Notícias

Fique por dentro de tudo o que acontece no universo do cinema!

Festival Varilux de Cinema Francês 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Catherine Deneuve e Benoît Magimel no drama Enquanto Vivo, de Emmanuelle Bercot.

Consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França e somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde sua criação, a 12ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês acontecerá entre os dias 25 de novembro e 8 de dezembro com exibições nos cinemas.

Drama, romance, comédia, animação e documentário integram a programação composta por dois clássicos e 17 longas-metragens inéditos e recentes, entre premiados e participantes de festivais internacionais. Rio de Janeiro e São Paulo recebem ainda uma mostra com quatro filmes em homenagem a Jean-Paul Belmondo, ícone do cinema mundial falecido em setembro último, e a delegação artística que vai debater com o público.

“Estamos felizes em poder realizar o festival novamente este ano, com maior segurança, com a pandemia estabilizada e os eventos culturais retornando em todos as cidades”, comemora Christian Boudier, codiretor e cocurador do festival. “Para nós, que em todos esses anos trabalhamos levando a cinematografia francesa para o público de cidades de todos os tamanhos e lugares do país, é muito gratificante voltar a oferecer cultura”, completa Emmanuelle Boudier, também codiretora e cocuradora do evento.

Os 17 longas-metragens inéditos nos cinemas formam uma seleção com gêneros e temáticas variadas, estreladas por astros e jovens talentos, além de diretores novos e consagrados. Na programação estão obras premiadas e participantes de festivais como Cannes, Toronto, Veneza e San Sebastián. Astros e estrelas como Catherine Deneuve, Sophie Marceau, Virginie Efira, Jérémie Renier, Pierre Niney, Pio Marmai e jovens nomes como Noémie Merlant, Benjamin Voisin, Sami Outalbali e Rabah Naït também estarão presentes com seus últimos filmes.

Como em outros anos, uma delegação francesa estará em São Paulo e no Rio de Janeiro para apresentar seus filmes e conversar com o público em sessões com debate. Além dos filmes, a edição volta a promover o Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros sob a coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e diretor geral do FIPA, Festival Internacional de Programação Audiovisual.

Presença constante do festival, François Ozon traz sua mais nova obra, Está Tudo Bem (Tout s’est bien passé), que integrou a seleção oficial da última edição do Festival de Cannes. O longa-metragem discute a eutanásia e o suicídio assistido quando um homem, em uma cama de hospital, pede ajuda de sua filha para morrer. Ainda sobre a temática da finitude, uma das mais aclamadas atrizes do cinema francês, Catherine Deneuve, brilha no filme Enquanto Vivo (De son vivant), sob a direção de Emmanuelle Bercot. No drama, ela interpreta uma mãe diante do insuportável: a doença incurável do filho.

Benjamin Voisin e Vincent Lacoste em Ilusões Perdidas, de Xavier Giannoli.

Protagonizado por Rabah Naït Oufella, o drama @Arthur Rambo – Ódio nas Redes é dirigido por Laurent Cantet, conhecido por usar suas obras para debater temas atuais da sociedade. Com a produção, o diretor discute o uso das redes sociais e os julgamentos no mundo digital. Integrante da seleção oficial do Festival de Toronto e de San Sebastián, o filme conta ainda com Sofian Khammes e Antoine Reinartz no elenco principal. Documental, Nosso Planeta, Nosso Legado (Legacy, notre héritage) é a mais recente produção do diretor Yann Arthus-Bertrand, fotógrafo que se tornou cineasta e já realizou produções memoráveis. Nesta nova produção, ele compartilha a visão sensível e radical do mundo atual, além de revelar um planeta sofredor e uma humanidade desorientada.

Já o drama Ilusões Perdidas (Illusions perdues) traz no elenco principal os atores Benjamim Voisin, Cécile de France e Vincent Lacoste. Inspirado no romance homônimo de Honoré de Balzac e dirigido por Xavier Giannoli, o filme é ambientado no século XIX em que Lucien, um jovem poeta desconhecido ávido por abrir caminho na vida, deixa sua cidade natal para tentar a sorte em Paris. A produção disputou o Leão de Ouro no Festival de Veneza.

As comédias também estão presentes na programação. Um dos destaques é Adeus, Idiotas (Adieu les cons), escrita, dirigida e interpretada por Albert Dupontel. O longa foi consagrado no Prêmio César, com sete troféus, e já foi visto por mais de um milhão de espectadores na França. No elenco estão Virginie Efira e Nicolas Marié que, junto com Albert Dupontel, embarcam em uma missão tão espetacular quanto improvável, quando Suze Trappet descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente. Já Pequena Lição de Amor (Petite leçon d’amour), de Ève Deboise, mostra seus protagonistas numa jornada por Paris por causa de uma inquietante carta de amor. Mentes Extraordinárias (Presque), codirigida por Bernard Campan e Alexandre Jollien, atores que também assinam a direção do longa, conta a história de duas pessoas que se dirigem para o sul da França num carro funerário. Exibido em Cannes e codirigida por Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu, a comédia musical Tralala acompanha um cantor de ruas de Paris que, milagrosamente, se reinventa na cidade de Lourdes.

David Marsais, Albert Dupontel, Virginie Efira e Grégoire Ludig em Adeus, Idiotas.

Uma das mais consagradas animadoras do mundo, com obras e personagens cheias de intensidade dramática, a diretora francesa Florence Miaihe marca presença no evento com o longa-metragem de animação A Travessia (La traversée), que ganhou Menção Especial do júri no Festival de Annecy. O veterano Jacques Audiard apresenta sua última produção Paris, 13 Distrito (Les Olympiades, Paris 13e), que mira em três personagens jovens na busca de seus caminhos.

Em Um Intruso no Porão (L’homme de la cave), de Philippe Le Guay, François Cluzet vive um homem de passado conturbado, que transforma a vida de um casal ao comprar um porão de um imóvel na cidade de Paris. O thriller psicológico Caixa Preta (Boîte noire), de Yann Gozlan, conquistou o Prêmio do Público no 38º Festival Reims Polar e busca a verdade sobre o que aconteceu a bordo do voo Dubai-Paris antes de bater no maciço alpino através da análise minuciosa das caixas pretas; no elenco está Pierre Niney. Com direção de Elie Wajeman, Madrugada em Paris (Médecin de nuit) retrata a saga de Mickaël, um médico vivido pelo ator Vincent Macaigne que tem uma noite para decidir seu próprio destino.

Para os amantes da gastronomia, a mostra apresenta Delicioso: da Cozinha para o mundo (Délicieux), comédia estrelada por Grégory Gadebois e Isabelle Carré, sob a direção de Eric Besnard. O filme de época conta um pouco dos primórdios da culinária francesa, bem como a criação do primeiro restaurante do país, antes mesmo da revolução francesa acontecer.

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano e representante da França no Oscar 2022, o terror Titane, dirigido por Julia Ducournau, com Vincent Lindon, Agathe Rousselle e Garance Marillier no elenco principal, poderá ser assistido pelo público do festival em algumas cidades.

Pierre Niney em Caixa Preta, de Yann Gozlan.

Um Conto de Amor e Desejo (Une histoire d’amour et de désir), segundo longa-metragem de Leyla Bouzid, traz Sami Outalbali, Zbeida Belhajamor e Diong-Keba Tacu no elenco principal. O longa mostra, com delicadeza e audácia, o despertar para a sexualidade e o ardor dos sentimentos e fantasias. A produção integrou a Semana da Crítica de Cannes e ganhou o prêmio de melhor filme no Festival Du Film Francophone d’Angoulême.

A edição 2021 traz de volta às telonas dois filmes memoráveis da cinematografia francesa para compor os clássicos homenageados da mostra. A comédia O Magnífico (Le magnifique), de 1973, é dirigida por Philippe de Broca e conta com Jean Paul Belmondo no papel principal, além de Jaqueline Bisset, Vittorio Caprioli e Jean Lefebvre. As Coisas da Vida (Les choses de la vie), de 1970, vencedor da Palma de Ouro, é um drama romântico dirigido por Claude Sautet, com Michel Piccoli, Romy Schneider, Lea Massari e Jean Bouise nos papéis principais.

