Todos os posts de Cinevitor

No Salão Jolie

por: Cinevitor

nosalaojolieposter1Chez jolie coiffure

Direção: Rosine Mbakam

Ano: 2018

Sinopse: O microcosmos de um salão de beleza magnifica o universo que há para além de suas portas. Sabine, imigrante camaronesa em Bruxelas, gerencia um salão de exímios 8m² no bairro africano de Matongé sob as ameaças de fechamento pela polícia. Ela e outros cabeleireiros indocumentados organizam e ajudam uns aos outros a lidar com o subterrâneo, trabalhando de 13 a 14 horas por dia sob ameaça constante.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Banquete Coutinho

por: Cinevitor

banquetecoutinhoposter1Direção: Josafá Veloso

Elenco: Eduardo Coutinho.

Ano: 2019

Sinopse: O filme propõe olhar para a obra do documentarista Eduardo Coutinho como um grande todo. Teria um dos mestres do cinema brasileiro feito sempre o mesmo filme? A partir de um encontro filmado com o diretor, em 2012, e vasto material de arquivo, o longa mantém acesas as inquietações do cineasta, falecido dois anos após a entrevista. Obra e pensamento de Coutinho resistem ao tempo, que a tudo apagará.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Com Brad Pitt e Liv Tyler, Ad Astra, de James Gray, ganha trailer

por: Cinevitor

adastrabradpittrailer1Protagonista: Brad Pitt em cena.

Com roteiro e direção de James Gray, de Z: A Cidade Perdida e Era Uma Vez em Nova York, Ad Astra conta a história de Roy McBride, interpretado por Brad Pitt, em uma missão em busca de seu pai, vivido por Tommy Lee Jones.

Com produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features, o longa tem ainda no elenco Liv Tyler, Donald Sutherland, Ruth Negga, Greg Bryk, John Ortiz, Loren Dean e Kimberly Elise. A previsão de estreia no Brasil é 19 de setembro.

Na trama, Roy McBride viaja para os limites do sistema solar para encontrar seu pai desaparecido e desvendar um mistério que ameaça a sobrevivência do nosso planeta. Sua jornada revelará segredos que desafiam a natureza da existência humana e nosso lugar no cosmos.

Confira o trailer de Ad Astra:

Foto: Divulgação/Fox Film.

X-Men: Fênix Negra

por: Cinevitor

fenixnegraposter1Dark Phoenix

Direção: Simon Kinberg

Elenco: Sophie Turner, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult, Tye Sheridan, Alexandra Shipp, Evan Peters, Kodi Smit-McPhee, Jessica Chastain, Scott Shepherd, Ato Essandoh, Brian d’Arcy James, Halston Sage, Lamar Johnson, Summer Fontana, Hannah Emily Anderson, Josh McLaglen, Todd Hallowell, Karen Ivany, Alex Gravenstein, Daniel Rindress-Kay, Raphael Grosz-Harvey, Orphée Ladouceur-Nguyen, Gryffin Hanvelt, Emilio La Torre, Julian Bailey, Andre Bedard, Michael Lipka, Robert Montcalm, Sebastian MacLean, Vanessa Jackson, David Patrick Green, Sean Denny, Aphra Williams, Maurizio Terrazzano, Simon Alain, Chris Claremont, Matt Keyes, Brady Allen, Dave Campbell, Andrew Stehlin, Kota Eberhardt, Tyler Elliot Burke, Sébastien Bolduc, Joey Coleman, Ian Zentner.

Ano: 2019

Sinopse: Esta é a história de um dos personagens mais amados dos X-Men, Jean Grey, enquanto ela evolui para a icônica Fênix Negra. Durante uma missão de resgate no espaço com risco de vida, Jean é atingida por uma força cósmica que a transforma em um dos mais poderosos mutantes. Lutando com esse poder cada vez mais instável, e também com seus próprios demônios, Jean fica fora de controle, dividindo a família X-Men e ameaçando destruir a própria estrutura do nosso planeta. X-Men: Fênix Negra é o culminar de 20 anos de filmes X-Men, onde a família de mutantes deve enfrentar seu mais devastador inimigo: um dos seus.

