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II Cine Caatinga: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

lamentoforcatravesticaatingaCena do curta experimental pernambucano Lamento de Força Travesti.

A segunda edição do Cine Caatinga – Experiências Audiovisuais no Sertão reunirá diversas produções realizadas desde grandes centros do semiárido até rincões. Além de promover a produção audiovisual, o festival estimula a disseminação de informação e iniciativas de preservação do bioma Caatinga, apresentando a região a partir da visão dos próprios produtores locais, principalmente.

Neste ano, 112 títulos foram inscritos e a curadoria foi formada por Thiago Rocha e Wllyssys Wolfgang. Em formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, o festival reservou parte dos recursos para que fossem garantidos uma verba de duzentos reais a cada um dos selecionados, independentes de serem premiados ou não com o troféu. Além da geração de renda, o recurso estimula a movimentação da economia pelo semiárido.

A programação contará também com atividades paralelas, como as oficinas ministradas por Robério Brasileiro e Cristiane Crispim. E mais: o site do festival destinou um espaço/ para apresentar produtos produzidos por caatingueiros. Assim, pessoas de outras regiões que queiram adquirir produtos ou serviços poderão entrar em contato através dos links disponibilizados em Loja Caatinga.

Os vencedores do Cine Caatinga recebem o Cabrito Dourado, uma homenagem ao animal que tanto representa o Vale do São Francisco, que tem o maior rebanho de caprinos no Brasil. O artista plástico Emerson Silva elaborou cada um dos onze troféus que serão entregues para as produções escolhidas pelo público e pelo júri especializado.

Conheça os filmes selecionados para o II Cine Caatinga:

FICÇÃO

As Lágrimas de uma Rosa, de Beatriz Rodrigues Schneiter e Ana Valéria Gomes (PE)
No Oco do Tempo, de Antonio Fargoni (PB)
Nuvem Negra, de Flávio Andrade (PE)
O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira (PE)
Rocha, de Bianca Rocha (PB)
Ser Tão Nossa, de Antonio Fargoni (CE)
Sert’Aninha, de Beatriz Granja, Iara Bispo e Ramila Silva (BA)
Ultravioleta, de Dhiones do Congo (PB)

DOCUMENTÁRIO

Ainda Lutamos: Serra dos Campos Novos, de Meire Souza (BA)
Desyrrê, de Oficina Documentando (PE)
Eu Não Vou ao Enterro de Painho, de Leandro Lopes (BA)
Jovens na Luta – Relatos sobre a Escola de Formação da Juventude Rural, de Mayane Cristina do Santos e Renilson da Silva (BA)
Meia Lata D’água ou Lagarto Camuflado, de Plínio Gomes (BA)
Nena Cajuína, de Almir Guilhermino (PE)
O Som dos Pés, de Tayho Fulni-ô (PE)
Pequenas Considerações Sobre o Espaço-Tempo, de Michelline Helena (CE)
Precisamos Falar Sobre HIV, de Anderson Santana (PB)
Quilombo Urbano Maloca, de Maria Aparecida Conceição Nunes (SE)
Samba de Véio Cultura, Historia e Juventude, de Marcos Paulo da Conceição Santos (BA)
Tamanco, de Cauê Rocha (PE)
Vazão, de Cecília Assy e Marcia Rezende (BA)
Você Conhece Derréis?, de Veruza Guedes (PB)

ANIMAÇÃO

Assum Preto, de Bako Machado (PE)
Maria Quitéria Honra e Glória, de Michel Jackson Nery (BA)
#Turismo_Selvagem, de Direção Coletiva (PE)
Uma Aventura na Caatinga, de Laercio Filho (PB)

EXPERIMENTAL

Água para Todos, de Vozes da Providência (CE)
Alumiados, de Fernanda Mattos, Jayanne Rodrigues, Lucas Oliveira, Nathalia Carvalho e Priscilla Souza (BA)
Aquela Sanfona Vive – Uma Homenagem a Dominguinhos, de Gustavo Luis de Araujo Barros Sá (PE)
Aquele Infindável Mês de Agosto, de R.B. Lima (PB)
As Árvores Sabem, de Bruno Brasileiro e Caic Rani (CE)
Carta ao Pai, de José Lírio Costa (PE)
Corpo em Suspensão, de André Vitor Brandão (PE)
Doze Moedas, de Fernando Pereira (PE)
Lamento de Força Travesti, de RENNA (PE)
No Meu Quarto tem Poesias, Memórias, Sabedoria e Cultura Popular, de Cleiton Vieira e Granja Victor Douglas (PE)
Projétil, de Marx Braga (CE)
Sensações, de Madame Voodoox (PE)
Tempo ao Sol, de José Lirio Costa e Thom Galiano (PE)

CONVIDADOS ESPECIAIS

Às Moscas, de Wayner Tristao (BA)
As Coxinhas de Jesus, de Marcos Velasch (BA)
Dilacerada, de Hertz Félix (BA)
Entardecer da Vida, de Hertz Félix (BA)
Necropolis, de Ítalo Oliveira (BA)
O Experimento, de Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang (SP)

Foto: Divulgação.

Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero anuncia edição especial e on-line

por: Cinevitor

elaandardecimarecifestMarcélia Cartaxo e Raquel Rizzo no curta Ela que Mora no Andar de Cima.

O Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, que geralmente acontece no Recife, no Cinema São Luiz, realizará uma edição especial em formato on-line. Com apoio da Lei Aldir Blanc, o evento, que não aconteceu no ano passado por conta da pandemia de Covid-19, contará com filmes e atividades paralelas entre os dias 26 e 31 de março.

Nesta edição virtual e gratuita, serão 29 curtas-metragens que estarão disponíveis para visualização e votação popular por cinco dias. Além disso, a programação contará também com o longa cearense convidado Canto dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros, grande vencedor da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Para este ano, a curadoria do Recifest, formada por Anti Ribeiro, Felipe André Silva e Labelle Rainbow, convidou filmes para estimular sensações, acessar outros tempos e repensar impossibilidades. Os curtas estarão divididos em sessões temáticas: Bugs São Efeitos Não Defeitos, Breve Narrativa de Sonho, Pairando em Segredo, Só Estou Aqui Porque Já Fui Embora Faz Tempo e Portais Abertos no Quintal de Casa.

Durante uma coletiva de imprensa virtual do festival, Felipe André Silva falou sobre o trabalho de curadoria: “Quando o convite foi feito, a proposta era que não teríamos uma curadoria tradicional, no sentido de não ter abertura de seleção para os filmes. Então, seria um processo de garimpo, que é algo que eu gosto. É sempre curioso ter que adequar essa busca a uma lógica sobre o que o festival propõe como tema. Tivemos a liberdade de entender qual seria a temática. Percebemos que os filmes ditariam muito do que a gente queria falar. Começamos a pensar nesse lugar quase de estado de letargia, talvez não política, mas espiritual; um desejo de movimentação muito forte, mas também uma falta de esperança que não pode ser ignorada”.

E completou: “Focamos em filmes que tentavam falar de mundos possíveis ou estilhaçar esses mundos que vivemos. Filmes experimentais e de videoarte foram muito presentes esse ano, mas ao mesmo tempo, tivemos uma forte presença de filmes em que as narrativas são essenciais e realizadas de uma maneira muito refinada. De maneira geral, por fazer parte da curadoria de um festival nordestino, tivemos um cuidado muito grande em tentar dar uma atenção especial ao cinema nordestino. São cinco filmes do sul do Brasil, um do Norte, seis do Sudeste e dezessete do Nordeste (7 de Pernambuco, 1 de Sergipe, 4 da Bahia e 5 do Ceará), além do longa convidado que também é cearense. Não foi preciso fazer um esforço para encontrar esses filmes do Nordeste porque eles naturalmente existem; e quando olhamos o panorama geral, percebemos que são filmes muito diferentes”.

O Júri Oficial desta edição especial do Recifest será formado por Carol Almeida, Hanna Godoy e Pethrus Tibúrcio. Além dos troféus para os premiados, a edição on-line traz uma novidade: todos os curtas serão contemplados com o pagamento dos direitos pela exibição no festival.

Com direção geral e executiva de Rosinha Assis e direção geral e produção artística de Carla Francine, o Recifest também contará com três homenageadas: Elza Show, atriz, performer, mulher trans pioneira em Pernambuco e protagonista do documentário Eternamente Elza, de Alexandre Figueirôa e Paulo Feitosa; Sharlene Esse, conhecida como a primeira Dama Trans do teatro pernambucano e recentemente premiada pelo curta Os Últimos Românticos do Mundo; e Raquel Simpson, uma das maiores artistas trans do Brasil e estrela do documentário Garota, bem garota, realizado por alunos da Oficina Documentando.

Em comunicado oficial no site, a organização do Recifest diz: “Reafirmamos aqui que não estaremos nunca condenadxs ao momento em que vivemos. Acreditamos que a insistência na produção cultural e a luta coletiva já nos levou a lugares melhores antes e levará mais uma vez! Iremos todes as trans, bi, lésbicas, gays, agêneros nos unir e com apoio dos antifascistas e antirracistas negrxs, pardxs índixs e brancxs não LGBTfóbicos ou misóginos e vamos lutar! Vamos resistir!”.

raquelsimpsonrecifestdocumentandoHomenageada: Raquel Simpson no curta Garota, bem garota.

Sobre esta edição especial, Carla Francine disse, durante a coletiva virtual: “Temos uma equipe de militantes. São pessoas que prezam pela liberdade, que querem trazer essas novas narrativas de corpos dissidentes; não só narrativas sobre a temática LGBTQIA+, mas narrativas de pessoas LGBTQIA+ falando do que elas quiserem falar. É um festival de pessoas, de corpos, de mentes”.

Uma novidade na programação, anunciada durante a coletiva, é a peça teatral Salto, do Bote de Teatro, que será exibida no último dia antes da cerimônia de premiação. Na trajetória do espetáculo, quatro sujeitos usuários procuram uma forma de se descolar da realidade em que viviam. Buscam, inconscientes e inconsequentes, uma nova forma, mais justa, de se viver em sociedade. O espetáculo é uma livre adaptação do texto Os Saltimbancos, traduzido por Chico Buarque do musical italiano inspirado no conto dos Irmãos Grimm. O elenco conta com Inês Maia, Daniel Barros, Cardo Ferraz, Pedro Toscano e Una Martins.

Sobre a peça, Carla disse: “O Recifest sempre abrigou outras linguagens. Temos o foco no cinema, mas sempre tivemos apresentações e performances. É uma forma de trazer o espírito de congregar com quem quer passar sua mensagem”.