O público das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo será presenteado com uma mostra especial, em homenagem ao ator Jean-Paul Belmondo, falecido em setembro passado. A curadoria selecionou quatro títulos que destacam e enaltecem a carreira de Belmondo, cujo legado atravessou gerações. São eles: O Demônio das Onze Horas (Pierrot le Fou), de Jean-Luc Godard (1965); O Homem do Rio (L’homme de Rio), de Philippe de Broca (1964); Técnica de um Delator (Le doulos), de Jean-Pierre Melville (1963); e Léon Morin, o padre (Léon Morin, prêtre), de Jean-Pierre Melville (1961).

Já estão confirmadas as seguintes cidades nesta edição do Festival Varilux: Aracaju (SE), Araraquara (SP), Balneário Camboriú (SC), Barueri (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Botucatu (SP), Brasília (DF), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Caxias do Sul (RS), Cotia (SP), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Goiânia (GO), Indaiatuba (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE), João Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Londrina (PR), Macaé (RJ), Maceió (AL), Manaus (AM), Maringá (RS), Natal (RN), Niterói (RJ), Nova Friburgo (RJ), Palmas (TO), Pelotas (RS), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP), São Luis (MA), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Teresina (PI), Vitória (ES), Vitória da Conquista (BA).

Clique aqui e saiba mais sobre a programação completa do festival.

Fotos: Divulgação.

CineAlter 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira.

O CineAlter, Festival Latino-Americano de Cinema de Alter do Chão, acontecerá entre os dias 18 e 23 de novembro em formato presencial, e entre os dias 18 e 28 do mesmo mês em plataforma de streaming, com exibição de mais de 50 filmes, entre longas e curtas metragens, regionais, nacionais e latino-americanos, priorizando um recorte identitário e territorial, distribuídos em cinco mostras, sendo uma competitiva e quatro paralelas.

Para esta edição, o evento traz a atriz e diretora Lucélia Santos como embaixadora e terá como filme de abertura o longa A Última Floresta, de Luiz Bolognesi, premiado no Festival de Berlim. O documentário Me Chama que Eu Vou, de Joana Mariani, cinebiografia do cantor Sidney Magal, será o filme de encerramento

O CineAlter terá uma edição híbrida com exibições gratuitas totalmente on-line para o território brasileiro e o exterior e uma programação presencial na Vila de Alter do Chão, no Pará, eleita o melhor destino turístico do Brasil pelo Prêmio UPIS de Turismo em 2021. O evento também conta com uma programação multicultural presencial com uma diversidade de artistas regionais como Chico Malta, Suraras do Tapajós, As Karuana, Dan Selassie, Rawi, Priscila Castro, El Puxirum, entre outros. Os vencedores serão agraciados com o Troféu Muiraquitã

O destaque das apresentações culturais ficará por conta de Felipe Cordeiro, artista que tem como principal marca o pioneirismo na fusão de estilos populares amazônicos com a vanguarda pop. Em seu trabalho a sonoridade definida como pop tropical traz influências da guitarrada, carimbó, cúmbia e música eletrônica; o show será gratuito. 

O CineAlter promove o intercâmbio de saberes, conhecimentos e difusão do cinema e do audiovisual, com enfoque na visão de sustentabilidade, de pluralidade cultural e de uma economia compatível com a conservação da natureza. A seleção de todos os filmes para a edição de 2021 parte do olhar de uma equipe imbuída na busca por produções que tragam em suas narrativas o foco em temas identitários, territoriais, étnicos e socioambientais, abordando, sobretudo, as culturas, povos, pessoas e suas singularidades.

“Entendemos o nosso festival como uma ferramenta propulsora da cena audiovisual na Amazônia, ao abrir espaço de difusão para produções locais e com a participação das comunidades locais; ao mesmo tempo que promovemos um intercâmbio com países vizinhos latino-americanos para tratar, por meio do cinema, de temáticas que nos aproximam. Para Alter do Chão, o estado do Pará e realizadores do continente, um fomento à cultura audiovisual e ao turismo. Além de uma troca de experiências e narrativas com recorte social, sociocultural e socioambiental”, disse Raphael Ribeiro, diretor do festival.

Sobre a seleção, a Mostra Samaúma, em caráter competitivo, traz filmes latino-americanos com um enfoque sobre a vida, a criatividade e beleza para descrever cotidianos, desafios, alternativas, vivências diante da pandemia e outras crises. Dores, mas também surpresas de construção de novos caminhos e personagens da nossa diversidade contemporânea. 

Além da competitiva, o evento conta com quatro mostras paralelas. A Mostra Açaizeiro apresenta produções em longas e curtas-metragens feitas por paraenses, com linguagem e abordagem livres e recortes nas suas mais variadas regiões e especificidades; a Mostra Seringueira, traz o retrato, as vivências, e o relato dos povo indígenas que, em sua essência, não pertencem à violência do avanço sobre a natureza e ao individualismo da contemporaneidade e têm muito a nos ensinar; a Mostra Castanheira apresenta em sua programação clássicos feitos por amazônidas e sobre amazônidas, sua cultura, suas vivências e desafios. Obras históricas, que levam o cinema feito na Amazônia para diversos cantos do mundo; e a Mostra Ypê, que revela histórias de periferia e comunidades locais realizadas em projetos de formação audiovisual, com linguagem experimental, produções de baixo custo e equipamentos alternativos. As mostras do CineAlter possuem nomes das árvores nativas da Amazônia.

Conheça os filmes selecionados para o CineAlter 2021:

MOSTRA SAMAÚMA | COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM

A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira (Brasil)
A Pedreira, de Miguel Barreda (Peru)
BR Acima de Tudo, de Fred Rahal Mauro (Brasil)
Edna, de Eryk Rocha (Brasil)
O Reflexo do Lago, de Fernando Segtowick (Brasil)
Os Irmãos Afros, de Wisny Dorce (Argentina)

MOSTRA SAMAÚMA | COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM

A Bezendeira, de Wallace Abreu (Brasil)
Ailin na Lua (Ailin en La Luna), de Claudia Ruiz (Argentina)
Alternativas Felizes para Quando o Sol Não Vem, de Juliana Santana (Brasil)
Alunagem (Aluzinagem), de Melany Mora (Costa Rica)
La Ramada, de Fernando Torres (Peru)
Manual: Como Conter uma Raça Poderosa, de Marcelo Ricardo e Vagner Jesus (Brasil)
Mara, A Jornada da Elefanta (Mara, el viaje de la elefanta), de Luciano Nacci (Argentina)
Medo da Chuva em Noite de Frio, de Victor Hugo Fiuza (Brasil)
Megg – A Margem que Mira no Centro, de Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches (Brasil)
Meninos Rimam, de Lucas Nunes (Brasil)
Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antonio (Brasil)
O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader (Brasil)
O Mago Georges (El Mago Georges), de Katalin Egely (Hungria)
O Resto, de Pedro Gonçalves (Brasil/Portugal)
Ribeirinhos do Asfalto, de Jorane Castro (Brasil)
Utopia, de Rayane Penha (Brasil)

MOSTRA AÇAIZEIRO | LONGA-METRAGEM

Boi Pavulagem é Boi do Mundo, de Homero Flávio e Úrsula Vidal (Brasil)
IDAYUÁ As Cores do Xingu, de Val Araújo (Brasil)
Minha Vida por um Fio, de Anna Karla Lima e Diego Alano Pinheiro (Brasil)
O Rio das Amarguras, de Emano Loureiro (Brasil)

MOSTRA AÇAIZEIRO | CURTA-METRAGEM

A Guerreira Gavião, de Robson Messias (Brasil)
Assustado, de San Marcelo (Brasil)
Ervas e Saberes da Floresta, de Zienhe Castro (Brasil)
Facão que Abre Caminhos, de Witalo Costa Silva (Brasil)
Matinta, de Fernando Segtowick (Brasil)
O que é Sairé?, de Fábio Barbosa (Brasil)
Ribeirinhos do Asfalto, de Jorane Castro (Brasil)