Crítica do CINEVITOR: Em breve.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Amazônia Groove

por: Cinevitor

amazoniagrooveposterDireção: Bruno Murtinho

Elenco: Mestre Damasceno, MG Calibre, Thiago Albuquerque, Albery Albuquerque, Paulo André Barata, Waldo Squash, Sebastião Tapajós,  Dona Onete, Gina Lobrista, Manoel Cordeiro, Alfredo Oliveira, Úrsula Vidal, Edgar Augusto, Paes Loureiro.

Ano: 2018

Sinopse: Amazônia Groove, nome extraído do CD homônimo de Marco André, idealizador e diretor musical do filme, cruza a Amazônia Paraense, revelando artistas e tradições musicais que pulsam numa região pouco conhecida dos próprios brasileiros. As extraordinárias vidas dos protagonistas e a intangível força do lugar estão em cada fotograma do filme. Tal força, fruto de antigas culturas, faz emanar uma sonoridade única, diferente de tudo que a maioria de nós já experimentou nos cinemas. Através de seus artistas, o filme dá voz a uma parte fundamental do Planeta Terra, estendendo o olhar do Brasil e do mundo para uma quase desconhecida tradição musical que tanto tem a nos revelar.

Crítica do CINEVITOR: Premiado no South by Southwest, SXSW Film Festival, pela fotografia de Jacques Cheuiche, o documentário Amazônia Groove, dirigido por Bruno Murtinho, faz um agradável passeio musical pelos ritmos amazônicos. Logo no início, em um belíssimo plano sequência, o som dos pássaros se mistura com uma canção cantarolada por devotos em uma procissão no rio. Depois, o multi-instrumentista Manoel Cordeiro indaga o espectador sobre o poder que a música tem de tocar a alma do homem e pergunta: “quantas músicas cabem nesse rio?”. A partir daqui, o documentário começa a sua missão de apresentar para o espectador as tradições musicais da Amazônia paraense. A cada entrevistado, um novo ritmo: carimbó, Búfalo Bumbá, guitarrada, violão clássico amazônico, sofrência, tecnobrega e muitos outros. Como se fossem esquetes musicais, o diretor destaca a identidade de seus personagens mesclando suas histórias de vida com apresentações dos ritmos que dominam. Nessa mistura musical, conhecemos figuras importantes e consagradas, como Dona Onete, que aos 79 anos esbanja simpatia e talento, além de ser considerada a Diva do carimbó chamegado. O violinista Sebastião Tapajós, muito conhecido na Europa, também integra o time escolhido por Bruno Murtinho para contar um pouco mais sobre a trajetória musical do Pará. A popular e carismática Gina Lobrista é outro destaque do longa. Especialista em sofrência, rende momentos divertidos com suas histórias e canções. O ponto alto de Amazônia Groove é a miscelânea cultural que ecoa ao longo da projeção. Entre vivências e regionalismo, a história musical do Pará é contada por quem entende do assunto e vive disso. Fala-se de folclore, ancestralidade, influências, críticas, a convivência com a musicalidade desde os primórdios, lendas, encantarias, sucesso, a natureza amazônica, a poesia que vem do rio e de como esses ritmos se espalharam mundo afora. As experiências de seus entrevistados ficam ainda mais interessantes para aqueles que pouco conheciam tal cultura. Aqui, há espaço para todos os gêneros: desde sons de pássaros até o fenômeno das festas de aparelhagem. Amazônia Groove não deixa de ser uma homenagem a esses artistas e seus ritmos; serve também como homenagem ao Pará, que exporta e eterniza a identidade de seu povo e o calor amazônico para todos os cantos por meio da música. Para os leigos, uma aula de gêneros musicais. Para os admiradores, um show de talentos na tela grande. É impressionante pensar que um único lugar consegue ser tão eclético e proporcionar diversas experiências sonoras. O documentário de Murtinho chega aos cinemas em um momento importante, no qual a cultura brasileira sofre ameaças. É preciso enaltecer cada vez mais a nossa arte e reverenciar nossos artistas. Contar a história desse povo, que carrega nossa identidade na música, é fundamental para que possamos compreender e valorizar ainda mais nossas raízes. Amazônia Groove cumpre essa função ao registrar ritmos musicais que contam um pouco mais da vasta musicalidade brasileira. Os sons e os batuques paraenses, que já rodavam o mundo com sua identidade própria, agora serão mais explorados por aqui e tendem a impressionar do Oiapoque ao Chuí. Afinal, quem canta seus males espanta. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Memórias da Dor

