu caso: “Eu nem sei o que dizer, estou dividida entre chorar, rir, pensar e falar. Quero aproveitar esse espaço para agradecer a toda nossa equipe que pilhou fazer esse projeto sem nenhum centavo. Eu gastei um total de R$ 17 para comprar uma base para a nossa atriz, é um curta de dezessete reais”, falou emocionada a diretora do filme, Gautier Lee, virtualmente ao vivo na cerimônia.

Ela lembrou ainda que o prêmio vem em um momento muito triste para a equipe, especialmente para o produtor Jéferson Silva, que recentemente passou por um episódio de racismo em um shopping quando foi parado no banheiro e teve uma arma apontada: “É uma honra estar aqui, um baita privilégio poder fazer cinema nesse cenário que temos no Brasil tanto político, econômico, social e sanitário. Estar aqui é um baita privilégio e não quero nunca esquecer disso e quero que isso deixe de ser um privilégio. Quero que fazer cinema seja algo fácil, bem remunerado, que a gente não precise trabalhar em outras coisas pra poder pagar as nossas contas e viver com decência e conforto”, afirmou a diretora. Desvirtude também foi selecionado para competir entre os curtas-metragens brasileiros

O filme Eu Não Sou um Robô, de Gabriela Lamas, que trata do tema da robotização das pessoas, também foi destaque na mostra deste ano, garantindo quatro prêmios, entre eles, melhor roteiro e melhor filme segundo o Júri da Crítica. O Júri Oficial dos curtas-metragens gaúchos foi formado por: Danielle Bertolini da Silva, diretora, roteirista e produtora executiva; Fernando Alves Pinto, ator; Humberto Pereira da Silva, professor e crítico de cinema; e Nathália Tereza, roteirista, diretora e fotógrafa.

A cerimônia teve participação dos músicos da região de Gramado, Ástrid Godoi no vocal e Felipe Saul na guitarra com intervenções ao vivo. O Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcho de Curtas é uma promoção da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, realizado há 18 anos em parceria com a Prefeitura Municipal de Gramado, firmada por meio de Termo de Acordo de Mútua Colaboração, com a interveniência da Gramadotur.

Conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas 2021:

Melhor Filme: Desvirtude, de Gautier Lee (Porto Alegre)
Melhor Direção: Gautier Lee, por Desvirtude
Melhor Roteiro: Eu Não Sou um Robô, escrito por Felipe Yurgel, Gabriela Lamas e Maurilio Almeida
Melhor Ator: Álvaro Rosacosta, por Rufus
Melhor Atriz: Evellyn Santos, por Desvirtude
Melhor Fotografia: Eu Não Sou um Robô, por Lívia Pasqual
Melhor Montagem: Desvirtude, por Gabriel Borges
Melhor Direção de Arte: Eu Não Sou um Robô, por Gabriela Lamas
Melhor Trilha Sonora: Noite Macabra, por Renan Franzen
Melhor Desenho de Som: Um Dia de Primavera, por Kiko Ferraz e Chrístian Vaisz
Melhor Produção Executiva: Era Uma Vez uma Princesa, por Álvaro Rosa Costa, Carmem Fernandes, Fernanda Kern, Laura Cohen, Lisiane Cohen e Maurício Borges de Medeiros
Melhor Filme | Júri da Crítica: Eu Não Sou um Robô, de Gabriela Lamas
Menção Honrosa: Rota, de Mariani Ferreira

Foto: Edison Vara/Ag. Pressphoto.

Curta Caicó 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Dan Ferreira e Danilo Mesquita no curta baiano Sobre Nossas Cabeças.

Foram revelados neste sábado, 21/08, os filmes selecionados para as mostras competitivas e paralelas da quarta edição do Curta Caicó, que acontecerá entre os dias 6 e 12 de setembro, em formato on-line. O anúncio foi realizado em uma live transmitida no YouTube do festival e apresentada por Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR.

