
Depois de anunciar as produções brasileiras, o Festival do Rio 2022, que acontecerá entre os dias 6 e 16 de outubro, revelou os filmes estrangeiros que completam a programação desta edição, que conta com quase 200 títulos.
A seleção internacional traz nomes consagrados e títulos que se destacaram em diversos festivais. Direto de Cannes, a programação conta com filmes que foram premiados este ano, como: Close, de Lukas Dhont, vencedor do Grand Prix; Decisão de Partir, de Park Chan-wook, que levou o prêmio de melhor direção; Holy Spider, de Ali Abbasi, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Zar Amir-Ebrahimi; EO, de Jerzy Skolimowski, vencedor do Prêmio do Júri; e Broker: Uma Nova Chance, de Hirokazu Kore-eda, que rendeu o prêmio de melhor ator para Song Kang-ho e recebeu o Prêmio do Júri Ecumênico.
A lista traz também títulos que disputaram a Palma de Ouro no Festival de Cannes: Briga entre Irmãos, de Arnaud Desplechin; Nostalgia, de Mario Martone; e Mãe e Filho, de Léonor Serraille. E mais: Mascarade, de Nicolas Bedos, exibido fora de competição; Jane Campion, A Mulher Cinema, de Julie Bertuccelli, exibido na mostra Cannes Classics; e Mariupol 2, de Mantas Kvedaravičius e Hanna Bilobrova, que recebeu o Prêmio Especial do Júri na competição Olho de Ouro de documentários.
Das mostras paralelas de Cannes, o Festival do Rio traz títulos da Un Certain Regard: Os Piores, de Lise Akoka e Romane Gueret, eleito o melhor filme; Túnica Turquesa, de Maryam Touzani, vencedor do Prêmio FIPRESCI; Corsage, de Marie Kreutzer, que rendeu o prêmio de melhor interpretação para Vicky Krieps; Visão de uma Borboleta, de Maksym Nakonechnyi; e Return to Seoul, de Davy Chou. Filmes da Quinzena dos Realizadores também se destacam, como: Revoir Paris, de Alice Winocour; 1976: Um Segredo na Ditadura, de Manuela Martelli; Os Harkis, de Philippe Faucon; Les cinq diables, de Léa Mysius; Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues; e À Sombra das Figueiras, de Erige Sehiri.
Enquanto isso, do Festival de Veneza, títulos que disputaram o Leão de Ouro também se destacam, como: Uma Noite em Haifa, de Amos Gitai; Love Life, de Kôji Fukada; O Senhor das Formigas, de Gianni Amelio; Um Casal: Sophia e Tolstói, de Frederick Wiseman; O Contador de Cartas, de Paul Schrader; Mônica, de Andrea Pallaoro; e Chiara: Santa Clara de Assis, de Susanna Nicchiarelli.
A programação traz também Living, de Oliver Hermanus, Quando Não Há Mais Ondas, de Lav Diaz, e o documentário O Julgamento dos Nazistas de Kiev, de Sergey Loznitsa, exibidos fora de competição; títulos da mostra Orizzonti, como: Um Homem, de Kei Ishikawa, Devoro Seu Coração, de Pippo Mezzapesa, A Vítima, de Michal Blaško, Às Margens, de Juan Diego Botto, e Belas Promessas, de Thomas Kruithof. Além de Como uma tartaruga, de Monica Dugo, da mostra Biennale College Cinema, e Blue Jean, de Georgia Oakley, da Giornate degli Autori.
A seleção completa-se com títulos premiados em Veneza: Argentina, 1985, de Santiago Mitre, vencedor do Prêmio FIPRESCI da Competição Oficial; The Banshees of Inesherin, de Martin McDonagh, que levou os prêmios de melhor roteiro e melhor ator para Colin Farrell; e Autobiography, de Makbul Mubarak, vencedor do Prêmio FIPRESCI da mostra Orizzonti.
Cena do filme Close, de Lukas Dhont: premiado em Cannes.
O Festival de Toronto também marca presença nesta edição com diversos filmes, entre eles: Daliland: A Vida de Salvador Dalí, de Mary Harron; O Menu, de Mark Mylod, com Anya Taylor-Joy e Ralph Fiennes no elenco; Good Night Oppy, de Ryan White; Raymond & Ray, de Rodrigo García, com Ethan Hawke e Ewan McGregor; My Policeman, de Michael Grandage, com Harry Styles; Wildhood: Busca pelas Raízes, de Bretten Hannam; Mantícora, de Carlos Vermut; o documentário Maya and The Wave, de Stephanie Johnes, que ficou em segundo lugar no voto de público e fala sobre a surfista brasileira campeã mundial Maya Gabeira; e Operação Hunt, de Lee Jung-jae, também exibido em Cannes.
