Notícias

Fique por dentro de tudo o que acontece no universo do cinema!

King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante, é o grande vencedor do 48º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor

camilocavalcantevencegramadoCinema pernambucano premiado em Gramado.

Foram anunciados neste sábado, 26/09, no Palácio dos Festivais, os vencedores da 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que este ano aconteceu em formato multiplataforma por conta da pandemia de Covid-19.

King Kong en Asunción, do cineasta pernambucano Camilo Cavalcante, foi eleito o melhor longa-metragem brasileiro deste ano pelo Júri Oficial, que foi presidido pela cineasta Sabrina Fidalgo. A produção levou mais três kikitos, entre eles, o de melhor ator para Andrade Júnior, que faleceu em maio do ano passado.

Já entre os longas estrangeiros, La Frontera, de David David, foi premiado com o kikito de melhor filme. Porém, o uruguaio El gran viaje al país pequeño, de Mariana Viñoles, levou quatro prêmios, entre eles, melhor longa segundo o júri popular.

Dirigido por Bernardo Ale Abinader, o curta amazonense O Barco e o Rio foi consagrado com cinco kikitos, entre eles, o de melhor filme segundo o júri popular e oficial. O pernambucano Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho, venceu em quatro categorias, entre elas, melhor atriz para Luciana Souza.

Isabél Zuaa, que já tinha levado o kikito de melhor atriz pelo curta gaúcho Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto, no Prêmio Assembleia Legislativa, que aconteceu na quarta-feira, foi premiada novamente. A atriz portuguesa se destacou por sua atuação no longa Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança.

A primeira edição multiplataforma do Festival de Cinema de Gramado, evento que acontece ininterruptamente há 48 anos, exigiu uma série de adaptações e desafios: “Nesta edição precisamos nos reinventar. Além de pensar no palco do cinema, na apresentação dos cerimoniais, foi preciso dirigir os programas do festival, que foram pensados para exibição na televisão e nas redes sociais. Precisamos ter um novo olhar para esse formato, foi um grande desafio”, contou Rubens Bandeira, que assinou direção artística da cerimônia de premiação.

Com transmissão pelo Canal Brasil, os vencedores foram anunciados pelas apresentadoras Marla Martins e Renata Boldrini. Os comentários no início e ao final da transmissão foram realizados por Simone Zuccolotto e Roger Lerina.

Além dos kikitos, prêmios em dinheiro também são entregues aos vencedores. Entre os longas brasileiros, o melhor filme recebe 25 mil reais e as demais categorias recebem R$ 2 mil. Já os estrangeiros, R$ 12 mil são entregues ao melhor filme e R$ 1,5 mil para os demais; o longa-metragem gaúcho recebe a quantia de R$ 5 mil; e entre os curtas brasileiros, o melhor filme recebe R$ 6,5 mil e as demais categorias ficam com mil reais.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Gramado 2020:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (PE)
Melhor Direção: Ruy Guerra, por Aos Pedaços
Melhor Ator: Andrade Júnior, por King Kong en Asunción
Melhor Atriz: Isabél Zuaa, por Um Animal Amarelo
Melhor Roteiro: Um Animal Amarelo, escrito por Felipe Bragança
Melhor Fotografia: Aos Pedaços, por Pablo Baião
Melhor Montagem: Me Chama Que Eu Vou, por Eduardo Gripa
Melhor Trilha Musical (empate): Todos os Mortos, por Salloma Salomão e King Kong en Asunción, por Shaman Herrera
Melhor Direção de Arte: Um Animal Amarelo, por Dina Salem Levy
Melhor Atriz Coadjuvante: Alaíde Costa, por Todos os Mortos
Melhor Ator Coadjuvante: Thomás Aquino, por Todos os Mortos
Melhor Desenho de Som: Aos Pedaços, por Bernardo Uzeda
Prêmio Especial do Júri: Elisa Lucinda, por sua atuação em Por que você não chora?
Menção Honrosa: Higor Campagnaro, por sua atuação em Um Animal Amarelo
Júri da Crítica: Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança (RJ)
Melhor Filme | Júri Popular: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (PE)

LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS

Melhor Filme: La Frontera, de David David (Colômbia)
Melhor Direção: Mariana Viñoles, por El gran viaje al país pequeño
Melhor Ator: Anibal Ortiz, por Matar a un Muerto
Melhor Atriz (empate): Daylin Vega Moreno e Sheila Monterola, por La Frontera
Melhor Roteiro: La Frontera, escrito por David David
Melhor Fotografia: El Silencio del Cazador, por Nicolas Trovato
Prêmio Especial do Júri: El gran viaje al país pequeño, de Mariana Viñoles (Uruguai)
Júri da Crítica: El gran viaje al país pequeño, de Mariana Viñoles
Melhor Filme | Júri Popular: El gran viaje al país pequeño, de Mariana Viñoles

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS
Melhor Filme: Portuñol, de Thais Fernandes (Porto Alegre)

CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader (AM)
Melhor Direção: Bernardo Ale Abinader, por O Barco e o Rio
Melhor Ator: Daniel Veiga, por Você Tem Olhos Tristes
Melhor Atriz: Luciana Souza, por Inabitável
Melhor Roteiro: Inabitável, escrito por Matheus Farias e Enock Carvalho
Melhor Fotografia: O Barco e o Rio, por Valentina Ricardo
Melhor Montagem: Você Tem Olhos Tristes, por Ana Júlia Travia
Melhor Trilha Musical: Atordoado, Eu Permaneço Atento, por Hakaima Sadamitsu e M. Takara
Melhor Direção de Arte: O Barco e o Rio, por Francisco Ricardo Lima Caetano
Melhor Desenho de Som: Receita de Caranguejo, por Isadora Torres e Vinicius Prado Martins
Prêmio Especial do Júri: Preta Ferreira, por sua atuação em Receita de Caranguejo
Júri da Crítica: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Melhor Filme | Júri Popular: O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader
Prêmio Canal Brasil: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)

CONEXÕES GRAMADO FILM MARKET
Melhor série brasileira: Lupita pelo mundo, de Petit Fabrik e Druzina Content
Melhor documentário brasileiro: Sementes: Mulheres Pretas no Poder, de Éthel Oliveira e Júlia Mariano

*Você acompanha a cobertura do CINEVITOR por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

*Clique aqui e assista ao nosso último programa especial sobre o Festival de Gramado no IGTV.

Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

68º Festival de San Sebastián: conheça os vencedores

por: Cinevitor

sansebastianvencedores2020Michel Franco entrega o prêmio de melhor direção para Dea Kulumbegashvili.

Foram anunciados neste sábado, 26/09, os vencedores da 68ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. O drama Dasatskisi (Beginning), de Dea Kulumbegashvili, recebeu a Concha de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, e ainda foi consagrado em outras três categorias.

O Júri Oficial foi presidido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino e contou também com: Joe Alwyn, ator britânico; Marisa Fernández Armenteros, produtora; Michel Franco, cineasta mexicano; e Lena Mossum, figurinista.

A cerimônia de premiação foi apresentada por Edurne Ormazabal e Juan Diego Botto, que agradeceram o apoio do público: “Cada edição do festival é, por definição, única e irrepetível, mas a deste ano tem sido ainda mais. Não houve festas e nem multidões, nem mesmo para sussurrar algo no ouvido de nossos companheiros de assento, e temos que dizer que nos comove com o comportamento exemplar do público. Obrigado pelo seu apoio incondicional”, comentaram.

O evento aconteceu de forma presencial, porém seguiu todos os protocolos de segurança por conta da pandemia de Covid-19. O cineasta francês Eugène Green, que estava com o filme Atarrabi & Mikelats, foi expulso pela organização do evento durante a apresentação do seu longa por se recusar a usar máscara.

O cinema brasileiro marcou presença nesta edição com Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, na mostra Horizontes Latinos; e Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, na seção New Directors.

Além dos filmes, o festival também presta homenagens a grandes nomes da sétima arte. O Prêmio Donostia foi entregue para o ator americano Viggo Mortensen; já o Zinemira Award foi para Sara Bilbatua, diretora de elenco.

Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 2020:

CONCHA DE OURO | MELHOR FILME:
Dasatskisi (Beginning), de Dea Kulumbegashvili (França/Geórgia)

CONCHA DE PRATA | MELHOR DIREÇÃO:
Dea Kulumbegashvili, por Dasatskisi (Beginning)

CONCHA DE PRATA | MELHOR ATRIZ:
Ia Sukhitashvili, por Dasatskisi (Beginning)

CONCHA DE PRATA | MELHOR ATOR:
Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang e Lars Ranthe, por Druk (Another Round)

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI:
Crock of Gold: A Few Rounds with Shane MacGowan, de Julien Temple (Reino Unido)

PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR ROTEIRO:
Dasatskisi (Beginning), escrito por Dea Kulumbegashvili e Rati Oneli

PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR FOTOGRAFIA:
Nakuko wa ineega (Any Crybabies Around?), por Yuta Tsukinaga

PRÊMIO NOVOS DIRETORES:
La última primavera (Last Days of Spring), de Isabel Lamberti (Holanda/Espanha)
Menção Especial: Gē shēng yuán hé màn bàn pāi (Slow Singing), de Xingyi Dong (China)

PRÊMIO HORIZONTES:
Sin señas particulares (Identifying Features), de Fernanda Valadez (México/Espanha)
Menção Especial: Las mil y una (One in a Thousand), de Clarisa Navas (Argentina/Alemanha)

PRÊMIO  ZABALTEGI-TABAKALERA:
A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos (Portugal)
Menção Especial: Domangchin yeoja (The Woman Who Ran), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)

JÚRI POPULAR | MELHOR FILME | CITY OF DONOSTIA:
The Father, de Florian Zeller (Reino Unido)

JÚRI POPULAR | MELHOR FILME EUROPEU | CITY OF DONOSTIA:
El agente topo (The Mole Agent), de Maite Alberdi (Chile/EUA/Alemanha/Holanda/Espanha)

PRÊMIO FIPRESCI:
Wuhai, de Zhou Ziyang (China)

IRIZAR BASQUE FILM AWARD:
Ane (Ane Is Missing), de David Pérez Sañudo (Espanha)
Menção Especial: Non Dago Mikel? (Where Is Mikel?), de Amaia Merino e Miguel Angel Llamas (Espanha)

SIGNIS AWARD:
Druk (Another Round), de Thomas Vinterberg (Dinamarca/Suécia/Holanda)

SEBASTIANE AWARD:
Falling, de Viggo Mortensen (Canadá/Reino Unido)

YOUTH AWARD:
Limbo, de Ben Sharrock (Reino Unido)

Foto: Montse Castillo.

Conheça os vencedores do Queer Lisboa 2020; Quebramar, de Cris Lyra, é premiado

por: Cinevitor

quebramarlisboa2020Curta brasileiro se destacou na programação.

Foram anunciados neste sábado, 26/09, os vencedores da 24ª edição do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer, que tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas.

O cinema brasileiro, que marcou presença com diversas produções, foi premiado na mostra competitiva de curtas-metragens com Quebramar, de Cris Lyra. O júri, formado por José Magro, Ricardo Barbosa e Rita Natálio, justificou a escolha: “Pelo mergulho no cuidado comunitário e reparador que conecta as vidas de jovens lésbicas de São Paulo. Um filme líquido atravessado pelas ocupações das escolas secundárias em 2015, pelo candomblé, pela música, pela ternura, e também pelo luto face a um Brasil despedaçado pela sua história política mais recente e pela violência colonial e racista que marca a sua fundação histórica”.

Entre os longas, Lingua Franca, de Isabel Sandoval, foi o grande vencedor. O filme foi escolhido pela singularidade e sutileza com que retrata uma realidade de vulnerabilidade e resistência, num contexto contemporâneo extremamente adverso.

Em comunicado oficial, a organização do evento destacou a presença do público: “Em um ano com dificuldades por conta da pandemia de Covid-19, o Queer Lisboa salienta a grande afluência de público, confirmando assim a vontade por parte dos espectadores em continuar a celebrar o cinema queer de forma presencial e também a crucial importância dos festivais de cinema, contrariando os números das salas de cinema comerciais”.

Conheça os vencedores do Queer Lisboa 2020:

MELHOR FILME | LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO
Lingua Franca, de Isabel Sandoval (EUA/Filipinas)

MELHOR FILME | LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO
Toutes les Vies de Kojin, de Diako Yazdani (França)

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Quebramar, de Cris Lyra (Brasil)
Menção Especial: Aline, de Simon Guélat (França/Suíça)

IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO
Why Do I Feel like a Boy?, de Kateřina Turečková (República Checa)

QUEER ART | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Santos, de Alejo Fraile (Argentina)
Menção Especial: Hiding in the Lights, de Katrina Daschner (Áustria/Itália/Espanha/Alemanha)

Foto: Divulgação.

48º Festival de Cinema de Gramado: conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas

por: Cinevitor

vencedoresgauchos2020gramadoIsabél Zuaa no telão: melhor atriz por Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto.

Realizada à distância pela primeira vez, a cerimônia de premiação do 17º Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas, do 48º Festival de Cinema de Gramado, foi apresentada por Roger Lerina e Marla Martins e contou com recursos tecnológicos para aproximar as equipes.

Transmitida ao vivo pelas redes sociais nesta quarta-feira, 23/09, direto do Palácio dos Festivais, os concorrentes nas categorias de melhor atriz, melhor ator, melhor direção e melhor filme aguardaram o resultado ao vivo, no telão.

O grande vencedor deste ano foi o curta Construção, de Leonardo da Rosa, que também levou os troféus de melhor direção e melhor montagem para André Berzagui e Arthur Amaral. O filme narra a história de Andréia, que depois de despejada de sua casa volta para a comunidade de Getúlio Vargas com seus filhos Augusto, Gustavo e Bruno e inicia, com a ajuda deles, a construção da casa própria.

Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto, venceu em três categorias: melhor ator para Mauro Soares, melhor atriz para Isabél Zuaa, que também participa do longa brasileiro em competição Um Animal Amarelo, e melhor fotografia para Luciana Baseggio. “Para mim, é muito importante estar perto do cinema brasileiro a esta altura. Fico muito agradecido e comovido por isso, o cinema brasileiro é de grande qualidade”, agradeceu Mauro Soares. Deserto Estrangeiro conta a história de um jovem brasileiro que recém começou a trabalhar em uma imensa floresta em Berlim, e é arrastado para um pesadelo envolvendo o passado colonial alemão quando tenta encontrar uma garota perdida na mata.

Este ano, foram 113 produções inscritas, de 17 cidades. A Comissão de Seleção composta pelo diretor e roteirista Lucas Cassales, pela produtora Tatiana Behar, pelo publicitário e servidor da Assembleia Legislativa Rafael Severo, pelo crítico Yuri Correa, e pela produtora Gisele Hiltl foi a responsável por escolher os 19 concorrentes que foram exibidos no serviço de streaming do Canal Brasil.

Já o júri formado pelo jornalista, crítico e pesquisador Adriano Garret, pela cineasta e professora universitária Karla Holanda, pelo produtor executivo Fernando Dias, pela atriz, educadora e presidenta da Academia Paraibana de Cinema, Zezita Matos e pela produtora cultural e diretora do Icumam Cultural e Instituto, Maria Abdalla, teve a responsabilidade de escolher os vencedores da noite.

A emoção extra ficou por conta dos depoimentos de nomes como o do fotógrafo e diretor de cena Gilberto Perin, do cineasta Boca Migotto, do ator Sirmar Antunes, do montador Giba Assis Brasil, do cineasta José Pedro Goularte, do ator Werner Schünneman, do cineasta e roteirista Jorge Furtado e da jornalista e produtora cultural Alice Urbim. O ator e locutor, João França, que faleceu em março, foi lembrado por ajudar a organizar a categoria no Rio Grande do Sul e também, pela sua generosidade recebeu uma homenagem especial in memoriam.

Conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas Metragens 2020:

Melhor Filme: Construção, de Leonardo da Rosa (Pelotas)
Melhor Ator: Mauro Soares, por Deserto Estrangeiro
Melhor Atriz: Isabél Zuaa, por Deserto Estrangeiro
Melhor Direção: Leonardo da Rosa, por Construção
Melhor Roteiro: Desencanto, escrito por Richard Tavares
Melhor Fotografia: Deserto Estrangeiro, por Luciana Baseggio
Melhor Montagem: Construção, por André Berzagui e Arthur Amaral
Melhor Direção de Arte: Sopa Noir, por Alice Sperb e Thiago Dorsch
Melhor Música (Trilha Sonora): Magnética, por Valmor Pedretti
Melhor Edição de Som (Desenho de Som): Letícia Monte Bonito 04, por Gabriel Portela
Melhor Produção Executiva: Lacrimosa, por Matheus Heinz
Prêmio da Crítica: Fragmentos ao Vento 1945, de Ulisses Da Motta (Porto Alegre)
Menção Honrosa: Construção, de Leonardo da Rosa
Prêmio Especial do Júri: O que Pode um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Bagé)

Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Fazendo Meu Filme, livro de Paula Pimenta, será adaptado para o cinema

por: Cinevitor

paulapimentalivrofilmenovoSucesso nas livrarias e nas telonas!

Depois do sucesso de Cinderela Pop, com Maisa Silva, a Galeria Distribuidora anuncia a aquisição dos direitos para a adaptação cinematográfica de outro livro de Paula Pimenta: Fazendo Meu Filme – A Estreia de Fani. Com produção da Panorâmica e coprodução e distribuição da Galeria Distribuidora, as filmagens estão previstas para 2021.

Com mais de 250 mil cópias vendidas, a obra é sobre uma adolescente igual a tantas outras. Fani adora suas amigas, precisa estudar para passar de ano na escola, vive apaixonada e é louca por cinema. Um dia, porém, é convidada a fazer um intercâmbio cultural e vê sua vida mudar completamente.

“O público infantojuvenil tem um grande potencial comercial e é parte significativa das estratégias da empresa. Nosso objetivo é continuar apresentando histórias que cativem os adolescentes; como aconteceu com Cinderela Pop, outro livro da Paula que virou filme com a gente e fez muito sucesso”, explica Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora.

“Estou muito empolgada para ver ‘Fazendo Meu Filme’ transformado em longa, por vários motivos! Dos livros que já escrevi, esse é o meu queridinho, por ser o meu primeiro romance e também pela história ter sido um pouco inspirada na minha própria vida”, comenta Paula Pimenta. “Além disso, meus leitores pedem para ver o livro nas telas desde que o lancei, há 12 anos, e agora finalmente vou poder atender esse desejo deles! Para completar, a Fani, personagem principal, é louca por cinema e com certeza iria ficar muito feliz de ver sua própria história ganhando as telas.”

Fazendo Meu Filme se desdobrou em série literária, composta por outras três histórias, e vendeu mais de 870 mil livros. O elenco e a equipe técnica, entre outros detalhes do longa, serão divulgados nos próximos meses pela Galeria Distribuidora.

Foto: Reprodução/Facebook.

Mostra Tiradentes | SP 2020: filmes, debates virtuais e homenagem ao coletivo Filmes do Caixote

por: Cinevitor

filmesdocaixotetiradentesColetivo paulista Filmes do Caixote: sessões especiais dos trabalhos do grupo.

A oitava edição da Mostra Tiradentes | SP acontecerá entre os dias e 7 de outubro, de forma gratuita, graças a parceria entre a Universo Produção e o Sesc SP, com um panorama do cinema brasileiro contemporâneo.

O evento elegeu como tema A Imaginação como Potência, mote que também norteou a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O objetivo é dar sequência e ampliar com novas vozes e olhares as reflexões e discussões iniciadas em janeiro na cidade mineira. A Mostra acontecerá no formato digital, por conta da pandemia de Covid-19, e poderá ser acessada pelos sites do Sesc e do evento.

A temática foi proposta pelo curador Francis Vogner dos Reis para reforçar que, mesmo numa época de dúvidas, o cinema brasileiro vive um momento de absoluta efervescência criativa e de recepção. O tema foi definido em janeiro, portanto, antes do cenário de pandemia que estamos vivendo, mas o enfoque está mais atual do que nunca. Francis destaca: “O que emerge na atual produção no país é o desejo de interpretar nossa experiência hoje, de projetar caminhos possíveis, de provocar imagens que nos remetam a uma perspectiva sobre o passado tendo em vista não só um olhar original sobre fraturas sociais e políticas, mas também uma superação destas num desejo de futuro. Existem filmes, documentários e ficções, que olham o presente e colocam as coisas em termos históricos, atentando para o mundo como ele é e se questionando como ele poderia ser”.

Na Mostra A Imaginação como Potência serão exibidos filmes que saíram vencedores da 23ª Mostra Tiradentes, como: Até o Fim, de Ary Rosa e Glenda Nicácio e A Parteira, de Catarina Doolan, eleitos melhor longa e curta pelo júri popular; além do longa Yãmĩyhex: as mulheres-espírito, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, vencedor do Prêmio Carlos Reichenbach, entregue ao melhor filme da Mostra Olhos Livres eleito pelo Júri Jovem. Os curtas A Felicidade Delas, de Carol Rodrigues; Inabitáveis, de Anderson Bardot; O Verbo Se Fez Carne, de Ziel Karapotó; e Pattaki, de Everlane Moraes completam a programação da seção.

inabitaveistiradentesspCena do curta Inabitáveis, de Anderson Bardot.

Integra a programação da 8ª Mostra Tiradentes | SP a homenagem ao coletivo paulista Filmes do Caixote, com sessões especiais do trabalho do grupo. Formado por Caetano Gotardo, João Marcos de Almeida, Juliana Rojas, Marco Dutra e Sergio Silva, o Filmes do Caixote foi uma das mais notórias experiências de coletivo cinematográfico em São Paulo, criado na primeira década do século XXI quando despontavam também em outro estados coletivos fundamentais no cinema contemporâneo brasileiro, como a Teia, em Minas Gerais, e Alumbramento, no Ceará. “Esse fenômeno dos coletivos se viabilizou como uma produção artesanal que ia, inicialmente, na contramão do cinema incentivado por editais e que demandavam uma forma de trabalho e criação profissionalizadas (ou seja, industriais)”, comenta Francis Vogner dos Reis.

O início da atuação do coletivo inclui produções pequenas e experimentais realizadas em VHS, vídeo digital e película. Curtas marcados por empreitadas estéticas mais impressionistas do que discursivas, quase sempre performáticas e que levam em consideração a criação de formas a partir de uma exploração da câmera, fazendo dela mais um instrumento de poesia do que um meio de registro de realismo narrativo. Com diversos trabalhos que não responderam a um método único e a um sistema muito rígido de realização, a liberdade sempre foi a tônica desse conjunto de filmes e realizadores.

Fizeram muitos filmes de curta-metragem experimentais com aparato parcimonioso via coletivo assinando as obras individualmente, em dupla ou em grupo. No entanto, também filmaram longas e curtas pelos meios mais oficiais, como editais e coproduções, com aparato mais robusto e circulação internacional, nos quais seus integrantes exercem diversas funções nos filmes uns dos outros. Exemplo mais bem sucedido disto, Todos os Mortos, último longa do coletivo dirigido por Marco Dutra e Caetano Gotardo e com Juliana Rojas assinando a montagem, uma coprodução Brasil e França, que concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano.

Também se destaca a rede de colaboradores que tomam parte decisiva na história do Filmes do Caixote, como as atrizes Gilda Nomace, Helena Albergaria, Helena Ignez, o ator Eduardo Gomes, o fotógrafo Matheus Rocha, a produtora Sara Silveira, entre muitos outros produtores, atores, atrizes e profissionais técnicos.

trabalharcansatiradentesSPHelena Albergaria e Gilda Nomace em Trabalhar Cansa: exibido em Cannes.