MOSTRA SERINGUEIRA | LONGA-METRAGEM

Aikewara, de Célia Maracajá e Luiz Arnaldo Campos (Brasil)
Hiper Mulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro (Brasil)

MOSTRA SERINGUEIRA | CURTA-METRAGEM

Ãgawaraitá: Histórias Amazônicas, de Priscila Tapajowara (Brasil)

MOSTRA CASTANHEIRA

Açaí com Jabá, de Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walério Duarte (Brasil)
Meu Tempo Menino, de Emanoel Loureiro (Brasil)
Naiá e a Lua, de Vinícius Casimiro (Brasil)
Nossa Força é a Nossa União, de Paulo Maldos (Brasil)
Um Dia Qualquer, de Líbero Luxardo (Brasil)
Ver o Peso, de Januário Guedes, Sônia Freitas e Peter Roland (Brasil)

MOSTRA YPÊ

A Quinta do Mestre e a Sereia, de Luciana França (Brasil)
Mulheres da Periferia e Suas Lutas, de Liege Costa (Brasil)
O Castigo de João Pescador, de Glenda Kumaruara (Brasil)
O Kurumim Pretinho, de projeto Vídeo Cartas Tapajós (direção coletiva) (2021)
O Menino Encantado, de Ademir Santos (Brasil)
O Mistério da Mangueira, de Juci Bentes (Brasil)
O Pescador de Akayú Wasú, de Delton Arapyun (Brasil)
Os Guimarães, de Udirley Andrade (Brasil)
Turismo no PAE Lago Grande, de Ricardo Aires (Brasil)

Foto: Gabriella Fischer.

Conheça os filmes selecionados para o FESTin 2021 – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

por: Cinevitor
Paulo Miklos em cena de Jesus Kid, de Aly Muritiba.

O FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa já é considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa. Centrado na divulgação de uma realidade com raízes históricas comuns, é um festival de cinema que permite, pelo seu caráter itinerante, uma intensa interação, partilha de vivências e criação de uma produção cinematográfica baseada no reconhecimento de diferenças e semelhanças dos povos que constituem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Ciente da transformação pela qual passa o setor de exibição e festivais de cinema, o FESTin já nutria desde 2018 a intenção de ter sua própria plataforma de exibição on-line. O contexto gerado pela pandemia de Covid-19 mostrou a urgência desta necessidade e assim, foi criada em 2020 a FESTin ON, plataforma de streaming. Muitos dos filmes desta 12ª edição estarão disponíveis, além das exibições presenciais, para visualização virtual entre os dias 18 e 24 de novembro nos nove territórios de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O FESTin pretende proporcionar um espaço de divulgação do cinema de expressão portuguesa, incentivando a visualização e circulação de obras frequentemente arredadas dos circuitos comerciais. Criado em 2010, o festival reúne contribuições de todos os países que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Neste ano, em sua 12ª edição, o júri será formado por: Diana Andringa, Fernando Muniz e Meirinho Mendes na mostra de longas de ficção; Claudio Savaget, Mariana Pimentel e Patrícia Niedermeier para os longas documentais; e Miller Castro, Paula Passos e Sandra Ilharco na mostra de curtas.

Conheça os filmes selecionados para o FESTin 2021:

COMPETIÇÃO | FICÇÃO

A Mulher Sem Corpo, de António Borges Correia (Portugal)
A Queda, de Diego Rocha (Brasil)
Curral, de Marcelo Brennand (Brasil)
Jesus Kid, de Aly Muritiba (Brasil)
Medida Provisória, de Lázaro Ramos (Brasil)
Pureza, de Renato Barbieri (Brasil)

COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO

Casa Velha, de César Pedro (Portugal)
Espero que Esta Te Encontre e que Estejas Bem, de Natara Ney (Brasil)
Manuel d’Novas – Coração de Poeta, de Neu Lopes (Cabo Verde)
O Mergulho na Piscina Vazia, de Edson Fogaça (Brasil)
Se o Mar Deixar, de Luís Alves de Mato (Portugal)
Sementes: Mulheres Pretas no Poder, de Éthel Oliveira e Júlia Mariano (Brasil)

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antonio Pereira (Brasil)
7 Minutos, de Christian Schneider (Brasil/Portugal)
A Barca, de Nilton Resende (Brasil)
Cenas de Uma Vida Amorosa, de Miguel Afonso (Portugal)
Dadeci, de Lara Plácido (Cabo Verde)
Lora, de Mariana Moraga (Brasil/Portugal)
Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (Brasil)
Nossas Mãos São Sagradas, de Júlia Morim (Brasil)
Nzila Ngola, de Albino Wacava, André Cupessala, António-Pedro, Beatriz André, Biluca Quimunga, David Nahenda, Francisco Luvualo, Gelson Joaquim, Hilária Faustino, Marco M.G. António, Mendes Barão Normal, Sandra Zenany, Vanderley Lumbombo, Victorino Nambi e Zacarias Liatunga (Angola)
O Andar de Cima, de Tomás Fernandes (Brasil)
O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch (Brasil)
Pequena Desordem Silenciosa, de Pedro Sena Nunes (Portugal)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (Brasil)
Você Tem Olhos Tristes, de Diogo Leite (Brasil)
Zito, de João Miranda (Angola)

MOSTRA CINEMA BRASILEIRO | LONGAS

Aquilo que Eu Nunca Perdi, de Marina Thomé
Jaburu, de Chico Carneiro
Me Chama que Eu Vou, de Joana Mariani
O Buscador, de Bernardo Barreto (Brasil/Portugal)
Um Dia Qualquer, de Pedro von Krüger
Ziraldo, uma Obra que Pede Socorro, de Guga Dannemann

MOSTRA CINEMA BRASILEIRO | CURTAS

Ditadura Roxa, de Matheus Moura
Doce Veneno, de Waleska Santiago (Brasil/EUA)
Em Quadro, de Luiza Campos
Lyz Parayzo, Artista do Fim do Mundo, de Fernando SanTana
Murada, de Ralph Campos
Nervo, de Pedro Jorge e Sabrina Maróstic
O Padre e o Bento, de Eduardo Calegari
Pátria, de Lívia Costa e Sunny Maia

MOSTRA FESTinha

Passagem Secreta, de Rodrigo Grota (Brasil)
Antes que Vire Pó, de Danilo Custódio (Brasil)
Ciclos da Vida, de Soledad Garcia e Thiago Bresan (Brasil)
Curumim: Jornada pelo Singular, de Polly Sousa (Brasil)
Conte sua História ou Entregue sua Alma, de Andrea Avancini (Brasil)
Foguete, de Pedro Henrique Chaves (Brasil)
Foto-Correspondência, de Mili Bursztyn (Brasil)
Muda, de Isabella Pannain (Brasil)
O Menino das Estrelas, de Irmãos Christofoli (Brasil)
Paloma, de Alex Reis (Brasil)

Foto: Divulgação.

Depois do Universo: filme da Netflix com Giulia Be e Henry Zaga, de Diego Freitas, começa a ser filmado

por: Cinevitor
Henry Zaga e Giulia Be nos bastidores.

Viver um grande amor vale a pena, pelo tempo que for. Essa é a mensagem principal do novo filme nacional da Netflix, o drama romântico Depois do Universo, que começou a ser filmado este mês, em São Paulo.

Estrelada por Henry Zaga, ator brasileiro conhecido por seus papéis em Os Novos Mutantes, Teen Wolf e 13 Reasons Why, e Giulia Be, cantora e multi-instrumentista indicada ao Grammy Latino 2021 como melhor nova artista, a produção é escrita e dirigida por Diego Freitas, de O Segredo de Davi, e a previsão é que entre no serviço no próximo ano. 