por: Cinevitor

memoriasdorposterLa douleur

Direção: Emmanuel Finkiel

Elenco: Mélanie Thierry, Benoît Magimel, Benjamin Biolay, Grégoire Leprince-Ringuet, Emmanuel Bourdieu, Anne-Lise Heimburger, Patrick Lizana, Shulamit Adar, Joanna Grudzinska, Caroline Ducey, Salomé Richard, Olivier Veillon, Bertrand Schefer, Mathias Labelle, Nathan Gabily, François Prodromidès, Fabrice Adde, Brett Gillen, Stanislas Nordey, Barouch Rafiq, Lukas Trotta, Elsa Amiel, Eric Breton le Veel, Marielle de Rocca-Serra, Wandrille Godefroy, Emilien Mathey, Adèle Sher.

Ano: 2017

Sinopse: Junho de 1944. A França ainda está sob ocupação alemã. O escritor Robert Antelme, uma grande figura da Resistência, foi preso e deportado. Sua jovem esposa Marguerite, escritora e resistente, está dilacerada pela ansiedade de não ter notícias dele. Ela conhece um agente francês da Gestapo, Pierre Rabier, e, desesperada para encontrar seu marido, testa uma relação ambígua com este homem. O fim da guerra e o retorno dos campos anunciam a Marguerite o início de uma espera dolorosa, agoniante, lenta e silenciosa em meio ao caos da libertação de Paris. Baseado no romance A Dor, de Marguerite Duras.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

O Homem que Matou Dom Quixote

por: Cinevitor

homemmatoudomquixoteposternovoThe Man Who Killed Don Quixote

Direção: Terry Gilliam

Elenco: Adam Driver, Jonathan Pryce, Olga Kurylenko, Stellan Skarsgård, Joana Ribeiro, Jorge Calvo, José Luis Ferrer, Rossy de Palma, Ismael Fritschi, Juan López-Tagle, William Miller, Will Keen, Jason Watkins, Paloma Bloyd, Óscar Jaenada, Sonia Franco, Viveka Rytzner, Alberto Jo Lee, Bruno Sevilla, Jordi Mollà, Juan Machín, Inma Navarro, Jimmy Castro, Hovik Keuchkerian, Carlos Esteve, Mario Tardón, Antonio de la Cruz, Matilde Fluixá, Antonio Gil, Sergi López, Bruno Schiappa, Hipolito Boro, Lídia Franco, Filipa Pinto, Javier Iglesias, Terry Gilliam, Diogo Andrade, Eva Basteiro-Bertoli, Patrik Karlson, Eudald Magri, Eva María Milara.

Ano: 2018

Sinopse: Quando faz seu filme de conclusão de estudos, o jovem cineasta Toby viaja à Espanha para filmar uma versão independente de Dom Quixote. Para o ator principal, escala um sapateiro da região, que nunca trabalhou no cinema antes. Doze anos se passam e Toby, agora um renomado diretor de comerciais de televisão, tem a oportunidade de fazer uma superprodução também baseada no livro de Cervantes. Ele retorna à Espanha, começa as gravações, mas logo enfrenta uma crise criativa. Buscando inspiração, tenta reencontrar os atores do projeto anterior. Toby descobre que o sapateiro enlouqueceu e realmente acredita ser Dom Quixote. Pior ainda, o cavaleiro maluco confunde Toby com seu fiel escudeiro, Sancho Pança.

