42ª Mostra de São Paulo: conheça os filmes selecionados, homenageados e destaques da programação

por: Cinevitor

cuaronmostra1A atriz mexicana Yalitza Aparicio em Roma, de Alfonso Cuarón: filme de encerramento.

A 42ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 18 e 31 de outubro. Durante duas semanas, serão exibidos mais de 300 títulos de variados países e diversas cinematografias. Os filmes serão apresentados em mais de 30 lugares entre cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela capital paulista, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre, e também em Campinas.

Neste ano, o filme de abertura será A Favorita (The Favourite), de Yorgos Lanthimos, vencedor do Grande Prêmio do Júri e da Coppa Volpi de melhor atriz para Olivia Colman no Festival de Veneza. O drama Roma, do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, vencedor do Leão de Ouro em Veneza, será o filme de encerramento.

O cineasta japonês Hirokazu Kore-eda será homenageado com o Prêmio Humanidade. O trabalho mais recente do diretor, Assunto de Família, que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, será exibido na programação. Outro Prêmio Humanidade será concedido a Drauzio Varella antes da exibição da cópia restaurada de Pixote: A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco. A projeção do curta Conversa com Ele, de Bárbara Paz, antecede a sessão; Drauzio também participa da mesa Da Vida à Palavra; Da Palavra à Imagem, no II Fórum Mostra.

emmastoneafavoritaEmma Stone em A Favorita, do cineasta grego Yorgos Lanthimos: filme de abertura.

Como de costume, a seleção de títulos da 42ª Mostra de São Paulo apresenta filmes premiados em importantes festivais internacionais. Do Festival de Cannes, serão exibidos: o americano Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman), de Spike Lee, vencedor do Grande Prêmio do Júri e também prêmio do público no Festival de Locarno; 3 Faces (Se rokh), de Jafar Panahi, premiado como melhor roteiro e que será homenageado na Mostra com o Prêmio Leon Cakoff; o drama francês Sofia, de Meryem Benm’Barek-Aloïsi, melhor roteiro na mostra Un Certain Regard; Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, uma coprodução entre Portugal, Brasil e França, vencedora do Grande Prêmio da Semana da Crítica; o drama francês Selvagem (Sauvage), de Camille Vidal-Naquet, exibido na Semana da Crítica, que rendeu o Prêmio Revelação para o ator Félix Maritaud e foi indicado a Queer Palm; e o drama indiano A Costureira dos Sonhos (Sir), de Rohena Gera, também exibido na Semana da Crítica e vencedor do prêmio Gan Foundation Support for Distribution.

Filmes premiados no Festival de Berlim também fazem parte da programação, como: Não Me Toque (Touch Me Not), de Adina Pintilie, vencedor do Urso de Ouro; o drama policial Museu (Museo), do cineasta mexicano Alonso Ruizpalacios, com Gael García Bernal e vencedor do Urso de Prata de melhor roteiro; o francês A Prece (La prière), de Cédric Kahn, que rendeu o Leão de Prata de melhor ator para Anthony Bajon; a comédia dramática polonesa O Rosto (Twarz), de Malgorzata Szumowska, vencedora do Grande Prêmio do Júri; o peruano Retablo, de Alvaro Delgado Aparicio, vencedor do Prêmio Newcomer de melhor primeiro filme no Teddy Award; A Valsa De Waldheim (Waldheims Walzer), de Ruth Beckermann, Prêmio Glashütte de melhor documentário original; o documentário O Silêncio dos Outros (The Silence of Others), de Robert Bahar e Almudena Carracedo, vencedor do prêmio do público da mostra Panorama; o documentário argentino Teatro de Guerra, de Lola Arias, vencedor do Prêmio C.I.C.A.E. e exibido em San Sebastián.

apreceberlimmostraAnthony Bajon em A Prece: prêmio de melhor ator em Berlim.

Do Festival de Veneza, destacam-se: o drama José, da Guatemala, de Li Cheng, vencedor da Queer Lion; o novo trabalho do cineasta Andrew Haigh, A Rota Selvagem (Lean on Pete), que rendeu o Prêmio Marcello Mastroianni de Ator em Ascensão para Charlie Plummer; o drama francês Amanda, de Mikhaël Hers, vencedor do Prêmio Magic Lantern; a comédia dramática turca O Anúncio (Anons), de Mahmut Fazil Coskun, vencedora do Prêmio Especial do Júri na mostra Orizzonti; e o documentário O que Você Irá Fazer Quando o Mundo Estiver em Chamas? (What You Gonna Do When the World’s on Fire?), vencedor do Prêmio UNICEF, entre outros.