“O trabalho da Filmes do Caixote nos coloca questões não só sobre o cinema contemporâneo, mas também sobre a produção paulista como um todo. Se historicamente São Paulo se notabiliza por uma produção de filmes realizada em um esquema industrial, é importante notar que as maiores e mais imaginativas contribuições estéticas no cinema realizado na cidade sempre vieram de pequenos grupos criativos que buscaram reinventar (ainda que provisoriamente) modos de criação. Do cinema marginal à Produtora Paraísos Artificiais, os celeiros de invenção mais efusivos surgem na contramão do esquemas de criação e trabalho mais hegemônicos”, define o curador.

O público poderá conhecer a trajetória do coletivo em filmes e debate na programação do evento. Dentre os filmes que integram a Mostra Homenagem está o longa Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra, curtas-metragens que marcaram a carreira dos cineastas, como Desculpa, Dona Madama, único filme dirigido por todos integrantes, e A Bela P…,  de João Marcos de Almeida e que teve participação de todos os membros como elenco ou trilha sonora. “Estamos muito felizes com a homenagem e acreditamos que é uma grande oportunidade para dar destaque a nossos curtas, que é como a gente se firmou”, comenta o coletivo.

A abertura da programação será no dia 1º de outubro, às 20h, na plataforma do Sesc. Uma performance audiovisual que apresentará a temática, a programação, a homenagem e o conceito do evento dá início as atrações da noite. Na sequência, o debate inaugural vai reunir os cinco integrantes da Filmes do Caixote, homenageados desta edição do evento.

A programação do dia se completa com a pré-estreia do filme Canto dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros. O longa foi eleito o melhor filme da Mostra Aurora pelo Júri Oficial da 23ª Mostra Tiradentes. Após o filme, será exibido um bate-papo com a equipe do longa.

Confira a lista completa com os selecionados para a 8ª Mostra Tiradentes | SP:

MOSTRA AURORA

Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso (CE)
Cadê Edson?, de Dácia Ibiapina (DF)
Canto dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros (CE/RJ)
Mascarados, de Marcela Borela e Henrique Borela (GO)
Natureza Morta, de Clarissa Ramalho (MG)
Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu, de Bruno Risas (SP)
Pão e Gente, de Renan Rovida (SP)
Sequizágua, de Maurício Rezende (MG)

MOSTRA FOCO

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Aos Cuidados Dela, de Marcos Yoshi (SP)
Calmaria, de CATAPRETA (MG)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Estamos Todos na Sarjeta, Mas Alguns de Nós Olham as Estrelas, de João Marcos de Almeida e Sergio Silva (SP)
Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (PE)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (RJ)
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)
Rancho da Goiabada, de Guilherme Martins (SP)

MOSTRA A IMAGINAÇÃO COMO POTÊNCIA

A Felicidade Delas, de Carol Rodrigues (SP)
A Parteira, de Catarina Doolan (RN)
Até o Fim, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (BA)
Inabitáveis, de Anderson Bardot (ES)
O Verbo se Fez Carne, de Ziel Karapotó (PE)
Pattaki, de Everlane Moraes (SE)
Yãmĩyhex: As Mulheres-espírito, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali (MG)

MOSTRA PAULISTA

Bonde, de Asaph Luccas
Carne, de Camila Kater
Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo
Mona, de Luíza Zaidan e Thiago Schindler
Três Bailarinas, de Leonel Costa

MOSTRA HOMENAGEM

A Bela P…, de João Marcos de Almeida (2008)
A Criada da Condessa, de Juliana Rojas (2006)
A vida do fósforo não é bolinho, gatinho, de Sergio Silva (2014)
As Sombras, de Juliana Rojas e Marco Dutra (2009)
Carne, de Sergio Silva (2008)
Choclo, de Caetano Gotardo (2015)
Desculpa, Dona Madama, de Filmes do Caixote (2013)
Eva Nil, Cem Anos Sem Filmes, de João Marcos de Almeida (2009)
Matéria, de Caetano Gotardo (2013)
Minha Única Terra é na Lua, de Sergio Silva (2017)
Nascemos hoje, quando o céu estava carregado de ferro e veneno, de Juliana Rojas e Marco Dutra (2013)
O Papel do Manto, de Sergio Silva (2009)
O que Se Move, de Caetano Gotardo  (2012)
Os Barcos, de Caetano Gotardo e Thaís de Almeida Prado (2012)
Rede de Dormir, de Marco Dutra (2009)
Sarau na cama, de João Marcos de Almeida e Sergio Silva (2008)
Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra (2011)

Foto: Leo Lara/Universo Produção/Divulgação.

Conheça os vencedores do 10º CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico

por: Cinevitor

cinefantasy5estrelasvenceLuciana Paes e Gilda Nomacce no curta 5 Estrelas, de Fernando Sanches.

Foram anunciados neste domingo, 20/09, em uma cerimônia virtual, os vencedores da 10ª edição do CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico, que foi criado com o objetivo de incentivar, debater e divulgar o cinema fantástico e seu universo; mas também, fomentar a reflexão e fortalecer os laços entre realizadores, produtores e distribuidores.

Com uma seleção de 140 filmes, entre longas e curtas de 30 países, o CINEFANTASY aconteceu em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19. Os filmes foram exibidos na plataforma Belas Artes À La Carte.

Nesta 10ª edição, o CINEFANTASY homenageou a atriz Gilda Nomacce, que tem mais de cem filmes na carreira, entre curtas e longas, como: Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra; Ausência, de Chico Teixeira; Trabalhar Cansa e As Boas Maneiras, da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra; Minha Única Terra é na Lua, de Sergio Silva; os recentes Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra; Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza; e os esperados Casa das Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, Adeus ao Comandante, de Sérgio Machado e Obsolência, de João Marcos de Almeida. A atriz também esteve presente na programação com o curta-metragem 5 Estrelas, de Fernando Sanches.

Conheça os vencedores do 10º CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico:

LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: A Mulher da Foto (Woman of the Photographs), de Takeshi Kushida (Japão)
Melhor Direção: Mercedes Moreira, por O Patalarga (El Patalarga)
Melhor Roteiro: A Voz do Pai (Az Úr Hangja), escrito por György Pálfi, Zsófia Ruttkay e Gergö V. Nagy
Melhor Ator: Samir Hauaji, por Cabrito
Melhor Atriz: Jazmir Stuart, por A Festa Silenciosa (La Fiesta Silenciosa)

CURTAS-METRAGENS

Melhor Curta | Amador: Náusea, de Thomas Webber (Brasil, PR)
Melhor Curta | Animação: O Peculiar Crime do Estranho Sr. Jacinto, de Bruno Caetano (França/Portugal)
Melhor Curta | Brasil Fantástico: 5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
Melhor Curta | Espanha Fantástica: Um Gostinho (A Little Taste), de Victor Català
Menção Honrosa | Espanha Fantástica: Maré (Mare), de Guiller Vázquez
Melhor Curta | Estudante: O Filho do Homem, de Fillipe Rodrigues (FAV/UFPA, Belém/PA)
Menção Honrosa | Estudante: O Repto, de Ana Carolina e Lays Kislley (Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – Projeto LuCa, Santa Luzia do Itanhy/SE)
Melhor Curta | Fantasia: Reflexo (Reflet), de Paul Guerin e François Guerin (França)
Melhor Curta | FantasTeen: O Poço (The Well), de Neal Dhand (República Tcheca)
Melhor Curta | Fantástica Diversidade: Polter, de Álvaro Vicario (Espanha)
Menção Honrosa | Fantástica Diversidade: Purpleboy, de Alexandre Siqueira (Portugal/França/Bélgica)
Melhor Curta | Ficção Científica: Eco, de Aitor de Miguel (Espanha)
Menção Honrosa | Ficção Científica: DAR(K)WIN Project, de Charles Mercier (França)
Melhor Curta | Horror: O Barbeiro (The Barber), de Sergiy Pudich (Ucrânia)
Menção Honrosa | Horror: Limbo, de Dani Viqueira (Espanha)
Melhor Curta | Mulheres Fantásticas: Lili, de Yfke Van Berckelaer (Holanda)
Menção Honrosa | Mulheres Fantásticas: O Presente (The Gift), de Jacintha Charles (EUA)
Melhor Curta | Pequenos Fantásticos: Lembrancinhas (Souvenir), de Cristina Vilches Estella (Espanha/Suíça)
Menção Honrosa | Pequenos Fantásticos: Robô (Bot), de Jing-Yu Wang (Taiwan)

