Olivia Colman em The Lost Daughter, de Maggie Gyllenhaal.
Foram anunciados nesta quinta-feira, 21/10, os indicados ao 31º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pela IFP (Independent Filmmaker Project), que dá início à temporada de premiações.
Os candidatos são selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolhem os vencedores, que serão anunciados no dia 29 de novembro, em Nova York, no Cipriani Wall Street.
Entre os indicados desta edição, vale destacar a presença do cineasta brasileiro Edson Oda com a produção americana Nove Dias (Nine Days), que foi premiada no Festival de Sundance do ano passado.
Além disso, neste ano, o IFP Gotham Awards apresenta uma novidade nas categorias de atuação: “Temos orgulho de apresentar categorias neutras de gênero para nossos prêmios de atuação, à medida que continuamos a cumprir nossa missão de defender a inclusão e celebrar os contadores de histórias mais ousados do mundo”, disse Jeffrey Sharp, diretor executivo do Gotham.
Confira a lista completa com os indicados ao Gotham Awards 2021:
MELHOR FILME Identidade (Passing), de Rebecca Hall Pig, de Michael Sarnoski Test Pattern, de Shatara Michelle Ford The Green Knight, de David Lowery The Lost Daughter, de Maggie Gyllenhaal
MELHOR DOCUMENTÁRIO Ascension, de Jessica Kingdon Faya Dayi, de Jessica Beshir Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen Presidente (President), de Camilla Nielsson Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada), de Questlove
MELHOR FILME INTERNACIONAL Azor, de Andreas Fontana (Suíça/França/Argentina) Drive My Car, de Ryûsuke Hamaguchi (Japão) The Souvenir Part II, de Joanna Hogg (Reino Unido) Titane, de Julia Ducournau (França/Bélgica) What Do We See When We Look at the Sky?, de Alexandre Koberidze (Alemanha/Geórgia) The Worst Person In The World, de Joachim Trier (Noruega/França/Suécia/Dinamarca)
MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO | PRÊMIO BINGHAM RAY Edson Oda, por Nove Dias (Nine Days) Emma Seligman, por Shiva Baby Maggie Gyllenhaal, por The Lost Daughter Rebecca Hall, por Identidade Shatara Michelle Ford, por Test Pattern
MELHOR ROTEIRO El Planeta, escrito por Amalia Ulman Identidade, escrito por Rebecca Hall Red Rocket, escrito por Sean Baker e Chris Bergoch The Card Counter, escrito por Paul Schrader The Green Knight, escrito por David Lowery The Lost Daughter, escrito por Maggie Gyllenhaal
MELHOR ATUAÇÃO Brittany S. Hall, por Test Pattern Frankie Faison, por The Killing of Kenneth Chamberlain Joaquin Phoenix, por Sempre em Frente (C’mon C’mon) Lili Taylor, por Paper Spiders Michael Greyeyes, por Wild Indian Olivia Colman, por The Lost Daughter Oscar Isaac, por The Card Counter Simon Rex, por Red Rocket Taylour Paige, por Zola Tessa Thompson, por Identidade
MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Colman Domingo, por Zola Gaby Hoffmann, por Sempre em Frente Jessie Buckley, por The Lost Daughter Marlee Matlin, por No Ritmo do Coração (CODA) Reed Birney, por Mass Ruth Negga, por Identidade Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração
ATUAÇÃO REVELAÇÃO Amalia Ulman, por El Planeta Emilia Jones, por No Ritmo do Coração Natalie Morales, por Language Lessons Rachel Sennott, por Shiva Baby Suzanna Son, por Red Rocket
MELHOR SÉRIE | LONGA It’s A Sin (HBO Max) Round 6 (Netflix) Small Axe (Amazon Studios) The Good Lord Bird (Showtime) The Underground Railroad (Amazon Studios) The White Lotus (HBO Max)
MELHOR SÉRIE | CURTA Blindspotting (STARZ) Hacks (HBO Max) Reservation Dogs(FX) Run the World (STARZ) We Are Lady Parts (Peacock)
SÉRIE REVELAÇÃO | DOCUMENTÁRIO City So Real (National Geographic) Exterminate All the Brutes (HBO/HBO Max) How To with John Wilson (HBO/HBO Max) Philly D.A. (Topic, Independent Lens, PBS) Pride (FX)
MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Anjana Vasan, por We Are Lady Parts Anya Taylor-Joy, por O Gambito da Rainha Devery Jacobs, por Reservation Dogs Ethan Hawke, por The Good Lord Bird Jean Smart, por Hacks Jennifer Coolidge, por The White Lotus Lee Jung-jae, por Round 6 Michael Greyeyes, por Rutherford Falls Omar Sy, por Lupin Thuso Mbedu, por The Underground Railroad
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Jason Momoa, Stellan Skarsgård, Stephen McKinley Henderson, Josh Brolin, Javier Bardem, Sharon Duncan-Brewster, Chen Chang, Dave Bautista, David Dastmalchian, Zendaya, Charlotte Rampling, Babs Olusanmokun, Benjamin Clémentine, Souad Faress, Golda Rosheuvel, Roger Yuan, Seun Shote, Neil Bell, Oliver Ryan, Stephen Collins, Charlie Rawes, Richard Carter, Ben Dilloway, Elmi Rashid Elmi, Tachia Newall, Gloria Obianyo, Fehinti Balogun, Dora Kápolnai-Schvab, Joelle, Jimmy Walker, Paul Bullion, Milena Sidorova, János Timkó, Jean Gilpin, Marianne Faithfull, Ellen Dubin, Michael Nardone, Duncan Pow, Károly Baksai, Gianni Calchetti, Björn Freiberg, Balázs Megyeri, Ferenc Iván Szabó, Laszlo Szilagyi, Peter Sztojanov Jr., István Áldott.
Ano: 2021
Sinopse: Uma jornada do herói mítica e emocional, Duna conta a história de Paul Atreides, jovem talentoso e brilhante que nasceu com um destino grandioso, para além até da sua própria compreensão, e precisa viajar ao planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de sua família e de seu povo. Enquanto forças malévolas levam à acirrada disputa pelo controle exclusivo do fornecimento do recurso mais precioso existente no planeta, capaz de liberar o maior potencial da humanidade, apenas aqueles que conseguem vencer seu medo vão sobreviver.
Elenco: Lucas Limeira, Jéssica Ellen, Nicoly Mota, Jennifer Joingley, Mayara Braga, Wally Menezes, Mateus Honori, Renan Pereira, Larissa Góes, Val Perré, Hilton Costa, Raphael Souma, Jeff Pereira, Lucas Madi, Carri Costa, Marta Aurélia, José Ilton Neto, João Fontenele.
Ano: 2020
Sinopse: Inspirado por um livro dos Panteras Negras, o jovem Saulo Chuvisco tenta impor mudanças em sua escola e acaba entrando em conflito com alguns colegas e professores. Após reagir a um insulto racista, ele é expulso, mas se recusa a deixar as dependências da escola por tempo indeterminado, dando início a uma grande mobilização coletiva.
Antonio Saboia em Deserto Particular, de Aly Muritiba.
A 29ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade acontecerá, em formato híbrido, entre os dias 10 e 21 de novembro. Neste ano, entre os longas brasileiros, sete produções foram selecionadas e estão na disputa pelo troféu Coelho de Ouro.
O evento também divulgou os curtas-metragens em competição, além dos programas especiais. A seleção de filmes internacionais será divulgada em breve. Como de costume, o Mix Brasil também traz em sua programação teatro, música, literatura, labs, talks e outras manifestação artísticas.
O Festival Mix Brasil é o maior evento cultural sobre a diversidade sexual da América Latina e um dos maiores do mundo. Desde 1993 traz para o Brasil os destaques da produção cinematográfica do gênero e leva para dezenas de festivais, em todo o mundo, filmes nacionais.