*Filme visto na 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Festival Varilux de Cinema Francês 2019: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

quemvocepensaquesouvariluxJuliette Binoche e François Civil em Quem Você Pensa que Sou.

A diversidade da cinematografia francesa chega mais uma vez ao Brasil com o Festival Varilux de Cinema Francês, que acontecerá entre os dias 6 e 19 de junho. Consolidado como o maior festival de filmes franceses fora da França, em sua décima edição e no ano em que ultrapassa a marca de um milhão de espectadores no país, o Varilux traz para o público uma programação composta por 16 longas-metragens recentes, um clássico e um filme de ação com uma sessão aberta ao público apenas no Rio de Janeiro.

Comédia, animação, drama, ação e filmes históricos são algumas opções desta edição. O público terá a oportunidade de assistir aos mais novos trabalhos de cineastas, astros e estrelas consagradas e também de premiados jovens talentos que imprimem diversidade e originalidade ao cinema francês.

Uma das mais populares atrizes francesas, Juliette Binoche está no filme Quem Você Pensa que Sou, no original Celle que vous croyez, dirigido por Safy Nebbou. A obra retrata o caso de catfishing de uma mulher que, para espionar seu marido, cria um perfil falso nas redes sociais forjando ser muito mais nova do que realmente é. Ela atua ao lado de François Civil, ator em ascensão que prestigiará o Festival e representará ainda a comédia romântica Amor à Segunda Vista, no original Mon Inconnue, onde divide a cena com Joséphine Japy, também presente esse ano.

Em Finalmente Livres (En Liberté), de Pierre Salvadori, que foi premiado na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, e indicado ao César AwardsPio Marmaï e Damien Bonnard dividem a cena com Adèle Haenel. Pierre Niney, conhecido pelo público brasileiro por sua atuação em Yves Saint Laurent e Frantz, está em Através do Fogo (Sauver ou périr), de Frédéric Tellier. Já a prestigiada Camille Cottin participa de O Mistério de Henri Pick (Le mystère Henri Pick) ao lado do consagrado Fabrice Luchini.

atravesdofogovariluxPierre Niney no drama Através do Fogo, de Frédéric Tellier.

O cinema francês, mais do que qualquer outro no mundo, faz questão de abordar questões sociais. Assim, dois filmes encenam o tema escaldante do abuso sexual este ano. O premiado Graças a Deus (Grâce à Dieu), de François Ozon, retrata a história real do padre acusado de molestar dezenas de meninos entre os anos 1980 e 1990. A produção foi vencedora do Urso de Prata, Grande Prêmio do Júri, no Festival de Berlim deste ano. O ator Swann Arlaud, vencedor do Prêmio César, interpreta um dos três personagens principais desse filme e estará presente no festival.

Exibido em Cannes, Inocência Roubada (Les Chatouilles), de Andréa Bescond e Eric Métayer, é baseado na história real vivida pela diretora e mostra a dança como um importante meio de superar traumas sofridos a partir de abusos sexuais na infância. O longa, que passou na mostra Un Certain Regard no ano passado, garantiu dois prêmios César nas categorias de melhor roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante para Karin Viard.

A história da luta dos franceses por seus direitos também será uma das temáticas apresentadas pelo festival. Em julho deste ano comemora-se 230 anos da Tomada da Bastilha e o longa A Revolução em Paris (Un peuple et son roi), de Pierre Schoeller, revisita parte desta história. Na ocasião, o povo francês uniu-se contra a monarquia de Luís XVI exigindo uma transformação na sociedade. Sob os ideais de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, o movimento derrubou o Antigo Regime. O elenco conta com Gaspard Ulliel, Adèle Haenel e Louis Garrel.

revolucaoparisvariluxCena de A Revolução em Paris: duas indicações ao César Awards.