PRÊMIO TANU DISTRIBUICION AMERICALATINA

Curta-metragem: Sobre Nossas Cabeças, de Susan Kalik e Thiago Gomes (Brasil, BA)
Longa-metragem: Terminal Praia Grande, de Mavi Simão (Brasil, MA)

PRÊMIO AIC

Melhor Curta | Amador: Náusea, de Thomas Webber
Melhor Curta | Estudante: O Filho do Homem, de Fillipe Rodrigues (FAV/UFPA, Belém/PA)

PRÊMIO AQUISIÇÃO ELO COMPANY: 5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
PRÊMIO CTAv: Sobre Nossas Cabeças, de Susan Kalik e Thiago Gomes
PRÊMIO MISTIKA: Sobre Nossas Cabeças, de Susan Kalik e Thiago Gomes

PRÊMIO INSTITUTO DE CINEMA

Curso Cinema Total em Casa: Sempre que Chove, de Pierre Rodrigues (AIC, São Paulo/SP)
Roteiro Avançado: Astro, de Flora Serra (Brasil, SP)
Cultura Fílmica: A Balada dos Anjos e Demônios, de Marcelo Domingues (Brasil, SP)
Oficina de Projetos: Sussurros, de Fabio Knoll (SP)
Horror no Cinema Brasileiro: Boar’s Road, de Jorge F. S. Neto (Brasil, SP)
Drácula no Cinema: O Toque dos Meus Lábios te Visita na Penumbra da Noite, de Caio de Santis (Brasil, SP)

Foto: Divulgação.

Dirigido por Caetano Gotardo e Marco Dutra, Todos os Mortos é exibido no 48º Festival de Gramado

por: Cinevitor

todososmortosdebate1Carolina Bianchi e Mawusi Tulani em cena.

A segunda noite da 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que este ano acontece em formato multi plataforma e com exibição no Canal Brasil, começou com os curtas Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho, e Subsolo, de Erica Maradona e Otto Guerra. O longa estrangeiro deste sábado, 19/09, foi o colombiano La Frontera, de David David.

Dirigido por Caetano Gotardo e Marco Dutra, Todos os Mortos, que disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, foi exibido na mostra competitiva de longas brasileiros. No filme, ambientado em São Paulo entre 1899 e 1900, duas famílias, uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento, guiam a trama, que se passa onze anos após o fim do período escravista; passado recente que ainda mantém os decadentes Soares presos à ideia de superioridade e posse. O elenco conta com Mawusi Tulani, Clarissa Kiste, Carolina Bianchi, Thaia Perez, Agyei Augusto, Alaíde Costa, Leonor Silveira, Thomás Aquino, Rogério Brito, Andrea Marquee, Gilda Nomacce e Tuna Dwek.

Na manhã seguinte à exibição, integrantes da equipe participaram de um debate virtual comandado por Roger Lerina. Marcaram presença: Caetano Gotardo, um dos diretores; as atrizes Mawusi Tulani e Thaia Perez; e o compositor da trilha original e consultor de roteiro, Salloma Salomão.

Em sua apresentação, Gotardo falou sobre o problema que ocorreu na exibição do longa na noite anterior: “Infelizmente, ontem aconteceu um grave problema técnico na transmissão do filme. Eu acho importante deixar isso claro pra quem assistiu pela primeira vez nessa transmissão. Teve algum erro na compreensão do som para a TV. O som do filme não é como foi exibido. Muitas vezes os diálogos foram sobrepostos completamente pelos outros sons, pela música. O filme tem um trabalho de som muito delicado e tem uma narrativa sonora e musical importante. Mas, a maneira como ele foi exibido ontem não reflete o trabalho de som do filme. E isso prejudicou bastante a relação de algumas pessoas com o filme, pelo que a gente viu por meio de vários depoimentos. Além disso, os créditos finais foram acelerados. Não nos consultaram sobre isso, que também acho um profundo desrespeito com toda a equipe. Foi a primeira exibição do filme no Brasil e os créditos passaram em uma velocidade maior que o dobro. Existe uma canção nos créditos finais, composta pelo Salloma Salomão, que não tocou nem a metade. Foi impossível ler os nomes das pessoas que realizaram esse filme”.

Depois disso, Caetano contou sobre o início da ideia de Todos os Mortos: “O filme começou com uma ideia do Marco Dutra, que dirige e escreve comigo. Ele teve uma primeira ideia a partir de uma pesquisa que estava fazendo para outro projeto. Na nossa primeira conversa já ficou claro o que nos interessava em pensar nesse período histórico brasileiro: era no quanto víamos uma relação profunda entre aquele período e o período que estamos vivendo”.

todososmortosdebate2Debate virtual no Palácio dos Festivais em tempos de pandemia. 

Mawusi Tulani, que interpreta Iná Nascimento, falou sobre seu papel: “O que mais me encantou na minha personagem foi que realmente, até então pra mim, artista preta, nunca tinha sido apresentada a um personagem de época. Uma personagem que não passa só ao fundo. É uma personagem que tem algo a dizer, que traz sua subjetividade enquanto mulher preta. É uma mulher que quer mudar de vida. Conseguimos, de alguma maneira, introduzir no filme dados importantes da história da luta do povo preto. É extremamente gratificante fazer parte desse ponto de virada. A Iná traz uma nova experiência para dentro do cinema”.

O compositor Salloma Salomão fez um discurso importante e necessário durante a coletiva: “Tenho sido crítico dos filmes produzidos por uma elite branca brasileira, que sempre nos coloca, e também os indígenas, como materiais de estudo e exploração econômica e estética. Mas, raramente, os artistas da elite branca entram em contato direto conosco no corpo a corpo. Os filmes rendem prêmios, rendem visibilidade artística e intelectual, mas eles produzem uma leitura completamente distorcida da nossa presença política, econômica e, principalmente, cultural na formação do Brasil”.

E continuou, falando também de Todos os Mortos: “No meu entendimento, qual é a importância do filme do Caetano e do Marco? Eles produzem uma virada nessa produção de estereotipia, nessa máquina de deterioração da nossa construção, da nossa imagem. Ele desliga a chave da violência para conectarmos com experiências históricas, como os quatrocentos anos de dominação violenta do escravismo e da produção capitalista reacionária para uma alteração nessa historicidade. Ou seja, Caetano e Marco abrem uma janela temporal que nos permite ver os dez anos; ou entender esses anos de república que desaguam nessa coisa terrível, que atualmente é esse autoritarismo de barbárie que estamos vivendo. Nós tivemos autoritarismo o tempo inteiro, mas não nesse nível, que inclusive está atingindo a própria elite intelectual e artística branca. Caetano e Marco trazem uma nova sensibilidade. O filme é corajoso porque interpreta esse tempo de construção da modernidade reacionária brasileira a partir de São Paulo”.

*Você acompanha a cobertura do CINEVITOR por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

*Clique aqui e assista ao nosso segundo programa especial sobre o Festival de Gramado no IGTV, com entrevistas com a equipe do filme.

Fotos: Hélène Louvart, Dezenove Som e Imagens/Edison Vara, Agência Pressphoto.

Nomadland, de Chloé Zhao, é o grande vencedor do Festival de Toronto 2020

por: Cinevitor

nomadlandtoronto2020Frances McDormand em Nomadland, de Chloé Zhao: grande vencedor.

Foram anunciados neste domingo, 20/09, os vencedores da 45ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Conhecido como um termômetro para o Oscar, o festival, um dos mais importantes do mundo, entrega o prêmio de melhor filme para o longa mais votado pelo público. Neste ano, o drama Nomadland, de Chloé Zhao, se consagrou como o grande campeão.

Também premiado no Festival de Veneza, com o Leão de Ouro de melhor filme, o longa, protagonizado por Frances McDormand, conta a história de Fern, que parte na estrada com sua van depois de um colapso econômico em uma cidade na zona rural de Nevada. Na estrada, pelo oeste americano, ela passa a explorar a vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna.