Além disso, a programação do festival apresentará atividades paralelas, entre elas, mesas e debates com convidados especiais, como: Anti Ribeiro, Marcos Castro, Alessandra Nilo, Indianarae Siqueira, Sra Santos, Robeyoncé Lima, Wellington Pastor, André Antônio, Fabricio Bogas Gastaldi, Mayara Santana, Julia Katharine, Manu Dias, Dália Celeste, Fabianna Oliveira, Julia Pereira, Cristiano Sousa, Rodolfo Holanda, Labelle Rainbow, Roberto Limberger, Alexander Mello e Thomas Dadam.

Outras atividades marcam esta edição especial do Recifest, como: a Oficina Drag Queen Curso, com Zé Carlos Gomes e Sheyla Müller, sua persona drag; e a Oficina Documentando, um projeto de formação audiovisual, ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles.

Sobre as oficinas virtuais, Carla comentou: “Tanto o Marlom quanto o Zé Carlos são parceiros antigos do festival. Inclusive, uma das nossas homenageadas, a Raquel Simpson, foi personagem de um filme [Garota, bem garota] da Oficina Documentando. O Marlom nos falou sobre um material bacana que ele já tem e vem utilizando em suas oficinas durante a pandemia. Claro que as pessoas querem o presencial, pegar no equipamento, mas a ideia dessa vez foi entregar mais subsídios para que os alunos possam fazer algo mais coletivo no futuro. Por enquanto, a ideia é trazer essa nova experiência de que eles podem produzir sozinhos também”.

E completou: “O Zeca também começou a fazer oficinas durante a pandemia. Vamos produzir um desfile no final, como fazíamos presencialmente dentro do São Luiz, só que cada uma nas suas casas. Depois mostraremos para o público todo o processo da descoberta da persona drag que cada um tem dentro de si. Acreditamos que sairão coisas muito boas dessas oficinas e não foi por acaso que procuramos eles, pois temos plena confiança em seus trabalhos”.

Sobre o futuro do festival, Carla concluiu: “O Recifest já chegou a ter um público de cinco mil pessoas presencialmente. É triste não estar no Cinema São Luiz, com aquela energia toda e com o calor humano, pois desta vez estaremos cada um em suas casas e telinhas. Mas, esperamos expandir esse público de alguma forma. Essa é uma edição extra, mas queremos voltar logo, porém vacinados e seguros. Queremos muito fazer nossa edição de novembro, como de costume. Não sabemos ainda se vamos conseguir fazer presencialmente, mas vamos fazer nem que seja on-line de novo. Acreditamos que vai ter uma mudança de paradigma nos festivais. Pretendemos fazer o presencial, sim, mas vamos preservar alguma coisa on-line. Eu espero que nesta edição seja possível realmente ampliar esse público. A tendência dos festivais é ser híbrido a partir de agora”.

Conheça os filmes selecionados para o Recifest 2021:

NACIONAL

À beira do planeta mainha soprou a gente, de Bruna Barros e Bruna Castro (BA)
Abjetas 288, de Júlia da Costa Pereira e Renata Mourão (SE)
Ancestralidade de terra e planta 2021, de Keila Serruya Sankofa (AM)
Aonde Vão os Pés, de Débora Zanatta (PR)
De Vez em Quando Eu Ardo, de Carlos Segundo (MG)
Dois Homens ao Mar, de Gabriel Motta (RS)
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)
Eu Te Amo, Bressan, de Gabriel Borges (PR)
Feitura, de M0XC4 (João Moxca), Laryssa Machada e Victor Mota (BA)
Fora de Época, de Drica Czech e Laís Catalano Aranha (SP)
I am Virus, de Integrante do Coletivo CH5 em Icó e do Coletivo Mandacaru em Quixadá (CE)
IAUARAETE, de Xan Marçall (BA)
Marco, de Sara Benvenuto (CE)
Nebulosa, de Bárbara Cabeça e Noá Bonoba (CE)
Letícia, Monte Bonito, 04, de Julia Regis (RS)
Preces Precipitadas de um Lugar Sagrado que não Existe Mais, de Mike Dutra e Rafael Luan (CE)
Pietà, de Pink Molotov (MG)
Primeiro Carnaval, de Alan Medina (SP)
Retorno, de Neto Asterio (BA)
SAPATÃO: uma racha/dura no sistema, de Dévora MC (MG)
Tia Iracy Futebol Clube, de Layla Sah (CE)
Uma Noite Sem Lua, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES)

PERNAMBUCANA

Afetadas, de Jean
Ali entre nós um invisível obliterante, de Iagor Peres
Bardo do Sonho, de Letícia Barros
Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho
Notícias de São Paulo, de Priscila Nascimento
Sei de nós aquilo que você me conta, de Tiago Lima
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda

Fotos: Isabella Lanave/Divulgação.

Sindicato dos Roteiristas anuncia vencedores do WGA Awards 2021

por: Cinevitor

borat2WGAawardsSacha Baron Cohen em Borat: Fita de Cinema Seguinte: premiado.

Foram anunciados neste domingo, 21/03, os vencedores da 73ª edição do Writers Guild Awards, premiação realizada pelo Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, que elege os melhores roteiros de cinema, TV, novas mídias e rádio desde 1948.

A cerimônia de premiação foi realizada em formato virtual, por conta da pandemia de Covid-19, e foi apresentada pelo ator e produtor Kal Penn. Convidados especiais também participaram do evento, entre eles, Riz Ahmed, Sacha Baron Cohen, Rachel Brosnahan, Andra Day, Daveed Diggs, Ava DuVernay, Jimmy Fallon, Baratunde Thurston, entre outros.

Neste ano, os homenageados foram os roteiristas Will Berson, Shaka King e os irmãos Kenny e Keith Lucas, de Judas e o Messias Negro, que receberam o Paul Selvin Award, honraria entregue para roteiros que encarnam o espírito dos direitos e liberdades constitucionais e civis indispensáveis à sobrevivência dos escritores.

Conheça os vencedores do WGA Awards 2021 nas categorias de cinema:

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança, escrito por Emerald Fennell

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Borat: Fita de Cinema Seguinte, escrito por Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Swimer, Peter Baynham, Erica Rivinoja, Dan Mazer, Jena Friedman e Lee Kern; baseado nos personagens criados por Sacha Baron Cohen

MELHOR ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO
The Dissident, escrito por Mark Monroe e Bryan Fogel

Foto: Divulgação/Amazon Prime Video.

Conheça os vencedores do 1º Cine RO – Festival de Cinema de Rondônia

por: Cinevitor

dominiqueCineROvencedoresCena do documentário Dominique, de Tatiana Issa e Guto Barra: dois prêmios.

Foram anunciados neste domingo, 21/03, os vencedores da primeira edição do Cine RO – Festival de Cinema de Rondônia, que segue até o dia 30 de março em formato on-line. Com a proposta de falar do passado e do futuro, das dores e das glórias, dos problemas e das soluções, o evento pretende também apresentar ao público filmes esteticamente impecáveis e que não buscam a perfeição técnica, mas que apresentam discussões urgentes de serem apresentadas aos espectadores.

Em decorrência do isolamento, provocado pela pandemia de Covid-19, a dinâmica da cultura tem apresentado um crescente fluxo de informação e produção dentro do audiovisual, o que pode funcionar como uma alavanca privilegiada para o desenvolvimento econômico e cultural do setor. No estado de Rondônia, a produção e consumo de cinema brasileiro ainda são muito baixos; nesse sentido um festival de cinema abrangente contribui para o fomento e aquecimento do setor no estado.

A cerimônia de premiação foi realizada virtualmente e apresentada por Édier William. Para esta primeira edição do festival, 1.461 filmes foram inscritos e 130 selecionados; a Mostra Competitiva contou com 26 curtas indicados. Os vencedores, em diversas categorias, receberam o Troféu Boto Dourado.

A curadoria foi formada por Jean Bris, Loana Terra e Zeudi Costa; o júri contou com Renata Amado, Jul Leardini e Betânia Avelar.

Conheça os vencedores do 1º Cine RO – Festival de Cinema de Rondônia:

MELHOR FILME | FICÇÃO
Ouroboros, de Santiago Paestor e Vitor D’angelo (SP)

MELHOR FILME | DOCUMENTÁRIO
Dominique, de Tatiana Issa e Guto Barra (RJ)

MELHOR FILME ESTUDANTIL
Como Segurar uma Nuvem no Chão, de Marco Aurélio Gal (DF)

MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
Um Boi Criado por Mulheres, de Jaqueline Luchesi (RO)

MELHOR DIREÇÃO
Tatiana Issa e Guto Barra, por Dominique

MELHOR ROTEIRO
Ouroboros, escrito por Pedro Lopes

MELHOR ATUAÇÃO
Juliana França, por Neguinho

MELHOR FOTOGRAFIA
Pipo Et L’amour Aveugle (Pipo and Blind Love), por Vadim Alsayed 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Pipo Et L’amour Aveugle, por Mathieu Buffler

MELHOR MONTAGEM
Pipo Et L’amour Aveugle, por Joris Laquittant 

MELHOR TRILHA SONORA
Hornzz, por Felipe dos Santos

MELHOR SOM
Apneia, por Vadeco Schettini

MENÇÃO HONROSA | JÚRI
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Inspirações, de Ariany de Souza e equipe (RJ)

MENÇÃO HONROSA | CURADORIA
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)
Cura-me, de Eduardo Varandas Araruna (PB)

MENÇÃO HONROSA | PRODUÇÃO DO FESTIVAL
Nada de Bom Acontece Depois dos 30, de Lucas Vasconcelos (RJ)
Los Ojos de La Tierra, de Marcos Altuve Marquina (Espanha)

*O 1º Cine RO é produzido pela Zenital Produções, com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc, edital 80/2020 SEJUCEL/CODEC/FEDEC, Governo de Rondônia e Governo Federal.

Foto: Divulgação.

4º CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe: conheça os vencedores

por: Cinevitor

lucianasouzainabitavelrussasLuciana Souza no curta Inabitável: melhor atriz.

Foram anunciados neste sábado, 20/03, os vencedores do Troféu Araibu da quarta edição do CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe, que aconteceu em formato on-line e gratuito por conta da pandemia de Covid-19. A cerimônia de premiação foi realizada durante uma live no Instagram e foi apresentada por Deydianne Piaf, personagem interpretada pelo ator cearense Denis Lacerda.

Idealizado com o objetivo de formar público consumidor de arte cinematográfica no interior do Ceará, além de fomentar a discussão acerca da experiência audiovisual brasileira contemporânea, o Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe deste ano contou com 36 filmes, divididos em diversas mostras, além de atividades paralelas. A curadoria foi assinada por Pedro Azevedo, programador do Cinema do Dragão, em Fortaleza.