Premiados no Festival de Sundance também marcam presença na programação, entre eles, o drama O Mau Exemplo de Cameron Post (The Miseducation of Cameron Post), de Desiree Akhavan, com Chloë Grace Moretz, vencedor do Grande Prêmio do Júri. Desta seleção, destacam-se diversos documentários, como: Winnie, de Pascale Lamche, sobre Winnie Madikizela Mandela, vencedor do prêmio de melhor direção da World Cinema Documentary no ano passado; Genesis 2.0, de Christian Frei e Maxim Arbugaev, vencedor do Prêmio Especial do Júri de melhor fotografia da Competição Internacional; Isto é um Lar: Uma História de Refugiados (This Is Home: A Refugee Story), de Alexandra Shiva, vencedor do prêmio do público da mostra World Cinema Documentary; e Sobre Pais e Filhos (Of Fathers and Sons), de Talal Derki, vencedor do Grande Prêmio do Júri da Competição Internacional.

chloemostraForrest Goodluck, Sasha Lane e Chloë Grace Moretz em O Mau Exemplo de Cameron Post.

Do Festival de Locarno, mais filmes premiados na 42ª Mostra, como: Uma Terra Imaginada (A Land Imagined), de Siew Hua Yeo, vencedor do Leopardo de Ouro; O Hotel às Margens do Rio (Hotel by the River), de Hong Sang-soo, prêmio de melhor ator para Joo-Bong Ki; o drama inglês Ray & Liz, de Richard Billingham, que recebeu Menção Especial do Júri; e o chileno Tarde para Morrer Jovem (Tarde Para Morir Joven), uma coprodução entre Brasil e outros países, da cineasta Dominga Sotomayor Castillo, vencedora do prêmio de melhor direção.

Vencedores do Festival de Roterdã também foram selecionados, entre eles: o palestino Os Relatórios Sobre Sarah e Saleem, de Muayad Alayan, vencedor do Prêmio do Público e do Prêmio Especial do Júri para o roteirista Rami Musa Alayan; o drama indiano O Vendedor de Pulseiras (Balekempa), de Ere Gowda, vencedor do Prêmio FIPRESCI; o polonês Nina, de Olga Chajdas, vencedor do Prêmio Big Screen de melhor filme; e o drama dinamarquês O Retorno (The Return), de Malene Choi, Menção Especial da mostra Bright Future.

A seleção ainda apresenta a comédia uruguaia Tragam a Maconha (Traigan la hierba), de Denny Brecher, Alfonso Guerrero e Marcos Hecht, premiada no Santa Barbara International Film Festival; Ága, de Milko Lazarov, melhor filme no Sarajevo Film Festival; o suspense argentino Vermelho Sol (Rojo), uma coprodução entre Brasil e outros países, que recebeu a Concha de Prata de melhor direção para Benjamín Naishtat, melhor ator para Darío Grandinetti e Prêmio do Júri de melhor fotografia no Festival de San Sebástian; o italiano O Segredo de Nápoles, de Ferzan Ozpeteck, que será júri desta edição da Mostra, e rendeu o prêmio de melhor atriz para Giovanna Mezzogiorno no Moscow International Film Festival.

O documentário Las Sandinistas!, de Jenny Murray, que recebeu Menção Especial no SXSW Film Festival; A Terceira Esposa (The Third Wife), de Ash Mayfair, vencedor do Prêmio NETPAC no Festival de Toronto e exibido em San Sebastián; o drama Fuga, de Agnieszka Smoczynska, melhor filme no Polish Film Festival e exibido na Semana da Crítica em Cannes; o argentino El Motoarrebatador, de Agustín Toscano, exibido em San Sebastián e premiado no Santiago International Film Festival; o drama Limonada (Lemonade), vencedor do prêmio de melhor direção para Ioana Uricaru no Festival de Sarajevo e exibido em Berlim; o drama inglês Obediência (Obey), de Jamie Jones, vencedor do prêmio de melhor fotografia no Festival de Tribeca.

tardemorrerjovemmostraMatías Oviedo e Demian Hernández no chileno Tarde para Morrer Jovem.