Por conta da pandemia de Covid-19, a organização garantiu que as exibições presenciais estariam de acordo com os protocolos de segurança, respeitando o distanciamento social. Nos primeiros cinco dias, os filmes tiveram sessões físicas e a programação também apresentou exibições em drive-in. Pela primeira vez em sua história, o TIFF lançou uma plataforma digital para o festival com novas oportunidades de conexão com o público além de Toronto. Ao longo dos dez dias, a plataforma sediou exibições digitais, além de inúmeras palestras e eventos especiais. Os filmes elegíveis para o Prêmio do Público, tradicional e mais importante honraria do festival, foram exibidos em diversos cinemas drive-in e também de forma on-line.

Sobre a edição deste ano, Cameron Bailey, diretor artístico e codiretor do TIFF, disse: “Foi um ano que não esqueceremos tão cedo. A pandemia atingiu o TIFF fortemente, mas conseguimos manter nossa inspiração original: trazer o melhor do cinema para o público mais amplo possível e transformar a maneira como as pessoas veem o mundo através do cinema. Vimos como o público abraçou a capacidade do cinema de transportá-los através de telas de todos os tamanhos, juntando-se a nós virtualmente de todos o países, algo que nunca teríamos visto em anos anteriores. O TIFF cumpriu sua promessa de fornecer aos frequentadores do festival e à indústria uma programação impactante. Estamos muito orgulhosos”.

A diretora executiva do festival, Joana Vicente, também falou sobre a 45ª edição: “Os filmes e realizadores apresentados no festival deste ano deixaram-nos inspirados e emocionados. Em uma época em que o próprio futuro de nossa amada forma de arte era questionado devido às paralisações de produção, salas de cinema e cancelamentos de festivais, vimos uma tenacidade de espírito. Estamos entusiasmados com o fato de que 46% dos filmes exibidos este ano foram dirigidos, codirigidos ou criados por mulheres. Nos inspiramos na generosidade da indústria, que cedeu seu tempo para estar presente, virtualmente, em apoio ao festival”.

Além disso, o TIFF Tribute Actor Awards foi entregue para a atriz Kate Winslet e para o ator britânico Anthony Hopkins. A cineasta chinesa Chloé Zhao, grande vencedora deste ano, recebeu o TIFF Ebert Director Award, honraria que reconhece e homenageia um ilustre cineasta por sua excelente contribuição ao cinema. A diretora indiana Mira Nair recebeu o Jeff Skoll Award in Impact Media; o trompetista Terence Blanchard foi homenageado com o TIFF Variety Artisan Award; e a cineasta canadense Tracey Deer, de Beans, foi honrada com o TIFF Emerging Talent Award.

Apresentado pela Shawn Mendes Foundation, o Prêmio Changemaker 2020 foi concedido a um filme que abordava questões de mudança social. Enquanto isso, a Canada Goose abraçou a diversidade em todas as suas formas e definições, incluindo técnica e paixão que transporta a narrativa para a tela, e apresentou o Prêmio Amplify Voices aos três melhores filmes de cineastas sub-representados.

Entre os filmes desta edição, o cinema brasileiro estava representado por Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, que também foi selecionado para a edição especial do Festival de Cannes deste ano. No longa, Antonio Pitanga dá vida a Cristovam, um homem simples do interior que precisa mudar de cidade em busca de melhores condições de vida e trabalho. Porém, ele precisa se adaptar a uma realidade diferente daquela que estava acostumado, sofrendo com a solidão e o preconceito dos moradores locais.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Toronto 2020:

MELHOR FILME | People’s Choice Award
Nomadland, de Chloé Zhao (EUA)
2º lugar: One Night in Miami, de Regina King (EUA)
3º lugar: Beans, de Tracey Deer (Canadá)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | People’s Choice Documentary Award
Inconvenient Indian, de Michelle Latimer (Canadá)

PRÊMIO MOSTRA MIDNIGHT MADNESS | People’s Choice Award
Shadow In The Cloud, de Roseanne Liang (EUA/Nova Zelândia)

PRÊMIO CHANGEMAKER
Black Bodies, de Kelly Fyffe-Marshall (EUA/Canadá)

PRÊMIO AMPLIFY VOICES
Melhor Filme Canadense: Inconvenient Indian, de Michelle Latimer
Melhor Filme: The Disciple, de Chaitanya Tamhane (Índia) e La nuit des rois (Night of the Kings), de Philippe Lacôte (França/Costa do Marfim/Canadá/Senegal)
Menção Especial: Fauna, de Nicolás Pereda (México/Canadá) e Downstream to Kinshasa, de Dieudo Hamadi (Congo/Bélgica/França)

PRÊMIO IMDbPro | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Dustin, de Naïla Guiguet (França)
Melhor Filme Canadense: Benjamin, Benny, Ben, de Paul Shkordoff
IMDbPro Short Cuts Share Her Journey Award: Sing Me a Lullaby, de Tiffany Hsiung (Canadá/Taiwan)
Menção Honrosa: O Black Hole!, de Renee Zhan (Reino Unido)

PRÊMIO FIPRESCI
Beginning (Dasatskisi), de Dea Kulumbegashvili (Geórgia/França)

PRÊMIO NETPAC
Gaza mon amour, de Tarzan Nasser e Arab Nasser (Palestina/França/Alemanha/Portugal/Qatar)

Foto: Divulgação/Searchlight Pictures.

Por que Você Não Chora?, de Cibele Amaral, abre a 48ª edição do Festival de Gramado

por: Cinevitor

porquevcnchoragramado2020Elenco em cena: Bárbara Paz e Carolina Monte Rosa.

A 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado começou nesta sexta-feira, 18/09, em formato multi plataforma por conta da pandemia de Covid-19. Sem o evento presencial, as mostras competitivas são transmitidas pelo Canal Brasil e por streaming, no Canal Brasil Play. Pela TV, os espectadores podem acompanhar os longas-metragens brasileiros e estrangeiros e os curtas nacionais.

Com apresentação de Renata Boldrini e Marla Martins, direto do Palácio dos Festivais, a primeira noite contou com as exibições dos curtas 4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antonio Pereira, e Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela. O longa argentino El silencio del cazador, de Martin Desalvo, também foi exibido.

A competição de longas-metragens brasileiros começou com Por que Você Não Chora?, de Cibele Amaral. O filme aborda o delicado tema do suicídio: Jéssica, interpretada por Carolina Monte Rosa, é muito fechada; Bárbara, papel de Bárbara Paz, é uma bomba relógio. As duas se encontram quando, no estágio da faculdade de psicologia, Jéssica atende Bárbara. A convivência leva Jéssica a questionar sua vida vazia e sem significado. O elenco conta também com Cristiana Oliveira, Elisa Lucinda, Maria Paula, Priscila Camargo, Rodrigo Brassoloto, Erik Doria, Valentina Cysne e Luciana Martuchelli.

Em 2004, a cineasta Cibele Amaral participou do Festival de Gramado com o curta-metragem Momento Trágico e ganhou quatro kikitos, entre eles, o de melhor filme segundo o júri popular. Agora, de volta ao evento gaúcho, falou sobre a repercussão de seu novo filme: “A reação foi gigante. O festival é muito importante e, mesmo virtual, tem um poder grande”, disse durante o debate virtual, comandado por Roger Lerina.

Sobre a ideia do projeto, comentou: “A pesquisa começa pela minha formação. Sou psicóloga e faço terapia a vida inteira. A questão do transtorno de Borderline foi algo que me tocou, pois eu tenho traços, e na faculdade mesmo eu fui me autodiagnosticando. É importante eu dizer isso, até por causa do estigma. E eu dei muito trabalho aos meus psicólogos. Em determinado momento, percebi que queria falar sobre esse transtorno e não sabia como”. E completou: “É um filme que fala sobre a vontade de viver e de morrer”.

barbarapazpqvcnchoraBárbara Paz interpreta uma mulher com Transtorno de Personalidade Borderline.