Outro aniversário é o de 30 anos do clássico Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau, com o consagrado Gérard Depardieu, baseado na comédia heroica de Edmond Rostand, cuja criação em 1897 é objeto de outro filme da seleção, a cinebiografia Cyrano Mon Amour, de Alexis Michalik, que virá ao festival. Esse filme mostra o processo criativo do dramaturgo francês ao escrever a aclamada peça Cyrano de Bergerac, sua obra de sucesso traduzida em mais de 40 línguas e tendo seu personagem considerado arquétipo humano como Hamlet e Don Quixote. Cyrano de Bergerac acumulou diversos prêmios pelos festivais onde passou. Ganhou o Oscar de melhor figurino, em 1991, além das indicações para melhor ator (Depardieu), filme estrangeiro, direção de arte e maquiagem. No Festival de Cannes, o protagonista levou o troféu de melhor ator, em 1990. No Globo de Ouro, a produção venceu na categoria de melhor filme estrangeiro. Além disso, recebeu dez estatuetas no César, considerado o Oscar francês, entre elas, melhor filme, melhor ator e melhor direção.

Rebelde e tipicamente francês, um dos personagens mais icônicos do país, marca presença no festival: o invencível Asterix. Na programação, seu mais novo filme e, como os outros, dedicado a toda a família: Asterix e o Segredo da Poção Mágica (Astérix – Le Secret de la Potion Magique), de Louis Clichy e Alexandre Astier. A animação tem roteiro original e a trama conta a aventura da dupla Asterix e Obelix na busca de um novo guardião para a poção mágica da Gália e na tentativa de impedir que a receita caia nas mãos erradas. O filme levou mais de quatro milhões de pessoas aos cinemas na França e também será projetado no âmbito das várias sessões educativas organizadas por todo país.

Estrelado por Omar Sy e por François Civil, o thriller de ação O Chamado do Lobo (Le chant du loup), de Antonin Baudry, terá sessão ao ar livre no Rio de Janeiro. A superprodução poderá ser vista no dia 9, domingo, às 18h30m, na Capitania dos Portos.

cyranovariluxGérard Depardieu e Vincent Perez em Cyrano de Bergerac.

Completam a programação: a comédia dramática Boas Intenções (Les bonnes intentions), de Gilles Legrand; Os Dois Filhos de Joseph (Deux fils), com Vincent Lacoste e Benoît Poelvoorde; o drama de guerra Filhas do Sol (Les filles du soleil), de Eva Husson, com Golshifteh Farahani e Emmanuelle Bercot; Um Homem Fiel (L’homme fidèle), dirigido por Louis Garrel, com Laetitia Casta e Lily-Rose Depp; O Professor Substituto (L’heure de la sortie), de Sébastien Marnier; e a comédia dramática Meu Bebê, com Sandrine Kiberlain e Arnaud Valois.

A delegação francesa formada por nove pessoas, entre atores e diretores, desembarca em São Paulo no dia 5 de junho. Além dos eventos de abertura, apresentam seus filmes em sessões com debate com o público. Para apresentar o filme Amor à Segunda Vista, de Hugo Gélin, estarão no país a atriz Joséphine Japy e o ator François Civil. A produção foi assistida por cerca de 340 mil espectadores na França e Civil recebeu o Prêmio de Interpretação Masculina no Festival International du Film de Comédie de l’Alpe d’Huez.

Para representar a comédia Meu Bebê (Mon Bébé), que traz a terna relação de uma mãe com sua filha caçula que está prestes a sair de casa para estudar no Canadá, virão a diretora Lisa Azuelos e a jovem atriz Thaïs Alessandrin. Mãe e filha na vida real, a história do longa é inspirada nas experiências e sensações vividas por elas. Assistido por quase 600 mil pessoas na França, o longa recebeu o Grand Prix de direção e de melhor atriz para Sandrine Kiberlain no Festival International du Film de Comédie de l’Alpe d’Huez.