Ao todo, serão exibidos 88 filmes divididos em mostras como Nacional, Potiguar, Seridó e Nordeste. O festival também contará com mostras paralelas temáticas que homenageiam antigos cinemas de Caicó: Cine Alvorada (curtas fantásticos e futuristas), Cine Pax (diversidade), Cine Rio Branco (animação) e Cine São Francisco (filmes universitários). Haverá também uma Sessão Especial, com curtas que dialogam com a linguagem audiovisual. Realizado no interior do Rio Grande do Norte, o festival vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional.

A curadoria foi formada pelos cineastas paraibanos Torquato Joel e Ed Júnior e pela jornalista pernambucana Priscila Urpia, responsáveis pela seleção potiguar. A curadoria nacional foi formada pelos realizadores Fagner de Oliveira, Joana Fernandes e Bucka Dantas.

Torquato Joel, que integrou a curadoria potiguar, destacou o volume muito expressivo de inscritos de todos os recantos do estado: “O que norteou a comissão para a seleção foram as obras que apresentam excelências na narrativa e na estética no trato com a linguagem”.

O cineasta potiguar Bucka Dantas, que integrou a curadoria nacional, destacou a qualidade do cinema nacional de curta-metragem: “Um nível de excelência altíssimo. Foi um trabalho muito difícil de ser feito. Como eu penso como realizador, entendo que só o esforço empreendido por todas as equipes para realização dos filmes já os habilitaria para as mostras. Contudo, como era preciso fazer uma seleção, os finalistas foram definidos por critérios técnicos. Estou feliz e honrado em participar dessa curadoria. Vida longa ao Curta Caicó”, celebrou.

Toda a programação do festival é gratuita e os filmes concorrem a vários prêmios especiais, como: Prêmio de Aquisição Elo Company, Prêmio Mistika, Prêmio Cardume e Prêmio do Centro Técnico Audiovisual. Haverá também o Prêmio da Crítica, concedido pela ACCiRN, Associação de Críticas do Cinema do Rio Grande do Norte. O público também escolherá os vencedores do júri popular mediante cadastro básico no site oficial.

Conheça os filmes selecionados para o 4º Curta Caicó:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL

Cura-me, de Eduardo Varandas Araruna (PB)
De Mim para Você, de Rodrigo Peres (DF)
Debaixo do guarda-chuva pra ser resistência, de Vini Poffo (SC)
E Agora Você, de Edson Lemos Akatoy (PB)
Elemento Suspeito, de Gustavo Paixão (SP)
Em Quadro, de Luiza Campos (SP)
Fragmentos ao Vento: 1945, de Ulisses Da Motta (RS)
Hipopótamo, de Taulan Cesco (SC)
Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Jamary, de Begê Muniz (AM)
Joana, de Pattrícia de Aquino (PB)
Pavilhão 21, de Victor Oliver (RJ)
Reexisto, de Lethicia Galo e Rodrigo Campos (SP)
Tom, de Felippe Steffens (RS)

MOSTRA COMPETITIVA POTIGUAR

A Terra me Disse, de Pedro Medeiros (RN)
Bambelô Cajueiro Abalo, de Maria Marhé (RN)
Dias Felizes, de André Santos (RN)
Hashtag, de Kell Allen (RN)
LEE, de Diego Costta (RN)
Mães Solo: Empoderamento e Resiliência, de Fernanda Freitas (RN)
Mais um João, de Athos Muniz (RN)
Nocaute, de João Marcelino (RN)
O Cangaço Vive, de Fabiano Morais (RN)
Santa Luzia: Retratos de Fé, de Wigna Ribeiro (RN)
Sob as Luzes Dessa Avenida, de Doc Câmara (RN)
Somente Após o Descanso, de Sihan Felix (RN)
Terreiro de Cinema, de Rodrigo Sena (RN)
Transetropical, de João Ricardo Paulino (RN)
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)

MOSTRA SERIDÓ

A Estatística, de Cielio Oliveira (RN)
Cadeira na Área, de Mara Macêdo (RN)
Cores da Resistência, de Hylka Raquel Lucena (RN)
Corpos (In)Visíveis: entre o lixão e o Frei Damião, de Jailson Valentim dos Santos (RN)
Fole, de Lourival Andrade (RN)
O Photographo Zézelino, de Damião Paz, Henrique José e Meysa Medeiros (RN)
Propósito, de Adriano Dantas (RN)
Um Ensaio do Futuro, de João Pedro Vieira (RN)