“Foi uma linda edição! Infelizmente sem o calor e aconchego presencial na ensolarada cidade de Russas, em função da pandemia. Mas, por outro lado, tivemos a vantagem das exibições on-line e assim chegamos mais longe. Falando de cinema, ficou, mais uma vez, comprovado a importância dos festivais como vitrine para nossa produção cinematográfica, valorizando seus realizadores e formando novas plateias”, comentou o cineasta Allan Deberton, que é idealizador e diretor executivo do festival.

O Júri Oficial foi formado por: Daniel Donato, Georgina Castro e Rodrigo Passolargo. Já o Júri da Crítica contou com membros da Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema: Eric Magda, Rafael Vasconcelos e Vinicius Bozzo.

Conheça os vencedores do 4º CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe:

JÚRI OFICIAL

Melhor Curta Nacional: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Melhor Produção Cearense: Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho
Melhor Documentário: Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho
Menção Honrosa: Drama Queen, de Gabriela Luíza (MG)
Melhor Direção: Sávio Fernandes e Muniz Filho, por Noite de Seresta
Melhor Atriz: Luciana Souza, por Inabitável
Melhor Ator: Daniel Veiga, por Você Tem Olhos Tristes
Melhor Roteiro: Inabitável, escrito por Matheus Farias e Enock Carvalho
Melhor Fotografia: Pega-se Facção, por Sylara Silvério
Melhor Som: Pega-se Facção, por Sylara Silvério
Melhor Trilha Sonora: Rasga Mortalha, por João Simas, Thierry Castelo, Jales Carvalho, Viviane Vazzi e André Lucap
Melhor Direção de Arte: Abjetas 288, por Carolina Timoteo
Melhor Montagem: Inabitável, por Matheus Farias

JÚRI POPULAR

Melhor Curta Nacional: Rio das Almas e Negras Memórias, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)
Melhor Produção Cearense: Arquitetura do Gesto, de Arthur Dalim, Fernanda Barros, Lanna Carvalho e Rebeca Karam
Melhor Documentário: Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho (CE)
Melhor Curta Universitário: Mil Vinnys – Suíte Cachoeirana, de Luan Santos (BA)
Melhor Animação: A Lenda do Sol e da Tempestade, de Hugo Tortul Ferriolli e Victor Laildher do Amaral (MG)

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor Curta Nacional: A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
Justificativa: O Brasil ainda carrega em si e em sua sociedade uma enorme dívida com a população preta e o filme A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro, é um importante lembrete sobre a trágica trajetória da população negra durante o tempo da escravidão. A forma como o filme escolhe usar de um importante e histórico texto, aliado a registros fotográficos e cinematográficos de escravos e de lugares que remetem a este período nefasto, criam uma narrativa poderosa, única e original. A trilha sonora utilizada também ajuda na construção desse recorte histórico, tornando esta obra audiovisual extremamente relevante, motivo pelo qual foi selecionada como melhor filme nacional pelo Júri da Crítica.

Melhor Produção Cearense: Pátria, de Lívia Costa e Sunny Maia
Justificativa: A escolha das diretoras Lívia Costa e Sunny Maia de documentar a história brasileira de uma forma tão impessoal e irreverente, mas trazendo em si um importante grito por democracia, faz do curta Pátria um querido da seleção cearense pelos críticos. O filme é um documentário breve e objetivo, focado principalmente na história política recente do nosso país, e uma de suas maiores qualidades é justamente conseguir sintetizar em sua narrativa a história de uma nação.

Foto: Gustavo Pessoa.

4ª Mostra Lugar de Mulher é no Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

endlesslovemulhercinemaCena do curta mineiro Endless Love, de Duda Gambogi.

A quarta edição da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema acontecerá entre os dias 22 e 28 de março, em formato on-line e gratuito, com curtas-metragens de até 20 minutos realizados por mulheres e pessoas não binárias, dentro ou fora do território nacional.

A programação se estrutura em três mostras não competitivas: Mostra Convidada, Mostra Encontro – Somos Todas Uma e Mostra com Acessibilidade; e duas competitivas: a Mostra Luas, que concede os prêmios de melhor filme, roteiro, direção e atriz; e a Mostra Matinê, que entrega o prêmio de melhor animação; além do Prêmio Especial Marielle Franco para o melhor filme com temática em direitos humanos.

A curadoria das mostras competitivas foi formada por Labelle Rainbow, Olinda Yawar e Carolina Teixeira e o Júri Oficial contará com Edileuza Penha de Souza, Enoe Lopes Pontes e Vilma Martins. Já nas mostras não competitivas, Hilda Lopes Pontes e Lilih Curi assinaram a curadoria da Mostra Convidada; Johsi Varjão foi responsável pela Mostra Matinê; Moira Braga assinou a curadoria da Mostra com Acessibilidade, em parceria com os festivais Ver Ouvindo, Editando Sonhos e Festival do Minuto; a Mostra Encontro – Somos Todos Uma também contou com a parceria de outros festivais, entre eles, For Rainbow, Fimcine, Cine Kurumin, Cine Diversidade, Festival Cabíria e FINCAR.

Desde a fundação, em 2017, a Mostra Lugar de Mulher é no Cinema é guiada pela busca por sororidade e pelo olhar interseccional, tornando pública obras e profissionais atuantes no mercado audiovisual, que traduzem a diversidade do universo feminino. É fruto de movimento político-cultural de profissionais do audiovisual baiano. Foi idealizada pelas cineastas e produtoras Hilda Lopes Pontes, Lilih Curi e Moara Rocha e vem sendo desenvolvida por um coletivo de mulheres baianas e/ou ou residentes no Estado da Bahia. Nas suas primeiras três edições exibiu um total de 290 curtas-metragens, realizados por cineastas mulheres e pessoas não binárias de pelo menos 12 estados brasileiros.

Neste ano, a grande homenageada será a cineasta mineira Adélia Sampaio, que construiu uma trajetória de mais de meio século no cinema e no teatro. Como diretora, tratou em seus filmes de temáticas como amor, violência e problemas sociais, desenvolvendo uma narrativa fílmica como espaço de pertencimento e repleto de referências da história. É reconhecida como a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem brasileiro lançado nos cinemas, Amor Maldito, de 1984, considerado também o primeiro a trazer para as telas a temática lésbica.

Esta quarta edição contará também com atividades paralelas, como a masterclass on-line Atuação no Audiovisual, com Luciana Souza. Atriz, dançarina, professora e diretora de teatro, é graduada em Filosofia e Dança. Sua trajetória passa por grupos de arte, destacando o Bando de Teatro Olodum na sua fundação em 1990, com atuação em espetáculos como Ó Paí, Ó, adaptado para filme e seriados na TV Globo. Atuou em filmes como Bacurau, Revolta dos Búzios, Tungstênio, Flores Raras, entre outros. Recentemente, foi premiada em diversos festivais por seu trabalho no curta Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias.

Além disso, o programa Atividades Formativas: Conversa de Mulher será transmitido no YouTube e apresentará os seguintes temas: Equidade de gênero e raça na produção audiovisual da Bahia, mediado por Edileuza Penha de Souza com a participação de Adélia Sampaio, Daniela Fernandes e Graci Guarani; Estratégias de Mobilização e Formação de Público, mediado por Kamilla Medeiros com a participação de Anna Andrade, Marília Hughes e Paula Gomes; Produção musical para audiovisual, com mediação de Dayane Sena e Márcia Bittencourt, Fabíola Silva e Maira Cristina como debatedoras; e Novos desafios para o mercado audiovisual na pandemia, com mediação de Silvana Moura e participação de Cíntia Maria, Solange Lima e Cecília Barroso.

Conheça os filmes selecionados para a 4ª Mostra Lugar de Mulher é no Cinema:

MOSTRA LUAS

A Mais Forte, de Savina João e Clara Eyer (RJ/SP/PI)
A Mais Linda de Todas, de Gabriela Gonçalves da Motta (RJ)
Ada, de Rafaela Uchoa (BA)
Alcateia, de Carolina Castilho (SP)
Angela, de Marília Nogueira (MG)
Blackout, de Rossandra Leoni (RJ)
Corpo Território, de Maria Lutterbach e Elisa Mendes (RJ)
Do Peito da Pele, de Keythe Tavares e Rudolfo Auffinger (PR)
Em Reforma, de Diana Coelho (RN)
Endless Love, de Duda Gambogi (MG)
Esmalte Vermelho Sangue, de Gabriela Altaf (RJ)
Ipa/Ipá, de Thais Scabio (SP)
Joana, de Pattrícia de Aquino (PB)
Lôra, de Mari Moraga (SP)
Marco, de Sara Benvenuto (CE)
Mulher-Multidão, de Liliane Mutti (BA)
Nome de Batismo Frances, de Tila Chitunda (PE)
Pausa para o Café, de Tamiris Tertuliano (PR)
Rio das Almas Negras, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)
Rosa de Aroeira, de Mônica MacDowell (RN)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Webserie Ferida – Devir Animal, de Andréa Veruska (PE)

MOSTRA MATINÊ

Cacá, de Ana Carolina Rocha (SC)
Causos da Bisavó, de Rosa Berardo (GO)
Cor de Pele, de Livia Perini (PE)
Cuidado com a Cuca, de Liara Belmira Nunes Almeida (RJ/MS)
Hornzz, de Lena Franzz (RJ)
Insônia, de Ana Paula Ambrosano Ribeiro (RS)
Inspirações, de Arinay de Souza e equipe (RJ)
Menura em dó maior, de Roberta Santana e Filipe Miranda (SP)
Muda, de Isabella Pannain (MG)
O dia em que o mar chegou até Bento, de Fernanda Vidigal (Brasil/Cuba)
O Menino Cabeça-de-Flor, de Vanessa Heeger (BA/Argentina)
O Nosso Som Não Tem Idade, de Paula Rocha Mendes (RJ)
Òpárá de Òsùn: quando tudo nasce, de Pâmela Peregrino (BA)
Os Retratos, de Amanda J Campos, Juliana Naomi Eda e Vit Duarte (SC)
Par Perfeito, de Débora Herling (SC)
Paralise, de Julia Sena (RN)
Saudade da Vovó, de Monica de Miranda Mac Dowell (RN)
Sombras da Guerra, de Carlos Hachmann (PR)
Toca pra Elas, de Carolina Olídia Magalhães (BA)
Tua Palavra Não Nega, de Levante Popular da Juventude (PR)
Uma Menina e Sua Sombra, de Vanessa Heeger (BA)