No longa, a talentosa pianista Nina (Giulia Be) precisa superar os desafios de lidar com o lúpus, uma doença autoimune que pode atacar qualquer parte do corpo; o rim, no caso dela. A jovem é surpreendida por uma forte conexão com Gabriel (Henry Zaga), um dos médicos da equipe que a atende, que irá ajudá-la a superar suas inseguranças na luta para tocar nos palcos junto a uma grande orquestra de São Paulo. 

Também estão no elenco os atores João Miguel, Othon Bastos, Rita Assemany, Leo Bahia, Viviane Araújo, Isabel Fillardis, Adriana Lessa, Denise Del Vecchio e João Côrtes.

Depois do Universo é um filme brasileiro da Netflix, com realização da Camisa Listrada e produção de André Carreira e Luciano Reck.

Foto: Nat Odenbreit/Netflix.

8ª Mostra de Cinema de Gostoso: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Lucas Limeira no longa Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso.

A oitava edição da Mostra de Cinema de Gostoso, que acontecerá entre os dias 26 e 30 de novembro, retoma em formato presencial na cidade de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. Com cadeiras espreguiçadeiras, tela de 12m x 5m, projeção com resolução 2K e som 5.1, a sala ao ar livre propicia uma experiência imersiva como a de uma sala de cinema de alta tecnologia.

Todas as sessões serão realizadas na praia do Maceió, onde ocorrerão as exibições da Mostra Competitiva e Sessões Especiais, trazendo de volta a experiência única das sessões na praia e outras atividades e vivências da Mostra, que conta com ampla participação da comunidade local. Serão tomadas todas as medidas de segurança para adequação às restrições sanitárias vigentes por conta da pandemia de Covid-19.

Neste ano, a Mostra recebeu um número recorde de filmes, totalizando 650 inscrições entre curtas e longas-metragens de todas as regiões do país. Os filmes da Mostra Competitiva concorrem ao Troféu Cascudo, em homenagem ao folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, concedido pelo voto popular ao melhor curta e longa-metragem. Também será concedido o Troféu da Crítica, a partir da votação de jornalistas e críticos de cinema presentes à Mostra.

Serão realizados diariamente debates com produtores, diretores e atores dos filmes exibidos, além de um seminário sobre a recente produção audiovisual brasileira. Toda a programação será gratuita.

A Mostra de Cinema de Gostoso, uma sala popular de cinema a céu aberto, recebe um público de diversas regiões do país e mobiliza os moradores da cidade, que participam ativamente do evento e que passaram a ter um contato mais próximo com a produção cultural de outras regiões do país. Com esse conjunto de ações, o evento conquistou um espaço significativo no calendário cultural do Nordeste como uma importante referência de difusão audiovisual.

Desde sua primeira edição, a Mostra oferece a jovens a partir de 18 anos de São Miguel do Gostoso e distritos dos arredores uma série de cursos de formação técnica e audiovisual. Os cursos são realizados meses antes do início da Mostra e têm como objetivo proporcionar aos jovens o domínio de diversas áreas da produção cinematográfica. São transmitidos conhecimentos teóricos e práticos, abordando temas como história do cinema, elementos de linguagem audiovisual, produção, fotografia e roteiro. O conhecimento adquirido pelos alunos é colocado em prática com a realização de curtas-metragens e a participação direta na equipe de organização da Mostra de Cinema de Gostoso.

Em 2013, os próprios alunos criaram o Coletivo Nós do Audiovisual e desde então já participaram de 47 oficinas e realizaram 21 curtas-metragens, que foram selecionados em diversos festivais de cinema no Brasil. Em 2021, os alunos realizaram dois curtas-metragens que serão exibidos na 8ª Mostra de Cinema de Gostoso.

A Mostra é uma realização da Heco Produções e do CDHEC – Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania, com direção geral e curadoria de Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld.

Conheça os filmes selecionados para a 8ª Mostra de Cinema de Gostoso:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso (CE)
A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga (MG)
Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS

Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci (SP)
Fole, de Lourival Andrade (RN)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (RJ)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Tereza Joséfa de Jesus, de Samuel Costa (SP)
Vale do Vento Eterno, de Pedro Medeiros (RN)

SESSÕES ESPECIAIS

Marighella, de Wagner Moura (filme de abertura)
A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky (filme de encerramento)

MOSTRA COLETIVO NÓS DO AUDIOVISUAL

À Beira Mar, de Clara Leal e Harcan Costa (RN)
Mestre Marciano, de Igor Ribeiro e Rubens dos Anjos (RN)

Foto: Marcos Khirano.

Conheça os vencedores do 31º Festival Curta Cinema

por: Cinevitor
Cena do curta Colmeia, de Maurício Chades: premiado.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/11, os vencedores da 31ª edição do Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, que ao longo de oito dias exibiu uma seleção de 130 filmes com o melhor da produção mundial da safra 2020-2021.

Na cerimônia de encerramento, realizada no Estação Net Botafogo, no Rio de Janeiro, o diretor geral do festival, Ailton Franco, anunciou que os grandes vencedores da noite, qualificados para pleitearem uma indicação ao Oscar, foram os curtas Cantareira, dirigido por Rodrigo Ribeyro, e o internacional Trumpets in the Sky, de Rakan Mayasi, uma produção da Palestina, França, Bélgica e Líbano.

O júri da Competição Nacional foi formado por Laura Rohard, Milena Manfredini e Rodrigo Areias; já para a Competição Internacional, o time de jurados contou com Claudia Pino Saraiva, Flavia Cândida e Felipe Cataldo. Para o Prêmio Canal Brasil, o júri foi formado por Andrea Cursino, Clarissa Kurschner e Rodrigo Fonseca. Na mostra Primeiros Quadros, Carolina Rapp e Cristiana Cunha foram os jurados.

Dando os primeiros passos para a retomada da normalidade, o festival aconteceu em formato híbrido com transmissão on-line e projeções presenciais.

Conheça os vencedores do Curta Cinema 2021:

COMPETIÇÃO NACIONAL

Grande Prêmio: Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Prêmio Especial do Júri: Colmeia, de Maurício Chades (DF)
Melhor Direção: Jasmin Tenucci, por Céu de Agosto

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Grande Prêmio: Trumpets in The Sky, de Rakan Mayasi (Palestina)
Prêmio Especial do Júri: The Star, de Nadav Lapid (Israel/EUA)
Melhor Direção: Hessam Hamidi, por Daily Massacre in Tehran

PRIMEIROS QUADROS

Melhor Filme: Tecido Sigilo, de Lucílio Jota (RJ)
Menção Honrosa: O Andar de Cima, de Tomás Fernandes Silva (SP) e Pandelivery, de Antônio Silva Matos e Guimel Salgado (SP)

PRÊMIO CANAL BRASIL: Sideral, de Carlos Segundo (RN)

PRÊMIO DE PÚBLICO

Panorama Carioca: Entreaberta, de Bruna Amorim
Panorama Latino-Americano: Año Sabático, de David David (Colômbia)

Foto: Divulgação.

54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Andrea Beltrão no longa Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/11, os filmes selecionados para a 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que acontecerá entre os dias 7 e 14 de dezembro, em formato on-line, tal como em 2020, em função dos riscos da pandemia de Covid-19.

Realizado pela Secec, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em parceria com a Associação Amigos do Futuro, o tema do festival, que contou com Sílvio Tendler e Tânia Montoro na curadoria, é O cinema do futuro e o futuro do cinema. Além da maratona de filmes, a programação terá debates, masterclass, oficinas, encontros setoriais e ambiente de mercado.

Com uma curadoria afetiva e política, preocupada em pensar o lugar do cinema no futuro posto, Sílvio e Tânia foram os responsáveis pelo tema e a estruturação criativa de todas as atividades do festival. Já nas mostras competitivas, como de costume, os curadores contaram com o apoio de comissões de seleção.

Entre os 985 filmes inscritos, foram selecionados seis longas e 12 curtas que disputarão o Troféu Candango na Mostra Competitiva Nacional, além de quatro curtas e oito longas que concorrem na Mostra Brasília. A comissão de seleção dos longas nacionais foi composta por Lino Meireles, Luiz Carlos Merten, Sandra Kogut, Nicole Puzzi e Pedro Caribé. Já os curtas nacionais foram selecionados por Adriana Vasconcelos, André Luís da Cunha, Flávia Barbalho, Paula Sacchetta e Paulinho Sacramento. A Mostra Brasília contou com Flavia Guerra, Maíra Carvalho e Marcelo Emanuel dos Santos na comissão de seleção.