Conheça os primeiros filmes selecionados para o Mix Brasil 2021:
COMPETITIVA BRASIL | LONGAS E MÉDIAS
A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira (RS) Até o Fim, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (BA) Deserto Particular, de Aly Muritiba (PR) Deus Tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (PE/SP) Madalena, de Madiano Marcheti (MS) Máquina do Desejo, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski (SP) Vênus de Nyke, de André Antônio (PE)
MOSTRAS ESPECIAIS
A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (SP) A Última Imagem, de Benedito Ferreira (GO) Bori, de Luiz Anastácio (SP) Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (SP) Dois Garotos que Se Afastaram Demais do Sol, de Lucelia Sergio e Cibele Appes (SP) Ney à Flor da Pele, de Felipe Nepomuceno (RJ) Perto de Você, de Cássio Kelm (PR) Transversais, de Émerson Maranhão (CE)
COMPETITIVA BRASIL | CURTAS-METRAGENS
Acesso, de Julia Leite (SP) Como Respirar Fora d’Água, de Victoria Negreiros Guedes e Júlia Dordetti Fávero (SP) Entrelençóis, de Otavio Vidal (SP) Flor de Mururé, de Marcos Corrêa e Priscila Duque (PA) Hortelã, de Thiago Furtado (PI) Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM) O Amigo do Meu Tio, de Renato Turnes (SC) O Nascimento de Helena, de Rodrigo Almeida (RN) Time de Dois, de André Santos (RN) Uma Carta para o Meu Pai, de Aline Belfort (SP) Vagalumes, de Léo Bittencourt (RJ) Você Já Tentou Olhar nos Meus Olhos?, de Tiago Felipe (PR)
CURTAS MIX BRASIL
Programa: CLIMÃO, GERAL SENTIU Agua, de Santiago Zermeño (México) Charlotty, de Gleyson Spadetti e Philippe Bastos (RJ) It’s Just in My Head, de Marius Gabriel Stancu (Itália) Luz de Presença, de Diogo Costa Amarante (Portugal) Simples Assim, de Luciana Bitencourt (RJ)
Programa: CRESCENDO COM A DIVERSIDADE Da Vergonha ao Orgulho, de Baboo Matsusaki (SP) Dans la Nature, de Marcel Barelli (Suíça) Desacuendando o Acuenda, de Ana Carolina Marinho e Anna Zêpa (SP) Primeiro Carnaval, de Alan Medina (SP) Raone, de Camila Santana (SP)
Programa: CRESCENDO COM A DIVERSIDADE | QUEER TEEN POWER Debaixo do Guarda-chuva pra Ser Resistência, de Vini Poffo (SC) Tracing Utopia, de Catarina de Sousa e Nick Tyson (Portugal/EUA)
Programa: ESTÁ TUDO NA SUA CABEÇA Antes de las Cosas, de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia) Complicated, de Isak Kohaly (Israel) Dobles, de Caharin Caparó (Peru) Personals, de Sasha Argirov (Canadá) Virgin My Ass, de Adar Sigler (Israel)
Programa: F DE FETICHE Dentate, de Pequeno Marginal e hiperlinque (SP) Don’t Be a DICK!, de Amir Ovadia Steklov (Alemanha) La Muerte de Oso, de Cristian Sitjas (Espanha) Macho Carne, de George Pedrosa (MA) Uma História Desimportante, de Mateus Capelo (SP)
Programa: MEU CORPO, MINHAS REGRAS Cartagena Boy, de José André Sibaja e Ibai Vigil-Escalera (Colômbia/EUA) De Vez em Quando Eu Ardo, de Carlos Segundo (MG) Dustin, de Naïla Guiguet (França) Gris Fuego, de Valeria Martínez Melo e Miguel Ángel Camayo (Colômbia) Scars, de Alex Anna (Canadá/França)
Programa: QUARENTENERS 1325 Quilômetros 227 Dias, de Vítor Teixeira e Gustavo de Almeida (RJ) Dois, de Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss (MG) Em Caso de Fogo, Pegue o Elevador, de Fernanda Reis (RS) En Ce Moment, de Serena Vittorini (Itália) Fotos, de Muhamad Shadi Akil (Argentina) Llamame Mateo, de Ángel Molina (Cuba/Paraguai)
Programa: RETRATOS DE GAROTAS EM CHAMAS Arder, de Maitén Del Valle (Argentina) Distant Love, de Dexter Jone (China) Les Filles Ne Marchent Pas Seules la Nuit, de Katerine Martineau (Canadá) Pânico Vaginal, de Lara Duarte (SP) The Young King, de Larin Sullivan (EUA)
Programa: REVOLUQUEENS Corpas, de Arthur Almeida (CE) Hermanas, de Nay Mendl (SP) Okofá, de Daniela Caprine, Mariana Bispo, Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues e Thamires Case (SP) Panthera Lemniscata, de Felippe Moraes (SP) Tupamara, de Cristhian Granados (Colômbia)
Programa: QUEER.DOC Amato, de Romy Boutin St-Pierre (Canadá) Au-delà du Vide, de Rafaël Beauchamp (Canadá) Como Recuperar o Fôlego Gritando, de Diego Nascimento e Murilo Gaulês (SP) Invertido, de Márcia Bellotti (RJ) Lointain, de Aziz Zoromba (Canadá) Trade Center, de Adam Baran (EUA)
Programa: SEXY BOYZ Eden, de Sven Spur (Bélgica) El Joven Diego, de Osama Chami e Enrique Gimeno Pedrós (Espanha) It Is Not the Brazilian Homosexuals Who Are Perverse but the Situation in Which They Live, de Leandro Goddinho, Paulo Menezes e Eduardo Mamede (Alemanha) Límites, de José Antonio Valera (Espanha) Sans Transition, de Paul Granier (França) Ten Times Love, de Manuel Billi e Benjamin Bodi (França)
Programa: TRANS RIGHTS! Coroação da Nossa Senhora das Travestis, de Idylla Silmarovi e Vina Amorim (MG) Cristiano, de Adán Pichardo (Espanha) El Nombre del Hijo, de Martina Matzkin (Argentina) Oração Principal, de Rosa Caldeira e Nay Mendl (SP) Privilegiada, de Alex de la Croix (Espanha) The Call, de Marios Psaras (Chipre) Vuelta al Sol, de Judith Corro (Panamá)
SÉRIES MIX
Episódio 1, de Caio Scot (RJ) How to Have Sex in a Pandemic, de Michael Leibenluft (EUA) Via Pública – Ramiro, de Gabriel Motta (RS)
Cineasta consagrado: presença confirmada na Berlinale.
A 72ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro de 2022, anunciou nesta terça-feira, 19/10, que o cineasta, roteirista e produtor M. Night Shyamalan será o presidente do Júri Internacional do próximo ano.
Ao lado de outros nomes consagrados, que serão anunciados em breve, Shyamalan terá a missão de escolher os grandes vencedores do Urso de Prata e do Urso de Ouro, considerados os prêmios mais importantes do evento.
Nascido na Índia e naturalizado norte-americano, o cineasta tem cativado o público com seus filmes de gênero nas últimas três décadas. Seu longa O Sexto Sentido, lançado em 1999 e estrelado por Bruce Willis, foi o segundo filme de maior bilheteria daquele ano e recebeu seis indicações ao Oscar. Hoje, Shyamalan continua sendo um dos nomes mais reconhecidos do cinema.
O diretor estudou cinema na Tisch School of the Arts, da New York University; no último ano, filmou seu primeiro longa-metragem, Praying with Anger, que estreou no Festival de Toronto. Até agora, sua carreira conta com 14 longas-metragens como diretor.
Depois de O Sexto Sentido, Shyamalan lançou diversos títulos que foram sucesso de bilheteria, como: Corpo Fechado (2000), Sinais(2002) e A Vila (2004). Seu longa A Visita foi o filme de terror de maior sucesso em 2015 e, por conta disso, decidiu começar a financiar seus próprios trabalhos. Fragmentado, lançado em 2017, ficou em primeiro lugar nas bilheterias dos Estados Unidos por três semanas consecutivas, seguido por Vidro, que repetiu o mesmo feito. Seu último filme, Tempo, baseado na história em quadrinhos Sandcastle, foi lançado este ano. Atualmente, está trabalhando em seu próximo longa, Knock at the Cabin, que será lançado em fevereiro de 2023.