MOSTRA CONVIDADA

5 Fitas, de Vilma Martins e Heraldo de Deus (BA)
A Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, de Bruna Castro e Bruna Barros (BA)
A Mulher no Fim do Mundo, de Anna do Carmo (BA)
Abalô – A Cor das Vozes LGBTQIA+, de Nara Sbreebow (MG)
Aquelas Mulheres, de Verena Kael e Matilde Teles (RJ)
Baile, de Cintia Domit Bittar (SC)
Boa Reza, de Aíla Oliveira (BA)
Cá Te Espero No Tumbenci – Saberes e Fazeres, de Paula Almeida (BA)
Casa com Parede, de Dênia Cruz (RN)
Cozinheiras de Terreiro, de Tauana Uchôa (PE)
Desyrrê, de Oficina Documentando (PE)
E agora Maria?, de Bruna Maria e Camila Gregório (BA)
Eu.tempo, de Thaíse Moura (PE)
Facão, de Camila Hepplin (BA)
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF)
Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra, de Jade Rainho (SP)
Leningrado, linha 41, de Dênia Cruz (RN)
Mãe Olga do Alaketu, uma Princesa de Ketu no Brasil, de Silvana Moura (BA)
New York, petei tetã ve rive, de Joana Brandão e André Lopes (BA)
Perifericu, de Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda (SP)
Um Ramo, de Juliana Rojas e Marco Dutra (SP)
Uma Primavera, de Gabriela Amaral Almeida (SP)
Won’t You Come Out to Play?, de Julia Katharine (SP)

MOSTRA COM ACESSIBILIDADE

A Poesia Persiste no Varal, de Agatha Pereira (SP)
AeroCoca, de Mallu Oliveira (PE)
Barba, de Sabrina Valente (MG)
Cal.ci.nha, de Ingrid Fernades e Larah Camargo (SP)
Carolina, de Lilih Curi (BA)
Dança, de Virgínia Guimarães (PE)
Deixem Diana em Paz, de Julio Cavani (PE)
Disforia, de Figgy Isa (MS)
Distopia, de Lilih Curi (BA)
Entre Cerrado e Caçarolas, de Nara Sbreebow (MG)
Fome, de Sofia Freire (PE)
Fora do Lugar, de Jéssica Stuque (SP)
FotogrÁfrica, de Tila Chitunda (PE)
Fundo do Céu, de Matheus Vianna (BA)
I See, I Feel, de Filomena Rusciano (Itália)
Imaginário, de Sofia Guimarães (BA)
Liberdade Preta, de Cinema de Rua (Coletivo) (SP)
Lua Nova do Penar, de Leila Jinkings (PA)
My Body Is, de Fenia Kotsopoulou (Inglaterra)
O Giro do Maracatu, de Ilana Paterman Brasil (RJ)
O Mistério da Carne, de Rafaela Camelo (DF)
Olhos de Botão, de Marlom Meirelles (PE)
Oriki, de Pâmela Peregrino (BA)
Poema Fragmentado 1, oh Friederich, de Carolina Janning (SP)
Ressaca, de Amanda Trindade (SP)
Rosário, de Mirian Rolim (MG)
Soledad, de Joana Gatis, Flávia Vilela e Daniel Bandeira (PE)
Um Verso, Universo, de Michele Gesteira (SP)
Waiting On The Doorbell, de Fenia Kotsopoulou e Daz Disley (Inglaterra)

MOSTRA ENCONTRO – SOMOS TODOS UMA

Alcateia, de Carolina Castilho (SP)
Baile, de Cintia Domit Bittar (SC)
Do Corpo da Terra, de Júlia Mariano (RJ)
Enme No Corre, de Enme Paixão (MA)
Marco, de Sara Benvenuto (CE)
O Mistério da Carne, de Rafaela Camelo (DF)
Sem Asas, de Renata Martins (SP)
Teko Haxy, de Sophia Pinheiro e Patrícia Ferreira (GO)
Tenebrosas?, de Jhonatan Bào (SP)
Terra Não Dita, Mar Não Visto, de Lia Letícia (PE)
Vó, a Senhora é Lésbica?, de Bruna Fonseca e Larissa Lima (RJ)

*Este projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Foto: Divulgação.

2º Cine Arcoverde: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

navemanesococinearcoverdeCena do curta A Nave de Mané Socó, de Severino Dadá.

O Cine Arcoverde – Mostra de Cinema Independente de Arcoverde é uma janela de exibição de cinema destinada à divulgação da produção audiovisual independente pernambucana, nordestina e nacional. A segunda edição, de caráter não competitivo, terá formato on-line e gratuito, por conta da pandemia de Covid-19, e acontecerá entre os dias 22 e 27 de março.

Serão seis mostras, sendo cinco realizadas pela curadoria do festival, assinada por Alexandre Taquary e Thay Limeira, e uma em parceria com o VerOuvindo, festival de cinema que se dedica à acessibilidade e à audiodescrição. Ao todo, 41 filmes (34 curtas, 6 longas e 1 média) entre ficções, animações, documentários, experimentais e videoclipe, onde 54% deles foram protagonizados, dirigidos ou codirigidos por mulheres, completam a programação.

“Seguimos um recorte regional, temático e de gênero para seleção dos filmes. Um dos nossos maiores objetivos é que o Cine Arcoverde seja uma janela de exibição plural e que as pessoas consigam se identificar com as produções. Contemplamos obras dirigidas e/ou protagonizadas por mulheres, sertanejos, LGBTQIA+, como forma de resistência, amor e luta por um cinema que fazemos e acreditamos”, aponta uma das idealizadoras do projeto e coordenadora geral, Camilla Lapa.

O festival está dividido em: Mostra Sertões, com filmes produzidos por realizadores de origem sertaneja ou cuja temática seja os diversos sertões brasileiros; Mostra Pernambuco, com filmes realizados em Pernambuco ou por realizadores pernambucanos; Mostra Brasil, com filmes nacionais independentes premiados no atual circuito de festivais ou que tenham tido relevância nacional nos últimos dois anos; Mostra Diversidade, composta de obras nacionais inseridas no universo temático da diversidade de gênero e sexualidade; e Mostra Olho D’Água, composta de filmes de realizadores de Arcoverde e entorno. Além da Mostra Outros Olhares, Outros Sentidos, que contempla produções com acessibilidade.

Cada mostra contará com um longa-metragem convidado e curtas selecionados. Durante todo o período, os filmes ficarão disponíveis no site para apreciação do público em geral; apenas os longas terão um calendário especial de exibição, disponíveis por 24h.

Nesta edição, a equipe do Cine Arcoverde coloca o município de Arcoverde no centro do debate e em destaque nas telas com a mostra inédita Olho D’água, criada para dar visibilidade aos produtores da região. Além disso, vai promover debates gratuitos com transmissão aberta pelo YouTube. Na terça-feira (23), às 20h30, a realizadora Renna Costa, a artista Gabi Cavalcante e o realizador Rosa Caldeira vão discutir As Interseções do Cinema Cuir brasileiro, com mediação da curadora Thay Limeira. Na quarta-feira (24), às 19h, será a vez do debate sobre A Importância do resgate dos cinemas de rua de Pernambuco, com a presença de um dos idealizadores do festival e coordenador de articulação, Djalma Galindo, da atual secretária de cultura de Arcoverde, Juliana Aguiar, e das representantes do coletivo Cine Rua PE, Priscila Urpia e Kate Saraiva.

A abertura do festival será marcada por um pocket show do Samba de Coco das Irmãs Lopes, Samba de Coco Raízes de Arcoverde, Samba de Coco Trupé de Arcoverde e os brincantes do Riso da Terra. Já o encerramento, ficará por conta da Sessão Especial Rocky Lane, uma homenagem ao lendário cowboy arcoverdense que dedicou uma vida inteira ao antigo Cinema Bandeirante. No sábado (27), a partir das 10h, será exibido o documentário Mulheres da Roda do Samba de Coco Arcoverdense, de Amanda Lopes, neta da mestre Severina Lopes, seguido pelo curta Histórias que Se Cruzam, de Vertin Moura.

Além dos filmes, a programação conta também com uma programação extensa de atividades formativas gratuitas que serão realizadas através de encontros virtuais, como: a masterclass Construindo diegeses – Reflexões sobre a escrita criativa cinematográfica, ministrada pelo cineasta Hilton Lacerda; a masterclass Cinema Pernambucano – Um breve panorama da produção local e vislumbres do porvir, pelo produtor João Vieira Jr.; Organizando Um Filme: Oficina de Assistência de Direção, por Anny Stone e Pethrus Tibúrcio; e Gerando Um Filme: Oficina de Produção Executiva, com Tarsila Tavares.

Conheça os filmes selecionados para o 2º Cine Arcoverde:

MOSTRA BRASIL

A Barca, de Nilton Resende (AL)
A Tradicional Família Brasileira Katu, de Rodrigo Sena (RN)
Em Reforma, de Diana Coelho (RN)
Novo Mundo, de Natara Ney e Gilvan Barreto (RJ)
Por Outras Primaveras, de Anna Mol (MG)
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)

Longa convidado: Pajeú, de Pedro Diógenes (CE)

MOSTRA DIVERSIDADE

Colômbia, de Manuela Andrade (PE)
E Agora, Maria?, de Bruna Maria e Camila Gregório (BA)
Lamento de Força Travesti, de RENNA (PE) (videoclipe)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)

Longa convidado: Mães do Derick, de Dê Kelm (PR)

MOSTRA PERNAMBUCO

Movido a Futebol, de Rafael Dourado (PE)
O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira (Taquaritinga do Norte)
O Mundo de Clara, de Ayodê França (Recife)
Pega-se Facção, de Thaís Braga (Caruaru)
Uma Força Extraordinária, de Amandine Goisbault (Recife)
Un, de Paulo Leonardo (PE)

Longa convidado: Espero que esta te encontre e que estejas bem, de Natara Ney (PE)

MOSTRA SERTÕES

A Nave de Mané Socó, de Severino Dadá (Pedra, PE)
A Vida é Coisa que Segue, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Assum Preto, de Bako Machado (Arcoverde, PE)
Margarida, presente!, de Shaynna Pidori (Serra Talhada, PE)
Michele de Michele Mesma: Narrativas de uma Mulher Sertaneja, de Michele Menezes (Ribeiro do Amparo, BA)
Ser Tão Nossa, de Antonio Fargoni (Quixadá, CE)

Longa convidado: Sertânia, de Geraldo Sarno (CE/BA)

MOSTRA OLHO D’ÁGUA

2. Arcano 13 – O Ensaio Sobre a Morte e a Vida, de Bako Machado (Arcoverde, PE)
A Sonora do Pife no Batuque da Zabumba, de Lula Moreira (Arcoverde, PE)
A Última Batalha da Ilusão, de Paulo Henrique Pontes Ferreira (Garanhuns, PE)
P.S. (Parte 1), de Hícaro Nogueira (Serra Talhada, PE)
P.S. (Parte 2), de Hícaro Nogueira (Serra Talhada, PE)

Longa convidado: O Bem Virá, de Uilma Queiroz (PE)

MOSTRA OUTROS OLHARES, OUTROS SENTIDOS

Catimbau, de Lucas Caminha (PE) | Libras e Audiodescrição
Cor de Pele, de Livia Perini (PE) | Libras, Audiodescrição e LSE
Cordel: Poesia com Acessibilidade, de Paulo Roberto de Lima Ferreira e Lígia Kiss (RN) | Libras
Em Reforma, de Diana Coelho (RN) | Libras, Audiodescrição e LSE
Nova Iorque, de Leo Tabosa (PE) | Libras, Audiodescrição e LSE
Pega-se Facção, de Thais Braga (PE) | LSE
Uma Força Extraordinária, de Amandine Goisbault (PE) | Libras e Audiodescrição
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN) | Libras, Audiodescrição e LSE

Longa convidado: Cadê, Edson?, de Dácia Ibiapina (DF)

SESSÃO ESPECIAL ROCKY LANE | HOMENAGEM

Mulheres da Roda do Samba de Coco Arcoverdense, de Amanda Lopes (PE)
Histórias que se Cruzam, de Vertin Moura (PE)

*O II Cine Arcoverde foi contemplado pelo Edital de Festivais LAB PE da Lei Aldir Blanc e pelo Funcultura 2020.