Outra dupla presente nesta edição é o casal de diretores Éric Métayer e Andréa Bescond, que está no comando de Inocência Roubada. O roteiro foi escrito originalmente para o teatro e venceu o Prêmio Molière de melhor monólogo, em 2016. Além disso, o diretor, autor e roteirista Alexis Michalik estará no Brasil para falar sobre Cyrano Mon Amour. Outro diretor integrante da delegação é Pierre Scholler, de A Revolução em Paris, que levou 219 mil pessoas aos cinemas franceses.

filhasdosolvariluxEmmanuelle Bercot, Golshifteh Farahani e Mehdi Taleghani em Filhas do Sol.

Mais de 80 cidades brasileiras, nas quais também estão 20 unidades do SESC, exibirão a programação do Festival Varilux. São Paulo, no dia 5 de junho, e o Rio de Janeiro, nos dias 6, 7 e 8 de junho, recebem ainda a delegação artística formada por atores e diretores. Além da exibição dos longas-metragens, o festival realiza também atividades paralelas como sessões com debates com participação de integrantes da delegação, ações e sessões educativas e o 3º Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros sob a coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e diretor geral do FIPA, Festival Internacional de Programação Audiovisual. Com inscrições prévias, o Laboratório acontece entre 3 e 7 de junho no Rio de Janeiro.

“Queremos dedicar essa décima edição à formidável criatividade da sétima arte francesa, aos exibidores e distribuidores brasileiros que resistem; ao entusiasmo e à curiosidade do público; a todos aqueles e aquelas que nos apoiam e a todos os que defendem a diversidade cultural e cinematográfica no Brasil”, enfatiza Christian Boudier, diretor e curador do festival.

“Em 2010, o Festival era apresentado em nove cidades para 22 mil espectadores. No ano passado, desembarcou em 88 cidades e conquistou 180 mil espectadores, provando que o público para um cinema diferente é sempre mais numeroso. Tivemos mais de 600 projeções gratuitas através da parceria com o SESC, uma rede preciosa para a democratização da cultura no Brasil, e mostramos que o Festival também se dedica a formar novos públicos”, conclui Emmanuelle Boudier, diretora e curadora do Varilux.

Para mais informações, clique aqui.

Fotos: Divulgação.

Petra Belas Artes da Diversidade: filmes com temática LGBTQ+ serão exibidos em programação especial

por: Cinevitor

45diassemvocepetrabelasartesÍcaro Silva e Rafael de Bona em cena de 45 Dias Sem Você.

Em maio deste ano, o Cine Belas Artes, um dos mais tradicionais de São Paulo, anunciou um novo patrocínio e ganhou um novo nome: Petra Belas Artes. A cerveja Petra, do Grupo Petrópolis, assinou um contrato de cinco anos com o cinema, maior do que o patrocinador anterior.

Agora, mais uma novidade na programação: o projeto Petra Belas Artes da Diversidade, ação em parceria com a distribuidora O2 Play e que marca o Mês do Orgulho LGBT celebrado em todo o mundo. As sessões especiais começam nesta quarta-feira, 5 de maio, e serão realizadas todas as quartas-feiras, às 20h. Serão longas-metragens ainda inéditos e até premiados em festivais internacionais.

Conheça os filmes que serão exibidos e as datas:

SÓCRATES, de Alex Moratto
05.06 – 20h

O filme conta a poderosa história de um jovem negro, homossexual e morador da periferia de Santos que precisa sobreviver por conta própria após a morte de sua mãe. Ainda inédito nos cinemas brasileiros, foi indicado em três categorias no Independent Spirit Awards 2019, o Oscar do cinema independente: melhor ator para Christian Malheiros e Prêmio John Cassavetes, nas quais não saiu premiado, mas venceu o prêmio Someone to Watch Award, que faz parte do Filmmaker Award. Também foi consagrado no Festival do Rio, Mix Brasil, na Mostra de São Paulo, no Miami Film Festival, na Mostra de Cinema de Gostoso, entre outros.

