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Modo Avião, filme original da Netflix, com Larissa Manoela e Erasmo Carlos, começa a ser rodado

por: Cinevitor

larissaerasmonetflixElenco reunido nos bastidores.

A Netflix, principal serviço de entretenimento por internet do mundo, iniciou neste mês as gravações do filme original brasileiro Modo Avião. O longa é estrelado por Larissa Manoela e Erasmo Carlos.

A trama conta a história da jovem Ana, vivida por Larissa Manoela, que estudou moda sonhando em ser uma grande estilista. Mas largou tudo para virar uma influenciadora digital da famosa marca True Fashion, liderada pela executiva Carola, interpretada por Katiuscia Canoro. Ana passa tanto tempo postando fotos e vídeos para promover a marca, que não larga o celular nem para dirigir. Até que um dia, ela sofre um acidente mais sério e, a partir desse momento, é obrigada a se afastar das redes sociais. A partir daí, a jovem vai para o interior na casa do avô Germano, papel de Erasmo Carlos, para uma espécie de detox digital.

Na casa do avô, Ana vai ajudá-lo a consertar seu velho Mustang, com João, vivido por André Frambach, e sua mãe Antônia, interpretada por Dani Ornellas, donos de uma oficina na região. Neste período no interior, Ana vai descobrir histórias da sua família e iniciar uma jornada de autoconhecimento.

Baseado em um roteiro escrito por Alberto Bremmer, Modo Avião tem a versão brasileira escrita por Renato Fagundes, de Os Penetras 2 – Quem Dá Mais? e Vai Que Cola 2 – O Começo, e Alice Name-Bomtempo. Dirigido por César Rodrigues, de Minha Mãe é um Peça 2, o filme é produzido por Luiz Noronha, de A Fábrica.

Foto: Aline Arruda/Netflix

Festival de Veneza 2019 anuncia filmes selecionados; programação conta com produções brasileiras

por: Cinevitor

penelopecruzwaspnetworkPenélope Cruz em Wasp Network, de Olivier Assayas: filme produzido por brasileiros.

A 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de anunciar a lista completa com os filmes selecionados para este ano.

Na programação, destacam-se os novos trabalhos de Noah Baumbach, Roman Polanski, Steven Soderbergh, Ciro Guerra, Todd Phillips, Pablo Larraín e Hirokazu Kore-eda, que exibirá La vérité, com Catherine Deneuve, Juliette Binoche e Ethan Hawke, na noite de abertura. Neste ano, o júri será presidido pela cineasta argentina Lucrecia Martel.

O suspense The Burnt Orange Heresy, de Giuseppe Capotondi, será o filme de encerramento, exibido fora de competição. Além disso, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar será homenageado com o Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra.

O Brasil marcará presença nesta edição: na mostra Venice Classics, que apresenta uma seleção de clássicos restaurados e documentários sobre cinema ou autores atuais e do passado, destaca-se Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz, que traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta, que morreu em julho de 2016. O filme revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. A produção marca a estreia de Bárbara Paz como produtora e diretora de um longa-metragem: “O filme é um poema visual, minha ode para Hector. É também minha despedida para ele. A partir dos meus olhos se revelam o homem interior e seu amor pelo cinema, amor este que o ajudou a manter-se vivo por tantos anos. Ele morreu bem como viveu, filmando até o fim”, comentou Bárbara.

babencobarbaravenezaDocumentário de Bárbara Paz sobre Hector Babenco: selecionado.

Outro destaque brasileiro aparece na mostra competitiva de Realidade Virtual: A Linha, de Ricardo Laganaro. Com a voz do ator Rodrigo Santoro, a experiência narrativa e interativa convida o público para uma imersão na São Paulo da década de 1940, onde apresenta a história de Rosa e Pedro, dois bonecos de maquete que devem lidar com a rotina e o medo da mudança. Através da movimentação do corpo, a história conduz o usuário aos altos e baixos da história de amor dos dois personagens. “A realidade virtual é uma oportunidade única de utilizar um novo meio de comunicação e criar a linguagem e os padrões dele junto com qualquer outro país do mundo. A barreira de entrada é muito pequena e todos os países estão começando ao mesmo tempo. No Brasil não podemos deixar esse momento passar e correr o risco de reproduzir o abismo que já existe em outras indústrias de entretenimento. Estar no Festival de Veneza comprova que podemos ser protagonistas desse momento, dessa revolução e contar a história do nosso jeito, com as nossas cores, com uma equipe brasileira”, disse Laganaro.

alinhaveneza1A Linha, de Ricardo Laganaro: na disputa por dois prêmios.

Além disso, dois longas produzidos pelos brasileiro Rodrigo Teixeira e Lourenço Sant’ Anna, da RT Features, estão na disputa pelo Leão de Ouro na Competição Internacional: Wasp Network, de Olivier Assayas, com Wagner Moura, Penélope Cruz e Gael García Bernal, e baseado no livro de Fernando Morais, Os Últimos Soldados da Guerra Fria, com produção executiva do também brasileiro Fernando Fraiha, da Biônica Filmes; e Ad Astra, de James Gray, com Brad Pitt e Liv Tyler. “Trabalhar com James Gray e Olivier Assayas, diretores reconhecidos e já premiados em Veneza, é um sonho realizado, além do elenco estelar que compõe ambos os filmes. Posso, sem dúvida, afirmar que essas produções foram das mais desafiadoras da história da RT”, comentou Teixeira.

Neste ano, na 7ª edição do Final Cut in Venice, projeto que fornece desde 2013 assistência concreta na realização de filmes de todos os países africanos e do Iraque, Jordânia, Líbano, Palestina e Síria, seis projetos foram selecionados, entre eles, o documentário Nardjes, Alger, Mars, do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, uma coprodução entre Argélia, França, Alemanha e Brasil.