Completam a programação: a comédia dramática Querido Ex (Dear Ex), de Chih-Yen Hsu e Mag Hsu, de Taiwan, vencedor de diversos prêmios no Taipei Film Festival, entre eles, o de melhor filme segundo o público; a comédia musical Sem Amor (Unlovable), de Suzi Yoonessi, com John Hawkes e Melissa Leo, que recebeu Menção Especial no SXSW Film Festival; a comédia dramática Thunder Road, de Jim Cummings, vencedora do Grande Prêmio do Júri no SXSW Film Festival; o documentário 3 Dias em Quiberon (3 Tage in Quiberon), de Emily Atef, sobre a atriz Romy Schneider, vencedor de vários prêmios no German Film Awards e exibido no Festival de Berlim; A Carga (Teret), de Ognjen Glavonic, exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes e no Sarajevo Film Festival, onde rendeu o prêmio de melhor ator para Leon Lucev; o drama Ava, uma coprodução entre Irã, Canadá e Qatar, dirigida por Sadaf Foroughi, vencedora do Prêmio FIPRESCI da mostra Discovery no Festival de Toronto do ano passado; o drama De Pai para Filho (Father to Son), de Taiwan e dirigido por Ya-chuan Hsiao, premiado no Taipei Film Festival e exibido em Roterdã; e a animação Na Estrada da Felicidade (On Happiness Road), da cineasta Hsin Yin Sung, grande vencedora do Taipei Film Festival.

Além dos filmes premiados, a seleção da 42ª Mostra de São Paulo também apresenta outros diversos longas exibidos nestes importantes festivais, como: Imagem e Palavra (Le livre d’image), de Jean-Luc Godard, exibido em Cannes, onde o diretor recebeu uma Palma de Ouro Especial; a comédia dramática Doubles vies, do cineasta francês Olivier Assayas, com Guillaume Canet e Juliette Binoche, exibido nos festivais de Veneza e Toronto; o novo filme do premiado cineasta chinês Jia Zhangke, o drama Amor até às Cinzas (Jiang hu er nv), exibido na Competição Oficial do Festival de Cannes; o argentino La Quietud, de Pablo Trapero, com Bérénice Bejo e Edgar Ramírez, exibido em Veneza; A Caótica Vida de Nada Kadic (Kaoticni Zivot Nade Kadic), de Marta Hernaiz Pidal, exibido no Festival de Berlim.

binochemostraJuliette Binoche em Doubles vies, de Olivier Assayas.

E mais: o novo filme da cineasta francesa Mia Hansen-Løve, o drama Maya, exibido no Festival de Toronto; o drama Nuestro Tiempo, do cineasta mexicano Carlos Reygadas, exibido em Veneza e na mostra Horizontes de San Sebastián; o russo Verão (Leto), de Kirill Serebrennikov, exibido na Competição Oficial de Cannes; Alemanha: Um Conto de Inverno (Wintermärchen), de Jan Bonny, exibido em Locarno; Almas Mortas (Dead Souls), de Wang Bing, exibido em Cannes, assim como o espanhol The Man Who Killed Don Quixote, de Terry Gilliam; o drama espanhol Carmen y Lola, de Arantxa Echevarria, exibido na Quinzena dos Realizadores; o documentário Cassandro, the Exotico!, de Marie Losier, indicado a Queer Palm, em Cannes, e exibido no Hamburg Film Festival; o drama As Ceifadeiras (Die Stropers), de Etienne Kallos, exibido na mostra Un Certain Regard, em Cannes.

A seleção segue com o drama sueco O Imóvel (Toppen av ingenting), de Måns Månsson e Axel Petersén, indicado ao Urso de Ouro em Berlim; o documentário Caubóis Fantasmas (Phantom Cowboys), de Daniel Patrick Carbone, exibido no Tribeca Film Festival; a comédia francesa Cléo & Paul (Allons enfants), de Stéphane Demoustier, exibida em Berlim; o documentário Ceres, de Janet Van den Brand, exibido no Festival de Berlim; o drama policial Holiday, de Isabella Eklöf, exibido em Sundance; o novo filme de Kim Ki-duk, o drama Humano, Espaço, Tempo e Humano (Inkan, gongkan, sikan grigo inkan), exibido em Berlim; Eu Sou Tempesta (Io sono Tempesta), do italiano Daniele Luchetti, exibido em Cannes.

O documentário Kusama: Infinito (Kusama: Infinity), de Heather Lenz, sobre a artista Yayoi Kusama e exibido em Sundance; o drama francês Meu Tecido Preferido (Mon tissu préféré), de Gaya Jiji, exibido na mostra Un Certain Regard, em Cannes; o novo filme do cineasta francês David Oelhoffen, o suspense Inimigos Íntimos (Frères ennemis), exibido no Festival de Veneza; o drama egípcio Rosas Venenosas (Poisonous Roses), de Fawzi Saleh, exibido em Roterdã.

quixotemostraAdam Driver e Jonathan Pryce em The Man Who Killed Don Quixote.