Do Festival de Berlim, títulos que disputaram o Urso de Ouro, entre eles: Peter von Kant, de François Ozon; Um Ano, Uma Noite, de Isaki Lacuesta, vencedor do Prêmio do Júri Ecumênico; Noites de Paris, de Mikhaël Hers; e Call Jane, de Phyllis Nagy.
E mais: Nossa Senhora do Nilo, de Atiq Rahimi, vencedor do Urso de Cristal na mostra Generation 14plus; A Menina Silenciosa, de Colm Bairéad, vencedor do Grand Prix da mostra Generation Kplus; Uma Canção de Amor, de Max Walker-Silverman; Cidadãos Preocupados, de Idan Haguel; Conversando Sobre o Tempo, de Annika Pinske; e Canção de Ninar, de Alauda Ruiz de Azúa, exibidos na mostra Panorama; e Alis: A Amiga Confidente, de Clare Weiskopf e Nicolás Van Hemelryck, vencedor do Teddy Award de melhor documentário.
A seleção internacional segue com títulos do Festival de San Sebastián: Walk Up, de Hong Sang-soo, que disputou a Concha de Ouro; As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen, eleito o melhor filme europeu e exibido em Cannes fora de competição; Meu Lugar no Mundo, de Adrián Silvestre; O Curto Verão de Hilda, de Agustín Banchero, exibido na mostra New Directors; Nudo Mixteco: Três Destinos de Mulheres, de Ángeles Cruz; Segredos em Família, de Jorge Riquelme Serrano, eleito o melhor filme da mostra New Directors e também premiado no Festival de Havana; e Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, que recebeu o prêmio de melhor fotografia este ano.
Do Festival de Locarno, três títulos aparecem na seleção: o drama Você Não Terá Meu Ódio, de Kilian Riedhof; Última Dança, de Delphine Lehericey; e Nightsiren, de Tereza Nvotová, vencedor do Leopardo de Ouro da mostra Filmmakers of the Present. Já o Festival de Sundance destaca-se com: o drama Nanny, de Nikyatu Jusu, vencedor do Grande Prêmio do Júri; A Vaca que Cantou uma Canção para o Futuro, de Francisca Alegría; e Piggy, de Carlota Pereda, também exibido em San Sebastián.
O Festival do Rio também destaca uma programação para os amantes do terror, com uma seleção que mescla clássicos com filmes super aguardados. Além disso, duas exibições especiais de clássicos completam a programação: Priscilla, a Rainha do Deserto, de Stephan Elliott, e E.T.: O Extraterrestre, de Steven Spielberg.
Neste ano, o filme de abertura será Império da Luz, no original Empire of Light, dirigido por Sam Mendes, que foi exibido no Festival de Toronto. Com Olivia Colman e Colin Firth no elenco, a trama é ambientada em uma cidade costeira da Inglaterra durante os anos 1980 e narra uma potente história sobre as relações humanas e a magia do cinema.
Sobre a escolha, Ilda Santiago, diretora executiva de programação do Festival do Rio, disse: “É muito simbólico, após anos tão difíceis para toda a indústria do audiovisual no Brasil, abrir o Festival do Rio com um filme que é uma homenagem, uma história que fala daquilo que nos move, do nosso amor pelo cinema”.