Conheça os filmes selecionados para o 76º Festival de Veneza:

VENEZIA 76 | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL:

The Perfect Candidate, de Haifaa Al Mansour (Arábia Saudita/Alemanha)
Om det oändliga (About Endlessness), de Roy Andersson (Suécia/Alemanha/Noruega)
Wasp Network, de Olivier Assayas (França/Bélgica)
Marriage Story, de Noah Baumbach (EUA)
Guest of Honour, de Atom Egoyan (Canadá)
Ad Astra, de James Gray (EUA)
A Herdade, de Tiago Guedes (Portugal/França)
Gloria Mundi, de Robert Guédiguian (França/Itália)
Waiting for the Barbarians, de Ciro Guerra (Itália)
La vérité (The Truth), de Hirokazu Kore-eda (França/Japão)
Ema, de Pablo Larraín (Chile)
Lan xin da ju yuan (Saturday Fiction), de Ye Lou (China)
Martin Eden, de Pietro Marcello (Itália/França)
La mafia non è più quella di una volta, de Franco Maresco (Itália)
The Painted Bird, de Václav Marhoul (República Checa/Ucrânia/Eslováquia)
Il sindaco del Rione Sanità (The Mayor of Rione Sanità), de Mario Martone (Itália)
Babyteeth, de Shannon Murphy (Austrália)
Coringa (Joker), de Todd Phillips (EUA)
J’accuse, de Roman Polanski (França/Itália)
The Laundromat, de Steven Soderbergh (EUA)
Ji Yuan Tai Qi Hao (No. 7 Cherry Lane), de Yonfan (Hong Kong)

ORIZZONTI:

Zumiriki, de Oskar Alegria (Espanha)
Bik eneich – Un fils, de Mehdi M. Barsaoui (Tunísia/França/Líbano/Qatar)
Blanco en Blanco, de Theo Court (Espanha/Chile/França/Alemanha)
Mes jours de gloire, de Antoine de Bary (França)
Nevia, de Nunzia De Stefano (Itália)
Pelikanblut, de Katrin Gebbe (Alemanha/Bulgária)
Moffie, de Oliver Hermanus (África do Sul/Reino Unido)
Rialto, de Peter Mackie Burns (Irlanda/Reino Unido)
Borotmokmedi (The Criminal Man), de Dmitry Mamuliya (Geórgia/Rússia)
Revenir, de Jessica Palud (França)
Giants Being Lonely, de Grear Patterson (EUA)
Verdict, de Raymund Ribay Gutierrez (Filipinas)
Metri Shesho Nim (Just 6.5), de Saeed Roustaee (Irã)
Chola (Shadow of Water), de Sasidharan Sanal Kumar (Índia)
Hava, Maryam, Ayesha, de Sahraa Karimi (Afeganistão)
Sole, de Carlo Sironi (Itália/Polônia)
Madre, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França)
Qiqiu (Balloon), de Pema Tseden (China)
Atlantis, de Valentyn Vasyanovych (Ucrânia)

ORIZZONTI | CURTAS-METRAGENS:

Supereroi senza superpoteri (Superheroes without Superpowers), de Beatrice Baldacci (Itália)
Kingdom Come, de Sean Robert Dunn (Reino Unido)
Give Up The Ghost, de Zain Duraie (Jordânia/Suécia)
Nach zwei Stunden waren zehn Minuten vergangen (After Two Hours, Ten Minutes Had Passed), de Steffen Goldkamp (Alemanha)
The Diver, de Jamie Helmer e Michael Leonard (França/Austrália)
Roqaia, de Diana Saqeb Jamal (Afeganistão/Bangladesh)
Morae (Sand), de Kyungrae Kim (Coreia do Sul)
Le coup des larmes (The Tears Thing), de Clémence Poesy (França)
Delphine, de Chloé Robichaud (Canadá)
Darling, de Saim Sadiq (Paquistão/EUA)
Sh_t Happens, de David Štumpf e Michaela Mihályi (República Checa/Eslováquia/França)
Cães que ladram aos pássaros (Dogs Barking at Birds), de Leonor Teles (Portugal)
Fiebre austral (Austral Fever), de Thomas Woodroffe (Chile)
Condor One, de Kevin Jerome Everson (EUA) (fora de competição)
GUO4, de Peter Strickland (Hungria) (fora de competição)

FORA DE COMPETIÇÃO | FICÇÃO:

Seberg, de Benedict Andrews (EUA)
Vivere (To Live), de Francesca Archibugi (Itália)
The Burnt Orange Heresy, de Giuseppe Capotondi (Reino Unido/Itália)
Mosul, de Matthew Michael Carnahan (EUA)
Adults in the Room, de Costa Gavras (França/Grécia)
The King, de David Michôd (Reino Unido/Hungria)
Tutto il mio folle amore, de Gabriele Salvatores (Itália)

FORA DE COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO:

Woman, de Yann Arthus-Bertrand e Anastasia Mikova (França)
Roger Waters Us + Them, de Sean Evans e Roger Waters (Reino Unido)
I diari di Angela – Noi due cineasti. Capitolo secondo, de Yervant Gianikian (Itália)
Citizen K, de Alex Gibney (Reino Unido/EUA)
Citizen Rosi, de Didi Gnocchi e Carolina Rosi (Itália)
The Kingmaker, de Lauren Greenfeld (EUA)
State Funeral, de Sergei Loznitsa (Holanda/Lituânia)
Colectiv (Collective), de Alexander Nanau (Romênia/Luxemburgo)
45 Seconds of Laughter, de Tim Robbins (EUA)
Il pianeta in mare, de Andrea Segre (Itália)

VENICE CLASSICS | DOCUMENTÁRIOS:

Fellini fine mai, de Eugenio Cappuccio (Itália)
Boia, maschere e segreti: l’horror italiano degli anni sessanta, de Steve Della Casa (Itália)
800 mal einsam: ein Tag mit dem Filmemacher Edgar Reitz, de Anna Hepp (Alemanha)
Se c’è un aldilà sono fottuto. Vita e cinema di Claudio Caligari, de Simone Isola e Fausto Trombetta (Itália)
Life as a B-Movie: Piero Vivarelli, de Fabrizio Laurenti e Niccolò Vivarelli (Itália/Cuba/França)
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz (Brasil)
Leap of Faith, de Alexandre O. Philippe (EUA)
Fulci For Fake, de Simone Scafidi (Reino Unido/Itália)
Tarkovskij Cinema Prayer, de Andrej Andrejevich Tarkovskij Jr. (Itália/Rússia/Suécia)

VENICE VIRTUAL REALITY | COMPETIÇÃO | INTERATTIVO:

These Sleepless Nights, de Gabo Arora (EUA/Canadá)
Loveseat, de Kiira Benzing (EUA)
Glimpse (Preview), de Benjamin Cleary e Michael O’Connor (Reino Unido/Irlanda)
Porton Down, de Callum Cooper (Reino Unido)
Bodyless, de Hsin-Chien Huang (Taiwan)
Pagan Peak VR, de Ioulia Isserlis e Max Sacker (Alemanha)
A Life in Flowers, de Armando Kirwin (EUA/Japão)
A Linha (The Line), de Ricardo Laganaro (Brasil)
Inori, de Liu Szu-ming e Takahashi Kisei (Taiwan/Japão)
Cosmos Within Us, de Tupac Martir (Reino Unido/Luxemburgo)
Doctor Who The Edge of Time, de Marcus Moresby (Reino Unido)
Britannia VR: Out of Your Mind, de Kim-Leigh Pontin (Reino Unido)
Downloaded, de Ollie Rankin (Canadá)
The Key, de Celine Tricart (EUA)

SPECIAL EVENT | FORA DE COMPETIÇÃO:

Bu San (Goodbye, Dragon Inn), de Tsai Ming- Liang (Taiwan)

SPECIAL SCREENINGS | FORA DE COMPETIÇÃO:

No One Left Behind, de Guillermo Arriaga (México)
Electric Swan, de Konstantina Kotzamani (França/Grécia/Argentina)
Irréversible – Inversion intégrale, de Gaspar Noé (França)
Zerozerozero, de Stefano Sollima (Itália)
The New Pope, de Paolo Sorrentino (Itália/França/Espanha)
Never Just a Dream: Stanley Kubrick and Eyes Wide Shut, de Matt Wells (Reino Unido)
De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut), de Stanley Kubrick (1999)

Clique aqui e confira a seleção completa de outras mostras.

Fotos: Divulgação.

As Trapaceiras

por: Cinevitor

astrapaceirasposterThe Hustle

Direção: Chris Addison

Elenco: Anne Hathaway, Rebel Wilson, Ingrid Oliver, Alex Sharp, Timothy Simons, Douggie McMeekin, Ashley McGuire, Casper Christensen, Eloise Lovell Anderson, Philip Desmeules, Jarreau Antoine, Nicholas Woodeson, Celine Abrahams, Raffaello Degruttola, Alex Gaumond, Guy Warren-Thomas, Tom Moutchi, John Hales, Alice Fofana, Dean Norris, Francisco Labbe, Aaron Neil, Martin Bishop, Guy Remy, Joe Manjón, Bruno Sevilla, Meena Rayann, William Brand, Hannah Waddingham, Rebekah Staton, Jocelyn Jee Esien, Christophe de Choisy, Emma Davies, Margaret Cabourn-Smith, Anwar Lynch, Rob Delaney, John Akanmu, Deepak Anand, Alphonso Austin, Ken Byrd, Karl Farrer, Samuel Gaspard, Ekran Mustafa, Tim Blake Nelson, Jeremy Oliver, Kumud Pant, Sarah-Stephanie.

Ano: 2019

Sinopse: O filme apresenta a história de duas golpistas com estilos extremamente diferentes, mas com um objetivo em comum: se apropriar da fortuna de um jovem bilionário. Com o passar do tempo, as duas passam a perceber que possuem mais pontos em comum do que tinham imaginado. Adaptação da comédia Os Safados, de Frank Oz, lançada em 1988, com Steve Martin e Michael Caine.

Nota do CINEVITOR:

nota-2,5-estrelas

Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal

por: Cinevitor

tedbundyposterExtremely Wicked, Shockingly Evil and Vile

Direção: Joe Berlinger

Elenco: Zac Efron, Lily Collins, Angela Sarafyan, Haley Joel Osment, Kaya Scodelario, John Malkovich, Jim Parsons, Sydney Vollmer, Macie Carmosino, Ava Inman, Morgan Pyle, James Hetfield, Richard K. Jones, Justin Inman, Grace Victoria Cox, Alan B. Jones, Jeffrey Donovan, Maya Berlinger, Derek Snow, Dylan Baker, Terry Kinney, Leilani Barrett, Ryan Wesley Gilreath, Ken Strunk, Jared Joplin, Justin McCombs, Joe Berlinger, Brandon Trost, Chris Petty, Kevin McClatchy, Brian Geraghty, Tess Talbot, Ming Wang, Savannah Rodin, James Harper, Forba Shepherd, Barry Mulholland, Ally Sereda, Grace Balbo, David Beck, Brian Bowman, Dominic Cancelliere, Alejandro Castillo, Michael Cipiti, William Cross, Michelle Dobrozsi, Corey Dolan, John French, Robert Gerding, Jason Marcus Griffith, Chris Hahn, Zach Kaltenbach, Anita S Martin, Charles Poole, Vince Hobart Smith, Stephanie Trabel, Robert Wells.

Ano: 2019

Sinopse: Ted Bundy foi um dos serial killers mais perigosos dos anos 1970, e, além de ser um assassino, era sequestrador, estuprador, ladrão e necrófilo. Sua namorada, Elizabeth Kloepfer, tornou-se uma de suas defensoras mais leais, recusando-se a acreditar na verdade sobre Ted. A história de seus numerosos e terríveis crimes é contada pelos olhos de Elizabeth.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

O Mistério de Henri Pick

por: Cinevitor

misteriohenripickposterLe mystère Henri Pick

Direção: Rémi Bezançon

Elenco: Fabrice Luchini, Camille Cottin, Alice Isaaz, Bastien Bouillon, Josiane Stoléru, Astrid Whettnall, Marc Fraize, Hanna Schygulla, Marie-Christine Orry, Vincent Winterhalter, Florence Muller, Philypa Phoenix, Lyès Salem, Tristan Carné, Annie Mercier, Marion Petitjean, Vanessa Marillier, Jeanne François, Mélanie Leray, Timéo Guennoc, Jean Kergrist, Youlia Zimina, Muriel Riou, Hervé Mahieux, Eva Lallier, Clément Vieu, Thierry Barbet, Aymeric Cormerais, Pierre Bourel, Louka Meliava, Louis Descols, Serguei Vladimirov, Jean-Claude Tagand, Michel Nabokoff.

Ano: 2019

Sinopse: Em uma biblioteca bretã bizarra, que guarda manuscritos nunca publicados, uma jovem editora descobre um romance que ela considera uma obra-prima. O texto foi escrito por um certo Henri Pick, um mero cozinheiro que morreu há dois anos e que, de acordo com sua viúva, nunca havia lido um livro em sua vida ou escrito nada além de uma lista de compras. Teria ele uma vida secreta? Quando o livro se torna um grande best-seller, Jean-Michel Rouche, um crítico literário cético e teimoso, junta-se a Joséphine, a filha de Pick, para desvendar esse mistério.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

27º Anima Mundi em São Paulo apresenta 335 filmes na programação

por: Cinevitor

apneiaanimamundiCena do curta paranaense Apneia, de Carol Sakura e Walkir Fernandes.