Foto: Divulgação.

11ª Mostra Audiovisual de Petrópolis divulga programação on-line e gratuita

por: Cinevitor

alcionemostrapetropolisAlcione no documentário O Samba é Primo do Jazz, de Angela Zoé.

A 11ª edição da Mostra Audiovisual de Petrópolis acontecerá entre os dias 19 e 28 de março em formato on-line e gratuito por conta da pandemia de Covid-19. A programação apresentará mais de 40 atividades, entre oficinas, masterclasses, exibições de filmes nacionais e internacionais, produções juvenis e rodas de debate.

O evento começará com o filme Atravessa a Vida, de João Jardim, que estará disponível a partir das 12h do dia 19, no site oficial (clique aqui). De 15h às 17h acontece a segunda edição do fórum de Educação e Cinema. Já às 19h30, o cineasta responsável pela produção que dá início ao evento, realiza uma roda de debate com alunos do EMI-AV.

Neste ano, a mostra se destaca por sua curadoria que busca refletir questões de identidade, gênero e território. O evento conta com a co-curadoria da atriz Bruna Linzmeyer, trazendo filmes sobre corpos LGBTQIA+, como Limiar, de Coraci Ruiz, realizadora que filma o processo de transição da própria filha; e o premiado Valentina, de Cássio Pereira dos Santos, protagonizado por Thiessa Woinbackk. Entre os destaques desta edição está a exibição do primeiro episódio da série espanhola inédita no Brasil, Veneno, sobre a ícone trans Cristina Ortiz, dirigida pela dupla Los Javis, formada por Javier CalvoJavier Ambrossi.

Também como co-curador, o ator Fabrício Boliveira busca um diálogo entre realizadores negros e filmes que tem o corpo negro como protagonista, entre eles: Voltei!, de Ary Rosa e Glenda Nicácio, uma distopia no Brasil de 2030, onde as protagonistas acompanham as mudanças de rumo do país num rádio de pilha; e O Samba é Primo do Jazz, documentário de Angela Zoé, que traça um retrato da grande intérprete brasileira Alcione.

Além disso, serão exibidos os documentários: Nũhũ yãg mũ yõg hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero; Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral; e o premiado Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz.

De acordo com a organização da MAP, o evento vai contar ainda com sessões de cinema que valorizam a educação e a cidade de Petrópolis: “Vamos ter a retrospectiva EMI, que é uma forma de destacar esses trabalhos que fizeram parte do  curso ao longo dos últimos dez anos, uma mostra chamada Curta Petrópolis, com realizadores da cidade, além da sessão vídeo geração com filmes feitos por escolas e ONGs e a mostra itinerâncias jovens, que é para realizadores de até 29 anos. Nossa abertura vai contar ainda com a segunda edição do fórum de cinema e educação, cujas inscrições serão abertas em breve”, disse Elaine Mayworm, uma das coordenadoras da mostra.

O encerramento será com o premiado filme japonês Plano-Sequência dos Mortos, dirigido por Shin’ichirô Ueda e inédito on-line no Brasil, misturando gêneros para prestar uma grande homenagem ao cinema.

valentinapetropolisThiessa Woinbackk em Valentina, de Cássio Pereira dos Santos.

Para os amantes do audiovisual, a 11ª MAP presenteia os participantes com a oportunidade de conversar e receber orientações de profissionais que se destacam no mercado em todo o país. Serão 10 oficinas realizadas completamente online.

Entre os temas que serão trabalhados nestes encontros estão animação, análise crítica de imagem e som, realidade virtual e vídeo 360º, a trajetória feminina no mundo dos games, direção de arte e fotografia, curadoria e produção de mostras, o uso da voz em cena e dublagem, além de figurino de época para cinema e captação de som em projetos independentes.

“Entendemos o audiovisual como ferramenta transformadora para a sociedade, potencializando qualquer segmento de atuação. Por este motivo, acreditamos que a capacitação é essencial para que tenhamos cada vez mais profissionais atualizados, com as devidas bases e conhecimentos, sabendo por onde ir e como aplicar seus conhecimentos na prática. Por isso, colocamos sempre os participantes da mostra, em contato com grandes nomes do mercado, para que esse intercâmbio flua”, explica Regina Bortolini, coordenadora geral da mostra.

O evento vai contar ainda com cinco masterclasses, que vão discutir temas atuais sob a luz de especialistas e profissionais que vão compartilhar suas atuações. Karine Teles, atriz petropolitana, dará sua primeira masterclass comemorando seus 22 anos de carreira, onde trará sua trajetória para debater o lugar da mulher criadora, como roteirista, atriz, diretora e também produtora.

Ailton Krenak e Walter Carvalho se encontram numa troca sobre a importância do olhar e criação de novas imagens. Mariana Jaspe, Mayara Aguiar e Fabrício Boliveira debatem as invisibilidades e potencialidades do corpo negro no audiovisual. A atriz Marina Mathey, o ator Daniel Veiga e a fotógrafa pernambucana Céu, debatem a representatividade transvestigênere e intersexo. Por fim, Guilherme Peters e Roberto Winter trilham a relação entre a obra cinematográfica e seu contexto de produção e na sociedade, trazendo como centro Proxy Reverso, filme que também faz parte da curadoria.

Neste ano, o evento estimula ainda a participação de estudantes que passaram pelo Ensino Médio Profissionalizante em Áudio e Vídeo do Colégio Estadual Dom Pedro II, em Petrópolis, para mediarem as rodas de debate dos filmes longas-metragens. As produções foram definidas com base nas áreas de atuação dos alunos, que já seguem as mais distintas profissões atualmente. O evento tem ainda, ex-estudantes como curadores, produtores e parte da equipe que realiza mais uma MAP. Ao todo, são cerca de 20 profissionais entre ex-alunos e estudantes atuais, envolvidos na produção do evento. Cerca de 2 mil jovens que já passaram pela instituição, são esperados na programação da Retrospectiva EMI, que será um dos destaques.

*O evento é patrocinado pela Lei Aldir Blanc, através da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro; e realizado pelo Ensino Médio Integrado em Audiovisual do Colégio Dom Pedro II, Biruta Educação Audiovisual e a Reprodutora.

Fotos: Divulgação.

11º ANIMAGE – Festival Internacional de Animação de Pernambuco: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

lecomcreanimageCena do curta animado Lé com Cré, de Cassandra Reis.

O ANIMAGE – Festival Internacional de Animação de Pernambuco acontecerá entre os dias 19 e 28 de março, em formato on-line e gratuito, com mostras de curtas, longas e realização de oficinas, painéis, masterclasses e entrevistas com expoentes da animação local, nacional e internacional.

O evento completa onze anos de existência e realiza sua primeira edição digital, com patrocínio da Lei Aldir Blanc, por conta da pandemia de Covid-19. A seleção faz um convite para um mergulho pelas profundezas das linguagens animadas, com filmes que transitam entre a mais delirante fantasia e os temas mais urgentes da atualidade.

“É uma edição especial que vai transmitir a essência do festival, que reflete uma grande mistura entre diversão e reflexão. O estilo da programação valoriza principalmente a originalidade, a criação autoral, a experimentação técnica, o conteúdo intelectual, a poesia e o lado mais artístico do cinema de animação. O público vai sentir tudo isso nesta programação especial digital”, observa Júlio Cavani, responsável pela curadoria do festival.

Para a mostra de curtas, o ANIMAGE reunirá obras a partir da avaliação de milhares de trabalhos inscritos no processo de seleção do festival dos últimos anos. Foram escolhidos mais de 80 curtas, de diversos países, que transitam por diferentes linguagens, estilos, procedências culturais, técnicas e gêneros; seja na ficção animada, no documentário ou na abstração. Há desde grandes premiados até revelações mais surpreendentes a serem descobertas, com espaço tanto para provocações sociopolíticas quanto para o mais puro entretenimento.

Entre as oito mostras de curtas, duas sessões são voltadas para o público infantil. A mostra Pequenas Histórias reúne curtas protagonizados por bonecos humanos e personagens que são crianças de diferentes culturas; a outra é a mostra infantil Mundos Mágicos, dedicada a monstrinhos, bichos e outras criaturas de lugares fantasiosos.

O público adulto está contemplado com seis mostras com temas que giram em torno de relações de amizade, música, amor, histórias de família, situações sinistras, terror abstrato, repressão política, diásporas, lealdade e mergulhos na alma humana.

A mostra Nas Profundezas reúne sete curtas que exploram mergulhos no fundo do mar e nos sentimentos humanos; histórias sobre amizade, família e lealdade entre amigos estão presentes na mostra Humanas Relações; já temas como criaturas sinistras e terror abstrato ocupam a seleção da mostra Estranhamentos; conflitos geopolíticos, migração, diáspora, golpes de estado, armas e paz são temas encontrados na mostra Planeta em Transe; há também leveza e alegria que podem ser encontradas na mostra Amor, Suingue e Simpatia, onde a música, o amor e a empatia entre pessoas de culturas diferentes são temas explorados; e a mostra Pernambuco Animando para o Mundo, com uma seleção de seis obras de destaque da atual animação pernambucana.

Dois longas participam desta edição virtual do ANIMAGE: Psiconautas, As Crianças Esquecidas (Psiconautas, los niños olvidados), dos espanhóis Alberto Vázquez e Pedro Rivero, premiado no Goya, em 2017, e exibido no Festival de Annecy; e Dilili em Paris, do francês Michel Ocelot, premiado no César, em 2019, como melhor animação.

