Dirigido por Miguel Falabella, Veneza, que teve sua estreia adiada por conta da pandemia de Covid-19, chega os cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 17/06, com distribuição da Imagem Filmes.
No filme, a estrela espanhola Carmen Maura, musa do cineasta Pedro Almodóvar, interpreta Gringa, uma cafetina cega e obcecada pela ideia de conhecer a famosa cidade flutuante e reencontrar nas terras e águas italianas a grande paixão de sua vida. Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro, Caio Manhente e Danielle Winits compõem o elenco principal de Veneza, que faz uma ode às mulheres latino-americanas, com participações da argentina Georgina Barbarossa, da uruguaia Camila Vives e da colombiana Carolina Virgüez.
O longa propõe reflexões sobre o significado de família e mostra o dia a dia do bordel de Gringa, onde, ao mesmo tempo em que lidam com frustrações, dificuldades e prazeres, as mulheres se unem para tentar, de alguma forma, realizar o último pedido daquela que as acolheu quando mais precisaram. Em tom de realismo fantástico, o filme é baseado na premiada peça teatral Venecia, do autor argentino Jorge Accame, adaptada pelo próprio Falabella para os palcos brasileiros no início dos anos 2000.
Produzido por Júlio Uchoa e filmado em Montevidéu, no Uruguai, e em Veneza, na Itália, o longa foi premiado com os kikitos de melhor direção de arte para Tulé Peake e melhor atriz coadjuvante para Carol Castro no Festival de Gramado e recebeu quatro troféus no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, entre eles, melhor direção de fotografia para Gustavo Hadba e melhor ator para Eduardo Moscovis; além disso, foi premiado como melhor roteiro no Festival de Cinema Brasileiro de Miami.
Para falar mais sobre Veneza, conversamos com os atores Eduardo Moscovis, Dira Paes, Danielle Winits e Carol Castro. Aperte o play e confira:
Cena do curta brasileiro Cantareira, de Rodrigo Ribeyro.
Depois de anunciar a seleção de longas, a 74ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 6 e 17 de julho, revelou os curtas-metragens selecionados para a Competição Oficial e também para a mostra Cinéfondation, criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.
Neste ano, o comitê de seleção assistiu 3.739 curtas-metragens; dez foram escolhidos. Os filmes disputam a Palma de Ouro de curta-metragem, que será entregue pelo júri formado por: Kaouther Ben Hania, cineasta tunisiana; Tuva Novotny, atriz e cineasta sueca; Alice Winocour, roteirista e cineasta francesa; Sameh Alaa, cineasta do Egito; Carlos Muguiro, roteirista e cineasta espanhol; e Nicolas Pariser, ator e diretor francês.
Duas produções brasileiras estão na disputa pela Palma de Ouro. A primeira delas é a ficção paulista Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci, com Badu Moraes no elenco. Na trama, em um mundo em chamas, uma enfermeira grávida de sete meses lida com uma crescente ansiedade enquanto se vê, aos poucos, atraída por uma fiel da igreja pentecostal e por sua comunidade.
Outro destaque nacional na Competição Oficial é Sideral, de Carlos Segundo. Filmado nas cidades de Natal, Parnamirim e Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, o curta foi parcialmente financiada pela Lei Aldir Blanc e conta com produção da Casa da Praia Filmes. Em sua redes sociais, o diretor comentou: “Tenho estado completamente fora de órbita desde que a gente recebeu essa notícia incrível. Uma alegria imensa poder agora dividir esse momento com vocês. Filmado em Natal e região, o filme é uma coprodução Brasil e França, produzido por Mariana Hardi, Pedro Fiuza, Justin Pechberty e Damien Megherbi. Além, claro, dessa equipe, pessoas muito competentes e extremamente queridas que sou e serei eternamente grato. Onde querem corte, seremos plano contínuo!”.
Para a 24ª edição da Cinéfondation, 17 filmes foram selecionados, dentre os 1.835 inscritos por escolas de cinema do mundo todo. A lista conta com 13 ficções e 4 animações, de 8 realizadoras e 9 diretores. Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a Cinéfondation proporciona uma oportunidade para que jovens realizadores vejam os melhores filmes do ano exibidos no festival e absorvam a atmosfera inspiradora na companhia de realizadores de renome.
Entre os selecionados deste ano, destaque para o curta brasileiroCantareira, dirigido pelo cineasta paulistano Rodrigo Ribeyro. O paradoxo entre a metrópole e a natureza, que literalmente a rodeia, ganha corpo numa localidade: a Serra da Cantareira. Esse é o tema do filme produzido como trabalho de conclusão de curso da Academia Internacional de Cinema de São Paulo. O curta conta a história de Bento e Sylvio, neto e avô respectivamente, ambos com raízes profundas na Serra da Cantareira, mas em momentos diferentes de vida. O mais velho contempla preocupado o atual estado da Serra, com o avanço à espreita do aspecto natural do lugar, já cicatrizado por lojas e estradas abertas em meio a mata. O jovem vive em São Paulo, solitário, envolto pela cacofonia da cidade grande. Seria melhor voltar ao lugar onde cresceu?
O diretor baseou muito de sua vivência para criar o roteiro: “Eu cresci na Cantareira, nesse lugar tranquilo, onde o tempo corre (ou corria) numa outra velocidade e onde o som colabora (ou colaborava) para um estado muito mais sereno. Mudar para o centro de São Paulo, fazer amizade com os trabalhadores da região e perceber todas essas diferenças foi a faísca”. Com fotografia de Dani Drummond e arte de Gabriela Taiara, o elenco conta com Emiliano Favacho, Almir Guilhermino, Guilherme Dourado, Margot Varella e Gelson dos Santos.
Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival de Cannes 2021:
CURTAS-METRAGENS | COMPETIÇÃO OFICIAL
All The Crows In The World, de Tang Yi (Hong Kong) Céu de Agosto (August Sky), de Jasmin Tenucci (Brasil/Islândia) Det Er i Jorden (In The Soil), de Casper Kjeldsen (Dinamarca) Noite Turva (Through The Haze), de Diogo Salgado (Portugal) Orthodontics, de Mohammadreza Mayghani (Irã) Pa Vend (Displaced), de Samir Karahoda (Kosovo) Severen Pol (North Pole), de Marija Apcevska (Macedônia) Sideral, de Carlos Segundo (Brasil/França) The Right Words, de Adrian Moyse Dullin (França) Xue Yun (Absence), de Lang Wu (China)
CINÉFONDATION
Billy Boy, de Sacha Amaral (Argentina) (Universidad Nacional de las Artes Argentina) Prin Oras Circula Scurte Povesti de Dragoste (Love Stories On The Move), de Carina-Gabriela Dașoveanu (Romênia) (UNATC I. L. CARAGIALE) L’enfant Salamandre (The Salamander Child), de Théo Degen (Bélgica) (INSAS) Bestie Wokół Nas (Beasts Among Us), de Natalia Durszewicz (Polônia) (The Polish National Film School in Łódź) Oyogeruneko (The Cat From The Deep Sea), de Huang Menglu (Japão) (Musashino Art University) Other Half, de Lina Kalcheva (Reino Unido) (NFTS) Habikur (Night Visit), de Mya Kaplan (Israel) (The Steve Tisch School of Film & Television, Tel Aviv University) Bill and Joe Go Duck Hunting, de Auden Lincoln-Vogel (EUA) (University of Iowa) Frida, de Aleksandra Odić (Alemanha) (DFFB) Rudé Boty (Red Shoes), de Anna Podskalská (República Checa) (FAMU) La Caída Del Vencejo (The Fall Of The Swift), de Gonzalo Quincoces (Espanha) (ESCAC) Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (Brasil) (Academia Internacional de Cinema) Fonica M-120, de Olivér Rudolf (Hungria) (SZFE) Frie Mænd (Free Men), de Óskar Kristinn Vignisson (Dinamarca) (Den Danske Filmskole) King Max, de Adèle Vincenti-Crasson (França) (La Fémis) Saint Android, de Lukas Von Berg (Alemanha) (Filmakademie Baden-Württemberg) Cicada, de Yoon Daewoen (Coreia do Sul) (Korea National University of Arts)
Andrea Arnold, em 2016, em Cannes: Prêmio do Júri.
A mostra Un Certain Regard, paralela ao Festival de Cannes, coloca em evidência filmes mais atípicos que os da Competição Oficial e que oferecem uma perspectiva única para o público.
Neste ano, a cineasta britânica Andrea Arnold, premiada em Cannes por Marcas da Vida, Aquário e Docinho da América, presidirá o júri da mostra, também conhecida como Um Certo Olhar, que começa no dia 7 de julho, depois da abertura da 74ª edição do festival. Nesta segunda-feira, 14/06, os integrantes do júri, que acompanharão Arnold na jornada, foram anunciados.
O time de jurados completa-se com: Mounia Meddour, cineasta franco-argelina, que passou pela Un Certain Regard, em 2019, com Papicha; Elsa Zylberstein, atriz francesa e vencedora do César pelo drama Há Tanto Tempo que Te Amo; Daniel Burman, cineasta e produtor argentino, premiado em Berlim por O Abraço Partido; e Michael Angelo Covino, cineasta, produtor e ator americano, que passou pela mostra Um Certo Olhar, em 2019, com a comédia dramática A Subida.
Os vencedores da mostra Un Certain Regard serão anunciados na sexta-feira, 16 de julho.
Cena do documentário Aquilo que Eu Nunca Perdi, de Marina Thomé.
A 16ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de junho com transmissão gratuita e on-line, exibirá 118 filmes em pré-estreias e mostras temáticas (32 longas, 6 médias e 80 curtas-metragens) de 4 países e 14 estados brasileiros; todos estarão disponíveis no site oficial do evento (clique aqui).
Nos longas e médias-metragens, com curadoria de Francis Vogner dos Reis e Cleber Eduardo, novamente a CineOP chama atenção para a produção contemporânea brasileira que, de alguma forma, dialoga com o passado para reconfigurar questões do presente; através do uso de documento, memória, perspectivas ou reflexões afetivas.
“De uns anos para cá, temos nos esforçado mais para fazer essa relação, principalmente porque os filmes inscritos tocam em questões que demandam recuos históricos relevantes ou lidam com matéria de arquivo. Os filmes da Mostra Contemporânea estabelecem uma forte relação com as questões históricas, seja a partir de perspectivas de um determinado caso ou determinada questão da política ou imaginário cultural e social brasileiro, seja de materiais de arquivo que lidam com a materialidade da memória do país”, afirma o curador Francis Vogner.
Para 2021, os longas da Mostra Contemporânea foram divididos em quatro eixos: Indígenas e as imagens: entre o passado e o presente, que como o nome adianta, inclui filmes que tratam da cultura indígena, recolocando elementos de suas histórias em relação à história brasileira; Os espaços e os vestígios da história, que reúne trabalhos que ecoam obsessivamente o ambiente onde filmam ou onde buscam suas relações com a história, ecoando processos históricos do passado ou memórias de um imaginário cultural a partir das reminiscências encontradas nas buscas empreendidas em cena.
E mais: Passado em investigação, com a ditadura militar como tema central em três longas, em recortes pouco abordados pela documentação brasileira do período, desde a busca por um ex-oficial nazista foragido no Brasil até a espoliação de recursos naturais milionários cujo dinheiro nunca foi efetivamente visto; e Memórias das artes brasileiras, que resgata figuras importantes da cultura no país, como o dramaturgo José Celso Martinez Correa, a cantora e compositora Alzira Espíndola e o casal de pesquisadores e cineastas Conceição Senna e Orlando Senna, a partir do uso de arquivos e entrevistas que os recolocam diante da própria história do país.
A Mostra Contemporânea de curtas-metragens tem curadoria de Camila Vieira, que selecionou 18 títulos com propósito também de dialogar com as noções de resgate, memória, novas perspectivas do presente e experimentações com o passado. Os títulos se espalham pelos tradicionais recortes de Cine-Praça, Cine-Teatro e Cine Vila Rica, mantendo os perfis de cada sessão. A seleção inclui documentários que partem de revisitações historiográficas para reescrever o passado do Brasil, ensaios narrados em primeira pessoa que resgatam memórias entre diferentes gerações e curtas experimentais que exploram a materialidade das imagens de arquivo.
Além disso, uma nova parceria da mostra com a TV UFOP apresenta duas sessões e um total de 8 curtas-metragens brasileiros realizados em universidades, escolas de cinema ou núcleos de formação em audiovisual.