A seleção de longas da Mostra Competitiva traz quatro ficções e dois documentários da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os curtas nacionais, figuram cinco obras de São Paulo, duas do Distrito Federal, sendo as demais produções da Paraíba, Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, sendo nove ficções e três documentários. Os títulos da Mostra Brasília revelam uma produção local incessante, com jovens e veteranos realizadores concorrendo; na abertura da Mostra, e em homenagem a Tânia Quaresma, cineasta que nos deixou em julho deste ano, o público assistirá Caçadores de História, documentário que retrata a realidade das catadoras e catadores de materiais recicláveis do Brasil. Entre os curtas que competem na Mostra Brasília estão quatro ficções e quatro documentários.

As mostras competitivas do Festival de Brasília exibirão 28 títulos, entre curtas e longas, em plataforma na web e em canal por assinatura. Com exibição gratuita na plataforma InnSaei.TV, os longas da mostra competitiva nacional também estarão disponíveis no Canal Brasil. A cada dia, o Canal Brasil lança um longa da Mostra Competitiva às 23h30. Logo na sequência, à 01h30 da manhã, o mesmo longa estreia na plataforma InnSaei.TV, e fica disponível até às 23h29 do mesmo dia. Os curtas da Mostra Competitiva, bem como os filmes da Mostra Brasília e mostras paralelas estarão disponíveis exclusivamente na plataforma.

Como de costume, o Festival de Brasília homenageia seus veteranos na noite de abertura. Neste ano, o Troféu Candango Especial pelo reconhecimento da obra será entregue para Léa Garcia, atriz carioca fundamental para o teatro e cinema brasileiro, em seus 88 anos de idade e 70 de carreira. O festival homenageia também a professora Lucília Marquez e os atores Lauro Montana, Luiz Gustavo, Tarcísio Meira, Paulo José e Paulo Gustavo

Em 1965, o mestre Paulo Emílio Salles Gomes não poderia prever as transformações tecnológicas que atravessariam o cinema nos 50 anos seguintes. Entretanto, em termos estéticos, o movimento que se criou em torno da Semana do Cinema Brasileiro, que mais tarde viria a ser o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, foi definidor para o futuro do audiovisual nacional: um festival político, lançador de tendências e capaz de acompanhar as transformações nas formas de se ver e fazer cinema. 

Segundo o secretário Bartolomeu Rodrigues: “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui, nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro. Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2021:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS

Acaso, de Luis Jungmann Girafa (DF)
Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida (BA)
De Onde Viemos, Para Onde Vamos, de Rochane Torres (GO)
Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura (SP)
Lavra, de Lucas Bambozzi (MG)
Saudade do Futuro, de Anna Azevedo (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS

Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Como Respirar Fora D’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE)
Deus me Livre, de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena (PR)
Era Uma Vez… uma Princesa, de Lisiane Cohen (RS)
Filhos da Periferia, de Arthur Gonzaga (DF)
N.F. Trade, de Thiago Foresti (DF)
Ocupagem, de Joel Pizzini (SP)
Sayonara, de Chris Tex (SP)
Terra Nova, de Diego Bauer (AM)

MOSTRA BRASÍLIA | LONGAS

Acaso, de Luis Jungmann Girafa
Advento de Maria, de Vinícius Machado
Catadores de História, de Tânia Quaresma (filme de abertura)
Mestre de Cena, de João Inácio
Noctiluzes, de Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório

MOSTRA BRASÍLIA | CURTAS

A Casa do Caminho, de Renan Montenegro
Benevolentes, de Thiago Nunes
Cavalo Marinho, de Gustavo Serrate
Ele tem Saudade, de João Campos
Filhos da Periferia, de Arthur Gonzaga
Tempo de Derruba, de Gabriela Daldegan
Tinhosa, de Rafael Cardim Bernardes
Vírus, de Larissa Mauro e Joy Ballard

Foto: Sabrina Macedo.

5º Prêmio Abra de Roteiro: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Zezita Matos e Marcélia Cartaxo em Pacarrete: premiado.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 04/11, pela ABRA, Associação Brasileira de Autores Roteiristas, os vencedores da quinta edição do Prêmio Abra de Roteiro, realizado com patrocínio do Projeto Paradiso, instituição filantrópica de apoio aos talentos do audiovisual.

Em relação aos anos anteriores, a paridade de gênero foi um dos destaques, assim como a escolha da Associação em eleger obras que trouxeram maior diversidade racial e de identidade de gênero entre os vencedores. A premiação foi aberta pela presidente da ABRA, a roteirista Maíra Oliveira, e apresentada pela atriz, comediante e roteirista Cris Wersom, do programa de humor A Culpa é da Carlota.  

A grande homenageada deste ano foi a roteirista, cineasta e diretora Adélia Sampaio, conhecida pelos longas Amor Maldito, Fugindo do Passado: Um Drink para Tetéia, História Banal, AI-5 O Dia que não Existiu, este último realizado em parceria com o jornalista Paulo Markun; além do mais recente curta-metragem O Mundo de Dentro, que estreou no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo.  

A cerimônia foi marcada por tributos. A Associação homenageou a morte do associado e roteirista Márcio Tadeu dos Santos, além de outros roteiristas, escritores e artistas que faleceram entre o ano passado e esse ano, vítimas da Covid-19 ou por outras circunstâncias: Artur Xexéo, Cadu Barcellos, Paulo José, Renata Pallotini, Sandro Lopes, Vânia Debs e Nani. O ator e roteirista Emiliano d’Avila deu um depoimento emocionante ao amigo e humorista Paulo Gustavo cujo nome do prêmio leva o nome do ator e comediante dado aos longas de comédia.

Na categoria que elegeu a melhor novela do século XXI, a Associação celebrou a importância das obras do autor de novelas Gilberto Braga falecido recentemente, com a participação (em vídeo) de seu parceiro de escrita, o autor Ricardo Linhares; as atrizes Alessandra Negrini e Malu Mader relembraram sucessos e a roteirista Carla Faour também prestou homenagem.

O Prêmio Parceria foi dado ao ICAB pelo incentivo financeiro destinado a profissionais do audiovisual durante a pandemia. Pela primeira vez, a premiação criou uma Comissão de Críticos para escolher cinco destaques e um escolhido pelo Prêmio da Crítica. Essa comissão foi composta por: Cristina Padiglione, Flavia Guerra, Carol Moreira, Nilson Xavier, Arthur Gadelha e Marco Aurélio.

Oferecido em parceria com o Projeto Paradiso, iniciativa filantrópica de apoio aos talentos do audiovisual brasileiro do Instituto Olga Rabinovich, o prêmio de Roteirista do Ano foi para Alice Marcone.