Além dos filmes, a programação conta também com atividades paralelas, como: os painéis Produção de Longas de Animação, com Letícia Friedrich e Ulisses Brandão, e Documentários em Animação, com Nádia Mangolini e Marão, ambos mediados por Júlio Cavani; masterclasses com Wesley Rodrigues e Aída Queiroz; entrevistas com Chia Beloto, Bárbara Oliveira, Sávio Leite e Renato Duque; e as oficinas de Roteiro de Animação, com Karolina Kalor, Stop Motion Dendicasa, com Produções Ordinária, e Direção de Arte, com Rogi Silva.

Conheça os filmes selecionados para o 11º ANIMAGE:

NAS PROFUNDEZAS

Among Black Waves, de Anna Budanova (Rússia)
Coda, de Alan Holly (Irlanda)
Diep, de Michelle Verhoeks (Holanda)
Oceano, de Renato Duque (Brasil)
Quando os Dias Eram Eternos, de Marcus Vinicius Vasconcelos (Brasil)
Sob o Véu da Vida Oceânica, de Quico Meirelles (Brasil)
Viagem na Chuva, de Wesley Rodrigues (Brasil)

HUMANAS RELAÇÕES

Diamenteurs, de Chloé Mazlo (França)
Facing It, de Sam Gainsborough (Reino Unido)
Pépé Le Morse, de Lucrèce Andreae (França)
Roughhouse, de Jonathan Hodgson (França/Reino Unido)
Tailor, de Calí dos Anjos (Brasil)
The Full Story, de Daisy Jacobs e Christopher Wilder (Inglaterra)

ESTRANHAMENTOS

Agouro, de David Doutel e Vasco Sá (França/Portugal)
Em Crise, de Amir Admoni e Paula Rocha (Brasil)
Kinki, de Izumi Yoshida (Polônia)
Neputovanja, de Ana Nedeljkovic e Nikola Majdak Jr (Sérvia)
Pixied, de Agostina Ravazzola e Gabriela Sorroza (Argentina)
Plantae, de Guilherme Gehr (Brasil)
Sog, de Jonatan Schwenk (Alemanha)

MOSTRA AMOR, SUINGUE E SIMPATIA

Até a China, de Marão (Brasil)
Big{foot} Love, de Alessia Cecchet e Joshua Dean Tuthill (Itália)
Love, de Reka Bucsi (EUA)
Manolo, de Abel Ringot (França)
O Violeiro Fantasma, de Wesley Rodrigues (Brasil)
Vênus – Filó, a Fadinha Lésbica, de Sávio Leite (Brasil)

PLANETA EM TRANSE

32-Rbit, de Victor Orozco Ramirez (México)
An Excavation of Us, de Shirley Bruno (França/Grécia/Haiti)
Disexta, de André Catoto (Brasil)
Lugar em Parte Nenhuma, de Bárbara de Oliveira e João Rodrigues (Portugal)
Monsters Walking, de Diego Porral (Espanha)
Riot, de Frank Ternier (França)
The Opposites Game, de Lisa LaBracio e Anna Bergman (EUA)
Torre, de Nádia Mangolini (Brasil)
Trump Dreams, de Ruth Lingford (EUA/Reino Unido/Inglaterra)

PERNAMBUCO ANIMADO PARA O MUNDO

Barbas de Molho, de Eduardo Padrão e Leanndro Amorim
Eu o Declaro meu Inimigo, de Marcos Buccini e Tiago Delácio
Fazenda Rosa, de Chia Beloto
Guaxuma, de Nara Normande
Não Moro Mais Aqui, de Laura de Araújo
O Ex-Mágico, de Mauricio Nunes e Olimpio Costa
Súbito, de Ayodê França

MOSTRA INFANTIL | MUNDOS MÁGICOS

Cat Lake City, de Antje Heyn (Alemanha)
Hypertrain, de Etienne Kompis e Fela Bellotto (Suíça)
Island, de Max Moertl e Robert Loebel (Alemanha)
Link, de Robert Löbel (Alemanha)
Mogu&Perol, de Tsuneo Goda (Japão)
Ode à Infância, de João Monteiro e Luís Vital (Portugal)
Pawo, de Antje Heyn (Alemanha)
Utö, de David Buob (Alemanha)
Vulkansziget, de Anna Katalin Lovirty (Hungria)

MOSTRA INFANTIL | PEQUENAS HISTÓRIAS

Belly Flop, de Jeremy Collins e Kelly Dillon (África do Sul)
Bobo, de Andrej Rehak (Croácia)
Caminho dos Gigantes, de Alois Di Leo (Brasil)
El Hombre Más Chiquito del Mundo, de Juan Pablo Zaramella (Argentina)
Lé com Cré, de Cassandra Reis (Brasil)
Nimbus: O Caçador de Nuvens, de Marco Nick (Brasil)
Poustet Draka, de Martin Smatana (República Checa)

Foto: Divulgação.

Mostra Tiradentes | SP 2021 anuncia programação on-line com 24 filmes

por: Cinevitor

mesmapartehomemtiradentesspClarissa Kiste e Irandhir Santos em A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann.

A nona edição da Mostra Tiradentes | SP acontecerá entre os dias 18 e 24 de março, em formato on-line e gratuito, graças à continuidade da parceria entre a Universo Produção e o Sesc SP. Em sete dias de programação, serão exibidos 24 filmes brasileiros (13 longas e 11 curtas), de 11 estados, em pré-estreias e mostras temáticas, e também debates, performance audiovisual e exposição fotográfica virtual.

Durante o evento, o público poderá assistir a todos os filmes vencedores da 24ª Mostra Tiradentes, além de outros destaques exibidos na edição mineira realizada em janeiro; os títulos estarão disponíveis no site do Sesc São Paulo (clique aqui).

Com o intuito de ampliar a reflexão com discussões e novas perspectivas, a 9ª Mostra Tiradentes | SP será norteada pela temática Vertentes da Criação, proposta pelo curador Francis Vogner dos Reis, que foi abordada na 24ª edição da Mostra Tiradentes, em janeiro. A ideia partiu da percepção de que há, em anos recentes, uma reconfiguração intelectual e empírica dos processos na produção do país, cuja singularidade está condicionada por elementos variados: universos simbólicos, ética das imagens a partir dos espaços, personagens e territórios, estética amparada em perspectiva crítica do automatismo das práticas da expressão audiovisual do mercado e, principalmente, a economia de um tempo que resiste ao modelo célere de velocidade da circulação do capital. O cinema brasileiro se reinventa nas circunstâncias impostas a ele e nas inquietações de criadores arrojados que constantemente reinventam as formas do fazer.

“Nesse contexto premente de inspirações, a nona edição da Mostra Tiradentes SP apresenta uma seleção que ilumina o cinema brasileiro contemporâneo como potente subterfúgio para a reflexão da atualidade e de suas temáticas diversas e urgentes, trazendo o cinema como forte aliado na criação de novos imaginários para o futuro”, destaca o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Miranda.

“Vamos celebrar este encontro anual, que em 2021 será virtual, mas que fortalece nossos laços neste tempo presente histórico em que a essência está na simplicidade de fazer o que é possível com a grandeza que a arte merece ser vivenciada e aplaudida. Na 9ª edição, o público poderá conferir filmes que são destaques da produção brasileira de 2021”, comentou Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes | SP.

acucenatiradentes2021Cena do longa Açucena, de Isaac Donato: melhor filme da Mostra Aurora.

A abertura acontecerá no dia 18 de março, às 20h, no site oficial do evento (clique aqui). A programação consiste em uma performance audiovisual que apresenta a temática central do evento com arte, música e movimento criada por Chico de Paula e Raquel Hallak. Na sequência, será realizado o debate inaugural com o tema Vertentes da Criação, foco central do evento.

E, ainda, na abertura, o público poderá conferir a pré-estreia do filme Açucena, documentário baiano dirigido por Isaac Donato, que foi eleito pelo Júri Oficial da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes como o melhor filme da Mostra Aurora. O longa ficará disponível por 72 horas.

Dedicada exclusivamente à exibição de trabalhos de diretores em início de carreira, independentemente da idade, mas que tenham até três longas realizados, a Mostra Aurora reúne, em 2021, filmes inéditos de diretoras e diretores de cinco estados: Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, mantendo o seu olhar para a produção autoral das mais variadas regiões do país.

Sete filmes integram a seleção da Mostra Aurora, que ficarão disponíveis por 72 horas, a partir da data de estreia/abertura do sinal:

A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann (PR)
Açucena, de Isaac Donato (BA)
Eu, Empresa, de Leon Sampaio e Marcus Curvelo (BA/MG)
Kevin, de Joana Oliveira (MG)
O Cerco, de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spíndola (RJ)
Oráculo, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn (SC)
Rosa Tirana, de Rogério Sagui (BA)

Nesta edição, a Mostra Tiradentes | SP proporcionará para o público a oportunidade de conferir os longas-metragens selecionados para a Mostra Olhos Livres. Recorte da programação da Mostra Tiradentes, que se notabiliza pela diversidade de olhares e formas e sem conceitos fechados ou critérios uniformizantes, a Mostra Olhos Livres esboça um panorama mais amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro.

A seleção ficará disponível de 19 a 24 de março:

Amador, de Cris Ventura (GO/MG)
Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (RS)
Nũhũ yãg mũ yõg hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (MG)
Rodson ou (Onde o Sol não Tem Dó), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra (CE)
Subterrânea, de Pedro Urano (RJ)
Voltei!, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA)

Sobre a seleção, os curadores comentaram: “Se a Mostra Aurora dá visibilidade a filmes e cineastas em seus primeiros trabalhos, a Mostra Olhos Livres consolidou um perfil de filmes e cineastas que já contaram com alguma visibilidade e possuem carreiras mais consolidadas, mas que na Mostra de Cinema de Tiradentes encontram um debate e uma janela muito especial. O conjunto de filmes selecionados e que já foram exibidos no evento em janeiro, se afigura como uma síntese do que há de mais forte no cinema brasileiro da temporada”.

lambadaestranhatiradentesSPCena do curta Lambada Estranha, de Luisa Marques e Darks Miranda.

Também avaliada pelo Júri Oficial na 24ª Mostra Tiradentes, a Mostra Foco de curtas será exibida em sua totalidade. Geralmente muito aguardado pelo público, devido à duração dos filmes e à possibilidade de se assistir a títulos variados numa mesma sessão, o curta-metragem sempre teve um tratamento especial na programação, sendo a Mostra Foco um dos recortes mais aguardados.

Em 2021, a seleção conta com três linhas de aproximações entre os curtas-metragens: filmes que pensam a catástrofe, a destruição e o colapso do mundo, tratando sobre em que medida isso se conecta a uma crise generalizada da política institucional e de um projeto de país; filmes que borram fronteiras entre o real e o imaginário, o que existe de possível na concretude das vivências e o que há de criação do impossível no campo da imaginação; e enredos de distopia, com alegorias que aludem ao presente, pensam os processos históricos e apontam possíveis futuros.