45 DIAS SEM VOCÊ, de Rafael Gomes
12.06 – 20h

Na trama, conhecemos Rafael, que espera 45 dias por um amor que não retorna. Para curar seu coração partido, decide exilar-se de si mesmo e parte rumo a três diferentes destinos. Em três capítulos, vemos o protagonista conviver com amigos que, por motivos diversos, abandonaram o mundo em que viviam: Júlia na Inglaterra, Fábio em Portugal e Mayara na Argentina. Protagonizado por Ícaro Silva, foi selecionado para diversos festivais, entre eles: Cinema Diverse: The Palm Springs LGBTQ Film Festival, OUTShine Film Festival, San Antonio QFest-LGBT International Film Festival e Mix Brasil.

COPA 181, de Dannon Lacerda
19.06 – 20h

Ainda inédito nos cinemas, Copa 181 conta a história de Taná que vive com a esposa Eros em Copacabana, no Rio de Janeiro. Enquanto ele trabalha numa pequena loja de materiais de construção, dedica-se à carreira de cantora de ópera. Aparentemente, a rotina segue seu curso sem grandes novidades até que um espaço, a sauna gay Copa 181, e os seus garotos de programa e frequentadores afetam a vida do casal.

INTIMIDADE PÚBLICA, de Luciana Canton
26.06 – 20h

Também inédito nos cinemas, o filme apresenta quatro histórias durante as quatro estações do ano: um menino que se descobre gay e precisa lidar com sua própria homofobia, uma prostituta que tenta viver em um casamento ao passo em que mantém sua profissão, uma professora transexual que se envolve com dois alunos e uma mulher que se relaciona com alguém que já morreu. O longa recebeu prêmios na Toronto Film Week, no Manhattan Independent Film Festival, no Dona i Cinema International Film Festival, no Queer Hippo International LGBT Film Festival, no Manchester Film Festival e ainda no Los Angeles Diversity Film Festival.

Para informações sobre o preço dos ingressos, clique aqui.

Foto: Divulgação.

Confira o trailer de Banquete Coutinho, documentário sobre o cineasta Eduardo Coutinho, que será o filme de abertura do 8º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

banquetecoutinhotrailerEduardo Coutinho: um dos maiores documentaristas do Brasil.

Dirigido por Josafá Veloso e produzido por Eugenio Puppo, o documentário Banquete Coutinho, que será o filme de abertura da 8ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, propõe olhar para a obra de Eduardo Coutinho como um grande todo.

Teria um dos mestres do cinema brasileiro feito sempre o mesmo filme? A partir de um encontro filmado com o diretor em 2012 e vasto material de arquivo, o longa mantém acesas as inquietações do cineasta, falecido dois anos após a entrevista. Obra e pensamento de Coutinho resistem ao tempo, que a tudo apagará.

Eduardo Coutinho, que morreu em abril de 2014, é considerado um dos maiores documentaristas do cinema brasileiro. Suas obras ficaram marcadas pela maneira como contava histórias de pessoas comuns. Em 1985, foi premiado no Festival de Berlim com Cabra Marcado Para Morrer. Ao longo da carreira, se destacou com diversos filmes, como: Santo Forte, Babilônia 2000, Edifício Master, Peões, Jogo de Cena, As Canções, Últimas ConversasO Fim e o PrincípioBoca de Lixo, entre outros.

Banquete Coutinho é produzido pela Heco Produções, que, neste ano, completa 25 anos de existência. Para celebrar essa data, foi criado um novo site com informações completas de todos os projetos já realizados pela produtora. Trata-se de um vasto conteúdo, que inclui vídeos e informações de longas-metragens, curtas, séries para TV e a disponibilização integral dos catálogos de retrospectivas como Jean-Luc Cinema Godard, Cinema Marginal Brasileiro e Nelson Rodrigues e o Cinema. Além disso, há uma seção especialmente dedicada à Mostra de Cinema de Gostoso, que é realizada anualmente na cidade de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte.

Além disso, a Heco Produções está em fase de filmagem do próximo longa-metragem dirigido por Eugenio Puppo, chamado O Bom Cinema, documentário sobre a Escola Superior de Cinema da Faculdade São Luís, que foi fundada por um padre jesuíta e funcionou entre 1965 e 1972. O documentário, realizado em parceria com o Canal Curta!, irá abordar a cinefilia da época, o projeto de unificação do país pela ditadura, a relação da Igreja Católica com o cinema, bem como a trajetória de outras escolas de cinema fundadas na época. Alguns dos entrevistados para o documentário incluem Rodolfo Nanni, Jean-Claude Bernardet, Ismail Xavier, Ana Carolina, César Charlone e João Callegaro.