Outros títulos exibidos em grandes festivais completam a seleção, como: a comédia dramática Poderia me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?), de Marielle Heller, com Melissa McCarthy e Richard E. Grant, exibido em Toronto; o drama Wildlife, primeiro filme do ator Paul Dano como diretor e que foi exibido nos festivais de Cannes, Sundance e Toronto; o drama alemão O Nome do Meu Irmão é Robert e Ele é um Iidota (Mein Bruder heißt Robert und ist ein Idiot), indicado ao Urso de Ouro em Berlim; o documentário Chris, o Suíço (Chris the Swiss), de Anja Kofmel, exibido na Semana da Crítica, em Cannes; o drama queniano Rafiki, de Wanuri Kahiu, exibido na mostra Un Certain Regard, em Cannes; o documentário Heroínas Silenciosas (Quiet Heroes), de Jenny Mackenzie, Jared Ruga e Amanda Stoddard, exibido no Festival de Sundance; o terror argentino Muere, monstruo, muere, de Alejandro Fadel, exibido na mostra Un Certain Regard; o documentário O Homem que Roubou Banksy (The Man Who Stole Banksy), de Marco Proserpio, exibido no Festival de Tribeca; o drama cazaque O Rio (Ozen), de Emir Baigazin, exibido na mostra Plataforma em Toronto e na mostra Orizzonti de Veneza.

Também destacam-se nesta 42ª edição da Mostra: o drama Grass, de Hong Sang-soo, exibido em Berlim; A Doce Indiferença do Mundo (Laskovoe bezrazlichie mira), de Adilkhan Yerzhanov, exibido na mostra Un Certain Regard, em Cannes; o documentário Westwood: Punk, Ícone, Activista (Westwood: Punk, Icon, Activist), de Lorna Tucker, sobre a estilista Vivienne Westwood, exibido no Festival de Sundance; o drama belga Seguir em Frente (Continuer), de Joachim Lafosse, exibido em Veneza; o documentário Procurando por Ingmar Bergman (Ingmar Bergman – Vermächtnis eines Jahrhundertgenies), de Margarethe von Trotta, Felix Moeller e Bettina Böhler, exibido na mostra Cannes Classics; o suspense norueguês Utøya – 22 de julho (Utøya 22. juli), de Erik Poppe, indicado ao Urso de Ouro em Berlim; o documentário O Preço de Tudo (The Price of Everything), de Nathaniel Kahn, exibido em Sundance; e Trem das Vidas ou A Viagem de Angélique (Train de vies ou les voyages d’Angélique), novo filme de Paul Vecchiali, que foi homenageado com o Prêmio Leon Cakoff na Mostra do ano passado.

pauldanomostra42Carey Mulligan e Jake Gyllenhaal em Wildlife, de Paul Dano.

A seleção de filmes da 42ª Mostra de São Paulo também traz 19 obras já indicadas por seus respectivos países para concorrerem a uma vaga ao Oscar de melhor filme estrangeiro: o brasileiro O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; o mexicano Roma, de Alfonso Cuarón; o polonês Guerra Fria (Zimna wojna), de Pawel Pawlikowski; o português Peregrinação, de João Botelho; o turco A Árvore Dos Frutos Selvagens (Ahlat Agaci), de Nuri Bilge Ceylan; o islandês Uma Mulher em Guerra (Kona fer í stríð), de Benedikt Erlingsson; o sul-coreano Em Chamas (Beoning/Burning), de Chang-Dong Lee; o eslovaco O Intérprete (The Interpreter), de Martin Šulík; o japonês Assunto de Família (Manbiki kazoku/Shoplifters), de Hirokazu Kore-eda.

O libanês Capernaum (Capharnaüm), de Nadine Labaki; o dinamarquês Culpa (Den skyldige), de Gustav Möller; o romeno Eu Não Me Importo Se Entrarmos Para A História Como Bárbaros (Îmi este indiferent daca în istorie vom intra ca barbari), de Radu Jude; o argentino El Ángel, de Luis Ortega; o cambojano Túmulos Sem Nome (Les tombeaux sans noms), de Rithy Pahn; o representante de Luxemburgo, Gutland, de Govinda Van Maele; o egípcio Yomeddine, de Abu Bakr Shawky; o macedônio O Ingrediente Secreto (Iscelitel), de Gjorce Stavreski; o tailandês Malila: A Flor Do Adeus (Malila: The Farewell Flower), de Anucha Boonyawatana; e o austríaco A Valsa De Waldheim (Waldheims Walzer), de Ruth Beckermann.

koreedamostra42filmeLily Franky, Miyu Sasaki e Sakura Andô em Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda.