MOSTRA NORDESTE

A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
A Pontualidade dos Tubarões, de Raysa Prado (PB)
Distopia, de Lilih Curi (BA)
Memórias Submersas, de William Tenório (PE)
Nossas Mãos são Sagradas, de Júlia Morim (PE)
Remoinho, de Tiago A. Neves (PB)
Tambor ou Bola, de Sérgio Onofre (AL)
Vaudeville, de Elcio Verçosa Filho (AL)

MOSTRA CINE ALVORADA

4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira (MG)
Introdução aos Estudos Oníricos, de Amanda Pontes (CE)
Janaína-sem-Cabeça, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias (SP)
O Prazer de Matar Insetos, de Leonardo Martinelli (RJ)
Sobre Nossas Cabeças, de Susan Kalik e Thiago Gomes (BA)
Vitorianna, de Gabriela Capello Barroso (RJ)
Womaneater, de Paula Pardillos (RN)

MOSTRA CINE PAX

Eu Te Amo, Bressan, de Gabriel Borges (PR)
Janelas Daqui, de Luciano Vidigal e Arthur Sherman (RJ)
Não Moro Mais em Mim, de Bruna Guido e Vitor Celso (PB)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
Rio das Almas e Negras Memórias, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)
Sabrina, de Jéssica Barreto (SP)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Soccer Boys, de Carlos Guilherme Vogel (RJ)

MOSTRA CINE RIO BRANCO

Às moscas, de Wayner Tristão (BA)
Como um Peixe Fora D’água, de Arthur Lombriga (BA)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Missão Berço Esplêndido, de Joel Caetano (SP)
Nós, de David Francisco dos Santos (RJ)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
Quarentena, de Emerson Wiskow (RS)
Um Dia Frio, de Victor Percy Nadolny Eloy (PR)

MOSTRA CINE SÃO FRANCISCO

Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Elos Positivos, de Eduardo Oliveira (SP)
Era Você Naquele Dia, de Carol Duarte (RJ)
ÎANDÊ YBY (Nós somos a terra tupinambá), de Ariane Santana, Gabriel Alves e Júlio César Rodrigues (BA)
Playlist, de Pedro Melo (PE)
Supremacia da Fumaça, de Marcelo Mendes Gomes (ES)
Tela Preta, de Erik Ely (GO)
Um Breve Estado de Ser Humano, de Lucas Calegari Bastos (RS)

SESSÃO ESPECIAL

A Bondade dos Estranhos ou (Narração curta a partir de uma experiência pessoal), de Eudaldo Monção Jr (BA)
A Praga do Cinema Brasileiro, de Zefel Coff e William Alves (DF)
Cabeça de Luz, de Carito Cavalcanti e Fernando Suassuna (RN)
Cine Aurélio, de Kennel Rogis (PE)
Cinema Mudo, de Melo Viana (PR)
Lua, de Fabio Salvador (SP)
Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!), de Raylson C. Costa (MS)
Nu Escuru, de Guilherme Telli (SP)
O Colecionador, de Christian Jafas, Felipe Davson, Tiago Bravo Quintes e Vinícius A. Carvalho (RJ)
Zero, de Sacha Bali (RJ)

Foto: Divulgação.

4º FestCine Pedra Azul: conheça os filmes selecionados; Paulo Betti será homenageado

por: Cinevitor
Zezita Matos no curta Não me Esqueças, Me Ame para Sempre.

A quarta edição do FestCine Pedra Azul acontecerá entre os dias 24 e 28 de agosto em formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, e será transmitida através do site oficial do evento (clique aqui).

Neste ano, serão exibidos 37 filmes, entre longas e curtas-metragens, de diversos gêneros, além de webséries, que ficarão disponíveis para o público durante 24 horas: “É sempre um grande prazer realizar o FestCine Pedra Azul. Nesta quarta edição do evento, que permanece em formato on-line, apresentamos um recorte rico da produção cinematográfica atual, reafirmando a força da sétima arte com uma programação feita para os fãs do cinema. Também vamos homenagear Paulo Betti, um artista que é sinônimo de arte no Brasil”, disse Marcoz Gomez, diretor do festival.