Conheça os vencedores do 5º Prêmio Abra de Roteiro

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL | LONGA DE FICÇÃO
Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO | LONGA DE FICÇÃO
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, escrito por Jeferson De e Felipe Sholl

MELHOR ROTEIRO | LONGA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
AmarElo – É Tudo Pra Ontem, escrito por Toni C

MELHOR ROTEIRO | LONGA-METRAGEM DE COMÉDIA | PRÊMIO PAULO GUSTAVO
Alice Júnior, escrito por Luiz Bertazzo e Adriel Nizer

MELHOR ROTEIRO DE OBRA INFANTIL/INFANTOJUVENIL
10 Horas para o Natal, escrito por Bia Crespo e Flávia Guimarães

MELHOR ROTEIRO | CURTA-METRAGEM
República, escrito por Grace Passô

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DE FICÇÃO | COMÉDIA
Todxs Nós, escrito por Vera Egito, Heitor Dhalia, Daniel Ribeiro, Alice Marcone e Thays Berbe

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DE FICÇÃO | DRAMA
Bom Dia, Verônica, escrito por Raphael Montes, Ilana Casoy, Gustavo Bragança, Carol Garcia e Davi Kolb

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DE FICÇÃO | REALITY OU VARIEDADES
Greg News, escrito por Eduardo Branco, Bruno Torturra, Denis Burgierman, Gregorio Duvivier, Arnaldo Branco, Mariana Filgueiras, Luiza Miguez e Amanda Célio

MELHOR ROTEIRO | SÉRIE DOCUMENTAL
Marielle – O Documentário, escrito por Caio Cavechini e Eliane Scardovelli

MELHOR ROTEIRO DE MELHOR TELENOVELA DO SÉCULO XXI
Avenida Brasil, escrito por João Emanuel Carneiro, Alessandro Marson, Antônio Prata, Luciana Pessanha, Márcia Prates e Thereza Falcão

PRÊMIO DA CRÍTICA
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, escrito por Jeferson De e Felipe Sholl

PRÊMIO ROTEIRISTA DO ANO | TROFÉU PARADISO
Alice Marcone

PRÊMIO ABRAÇO | EXCELÊNCIA EM ROTEIRO
Ana do Carmo

Foto: Luiz Alves.

Cine PE 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Luis Miranda em Lima Barreto, ao terceiro dia, de Luiz Antônio Pilar.

Depois de uma edição sem público por conta da pandemia de Covid-19, o CINE PE volta com sua programação 100% presencial em 2021. Entre os dias 23 e 26 de novembro, o Festival do Audiovisual aporta em local inédito: o centenário Teatro do Parque, no Recife, primeiro teatro equipado para receber filmes sonoros no Nordeste, inaugurado recentemente após dez anos de reforma.

Além do novo local, outra novidade é o horário do festival, com exibições em dois momentos. A partir das 14h ocupam a telona os competidores das mostras de curtas-metragens; às 19h será a vez dos longas-metragens.

Mesmo em um ano tão difícil, especialmente para o setor audiovisual, 678 realizadores inscreveram suas produções para as mostras competitivas do Cine PE 2021. O estado que mais enviou títulos foi São Paulo, com 184 filmes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 138, e de Pernambuco, com 73. Deste montante, seis longas de ficção e documentário estarão juntos na Mostra Competitiva, nove títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais.

Mais uma vez a missão de selecionar os indicados para as mostras competitivas do Cine PE foi dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos. O público que for ao Teatro do Parque vai poder conferir filmes com temáticas variadas. Cinema de gênero, transformações urbanas, ancestralidade, herança cultural e racismo permeiam a seleção.

“Quando cheguei para trabalhar na curadoria do Cine PE junto com o Edu, ele já tinha um norte muito bem estabelecido sobre a diversidade regional que o festival sempre procura trazer. E, a partir disso, a cada edição, tentamos fazer o mesmo em relação aos formatos, gêneros, temáticas, etc. Espero que o público possa conferir como está este panorama da produção cinematográfica pelo país, apesar de todas as dificuldades”, conta Nayara.

O Júri Oficial das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga em diversas categorias. Além disso, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das mostras de curtas nacionais e longas-metragens, através do Júri da Crítica.

O acesso ao festival será gratuito, tanto para a exibição de curtas quanto para os longas-metragens. Seguindo protocolos de higienização e sanitização, a capacidade do Teatro do Parque será reduzida a 500 espectadores. Além disso, só será permitida a entrada do público de máscara e mediante apresentação de cartão de vacinação contra Covid-19.

A expectativa da diretora do festival, Sandra Bertini, para o reencontro com o público é a melhor possível: “Aguardamos esse encontro com muita alegria e ansiedade. Realizamos um festival de forma virtual e esse reencontro é importante para sentirmos novamente toda a emoção e a efervescência da plateia aplaudindo e ovacionando as exibições”, comemora a diretora. Para Sandra, a essência do festival é o encontro do filme, dos realizadores e atores com o público.

Nesta edição as coletivas/debates sobre os filmes também voltam a acontecer de forma presencial, no Hotel Nóbile Executive, em Boa Viagem, que será o QG do festival. Aberto ao público e imprensa, será sempre nas manhãs seguintes às exibições dos filmes. O hotel também vai receber os convidados e a imprensa especializada de todo o Brasil. Os tradicionais cursos/oficinas e seminários/workshops realizados pelo Cine PE para a formação de jovens talentos do audiovisual ficarão para um segundo momento, entre dezembro de 2021 e março de 2022, com programação que será divulgada posteriormente.

Os alunos das escolas públicas municipais e estaduais terão duas sessões especiais dentro da programação do Cine PE. A Mostra Infantil, fora de competição, está programada para o mês de março de 2022 no mesmo Teatro do Parque. Serão exibidos os filmes Turma da Mônica – Laços, de Daniel Rezende, e A Pequena Travessa, de Joachim Masannek.

O longa pernambucano de ficção Recife Assombrado, de Adriano Portela, será exibido na tarde de 26 de novembro, às 14 horas, na mostra especial que marca a conclusão das oficinas ministradas pelo festival para professores e multiplicadores da rede pública de ensino de Pernambuco, entre os meses de maio e agosto de 2021. A trama conta a história de Hermano, vivido por Daniel Rocha, que retorna ao Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento do seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense durante a noite. O acesso também será gratuito e aberto ao público mediante lotação. 

O Troféu Calunga, uma criação da artista plástica Juliana Notari, é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores, com a Calunga de Prata.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que conta com um júri composto por jornalistas e críticos de cinema e escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição, que, além de ser exibido na grade de programação, recebe o Troféu Canal Brasil e 15 mil reais.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2021:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Ainda Estou Vivo, de André Bomfim (SP)
Deserto Particular, de Aly Muritiba (PR)
Lima Barreto, ao terceiro dia, de Luiz Antônio Pilar (RJ)
Muribeca, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (PE)
Os Ossos da Saudade, de Marcos Pimentel (MG)
Receba!, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna (BA)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

À Beira do Gatilho, de Lucas Martins (AM)
A Conta-Gotas, de Renata Jesion (SP)
ALÊ – Resistir pela Existência, de Vincent Gielen (GO)
Algoritmo, de Thiago Foresti (DF)
Angustura, de Caio Sales (PE)
As Novas Aventuras do Kaiser, de Marcos Magalhães (RJ)
Áurea, de Hewelin Fernandes (BA)
Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron (SP)
Bloco do Isolamento, de Daniel Barros (PE)
Coleção Preciosa, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA)
Corpo Mudo, de Marcela Schild (RS)
Debaixo do guarda-chuva pra ser resistência, de Vini Poffo (SP)
Janelas Daqui, de Luciano Vidigal e Arthur Sherman (RJ)
Nada de bom acontece depois dos 30, de Lucas Vasconcelos (RJ)
O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro (MG)
Pausa para o Café, de Tamiris Tertuliano (PR)
Pega-se Facção, de Thaís Braga (PE)
Prazer da Solidão, de Francielli Noya e Wolmyr Alcantara (ES)
Retina, de Victor Rosalino (PA)
Sonho de Verão, de Luan Dias (RJ)
Time de Dois, de André Santos (RN)
Utopia, de Rayane Penha (AP)
Vizinhança, de Lucas Carvalho (ES)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Cannabis Medicinal no Brasil: A Guerra pelo Acesso, de Rhute Tertuliano
Dona Dóra. A Mística do Boi, de Adalberto Oliveira
Entremarés, de Anna Andrade
Inocentes, de Pedro Ferreira
O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira
Pedra do Caboclo, de Heleno Florentino
Playlist, de Pedro Melo
Portas, de Báw Pernambuco
Terceiro Andar, de Deuilton B. Júnior

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

por: Cinevitor
Caco Ciocler, diretor de O Melhor Lugar do Mundo é Agora: prêmio do público.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 03/11, no Vale do Anhangabaú, embaixo do Viaduto do Chá, os vencedores da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que este ano, por conta da pandemia de Covid-19, foi realizada em formato híbrido. A cerimônia foi apresentada por Serginho Groisman e Renata de Almeida, diretora da Mostra.