Conheça os filmes estrangeiros selecionados para o Festival do Rio 2022:
PANORAMA | FICÇÃO
A Acusação (Les choses humaines), de Yvan Attal (França)
A Conferência (Die Wannseekonferenz), de Matti Geschonneck (Alemanha)
A Menina Silenciosa (An Cailín Ciúin), de Colm Bairéad (Irlanda)
As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França)
As Histórias de Meu Pai (Profession du père), de Jean-Pierre Améris (França)
Briga entre Irmãos (Frère et soeur), de Arnaud Desplechin (França)
Broker: Uma Nova Chance, de Hirokazu Kore-eda (Coreia do Sul)
Call Jane, de Phyllis Nagy (EUA)
Chegaram à Noite (Llegaron de noche), de Imanol Uribe (Espanha/Colômbia)
Close, de Lukas Dhont (Bélgica/Holanda/França)
Corsage, de Marie Kreutzer (Áustria/Luxemburgo/Alemanha)
Daliland: A Vida de Salvador Dalí, de Mary Harron (EUA/Reino Unido)
Devoro Seu Coração (Ti mangio il cuore), de Pippo Mezzapesa (Itália)
EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália)
Living, de Oliver Hermanus (Reino Unido)
Love Life, de Kôji Fukada (Japão/França)
Mãe e Filho (Un petit frère), de Léonor Serraille (França)
Mali Twist, de Robert Guédiguian (França/Canadá/Senegal)
Mascarade, de Nicolas Bedos (França)
Meu Filho é um Craque (Fourmi), de Julien Rappeneau (França)
Mônica (Monica), de Andrea Pallaoro (EUA/Itália)
My Policeman, de Michael Grandage (Reino Unido/Estados Unidos)
Noites de Paris (Les passagers de la nuit), de Mikhaël Hers (França)
Nossa Senhora do Nilo (Notre-Dame du Nil), de Atiq Rahimi (França/Bélgica/Ruanda)
Nostalgia, de Mario Martone (Itália/França)
Notre-Dame em Chamas (Notre-Dame brûle), de Jean-Jacques Annaud (França)
O Contador de Cartas (The Card Counter), de Paul Schrader (EUA/Reino Unido/China)
O Menu (The Menu), de Mark Mylod (EUA)
O Mundo de Ontem (Le monde d’hier), de Diastème (França)
O Senhor das Formigas (Il signore delle formiche), de Gianni Amelio (Itália)
O Tesouro do Pequeno Nicolau (Le trésor du petit Nicolas), de Julien Rappeneau (França)
Operação Hunt (Heon-teu), de Lee Jung-jae (Coreia do Sul)
Os Harkis (Les Harkis), de Philippe Faucon (França/Bélgica)
Padre Pio, de Abel Ferrara (Itália/Alemanha/Reino Unido)
Peter von Kant, de François Ozon (França/Bélgica)
Quando Não Há Mais Ondas (Kapag wala nang mga alon), de Lav Diaz (Filipinas/Dinamarca/Portugal)
Raymond & Ray, de Rodrigo García (EUA)
Revoir Paris (Paris Memories), de Alice Winocour (França)
Sra. Harris vai a Paris (Mrs. Harris Goes to Paris), de Anthony Fabian (Hungria/Reino Unido/Canadá)
The Banshees of Inesherin, de Martin McDonagh (Reino Unido/Irlanda/EUA)
The Five Devils (Les cinq diables), de Léa Mysius (França)
Till: A Busca por Justiça, de Chinonye Chukwu (EUA)
Túnica Turquesa (The Blue Caftan), de Maryam Touzani (França/Marrocos/Bélgica)
Um Ano, Uma Noite (Un año, una noche), de Isaki Lacuesta (Espanha/França)
Um Casal: Sophia e Tolstói (Un couple), de Frederick Wiseman (França/EUA)
Uma Noite em Haifa (Laila in Haifa), de Amos Gitai (Israel/França)
Walk Up, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
PANORAMA | DOCUMENTÁRIO
Em Viagem, o Papa (In Viaggio), de Gianfranco Rosi (Itália)
Good Night Oppy, de Ryan White (EUA)
Mariupol 2 (Mariupolis 2), de Mantas Kvedaravičius e Hanna Bilobrova (Lituânia/França/Alemanha)
O Julgamento dos Nazistas de Kiev (The Kiev Trial), de Sergey Loznitsa (Países Baixos/Ucrânia)
MOSTRA EXPECTATIVA 2022
À Sombra das Figueiras (Under the fig trees), de Erige Sehiri (Tunísia/Suíça/França/Qatar)
A Vítima (Obet), de Michal Blaško (Eslováquia/República Tcheca/Croácia/Suécia/Alemanha)
Às Margens (En los márgenes), de Juan Diego Botto (Espanha)
Autobiography, de Makbul Mubarak (Indonésia/França/Singapura/Polônia/Filipinas/Alemanha/Qatar)
Belas Promessas (Les promesses), de Thomas Kruithof (França)