Lucia Caus, diretora executiva do evento, também comentou: “O FestCine Pedra Azul é um espaço muito importante para o fomento da produção audiovisual dentro do Espírito Santo. O evento é uma grande oportunidade para que os apaixonados pelo cinema possam assistir um recorte muito interessante da produção audiovisual contemporânea”.

Um dos atores mais talentosos do Brasil e que transita com versatilidade entre o teatro, o cinema e a televisão, Paulo Betti será o grande homenageado desta quarta edição. A cerimônia acontece no dia 28 de agosto, às 20h, no site do festival, e marca o lançamento do Caderno em sua homenagem. Como ator, ele participou de dezenas de filmes, novelas e espetáculos, além de vários trabalhos como diretor, tanto no cinema quanto no teatro.

Sua carreira teve início nos palcos, no final dos anos de 1960, com o espetáculo O Rapto das Cebolinhas, de Maria Clara Machado. Ao longo dos anos, Betti construiu uma carreira sólida e de personagens marcantes no imaginário popular como Wanderley Amaral, de Mulheres de Areia; e o Timóteo d’Alembert, de Tieta, um clássico das telenovelas brasileiras.

No cinema, desde sua estreia na década de 1970 em Revolução de 1932, de Nuno César de Abreu, sua presença é constante. Atuou em longas como Dedé Mamata, de Dodô Brandão; O Amor Está no Ar, de Amylton de Almeida; e Ed Mort, de Alain Fresnot. Uma das suas parcerias mais longevas na sétima arte é com o diretor Sérgio Rezende. Ao lado do carioca, ele estrelou os filmes Doida Demais, Lamarca, Guerra de Canudos, Mauá: O Imperador e o Rei, Zuzu Angel e O Paciente – O Caso Tancredo Neves.  

No teatro, foi vencedor dos prêmios mais importantes da categoria, como o Shell, Mambembe, Moliére e APCA.  Entre os destaques da carreira como diretor está Feliz Ano Velho, adaptação do livro clássico de Marcelo Rubens Paiva, que revelou nomes como Marcos Frota e Lilia Cabral e se tornou um marco dos palcos brasileiros. Em 2015, ele atuou e dirigiu a peça Autobiografia Autorizada, que conta parte da sua vida. O trabalho ganhou, em 2020, uma versão on-line em função da pandemia.

A programação deste ano do FestCine Pedra Azul apresenta filmes de diversos estados brasileiros, uma coprodução entre o Brasil e o Chile, além de um curta-metragem fora de competição; as produções concorrem ao Troféu Rota do Lagarto

Conheça os títulos selecionados para o 4º FestCine Pedra Azul:

LONGA-METRAGEM

A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó (PE)
Atrás dos Olhos das Meninas Sérias, de Carlos Canela (MG)
Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez (RS)
É Capixaba, de Gustavo Marcolino (ES)
Haigaz pelo Mundo Atacama, de Rodrigo Polozz (Brasil/Chile)
Histórias Cruzadas, de Marc Dourdin (SP)
Lasanha de Berinjela, de Roberto Skora e Vinícius Piedade (PR)
Lula Lá: De Fora pra Dentro, de Mariana Vitarelli Alessi (RJ)
Ménage, de Luan Cardoso (SP)
Nós, a Terra e Eles, de Vitor Villaça Campanario (SP)
O Mergulho na Piscina Vazia, de Edson Fogaça (SP)
O Olhar de Edite, de Daniel Fagundes (SP)
Oxente, Bixiga!, de Daniel Fagundes e Fernanda Vargas (SP)
Utopia, de Rayane de Almeida Penha (AP)