Além do Oscar, Shyamalan foi indicado em outras diversas premiações, como: BAFTA, Globo de Ouro, Annie Awards, Directors Guild of America, entre outras. Com O Sexto Sentido foi premiado no Satellite Awards e apareceu três vezes na prestigiada lista de melhores do ano da Cahiers du Cinéma com Fragmentado, A Dama na Água e A Vila.
Agathe Rousselle em Titane, de Julia Ducournau: vencedor da Palma de Ouro.
A 45ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 21 de outubro e 3 de novembro. A seleção de filmes deste ano traz 264 títulos, vindos de mais de 50 países, que serão apresentados nas seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Apresentação Especial.
Depois da ausência das salas de cinema em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, a Mostra volta ao circuito exibidor com sessões presenciais em 15 espaços da cidade de São Paulo, mas também mantém parte de seu conteúdo on-line. Uma seleção de títulos estará disponível nas plataformas Mostra Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play.
Dentre os selecionados para a 45ª Mostra, mais de 80 filmes são dirigidos por mulheres, e algumas delas conquistaram importantes prêmios e destaques nos principais festivais internacionais, como: Julia Ducournau, vencedora da Palma de Ouro por Titane, no Festival de Cannes, e Prêmio do Público no Festival de Toronto, e que recentemente foi escolhido para representar a França no Oscar 2022; Kira Kovalenko, de Razzhimaya Kulaki (Unclenching The Fists), eleito o melhor filme da mostra Un Certain Regard, em Cannes, e também exibido em San Sebastián; Tatiana Huezo, de A Noite do Fogo (Noche de Fuego), que recebeu o prêmio de melhor filme da mostra Horizontes Latinos em San Sebastián e Menção Especial na Un Certain Regard; Alina Grigore, de Lua Azul (Blue Moon), vencedor da Concha de Ouro de melhor filme no Festival de San Sebastián; Maria Speth, de Sr. Bachmann e Seus Alunos (Mr. Bachmann and His Class), vencedor do Prêmio do Público e do Prêmio do Júri (Urso de Prata) no Festival de Berlim; Charlotte Gainsbourg, de Jane par Charlotte, exibido em Cannes e San Sebastián; entre outras.
A seleção deste ano faz um apanhado do cinema contemporâneo mundial produzido e exibido sob o impacto da pandemia que atingiu a indústria cinematográfica em todos os continentes. Vale destacar que nem todos os títulos a serem apresentados nos cinemas serão exibidos nas plataformas digitais; a decisão de exibir ou não em formato on-line coube única e exclusivamente ao produtor e ao distribuidor de cada filme. Assim, alguns títulos serão exibidos apenas nos cinemas. As sessões apresentados nas plataformas Sesc Digital e Itaú Cultural Play serão gratuitas.
Charlotte Gainsbourg e Jane Birkin no documentário Jane por Charlotte.
Diferente das edições anteriores, quando a exibição de apenas um título da seleção marcava o início do evento, neste ano, a Mostra promove sua abertura na quarta-feira, 20/10, com sessões simultâneas em dez salas de cinemas da cidade. As exibições dos filmes serão antecedidas pela projeção virtual da cerimônia de inauguração, que terá apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman e participação de autoridades e patrocinadores.
Os filmes de abertura deste ano serão: Noite Passada em Soho (Last Night in Soho), de Edgar Wright, exibido no Festival de Veneza; Bergman Island, de Mia Hansen-Løve, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano; Má Sorte ou Pornô Amador (Bad Luck Banging or Loony Porn), de Radu Jude, vencedor do Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim; Compartment nº 6, de Juho Kuosmanen, vencedor do Grande Prêmio em Cannes e representante da Finlândia no Oscar 2022; os curtas A Voz Humana (The Human Voice), de Pedro Almodóvar, A Noite (The Night), de Tsai Ming Liang, e Ato, de Bárbara Paz, todos exibidos em Veneza; A Crônica Francesa (The French Dispach), de Wes Anderson, que fez parte da Competição Oficial de Cannes; Um Herói (A Hero), de Asghar Farhadi, vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes; A Caixa (La Caja), de Lorenzo Vigas, premiado em Veneza e exibido em San Sebastián; Roda do Destino (Wheel of Fortune and Fantasy), de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Berlim; e Lua Azul (Blue Moon), de Alina Grigore, vencedor da Concha de Ouro de melhor filme no Festival de San Sebastián.
A seleção da 45ª edição da Mostra conta também com filmes premiados e exibidos em festivais internacionais, além de títulos inéditos como: Diários de Otsoga, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, FIDMarseille e nos festivais de Karlovy Vary e Toronto; Brighton 4th, de Levan Koguashvili, vencedor de três prêmios no Festival de Tribeca, entre eles, melhor roteiro, e escolhido para representar a Geórgia no Oscar 2022; Um Forte Clarão (Destello Bravío), de Ainhoa Rodríguez, vencedor do Prêmio Especial do Júri e melhor montagem no Festival de Málaga, além de ser exibido em Roterdã e também premiado em San Sebastián; Pequena Palestina, Diário de um Cerco (Little Palestine, Diary of a Siege), de Abdallah Al-Khatib, vencedor do Prêmio do Público no Festival de Hamburgo e exibido no Visions du Réel; Holgut, de Liesbeth De Ceulaer, que recebeu Menção Especial no CPH:DOX e foi exibido no Visions du Reél; Ayar, de Floyd Russ, e Bantú Mama, de Ivan Herrera, exibidos no SXSW; Sal em Nossas Águas (Nonajoler Kabbo), de Rezwan Shahriar Sumit, premiado no Kolkata International Film Festival e exibido nos festivais de Londres e Seattle.
E mais: Lidando com a Morte (Dealing With Death), de Paul Rigter, vencedor do prêmio de melhor documentário holandês no IDFA; Cow, de Andrea Arnold, exibido fora de competição em Cannes, Menção Especial no Festival de Atenas e premiado no Festival de Hamptons; O Perfeito David (El Perfecto David), de Felipe Gomez Aparicio, exibido em Tribeca; Do Outro Lado (Del Otro Lado), de Iván Guarnizo, vencedor do Prêmio Especial do Júri e do público no Festival de Málaga; o documentário Domando o Jardim (Taming the Garden), de Salomé Jashi, exibido na mostra Forum do Festival Berlim, na Competição Internacional de Sundance e que recebeu Menção Especial no Cinéma du Réel; Sanremo, de Miroslav Mandic, exibido no Festival de Seattle e escolhido para representar a Eslovênia no Oscar 2022.
Tilda Swinton em A Crônica Francesa, de Wes Anderson: um dos filmes de abertura.
A seleção segue com: Radiografia de uma Família (Radiograph of a Family), de Firouzeh Khosrovani, vencedor do prêmio de melhor documentário no IDFA e também premiado no IndieLisboa; O Gravador de Haruhara-san (Haruharasan no uta), de Kyoshi Sugita, vencedor do Grand Prix e Prêmio do Público no FIDMarseille e exibido em San Sebastián; As Siamesas (Las Siamesas), de Paula Hernández, premiado no Festival de Mar del Plata; Contatado (Contactado), de Marité Ugas, exibido em Tribeca; El Planeta, de Amalia Ulman, vencedor do prêmio de melhor direção no BAFICI, Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, e exibido em Sundance; O Atlas dos Pássaros (Bird Atlas), de Olmo Omerzu, Irmandade (Sisterhood), de Dina Duma e representante da Macedônia do Norte no Oscar 2022, e Amanhecer (Zora), de Dalibor Matanic, exibidos no Festival de Karlovy Vary; Alta Demanda: A Vida e a Obra de Dani Karavan (High Maintenance: The Life and Work of Dani Karavan), de Barak Heymann, exibido no Hot Docs e no Festival de Jerusalém.