Blue Jean, de Georgia Oakley (Reino Unido)
Canção de Ninar (Cinco lobitos), de Alauda Ruiz de Azúa (Espanha)
Chiara: Santa Clara de Assis, de Susanna Nicchiarelli (Itália/Bélgica)
Cidadãos Preocupados (Concerned Citizen), de Idan Haguel (Israel)
Como uma tartaruga (Come le Tartarughe), de Monica Dugo (Itália)
Conversando Sobre o Tempo (Talking About the Weather), de Annika Pinske (Alemanha)
Holy Spider, de Ali Abbasi (Dinamarca/Alemanha/Suécia/França)
Meu Lugar no Mundo (Mi vacío y yo), de Adrián Silvestre (Espanha)
O Homem Mais Feliz do Mundo (Najsrekjniot Chovek Na Svetot), de Teona Strugar Mitevska (Macedônia do Norte/Bélgica/Eslovênia/Dinamarca/Croácia/Bósnia e Herzegovina)
O Sexto Filho (Le sixième enfant), de Léopold Legrand (França)
Os Piores (Les pires), de Lise Akoka e Romane Gueret (França)
Return to Seoul (Retour à Séoul), de Davy Chou (França/Alemanha/Bélgica/Coreia do Sul/Romênia)
Três Noites por Semana (Trois nuits par semaine), de Florent Gouelou (França)
Tudo sob Descontrole (En roue libre), de Didier Barcelo (França)
Última Dança (Last Dance), de Delphine Lehericey (Suíça/Bélgica)
Um Homem (Aru otoko), de Kei Ishikawa (Japão)
Uma Canção de Amor (A Love Song), de Max Walker-Silverman (EUA)
Visão de uma Borboleta (Bachennya metelyka), de Maksym Nakonechnyi (Ucrânia/República Tcheca/Croácia/Suécia)
Você Não Terá Meu Ódio (Vous n’aurez pas ma haine), de Kilian Riedhof (França/Alemanha/Bélgica)
Wildhood: Busca pelas Raízes, de Bretten Hannam (Canadá)
PREMIÈRE LATINA
1976: Um Segredo na Ditadura, de Manuela Martelli (Chile/Argentina/Qatar)
A Vaca que Cantou uma Canção para o Futuro (The Cow Who Sang a Song Into the Future), de Francisca Alegría (Chile/França/EUA)
Alis: A Amiga Confidente, de Clare Weiskopf e Nicolás Van Hemelryck (Colômbia/Romênia/Chile)
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina/EUA)
Jogo da Corrupção, de Armando Bó (Chile/Argentina/EUA)
La Encomienda, de Pablo Giorgelli (Argentina/Brasil)
Nudo Mixteco: Três Destinos de Mulheres, de Ángeles Cruz (México)
O Branco (El Blanco), de Alejandro Andújar (República Dominicana)
O Curto Verão de Hilda (Las vacaciones de Hilda), de Agustín Banchero (Uruguai/Brasil)
Segredos em Família (Algunas Bestias), de Jorge Riquelme Serrano (Chile)
Transition: Presença Invisível, de Alejandro Torres Kennedy (México)
MIDNIGHT MOVIES
Decisão de Partir (Decision to Leave), de Park Chan-wook (Coreia do Sul)
Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França)
Grito de Horror (The Howling), de Joe Dante (EUA) (1981)
Halloween Ends, de David Gordon Green (EUA)
Mantícora, de Carlos Vermut (Espanha)
Nanny, de Nikyatu Jusu (EUA)
Nightsiren, de Tereza Nvotová (Eslováquia/República Tcheca)
Oldboy, de Park Chan-Wook (Coreia do Sul) (2003)
Piggy, de Carlota Pereda (Espanha/França)
Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/França/Brasil)
Priscilla, a Rainha do Deserto, de Stephan Elliott (Austrália) (1994)
Shortbus, de John Cameron Mitchell (EUA) (2006)
Solitário (Lonesome), de Craig Boreham (Austrália)
ITINERÁRIOS ÚNICOS
Amando Patricia Highsmith (Loving Highsmith), de Eva Vitija (Suíça/Alemanha)
Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca (Portugal)
Floresta Vermelho Escuro: Monjas Budistas no Tibet (Dark Red Forest), de Huaqing Jin (China)
Hallelujah: Leonard Cohen, A Journey, A Song, de Daniel Geller e Dayna Goldfine (EUA)
Jane Campion, A Mulher Cinema (Jane Campion, la femme cinéma), de Julie Bertuccelli (França)
Lynch/Oz, de Alexandre O Philippe (EUA)
Mambas: Guerreiras da Savana (Black Mambas), de Lena Karbe (Alemanha/França)
Maya (Maya and The Wave), de Stephanie Johnes (EUA/Brasil/Portugal)
Revelando Eadweard Muybridge (Exposing Muybridge), de Marc Shaffer (EUA)
Fotos: Jonathan Hession/20th Century Studios/Divulgação.