Como anunciado antes, a 16ª CineOP presta homenagem ao ator Chico Diaz, um dos principais profissionais do teatro, TV e cinema brasileiro desde os anos 1980 e que esteve em alguns dos títulos mais representativos dos anos 90; década que está no centro da temática do evento em 2021.
Neste ano, a Temática Histórica vai focar no cinema brasileiro da década de 1990, sob o título Memórias entre diferentes tempos – O passado segundo as imagens dos anos 90. A ideia é justamente encontrar os paralelos entre o período e este começo de anos 2020, a partir da constatação de que, após mais de 30 anos do fim da Embrafilme e da eleição do primeiro presidente por voto direto depois do fim do regime militar, há muitas camadas do país e do cinema, hoje reposicionadas, que foram semeadas como espécie de gênese desde aquela época.
Dedicada a filmes do passado, a mostra Temática Preservação de 2021 traz títulos relevantes da historiografia do cinema brasileiro, em versões restauradas ou retrabalhadas, em diálogo com alguns debates da 16ª CineOP. Um dos principais destaques é a exibição de uma nova cópia de O País de São Saruê (1971), clássico de Vladimir Carvalho, que carrega ainda questões urgentes de nossa sociedade. O filme será apresentado em sua versão restaurada fotoquimicamente ao final da década de 1990 pelo CPCB, Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro.
Os filmes da Temática Educação se constituem de trabalhos audiovisuais que se relacionam à temática do ano e que venham de produções dos bancos escolares ou utilizadas numas relação pedagógica com alunos de todo o Brasil. Serão mais de 20 títulos apresentados durante a mostra a partir de proposições vindas do que intitula a temática este ano: Das ruínas às utopias: processos de criação audiovisual e metodologias de ensino, sendo 18 curtas inscritos selecionados, 3 curtas do Projeto Cero En Conducta e outros títulos do Projeto Escuela ao Cine.
Mantendo o distanciamento social, as sessões Cine-Escola continuam virtuais, em colaboração com professores e pedagogos para um melhor aproveitamento dos alunos interessados, na busca pela formação de novos públicos e olhares para o cinema brasileiro, assim como a Mostrinha, que conta com títulos em pré-estreia especialmente escolhidos para agradar os pequenos e as famílias. Os títulos contam com acessibilidade: Libras, audiodescrição e legendas descritivas.
Conheça os filmes selecionados para a 16ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto:
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | LONGAS
A Senhora que Morreu no Trailer, de Alberto Camarero e Alberto de Oliveira (SP) A Trilha dos Ratos, de Marcelo Felipe Sampaio (SP) Aquilo que Eu Nunca Perdi, de Marina Thomé (SP/MS/RJ) Golpe de Ouro, de Chaim Litewski (SP) Kunhangue Arandu: A Sabedoria das Mulheres, de Alberto Alvares e Cristina Flória (SP) Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP) Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes (RJ) Muribeca, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (PE) O Amor Dentro da Câmera, de Jamille Fortunato e Lara Beck Belov (BA/RJ) O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível – A Peleja de Noel Nutels, de Tiago Carvalho (RJ) Operação Camanducaia, de Tiago Rezende de Toledo (SP/BA/CE) Xadalu e o Jaguaretê, de Tiago Bortolini de Castro e Ariel Kuaray Ortega (RS)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | CURTAS
Descompostura, de Alline Torres, Anaduda Coutinho, Marcio Plastina e Víctor Alvino (RJ) Desvio, de Flora Nakazone (SP) Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry (CE) Fôlego, de Sofia Badim (RJ) Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa (SP) Memória Presença, de Gabriel Carneiro (MG) Não Se Pode Abraçar uma Memória, de Pedro Tavares (RJ) No Verso Tem Um Céu, de Jonta Oliveira (SE) Novo Rio, de Lorran Dias (RJ) O Suposto Filme, de Rafael Conde (MG) Ouro para o Bem do Brasil, de Gregory Baltz (RJ) Pequenas Considerações Sobre o Espaço-tempo, de Micheline Helena (CE) República do Mangue, de Julia Chacur, Mateus Sanches Duarte e Priscila Serejo (RJ) Rocio das Vagas, de Rodrigo Faustini (SP) Trópico de Capricórnio, de Juliana Antunes (SP) Uma Invenção sem Futuro, de Francisco Miguez (SP) Vai!, de Bruno Christofoletti Barrenha (SP) Zona Abissal, de Luisa Marques e Darks Miranda (RJ)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | MÉDIA E CURTAS REDE MINAS
25 Anos sem Asfalto, de Fabi Andrade (SP) A Casa e a Rua, de Taise Andrade Ribeiro (BA) Adeus aos Livros, de Diego Quinderé de Carvalho (RJ) Caixinha de Música, de Ana Carolina do Monte (SP) Coleção Preciosa, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA) Napo, de Gustavo Ribeiro (PR) Sem Chão, Sem Medo, de Guilherme Escapacherri e Jefferson Mendes (SP) Subsolo, de Erica Maradona e Otto Guerra (RS)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | CURTAS TV UFOP
A Luz Incidiu Sobre Nós Como a Pálida Noite, de Lucca Girardi (SP) Bizú, de Dan Jonathan, Gil Sousa e Pedro Higor (CE) Doze, de Clara Tempone (MG) Eu Sou da Lyra, de Beatriz Lira (RJ/AC) Pot-pourri, de Leonardo da Rosa, Gianluca Cozza, André Berzagui e Guilherme Tusset (RS) Presente de Casamento, de Viviane Goulart (GO) Reduto, de Michel Santos (BA) Visões de Copacabana – Uma Breve Trilogia do Acaso, de Rita Brás (RJ)
MOSTRA HOMENAGEM
A Cor do seu Destino, de Jorge Durán (1986) Amarelo Manga, de Cláudio Assis (2002) Cachaça, de Adelina Pontual (1995) Corisco e Dadá, de Rosemberg Cariry (1996) De Sentinela, de Katia Maciel (1993) O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho (2020) Os Matadores, de Beto Brant (1997) Praça Saens Peña, de Vinicius Reis (2008) Quem Você mais Deseja, de André Sturm e Silvia Rocha Campos (2005) Girassol Vermelho, de Éder Santos (filme em processo)