E mais: Nostromo, de Fisnik Maxville, premiado no Visions du Réel; Dançarino Cubano (Cuban Dancer), de Roberto Salinas, vencedor do Prêmio do Público no Festival de San Francisco e exibido no Visions du Réel; Ilhas (Islands), de Martin Edralin, vencedor do Prêmio Especial do Júri no SXSW Film Festival; Venice Beach, CA., de Marion Naccache, exibido no Visions du Réel; Os Anos 20 (Années 20), de Elisabeth Vogler, vencedor do prêmio de melhor fotografia no Festival de Tribeca; You Me Lenin (Você, Eu e Lênin), de Tufan Tastan, ganhador do Prêmio Especial do Júri no Festival de Istambul; Souad, de Ayten Amin, que recebeu um selo especial do Festival de Cannes na edição passada e também foi exibido na mostra Panorama de Berlim, IndieLisboa e premiado em Tribeca na categoria de melhor atriz; a animação brasileira Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral, premiado no consagrado Festival de Annecy; Medo (Strah), de Ivaylo Hristov, vencedor do Prêmio do Público no Sofia Film Fest e representante da Bulgária no Oscar 2022; entre outros.
Do Festival de Veneza, além dos já citados anteriormente, a Mostra exibirá também: A Fuga do Capitão Volkonogov (Kapitan Volkonogov bezhal/Captain Volkonogov Escaped), de Aleksey Chupov e Natasha Merkulova, Reflexão (Vidblysk/Reflection), de Valentyn Vasyanovych, e Sem Deixar Rastros (Żeby nie było śladów/Leave no traces), de Jan P. Matuszyński e representante da Polônia no Oscar 2022, que disputaram o Leão de Ouro na Competição Internacional deste ano; O Cego que Não Queria Ver o Titanic (The Blind Man Who Did Not Want to See Titanic/Sokea mies joka ei halunnut nähdä Titanicia), de Teemu Nikki, vencedor do Prêmio do Público da mostra Orizzonti Extra; Listen, de Ana Rocha de Sousa, vencedor do Leão do Futuro e do Prêmio Especial do Júri da mostra Orizzonti do ano passado.
Cena de A Fuga do Capitão Volkonogov, de Aleksey Chupov e Natasha Merkulova.
E mais de Veneza: Zalava, de Arsalan Amiri, vencedor do Prêmio FIPRESCI e de melhor filme da Semana Internacional da Crítica de Cinema de Veneza; Imaculat, de George Chiper-Lillemark e Monica Stan, melhor filme da mostra Giornate degli Autori; o uruguaio O Outro Tom (El Otro Tom), de Rodrigo Plá, Atlântida (Atlantide), de Yuri Ancarani, Minha Noite (Ma nuit), de Antoinette Boulat, Vera Sonha com o Mar (Vera andrron detin), de Kaltrina Krasniqi, e Coisas Verdadeiras (True Things), de Harry Wootliff, exibidos na mostra Orizzonti; e Pedra da Noite (Piedra Noche), de Iván Fund, que paticipou da Giornate degli Autori e também dos festivais de San Sebastián e Guadalajara.
Outros filmes brasileiros exibidos em Veneza também marcam presença na programação: Deserto Particular, de Aly Muritiba, que venceu o Prêmio do Público na mostra Giornate degli Autori e foi escolhido recentemente para representar o Brasil na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2022; 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, exibido na mostra Orizzonti Extra e vencedor do Prêmio Sorriso Diverso Venezia; e Salamandra, de Alex Carvalho, uma coprodução entre Brasil, França e Alemanha, exibida na Semana Internacional da Crítica de Cinema de Veneza, organizada pelo SNCCI, Sindacato Nazionale Critici Cinematografici Italiani.
Ainda do Festival de Veneza, a seleção conta com: O Jovem Caçador de Baleias (Kitoboy), de Philipp Yuryev, prêmio de melhor direção na mostra Giornate degli Autori do ano passado; Ao Oriente (Al Oriente), de José María Avilés, premiado na Biennale College Cinema; Fruto da Memória (Apples/Mila), de Christos Nikou, exibido na mostra Orizzonti do ano passado, indicado da Grécia no Oscar 2021 e eleito pela National Board of Review como um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano passado; e Anatomia, de Ola Jankowska, Você Parece Comigo (You Resemble Me), de Dina Amer, e Charuto de Mel (Cigare au miel), de Kamir Aïnouz, exibidos na Giornate degli Autori.
A seleção do Festival de Cannes também marca presença com diversos títulos, entre eles: Annette, de Leos Carax, vencedor do prêmio de melhor direção; Memoria, de Apichatpong Weerasethakul, representante da Colômbia no Oscar 2022, e Ahed’s Knee, de Nadav Lapid, vencedores do Prêmio do Júri; Um Herói (A Hero/Ghahreman), de Asghar Farhadi, vencedor do Grand Prix; France, de Bruno Dumont, A História da Minha Esposa (A feleségem története), de Ildikó Enyedi, e Lingui, de Mahamat-Saleh Haroun, que disputaram a Palma de Ouro; o documentário O Leopardo das Neves (La panthère des neiges), de Marie Amiguet, Mothering Sunday, de Eva Husson, e Stillwater, de Tom McCarthy, exibidos fora de competição; o documentário Marx Pode Esperar (Marx può aspettare), de Marco Bellocchio, que foi homenageado com a Palma de Ouro honorária este ano; Laranjas Sangrentas (Oranges sanguines), de Jean-Christophe Meurisse, exibido na Sessão da Meia-Noite.
Marion Cotillard em Annette, de Leos Carax.
Direto da Un Certain Regard, mostra paralela do Festival de Cannes, a programação conta com: Great Freedom, de Sebastian Meise, vencedor do Prêmio do Júri, e escolhido para representar a Áustria no Oscar 2022; Lamb, de Valdimar Jóhannsson, vencedor do Prêmio Originalidade; Onoda – 10 Mil Noites na Selva (Onoda, 10 000 nuits dans la jungle), de Arthur Harari, que foi o filme de abertura; Deixe Amanhecer (Let It Be Morning), de Eran Kolirin e representante de Israel no Oscar 2022, Sabedoria das Ruas (Gaey Wa’r/Streetwise), de Na Jiazuo, Prisão Domiciliar (House Arrest), de Aleksey Guerman Jr., Mulheres Choram (Women Do Cry), de Vesela Kazakova e Mina Mileva, La Traviata, Meus Irmãos e Eu (Mes frères, et moi), de Yohan Manca, e O Compromisso de Hasan (Baglilik Hasan), de Semih Kaplanoglu.
A Quinzena dos Realizadores, outra mostra paralela de Cannes, também marca presença com: Frequências Magnéticas (Les Magnétiques), de Vincent Maël Cardona, vencedor do prêmio principal; o documentário Futura, de Pietro Marcello, Francesco Munzi e Alice Rohrwacher; Întregalde, de Radu Muntean, e A Chiara, de Jonas Carpignano, vencedor do Label Europa Cinemas; o iraniano Pegando a Estrada (Jaddeh Khaki/Hit the Road), de Panah Panahi; Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén, também exibido no Festival de Guadalajara; O Mar à Frente (The Sea Ahead), de Ely Dagher, e Meu Legionário (Mon légionnaire/Our Men), de Rachel Lang; Regresso a Reims (Fragmentos), de Jean-Gabriel Périot, também exibido em San Sebastián; e O Grito das Leoas (The Hill Where Lionesses Roar), de Luàna Bajrami, que foi premiado no Festival de Sarajevo.
Já da Semana da Crítica, também de Cannes, a seleção da Mostra de São Paulo conta com: Feathers, de Omar El Zohairy, vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica e também do Prêmio FIPRESCI; Olga, de Elie Grappe, indicado da Suíça para o Oscar 2022 e vencedor do Prêmio SACD, Society of Dramatic Authors and Composer; Bruno Reidal, Confissões de um Assassino (Bruno Reidal, Confession of a Murder), de Vincent Le Port; e Amparo, de Simón Mesa Soto, que rendeu o Prêmio Louis Roederer Foundation para a atriz Sandra Melissa Torres.
Além disso, três produções brasileiras que se destacaram no Festival de Cannes estão confirmadas na programação da Mostra: o documentário O Marinheiro das Montanhas, de Karim Aïnouz, exibido fora de competição; Medusa, de Anita Rocha da Silveira, que fez parte da Quinzena dos Realizadores e já rodou diversos festivais internacionais; e Murina, de Antoneta Alamat Kusijanovic, uma coprodução entre Croácia, Brasil, Estados Unidos e Eslovênia, e que recebeu o prêmio Golden Camera.