Confira o trailer de Banquete Coutinho:

Foto: Divulgação/Heco Produções.

Animais Americanos

por: Cinevitor

americananimalsposter1American Animals

Direção: Bart Layton

Elenco: Evan Peters, Blake Jenner, Barry Keoghan, Jared Abrahamson, Warren Lipka, Chas Allen, Spencer Reinhard, Eric Borsuk, Betty Jean Gooch, Eddie King, Karen Wheeling Reynolds, James Rackley, Drew Starkey, Anthony J. Police, Ann Dowd, Abigail Dolan, Kevin L. Johnson, Mike Stoudt, Gary Basaraba, Lara Grice, Udo Kier, Fedor Steer, Jack Landry, Wayne Duvall, Blaque Fowler, Tonya Bludsworth, Gretchen Koerner, Carroll M. Johnson, Whitney Goin, Robert C. Treveiler, Jane McNeill, Dorothy Reynolds, Pat O’Keefe, Maggie Lacey, Al Mitchell, Sophia Alongi, Robert Fortunato, Alec Heroux, Ben McIntire, Stacy Rabon.

Ano: 2018

Sinopse: A inacreditável mas verdadeira história de quatro jovens americanos, com temperamentos extremamente diferentes, que se juntam para roubar o livro mais valioso dos EUA. Determinados a viver uma vida não ordinária, eles planejam o roubo perfeito, mas as coisas não saem como o esperado.

*Filme visto no 23º Cultura Inglesa Festival.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Cézanne e Eu, com Guillaume Gallienne e Émile Zola, ganha trailer

por: Cinevitor

cezanneeutrailerFilme francês conta a história de amizade e rivalidade entre o pintor e o escritor.

Com estreia marcada para o dia 4 de julho no Brasil, o drama Cézanne e Eu, no original Cézanne et moi, levou 600 mil espectadores aos cinemas no seu lançamento, na França. O longa conta a história de amizade e companheirismo entre o pintor Paul Cézanne, interpretado por Guillaume Gallienne, e o escritor Émile Zola, vivido por Guillaume Canet.

Amigos desde a infância, a relação entre os dois artistas atravessa o tempo e tenta sobreviver aos altos e baixos da vida adulta e, principalmente, aos caminhos opostos tomados por eles. Eles se amavam com o ardor de garotos de treze anos de idade e seguiram unidos desde sua saída de Aix-en-Provence até suas chegadas a Paris, onde, rapidamente, se tornaram parte da cena de arte em Montmartre e Les Batignolles.

Dirigido por Danièle Thompson, o filme, passado no século 19, destaca as rusgas que começaram a surgir quando suas vidas tomaram caminhos diferentes e suas posições políticas também começaram a divergir. Deste desencontro, inclusive, nasceu uma das obras de Zola, L’Œuvre, na qual Cézanne se viu retratado negativamente.

“Quando falamos de Cézanne, Hugo ou Renoir, hoje em dia, imaginamos velhos notáveis de cabelos brancos. Mas eu descobri jovens no caminho para se tornar algo. O filme é sobre dois amigos que, ao longo de suas vidas, tentam permanecer os mesmos amigos de infância que foram, mas não são mais. É tão forte quanto uma história de amor.  Após a adolescência, eles começam a compartilhar dinheiro, mulheres, obsessões, ambição, a dificuldade de querer ser um. Como realizar seus destinos como escritor e pintor e continuarem amigos? Como é quando um consegue e o outro não? Quando se pode admirar o outro, mas não vice-versa?”, resume a diretora, que também assina o roteiro.

Confira o trailer de Cézanne e Eu:

Foto: Divulgação/Media Bridge/Bretz Filmes.