40º Festival de Havana: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor

orfaohavanaKauan Alvarenga no curta O Órfão, de Carolina Markowicz: premiado.

A primeira edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, foi realizada em dezembro de 1979, em Cuba, pelo ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos), com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.

Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, ou Premios Coral no original, são divididos em categorias: ficção, documentário e animação. O cinema brasileiro, representado com diversas obras, saiu vitorioso com o curta-metragem O Órfão, de Carolina Markowicz, que recebeu Menção Especial; com o drama Los Silencios, de Beatriz Seigner; com o documentário O Processo, de Maria Augusta Ramos; e com a animação Tito e os Pássaros, de Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg.

Outras produções nacionais também foram selecionadas, como os longas de ficção: Albatroz, de Daniel Augusto; Benzinho, de Gustavo Pizzi; Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader Messora; Deslembro, de Flavia Castro; Domingo, de Clara Isabelle Linhart e Fellipe Gamarano Barbosa; Ferrugem, de Aly Muritiba; Mormaço, de Marina Meliande; Morto Não Fala, de Dennison Ramalho; O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida; O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; O Olho e a Faca, de Paulo Sacramento; Sequestro Relâmpago, de Tata Amaral; Sócrates, de Alex Moratto; Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher; e Todas as Canções de Amor, de Joana Mariani. Além das coproduções: As Herdeiras (Las herederas), de Marcelo Martinessi (Paraguai); Rojo, de Benjamín Naishtat (Argentina); e Tarde para morir joven, de Dominga Sotomayor (Chile). O longa Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco, foi exibido em sessão especial.

Os curtas-metragens brasileiros também marcaram forte presença com: 1×1, de Ramon Abreu; A Pedra, de Iuli Gerbase; Anjos das Marquises, de Paulo Miranda; Ao final da conversa eles se despedem com um abraço, de Renan Brandão; Coração é terra que ninguém vê, de Isabela Vitório; Eu sou o Super-Homem, de Rodrigo Batista; Kamiokande, de Fernanda Vogas; Mehr Licht!, de Mariana Kaufman; e Perdeu, de Pedro Formigoni.

Na categoria curta-metragem documentário, destacaram-se: Afronte, de Bruno Victor e Marcus Azevedo; Coppelia, de Juliana Lobo (coprodução com Cuba); De longe, ninguém vê o presidente, de Rená Tardin Barros; La Flaca, de Adriana Barbosa e Thiago Zanato (coprodução com EUA e México); e Lauri e a subversão, de Marco Antonio Visconte Escrivão e Pedro Fernandes Russo. Entre os curtas de animação: Almofada de penas, de Joseph Specker Nys (coprodução com Uruguai); Garoto transcodificado a partir de fosfeno, de Rodrigo Faustini; Guaxuma, de Nara Normande (coprodução com França); O Evangelho segundo Tauba e Primal, de Márcia Deretti e Márcio Júnior; e O Malabarista, de Iuri Moreno.

Os documentários brasileiros também ganharam destaque, como: América Armada, de Pedro Asbeg e Alice Lanari; Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla; Che, Memórias de um Ano Secreto, de Margarita Hernández; Construindo Pontes, de Heloísa Passos; Erlon Chaves: o Maestro do Veneno!, de Alessandro Gamo; Espera, de Cao Guimarães; Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; Humberto Mauro, de André Felippe Di Mauro; Idade da Água, de Orlando Senna; Inaudito, de Gregorio Gananian Neto; Lembro Mais dos Corvos, de Gustavo Vinagre; Operações de garantia da lei e da ordem, de Júlia Murat; SLAM: Voz de Levante, de Tatiana Lohmann e Roberta Marques do Nascimento; Soldados do Araguaia, de Belisario Franca; Torquato Neto – Todas as Horas do Fim, de Eduardo Ades e Marcus Fernando; Torre das Donzelas, de Susanna Lira; Um dia para Susana, de Giovanna Patane Giovanini e Rodrigo Esteves Boecker; e Aeroporto Central, de Karim Aïnouz (coprodução com Alemanha).

Conheça os vencedores da 40ª edição do Festival de Havana:

FICÇÃO

Melhor Filme: Pájaros de Verano, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia/Dinamarca/México/França)
Prêmio Especial do Júri: Inocencia, de Alejandro Gil Álvarez (Cuba), Nido de Mantis, de Arturo Sotto Díaz (Cuba/México/República Dominicana) e Insumisas, de Fernando Pérez Valdés e Laura Cazador (Cuba/Suíça)
Melhor Atriz: Ilse Salas, por Las niñas bien
Melhor Ator: Lorenzo Ferro, por O Anjo
Melhor Direção: Carlos Reygadas, por Nuestro Tiempo
Melhor Roteiro: Joel, escrito por Carlos Sorin
Melhor Fotografia: Nuestro Tiempo, por Diego García e Adrian Durazo
Melhor Edição: Uma Noite de 12 anos, por Irene Blecua e Nacho Ruiz Capillas
Melhor Som: Uma Noite de 12 anos, por Nacho Royo-Villanova, Martín Touron e Eduardo Esquide
Melhor Trilha Sonora Original: Pájaros de Verano, por Leonardo Heiblum
Melhor Direção de Arte: Sangre Blanca, por Mariela Ripodas
Melhor Curta-metragem: Arcángel, de Ángeles Cruz (México)
Menção Especial | Curta-metragem: O Órfão, de Carolina Markowicz (Brasil) e Cerdo, de Yunior García Aguilera (Cuba)

PRIMEIRO FILME

Melhor Primeiro Filme: Retablo, de Alvaro Delgado Aparicio (Peru/Alemanha/Noruega)
Prêmio Especial do Júri: La Camarista, de Lila Avilés (México/EUA)
Prêmio Contribuição Artística: Los Silencios, de Beatriz Seigner (Brasil/França/Colômbia)

DOCUMENTÁRIO

Melhor Filme: Ciro y yo, de Miguel Salazar (Colômbia)
Melhor curta-metragem: Los viejos heraldos, de Luis Alejandro Yero Monteagudo (Cuba)
Prêmio Especial do Júri: El camino de Santiago. Desaparición y muerte de Santiago Maldonado, de Tristán Bauer (Argentina) e O Processo, de Maria Augusta Ramos (Brasil)

ANIMAÇÃO

Melhor Filme: Tito e os Pássaros, de Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg (Brasil)
Melhor curta-metragem: Un oscuro día de injusticia, de Julio Azamor e Daniela Fiore (Argentina)
Prêmio Especial do Júri: A Casa Lobo (La Casa Lobo), de Cristóbal León e Joaquín Cociña (Chile)

OUTROS PRÊMIOS

PRÊMIO SIGNIS | Melhor Filme: Inocencia, de Alejandro Gil Álvarez (Cuba)
PRÊMIO DO PÚBLICO: Inocencia, de Alejandro Gil Álvarez (Cuba)
PRÊMIO CARTEL: Últimos días de una casa (Cuba)
PRÊMIO CARTEL | Roteiro: Panamá Al Brown, escrito por Delfina Vidal
PRÊMIO FIPRESCI: Nuestro Tiempo, de Carlos Reygadas (México/França/Alemanha/Dinamarca/Suécia)

Foto: Divulgação.

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