Cena de Great Freedom, de Sebastian Meise.
Do Festival de Berlim, integram a programação da Mostra os premiados: Encontros (Introduction), de Hong Sang-Soo, Urso de Prata de melhor roteiro; What Do We See When We Look at the Sky? (Ras vkhedavt, rodesac cas vukurebt?), de Alexandre Koberidze, vencedor do Prêmio FIPRESCI da Competição Oficial; Eu Vejo Você em Todos os Lugares (Rengeteg – Mindenhol látlak/Forest – I See You Everywhere), de Bence Fliegauf, Urso de Prata de melhor interpretação coadjuvante para Lilla Kizlinger; A Garota e a Aranha (Das Mädchen und die Spinne), de Ramon Zurcher e Silvan Zurcher, vencedor do Prêmio FIPRESCI e melhor direção da mostra Encounters; Luz Natural (Természetes fény/Natural Light), de Dénes Nagy, Urso de Prata de melhor direção; Um Rio Corre, Vira, Apaga, Transforma (A River Runs, Turns, Erases, Replaces), de Shengze Zhu, vencedor do Prêmio Caligari Film da mostra Forum; Higiene Social (Hygiène sociale), de Denis Côté, prêmio de melhor direção da mostra Encounters; Madeira e Água (Wood and Water), de Jonas Bak, que recebeu Menção Especial na mostra Perspektive Deutsches Kino; e A Mulher que Fugiu (Domangchin yeoja), de Hong Sang-Soo, Urso de Prata de melhor direção no ano passado, Menção Especial em San Sebastián e eleito um dos dez melhores filmes do ano segundo a Cahiers du Cinéma.
Além dos premiados, a Mostra também conta com outros títulos exibidos na Berlinale, entre eles: A Porta ao Lado (Nebenan), do ator Daniel Brühl, que faz sua estreia na direção e disputou o Urso de Ouro; 66 Questões da Lua (Selene 66 Questions), de Jacqueline Lentzou, exibido na mostra Encounters e vencedor do Prêmio Cineuropa no Festival de Sarajevo; Quando uma Fazenda se Incendeia (When a Farm Goes Aflame), de Jide Tom Akinleminu, exibido na mostra Perspektive Deutsches Kino; Azor, de Andreas Fontana, exibido na mostra Encounters e também nos festivais de Londres, San Sebastián e premiado no Zurich Film Festival; Fatores Humanos (Der menschliche Faktor/Human Factors), de Ronny Trocker, exibido na mostra Panorama e na Competição Internacional de Sundance; Sanguessugas – Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros (Blutsauger/Bloodsuckers – A Marxist Vampire Comedy), de Julian Radlmaier, exibido na mostra Encounters e vencedor do Prêmio Especial do Júri no Moscow International Film Festival; Um Equilíbrio (Yuko No Tenbin/A Balance), de Yujiro Harumoto, exibido na mostra Panorama; e Distrito Terminal (Mantagheye payani), de Bardia Yadegari e Ehsan Mirhosseini, exibido na mostra Encounters.
Peter Kurth e Daniel Brühl em A Porta ao Lado.
Outros eventos internacionais importantes também marcam presença na 45ª edição da Mostra de São Paulo, como o Festival de Sundance com diversos títulos, entre eles: Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada), de Questlove, vencedor do Grande Prêmio do Júri e Prêmio do Público da Competição Americana de Documentário; Filho das Monarcas (Son of Monarchs), de Alexis Gambis, vencedor do Prêmio Alfred P. Sloan; Colmeia (Hive), de Blerta Basholli, ganhador de três prêmios na Competição Internacional de Drama: Grande Prêmio do Júri, melhor direção e Prêmio do Público, além de ser o representante de Kosovo no Oscar 2022; Entre Águas (Luzzu), de Alex Camilleri, vencedor do Prêmio Especial do Júri de Atuação para Jesmark Scicluna e representante de Malta no Oscar 2022; Nove Dias (Nine Days), de Edson Oda, vencedor do Prêmio Waldo Salt de melhor roteiro no ano passado e indicado ao Independent Spirit Awards; Primeiro Encontro (First Date), de Manuel Crosby e Darren Knapp, exibido na mostra NEXT; Eu Era um Homem Comum (I Was a Simple Man), de Christopher Makoto Yogi; Superiora (Superior), de Erin Vassilopoulos; Ailey, de Jamila Wignot, exibido na Competição Americana de Documentário; Fogo nas Montanhas (Fire in the mountains), de Ajitpal Singh, exibido na Competição Internacional de Drama e vencedor do Prêmio do Público no Indian Film Festival of Los Angeles; e O Garoto Mais Bonito do Mundo (The most beautiful boy in the world), de Kristina Lindström e Kristian Petri.
A programação da Mostra de São Paulo conta também com filmes do Festival de San Sebastián, entre eles: Assim como no Céu (Du som er i himlen/As In Heaven), de Tea Lindeburg, vencedor dos prêmios de melhor direção e melhor interpretação para Flora Ofelia Hofmann Lindahl, que empatou com Jessica Chastain; Eu Quero Falar Sobre Duras (Vous ne désirez que moi), de Claire Simon, que disputou a Concha de Ouro; Entre Dois Crepúsculos (Iki Safak Arasinda), de Selman Nacar; O Ruído dos Motores (Le bruit des moteurs), de Philippe Gregoire; Eles Transportam a Morte (Eles Transportan a Morte), de Helena Girón e Samuel M. Delgado, exibido na mostra Zabaltegi-Tabakalera e premiado em mostra paralela no Festival de Veneza; Camila Sairá Esta Noite (Camila Saldrá Esta Noche), de Ines Barrionuevo, que disputou a Concha de Ouro; entre outros.
Zazie Beetz em Nove Dias, de Edson Oda.
Do Festival de Roterdã, a seleção conta com os brasileiros Madalena, de Madiano Marcheti, exibido na Competição Oficial, conhecida como Tiger Competition, e também na mostra Horizontes Latinos de San Sebástian e no Queer Lisboa; e A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga, exibido na mostra Bright Future. A programação segue com: o indiano Pedregulhos (Koozhangal), de P.S. Vinothraj, eleito o melhor filme da edição com o Tiger Award; As Bruxas do Oriente (Les Sorcières de l’Orient), de Julien Faraut, também exibido no IndieLisboa; I Comete – Um Verão na Córsega (I Comete – A Corsican Summer), de Pascal Tagnati, vencedor do Prêmio Especial do Júri da Tiger Competition; O Cão que Não Se Cala (El perro que no calla), de Ana Katz, vencedor do prêmio de melhor filme da Competição Big Screen; Amor Fati, de Cláudia Varejão, exibido na mostra Harbour; Aurora, de Paz Fábrega, exibido na mostra competitiva Big Screen e também no Festival de San Sebastián; Procurando por Venera (Në kërkim të Venerës/Looking for Venera), de Norika Sefa, vencedor do Prêmio Especial do Júri da Tiger Competition; a animação Arquipélago (Archipelago), de Félix Dufour-Laperrière, exibido na Big Screen e premiado no Festival de Annecy; entre outros.
Filmes exibidos e premiados no Festival de Locarno também completam a programação deste ano, como: A Vingança é Minha, Todos os Outros Pagam em Dinheiro (Seperti Dendam, Rindu Harus Dibayar Tuntas), de Edwin, vencedor do Leopardo de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento; Espírito Sagrado (Espíritu sagrado), de Chema García Ibarra, que recebeu Menção Especial do Júri da Competição Internacional; Zahorí, de Marí Alessandrini, que no ano passado foi contemplado no Films After Tomorrow e, neste ano, exibido na mostra Cineasti del presente; o português A Távola de Rocha, de Samuel Barbosa; Três Irmãos (Brotherhood), de Francesco Montagner, vencedor do Leopardo de Ouro de melhor filme da mostra Cineasti del presente; After Blue (Paraíso Imundo) (Paradis sale), de Bertrand Mandico, que disputou o Leopardo de Ouro e venceu o Prêmio FIPRESCI; Uma Nova Velha Peça (Jiao má táng huì), de Qiu Jiongjiong, vencedor do Prêmio Especial do Júri; e Meus Irmãos Sonham Acordados (Mis Hermanos Sueñan Despiertos), de Claudia Huaiquimilla, exibido na Cineasti del presente.