MOSTRA HISTÓRICA
A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo (2000) Amélia, de Ana Carolina (2000) Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas (1997) Brava Gente Brasileira, de Lúcia Murat (2000) Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati (1995) Carmen Miranda: Bananas Is My Business, de Helena Solberg (1995) Lamarca, de Sergio Rezende (1994) O Mandarim, de Júlio Bressane (1995) Tudo é Brasil, de Rogério Sganzerla (1997) Yndio do Brasil, de Sylvio Back (1995)
MOSTRA PRESERVAÇÃO
Acervo Djalma Corrêa, de Cecília Mendonça Cinemateca Brasileira, de Ozualdo R. Candeias Circo Voador – A Nave, de Tainá Menezes Marechal Rondon: Patrono das Comunicações, de Acervo Arquivo Nacional O País de São Saruê, de Vladimir Carvalho Revista da Tela nº 177 x 74 (cinejornal), de Acervo Arquivo Nacional Revista do Cinema Brasileiro #38, de Marco Altberg Revista do Cinema Brasileiro #77, de Marco Altberg Revista do Cinema Brasileiro #98, de Marco Altberg
MOSTRA EDUCAÇÃO
A História da Lagarta, de Aline Caetano Begossi (SP) A Ilha é um Mundo, de Profa. Liana Lobo Baptista, Alunos e Famílias do CP/UFMG (SP) Cartas Visuales, de Isabel Tapia e Javiera Quintanilla (Chile) Cem Crianças Esperando um Trem (Chile) De La Cama Al Living, de Tomás Norambuena e Isabel Tapia (Chile) Desde Mi Piel, de Victoria Antío (Chile) Diálogos na Quarentena – Nossas Frutas, de Karla Lopes Beck, Vanessa Faria dos Santos e Vitor Farias (SP) Diálogos na Quarentena – Pé de Manga, de Karla Lopes Beck e Vanessa Faria dos Santos (SP) Diario de Sensaciones, de Juan José Sanchez (Colômbia) Educação em Tempo de Pandemia, de Diogo Santos (MG) El Regalo de La Huerta en Pandemia, de Vicente Navarrete (Chile) Encontros: Escola-cinema e Cinema-escola Cartografias do Feminino, de Marcelly Camacho Torteli Faria (SP) Irreal, de Brenda Andrade (BA) Janela Invertida, de Daniele Grazinoli (RJ) Made in Japan, de Victoria Cifuentes (Chile) Minuto Realiza – Haideya, de Realizacine (RJ) Minuto Realiza – Otelo, de Realizacine (RJ) No Coração da Escola, de Monica Araujo (SP) O Audiovisual e as Sensações, de Profa. Liana Lobo Baptista, Alunos e Famílias do CP/UFMG (MG) O que Você Faz Quando Não Tem Ninguém Olhando?, de Gangue do Van Gogh Raíces, de Nahuel Espinoza (Chile) Sobre Ruedas, de Valeria Cuevas (Chile) Sorvete e Conversas com Mariana, de Mauro Guari (SP) Um Diário de Viajantes, de Gabriela Capper (RJ) Un Minuto, de Isabel Tapia, Santiago Martínez e Sebastián Rojas (Chile) Velhos Tempos, de Clarice Gouveia e Ceci Colares (RJ) Xeque Não Mate o Professor, de Brunna D’ Luise Turato Lotti Alves e Camila Santos da Silva (SP)
SESSÕES CINE-ESCOLA
A Menina e o Velho, de Luciano Fusinato (SC) Ana & Copacabana, de Edem Ortegal (RJ) Atravessa a Vida, de João Jardim (RJ) Mensagem das Estrelas, de Ariel Pereira Quintela (SP) O Menino e o Ovo, de Juliana Capilé (MT) O Meu Bichinho de Estimação, de Jaqueline Dulce Moreira (MG) Raone, de Camila Santana (SP) Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental/IMA, Escolas Municipais de Icapuí (CE)
MOSTRINHA
As Novas Aventuras do Kaiser, de Marcos Maglhães (RJ) Me Liga na Lata – Episódio 09 – Maranhão 1 – Ma, de Renata Meirelles e David Reeks (SP) Passagem Secreta, de Rodrigo Grota (PR) Dentro da Caixinha – Segredo de Criança, de Guilherme Reis (MG)
MOSTRA VALORES
Bordando o Patrimônio – Costurando Memórias, de Fabiano Souza (MG) Mais que Doce, de Arthur Medrado (MG) Série Minha Voz Minha Vez – Episódio 1 – D. Cecília – Tapetes de Arraiolo, de Gabriel Caram (MG) Série Minha Voz Minha Vez – Episódio 1 – Capitão Xisto – Congado, de Gabriel Caram (MG)
Pelo segundo ano consecutivo, o festival será on-line para todo território nacional. A programação estará disponível na plataforma do evento com filmes gratuitos e com limite de visualizações. Parte da seleção estará disponível também nas plataformas do Sesc Digital e Spcine Play, com acesso gratuito.
Todos os filmes do Panorama Brasileiro, os debates e os shows desta edição terão acesso gratuito através do site, da plataforma e das redes sociais do festival; o acesso aos filmes do Panorama Mundial terão custo simbólico de R$ 3,00. Como já aconteceu na edição de 2020, toda a receita arrecadada este ano será revertida em prol de projetos sociais de amparo a pessoas especialmente afetadas pela pandemia de Covid-19.
O grande homenageado desta edição é o diretor D. A. Pennebaker, considerado um dos maiores nomes do documentário mundial de todos os tempos, e um dos pioneiros do Cinema Direto. O festival apresenta dois clássicos da fase musical do cineasta: o lendário Dont Look Back sobre a turnê inglesa de Bob Dylan e Monterey Pop sobre o evento que inaugurou a era dos grandes festivais de rock; além de curtas metragens pouco conhecidos do diretor. Completando a homenagem, o In-Edit convida a premiada diretora Chris Hegedus, sua viúva e parceira artística, para um bate-papo virtual sobre a carreira e obra do diretor.
No Panorama Mundial, o festival traz 22 títulos inéditos, sobre artistas contemporâneos e que marcaram a música internacional das últimas décadas, entre eles: a banda dinamarquesa Lukas Graham, a pioneira do rock Suzi Quatro, o DJ MOBY, o cantor Phil Lynott (da banda Thin Lizzy), a banda inglesa Idles, o cantor Shane MacGowan (vocalista da banda The Pogues), o cantor Shannon Hoon (da banda Blind Melon), o cantor chileno Jorge Farías (El Negro Farías), Poly Styrene (vocalista da banda X-Ray Spex) e a banda pop The Go-Go’s, que entrou para a história da música como a primeira, e até hoje a única, banda formada só por mulheres a chegar ao 1º lugar nas paradas de álbuns mais vendidos da lista da Billboard.