Ao todo, 11 filmes de nove estados integram a seleção; os curtas-metragens da Mostra Foco ficarão disponíveis de 19 a 24 de março:

4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira (MG)
A Destruição do Planeta Live, de Marcus Curvelo (BA)
Abjetas 288, de Júlia da Costa e Renata Mourão (SE)
Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci (SP)
De Costas pro Rio, de Felipe Aufiero (AM/PR)
Drama Queen, de Gabriela Luíza (MG)
Eu Te Amo, Bressan, de Gabriel Borges (PR)
Lambada Estranha, de Luisa Marques e Darks Miranda (RJ)
Novo Mundo, de Natara Ney e Gilvan Barreto (RJ)
Preces Precipitadas de um Lugar Sagrado que Não Existe Mais, de Rafael Luan e Mike Dutra (CE)
Ratoeira, de Carlos Adelino (SC)

A programação da 9ª Mostra Tiradentes | SP promoverá quatro debates, com a participação de 16 convidados. São diretores e diretoras, roteiristas, atrizes, atores e profissionais do audiovisual no centro das conversas, trazendo novas vozes e olhares, dando sequência às discussões realizadas em janeiro, com destaque para os filmes em exibição e para as diversas faces da criação como performance, dramaturgia e invenção.

Os debates da série Encontro com os Filmes realizados com longas-metragens em exibição durante a 24ª Mostra Tiradentes já estão disponíveis no canal do YouTube da Universo Produção. Clique aqui.

Fotos: Divulgação/Olhar Distribuição.

Festival de Cannes 2021: Spike Lee será o presidente do júri

por: Cinevitor

spikeleecannes2021Spike Lee vai comandar o grupo que decide o vencedor da Palma de Ouro.

Em janeiro do ano passado, o Festival de Cannes anunciou que o cineasta americano Spike Lee seria o presidente do júri de sua 73ª edição, que aconteceria em maio. Porém, por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi adiado algumas vezes e adotou um novo formato.

Entre tantas incertezas, uma edição extraordinária chamada Spécial Cannes 2020 aconteceu presencialmente em outubro, no Palácio dos Festivais, com quatro pré-estreias de filmes da Seleção Oficial, curtas-metragens selecionados em competição e títulos da Cinéfondation. Por conta da situação, os longas não foram exibidos em competição.

Um ano depois do anúncio sobre Spike Lee, a 74ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 6 e 17 de julho, acaba de confirmar que o consagrado diretor será o presidente do júri deste ano, já que não conseguiu assumir tal função na edição passada. Fiel aos seus compromissos, o cineasta prometeu apoiar o festival em seu retorno à Croisette.

Em comunicado oficial, Pierre Lescure, presidente do Festival de Cannes, disse: “Ao longo dos meses de incertezas que acabamos de passar, Spike Lee nunca parou de nos encorajar. Esse apoio finalmente está se concretizando e não poderíamos ter esperado por uma personalidade mais poderosa para mapear nossos tempos difíceis”. Thierry Frémaux, diretor geral do evento, completou: “Seu entusiasmo e paixão pelo cinema nos deram um grande impulso para preparar o grande festival que todos esperavam. A festa vai ser ótima!”.

Spike Lee fez sua estreia em Cannes em 1986, na Quinzena dos Realizadores, com a comédia Ela Quer Tudo e foi premiado. Em 1989 voltou com Faça a Coisa Certa, exibido na Competição Oficial. Com Febre da Selva disputou a Palma de Ouro, em 1991, e recebeu uma Menção Especial do Júri Ecumênico. Em 1999, voltou para a Quinzena dos Realizadores com O Verão de Sam. Com Ten Minutes Older: The Trumpet, filme no qual divide a direção com outros cineastas, entre eles, Werner Herzog, Jim Jarmusch e Wim Wenders, passou pela mostra Un Certain Regard.

Em 2018, depois de uma ausência de 22 anos, Spike Lee exibiu Infiltrado na Klan na Competição Oficial e disputou a Palma de Ouro. O filme, protagonizado por John David Washington, levou o Grande Prêmio do Júri e também uma Menção Especial do Júri Ecumênico.

A Seleção Oficial e a composição completa do júri serão divulgadas no início de junho, assim como outras informações sobre a 74ª edição.

Foto: Getty Images.

Festival Curta Cinema 30 Anos: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

adamadoestaciocurtacinemaFernanda Montenegro em A Dama do Estácio, de Eduardo Ades.

O Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro, o Curta Cinema, comemora 30 anos com uma edição especial realizada totalmente on-line e gratuita, que acontecerá entre os dias 17 e 24 de março. A programação conta com mais de cem curtas, que serão exibidos através da plataforma Festhome TV e ficarão disponíveis por 24 horas.

O Curta Cinema começou em março de 1991 com o sonho de estabelecer um espaço de contato e de trocas entre os apaixonados por cinema e a exibição de curtas-metragens, que estavam ganhando cada vez mais espaço no meio cinematográfico. O projeto nasceu da luta para restabelecer o apoio à cultura, que tinha se pedido na época: “Trinta anos depois, mantemos o sonho e a força de lutar por estes mesmos objetivos. O Curta Cinema tornou-se uma referência no país e no mundo e agora estamos ingressando no universo virtual para, em breve, retornarmos no presencial, depois de vencermos todas estas lutas”, afirmou Ailton Franco Jr., diretor do festival.

A programação desta edição comemorativa é composta por quatro mostras e um programa educativo direcionado a alunos da rede de ensino médio e fundamental, já tradicional ao longo da história do Curta Cinema: “Por conta da pandemia de Covid-19, o festival optou por apresentar uma curadoria mais enxuta do que a dos anos anteriores e mais adequada ao on-line. Olhando pelo lado positivo, acreditamos que migrar para a internet nesse momento tão delicado que estamos vivendo, é de grande importância para atingir um público maior e levar cultura de forma democrática a todos”, disse Paulo Roberto Jr., coordenador de programação.

A seleção traz filmes que marcaram o cinema brasileiro, como: A Dama do Estácio, de Eduardo Ades, que traz Fernanda Montenegro como a protagonista Zulmira, uma velha prostituta que um dia acorda obcecada com a ideia de que vai morrer e percebe que precisa de um caixão; Uma Estrela para Ioiô, de Bruno Safadi, com Mariana Ximenes, que gira em torno do desejo de Antônio Cleide, papel de Gustavo Falcão, que deseja oferecer uma vida melhor à sua namorada, a prostituta Ioiô; Vestido de Laerte, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, estrelado pela própria cartunista; entre outros.

Um dos principais destaques do Panorama Carioca é o documentário inédito Ar, de Beth Formaggini, que traz a visão da cineasta, internada com Covid-19, em uma cama de hospital. A mostra mantém a sua tradição como uma das principais vitrines do cinema independente feito no Estado do Rio de Janeiro.

Já o Panorama Latino-americano traz uma novidade nesta edição: a seleção dos filmes foi feita em parceria com nove importantes festivais latino-americanos, por intermédio da Red Ibero Fest. De forma colaborativa, os festivais Cortópolis (Argentina), Bogoshorts (Colômbia), Iberofest (Colômbia), Cinelebu (Chile), Shorts México (México), GIFF (México), CinefestPy (Paraguai), MUTA Festival Internacional de Apropiación Audiovisual (Peru) e Festival de Cine Nuevo Detour (Uruguai) selecionaram os mais significativos filmes latino-americanos de 2019/20. O resultado é uma curadoria inédita, múltipla e bem diferente dos anos anteriores.

pracawaltdisneycurtacinemaCena do curta pernambucano Praça Walt Disney, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira.

A Mostra Panorama 30 Anos – Miragem reúne uma seleção de curtas exibidos nas três décadas do Festival Curta Cinema, criado em 1991. Os seis programas da mostra, realizada pela jornalista e curadora convidada Lais Rodrigues, trazem filmes de diferentes gerações de diretores que nos proporcionam percepções sobre o mundo e propõem reflexões sobre a produção de narrativas.

Na Mostra Origens, a intenção é trazer curtas-metragens sobre a cultura indígena do ponto de vista dos próprios índios. Com curadoria colaborativa entre o cineasta Takumã Kuikuro e artistas indígenas, a mostra traz uma seleção de filmes experimentais e outros mais produzidos realizados pelos povos nativos e originários do Brasil. O resultado final é um amálgama de propostas estéticas e abordagens muito distintas entre si, que evidencia a riqueza cultural do audiovisual produzida nas tribos brasileiras.

A Mostra Premiados de 2020 exibe os curtas vencedores das mostras Competitivas Nacional e Internacional que participaram da primeira parte da 30ª edição do Festival Curta Cinema, realizada também on-line em novembro do ano passado.

Além disso, dois filmes premiados na Competitiva Internacional foram indicados ao Oscar 2021 na categoria de melhor curta-metragem. O Presente (The Present), que conta a história de um homem palestino e sua filha tentando cruzar as fronteiras entre a Cisjordânia e Israel para comprar um presente; e White Eye, que aborda um problema familiar em Israel: preconceito de grande parte da população e da polícia contra imigrantes. Os curtas serão exibidos no sábado, dia 20/03, às 18h, e ficarão disponíveis por 24 horas.

Para esta edição comemorativa, o site Vertentes do Cinema propôs a mostra 30 Vertentes do Cinema Brasileiro Através do Curta Cinema, um recorte do que aconteceu nesses trinta anos. Um atravessamento que entrecortou a história do Brasil refletido inteiramente por lentes-olhares de cineastas diversos e ávidos por criar um novo mundo. A curadoria do crítico Fabricio Duque selecionou um curta-metragem de cada ano e que melhor representa mudanças e experimentações narrativas desses trinta anos. Os filmes serão exibidos no próprio site Vertentes do Cinema, em sessões divididas por anos e de acompanhamento linear.

Na segunda parte do festival, haverá ainda atividades paralelas, como Laboratório de Projetos de Curta Metragem, que contempla jovens cineastas com a possibilidade de realização de seus curtas; Oficina de Documentário, ministrada por Beth Formaggini; Oficina Decibéis: as fronteiras entre os curtas-metragens e os videoclipes, com Duda Leite; palestras, masterclasses e o Laboratório de Ideias, espaço virtual de discussão e criação para o desenvolvimento de roteiros de curtas-metragens. Os consultores Paulo Lins e Sylvia Palma conduzirão o debate.

Para esta edição comemorativa, o Festival Curta Cinema reformulou a tradicional Sessões Escolas no Programa Educativo e preparou quatro programas temáticos: renovação e reciclagem, imaginação criativa, família e afeto e inclusão. Cada programa é composto por dois filmes que são apresentados e contextualizados por um educador especialista na área. Os filmes ficarão disponíveis por seis meses no YouTube Sala de Leitura da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

Os curtas que compõem os programas do Panorama Carioca e Panorama Latino-americano concorrerão ao prêmio de melhor filme, eleitos pelo voto popular.