Depois de lotar as salas e oficinas do Rio de Janeiro e consagrar o curta Tio Tomas: A Contabilidade dos Dias (Oncle Thomas – La comptabilité des jours), de Regina Pessoa, o 27º Anima Mundi, um dos maiores festivais de animação do mundo, chega a São Paulo de 24 a 28 de julho. São 335 filmes de 45 países, incluindo mais de 80 produções ou coproduções do Brasil.

Nesta edição, 186 filmes participam das mostras competitivas: curtas (79 filmes), curtas-metragens documentário (6), curtas infantis (33), Galeria (19 filmes experimentais), Portfólio (26 filmes publicitários ou feitos sob encomenda), longa-metragem (4), longa-metragem infantil (4) e Realidade Virtual (15). Os filmes trazem a infinidade de técnicas que compõem o universo da animação e discutem desde questões existenciais, como o amor e a morte; sociais, como a violência, o racismo, o abuso infantil; e contemporâneas, como a conectividade e questões de gênero.

Já nas mostras não competitivas, 116 filmes serão distribuídos entre as mostras: Panorama Internacional (27 curtas internacionais que apresentam diversas tendências dentro da animação), Animação em Curso (36 trabalhos finais das melhores escolas de animação do mundo), Olho Neles! (24 curtas nacionais que merecem atenção) e Futuro Animador (29 filmes que utilizam as linguagens da animação para experiências educativas).

Na programação infantil, curtas e longas vão discutir a superação dos medos, a importância de se fazer escolhas e ser você mesmo, desenvolvimento sexual, amizade e poluição. Oficinas de massinha e zootrópio também fazem parte da programação, além da exibição especial de Playmobil: O Filme, de Lino DiSalvo, que já trabalhou em animações de sucesso como Frozen: Uma Aventura Congelante e Enrolados. Exibido no Annecy, maior festival de animação do mundo, o longa leva pela primeira vez para as telonas o universo dos famosos bonecos.

playmobilanimaPersonagens dublados por Anya Taylor-Joy e Jim Gaffigan em Playmobil: O Filme.

A programação inclui ainda as oficinas do Estúdio Aberto e o Papo Animado, que este ano conta com a presença de Fernando Miller, diretor de Calango Lengo – Morte e Vida Sem Ver Água e Furico e Fiofó, que se inspira no universo Tom e Jerry e animações da década de 1920. Quem tiver um projeto de animação original poderá participar de um laboratório intensivo de séries e concorrer a uma consultoria da Boutique Filmes.

Já o Anima Forum, que esse ano será sediado em São Paulo, apresenta uma programação voltada ao fomento, profissionalização e internacionalização do mercado de animação. O festival contará também com os painéis: Séries brasileiras e animação infantil e infantojuvenil nas plataformas digitais, A formação de um animador no Brasil, Educação e Animação, Festivais de Cinema como agentes estruturantes de mercado e Acessibilidade no Audiovisual.

“A beleza plástica que as imagens dos filmes apresentam nesta edição é impressionante. Percebemos os animadores com um total domínio dos softwares, utilizando-os como ferramenta para simular perfeitamente os mais variados materiais artísticos, ultrapassando os limites impostos pelo universo digital”, explica Aída Queiroz, uma das diretoras fundadoras do festival ao lado de Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, responsáveis pela curadoria do festival desde 1993, data de sua criação.

“Uma das categorias mais originais e significativas do festival, a meu ver, é a que se chama Futuro Animador. São programas gratuitos nos quais a gente se contagia com o frescor e o entusiasmo de crianças, jovens e educadores, independentes ou participantes de diversas iniciativas de todo o mundo, que descobrem o quanto a linguagem da animação pode ser transformadora. É uma tendência que vem crescendo em número e qualidade. Este ano temos filmes interessantíssimos feitos em escolas e oficinas não profissionalizantes do Brasil, Argentina, Bélgica e Portugal, por exemplo”, conta Marcos Magalhães.

tiotomasanimamundiGrande Prêmio Anima Mundi no Rio de Janeiro: Tio Tomas: A Contabilidade dos Dias.

“Também estamos com uma excelente competição de longas metragens de animação, refletindo o aumento da produção deste formato em todo o mundo. Vale ressaltar os longas para adultos, uma tendência de mercado cada vez mais forte. Nesta categoria teremos grandes filmes em competição, incluindo o longa brasileiro de Otto Guerra, Cidade dos Piratas. Another Day of Life tem o diferencial de ser um documentário realizado em grande parte em animação. A categoria de longas infantis também não fica atrás em termos de qualidade e também inclui um filme brasileiro na competição, Miúda e o Guarda-Chuva. Destaco o longa Away, da Letônia, animado totalmente por seu diretor, um trabalho impressionante, tratando-se de um longa de animação”, aponta Cesar Coelho.

“Entre tantas obras extraordinárias, destaco os filmes de autor, que por sua natureza são fontes de inspiração e reflexão e não possuem um objetivo de apelo comercial. São trabalhos de artistas independentes, que buscam a renovação com narrativas mais íntimas, pessoais e irreverentes, e fazem parte das sessões de Curtas. Entre estes, os filmes experimentais e/ou abstratos estão nas Sessões Galeria. E para quem busca inovação e tecnologia, a mostra de Realidade Virtual está repleta de obras de estúdios premiados, onde cada pessoa terá uma única experiência através de historias animadas em vários universos virtuais. São 15 obras de 10 países, entre eles o Brasil”, destaca Lea Zagury.

Em 2019, a união do setor por meio dos canais de exibição de animação, estúdios, produtoras, instituições de ensino e animadores independentes foi um grande diferencial para a realização do festival. “Depois da perda de importantes patrocínios, parceiros como Cartoon Network, Gloob, BandTV Escola, Birdo, Copa Estúdio, Paris Filmes, 2dLab, Turma da Mônica, Pinguim Content, Combo, Split e Boutique Filmes apresentarão conteúdos inéditos no festival. As instituições culturais, como Itaú Cultural e Centro Cultural Banco do Brasil, que irão receber o festival, foram fundamentais para levantarmos nossa produção. Com certeza sem esse movimento não estaríamos celebrando a 27ª edição do Anima Mundi, explica Fernanda Cintra, diretora executiva do festival.

memoravelanimamundiCena do curta francês Memorável (Mémorable), de Bruno Collet.