Outros documentários se debruçam sobre histórias que merecem ser contadas, como a do Synthwave, uma corrente eletrônica underground inspirada em certas trilhas sonoras do cinema americano dos anos 80; Rockfield, a Fazenda do Rock, por onde passaram Ozzy Osbourne, Oasis, Queen, entre outros; as pioneiras da música eletroacústica; e da construção de ritmos e projetos musicais de países como Gana, Uganda e Congo.
A programação paralela promoverá debates gratuitos com Chris Hegedus, com o diretor canadense Sam Dunn, com todos os diretores e diretoras dos longas participantes da Competição Nacional e da Mostra Brasil, além de convidados especiais, como o cantor e compositor Nasi, vocalista da banda Ira! e protagonista do documentário Você Não Sabe Quem Eu Sou, que será lançado nacionalmente durante o festival.
Para finalizar, o cineasta Marcelo Machado, diretor de Tropicália, Com a Palavra, Arnaldo Antunes, O Piano que Conversa, entre outros, ministra uma masterclass sobre as diferentes vertentes do documentário musical exploradas a partir de sua própria obra.
Ainda como parte da programação paralela, o festival apresentará shows inéditos, concebidos em diálogo com os filmes da programação, com a participação de artistas como Nasi, Alzira E, DJ Hum, João Ricardo, a banda Made in Brazil, o grupo Gritando HC, além de homenagens musicais ao maestro José Siqueira e ao rapper Speedfreaks.
Conheça os filmes internacionais selecionados para o In-Edit Brasil 2021:
PANORAMA MUNDIAL | DOCS INTERNACIONAIS
7 Years of Lukas Graham, de René Sascha Johannsen (Dinamarca) All I Can Say, de Danny Clinch, Taryn Gould, Colleen Hennessy e Shannon Hoon (EUA) American Rapstar, de Justin Staple (EUA) Contradict, de Peter Guyer e Thomas Burkhalter (Suíça) Crock of Gold: A Few Rounds with Shane MacGowan, de Julien Temple (Reino Unido) Don’t go gentle – a film about the IDLES, de Mark Archer (Reino Unido) Faith & Branko, de Catherine Harte (Sérvia/Reino Unido) Fanny: The Right to Rock, de Bobbi Jo Hart (Canadá) It’s yours: a story of Hip Hop and the Internet, de Marguerite de Bourgoing (EUA) Metal: A Headbanger’s Journey, de Sam Dunn, Scot McFadyen e Jessica Joy Wise (Canadá) Moby Doc, de Rob Gordon Bralver (EUA) Pakko Huutaa, de Kati Grönholm (Finlândia) Phil Lynott: Songs For While I’m Away, de Emer Reynolds (Irlanda) Poly Styrene: I Am a Cliché, de Celeste Bell e Paul Sng (Reino Unido) Rockfield: A Fazenda do Rock, de Hannah Berryman (Reino Unido) Sisters with Transistors, de Lisa Rovner (Reino Unido) Suzi Q, de Liam Firmager (Austrália) The Go-go’s, de Alison Ellwood (EUA) The Rise of the Synths, de Iván Castell (Espanha) The Rumba Kings, de Alan Brain (Peru) TOPOWA! Never Give Up, de Inigo Gilmore e Philip Sansom (Reino Unido) Yo Volveré a Triunfar, de Gabriel Gallardo e Heidy Iareski (Chile)
HOMENAGEM D. A. PENNEBAKER | LONGAS
Dont Look Back (1967) Monterey Pop (1968)
HOMENAGEM D. A. PENNEBAKER | CURTAS
Alice Cooper, de D. A. Pennebaker e Chris Hegedus (1970) Daybreak Express, de D. A. Pennebaker (1953) Lambert and Co, de D. A. Pennebaker (1964) Little Richard, de D. A. Pennebaker e Chris Hegedus (1970)
Elenco: Alessandra Negrini, Antonio Haddad Aguerre, Antonio Marinho, Augusto Madeira, Aury Porto, Catarina Dee Jah, Cícero César, Claudio Assis, Christiane Tricerri, Cristiane Crispin, Dão Verbino da Luz, Edgar Navarro, Fabiana Pirro, Fabíola Ataíde, Guilherme Weber, Ítalo Decanio, Josival Alves, Lula Terra, Marcélia Cartaxo, Marcio Fecher, Maria de Lourdes dos Santos Barros, Maycon Douglas, Zezita Matos, Sérgio Mamberti.
Ano: 2020
Sinopse: Numa fria manhã na cidade de São Paulo, Cícero, um menino franzino e sonâmbulo, depara-se com seu pai morto no banheiro de casa, vitimado por um infarto fulminante. Grita por sua mãe, mas ela encontra-se na floresta amazônica realizando um documentário sobre a demarcação de terras indígenas. Esse é o ponto de partida de Acqua Movie, filme de estrada onde mãe e filho tentam, em meio ao sol escaldante do semiárido nordestino, atravessado por canais de transposição das águas do Rio São Francisco, reinventar a narrativa do afeto.
*Filme visto na 9ª Mostra Ecofalante de Cinema.
*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevista com o diretor.
Realizado em formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, os premiados foram contemplados com o Troféu DIGO e também com prêmios de parceiros. O Júri Oficial foi presidido por Francisco Carbone e contou com Rosinha Assis, Ida Feldman e Rian Córdova.
O alcance desta sexta edição resultou em centenas de milhares de interações, sendo o público goiano representando 12,8% de visitações, seguido de São Paulo com 5,8% e Rio de Janeiro com 3,9%.
Neste ano, o homenageado foi André Fischer, que recebeu o Troféu DIGO História LGBTI+, por seu desempenho excepcional na história LGBTI+ brasileira com trabalho incansável e pioneiro no audiovisual brasileiro na temática da diversidade; além de desenvolvimento de mídias sociais e tecnológicas no âmbito do ativismo, salvando vidas e inspirando pessoas na luta contra o preconceito, ódio e fascismo por meio das ações culturais há quase 30 anos.