Os longas da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri Internacional formado por Beatriz Seigner, Carla Caffé e Joel Zito Araújo, que escolheu Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén, como melhor filme. Outras obras foram escolhidas pelo público e pela crítica brasileira; os premiados receberam o Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake. Além disso, o Prêmio Leon Cakoff foi entregue à atriz, diretora e produtora baiana Helena Ignez.

Todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderiam inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de 30 mil reais, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentorias, coaching para o produtor, workshop de audiência e participação em mercados internacionais. O projeto premiado neste ano foi Entre Espelhos, com produção de Ailton Franco e roteiro de João Braga.

A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação. A Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, com júri formado por Diego Benevides, Lorenna Montenegro e Raquel Gomes escolheu A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinagua. O Prêmio BRADA de Direção de Arte ou Production Design como se credita a função internacionalmente, foi para o filme Clara Sola.

Confira a lista completa com os vencedores da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo:

TROFÉU BANDEIRA PAULISTA 2021 | JÚRI INTERNACIONAL

Melhor Filme: Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén (Suécia/Costa Rica/Bélgica)
Menção Honrosa: Pequena Palestina, Diário de um Cerco, de Abdallah Al-Khatib (Líbano/França/Qatar)
Melhor Atriz: Wendy Chinchilla Araya, por Clara Sola
Melhor Ator: Yuriy Borisov, por Compartment Nº 6

PRÊMIO DO PÚBLICO

Melhor Ficção Brasileira: Urubus, de Cláudio Borrelli
Melhor Documentário Brasileiro: O Melhor Lugar do Mundo é Agora, de Caco Ciocler
Melhor Ficção Internacional: Onoda – 10 Mil Noites na Selva, de Arthur Harari (França/Japão/Alemanha/Bélgica/Itália/Camboja)
Melhor Documentário Internacional: Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada), de Ahmir Questlove Thompson (EUA)

PRÊMIO ABRACCINE

Melhor Filme Brasileiro: A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor Filme Brasileiro: Urubus, de Cláudio Borrelli
Melhor Filme Internacional: O Compromisso de Hasan, de Semih Kaplanoğlu (Turquia)

PRÊMIO INCUBADORA PARADISO 2021

Entre Espelhos, do produtor Ailton Franco e do roteirista João Braga

PRÊMIO BRADA | Melhor Direção de Arte

Clara Sola, por Amparo Baeza e Agustin Moreaux

*Clique aqui e assista à premiação no YouTube.
*Clique aqui e confira os filmes que participarão da repescagem.

Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

29º Festival Mix Brasil anuncia filmes internacionais, atrações especiais e homenagem a Ney Matogrosso

por: Cinevitor
Virginie Efira em Benedetta, de Paul Verhoeven: filme de abertura.

A 29ª edição do Festival Mix Brasil, o mais importante e celebrado evento de cultura dedicado à diversidade da América Latina, acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em formato híbrido e gratuito

Parte da programação será de forma presencial em cinco espaços culturais da capital paulista (CineSesc, Centro Cultural São Paulo – Sala Lima Barreto, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Paulo Eiró e Centro Cultural da Diversidade) e a outra parte será on-line, podendo ser assistida de qualquer parte do país e acessada a partir do site oficial. Os eventos presenciais seguirão os protocolos de segurança contra a Covid-19 exigidos pelos locais, inclusive a exigência do comprovante de vacinação.

Com direção de André Fischer, direção executiva de Josi Geller e direção de programação de Cinema de João Federici, o Festival Mix Brasil traz em 2021 um total de 117  filmes, de 28 países, e de todas as regiões do Brasil, cinco espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, palestras e workshops sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, Crescendo com a Diversidade, Show do Gongo, além de homenagear com o prêmio Ícone Mix o cantor Ney Matogrosso.

Para os diretores do Mix, essa programação diversificada e híbrida reconquista o espaço público e mantém o acesso ampliado e democrático, graças às plataformas digitais; aliás, foi através delas que, no ano passado, segundo eles, o número de público do festival triplicou.

O festival abrirá com o aguardado filme Benedetta, de Paul Verhoeven, que faz a sua première latino-americana no evento, em uma sessão para convidados no CineSesc. Já para o público de casa, a abertura será com o show da cantora e compositora Ellen Oléria. Selecionado para o Festival de Cannes e San Sebastián, Benedetta conta a história de uma freira italiana que faz parte de um convento na Toscana desde sua infância. Perturbada por visões religiosas e eróticas, Benedetta é assistida por uma companheira de quarto. A relação entre as duas se transformará em um romance conturbado, ameaçando a permanência das irmãs no convento.

Neste ano, o Panorama Internacional traz títulos inéditos no Brasil de diretores e atores consagrados que tiveram suas obras premiadas e selecionadas nas últimas edições de festivais importantes. Entre os destaques estão: A Fratura, de Catherine Corsini, vencedor da Queer Palm no Festival de Cannes; Being BeBe – A História de BeBe Zahara Benet, de Emily Branham, documentário sobre a primeira vencedora de RuPaul’s Drag Race, BeBe Zahara Benet; e os alemães Instruções de Sobrevivência, de Yana Ugrekhelidze, ganhador do Prêmio Especial do Júri do Teddy em Berlim, Bliss, de Henrika Kull, exibido na mostra Panorama da Berlinale e no Queer Lisboa, Boy Meets Boy, de Daniel Sánchez Lopéz, Prêmio Especial do Júri no Festival Molodist de Kiev, e Genderation, de Monika Treut, que quase duas décadas depois de lançar seu documentário Gendernauts, em 1999, volta à Califórnia para reencontrar seus protagonistas, em um filme que teve sua estreia na mostra Panorama do Festival de Berlim.

Udo Kier em O Canto do Cisne, de Todd Stephens.

Outras atrações internacionais confirmadas são: Canela, de Cecilia Del Valle, melhor filme da crítica no Vancouver Latin American Film Festival; No Ritmo da Vida, de Phil Connell, Menção Honrosa de Atuação em longa estrangeiro para Cloris Leachman no Outfest Los Angeles; O Canto do Cisne, de Todd Stephens, protagonizado por Udo Kier e vencedor do Prêmio do Público no NewFest; Os Amores de Anaïs, de Charline Bourgeois-Tacquet, exibido na Semana da Crítica em Cannes; Um Lugar Distante, de Park Kun-young, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Outfest Los Angeles; Sedimentos, de Adrian Silvestre, Menção Honrosa no Outfest Los Angeles; Esse Fim de Semana, de Mara Pescio, exibido em San Sebastián; Wigudun, Alma de Dois Espíritos, de Fernando Muñoz e Raphael Salazar, que fará sua estreia mundial no festival; entre outros títulos aguardados.

Já a Mostra Competitiva de longas e médias nacionais apresenta sete títulos concorrendo ao Coelho de Ouro de melhor filme brasileiro, entre eles, Deserto Particular, de Aly Muritiba, indicado do Brasil ao Oscar 2022. Clique aqui e confira a seleção de longas, curtas e apresentações especiais do Mix Brasil 2021.

O panorama nacional traz também cinco filmes dedicados ao cantor Ney Matogrosso, homenageado com o prêmio Ícone Mix deste ano. O festival traz ainda o programa REFRAME, com um recorte de filmes de forte inventividade. Para completar a programação de longas e médias brasileiros, o programa Queer.doc destaca a boa safra de documentários nacionais.

A Spcine participa do 29º Festival Mix Brasil promovendo o MixLab Spcine com mesas, workshop e uma masterclass com a cineasta Monika Treut, pioneira do cinema LGBTQIA+ alemão, que conta com dois filmes seus na programação deste ano: o clássico Gendernauts (1999) e Genderation (2021). A parceria com a Spcine também é representada por uma vitrine exclusiva de destaques do festival, que será exibida dentro da plataforma Spcine Play durante 90 dias a partir do início do evento.