A última edição do Anima Mundi, em 2018, movimentou R$ 26,8 milhões e gerou R$ 2,6 milhões em impostos, tendo público estimado de 50 mil pessoas. Desde a criação, exibiu mais de 10 mil filmes de animação do mundo inteiro a preços populares, entre longas e curtas-metragens, além de promover oficinas abertas e gratuitas, debates, exposições, entre outras atividades.

Desde 2012, o Anima Mundi é qualificado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood e o curta-metragem vencedor do Grande Prêmio Anima Mundi é elegível a participar das seleções para a disputa do Oscar. Neste ano, Animal Behaviour, de David Fine, ganhador do Grande Prêmio de 2018, concorreu ao Oscar de melhor curta-metragem de animação.

Em São Paulo, o evento acontecerá nos seguintes locais: Itaú Cultural, Petra Belas Artes, IMS Paulista e Auditório Ibirapuera. Há atividades gratuitas e outras pagas. Mais informações e a programação completa, clique aqui.

Fotos: Divulgação.

Confira o trailer de Rafiki, de Wanuri Kahiu, que estreia em agosto

por: Cinevitor

rafikitrailerSheila Munyiva e Samantha Mugatsia em cena.

Inspirado no conto Jambula Tree, da premiada escritora ugandense Monica Arac Nyeko, Rafiki, que significa amigo em suaíli, conta uma história de amizade e amor entre duas jovens mulheres que vivem no Quênia, um país que ainda criminaliza a homossexualidade.

Segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu, o filme acompanha Kena, vivida por Samantha Mugatsia, e Ziki, interpretada por Sheila Munyiva, duas garotas que vivem em um agitado conjunto habitacional em Nairóbi e ousam desafiar o status quo. Filhas de políticos locais, a paixão das meninas é intensa, quase instantânea e proibida.

A direção do filme opta por retratar esse romance de forma delicada e sutil. Mesmo assim, o longa chegou a ter sua exibição proibida no Quênia. Por se tratar de uma temática LGBTQ+, o governo do país alegou que o filme “promovia o lesbianismo”. O Quênia tem uma legislação extremamente conservadora em relação aos direitos dos homossexuais; as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são penalizadas pelas leis quenianas e a homossexualidade é considerada ilegal.

Primeiro longa metragem queniano a ser exibido no Festival de Cannes, Rafiki integrou a programação da mostra Un Certain Regard, em 2018, e foi recebido positivamente pela imprensa internacional, além de representar um enorme avanço para a cinematografia africana. Por aqui, foi exibido no Festival do Rio e na 42ª Mostra de São Paulo.

Confira o trailer de Rafiki, que estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de agosto:

Foto: Divulgação/Olhar Distribuição.

Rutger Hauer, de Blade Runner, morre aos 75 anos; ator holandês se destacou no cinema e na TV

por: Cinevitor

rutgerhauermorreRutger Hauer no lançamento da sexta temporada de True Blood, em 2013.

Segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, o ator holandês Rutger Hauer morreu, aos 75 anos, no dia 19 de julho, em sua casa, por conta de uma breve doença que não foi revelada. Porém, a informação só foi anunciada nesta quarta-feira, 24/07, dia em que aconteceu o funeral, por Steve Kenis, agente do ator.

Rutger, que ficou conhecido mundialmente ao interpretar o vilão Roy Batty em Blade Runner, o Caçador de Andróides, de Ridley Scott, nasceu em 1944 na cidade de Breukelen, província de Utrecht. Filho de dois professores de teatro, foi estudar na escola Waldorf e trabalhou em diversas áreas. Mais tarde, fez aulas de teatro na Theaterschool, em Amsterdã, mas precisou interromper os estudos para servir como paramédico no Exército Real Holandês.

Depois de alguns anos participando de uma trupe de atores amadores, foi escalado pelo cineasta Paul Verhoeven para protagonizar a série televisiva Floris, em 1969. O drama holandês medieval lhe rendeu reconhecimento e, ao longo de sua carreira, acumulou diversos trabalhos importantes. Em 1973 foi dirigido mais uma vez por Verhoeven, dessa vez no drama Louca Paixão, que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Com isso, ganhou projeção internacional e dois anos depois estrelou seu primeiro filme em língua inglesa, a aventura Conspiração Violenta, de Ralph Nelson, uma produção do Reino Unido.

Em 1981, atuou em Falcões da Noite, seu primeiro filme norte-americano, ao lado de Sylvester Stallone. No ano seguinte, se destacou em Blade Runner, o Caçador de Andróides, aclamado filme que recebeu duas indicações ao Oscar. Em 1988, ganhou o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante em série ou filme feito para TV por seu trabalho em Fuga de Sobibor. Em 1995, foi indicado novamente na premiação, só que na categoria de melhor ator pelo filme televisivo A Nação do Medo, de Christopher Menaul.

rutgerbladerunnerCena de Blade Runner, o Caçador de Andróides, de Ridley Scott: papel marcante.

Ao longo de sua carreira, Rutger Hauer atuou em diversos projetos para a TV e se destacou nas telonas em diversos filmes, entre eles: o curta-metragem Submitting (1989); A Lenda do Santo Beberrão (1988), que lhe rendeu um prêmio no Seattle International Film Festival; Mistérios (1978); Chanel – A Solidão de uma Mulher (1981); Eureka (1983); O Senhor das Águias (1984); O Feitiço de Áquila (1985), de Richard Donner, no papel de Navarre; A Morte Pede Carona (1986); Procurado Vivo ou Morto (1986); Doce Inocência (1989); Juggers – Os Gladiadores do Futuro (1989); Aliança Mortal (1991); Sombras na Noite (1991); Buffy, a Caça-Vampiros (1992); Fuga no Ártico (1993); Sobrevivendo ao Jogo (1994); Nostradamus (1994); O Anjo da Morte (1994); Linha Vermelha (1997); Pedaços da Morte (1998); Parceiros no Crime (2000); Mente Diabólica (2001); o curta The Room (2001); Confissões de uma Mente Perigosa (2002); Sin City – A Cidade do Pecado (2005); Batman Begins (2005); Hobo with a Shotgun (2011); O Ritual (2011); Borboletas Negras (2011); O Sequestro de Heineken (2011); Dracula 3D (2012); Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017); Um Dia para Viver (2017); Os Irmãos Sisters (2018); entre outros.