Amanda Costa também foi homenageada e recebeu o Troféu DIGO AMIGUE; especialista em Jornalismo Literário, atua na área da comunicação há 20 anos. Além disso, Carol Breviglieri, que atua no audiovisual desde 2005, recebeu o Troféu Christian Petermann; ganhou destaque por seu trabalho na equipe de arte e/ou figurino de diversos filmes, entre eles, Vento Seco, de Daniel Nolasco.
Conheça os vencedores do DIGO 2021:
MOSTRA NACIONAL | JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE) Melhor Direção: Luis Carlos de Alencar, por Homens Invisíveis Melhor Atuação | Trio: Antonio Miano, Lucas Galvino e Vinicius Neri, por Fotos Privadas Melhor Atuação: Luciana Souza, por Inabitável Melhor Fotografia: Vagalumes, por Léo Bittencourt
MOSTRA MULHERES LGBTI+ | JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Entre, de Ana Carolina Marinho e Luz Bárbara (SP) Menção Honrosa: Polifonia – Mulheres na Técnica, de Thais Robaina (SP)
MOSTRA A PANDEMIA É POLÍTICA | JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Café com Rebu, de Danny Barbosa (PB)
MOSTRA INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Água, de Santiago Zermeño (México) Menção Honrosa: Hugo: 18h30, de James Maciver (França)
MOSTRA LONGA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Vento Seco, de Daniel Nolasco (GO) Menção Honrosa: Limiar, de Coraci Ruiz (SP)
PRÊMIO DO PÚBLICO
Nacional: Memória de quem (não fui), de Thiago Kistenmacker (RJ) (30,6% dos votos) Mulheres LGBTI+: Polifonia – Mulheres na Técnica, de Thais Robaina (SP) (30,8% dos votos) A Pandemia é Política: DOIS, de Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss (MG) (71,6% dos votos) Internacional: Dois Homens ao Mar, de Gabriel Motta (Brasil/Estônia) (44,3% dos votos) Prêmio Cinebrac: Vento Seco, de Daniel Nolasco (GO) (50% dos votos)
TROFÉU CHRISTIAN PETERMANN Carol Breviglieri
*O DIGO ainda continua sua programação durante todo o mês do orgulho com 16 filmes que podem ser assistidos na plataforma Cinebrac e na exposição presencial e on-line Performatividades Drag: As Cores e a Força da Arte.
Alessandra Negrini e Lírio Ferreira nos bastidores.
Rodado em São Paulo, Recife e interior de Pernambuco, Acqua Movie, sexto longa de Lírio Ferreira, de Baile Perfumado, Árido Movie e Sangue Azul, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 10/06. A trama apresenta, em um road movie, a paisagem nordestina alterada pela transposição do Rio São Francisco e mostra a forte presença do coronelismo no país.
A história está centrada na relação entre uma mãe, vivida por Alessandra Negrini, e Cícero, seu filho adolescente, papel de Antonio Haddad. Cícero encontra seu pai Jonas, interpretado por Guilherme Weber, mesmo personagem de Árido Movie, morto no banheiro de casa, vitimado por um infarto fulminante. Duda está na floresta amazônica realizando um documentário sobre a demarcação de terras indígenas. Mãe e filho partem de carro de São Paulo a fim de resgatar o afeto mútuo e deixar as cinzas de Jonas na cidade onde ele nascera, no interior de Pernambuco.
Misto de aventura e investigação, o longa flerta com o gênero documentário e apresenta um cinema inquieto, reenquadrando a premissa de que o mundo convive com a falta de solidariedade e com o excesso de informação. O elenco conta também com Augusto Madeira, Aury Porto, Catarina Dee Jah, Edgar Navarro, Marcélia Cartaxo, Zezita Matos, Sérgio Mamberti, entre outros.
Elio Germano em A Vida Solitária de Antonio Ligabue, de Giorgio Diritti.
Em 2021, o 8 ½ Festa do Cinema Italiano acontecerá entre os dias 17 e 27 de junho, mais uma vez em formato on-line e gratuito, com uma seleção dos melhores filmes italianos dos últimos anos; a maioria deles ainda inéditos no Brasil e disponíveis para todo território nacional.
Os títulos poderão ser acessados diretamente no site do festival (clique aqui) e por meio da plataforma Looke; para assistir é necessário realizar um cadastro gratuito. Com o objetivo de alcançar o maior público possível, os filmes podem ser assistidos via web, em Smart TV, tablet e nos principais suportes iOS e Windows.
Neste ano, o 8 ½ Festa do Cinema Italiano segue oferecendo sessões gratuitas e garantindo a première de importantes produções italianas, apresentando novas tendências do cinema italiano e filmes que passaram pelos mais importantes festivais internacionais, como As Irmãs Macaluso (Le sorelle Macaluso), de Emma Dante, que fez sua estreia mundial no Festival de Veneza do ano passado e será o filme de abertura desta edição.
Emma Dante, que também é dramaturga, uma das mais prestigiadas da Itália, vai ministrar uma masterclass on-line aberta ao público durante o FCI 2021 (a data será divulgada em breve). Já As Irmãs Macaluso, seu terceiro longa, conta a história de cinco irmãs e como o tempo atravessa as relações e a vida destas mulheres.
De Veneza para Berlim, dois títulos premiados chegam ao Brasil: A Vida Solitária de Antonio Ligabue (Volevo Nascondermi), de Giorgio Diritti, que rendeu o Urso de Prata de melhor ator para Elio Germano; e Fábulas Sombrias (Favolacce), dos irmãos Fabio e Damiano D’Innocenzo, que levou o Urso de Prata de melhor roteiro no ano passado.
Outro destaque entre as estreias é o corajoso Rômulo & Remo: O Primeiro Rei (Il Primo Re), de Matteo Rovere, que levou o prêmio David di Donatello de melhor fotografia para Daniele Ciprì. Protagonizado por Alessandro Borghi e Alessio Lapice, o longa se passa em 753 A.C, o ano da fundação de Roma, e conta justamente a lenda de Rômulo e Remo, os fundadores da cidade eterna. Todo falado em proto-latim (que precedeu o latim arcaico), o filme é uma das produções italianas mais ousadas tanto criativamente quanto em questão de produção, cujas filmagens, ocorridas na região do Lazio, justamente onde a história original se passa, exigiram um esforço físico e mental do elenco.
Cena de As Irmãs Macaluso, de Emma Dante: filme de abertura.