Enquanto isso, do Festival de Toronto, além dos títulos citados anteriormente, a seleção da Mostra de São Paulo conta também com: Yuni, de Kamila Andini, eleito o melhor filme da mostra Platform e representante da Indonésia no Oscar 2022; Terra Silenciosa (Cicha ziemia), de Aga Woszczynska, exibido na mostra Platform; Boa Senhora (Mlungu Wam), de Jenna Cato Bass; e A Filha (La hija), de Manuel Martín Cuenca, exibido na mostra Contemporary World Cinema e que também fez parte da Seleção Oficial de San Sebastián.
Cena de Amor Fati, de Cláudia Varejão.
Um total de 29 títulos que compõem a seleção da 45ª Mostra são produzidos ou coproduzidos por outros países latino-americanos, como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Equador e Uruguai, como: Os Inventados (Los Inventados), de Leo Basilico, Nicolás Langinoti e Pablo Pandolfi; A Taça Partida (La Taza Rota), de Esteban Cabezas; A Nova Garota (La Chica Nueva), de Micaela Gonzalo; entre muitos outros já citados.
Entre tantos destaques internacionais, cerca de 40 títulos brasileiros integram a seleção da Mostra Brasil. Os longas estão divididos nas seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. As produções brasileiras desta 45ª edição são inéditas, finalizadas entre 2020 e 2021, com exceção dos títulos restaurados.
Destacam-se entre os nacionais: A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, com Cauã Reymond; Mundo Novo, de Álvaro Campos; O Circo Voltou, de Paulo Caldas; O Melhor Lugar do Mundo é Agora, de Caco Ciocler; O Pai da Rita, de Joel Zito Araújo; Sol, de Lô Politi; Urubus, de Claudio Borrelli; a animação Tarsilinha, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo; As Verdades, de José Eduardo Belmonte; Transversais, de Émerson Maranhão; entre outros.
Como de costume, a Mostra presta homenagens a grandes nomes do cinema. Neste ano, o Prêmio Leon Cakoff será entregue para a atriz, roteirista e diretora Helena Ignez. Além disso, o evento promoverá uma sessão de autógrafos do livro Helena Ignez, Atriz Experimental, de autoria dos professores e pesquisadores Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira, marcada para o dia 31 de outubro, no Anexo do Espaço Itaú de Cinema. Lançado pelas Edições Sesc SP, o livro destaca as inovações e contribuições de Helena Ignez para o cinema novo e marginal e faz uma análise estética da trajetória artística da baiana que estreou no cinema com o curta-metragem Pátio (1959), do diretor Glauber Rocha.
O diretor português Paulo Rocha também será homenageado pelo evento com uma retrospectiva de seus títulos e a exibição de A Távola de Rocha, de Samuel Barbosa, que foi assistente do diretor morto em 2012. Entre os títulos da retrospectiva estão: Os Verdes Anos, A Ilha de Moraes, O Rio do Ouro, Mudar de Vida, A Ilha dos Amores, Máscara de Aço contra o Abismo Azul, Se eu fosse ladrão…Roubava.
Lázaro Ramos e Bianca Bin em As Verdades, de José Eduardo Belmonte.
A seção Apresentações Especiais traz a versão em preto e branco do filme Parasita, de Bong Joon-Ho, e uma cópia restaurada dos longas Terra Estrangeira, de Walter Salles, e O Rei Da Noite, de Hector Babenco; além disso, conta também com o documentário Ziraldo, Uma Obra que Pede Socorro, de Guga Dannemann.
Todos os anos a Mostra Internacional de Cinema convida um artista ou cineasta para fazer a arte do pôster do ano. Nomes como Laurie Anderson, Marco Bellochio, Martin Scorsese e Wim Wenders já assinaram o cartaz do evento em diferentes edições. A arte deste ano é assinada pelo artista brasileiro Ziraldo. Além disso, a Mostra apresentará o filme Ziraldo, Era uma Vez um Menino, documentário realizado por Fabrizia Pinto, sua filha, com música de Antonio Pinto, seu filho.
A Mostra também exibirá sessões gratuitas no Vão Livre do Masp, Vale do Anhangabaú, Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso e Centro Cultural Tiradentes; e com valores promocionais no circuito Spcine (Centro Cultural São Paulo e Biblioteca Roberto Santos) e no Museu da Imigração. As sessões dos filmes apresentados nas plataformas Sesc Digital e Itaú Cultural Play também serão gratuitas.
O júri deste ano será formado por: Beatriz Seigner, cineasta, que já exibius alguns filmes na Mostra, entre eles, Los Silencios; Carla Caffé, arquiteta, diretora de arte e professora, que recentemente assinou a direção de Para Onde Voam as Feiticeiras ao lado da irmã, Eliane Caffé, e de Beto Amaral; e Joel Zito Araújo, diretor, roteirista e produtor-executivo, que este ano apresenta o filme O Pai da Rita.
Pelo quinto ano consecutivo, a Mostra e o Itaú Cultural realizam mais uma edição do Fórum Mostra, que promove encontros e debates de cinema, economia criativa e assuntos contemporâneos da cultura. E mais: em parceria com a ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, e com o Museu da Imigração, a 45ª Mostra apresenta no Museu, nos dias 22 e 23/10, uma programação que inclui os filmes 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, e Pegando a Estrada, de Panah Panahi.
Além dos filmes, a 45ª edição da Mostra de São Paulo apresenta diversas atividades paralelas, como seminários, oficinas, master class e muito mais. A programação de filmes nos cinemas estabelece um intervalo de 30 minutos entre as sessões para que as salas sejam completamente higienizadas e os cinemas vão disponibilizar álcool em gel. Após o término de cada sessão, o público deverá respeitar a ordem de saída, começando pela última fileira, evitando assim aglomeração.
Cena de A Última Floresta, de Luiz Bolognesi: três prêmios.
Foram anunciados neste domingo, 17/10, em uma cerimônia virtual e apresentada pela atriz Ana Flavia Cavalcanti, os vencedores do Prêmio ABC 2021, realizado pela Associação Brasileira de Cinematografia.
Neste ano, o filme A Última Floresta, de Luiz Bolognesi, foi o grande vencedor com três prêmios. Durante a cerimônia foi realizada uma homenagem aos profissionais do cinema e audiovisual que nos deixaram no último ano, além de uma homenagem à Cinemateca Brasileira e o anúncio das sócias e sócios que receberam o direito de assinar os seus trabalhos com a sigla ABC.
A Associação Brasileira de Cinematografia, hoje presidida por Tide Borges, foi fundada em 2 de janeiro de 2000 e reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.
Confira a lista completa com os vencedores do Prêmio ABC 2021:
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Mosquito, por Adolpho Veloso
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, por Pedro J. Márquez
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM Casa de Antiguidades, por Isabelle Bitttencourt
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO A Febre, por Karen Akerman
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, por Ricardo Farias
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM A Última Floresta, por Rodrigo Macedo (técnico de som), Caio Guerin e Rosana Stefanoni (editor de som), Armando Torres Jr e Caio Guerin (mixador de som)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM Onde Há Pranto Há Mar, por Luciana Baseggio
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV Desalma (episódio 7), por Lito Mendes da Rocha
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV Coisa Mais Linda (2ª temporada, episódio 5), por Marcos Gardonyi Carvalheiro
MELHOR EQUIPE DE SOM | SÉRIE DE TV Um Dia Qualquer (episódio 1), por Marcel Costa e Evandro Lima (técnico de som) e Rodrigo Ferrante (editor e mixador de som)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE Reza Forte, de BaianaSystem e BNegão; por Daniel Primo
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL Como Respirar Fora d’água, por Giuliana Lanzoni Tambellini (USP)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO 100 Anos Leite Moça, por Lícia Arosteguy
Em 2015, a equipe do já consagrado Queer Lisboa, festival que apresenta filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas, realizou a primeira edição do Queer Porto.