Em entrevista realizada por e-mail, na sexta-feira, antes da exibição, conversamos com o produtor do longa, Patrick de Jongh, que também assina a trilha sonora original. Confira:

ABORDAGEM DOS TEMAS

“Tivemos muito cuidado para não tratar o tema de forma superficial. O filme passou por diversas consultorias e sofreu alterações importantíssimas antes de chegar a esse resultado. Foi discutido por um grupo de psicólogos que trabalha com prevenção ao suicídio. Não temos o fenômeno do gatilho no filme, o que é muito importante. E também não glamourizamos o tema. O filme é uma oportunidade para debater, sem tabus, o sofrimento psíquico e a saúde mental. Cibele é psicóloga e eu vi o quanto ela estava preocupada em tratar este tema tão delicado da forma mais madura e autêntica possível”.

ELENCO

“Eu fiz questão de trazer a Elisa Lucinda para o elenco. Sempre gostamos muito do trabalho dela e do que ela tem a dizer como artista. Foi uma contribuição minha. A Cibele sempre quis a Carolina e a Bárbara nos papeis principais e eu acho que elas foram as escolhas perfeitas. Elas estão muito bem. A preparação do elenco foi feita pela própria diretora. Além dessas atrizes, temos a Cristiana Oliveira, que foi genial como a professora Do Carmo. A atuação dela traz muita credibilidade para o papel. Maria Paula, que é psicóloga na vida real, atuou como uma das psicólogas do filme e também está ótima. Priscila Camargo faz a ‘vilã’ na trama; é uma atriz experiente e talentosa, que não precisa dizer muito para transmitir uma carga muito grande de emoções”.

TRILHA SONORA

“A trilha é muito importante no filme. Ela revela um lado oculto da protagonista, um lado sombrio. Além disso, tem canções que são como um grito de mulheres que estão fartas da opressão machista. As vozes são todas femininas. Mas tem momentos em que entram músicas com letras bem machistas, cantadas por homens, e que servem – propositadamente – para mostrar como a nossa sociedade está impregnada por isso. Esse é o mundo no qual a protagonista vive, um mundo machista com músicas que objetificam a mulher”.

REPERCUSSÃO

“Gramado é uma vitrine da produção nacional, é muito importante. O filme está nascendo hoje, e já conseguimos perceber o tamanho do interesse que as pessoas possuem para conferir essa história e isso já é muito gratificante! O público quer falar sobre saúde mental, é um assunto urgente, que ganhou ainda mais força em meio a esse quadro mundial de pandemia no qual estamos todos vivendo. Esse momento fez a nossa atenção se voltar para todas essas questões emocionais, psicológicas e afetivas. Estamos mais sensíveis e suscetíveis a uma série de circunstâncias e chegou a hora de desmistificarmos esses assuntos, sem partir para a glamourização. E eu acho que o fato do filme ser lançado nesse momento carrega um valor muito especial. Nossa expectativa é que ele cresça, que tenha vida longa e que alcance seu público. O cinema nacional também atravessa uma crise e o reconhecimento das nossas obras por parte do público, da imprensa e dos veículos de difusão é vital”.

*Você acompanha a cobertura do CINEVITOR por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

*Clique aqui e assista ao nosso primeiro programa especial sobre o Festival de Gramado no IGTV.

Foto: Divulgação/O2 Play.

43º Festival Guarnicê de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

noocodotempoguarniceHipolito Lucena no curta No Oco do Tempo, de Antonio Fargoni.

Foram anunciados, pela Universidade Federal do Maranhão, os selecionados para a 43ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 14 e 21 de outubro, em formato híbrido com transmissão on-line pelas redes sociais e pela plataforma de streaming da Ufma.

Neste ano, a seleção conta com 51 títulos selecionados que resumem o melhor do cinema nacional na atualidade. Com isso, o público assistirá produções de alta qualidade técnica e conteúdos que vão despertar atitudes, provocar emoções e levar o internauta a novas narrativas sob o olhar diferenciado dos seus realizadores. O já tradicional evento acontece sempre em São Luís, capital do Maranhão.

A Mostra Competitiva Nacional de Longas terá nove filmes concorrentes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão e do Distrito Federal. A Mostra Competitiva Nacional de Curtas reunirá 23 filmes. Exclusivas para realizadores do Maranhão, haverá ainda as mostras maranhenses de curtas, que será disputada por 11 filmes estaduais, e a de videoclipes, com oito produções locais selecionadas para a competição. Por falta de quórum não acontecerão as Mostras Competitivas Maranhenses de Filmes Publicitários, Curtíssima e de Longas.

A pró-reitora de Extensão e Cultura, Zefinha Bentivi, destacou que os filmes locais e nacionais foram selecionados após uma rigorosa avaliação técnica da equipe de curadores: “Após criterioso trabalho técnico, a equipe da curadoria definiu os 51 filmes das mostras competitivas do 43º Guarnicê. Atendendo a uma orientação do reitor Natalino Salgado, realizaremos uma programação híbrida, com transmissão online dos filmes pela plataforma digital da Ufma. A abertura e o encerramento do festival será em formato do cinema drive-in, na Concha Acústica da Cidade Universidade Dom José Delgado”, afirmou.

O time de curadores foi formado por Carlos Benalves, Danielle Bertolini, Marla Silveira, Miguel Garcia, Maira Rocha e Marcus Lavarda. O júri da Mostra Nacional Competitiva contará com José Fernando Peixoto de Azevedo, Carol Benjamin e Sabrina Fidalgo; já a Mostra Maranhense terá Dida Maranhão, Stella Lindoso e Taciano Brito no júri.

Para esta edição, serão exibidos três filmes de abertura: O Paciente – O Caso Tancredo Neves, de Sergio Rezende; Selvagem, de Diego Costa; e Três Verões, de Sandra Kugot. Além disso, pelo menos doze ações formativas farão parte do evento: 6 oficinas, 3 master classes e 3 webnários, que serão realizados no canal do YouTube e na plataforma da AIC, Academia Internacional de Cinema.

E mais: o festival homenageará a importância da atuação dos profissionais de saúde durante a pandemia e também grandes nomes que fizeram parte da história do evento, como: o ator Othon Bastos, a atriz Dida Maranhão, o desenhista industrial Ezequiel Filho, e o ator e professor Luiz Pazzini.

Conheça os filmes selecionados para o 43º Festival Guarnicê de Cinema:

LONGAS NACIONAIS

A MULHER DA LUZ PRÓPRIA, de Sinai Sganzerla (SP)
A NOSSA BANDEIRA JAMAIS SERÁ VERMELHA, de Pablo Lopez Guelli (SP)
DIGA MEU NOME, de Juliana Chagas Gouveia (RJ)
NEGRO EM MIM, de Macca Ramos (SP)
SERTÂNIA, de Geraldo Sarno (CE)
SERVIDÃO, de Renato Barbieri (DF)
SOLDADOS DA BORRACHA, de Wolney Oliveira (CE)
TERMINAL PRAIA GRANDE, de Mavi Simão (MA)
VIDAS BARRADAS, de Cid Faria (DF)

CURTAS NACIONAIS

A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO, de Zefel Coff e William Alves (DF)
A VOLTA PARA CASA, de Diego Freitas (SP)
AÇAÍ, de André Cantuária (AP)
AMANHÃ, de Aline Flores e Alexandre Cristófaro (SP)
APERTO, de Alexandre Estevanato (SP)
AS VIAJANTES, de Davi Mello (SP)
BAILE, de Cíntia Domit Bittar (SC)
BARCO DE PAPEL, de Thais Scabio (SP)
DEPOIS, de Marcello Quintella e Boynard (RJ)
MOCINHO E BANDIDO, de Guto Bozzetti (RS)
MUCUNÃ, de Carol Correia (PE)
NEGUINHO, de Marçal Vianna (RJ)
NO OCO DO TEMPO, de Antonio Fargoni (PB)
O BALIDO INTERNO, de Eder Deó (PE)
OSMILDO, de Pedro Daldegan (DF)
PEGA-SE FACÇÃO, de Thais Braga (PE)
QUANTO PESA, de Breno Nina (MA)
RATOEIRA, de Romulo Sousa (AM)
RISCADOS PELA MEMÓRIA, de Alex Vidigal (DF)
SANGRO, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR (SP)
SEREMOS OUVIDAS, de Larissa Nepomuceno (PR)
TEORIA SOBRE UM PLANETA ESTRANHO, de Marco Antonio Pereira (MG)
TERCEIRO ANDAR, de Deuilton B. Júnior (PE)