O festival traz para os amantes de teatro mais uma edição do Dramática com cinco espetáculos inéditos, selecionados a partir de edital com 61 inscritos, que estão sendo desenvolvidos em residências desde setembro no Centro Cultural da Diversidade e que levantam temas fundamentais para comunidade LGBTQIA+. As estreias acontecerão entre os dias 12 e 14 de novembro no Teatro Paulo Eiró e serão disponibilizadas a partir do dia 17 de novembro nas plataformas digitais.

O tradicionalíssimo Show do Gongo, em que desapegados realizadores apresentam seus vídeos para o julgamento do público do Mix Brasil, cabendo à fabulosa Marisa Orth traduzir o anseio popular e decidir se os filmes serão gongados ou avaliados pelo júri, volta a contar com seu cativante público presencial. Com o avanço da vacinação e a abertura gradativa dos espaços, Marisa Orth terá novamente a alegria de interagir com a plateia no dia 11 de novembro, às 21h, direto do Teatro Paulo Eiró.

O Mix Music, programação musical voltada para o público LGBTQIA+ no Brasil, traz além do show de abertura com a cantora Ellen Oléria, o aguardado concurso Novos Talentos com apresentação de Silvetty Montilla; e para fechar, a cantora Raquel, uma das fundadoras da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, e agora em carreira solo com a música Las Muchachas de Copacabana, clássico de Chico Buarque.

O Mix Literário, que conta com curadoria de Alexandre Rabello, celebra sua quarta edição trazendo mesas com a participação de nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que discutem o lugar da comunidade LGBTQIA+ na produção literária, além de lançamentos editoriais e sarau. Já o Mix Talks traz debates sobre temas atuais e relevantes com atores, jornalistas, publicitários, escritores, professores, influencers e poetas.

Toda a programação on-line do 29º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser acessada gratuitamente a partir do site oficial e também pelas redes sociais. Os filmes poderão ser assistidos pelas plataformas digitais InnSaei, Sesc DigitalSpcine Play. O acesso a alguns filmes será limitado e alguns longas serão exibidos apenas em sessões presenciais.

Conheça as novas atrações do Mix Brasil 2021:

PANORAMA INTERNACIONAL

A Fratura (La fracture), de Catherine Corsini (França)
Being BeBe – A História de BeBe Zahara Benet, de Emily Branham (EUA/Camarões)
Benedetta, de Paul Verhoeven (França/Holanda)
Bliss (Glück), de Henrika Kull (Alemanha)
Boy Meets Boy, de Daniel Sánchez Lopéz (Alemanha)
Campo de Papoulas (Câmp de maci), de Eugen Jebeleanu (Romênia)
Canela, de Cecilia Del Vall (Argentina)
Esse Fim de Semana (Ese fin de semana), de Mara Pescio (Argentina/Brasil)
Genderation, de Monika Treut (Alemanha)
Gendernauts (Gendernauts – Eine Reise durch die Geschlechter), de Monika Treut (Alemanha)
Hello World (Hei verden), de Kenneth Elvebakk (Noruega)
Instruções de Sobrevivência (Instructions for Survival), de Yana Ugrekhelidze (Alemanha/Geórgia)
Leading Ladies, de Ruth Caudeli (Colômbia)
No Ritmo da Vida (Jump, Darling), de Phil Connell (Canadá)
O Canto do Cisne (Swan Song), de Todd Stephens (EUA)
Os Amores de Anaïs (Les amours d’Anaïs), de Charline Bourgeois-Tacquet (França)
Potato Sonha com a América (Potato Dreams of America), de Wes Hurley (EUA)
Sedimentos, de Adrian Silvestre (Espanha)
Sweetheart, de Marley Morrison (Reino Unido)
Um Lugar Distante (A Distant Place), de Park Kun-young (Coreia do Sul)
Wigudun, Alma de Dois Espíritos, de Fernando Muñoz e Raphael Salazar (Panamá/Brasil)

MOSTRA TRIBUTO A NEY MATOGROSSO

Caramujo-Flor, de Joel Pizzini
Depois de Tudo, de Rafael Saar
Ney à Flor da Pele, de Felipe Nepomuceno
Olho Nu, de Joel Pizzini
Ralé, de Helena Ignez

MOSTRA REFRAME

A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (SP)
Bori, de Luiz Anastácio (SP)
Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (SP)
Dois Garotos que se Afastaram Demais do Sol, de Lucelia Sergio e Cibele Appes (SP)

PROGRAMA QUEER.DOC

A Última Imagem, de Benedito Ferreira (GO)
Perto de Você, de Cássio Kelm (PR)
Transversais, de Émerson Maranhão (CE)

PROGRAMAÇÃO TEATRO

Ele, de Oliver OLivia
O Que Resta?, de Edson Thiago Rossi
O Silêncio Anuncia o Grito ou Voz Bixa, de Marco Antonio Oliveira
Sobrevida, de Jacques Machado
Venganza: pega Homem?, de Dana Lisboa

Fotos: Divulgação.

Marcélia Cartaxo será homenageada no 28º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo: atriz consagrada e homenageada.

A 28ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato on-line e gratuito, revelou que a atriz e diretora Marcélia Cartaxo será a homenageada nacional deste ano. Com isso, receberá o Caderno da Homenageada e o Troféu Vitória na cerimônia de abertura do evento.

Nascida em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, Marcélia é um dos grandes nomes da atuação no Brasil. Com mais de 40 anos de carreira, a atriz já interpretou os mais diversos tipos: de freira a prostituta, de mãe a avó, ela imprime o sonho, a força, a luta e a realidade da mulher brasileira em suas atuações. Com participações no teatro e na televisão, foi no cinema que ela construiu uma carreira sólida e com personagens que entraram para a história do audiovisual brasileiro.

Entre os destaques estão a prostituta Laurita, de Madame Satã, de Karim Aïnouz, quando foi escolhida a melhor atriz no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; a bailarina incomum em Pacarrete, de Allan Deberton, que lhe rendeu diversos prêmios, entre eles, melhor atriz em Gramado e Vitória; a mãe do protagonista Francisco, no longa-metragem Big Jato, de Cláudio Assis, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Brasília; entre outros.

Sua estreia no cinema aconteceu em 1985, em A Hora da Estrela, quando interpretou uma das personagens mais emblemáticas da literatura brasileira: Macabéa, do livro homônimo de Clarice Lispector. Ao dar vida a ingênua datilógrafa, que se muda do Nordeste para São Paulo, no filme de Suzana Amaral, Marcélia ganhou o mundo e recebeu, entre outros prêmios, o Urso de Prata de melhor atriz no Festival de Berlim.

Nos últimos anos, além da atuação, Cartaxo também vem atuando atrás das câmeras e exercendo a função de diretora. São dela os curtas-metragens Tempo de Ira (2003), De Lua (2013), Redemunho (2016) e Casa do Louvor (2020) que ampliam o seu universo de grande contadora de histórias e comprovam a sua importância para a cultura brasileira.

Segundo Lucia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória, é uma honra poder homenagear uma profissional da importância da atriz: “Marcélia Cartaxo é uma artista que usa o seu trabalho para jogar luz sobre as inúmeras possibilidades de existência. Uma profissional versátil, extremamente talentosa e uma pessoa doce e divertida. Um ser humano especial. É uma honra para o festival poder homenageá-la”.

Além de Cartaxo, o Festival de Cinema de Vitória também revelou a homenageada capixaba desta edição. Multitalentosa, Margarete Taqueti é um marco para a produção audiovisual brasileira e do Espírito Santo. Sempre empenhada em difundir e preservar a memória artística-cultural do Espírito Santo, Taqueti escreveu seu nome na história do cinema atuando como diretora, roteirista, pesquisadora, produtora, continuísta, atriz, dramaturga, cineclubista e gestora pública de cultura.

Uma referência para inúmeros profissionais que também desejam construir uma carreira no audiovisual. Margarete Taqueti tem, sem dúvidas, um papel imprescindível nas conquistas das mulheres no universo cinematográfico do estado e do país.

*Clique aqui e conheça os filmes selecionados para o Festival de Vitória 2021.

Foto: Rodrigo Barbosa.