CURTA-METRAGEM

Além da Jornada, de Gabriel Silveira e Victor Furtado (CE)
Besta-Fera, de Wagno Godez (AL)
Confinada, de Renata Moraes (SP)
Encontre-se, de Levi de Andrade Meirelles (RJ)
Ficção Burguesa, de Murillo Brederode (DF)
Foguete, de Pedro Henrique Chaves (DF)
Ilhado, de Marcoz Gomez (ES) (fora de competição)
Maria, de Diego Müller (RS)
Não me Esqueças, Me Ame para Sempre, de Guilherme Andrade (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
Ok, Karen, de Hugo L. V. e Oliveira (SP)
Os Dias que Escondem as Noites, de Rogério Cavalcante e Castro (RJ)
Quantos Mais?, de Lucas de Jesus (BA)
Story.Telling, de Fábio Brandão (RJ)
Tambor ou Bola, de Sérgio Onofre e Seixas de Araújo (AL)
Toda Rosa Tem Espinhas, de Tadeu Bijos (RJ)

WEBSÉRIE

58 Segundos, de JJ Erenberg, Juliana Del Rosso (aka Jota Del Rosso), Bia Erenberg, Paula Weiss, Fernando Farias e Flavio Langoni (SP)
Abóbora, de Kássia de Paula, Gabriela Furlan e Lucas Bomtempo (RJ)
Isso Não é uma História de Amor, de Alexia Annes (SP)
Liga da Mata, de Sergio Kalili (SP)
Na Vida dos Gamers, de Marcos Hunger (SP)
Ordinários S.A., de Luiz Brambilla (PR)
Valerianas, de Renan Amaral (RJ)

*Clique aqui e confira a programação completa.

Foto: Divulgação.

Jesus Kid: Aly Muritiba e elenco falam sobre o filme exibido no 49º Festival de Gramado

por: Cinevitor
Sergio Marone em cena: cowboy brasileiro.

A quinta-feira, 19/08, última noite de mostras competitivas do 49º Festival de Cinema de Gramado, começou com os curtas A Fome de Lázaro, de Diego Benevides, e Da Janela Eu Vejo o Mundo, de Ana Catarina Lugarini; o argentino Planta Permanente, de Ezequiel Radusky, foi exibido na mostra de longas estrangeiros.

Entre os longas brasileiros, Jesus Kid, escrito e dirigido por Aly Muritiba, de Para Minha Amada Morta, encerrou a competição. Baseado na obra homônima de Lourenço Mutarelli, o filme é protagonizado por Paulo Miklos, que interpreta Eugênio, um escritor de pocket books de western, que atravessa uma fase difícil. Seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está indo mal de vendas e a editora ameaça tomar-lhe o personagem e entregá-lo a outro escritor. Então, aparece o que poderia ser a sua salvação: Eugênio é contratado por um produtor e um diretor de cinema para escrever o roteiro de um filme. O único problema é que ele tem que escrever este roteiro dentro de um hotel luxuoso, do qual, por contrato, não pode sair por três meses.

Fã do gênero western desde a infância, Muritiba, que foi consagrado em Gramado, em 2018, com Ferrugem, usou diferentes referências para compor Jesus Kid, que vão de Jim Jarmusch, irmãos Coen a Tarantino. Sergio Marone, que também assina como produtor, dá vida a Jesus Kid. O elenco conta ainda com as presenças de Maureen Miranda, Leandro Daniel, Luthero Almeida, Fábio Silvestre, Otávio Linhares, entre outros.

No dia seguinte à exibição, alguns integrantes da equipe e do elenco participaram de um debate virtual, que foi mediado pelo jornalista Roger Lerina. Marcaram presença: o diretor Aly Muritiba; e os atores Paulo Miklos, Sergio Marone e Maureen Miranda.

Questionado sobre a ideia do projeto, Aly comentou: “A gênese da minha participação em Jesus Kid passa pelo Sergio Marone. A ideia de transformar esse livro num filme veio dele, que conversou comigo em 2012 quando nos conhecemos. Eu ainda não tinha feito meus longas e ele viu meu curta A Fábrica em um festival em Los Angeles. Começamos a conversar e ele me contou que tinha adquirido os direitos do livro [escrito por Lourenço Mutarelli] e tinha vontade de adaptar. Inicialmente, entrei no projeto como roteirista e no processo de adaptação foi me dando vontade de dirigir o filme. Nunca me enxerguei como diretor de um gênero só. Gosto desse ecletismo que me move e dessa vontade de habitar outros territórios. Já fiz alguns filmes dramáticos, um território que transito com conforto, e queria experimentar uma coisa nova fazendo comédia. Talvez amanhã eu faça um musical. Não quero ficar fazendo sempre o mesmo filme. Por isso, me lancei na empreitada de dirigir Jesus Kid e fazer essa comédia doida”.