Com Paul Verhoeven, também trabalhou em: O Amante de Kathy Tippel (1975); Soldado de Laranja (1977); Sem Controle (1980) e Conquista Sangrenta (19855).

Além disso, Hauer também era ambientalista, sendo um dos patrocinadores do Greenpeace e criador de uma ONG chamada Rutger Hauer Starfish Association, dedicada a esclarecer dúvidas e quebrar tabus sobre a AIDS.

Rutger Hauer deixa alguns trabalhos inéditos, como: o drama Tonight at Noon, de Michael Almereyda, com Chiwetel Ejiofor; a aventura Viy 2, de Oleg Stepchenko, com Arnold Schwarzenegger e Jackie Chan; o suspense Emperor, de Lee Tamahori, com Adrien Brody; o drama policial Break, de Michael Elkin; e a série de TV A Christmas Carol.

Fotos: Frazer Harrison/Divulgação.

29º Cine Ceará divulga seleção de longas da Mostra Competitiva

por: Cinevitor

gretacinecearaMarco Nanini em Greta, de Armando Praça.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 24/07, os longas selecionados para a 29ª edição do Cine Ceará, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro, em Fortaleza. Sete filmes inéditos no Brasil, entre os quais dois brasileiros em première mundial, vão compor a Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem. Cinco dos filmes chegam com passagens bem-sucedidas por alguns dos mais importantes festivais do mundo, como: Cannes, Berlim, Toronto e Roterdã.

O documentário Vozes da Floresta, da carioca Betse de Paula, e Notícias do Fim do Mundo, do cearense Rosemberg Cariry, são os dois longas que terão estreia mundial no Cine Ceará. Do Brasil, também estão na Mostra: as produções Greta, primeiro longa-metragem do cearense Armando Praça, que teve sua estreia em fevereiro na mostra Panorama do Festival de Berlim; e o documentário Ressaca, com direção de Patrizia Landi e Vincent Rimbaux, exibido pela primeira vez em janeiro deste ano na principal mostra do FIPADOC Biarritz, Festival international documentaire, na França.

Completam a mostra: o peruano Canção Sem Nome, de Melina León, que estreou na Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes, o cubano A Viagem Extraordinária de Celeste García, de Arturo Infante, que teve estreia no Festival de Toronto; e Luciérnagas, do México, com direção de Bani Khoshnoudi, exibido pela primeira vez no Festival de Roterdã.

O crítico de cinema e cineasta Eduardo Valente integrou a curadoria da Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem desta edição, com Margarita Hernández e a colaboração de Wolney Oliveira. Eduardo Valente já trabalhou para vários festivais de cinema no Brasil e no exterior, tendo sido diretor artístico do Festival de Brasília entre 2016 e 2018. Desde 2017 é o delegado no Brasil para o Festival de Berlim. Como realizador ganhou, entre outros prêmios, o de melhor curta e melhor diretor de curtas no Cine Ceará e o primeiro prêmio no Festival de Cannes na mostra Cinéfondation, em 2002, com o filme Um Sol Alaranjado.

Segundo Eduardo Valente, a seleção de longas ilustra os grandes momentos vividos pelo cinema ibero-americano, assim como em especial o brasileiro e também o cearense: “São cinco filmes de ficção e dois documentários que apresentam uma gama variada de temáticas de enorme importância no mundo contemporâneo, com personagens e narrativas altamente engajantes, que vão fazer com que o público do Cineteatro São Luiz se emocione, descubra e leve consigo histórias que reforçam a potência criadora e modificadora da arte cinematográfica”, explicou o curador.

Além disso, o longa A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, premiado na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, será o filme de abertura desta edição. Os curtas-metragens selecionados para a Mostra Competitiva Brasileira já foram anunciados: clique aqui.

Conheça os longas selecionados para o 29° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema:

A Viagem Extraordinária de Celeste García (El viaje extraordinario de Celeste García), de Arturo Infante (Cuba)
Canção Sem Nome (Canción sin nombre), de Melina León (Peru)
Greta, de Armando Praça (Brasil)
Luciérnagas, de Bani Khoshnoudi (México)
Notícias do Fim do Mundo, de Rosemberg Cariry (Brasil)
Ressaca, de Patrizia Landi e Vincent Rimbaux (Brasil)
Vozes da Floresta, de Betse de Paula (Brasil)

Foto: Aline Belfort.

Festival de Gramado 2019 anuncia longas gaúchos concorrentes

por: Cinevitor

raia4gramadogauchoBrídia Moni em Raia 4, de Emiliano Cunha.

O cinema do Rio Grande do Sul ganhará grande destaque na 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A mostra de longas-metragens gaúchos, já realizada em outras edições, passa a ser competitiva, com a categoria de melhor filme.

A iniciativa é uma forma de valorizar o cinema realizado no Estado, que tem uma produção em crescimento e, também, atende uma demanda das entidades de cinema do RS. O festival, que historicamente valoriza as produções locais, agora confere outro status ao espaço reservado para cineastas e profissionais do audiovisual.

Para a estreia da categoria, foram selecionados cinco títulos. Confira:

Plauto, um sopro musical, de Rodrigo Portela
Elenco: Zé Adão Barbosa, Evelyn Ligocki, Lucian Krolow, Miguel Vicente Cirone e Fabricio Vigueras.
O documentário conta a vida e a obra do músico gaúcho Plauto Cruz, considerado um dos melhores flautistas do Brasil. Este é o primeiro longa de Portela, que já dirigiu os curtas Continuidade (1997), Só Algumas para mostrar a Vocês (2001), Rango (2007) e Reflexo (2017), além de ter sido coroteirista do longa Noite de São João, de Sérgio Silva.

Os Pássaros de Massachusetts, de Bruno de Oliveira
Elenco: Sofia Nóbrega, Fernanda Detoni, Bruno de Oliveira, Michel Legrand.
O drama narra a história de Sofia, Fernanda e Bruno, que se conhecem durante um inverno em Porto Alegre. Estreante em longas-metragens, Bruno já dirigiu diversos curtas, entre eles A Antologia de Antonio, exibido na Mostra Tiradentes, e Maçãs em Fogo, exibido em Gramado.