Destaque também para Volare (Tutto il Mio Folle Amore), de Gabriele Salvatores, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro com Mediterrâneo, que fez sua première mundial no Festival de Veneza. Estrelado pelo jovem Giulio Pranno e pelos experientes Claudio Santamaria e Valeria Golino, o longa conta a história de um pai ausente que um dia decide ir em busca do filho adolescente com Transtorno do Espectro do Autismo.
Na programação não poderiam faltar as comédias que, além de serem sucesso de bilheteria, também lançam um olhar inteligente sobre a vida na Itália contemporânea. Este ano, a programação conta com a estreia de Troca Tudo! (Cambio Tutto!), do diretor Guido Chiesa, e o divertido Bangla, de Phaim Bhuiyan, longa premiado como a melhor comédia italiana de 2019, que narra as aventuras amorosas de um italiano filho de imigrantes de Bangladesh.
Além da seleção contemporânea, o evento este ano traz uma seção especial focada em Alice Rohrwacher, uma das realizadoras italianas mais prestigiadas da atualidade. Formada em Literatura e Filosofia pela Universidade de Turim, ela é diretora de obras como Lazzaro Felice, vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes, em 2018. Seu longa de estreia, Corpo Celeste, marcou também sua estreia nos sets, pois ela e a irmã, a atriz Alba Rohrwacher, cresceram no campo e sem acesso ao mundo do cinema. A produção estreou na Quinzena dos Realizadores e recebeu o conceituado prêmio Nastro D’Argento.
Em 2014, também em Cannes, apresentou As Maravilhas, dessa vez na Competição Oficial e levou o Grande Prêmio do Júri, o que garantiu o passaporte de Alice para o hall dos diretores mais respeitados do circuito internacional. Em 2020, apresentou no Festival de Veneza o curta Omelia Contadina, realizado em parceria com o artista francês JR.
Nesta retrospectiva, o público poderá conferir a maioria da produção de Alice Rohrwacher, entre filmes inéditos, curtas e documentários. Para todos os espectadores do evento, será disponibilizada nos canais oficiais uma masterclass com a cineasta, que foi organizada pela Festa do Cinema Italiano onde a diretora falará do seu trabalho com críticos e jornalistas.
Vale lembrar que, este ano, as sessões dos filmes do festival serão realizadas em dias específicos e ficarão disponíveis por 24h, sempre a partir das 18h. Os filmes que integram o Foco Alice Rohrwacher estarão disponíveis durante todo o festival a partir das 9h do dia 17 até as 9h do dia 28 de junho. Para saber mais informações dos filmes, horários e programação completa, acesse o site oficial.
Lara Tremouroux e Mariana Oliveira em Medusa, de Anita Rocha da Silveira.
Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), em 1969, a Quinzena dos Realizadores (Quinzaine des Réalisateurs), mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.
Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.
Neste ano, em sua 53ª edição, vale destacar a presença do brasileiro Medusa, terror dirigido por Anita Rocha da Silveira, de Mate-me Por Favor. Produzido por Mayra Auad e Vânia Catani, da Bananeira Filmes, a equipe conta também com fotografia de João Atala e trilha sonora de Gustavo Montenegro. “Que alegria! Muito obrigada a toda equipe e apoiadores! Estamos ainda na correria para fechar a cópia, mas logo mais eu volto com mais posts sobre o filme e seu processo”, disse a diretora em sua conta no Instagram.
Na trama, para manter a aparência de uma mulher perfeita, Mariana se esforça para controlar tudo e todos ao seu redor; até que chegará o dia em que a vontade de gritar será mais forte do que nunca. O elenco apresenta Lara Tremouroux e Mariana Oliveira.
Além disso, o Brasil aparece com mais duas coproduções. A primeira delas é o longa O Empregado e o Patrão, dirigido pelo uruguaio Manuel Nieto Zas e produzido pelas produtoras Sancho&Punta e Vulcana, braços brasileiros do filme, que é estrelado por Nahuel Pérez Biscayart, Cristian Borges, Justina Bustos, Fatima Quintanilla, Jean Pierre Noher, Carlos Lacuesta, Zé Victor Castiel e Roberto Olivera. Com distribuição da Vitrine Filmes, o longa aborda um drama familiar e social ambientado num faroeste nos pampas da América do Sul, que cruza fronteiras e coloca em xeque as relações de trabalho tradicionais entre patrão e empregado.
A outra participação brasileira é Murina, de Antoneta Alamat Kusijanović, uma coprodução entre Croácia, Brasil, Estados Unidos e Eslovênia. Entre os produtores, destaque para os brasileiros Rodrigo Teixeira e Lourenço Sant’ Anna, da RT Features; além de Martin Scorsese. No longa. a relação entre a adolescente Julija e Ante, seu opressivo pai, se tensiona ao limite quando um velho amigo da família chega em sua casa insular na Croácia. Enquanto Ante tenta fechar um negócio que vai mudar suas vidas, Julija, incomodada com a vida pacata e isolada que levam, busca mudanças através do visitante que traz consigo um gosto de liberação em um fim de semana cheio de desejo e violência.
“Fica até redundante falar o quanto estamos felizes emplacando nosso segundo filme no Festival de Cannes de 2021. Porém, Murina é um filme muito especial, que foi desenvolvido dentro da RT e que vai revelar ao mundo a diretora multitalentosa que é a Antoneta Alamat Kusijanovic, além de fortalecer ainda mais nossa parceria com Martins Scorsese, pois esse é o nosso terceiro filme com com a Sikelia, e todos eles tiveram sua estreia mundial no Festival de Cannes”, comemora o produtor Rodrigo Teixeira.
Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena dos Realizadores 2021, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de julho:
LONGA-METRAGEM
A Chiara, de Jonas Carpignano (EUA/França/Itália) A Night of Knowing Nothing, de Payal Kapadia (Índia) Ali & Ava, de Clio Barnard (Reino Unido) Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesen (Suécia/Bélgica/Costa Rica/Alemanha) De bas étage (A Brighter Tomorrow), de Yassine Qnia (França) Diários de Otsoga (The Tsugua Diaries), de Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro (Portugal) Entre les vagues (The Braves), de Anaïs Volpé (França) Europa, de Haider Rashid (Itália) Futura, de Pietro Marcello, Francesco Munzi e Alice Rohrwacher (Itália) Întregalde, de Radu Muntean (Romênia) Jadde khaki (Hit the Road), de Panah Panahi (Irã) Les Magnétiques (Magnetic Beats), de Vincent Maël Cardona (França) Luaneshat e kodrës (La Colline où rugissent les lionnes), de Luàna Bajrami (França/Kosovo) Medusa, de Anita Rocha da Silveira (Brasil) Mon légionnaire (Our Men), de Rachel Lang (Bélgica/França) (filme de encerramento) Murina, de Antoneta Alamat Kusijanović (Croácia/Brasil/EUA/Eslovênia) Neptune Frost, de Saul Williams e Anisia Uzeyman (Ruanda) O Empregado e o Patrão (El empleado y el patron), de Manuel Nieto Zas (Uruguai/Brasil/Argentina/França) Ouistreham (Between Two Worlds), de Emmanuel Carrère (França) (filme de abertura) Re Granchio (The Tale of King Crab), de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis (Itália/França/Argentina) Retour à Reims (Fragments), de Jean-Gabriel Périot (França) The Souvenir Part II, de Joanna Hogg (Reino Unido) Yong an zhen gu shi ji (Ripples of Life), de Shujun Wei (China) Face à la mer (The Sea Ahead), de Ely Dagher (Líbano)
CURTA-METRAGEM
Anxious Body, de Yoriko Mizushiri (Japão) El Espacio sideral (The Sidereal Space), de Sebastián Schjaer (Argentina) Simone est partie (Simone Is Gone), de Mathilde Chavanne (França) Sycorax, de Lois Patiño e Matías Piñeiro (Argentina) The Parents’ Room, de Diego Marcon (Itália) The Vandal, de Eddie Alcazar (EUA) The Windshield Wiper, de Alberto Mielgo (EUA) Train Again, de Peter Tscherkassky (Áustria) When Night Meets Dawn, de Andreea Cristina Borțun (Romênia)
SESSÃO ESPECIAL The Souvenir, de Joanna Hogg (Reino Unido)
CARROSSE D’OR Monrovia, Indiana, de Frederick Wiseman (EUA)
Adèle Exarchopoulos em Rien à foutre, de Julie Lecoustre e Emmanuel Marre.
Foram anunciados nesta segunda-feira, 07/06, os filmes selecionados para a Semana da Crítica (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes, que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo.
Neste ano, em sua 60ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 7 e 15 de julho, terá o cineasta romeno Cristian Mungiu como presidente do júri; a produtora francesa Didar Domehri, a atriz e cantora franco-argelina Camélia Jordana, o produtor suíço Michel Merkt e Karel Och, diretora artística do Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, completam o júri.
Para a seleção desta edição comemorativa, mais de mil longas foram inscritos e 1.620 curtas-metragens. Entre os selecionados, cada categoria conta com cerca de 30% de cineastas mulheres e 70% homens.
Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2021:
COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM
Amparo, de Simón Mesa Soto (Colômbia/Suécia/Alemanha/Qatar) Feathers, de Omar El Zohairy (França/Egito/Holanda/Grécia) The Gravedigger’s Wife (La Femme du fossoyeur), de Khadar Ayderus Ahmed (Finlândia/Alemanha/França) Libertad, de Clara Roquet (Espanha/Bélgica) Olga, de Elie Grappe (Suíça/Ucrânia/França) Piccolo Corpo (Small Body), de Laura Samani (Itália/França/Eslovênia) Rien à foutre (Zero Fucks Given), de Julie Lecoustre e Emmanuel Marre (Bélgica/França)
COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM
Brutalia, Days of Labour (Brutalia, jours de labeur), de Manolis Mavris (Grécia/Bélgica) Duo Li (Lili Alone/Lili, toute seule), de Zou Jing (China/Hong Kong/Singapura) Fang Ke (An Invitation), de Hao Zhao e Yeung Tung (China) Inherent, de Nicolai G.H. Johansen (Dinamarca) Interfon 15 (Intercom 15), de Andrei Epure (Romênia) Ma Shelo Nishbar (If It Ain’t Broke), de Elinor Nechemya (Israel) Noir-soleil, de Marie Larrivé (França) Safe, de Ian Barling (EUA) Soldat noir, de Jimmy Laporal-Trésor (França) Über Wasser (On Solid Ground/Hors de l’eau), de Jela Hasler (Suíça)
SESSÕES ESPECIAIS
Robuste (Robust), de Constance Meyer (França) (filme de abertura) Bruno Reidal (Bruno Reidal, Confession of a Murderer), de Vincent Le Port (França) Petite Nature (Softie), de Samuel Theis (França) Une jeune fille qui va bien (A Radiant Girl), de Sandrine Kiberlain (França) Les Amours d’Anaïs (Anaïs in Love), de Charline Bourgeois-Tacquet (França) (Film of the 60th anniversary) Une histoire d’amour et de désir (A Story of Love and Desir), de Leyla Bouzid (França) (filme de encerramento)
CONVIDADOS | 18º Festival International du Film de Morelia
Bisho, de Pablo Giles (México) La Oscuridad, de Jorge Sistos Moreno (México) Pinky Promise, de Indra Villaseñor Amador (México) Un rostro cubierto de besos (A face covered with kisses), de Mariano Rentería Garnica (México)
A 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro acontecerá entre os dias 9 e 15 de dezembro e as inscrições já estão abertas. O evento será realizado na rede Cinépolis, do Manaíra Shopping, em João Pessoa.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente através do link da página oficial do festival (clique aqui) até às 23h59 do dia 20 de agosto. Os realizadores podem se inscrever nas categorias: longas nacionais, curtas nacionais e mostra Sob o Céu Nordestino (curtas paraibanos e longas da região).
O Comitê de Seleção de curtas-metragens é formado pelos jornalistas e críticos de cinema Amilton Pinheiro e Marcus Mello (ambos da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e pela realizadora mineira Camila de Moraes, que integra a equipe pela primeira vez. “Assim como no ano passado, quando batemos o recorde de inscrições, com 666 inscritos, esperamos superar este número novamente. Queremos destacar também a diversidade temática, geográfica e estética dos filmes que recebemos nos últimos anos, que atesta a qualidade e criatividade dos seus realizadores”, disse Pinheiro, que também é curador e diretor artístico juntamente com Lucio Vilar, fundador e produtor executivo do evento.
O regulamento ainda contempla mais duas opções de inscrição: TV Universitária (nacional) nas categorias documentário, programa de TV, interprograma e reportagem; já as inscrições para videoclipe, TCC (em formato audiovisual) e Peça Publicitária são circunscritas às produções paraibanas.