Além da exibição do inédito A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier, a Mostra revisita a obra do diretor dinamarquês com sessões de outros três longas: Ondas do Destino, Europa e Elemento de um Crime. Além disso, a Mostra ainda vai apresentar os mais recentes filmes do cineasta israelense Amos Gitai: o curta Uma Carta para um Amigo em Gaza (A Letter to a Friend in Gaza) e o documentário Um Trem em Jerusalém (A Tramway in Jerusalem), ambos premiados em Veneza; e também o média-metragem A Casa (Bayit), de 1980, em sessão especial.

A 42ª Mostra homenageia o centenário do líder sul-africano Nelson Mandela com a exibição de quatro títulos, entre eles, o inédito O Estado Contra Mandela e os Outros (The State Against Mandela and the Others), de Gilles Porte e Nicolas Champeaux, exibido em Cannes. E mais: entre as obras latinas desta edição, que somam mais de 30, vale destacar dois títulos de Fernando Solanas, premiado cineasta argentino que estará presente durante o evento: La Hora de Los Hornos e o inédito Viaje A Los Pueblos Fumigados.

Neste ano, a Mostra de São Paulo conta com cerca de 90 títulos estrangeiros dirigidos por mulheres. Entre as diretoras com filmes na programação estão: Aïda Maigre-Touchet, com o documentário Canção de um Vidente (Les flâneries du voyant); Inka Achté, com Garotos que Gostam de Garotas (Boys Who Like Girls); Josephine Decker, com A Madeline de Madeline (Madeline’s Madeline); Maria Alché, com Família Submersa (Familia sumergida); Mercedes Dominioni, com El Creador de Universos; entre outras.

umajacklarsUma Thurman em A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier.

A 42ª Mostra vai exibir cerca de 70 títulos brasileiros incluídos nas seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional, entre eles: Rasga Coração, de Jorge Furtado; O Olho e a Faca, de Paulo Sacramento; Deslembro, de Flávia Castro, exibido no Venice Days; Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, eleito o melhor filme de ficção no Teddy Award, em Berlim; Azougue Nazaré, de Tiago Melo, premiado em Roterdã; Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader Messora, uma coprodução Brasil e Portugal, que recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Un Certain Regard, em Cannes; o documentário Humberto Mauro, de André Di Mauro, exibido na mostra Venice Classics; Los Silencios, de Beatriz Seigner, premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes; o documentário Torre das Donzelas, de Susanna Lira; entre outros.

Os 20 anos de Central do Brasil, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Montenegro, que foi indicada ao Oscar de melhor atriz, serão comemorados com a exibição inédita no país da cópia restaurada do filme, com a presença do diretor e elenco principal. Também ganham sessão especial: a cópia restaurada de O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, e o longa O Bravo Guerreiro, de Gustavo Dahl, que comemoram 50 anos de lançamento; além de Feliz Ano Velho, de Roberto Gervitz, que completa 30 anos.

centraldobrasilmostra1Fernanda Montenegro e Vinicius de Oliveira em Central do Brasil: Urso de Ouro em Berlim.

Os 200 anos de Karl Marx, pensador responsável pelas bases teóricas do socialismo, serão lembrados pela Mostra e pelo Instituto Goethe com uma exibição especial da cópia restaurada da icônica série de Rainer Werner Fassbinder, Oito Horas Não São um Dia, de 1972. Além disso, marcam o bicentenário as exibições de outros sete títulos.

Outros destaques da programação deste ano: A Caixa de Pandora, de 1929, longa alemão dirigido por Georg Wilhelm Pabst, que será projetado na área externa do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer com acompanhamento da Orquestra Jazz Sinfônica. A tradicional programação apresentada no Vão Livre do Masp incluirá títulos como As Canções, de Eduardo Coutinho, Ópera do Malandro, de Ruy Guerra, e Invictus, de Clint Eastwood, que será exibido em homenagem ao centenário de Nelson Mandela. Os 30 anos do lançamento no Brasil do premiado Asas do Desejo, de Wim Wenders, serão comemorados com uma exibição da cópia restaurada do longa.

Para mais informações sobre a 42ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, clique aqui.

Fotos: Divulgação.

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