Disforia, de Lucas Cassales
Elenco: Rafael Sieg, Isabella Lima, Vinícius Ferreira, Juliana Wolkmer, Janaina Kremer, Ida Celina Weber.
Um misto de ficção e suspense psicológico. A trama conta a história de Dário, um psicólogo que volta a atender crianças depois de um trauma pessoal. Sua primeira paciente é Sofia, uma menina de 9 anos que provoca sensações angustiantes nas pessoas que a cercam. Um turbilhão se reinicia na vida de Dário, trazendo culpas e fantasmas que ele pensava estarem enterrados. Cassales  já dirigiu os curtas Sofá Verde (2010), Sebo (2009), Abismo (2013) e O Corpo (2015), que recebeu os kikitos de melhor filme e fotografia na mostra competitiva de curtas-metragens brasileiros no 43º Festival de Cinema de Gramado, e o Prêmio do Júri da Crítica no Paris Courts Devant.

Super Tinga herói de dois continentes, de Luciano Moucks e Luciana Rodrigues
Elenco: Paulo das Neves.
É sobre o Super Tinga, herói que nasceu nos quadrinhos de super heróis de um morador da periferia, virou monumento público em Porto Alegre, serie de TV, game e gerou outros heróis que também viraram monumentos públicos em diversas cidades. Super Tinga também é herói dos africanos.

Raia 4, de Emiliano Cunha
Elenco: Brídia Moni, Kethelen Guadagnini, Fernanda Chicolet, Rafael Sieg, José Henrique Ligabue, Fernanda Carvalho Leite, Arlete Cunha.
O filme também concorre na categoria de longas-metragens brasileiros. Na história, Amanda é uma atleta de natação pré-adolescente. Silenciosa e reservada encontra segurança em seu próprio mundo: debaixo da água, onde os segredos não podem ser ouvidos. Sem a atenção dos pais, aproxima-se de Priscila, uma colega de treino, que se torna sua adversária. Cunha já dirigiu os curtas O Cão (2011), Lobos (2012), Tomou café e esperou (2013) e Sob águas claras e inocentes (2015). Recentemente dirigiu quatro episódios da série A Bênção, do Canal Brasil.

Foto: Tuane Eggers.

Festival de Toronto 2019 anuncia os primeiros filmes da 44ª edição; longa de Fernando Meirelles é selecionado

por: Cinevitor

meirellestoronto2019Anthony Hopkins e Jonathan Pryce em Dois Papas, do brasileiro Fernando Meirelles.

Foi anunciada nesta terça-feira, 23/07, a primeira rodada de filmes selecionados para as mostras Special Presentations e Gala da 44ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, considerado um dos eventos mais importantes do cinema mundial e conhecido como um termômetro para o Oscar.

Nesta primeira lista, foram divulgados 56 filmes: 29 estreias mundiais, 6 estreias internacionais, 13 estreias americanas e 8 estreias canadenses; a seleção conta com 50% dos títulos dirigidos por mulheres, um número recorde. Em breve, novos filmes serão anunciados.

Vale destacar a presença do drama Dois Papas, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, de Cidade de Deus. O longa, inspirado em fatos reais, apresenta a história dos bastidores de uma das mais dramáticas transições de poder nos últimos dois mil anos. Frustrado com a direção da Igreja, o cardeal Bergoglio, interpretado por Jonathan Pryce, pede permissão ao papa Bento XVI, vivido por Anthony Hopkins, para se aposentar em 2012. Em vez disso, enfrentando escândalos e sua própria insegurança, o introspectivo papa chama seu maior crítico e futuro sucessor a Roma para revelar um segredo que abalaria os alicerces da Igreja Católica. O que se vê dentro dos muros do Vaticano, então, é a disputa entre a tradição e o progresso, a culpa e o perdão, e dois homens muito diferentes confrontando seus passados em busca de terreno comum para forjar o futuro de um bilhão de seguidores em todo o mundo. Com roteiro assinado por Anthony McCarten, de A Teoria de Tudo e O Destino de uma Nação, o filme estreia na Netflix em breve.

A seleção deste ano conta, como de costume, com produções de diversos gêneros. Na sessão Special Presentations, a cinebiografia da cantora e ativista Helen Reddy, I Am Woman, de Unjoo Moon, será o filme de abertura. Destacam-se também: a comédia dramática Bad Education, com Hugh Jackman e Allison Janney; o drama biográfico Dolemite Is My Name, com Eddie Murphy no papel de Rudy Ray Moore; o chileno Ema, de Pablo Larraín, com Mariana Di Girolamo e Gael García Bernal; o francês Frankie, de Ira Sachs, com Marisa Tomei e Isabelle Huppert; o argentino La odisea de los giles, com Ricardo Darín; o drama Honey Boy, escrito por Shia LaBeouf, que também atua ao lado de Lucas Hedges; a cinebiografia de Judy Garland, protagonizada por Renée Zellweger; a comédia dramática Marriage Story, de Noah Baumbach, com Scarlett Johansson, Laura Dern e Adam Driver; o drama policial Motherless Brooklyn, de Edward Norton, que também atua ao lado de Bruce Willis; o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, Parasite, de Bong Joon-ho; o drama The Laundromat, de Steven Soderbergh, com Meryl Streep e Gary Oldman; The Lighthouse, de Robert Eggers, com Robert Pattinson e Willem Dafoe, e produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features; entre outros.

judytorontoRenée Zellweger interpreta Judy Garland em cinebiografia.

Na sessão Gala Presentations, o documentário musical Once Were Brothers: Robbie Robertson and The Band, de Daniel Roher, será o filme de abertura. O drama biográfico Radioactive, de Marjane Satrapi, que conta a história dos cientistas Pierre e Marie Curie, interpretados por Rosamund Pike e Sam Riley, será o filme de encerramento. Destacam-se também: A Beautiful Day in the Neighborhood, sobre o famoso apresentador televisivo Fred Rogers, interpretado por Tom Hanks; Coringa, de Todd Phillips, com Joaquin Phoenix; Blackbird, de Roger Michell, remake do drama dinamarquês Coração Mudo, com Kate Winslet, Mia Wasikowska e Susan Sarandon; Ford vs Ferrari, com Christian Bale e Matt Damon; Harriet, de Kasi Lemmons, com Cynthia Erivo e Janelle Monáe, sobre a ativista americana Harriet Tubman; o drama Just Mercy, sobre o advogado Bryan Stevenson, interpretado por Michael B. Jordan, com Brie Larson e Jamie Foxx; entre outros.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Toronto 2019, que acontecerá entre os dias 5 e 15 de setembro:

SPECIAL PRESENTATIONS:

A Herdade, de Tiago Guedes (Portugal)
Bad Education, de Cory Finley (EUA)
Coming Home Again, de Wayne Wang (EUA/Coreia do Sul)
Dolemite Is My Name, de Craig Brewer (EUA)
Ema, de Pablo Larraín (Chile)
Endings, Beginnings, de Drake Doremus (EUA/Coreia do Sul)
Frankie, de Ira Sachs (França/Portugal/Bélgica)
Greed, de Michael Winterbottom (Reino Unido)
Guest of Honour, de Atom Egoyan (Canadá)
Heroic Losers (La odisea de los giles), de Sebastián Borensztein (Argentina/Espanha)
Honey Boy, de Alma Har’el (EUA)
Hope Gap, de William Nicholson (Reino Unido)
How to Build a Girl, de Coky Giedroyc (Reino Unido)
I Am Woman, de Unjoo Moon (Austrália)
Jojo Rabbit, de Taika Waititi (Alemanha/EUA)
Judy, de Rupert Goold (Reino Unido)
Knives Out, de Rian Johnson (EUA)
La Belle Époque, de Nicolas Bedos (França)
Marriage Story, de Noah Baumbach (EUA)
Military Wives, de Peter Cattaneo (Reino Unido)
Motherless Brooklyn, de Edward Norton (EUA)
No.7 Cherry Lane, de Yonfan (Hong Kong)
Dor e Glória, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Parasite (Gisaengchung), de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Pelican Blood (Pelikanblut), de Katrin Gebbe (Alemanha)
Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait de la jeune fille en feu), de Céline Sciamma (França)
Saturday Fiction, de Lou Ye (China)
The Friend, de Gabriela Cowperthwaite (EUA)
The Laundromat, de Steven Soderbergh (EUA)
The Lighthouse, de Robert Eggers (Canadá/EUA)
The Other Lamb, de Malgorzata Szumowska (EUA)
The Painted Bird, de Václav Marhoul (República Tcheca/Ucrânia/Eslováquia)
The Personal History of David Copperfield, de Armando Iannucci (EUA/Reino Unido)
The Report, de Scott Z. Burns (EUA)
Dois Papas (The Two Popes), de Fernando Meirelles (EUA/Reino Unido/Argentina/Itália)
Uncut Gems, de Benny Safdie e Josh Safdie (EUA)
Weathering With You, de Makoto Shinkai (Japão)
While at War (Mientras dure la guerra), de Alejandro Amenábar (Espanha/Argentina)

GALA PRESENTATIONS:

A Beautiful Day in the Neighborhood, de Marielle Heller (EUA/China)
Abominável (Abominable), de Jill Culton e Todd Wilderman (China/EUA)
American Woman, de Semi Chellas (Canadá)
Blackbird, de Roger Michell (EUA)
Clemency, de Chinonye Chukwu (EUA)
Ford vs Ferrari, de James Mangold (EUA)
Harriet, de Kasi Lemmons (EUA)
As Golpistas (Hustlers), de Lorene Scafaria (EUA)
Coringa (Joker), de Todd Phillips (EUA)
Just Mercy, de Destin Daniel Cretton (EUA)
Once Were Brothers: Robbie Robertson and The Band, de Daniel Roher (Canadá)
Ordinary Love, de Lisa Barros D’Sa e Glenn Leyburn (Reino Unido)
Radioactive, de Marjane Satrapi (Reino Unido)
O Pintassilgo (The Goldfinch), de John Crowley (EUA)
The Sky Is Pink, de Shonali Bose (Índia)
The Song of Names, de François Girard (Canadá/Reino Unido/Alemanha/Hungria)
True History of the Kelly Gang, de Justin Kurzel (Austrália/Reino Unido)
Western Stars, de Thom Zimny e Bruce Springsteen (EUA)

Fotos: Netflix/Divulgação.

A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, será o filme de abertura do 29º Cine Ceará

por: Cinevitor

vidainvisivelabrecearaProtagonista: Carol Duarte em cena do filme.

Depois de ser exibido no Festival de Cannes e premiado na mostra Un Certain Regard, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, foi escolhido para abrir a 29ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, em Fortaleza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro.

Além da consagração em Cannes, sendo o primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo na categoria, o longa foi contemplado com o CineCoPro Award no Filmfest München, na Alemanha. O filme conta a história das irmãs inseparáveis Guida, que sonha em casar e ter uma família, e Eurídice, a mais nova, pianista prodígio. Um dia, as duas são separadas para sempre e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.

“É uma felicidade imensa realizar a primeira exibição nacional de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão na minha cidade natal, e no Nordeste, uma região catalisadora do cinema e da cultura brasileira, e estou ansioso para ver e ouvir as reações do público cearense. A trajetória internacional deste longa tem me emocionado muito também, com ótima receptividade dos espectadores em diversos países, que estão abraçando o filme de uma forma muito especial. A participação em alguns dos mais importantes festivais do mundo e a conquista do prêmio inédito em Cannes comprovam a sua força e universalidade”, revelou o diretor.

“Estou ansioso para acompanhar a recepção do público brasileiro e começar essa história em Fortaleza na abertura do 29º Cine Ceará é muito especial. O filme aborda um assunto urgente, sobre como o patriarcado pode ser tóxico na sociedade, e tenho certeza de que será uma sessão muito acolhedora e importante para o projeto”, afirmou o produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features.

O longa é uma livre adaptação da obra homônima de Martha Batalha e traz Fernanda Montenegro, Carol Duarte, Júlia Stockler, Gregorio Duvivier, Maria Manoella, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Flavio Bauraqui no elenco. Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa, ambientado majoritariamente na década de 1950, foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão. A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, de As Praias de Agnès e Lazzaro Felice, que assina seu primeiro longa brasileiro, e a alemã Heike Parplies, de Toni Erdmann, assina a montagem.

Além de Cannes e Munique, o filme esteve nas seleções oficiais dos festivais de Sydney, do Midnight Sun, na Finlândia, e de Karlovy Vary, na República Tcheca, e será exibido no Transatlantyk Festival, na Polônia, e no Festival de Cinema da Nova Zelândia; e nas próximas semanas novos anúncios virão.

Em cartaz no circuito comercial a partir do dia 31 de outubro, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão é uma produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira, em coprodução com a alemã Pola Pandora, braço de produção da The Match Factory, de Michael Weber e Viola Fügen, além da Sony Pictures Brasil, Canal Brasil e Naymar (infraestrutura audiovisual), e conta com o financiamento do fundo alemão Medienboard Berlin Brandenburg e do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine.

Foto: Bruno Machado.