Após uma edição zero em outubro de 2014, o projeto de um festival queer na cidade começou a tomar forma. Em outubro de 2015, a Associação Cultural Janela Indiscreta organizou o Queer Porto que, com sede no Teatro Rivoli, foi ao longo dos anos ocupando vários outros espaços da cidade do Porto. A programação não se trata de uma extensão dos filmes da seleção de Lisboa e tem como objetivo apresentar uma identidade própria com títulos inéditos em Portugal.
Neste sábado, 16/10, foram anunciados os vencedores da sétima edição do Queer Porto. O júri da Competição Oficial, composto por Amarante Abramovici, Daniel Gorjão e Larose S. Larose, decidiu atribuir o prêmio de melhor filme para o documentário brasileiro Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, no qual sete artistas e um médico ativistas dão seus depoimentos e trazem novas perspectivas sobre como lidar com a sorofobia no Brasil, quarenta anos depois do início da epidemia da AIDS.
Sobre Deus tem AIDS, que também levou o Prêmio do Público, o júri declarou: “Deus tem AIDS é falar no agora de um tema com quarenta anos, que nos desafia a uma renovada leitura do que é a vida de alguém portador da doença. Através da soberba e inclusiva escolha de protagonistas, e das suas práticas artísticas, este é um filme de empoderamento e consciencialização para uma realidade ignorada, quando não estigmatizada. Um filme que nos fala da vida e não de vítimas”.
Confira a lista completa dos vencedores do Queer Porto 2021:
COMPETIÇÃO OFICIAL
Melhor Filme: Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (Brasil) Menção Especial: Genderation, de Monika Treut (Alemanha) Prêmio do Público: Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre
IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO DE FILMES DE ESCOLAS PORTUGUESAS
Melhor Filme: Mansa, de Mariana Bártolo (Portugal/Alemanha)
PRÊMIO CASA COMUM
Melhor Filme: O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal/Bélgica) Menção Especial: Tracing Utopia, de Catarina de Sousa e Nick Tyson (Portugal/EUA)
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou virtualmente nesta sexta-feira, 15/10, o longa brasileiro que vai disputar uma vaga entre os cinco finalistas na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) no Oscar 2022.
Entre 15 inscritos, o escolhido foi Deserto Particular, de Aly Muritiba. O filme é protagonizado por Antonio Saboia, que interpreta Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor.
Recentemente, o longa recebeu o Prêmio do Público na Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, além de ter ficado entre os três finalistas segundo o Júri Oficial. Com Pedro Fasanaro, Zezita Matos, Thomás Aquino, Laila Garin e Cynthia Senek no elenco, o roteiro é assinado por Henrique dos Santos e pelo diretor Aly Muritiba, que se consagrou com obras como Para Minha Amada Morta e Ferrugem, e a série documental O caso Evandro.
O Comitê Brasileiro de Seleção deste ano foi presidido por Leonardo Edde, produtor e diretor, e contou também com: Allan Deberton, produtor, diretor e roteirista; Belisario Franca, cineasta e produtor; Felipe Lacerda, montador; Luiz Zanin, crítico de cinema; Paula Barreto, produtora; e Virginia Cavendish, atriz e produtora.
“Foi uma escolha difícil. Ficamos entre alguns filmes, considerando cinematografia, temas. Por fim, chegamos a um consenso. É sempre uma escolha difícil quem representa o Brasil pro mundo. Tivemos excelentes filmes inscritos, com uma representação muito diversa da cinematografia brasileira, de diferentes estados, e todos eles muito engajados. Deserto Particular traz um tema muito importante: como o amor pode ser um agente de transformação. É disso que o mundo precisa hoje”, afirma Leonardo Edde.
Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, dirigido por Bárbara Paz, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.
Além de Deserto Particular, também estavam na disputa este ano: 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto; A Nuvem Rosa, de Iuli Gerbase; A Última Floresta, de Luiz Bolognesi; Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso; Callado, de Emilia Silveira; Carro Rei, de Renata Pinheiro; Cavalo, de Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti; Doutor Gama, de Jeferson De; Limiar, de Coraci Ruiz; Medida Provisória, de Lázaro Ramos; Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza; Por que Você Não Chora?, de Cibele Amaral; Selvagem, de Diego da Costa; e Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira.
Em janeiro, antes do anúncio final, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood selecionará dez produções estrangeiras. Desse grupo, saem os cinco finalistas. A lista com os indicados ao Oscar 2022 será divulgada no dia 8 de fevereiro e a cerimônia está marcada para o dia 27 de março, em Los Angeles.
O representante brasileiro disputará uma vaga na 94ª edição da premiação mais importante do cinema com diversas produções de outros países, como: o colombiano Memoria, de Apichatpong Weerasethakul; o francês Titane, de Julia Ducournau; o japonês Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi; o húngaro Post Mortem, de Péter Bergendy; o finlandês Compartment No. 6, de Juho Kuosmanen; o espanhol El buen patrón, de Fernando León de Aranoa; o suíço Olga, de Elie Grappe; entre outros.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é a única entidade responsável pela seleção do filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.
A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.
Hoje são mais de 300 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC e do Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.
O Prêmio ABC de Cinematografia teve sua primeira edição em 2001 e os vencedores deste ano serão anunciados no domingo, 17/10, no canal do YouTube da ABC. Os finalistas foram selecionados no segundo turno pelas sócias e sócios da ABC, que escolheram os cinco melhores trabalhos entre os sete que foram selecionados pelos júris de cada categoria no primeiro turno.
Conheça os finalistas do Prêmio ABC 2021:
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Aos Olhos de Ernesto, por Glauco Firpo M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, por Cristiano Conceição Mosquito, por Adolpho Veloso Sertânia, por Miguel Vassy Um Dia Qualquer, por Jacques Cheuiche
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, por Pedro J. Márquez Brasil Azul, por Cristian Dimitrius Chão, por Criz Lyra, Camila Freitas e Carol Matias Êxtase, por Janice D Avila Mangueira em 2 Tempos, por Jacques Cheuiche
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM Cabras da Peste, por Juliana Ribeiro Casa de Antiguidades, por Isabelle Bitttencourt Meu Nome é Bagdá, por Marines Mencio Todos os Mortos, por Juliana Lobo Um Animal Amarelo, por Dina Salem Levy
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO A Febre, por Karen Akerman A Mesma Parte de um Homem, por Aristeu Araújo Breve Miragem de Sol, por Renato Vallone Cabras da Peste, por Leopoldo Joe Nakata, Ricardo Mesquita e Saulo Simão Valentina, por Alexandre Taira
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, por Ricardo Farias Candango: Memórias do Festival, por Umberto Martins e Bernardo Serpa Jair Rodrigues – Deixa que Digam, por Alexandre Lima, Guta Pacheco e Willem Dias Limiar, por Luiza Fagá Máquina do Desejo, por Joaquim Castro e Lucas Weglinski
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM A Última Floresta, por Rodrigo Macedo (técnico de som), Caio Guerin e Rosana Stefanoni (editor de som), Armando Torres Jr e Caio Guerin (mixador de som) A Febre, por Felippe Schultz Mussel e Breno Furtado (técnico de som), Felippe Schultz Mussel e Romain Ozanne (editor de som) e Emmanuel Croset (mixador de som) Acqua Movie, por Valéria Ferro (técnico de som), Tiago Bittencourt (técnico de som adicional), Daniel Turini (editor de som), Sérgio Abdala e Fernado Henna (mixador de som) Casa de Antiguidades, por Léo Bortolin (técnico e editor de som) e Ariel Henrique (mixador de som) Sertânia, por Toninho Muricy (técnico de som), Waldir Xavier, Bruno Armelin e Fernando Aranha (editor de som) e Bernardo Adeodato (mixador de som) Um Dia Qualquer, por Marcel Costa e Evandro Lima (técnico de som) e Rodrigo Ferrante (editor e mixador)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM Ato, por Azul Serra Inabitável, por Gustavo Pessoa Onde há pranto há mar, por Luciana Baseggio Parabéns a você, por João Castelo Branco Machado Vagalumes, por Léo Bittencourt e Juliano Gomes