CURTAS MARANHENSES

3X MELHOR, de Andriolli Araújo
ANASTÁCIO, O VAGABUNDO, de Jean Goldenberg-Boás
CABOCLO DE PENA, de Calu Zabel, Gabriel Gutierrez e Paula Porta
CICATRIZES, de Nadson Paixão e Jhonzzy
COLIDIREMOS, de George Pedrosa
DEVANEIO, de Lucas Pessuti
ÉRAMOS TRÊS, de Fernando Braga
ESPERANÇA 1770, de Carmen Kemoly
PRINCESA DO MEU LUGAR, de Pablo Monteiro
QUERIDA!, de Geovane Camargo
VÍTOR, de Josh Baconi

VIDEOCLIPES MARANHENSES

BATIDÃO , de ENME
CAMBURÃO, de CARMEN KEMOLY e KARMA
DEIXA, de JEFFERSON CARVALHO
INTELECTO DE QUEBRADA, de CARMEN KEMOLY
KILLA, de ENME
LÁ FORA, de JEFFERSON CARVALHO
UMA NOITE, de JEFFERSON CARVALHO
VOCÊ BAGUNÇOU COMIGO, de YHAGO SEBAZ e ALLVDIN

MOSTRA OTHON BASTOS

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, de Glauber Rocha
O PACIENTE – O CASO TANCREDO NEVES, de Sérgio Rezende
O ÚLTIMO CINE DRIVE-IN, de Iberê Carvalho

MOSTRA MULHERES

ALFAZEMA, de Sabrina Fidalgo
AMORES DE CHUMBO, de Tuca Siqueira
AS MIL MULHERES, de Rita Toledo
CARNAVALHA, de Áurea Maranhão e Ramusyo Brasil
O HOMEM QUE RI, de Rose Panet
PI’Õ RÓMNHA MA’UBUMRÕI’WA – MULHERES XAVANTES COLETORAS DE SEMENTES, de Danielle Bertolini

MOSTRA CINEMA NÃO TEM IDADE

AMANHECENDO CICATRIZES, de Nelson Brauwers, Juarez Braga Zamberlan, Ivânio Dalagno e Valdinei de Vargas
DITADURA ROXA, de Matheus Moura
GAZ, de Helen Lopes
HOJE SOU FELICIDADE, João Luís e Tiago Aguiar
PELOS CORREDORES DE NOSSA CASA, de Bárbara Ferreira, Lipe Canêdo e Ricardo Murad
SORRISO, de J.C Oliveira

MOSTRA AP43

A GRÁVIDA DA CINEMATECA, de Christian Saghaard
AP43 LABS – ESTUDOS DE CENAS, de Nara Sakarê
AP43 – NARA SAKARÊ E O TRABALHO DE PREPARAÇÃO DO ATOR
CYLENE

MOSTRA ESCOLA DE CINEMA DO IEMA

A ESPERA, de Bruno Guerra e Jô Brandão
ALICES, de Isis Reis
ARTISTA DE RUA, de Renan Brandão
CARTA VERMELHA, de Josh Baconi e Nat Maciel
CONFIA EM MIM, de Luiza Travassos
CONSUMO-ME, realizado pela II Turma da Escola de Cinema IEMA
ESTATÍSTICA(S), de Nádia Maria
FAMÍLIA PERFEITA, de Wêrany Portugal
MARGEM, de Namíbya Aick
NAMORADEIRA, de Nayza Soares
O MÉTODO, de Bruno Guerra
OFF LIFE, de Valéria Veluz
OLHO QUE NÃO QUER VER, de Matheus Khrystian
QUAL SEU GRANDE SONHO?, de Guilherme Verde e Érico Alessandro
REC “POR TRÁS DAS LENTES”, de Isis Reis
SERÁ QUE ELA VOLTA?, de Isis Reis
TRAÇOS, de Bruno Guerra
VOCÊ É DIFERENTE, de George Pedrosa

Foto: Divulgação/Cinema Instantâneo.

Exclusivo: confira uma cena de Aos Olhos de Ernesto; filme já está disponível nas plataformas digitais

por: Cinevitor

aosolhosdeernestocenaexclusivaJorge Bolani e Jorge d’Elia em cena.

Com estreia programada para abril deste ano, Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, teve sua estreia adiada por conta da pandemia de Covid-19. Agora, o longa foi lançado nesta quinta-feira, 17/09, nas plataformas Net Now, Vivo Play e Oi Play e também será exibido no Canal Brasil.

Além disso, seguindo as orientações do protocolo de segurança, o filme também entra em cartaz no Rio de janeiro, no drive-in Cinesystem; em Brasília, na sala Cineflix JK; e em Belém, no cinema Moviecom. Protagonizado pelo ator uruguaio Jorge Bolani, o longa é uma produção da Casa de Cinema de Porto Alegre e tem distribuição da Elo Company.

Premiado pela crítica na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Aos Olhos de Ernesto também recebeu os prêmios de melhor filme pelo público e melhor ator, para o uruguaio Jorge Bolani, no 23º Festival Internacional de Cine de Punta del Este.

O longa teve sua estreia mundial em outubro no 24º Festival Internacional de Busan, na Coreia do Sul, o maior festival de cinema da Ásia, na categoria World Cinema. Muito bem recebido em terras asiáticas, foi considerado “ao mesmo tempo, bem-humorado, poético, sério e comovente”.

Com recepção similar por aqui, Aos Olhos de Ernesto foi laureado pela crítica da Mostra de São Paulo justamente “por tratar a solidão de maneira realista, sem abrir mão do humor e por apostar, com segurança, num estilo narrativo que dialoga tanto com cinéfilos, quanto com amplas plateias”. O longa também já foi exibido na Mostra Latina do Festival do Rio e no 41º Festival de Havana.

Na trama, a solidão, a amizade, o amor e as redescobertas na terceira idade permeiam a história de Ernesto, vivido pelo ator uruguaio Jorge Bolani, do filme Whisky. Aos 78 anos, o personagem, ex-fotógrafo uruguaio, se depara com uma crescente cegueira e as limitações diversas que acompanham a avançada idade. Viúvo e pai de filho único, Ramiro, papel de Julio Andrade, que vive longe, Ernesto ressignifica sua vida e os padrões da velhice ao conhecer a jovem Bia, interpretada por Gabriela Poester, que o ajuda, até mesmo a reencontrar um grande amor.

Também estão no elenco: Jorge d’Elia, como Javier, o vizinho de Ernesto; Glória Demassi, que vive Lucía, o amor uruguaio do protagonista; e as participações de Mirna Spritzer, Áurea Baptista, Janaína Kremer, Celina Alcântara e Marcos Contreras.

Escrito por Ana Luiza, em parceria com Jorge Furtado, o roteiro passou por laboratórios de desenvolvimento e teve consultoria do escritor cubano Senel Paz, autor de Morango e Chocolate. Entre diversos aspectos e processos de criação do filme, a mescla de várias culturas e o uso do portunhol são marcas do projeto.  A proximidade cultural entre as cidades do sul do Brasil, Uruguai e Argentina estão presentes na obra através da música, da língua e da literatura.

A história de Ernesto foi inspirada na vida do fotógrafo italiano Luigi Del Re: “O personagem surgiu a partir da história dele, fotógrafo italiano que vivia em Porto Alegre, e que com a idade e avanço da cegueira já não conseguia mais se corresponder com a irmã, que morava na França”, conta a diretora e roteirista. “Em homenagem a Luigi, usamos na direção de arte as suas fotos e equipamentos de filmagem para compor o universo de Ernesto e seu apartamento. Mas Ernesto não é só Luigi: é um pouco de nossos pais, e de nós mesmos”, complementa a cineasta.

Confira, com exclusividade no CINEVITOR, uma cena de Aos Olhos de Ernesto que mostra o hilário embate entre os personagens de Jorge Bolani e Jorge d’Elia, que enquanto jogam uma partida de xadrez disputam quem tem o pior exame de sangue:

Foto: Divulgação/Elo Company.