Protagonista: Paulo Miklos interpreta um escritor desajeitado.

Sergio Marone, ator e produtor do filme, falou sobre sua participação: “Eu já tinha vontade de produzir alguma coisa no cinema porque nessa vida de ator ficamos na mão de oportunidades que surgem para nós. Eu queria mudar um pouco isso porque as oportunidades que tive na TV eu nunca tive no cinema; de trabalhar com outras pessoas que admiro e respeito e fazer um cinema mais autoral. Então, eu comprei esse romance com a vontade de mostrar para a turma do cinema que eu quero e posso fazer coisas diferentes, sair da prateleira que usualmente nos colocam”.

O ator também falou das referências para seu personagem: “Bebi de várias fontes, mas nenhuma específica. Vi bastante western, desde os mais antigos até os mais recentes, como Tarantino. Esse universo é muito vasto. Fiz um trabalho muito forte com uma preparadora corporal porque um cowboy tem um corpo totalmente diferente do meu. Tentei buscar uma impostação de voz diferente para causar um estranhamento. A ideia era buscar uma embocadura diferente e o personagem acabou causando essa estranheza que é muito interessante para o papel”.  

Maureen Miranda, que interpreta Nurse, falou sobre seu papel: “A minha personagem é uma femme fatale às avessas porque eu não tenho nada disso. Pra mim foi um desafio. Eu também vi o curta A Fábrica do Aly e fiquei com muita vontade de trabalhar com ele. Além disso, contracenar com o Paulo Miklos foi como um sonho e tivemos uma ótima química no set. Depois da primeira cena que filmamos, a Nurse chegou em mim e fluiu”.

Paulo Miklos, protagonista de Jesus Kid e premiado em Gramado com o kikito de melhor ator, em 2019, por O Homem Cordial, falou sobre esse novo trabalho: “Foi uma alegria fazer esse personagem. Eu conheço pessoalmente o Lourenço Mutarelli e isso serviu demais na hora de compor esse personagem porque esse escritor é o alterego do Mutarelli. Conversamos muito no set de É Proibido Fumar [filme dirigido por Anna Muylaert, de 2009] e ele me contou ótimas historias. Ele tem essa coisa maluca de falar sobre ele mesmo em um drama, que ao mesmo tempo é tragicômico. Isso me influenciou muito na montagem desse Eugênio, que também é um sujeito deslocado e desajeitado. O Aly conduziu esse filme com muita leveza”.

Sobre as coincidências com a atual realidade do Brasil, Aly comentou: “As bizarrices da realidade contemporânea superam muito a questão surreal de Jesus Kid. Meu filme foi ultrapassado por essa realidade, infelizmente. O livro do Lourenço é de 2012 e não tinha nenhuma contextualização política. Ao longo dos anos, escrevi diversos tratamentos do roteiro e, em 2018, logo depois das eleições presidenciais, saiu a grana para fazer o filme. Nisso, fui reler o roteiro e achei que estava faltando uma pegada, pois estava muito datado. Eu estava naquele momento, como mais ou menos 47 milhões de eleitores, bastante frustrado e antevendo a desgraça que viria pela frente. Então, me debrucei nesse roteiro criando todo esse contexto. Resolvi afundar o pé nisso, tentando criar uma espécie de Brasil distópico imaginando que esse seria o Brasil de 2021. Fiz um exercício de futurologia que não era complexo, não, porque já era muito óbvio. Esse contexto político veio de uma revolta e da vontade de rir da cara dessa galera”.

As exibições dos longas-metragens brasileiros acontecem entre 13 e 19 de agosto, a partir das 21h30, na grade linear do Canal Brasil, para toda a base de assinantes, e nos serviços de streaming Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo somente durante o horário da exibição na TV.

*Você acompanha a cobertura do CINEVITOR por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Divulgação/Olhar Distribuição.