Conheça os filmes selecionados para o Festival Curta Cinema 30 Anos:

MIRAGEM – PANORAMA 30 ANOS

4Portes, de Louise Botkay (RJ) (2009)
A Dama do Estácio, de Eduardo Ades (RJ) (2012)
A Janela Aberta, de Philippe Barcinski (SP) (2002)
A Menina do Algodão, de Kleber Mendonça Filho (PE) (2003)
A Onda Traz, O Vento Leva, de Gabriel Mascaro (PE) (2012)
Angeli 24h, de Beth Formaggini (RJ) (2010)
Circuladô, de André Parente (RJ) (2006)
Command Action, de João Paulo Miranda Maria (SP) (2015)
Contos da Maré, de Douglas Soares (RJ) (2013)
De Volta ao Quarto 666, de Gustavo Spolidoro (RS) (2008)
Do Lado de Fora, #MARIELLEVIVE, de Ludmila Curi (RJ) (2018)
Dreznica, de Anna Azevedo (RJ) (2008)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP) (2019)
Geraldo Voador, de Bruno Vianna (RJ) (1994)
Loja de Répteis, de Pedro Severian (PE) (2014)
Natureza Morta, de Mariana Kaufman (RJ) (2015)
O Teu Sorriso, de Pedro Freire (RJ) (2009)
O Velho e o Novo, de Daniel Caetano (RJ) (2012)
Orwo Foma, de Karen Black e Lia Letícia (RJ) (2012)
Pendular, de Julia Murat (RJ) (2009)
Praça Walt Disney, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira (PE) (2011)
Ruído, de Gabraz Sanna (RJ) (2017)
Tropel, de Eduardo Nunes (RJ) (2000)
Um Outro Ensaio, de Natara Ney (RJ) (2010)
Um Sol Alaranjado, de Eduardo Valente (RJ) (2001)
Uma Estrela pra Ioiô, de Bruno Safadi (RJ) (2003)
Vestido de Laerte, de Claudia Priscilla e Pedro Marques (SP) (2012)

PANORAMA CARIOCA

Amor e Luz, de Chico Serra
Aqui é meu lugar, de Breno Soares
Ar, de Beth Formaggini
Arroz, Feijão e Cinema, de Leo Barros
Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud
BIG BANG BOOM, de Lívia Uchôa
Blackout, de Rossandra Leone
Corpo Aberto, de Diego Quinderé
Joãosinho da Goméa, O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra
Maré Mansa Traiçoeira, de Daniel Paes
Memórias de Parede, de Luca Salgado e Rafaela Barreto
Nome de Batismo: Frances, de Tila Chitunda
O Prazer de Matar Insetos, de Leonardo Martinelli
Ouro Para o Bem do Brasil, de Gregory Baltz
Papinha de Goiaba, de Tiago Fonseca
Por trás das Tintas, de Alek Lean
Quem Matou Chiquito Chaves?, de Giovanna Giovanini e Rodrigo Boecker
Travelling Adiante, de Lucio Branco
Viva Alfredinho, de Roberto Berliner
Zona Abissal, de Darks Miranda e Luisa Marques

PREMIADOS 2020 | NACIONAIS

Menarca, de Lillah Halla (SP)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (RJ)
O Jardim Fantástico, de Fabio Baldo e Tico Dias (SP)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Sabrina, de Jéssica Barreto (SP)

PREMIADOS 2020 | INTERNACIONAIS

84, de Daniel Santiago Cortés (Colômbia)
Como Desaparecer, de Leonhard Müllner, Michael Stumpf e Robin Klengel (Áustria)
O Presente, de Farah Nabulsi (Palestina)
Wan Ju Wu, de Isabela Bianchi (Espanha)
White Eye, de Tomer Shushan (Israel)

MOSTRA ORIGENS

Anut Gidahankis Minikwekviyenekis: Conhecimento dos Antigos, de Davi Marworno (AM)
Centenário da Aldeia de Dourados, de Rossandra Cabreira (MS)
Equilíbrio, de Olinda Muniz Wanderley – Yawar (SP)
ITO, de Takumã Kuikuro (MT)
Jeroki Gwasu, de Michele Perito Concianza Kaiowá (MS)
Kaapora, de Olinda Muniz Wanderley – Yawar (SP)
Kamukuwaká: A História Sagrada do Povo Alto Xinguano, de Piratá Waurá (MT)
Karioka, de Takumã Kuikuro (MT/RJ)
Kunhangue – Universo de um Novo Mundo, de Graciela Guarani (SP)
Mbya Mirim, de Ariel Duarte Ortega e Patrícia Ferreira (RS)
O Verbo se Fez Carne, de Ziel Karapotó (PE)
Os Encantos do Rio, de Takumã Kuikuro (MT)
Pele de Branco, de Takumã Kuikuro (MT)
Prevenção do Povo Wauja Contra Covid19, de Piratá Waurá (MT)
Quarentena dos Guarani Kaiowa, de Juvenal Hermes da Silva e Thaila Cabreira da Silva
Wate’wa – O Jovens Xavantes que Batem Água, de Caimi Waiassé Xavante e Leandro Pirinai’a (MT)
Xandoca, de Davi Marworno e Takumã Kuikuro (MT)
YWY NHE’EM PORÃ, de Alberto Alvares

30 VERTENTES DO CINEMA BRASILEIRO

A Galinha que Burlou o Sistema, de Quico Meirelles (SP) (2012)
A Maldita, de Tetê Mattos (RJ) (2007)
A Pessoa é para o que Nasce, de Roberto Berliner (RJ) (1998)
As Sombras, de Juliana Rojas e Marco Dutra (SP) (2009)
Assunto de Família, de Caru Alves de Souza (SP) (2011)
Biografia do Tempo, de Marcos Pimentel e Joana Oliveira (MG) (2004)
Caligrama, de Eliane Caffé (SP) (1995)
Cartão Vermelho, de Laís Bodanzky (SP) (1994)
Ciclo 7×1, de Gil Baroni (PR) (2015)
Como se Morre no Cinema, de Luelane Loiola Corrêa (RJ) (2002)
Dias de Greve, de Adirley Queirós (DF) (2009)
Diz que é Verdade, de Claryssa Almeida e Pedro Estrada (MG) (2019)
Do Dia em que Macunaíma e Gilberto Freire Visitaram o Terreiro de Tia Ciata Mudando o Rumo da Nossa História, de Sérgio Zeigler e Vitor Angelo (SP) (1998)
Dos Restos e das Solidões, de Petrus Cariry (CE) (2006)
Egum, de Yuri Costa (RJ) (2020)
Engano, de Cavi Borges (RJ) (2008)
Esta Não é a Sua Vida, de Jorge Furtado (RS) (1991)
Kairo, de Fábio Rodrigo (SP) (2018)
Lá e Cá, de Sandra Kogut (RJ) (1995)
Macabéia, de Erly Vieira Jr, Lizandro Nunes e Virginia Jorge (ES) (2000)
Mãe de Lesbos, de Marcelo de Trói (BA) (2003)
No Interior da Minha Mãe, de Lucas Sá (MA) (2013)
Nossa Pintura, de Fábio Nascimento e Thiago Oliveira (PA) (2014)
Novela, de Otto Guerra (RS) (1993)
O Jeito Brasileiro de Ser Português, de Gustavo Melo (RJ) (2000)
Rapsódia para um Homem Comum, de Camilo Cavalcante (PE) (2005)
Recife de Dentro para Fora, de Katia Mesel (PE) (1997)
Tentei, de Laís Melo (PR) (2017)
Transverso, de Fernanda Paz (PR) (2015)
Viver a Vida, de Tata Amaral (SP) (1991)

PROGRAMAS EDUCATIVOS

A Viagem de Ícaro, de Kaco Olimpio e Larissa Fernandes (GO)
A Volta para Casa, de Diego Freitas (SP)
Apocalipse de Verão, de Carolina Durão (RJ)
Balão Azul, de Alice Gomes (RJ)
Catadora de Gente, de Mirela Kruel (RS)
O Véu de Amani, de Renata Diniz (DF)
Uma História das Cores, de Victor Hugo Fiuza (RJ)
Viagem na Chuva, de Wesley Rodrigues (GO)

PANORAMA LATINO-AMERICANO

Asi En La Tierra, de Joel Vazquez Cardenas (México)
Atmósferas, de Leinad Pájaro De la Hoz (Colômbia/Cuba)
Cabra Chica, de Maria Jesús Saiz (Chile)
Con olor a mandarina, de Sandra Da Silva (Paraguai)
El dia comenzó ayer, de Julián Hernandez (México)
El dibujo de un pez, de Juana Castro (Colômbia)
El Fin del Invierno, de Macarena Fernández Puig (Uruguai)
El punto verde en el año 3785, de Yassmina Samudio (Paraguai)
El tamaño de las cosas, de Carlos Felipe Montoya (Colômbia)
Esta obra no ha de tener título, de Juan María Bianchini (Argentina)
Expiatório, de Manuel Acuña (Cuba/México)
Fragmentos Petenciales de Obras para Desplegar Fractal e Cíclicamente, de Paola Vela (Peru)
Fronteras II, de Victoria Maréchal (Argentina)
IXCH’UMIL, de Miguel Ajcot (Guatemala)
Juan El Pescador, de Freddy Rojas Matamala (Chile)
La Cama, de Daniela Abad (Colômbia)
La Frontera, de Erika Oreguel (México)
La Fuente de Agua, de Ima Cabrera Abanto (Peru)
La tortuga de plástico, de Claudia Osejo e Miguel León (Colômbia)
La Yuyera, de Maria Avalos (Paraguai)
Lo que nos queda, de Yudiel Landa (México)
Macho, de Emmanuel Vidal Cogollo (Colômbia)
Naayilo’ob ja’ (Sueños de Agua), de Domingo Pablo Ortiz (México)
Recuerdo de mi Presentación, de Antanas Amador (México)
s/t, de Nicole Remy (Peru)
Sueños de Pedro, de Fernando Restelli e Francisco Fantin (Argentina)
Todo lo cercano se aleja, de Francisco Bouzas (Argentina)
Vapor de las raíces, de Paulina Rodríguez (México)
Wheels, de Roberto Fiesco (México)
Yí (el rio que no se corta), de Karin Porley von Bergen (Uruguai)
Yvy Marane’y – La Tierra Sin Mal, de Leticia Vazquez (Paraguai)

*Este projeto é financiado pelos recursos disponibilizados pela Lei Aldir Blanc, geridos pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura.

Fotos: Divulgação.