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV 3% (4ª temporada, episódio 6), por Pedro Maffei Boca a Boca (episódio 4), por Azul Serra Cidade Invisível (episódio 2), por Kauê Zilli e Glauco Firpo Desalma (episódio 7), por Lito Mendes da Rocha Um Dia Qualquer (episódio 5), por Jacques Cheuiche
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV Boca a Boca (episódio 4), por Frederico Pinto Cidade Invisível (episódio 2), por Fábio Goldfarb Coisa Mais Linda (2ª temporada, episódio 5), por Marcos Gardonyi Carvalheiro Noturnos (episódio 1), por Ana Paula Cardoso Os Últimos Dias de Gilda (episódio 1), por Dina Salem Levy
MELHOR EQUIPE DE SOM | SÉRIE DE TV Arcanjo Renegado (episódio 1), por Felipe Machado e Leandro Lima (técnico de som), Gabriel Pinheiro (editor de som) e Gabriel Pinheiro (mixador de som) Boca a Boca (episódio 4), por Jorge Rezende (técnico de som), Martín Grignaschi (editor de som), Armando Torres e Caio Guerin (mixador de som) Sob Pressão: Plantão Covid (episódio 1), por George Saldanha (técnico de som), Eduardo Virmond Lima (editor de som) e Alessandro Laroca (mixador de som) Um Dia Qualquer (episódio 1), por Marcel Costa e Evandro Lima (técnico de som) e Rodrigo Ferrante (editor e mixador de som) Unidade Básica (temporada 2, episódio 8), por Lia Camargo e Tide Borges (técnico de som), Dirceu Lustosa e Rodrigo Sacic (editor de som), Rodrigo Ferrante e Cauê Custódio (mixador de som)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE Algo_1, de L_cio; por Glauco Firpo Quién Podrá Saberlo, de Dom La Nena e Julieta Venegas; por Nestor Grün Racha, de Urias; por Alexandre Vianna Reza Forte, de BaianaSystem e BNegão; por Daniel Primo Simples Assim, de Kynnie; por Luiz Maximiano
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL Amálgama, por Lorenzo Telles da Silva (Unisinos) Carne de Carnaval, por Fernando Flores (ESPM Rio de Janeiro) Claustrofobia, por Maria Antônia Porto Sperb (Unisinos) Como respirar fora d’água, por Giuliana Lanzoni Tambellini (USP) La Yuyera, por Maria Fernanda Cruz (UNILA)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO 100 Anos Leite Moça, por Lícia Arosteguy CCXP 2020, por Pedro Cardillo Natura Natal, por Pepe Mendes Onde quer que seja verde, a gente vive! Puma, por Yuri Maranhão Samsung – Papéis, por Luciana Baseggio
Okado do Canal e Thassia Cavalcanti em Rio Doce, de Fellipe Fernandes: filme premiado.
Foram anunciados nesta quinta-feira, 14/10, em uma cerimônia virtual, os vencedores do 10º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que este ano aconteceu, novamente, em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.
O olhar para a periferia e a dinâmica dos corpos em ambientes estabelecidos foram destaques na premiação. Os longas-metragens Rio Doce, de Fellipe Fernandes e Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas, foram escolhidos pelo júri formado por Heloísa Passos, realizadora e diretora de fotografia, Janaína Oliveira, pesquisadora e curadora, e Cíntia Gil, curadora, para receber o Prêmio Olhar de Melhor Filme e o Prêmio Especial do Júri. O pernambucano Rio Doce também foi o escolhido como o melhor filme brasileiro pelo júri da Mostra Novos Olhares/Melhor Filme Brasileiro, formado pelos programadores e curadores Greg de Cuir Jr., Emilie Bujès e Ana Souza; já Rolê foi a escolha do público.
Entre os curtas-metragens, o ganhador do Prêmio Olhar de Melhor Filme foi o francês Vikken, de Dounia Sichov. Na mesma mostra, Emilie Serri, com seu Sonhos de Damasco, foi reconhecida com o prêmio de Contribuição Artística. Na mostra Outros Olhares, o júri formado pelos curadores Wood Lin e Alia Ayman e pela realizadora Dea Ferraz destacou o filme Rumo ao Norte, dirigido por Angelo Madsen Minax.
O iraniano Crime Culposo, de Shahram Mokri, foi o longa-metragem vencedor do Prêmio Novos Olhares. Já a crítica escolheu o argentino Estilhaços, de Natalia Garayalde, para receber o Prêmio Abraccine, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Na sexta-feira, nas redes sociais do Olhar de Cinema, será anunciado o vencedor do Prêmio Cinefilia, entregue àquele que assistiu mais filmes durante o festival.
Conheça os vencedores do Olhar de Cinema 2021:
COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM
Prêmio Olhar de Melhor Filme: Rio Doce, de Fellipe Fernandes (Brasil) Prêmio Especial do Júri: Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (Brasil) Prêmio de Contribuição Artística: Sonhos de Damasco (Damascus Dreams), de Emilie Serri (Canadá)
COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM
Prêmio Olhar de Melhor Filme: Vikken, de Dounia Sichov (França) Menção Honrosa: Ouça a Batida das Nossas Imagens (Écoutez Le Battement de nos Images), de Maxime Jean-Baptiste e Audrey Jean-Baptiste (Bélgica)
MOSTRA OUTROS OLHARES
Melhor longa-metragem: Rumo ao Norte (North by Current), de Angelo Madsen Minax (EUA) Menção Honrosa: Apenas o Sol (Apenas el Sol), de Arami Ullon (Paraguai/Suíça)
MOSTRA NOVOS OLHARES
Melhor Filme: Crime Culposo (Jenayat-e bi deghat), de Shahram Mokri (Irã) Menção Honrosa: A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (Brasil)
FILME BRASILEIRO | LONGAS | Competitiva, Novos Olhares e Outros Olhares
Melhor longa-metragem brasileiro: Rio Doce, de Fellipe Fernandes Menção Honrosa: A Matéria Noturna, de Bernard Lessa
FILME BRASILEIRO | CURTAS | Competitiva e Outros Olhares
Melhor curta-metragem: Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet Menção Honrosa: Chão de Fábrica, de Nina Kopko
OUTROS PRÊMIOS
Prêmio do Público: Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas Prêmio AVEC-PR Leandro Schip: Mirador, de Bruno Costa Prêmio AVEC-PR | Menção Honrosa: Perto de Você, de Cássio Kelm Prêmio da Crítica | Abraccine: Estilhaços (Esquirlas), de Natalia Garayalde (Argentina) Menção Honrosa | Abraccine: O Sonho do Inútil, de José Marques de Carvalho Jr. (Brasil)
PRÊMIO CINÉFILO (será anunciado no dia seguinte, às 16h, depois do fim das exibições virtuais)
Cena de Deserto Particular, de Aly Muritiba: premiado em Veneza.
A ABCAA, Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, divulgou nesta quinta-feira, 14/10, a lista com os longas-metragens brasileiros que disputarão uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor filme internacional do Oscar 2022, que será realizado no dia 27 de março, em Los Angeles, pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences.
O título escolhido pelo Comitê Brasileiro de Seleção para representar o Brasil na 94ª edição da premiação será divulgado no dia 15 de outubro, depois de uma reunião que ocorrerá no mesmo dia. Vale lembrar que o filme candidato à vaga deverá ter sua estreia no Brasil entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2021.
O comitê deste ano conta com: Felipe Lacerda, montador; Leonardo Edde, produtor e diretor; Luiz Zanin, crítico de cinema; Paula Barreto, produtora; Virginia Cavendish, atriz e produtora; Allan Deberton, cineasta; e Belisario Franca, cineasta.
Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, dirigido por Bárbara Paz, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é a única entidade responsável pela seleção do filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.
Conheça os 15 longas brasileiros inscritos neste ano:
7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto A Nuvem Rosa, de Iuli Gerbase A Última Floresta, de Luiz Bolognesi Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso Callado, de Emilia Silveira Carro Rei, de Renata Pinheiro Cavalo, de Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti Deserto Particular, de Aly Muritiba Doutor Gama, de Jeferson De Limiar, de Coraci Ruiz Medida Provisória, de Lázaro Ramos Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza Por que Você Não Chora?, de Cibele Amaral Selvagem, de Diego da Costa Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira