A cineasta Julia Naidin, do curta Mar Concreto, marcou presença no evento.
A quinta noite da 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema foi marcada por filmes dirigidos por mulheres nas mostras competitivas. Produções brasileiras de curtas-metragens e um longa de Porto Rico, em coprodução com a Colômbia, foram exibidos no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, na quarta-feira, 01/12.
Dirigido por Sara Agatha, o curta A Falta de Algo Básico, na disputa pelo Prêmio Água e Resistência, abriu a programação. Já na mostra competitiva brasileira de curta-metragem, Mar Concreto, de Julia Naidin, iniciou a sessão; seguido por Como respirar fora d’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros:
Julia Naidin é pesquisadora e professora com publicações em Filosofia Contemporânea. Desde 2017, atua com produção e curadoria na residência artística brasileira CasaDuna Centro de Arte, Pesquisa e Memória de Atafona, onde desenvolve uma pesquisa de metodologia em arte contemporânea e educação ambiental. Mar Concreto é seu primeiro curta-metragem.
No palco do Cine Ceará, Julia disse: “Meu filme está iniciando sua carreira em festivais e estou muito feliz por estar aqui. Esse curta é parte de um trabalho que eu desenvolvo junto com o Fernando [Codeço] em uma praia chamada Atafona, no litoral norte do Rio de Janeiro, que vive uma crise ambiental”.
Sobre as diretoras de Como respirar fora d’água: Júlia Fávero é formada em Audiovisual pela ECA-USP; foi assistente de montagem da segunda temporada da série infantojuvenil Show da História, em exibição no Canal Futura; roteirista e diretora do curta-metragem Embaixo do Asfalto Correm Meus Rios. Victoria Negreiros, também formada em Audiovisual pela ECA-USP, atuou no departamento de comunicação do MASP, com realização audiovisual; e participou da edição 2020 do Laboratório Negras Narrativas, da FLUP + Rede Globo.
Cena do longa porto-riquenho Perfume de Gardênias.
Para apresentar Perfume de Gardênias, que integra a mostra competitiva ibero-americana de longas, a cineasta Macha Colón mandou um vídeo para o festival: “É um filme que fiz com muito carinho, com muito amor. Espero que vocês sintam e recebam isso. Para mim, é bem especial que um público brasileiro assista”.
Gisela Rosario Ramos é Macha Colón, escritora, produtora, diretora, editora, performer e produtora de eventos culturais de Porto Rico. Entre suas obras estão o curta-metragem documental El hijo de Ruby e Cartas de Amor para una ícona. Estudou no Black and Puerto Rican Studies e Film and Media Studies, no Hunter College, em Nova York, onde também trabalhou como editora de documentários e participou de shows de performance. Ao retornar para Porto Rico, trabalhou como diretora artística e programadora na Casa da Cultura Ruth Hernández, assim como na organização de eventos culturais e na edição e direção de filmes. Perfume de Gardênias é seu primeiro longa-metragem.
Protagonizado por Luz María Rondón, a trama mostra uma idosa que mora em um bairro de classe média em Porto Rico e que acaba de ficar viúva. Sua filha adulta está ficando com ela para ajudá-la no funeral. Enquanto Isabel lamenta a sua perda, não sabe como ocupar seu tempo e seguir adiante. Além do Cine Ceará, o filme também foi exibido nos festivais de Tribeca, Boston Latino, Trindade e Tobago e AFI Latin American.
Em formato híbrido, o Cine Ceará acontece virtualmente no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo), TV Ceará e YouTube; e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19.
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Primeiro longa do cineasta Émerson Maranhão, Transversais, produzido por Allan Deberton, de Pacarrete, apresenta depoimentos de quatro pessoas trans que resgatam suas histórias, seus processos de autodescoberta e de trânsitos e jornadas, além também da participação de uma mulher cisgênero, mãe de uma adolescente trans.
As quatro pessoas que participam do filme são: Samilla Marques, funcionária pública; Érikah Alcântara, professora; Caio José, enfermeiro; e o acadêmico Kaio Lemos. Eles e elas passaram por um delicado processo de autoaceitação até compreenderem sua subjetividade. Hoje, vivenciam tecnologias de gênero, como hormônios e cirurgias, que lhe asseguram uma aparência condizente com a maneira como se veem, mas ainda sofrem com a incompreensão, o estranhamento e o preconceito.
Já a jornalista Mara Beatriz, mulher cisgênero, enfrentou a transfobia de perto e refez sua vida ao tomar conhecimento que era mãe de uma adolescente transgênero. Hoje, é uma das mais ativas militantes do grupo Mães pela Diversidade no Ceará.
Na quarta-feira, 01/12, dia seguinte à exibição no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, o diretor participou de um debate mediado pelo jornalista Arthur Gadelha: “Eu entendo o Transversais como um transbordamento do Aqueles Dois [curta-metragem de Émerson Maranhão selecionado para mais de 60 festivais e mostras nacionais e internacionais, que conquistou 20 prêmios]. Ao longo da pesquisa para realizar o curta, percebi que muitas histórias ficaram de fora e que valia a pena voltar ao tema em uma próxima realização. Além disso, a ideia original seria fazer uma série de TV”, revelou.
Kaio Lemos em cena do filme.
Mesmo sofrendo censura do Governo Federal, que publicamente anunciou que “não tinha cabimento fazer um filme com este tema” e declarou que ele seria “abortado” do edital da Ancine em que era finalista, o filme ganhou ainda mais força: “Em sua primeira live que anunciou a censura para obras audiovisuais no Brasil, o primeiro projeto que o inominável citou foi o Transversais. Essa tentativa de silenciamento era do filme, das pessoas trans, da diversidade sexual, da cultura, do audiovisual. Então, eu e Allan Deberton, que é meu sócio neste projeto, decidimos fazer de qualquer maneira. Foi por isso que virou um longa. Tentamos outras formas de patrocínio e conseguimos fazer via Lei Aldir Blanc aqui no Ceará”.
O cineasta também falou sobre a participação de Julia Katharine como consultora de roteiro: “Como todo processo documental, existem vários roteiros. Tem o de captação, que tentamos seguir ao máximo à risca. Mas, como foi rodado no meio da pandemia, tivemos dificuldades para executar algumas sequências e, por isso, algumas foram canceladas. Já para a montagem foram vários roteiros. Quando começamos a captação, achamos que seria muito importante ter o olhar de uma pessoa do cinema e que tivesse essa intimidade com a questão da transgenarildade. Por isso, chamamos a Julia Katharine, uma cineasta, roteirista e atriz maravilhosa, para olhar para esse tema conosco. Ela acompanhou o roteiro de captação e esteve presente em todos os cortes do filme”, finalizou.
Em formato híbrido, o Cine Ceará acontece virtualmente no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo), TV Ceará e YouTube; e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19.
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
A quarta noite da 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema exibiu, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, filmes do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Ceará.
A programação começou com o curta JEANStopia, de Gabriel Viggo e Murilo da Paz, que disputa o Prêmio Água e Resistência. Na sequência, foram projetados na telona dois títulos da mostra competitiva brasileira de curtas: O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro, premiado recentemente no Cine PE; e Sideral, de Carlos Segundo, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano.
O longa-metragem ibero-americano da noite foi o documentário autobiográfico 5 Casas, de Bruno Gularte Barreto, exibido no Queer Lisboa, IDFA e no Festival de Toulouse. Em uma cidadezinha no extremo sul do Brasil há 5 casas e 5 histórias que se confundem em uma mesma. Uma velha professora que luta para manter a sua casa e os seus 36 gatos; um jovem que sofre agressões por ser gay; uma freira que é transferida da escola que se dedicou durante décadas; um velho capataz em uma fazenda mal-assombrada; e um menino cujos pais morreram quando ainda era criança e que hoje é o realizador que retorna para resgatar suas memórias de infância e reencontrar essas pessoas.
No palco, muito emocionado, Bruno disse: “Queria agradecer minha família, que parte dela está aqui presente. Quero agradecer também toda minha equipe, entre eles, Vicente Moreno, montador e meu grande amigo. Não tenho nem palavras para agradecer, pois sem ele esse filme não seria possível. E também ao Gustavo [Gonçalves]: mais do que sua participação no filme, obrigado pela participação na minha vida”.
Equipe do filme no palco do Cineteatro São Luiz.
No debate, realizado no dia seguinte à exibição, o cineasta Bruno Gularte Barreto, também fotógrafo, vídeo-artista, professor e mestre em poéticas visuais, falou sobre a realização de 5 Casas: “Eu trabalho com o conceito de autoficção. O que eu penso, parece até meio clichê, é que tudo é verdade e ao mesmo tempo tudo mentira”. Vale lembrar também que Bruno realizou, em 2013, o curta-metragem Linda, uma história horrível, adaptado do conto homônimo de Caio Fernando Abreu, e que foi premiado no Festival de Gramado.
Sobre essa viagem ao seu passado, o diretor concluiu: “Mais do que um reencontro com essas memórias, foi uma recriação delas. Uma atualização, eu diria. De fato, tentei encontrar um olhar infantil nisso tudo. Parece um pouco piegas, mas existe uma certa inocência nesse olhar”.
Em formato híbrido, o Cine Ceará acontece virtualmente no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo), TV Ceará e YouTube; e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19.
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Equipe do curta Sideral, de Carlos Segundo, no palco: filme premiado.
Foram anunciados na noite desta terça-feira, 30/11, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, os vencedores da 8ª edição da Mostra de Cinema de Gostoso, que aconteceu na Praia do Maceió.
Além dos premiados, a noite também foi marcada pelos filmes de encerramento: o curta-metragem Mestre Marciano, de Igor Ribeiro e Rubens dos Anjos, do Coletivo Nós do Audiovisual; e pelo longa A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky. A cerimônia de encerramento contou com a presença de patrocinadores e com um belo discurso da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.
Neste ano, o Troféu Cascudo de melhor longa-metragem teve um empate técnico entre Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso, e Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas. Também foram entregues prêmios para os curtas-metragens, além do Troféu Imprensa, escolhido por jornalistas e críticos de cinema que fizeram a cobertura do evento.
Para esta edição, a Mostra recebeu um número recorde de filmes, totalizando 650 inscrições entre curtas e longas-metragens de todas as regiões do país. Os filmes da Mostra Competitiva concorreram ao Troféu Cascudo, em homenagem ao folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo.
Conheça os vencedores da Mostra de Cinema de Gostoso 2021:
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso (CE), e Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (RJ)
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Tereza Joséfa de Jesus, de Samuel Costa (SP)
PRÊMIO IMPRENSA | MELHOR CURTA-METRAGEM Sideral, de Carlos Segundo (RN)
PRÊMIO IMPRENSA | MELHOR LONGA-METRAGEM A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga (MG)
Com direção geral e curadoria de Eugênio Puppo e Matheus Sundfeld, a Mostra de Cinema de Gostoso é realizado pela Heco Produções e CDHEC – Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania.
Paúl Venegas, cineasta equatoriano, marca presença no festival.
A segunda noite da 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema exibiu os curtas O Durião Proibido, de Txai Ferraz; Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry; e Ausências, de Antônio Fargoni. Além disso, o longa Bosco, uma coprodução entre Uruguai e Itália, dirigida por Alicia Cano Menoni, também foi exibido em competição.
Na segunda-feira, 29/11, terceiro dia de evento, o Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, contou com os curtas Encarnado, de Otávio Almeida e Ana Clara Ribeiro, e Chão de Fábrica, de Nina Kopko. Já o longa da noite foi Vacío, de Paúl Venegas, uma coprodução entre Equador e Uruguai.
Sobre Bosco, exibido no IFDA, a diretora Alicia Cano Menoni participou virtualmente de um debate mediado pela crítica de cinema Neusa Barbosa no dia seguinte à exibição. O documentário também passou pelos festivais de Málaga e Trento, além do Cannes Docs – Marché du Film.
Bosco é uma pequena cidade italiana de apenas treze habitantes, rodeada de castanheiros que a devoram dia após dia. A origem florestal também se impõe como destino. A um oceano de distância, no Uruguai, desde sua cadeira giratória, Orlando, com cento e três anos, convida o espectador para uma viagem que se torna uma fábula: “Eu fui atrás de umas imagens do meu avô, que morava no Uruguai, e acabei encontrando esse lugar interessante. A intenção era captar o tempo daquele lugar, conhecer mais e encontrar o significado de casa naquelas pessoas”, disse a diretora.
Alicia passou treze anos filmando o avô, cujos antepassados emigraram de Bosco, e os demais habitantes do vilarejo na Itália. Com o filme finalizado, fez uma exibição especial por lá: “Muitos dos personagens, que nunca se imaginaram em uma tela de cinema, adoraram a experiência”.
Debate virtual com a cineasta Alicia Cano Menoni.
Na terça-feira, 30/11, foi a vez do cineasta equatoriano Paúl Venegas participar do debate sobre Vacío, exibido na Mostra Competitiva de longas. Premiado no BAFICI, Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, o filme foi o escolhido do Equador para representar o país no Oscar do ano passado.
Na trama, Lei e Wong chegam clandestinamente à cidade equatoriana de Guayaquil. Enquanto ela tem um objetivo, ir para Nova Iorque, ele quer trazer o filho da China. O futuro dos dois está nas mãos de Chang, um mafioso bipolar que fica obcecado por Lei, e usa seu poder para deixá-los numa encruzilhada. Juntos lutarão pela sua liberdade.
Questionado sobre o elenco, Venegas disse: “Os atores, que não eram profissionais, se entregaram muito. O fato de serem imigrantes também ajudou na preparação e na convivência no set. Eles ensaiaram intensamente durante três meses, todos os dias”. E completou: “Queríamos romper o elo cultural porque os chineses são muito reservados. A ideia era quebrar isso para liberar as emoções”.
Sobre esse entrosamento entre elenco e equipe, o diretor revelou: “Os filmes do Wong Kar-Wai foram essenciais na preparação para quebrar o gelo e a frieza nas relações”.
Em formato híbrido, o Cine Ceará acontece em formato virtual no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo), TV Ceará e YouTube; e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19.
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Marcélia Cartaxo em A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry.
Foram anunciadas nesta terça-feira, 30/11, em uma coletiva de imprensa virtual, novidades da 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de dezembro em formato híbrido.
Lucio Vilar, fundador e produtor executivo do festival, comandou o anúncio da programação pelo canal oficial do evento no YouTube (clique aqui e confira na íntegra). Além de apresentar os longas em competição, também foi revelada uma homenagem aos 20 anos do filme A Canga, premiado curta de ficção de Marcus Vilar, baseado no romance do ator e escritor Waldemar José Solha, com fotografia de Walter Carvalho, que recebeu mais de 20 prêmios nacionais e internacionais e figura entre as mais icônicas produções da história do cinema paraibano.
Neste ano, o Fest Aruanda terá uma programação híbrida, com sessões presenciais de todos os filmes selecionados no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, e on-line para quase todas as obras através da Aruanda Play, plataforma de streaming do festival criada na edição do ano passado. Já ações como oficinas, palestras, conferências e minicursos serão realizadas através do YouTube.
Entre os homenageados desta edição, estão: o maestro, compositor e regente José Siqueira, e o cineasta paraibano Ely Marques, ambos in memoriam. Também serão homenageados o diretor e roteirista W. J. Solha, o ator Othon Bastos e a consagrada montadora Cristina Amaral.
Os filmes de abertura deste ano serão: o curta-metragem A Canga, de Marcus Vilar; e o longa A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky. Já para o encerramento serão exibidos: o curta Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos; e o longa Ney, À Flor da Pele, de Felipe Nepomuceno.
Além dos filmes em competição, a programação contará com sessões especiais de diversos títulos, entre eles: Deserto Particular, de Aly Muritiba, escolhido para representar o Brasil no Oscar 2022; O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, que faz parte da homenagem a W. J. Solha; A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira, em uma sessão com acessibilidade; Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach, que faz parte da homenagem à Cristina Amaral; o curta Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, e o longa O Paciente – O Caso Tancredo Neves, de Sergio Rezende, em homenagem a Othon Bastos; entre outros.
O júri desta 16ª edição será formado por: Sandra Corveloni, Cristina Amaral e Cesar Meneghetti na Mostra Competitiva Nacional; Paulo Vieira, Ingrid Trigueiro e Wolney Oliveira na mostra Sob o Céu Nordestino; Manuel José Damásio, Felipe Roque do Vale, João Lobo, Raquel Ferreira e Lúcio Vilar na Mostra Internacional; Ana Célia Gomes, Igor da Nóbrega Gomes e Sérgio Silveira na Mostra Universitária Independente; e Roberto Cotta, André Dib e Carine Fiúza no Júri da Crítica (Abraccine).
Conheça os novos filmes selecionados para o Fest Aruanda 2021:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS-METRAGENS
A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga (SP/MG) Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral (SP) Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane (RJ) Madalena, de Madiano Marcheti (MS) Salamandra, de Alex Carvalho (Brasil/França/Alemanha)
MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO | LONGAS-METRAGENS
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (CE) Fendas, de Carlos Segundo (RN) Miami-Cuba, de Caroline Oliveira (PB) Transversais, de Émerson Maranhão (CE)
MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTA-METRAGEM
Adeus aos Livros, de Diego Quinderé de Carvalho (Hungria/Portugal/Bélgica) Bruxa, de Faud Halwani (Portugal/Estônia/Reino Unido) Sink Away, de Felix Cognard (Portugal/Estônia/Reino Unido) Tomorrow Island, de Gwenn Joyaux (Portugal/Estônia/Reino Unido) Wild Game, de Jerónimo Sarmiento (Portugal/Estônia/Reino Unido)
MOSTRA INTERNACIONAL | CURTA-METRAGEM | ARUANDA PLAY
Agosto de 74, de Duarte Carvalho (Portugal) Desterro, de Lucas Rached (Portugal/Brasil) Nós os Lentos, de Jeanne Waltz (Portugal) O Copo, de Rodrigo Ferreira (Portugal)
*Clique aqui e conheça os curtas-metragens paraibanos selecionados para a Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino; e aqui para conhecer os curtas-metragens selecionados para a Mostra Competitiva Nacional.
Na trama, Pilar, interpretada por Clébia Sousa, é camareira em um hotel na capital do Ceará, mas em breve espera imigrar para Dublin, e, para isso, está estudando inglês. Ela foi mãe muito jovem, e, neste momento, enfrenta problemas com a filha adolescente Jamile, papel de Larissa Góes. Shin, vivida pela atriz sul-coreana Lee Young-Lan, vem ao Brasil para buscar o corpo do marido que morreu em Fortaleza e levar para ser sepultado na Coreia do Sul. Os trâmites, no entanto, se revelam mais complexos e mais caros do que o esperado.
Nessas duas mulheres, o diretor vê duas faces da globalização que explodem numa Fortaleza repleta de esperança. Com isso, investiga como a amizade improvável entre elas pode transformar a vida de ambas. Comunicando-se num inglês rudimentar, Pilar e Shin encontram uma maneira de se ajudar no momento em que as duas enfrentam dificuldades.
Armando define o longa como sendo “sobre duas mulheres de culturas distintas que se conectam a partir de seus problemas e se comunicam do fundo de suas solidões. Almejo um filme que possa mostrar o poder feminino através da solidariedade, esse sentimento tão poderoso e conhecido da alma humana”.
O cineasta durante o debate mediado pela crítica Neusa Barbosa.
Esteticamente, Fortaleza Hotel é construído com apuro visual na fotografia assinada por Heloísa Passos. O roteiro é assinado por Isadora Rodrigues e Pedro Cândido. A produção é de Maurício Macêdo; João Vieira Jr. e Nara Aragão assinam a coprodução. O elenco conta também com Demick Lopes, Ana Marlene e Vanderlei Bernardino.
Vale lembrar que Armando Praça foi premiado na 29ª edição do Cine Ceará, em 2019, com Greta. O filme ganhou o Troféu Mucuripe em três categorias: melhor longa-metragem, direção e ator para Marco Nanini.
Para falar mais sobre Fortaleza Hotel, conversamos com o diretor e com a protagonista Clébia Sousa no dia seguinte à exibição. Nas entrevistas, falaram sobre entrosamento do elenco, exibição presencial no festival, reencontro com a equipe, preparação, desafios, entre outros assuntos.
Aperte o play e confira:
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Fundada em 1996, a International Press Academy é uma associação de mídia de entretenimento com membros votantes do mundo todo que atuam em jornais, TV, rádio, blogs e novas plataformas de mais de vinte países.
Com a intenção de honrar as excelências artísticas dos filmes, seriados, rádio e novas mídias, a IPA criou o Satellite Awards, antes conhecido como The Golden Satellite Awards, prêmio que elege os melhores da indústria do entretenimento em categorias diversas.
Neste ano, em sua 26ª edição, Ataque dos Cães, de Jane Campion, e Belfast, de Kenneth Branagh, lideram a lista de indicações nas categorias de cinema. A atriz Halle Berry receberá um prêmio especial por sua estreia na direção de um longa-metragem com o filme Ferida.
Um dos principais objetivos do Satellite Awards é celebrar novos trabalhos de realizadores independentes estabelecidos e em desenvolvimento, dando-lhes acesso a um público maior no mundo todo. Os vencedores serão anunciados no dia 5 de janeiro de 2022.
Conheça os indicados nas categorias de cinema do 26º Satellite Awards:
MELHOR FILME | DRAMA A Filha Perdida, de Maggie Gyllenhaal Ataque dos Cães, de Jane Campion Belfast, de Kenneth Branagh Duna, de Denis Villeneuve East of the Mountains, de S.J. Chiro King Richard: Criando Campeãs, de Reinaldo Marcus Green No Ritmo do Coração, de Sian Heder Spencer, de Pablo Larraín
MELHOR FILME | COMÉDIA OU MUSICAL A Crônica Francesa, de Wes Anderson Cyrano, de Joe Wright Em um Bairro de Nova York, de Jon M. Chu Licorice Pizza, de Paul Thomas Anderson Respect: A História de Aretha Franklin, de Liesl Tommy tick, tick… Boom!, de Lin-Manuel Miranda
MELHOR FILME INTERNACIONAL A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino (Itália) A Noite do Fogo (Noche de Fuego), de Tatiana Huenzo (México) Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen (Finlândia) Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão) El buen patrón, de Fernando León de Aranoa (Espanha) Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca) The Worst Person in the World, de Joachim Trier (Noruega) Titane, de Julia Ducournau (França) Um Herói, de Asghar Farhadi (Irã)
MELHOR ANIMAÇÃO A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, de Michael Rianda e Jeff Rowe A Jornada de Vivo, de Kirk DeMicco e Brandon Jeffords Encanto, de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith Fuga, de Jonas Poher Rasmussen Luca, de Enrico Casarosa
MELHOR DOCUMENTÁRIO Ascension, de Jessica Kingdon Brian Willson: Long Promised Road, de Brent Wilson Fuga, de Jonas Poher Rasmussen Introducing, Selma Blair, de Rachel Fleit Julia, de Julie Cohen e Betsy West Procession, de Robert Greene Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada), de Questlove The Rescue, de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi The Velvet Underground, de Todd Haynes Val, de Ting Poo e Leo Scott
MELHOR DIREÇÃO Denis Villeneuve, por Duna Jane Campion, por Ataque dos Cães Kenneth Branagh, por Belfast Lin-Manuel Miranda, por tick, tick… Boom! Paul Thomas Anderson, por Licorice Pizza Reinaldo Marcus Green, por King Richard: Criando Campeãs
MELHOR ATRIZ | DRAMA Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye Kristen Stewart, por Spencer Lady Gaga, por Casa Gucci Nicole Kidman, por Being the Ricardos Olivia Colman, por A Filha Perdida Penélope Cruz, por Madres Paralelas
MELHOR ATOR | DRAMA Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães Clifton Collins Jr., por Jockey Denzel Washington, por The Tragedy of Macbeth Joaquin Phoenix, por C’mon C’mon Tom Skerritt, por East of the Mountains Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs
MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL Alana Haim, por Licorice Pizza Jennifer Hudson, por Respect: A História de Aretha Franklin Melissa Barrera, por Em um Bairro de Nova York Renate Reinsve, por The Worst Person in the World
MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL Andrew Garfield, por tick, tick… Boom! Anthony Ramos, por Em um Bairro de Nova York Peter Dinklage, por Cyrano
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs Caitriona Balfe, por Belfast Judi Dench, por Belfast Kirsten Dunst, por Ataque dos Cães Marlee Matlin, por No Ritmo do Coração Ruth Negga, por Identidade
MELHOR ATOR COADJUVANTE Ciarán Hinds, por Belfast J.K. Simmons, por Being the Ricardos Jamie Dornan, por Belfast Jared Leto, por Casa Gucci Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães Robin de Jesús, por tick, tick… Boom!
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Belfast, escrito por Kenneth Branagh C’mon C’mon, escrito por Mike Mills King Richard: Criando Campeãs, escrito por Zach Baylin Licorice Pizza, escrito por Paul Thomas Anderson Madres Paralelas, escrito por Pedro Almodóvar Um Herói, escrito por Asghar Farhadi
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO A Filha Perdida, escrito por Maggie Gyllenhaal Ataque dos Cães, escrito por Jane Campion Duna, escrito por Denis Villeneuve, Eric Roth e Jon Spaihts Identidade, escrito por Rebecca Hall e Nella Larsen No Ritmo do Coração, escrito por Sian Heder The Tragedy of Macbeth, escrito por Joel Coen
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE E DESIGN DE PRODUÇÃO A Crônica Francesa, por Adam Stockhausen e Rena DeAngelo Ataque dos Cães, por Grant Major e Amber Richards Belfast, por Jim Clay e Claire Nia Richards Duna, por Patrice Vermette, Richard Roberts e Zsuzsanna Sipos Spencer, por Guy Hendrix Dyas e Yesim Zolan The Tragedy of Macbeth, por Stefan Dechant
MELHOR FOTOGRAFIA Ataque dos Cães, por Ari Wegner Belfast, por Haris Zambarloukos C’mon C’mon, por Robbie Ryan Duna, por Greig Fraser The Tragedy of Macbeth, por Bruno Delbonnel tick, tick… Boom!, por Alice Brooks
MELHOR FIGURINO Ataque dos Cães, por Kirsty Cameron Belfast, por Charlotte Walter Cyrano, por Massimo Cantini Parrini Duna, por Jacqueline West e Robert Morgan Spencer, por Jacqueline Durran Um Príncipe em Nova York 2, por Ruth E. Carter
MELHOR EDIÇÃO Ataque dos Cães, por Peter Sciberras Belfast, por Úna Ní Dhonghaíle Duna, por Joe Walker King Richard: Criando Campeãs, por Pamela Martin Licorice Pizza, por Andy Jurgensen tick, tick… Boom!, por Myron Kerstein e Andrew Weisblum
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL A Crônica Francesa, por Alexandre Desplat Ataque dos Cães, por Jonny Greenwood Duna, por Hans Zimmer Madres Paralelas, por Alberto Iglesias O Último Duelo, por Harry Gregson-Williams Spencer, por Jonny Greenwood Vingança & Castigo, por Jeymes Samuel
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL Be Alive, por Beyoncé Knowles-Carter e Dixson (King Richard: Criando Campeãs) Beyond the Shore, por Nicholai Baxter, Matt Dahan, Siân Heder e Marius de Vries (No Ritmo do Coração) Colombia, Mi Encanto, por Lin-Manuel Miranda (Encanto) Down to Joy, por Van Morrison (Belfast) Here I Am (Singing My Way Home), por Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson e Carole King (Respect: A História de Aretha Franklin) No Time to Die, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo para Morrer)
MELHOR SOM | EDIÇÃO E MIXAGEM Ataque dos Cães, por Robert Mackenzie, Richard Flynn, Leah Katz, Tara Webb e Dave Whitehead Belfast, por Simon Chase, James Mather, Denise Yarde e Niv Adiri Duna, por Mac Ruth, Mark A. Mangini, Theo Green, Doug Hemphill e Ron Bartlett O Último Duelo, por Oliver Tarney, Paul Massey, David Giammarco, William Miller, Daniel Birch e Stéphane Bucher tick, tick… Boom!, por Paul Hsu e Todd A. Maitland Vingança & Castigo, por Doug Hemphill, Ron Bartlett, Clint Bennett, Anthony Ortiz e Richard King
MELHORES EFEITOS VISUAIS A Guerra do Amanhã, por James E. Price, Randall Starr, Sheldon Stopsack, Carmelo Leggiero e JD Schwalm Duna, por Paul Lambert, Tristan Myles, Brian Connor e Gerd Nefzer Eternos, por Stephane Ceretti, Matt Aitken, Daniele Bigi e Neil Corbould Godzilla vs. Kong, por Adam Wingard, Kevin Smith, Dave Clayton e Kevin Sherwood O Esquadrão Suicida, por Kelvin McIlwain, Guy Williams, Jonathan Fawkner e Dan Sudick Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, por Christopher Townsend, Joe Farrell, Sean Walker e Dan Oliver
Dakota Johnson e Olivia Colman em A Filha Perdida: quatro prêmios.
Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/11, os vencedores do 31º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pela IFP (Independent Filmmaker Project), que dá início à temporada de premiações.
Os candidatos foram selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolheram os vencedores. Neste ano, A Filha Perdida, de Maggie Gyllenhaal, se destacou e ganhou quatro prêmios, entre eles, melhor filme.
Além disso, grandes nomes da indústria foram homenageados este ano, como: a cineasta Jane Campion; Eamonn Bowles, da Magnolia Pictures; e os atores Peter Dinklage e Kristen Stewart.
Conheça os vencedores do Gotham Awards 2021:
MELHOR FILME A Filha Perdida, de Maggie Gyllenhaal
MELHOR DOCUMENTÁRIO Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
MELHOR FILME INTERNACIONAL Drive My Car, de Ryûsuke Hamaguchi (Japão)
MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO | PRÊMIO BINGHAM RAY Maggie Gyllenhaal, por A Filha Perdida
MELHOR ROTEIRO A Filha Perdida, escrito por Maggie Gyllenhaal
MELHOR ATUAÇÃO Olivia Colman, por A Filha Perdida, e Frankie Faison, por The Killing of Kenneth Chamberlain
MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração
ATUAÇÃO REVELAÇÃO Emilia Jones, por No Ritmo do Coração
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR ELENCO Vingança & Castigo
MELHOR SÉRIE | LONGA Round 6 (Netflix)
MELHOR SÉRIE | CURTA Reservation Dogs (FX)
SÉRIE REVELAÇÃO | DOCUMENTÁRIO Philly D.A.(Topic, Independent Lens, PBS)
MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Ethan Hawke, por The Good Lord Bird, e Thuso Mbedu, por The Underground Railroad
Diretora e elenco no palco do Cineteatro São Luiz.
Depois de passar pelo Children’s Film Festival Seattle, Pequenos Guerreiros, primeiro longa-metragem de Bárbara Cariry na direção, foi exibido na segunda-feira, 29/11, na mostra O Primeiro Filme a Gente Nunca Esquece do 31º Cine Ceará.
Um público especial de 200 crianças e adolescentes conferiu a estreia brasileira do filme no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza. Eles fazem parte de cinco projetos sociais apoiados pela Enel: Proativa Academia, Instituto Esporte Mais, Instituto Katiana Pena (IKP), Fundação Raimundo Fagner e Instituto Beatriz e Lauro Fiuza (IBLF). Por conta disso, pela primeira vez, eles têm a oportunidade de ir ao cinema.
Antes da exibição, Bárbara subiu ao palco acompanhada pelos atores Juan Calado, Lara Ferreira e Daniel Almeida e discursou: “É um prazer enorme exibir meu primeiro longa-metragem aqui no Cine Ceará dentro dessa sessão tão importante de iniciação ao cinema. Eu comecei assistindo filmes aqui no São Luiz, onde me sinto muito honrada de exibir meu primeiro filme. Vida longa ao cinema cearense!”.
No filme, uma família de pescadores, do litoral do Ceará, decide viajar para o sertão, indo até a cidade de Barbalha, na região do Cariri, com o objetivo de pagar uma promessa durante a Festa do Pau da Bandeira. O festejo reúne anualmente milhares de pessoas para missas e cortejos em torno da fé em Santo Antônio.
Lara Ferreira, Juan Calado e Daniel Almeida em cena.
O pai Cosme, papel de Bruno Goya, a mãe Maria, interpretada por Georgina Castro, o filho Benedito (Juan Calado) e os sobrinhos Matheuzinho (Daniel Almeida) e Bruna (Lara Ferreira) sobem em um jipe para encarar a estrada de terra e sol escaldante. Durante o percurso, a família mergulha nas belezas da cultura nordestina, fazendo dessa jornada uma forma de se conectar com a história, a memória e a identidade de seu povo. Uma narrativa suave, com espaço para imaginação, feita de pequenas surpresas e descobertas.
Artistas de rua, parques de diversões, salas de cinema, paisagens deslumbrantes, figuras tradicionais do sertão nordestino e até mesmo dinossauros surgem para conduzir a experiência cultural das três crianças. Quase sempre sob os olhos atentos de Cosme e Maria, já que são inquietas e curiosas, as crianças fazem da viagem não apenas um pagamento de promessa, mas uma grande brincadeira e aprendizado sobre o mundo.
O roteiro foi escrito a partir das próprias lembranças de infância de Bárbara Cariry, que registra com carinho esses cenários que fizeram parte de sua vida e resistiram ao tempo. Além de diretora e corroteirista, ela assina os cargos de produção executiva e montagem (com seu irmão Petrus Cariry).
Pequenos Guerreiros é o longa-metragem de estreia de Bárbara Cariry, após dirigir os curtas-metragens Verão (2009), O Silêncio do Mundo (2011) e A Canção de Alice (2018). A realizadora também atuou como produtora executiva em diversos curtas e longas-metragens brasileiros, como Mãe e Filha (2012), de Petrus Cariry; Os Pobres Diabos (2013), de Rosemberg Cariry, Sertânia (2019), de Geraldo Sarno, entre outros. A produção é da Iluminura Filmes e contou com uma equipe formada predominantemente por mulheres.
*O CINEVITOR está em Fortaleza e você acompanha a cobertura do 31º Cine Ceará por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Nesta segunda-feira, 29/11, os atores Jose Coronado e Nathalie Poza anunciaram os indicados da 36ª edição da premiação, que acontecerá no dia 12 de fevereiro de 2022, em Valência, no sudeste da Espanha, em cerimônia que contará com vencedores do ano passado, cineastas valencianos e grandes nomes do cinema espanhol.
A comédia El buen patrón, de Fernando León de Aranoa, lidera a lista com 20 indicações e, com isso, torna-se o filme mais indicado da história da premiação. O drama Maixabel, de Icíar Bollaín, aparece na sequência com 14 indicações e Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar, se destaca com oito. O Brasil estava na disputa por uma vaga entre os quatro finalistas da categoria de melhor filme ibero-americano com A Febre, dirigido por Maya Da-Rin, mas ficou de fora da competição.
Neste ano, o ator José Sacristán receberá o Goya honorário por suas brilhantes atuações em diversos filmes inesquecíveis. A atriz australiana Cate Blanchett será homenageada com o Goya Internacional, honraria criada este ano que destaca personalidades que contribuem para o cinema em todo o mundo.
Conheça os indicados ao Prêmio Goya 2022:
MELHOR FILME El buen patrón Libertad Mães Paralelas Maixabel Mediterráneo
MELHOR DIREÇÃO Fernando León de Aranoa, por El buen patrón Icíar Bollaín, por Maixabel Manuel Martín Cuenca, por La hija Pedro Almodóvar, por Mães Paralelas
MELHOR ATOR Eduard Fernández, por Mediterráneo Javier Bardem, por El buen patrón Javier Gutiérrez, por La hija Luis Tosar, por Maixabel
MELHOR ATRIZ Blanca Portillo, por Maixabel Emma Suárez, por Josefina Penélope Cruz, por Mães Paralelas Petra Martínez, por La vida era eso
MELHOR ATOR COADJUVANTE Celso Bugallo, por El buen patrón Fernando Albizu, por El buen patrón Manolo Solo, por El buen patrón Urko Olazabal, por Maixabel
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Aitana Sánchez-Gijón, por Mães Paralelas Milena Smit, por Mães Paralelas Nora Navas, por Libertad Sonia Almarcha, por El buen patrón
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE Carol Rodríguez Colás, por Chavalas Clara Roquet, por Libertad David Martín de los Santos, por La vida era eso Javier Marco Rico, por Josefina
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL El buen patrón, escrito por Fernando León de Aranoa Libertad, escrito por Clara Roquet Maixabel, escrito por Iciar Bollain e Isa Campo Tres, escrito por Juanjo Giménez Peña e Pere Altimira
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Ama, escrito por Júlia de Paz Solvas e Núria Dunjó López As Leis da Fronteira, escrito por Daniel Monzón e Jorge Guerricaechevarría El vientre del mar, escrito por Agustí Villaronga Pan de limón con semillas de amapola, escrito por Benito Zambrano e Cristina Campos
ATOR REVELAÇÃO Chechu Salgado, por As Leis da Fronteira Jorge Motos, por Lucas Óscar de la Fuente, por El buen patrón Tarik Rmili, por El buen patrón
ATRIZ REVELAÇÃO Almudena Amor, por El buen patrón Ángela Cervantes, por Chavalas María Cerezuela, por Maixabel Nicolle García, por Libertad
MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO El amor en su lugar, por Óscar Vigiola El buen patrón, por Luis Gutiérrez Maixabel, por Guadalupe Balaguer Trelles Mediterráneo, por Albert Espel e Kostas Seakianakis
MELHOR FOTOGRAFIA El buen patrón, por Pau Esteve Birba Libertad, por Gris Jordana Mães Paralelas, por José Luis Alcaine Mediterráneo, por Kiko de la Rica
MELHOR MONTAGEM Abaixo de Zero, por Antonio Frutos El buen patrón, por Vanessa L. Marimbert Josefina, por Miguel Doblado Maixabel, por Nacho Ruiz Capillas
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE As Leis da Fronteira, por Balter Gallart El buen patrón, por César Macarrón Mães Paralelas, por Antxón Gómez Maixabel, por Mikel Serrano
MELHOR FIGURINO As Leis da Fronteira, por Vinyet Escobar El amor en su lugar, por Alberto Valcárcel El buen patrón, por Fernando García Maixabel, por Clara Bilbao
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO As Leis da Fronteira, por Sarai Rodríguez, Benjamín Pérez e Nacho Díaz El buen patrón, por Almudena Fonseca e Manolo García Libertad, por Eli Adánez, Sergio Pérez Berbel e Nacho Díaz Maixabel, por Karmele Soler e Sergio Pérez Berbel
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL El buen patrón, por Zeltia Montes La abuela, por Fatima Al Qadiri Maixabel, por Alberto Iglesias Mediterráneo, por Arnau Bataller
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL Burst Out, de Àngel Leiro, Jean-Paul Dupeyron e Xavier Capellas (Álbum de posguerra) Las leyes de la frontera, de Alejandro García Rodríguez, Antonio Molinero León, Daniel Escortell Blandino, José Manuel Cabrera Escot e Miguel García Cantero (As Leis da Fronteira) Que me busquen por dentro, de Antonio Orozco e Jordi Colell Pinillos (El cover) Te espera el mar, de Maria José Llergo (Mediterráneo)
MELHOR SOM El buen patrón, por Iván Marín, Pelayo Gutiérrez e Valeria Arcieri Mães Paralelas, por Sergio Bürmann, Laia Casanovas e Marc Orts Maixabel, por Alazne Ameztoy, Juan Ferro e Candela Palencia Tres, por Daniel Fontrodona, Oriol Tarragó, Marc Bech e Marc Orts
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS Assalto ao Banco da Espanha, por Pau Costa e Laura Pedro El buen patrón, por Raúl Romanillos e Míriam Piquer La abuela, por Raúl Romanillos e Ferran Piquer Mediterráneo, por Àlex Villagrasa
MELHOR ANIMAÇÃO Gora Automatikoa Mironins Salvar el árbol (Zutik!) Valentina
MELHOR DOCUMENTÁRIO El retorno: la vida después del ISIS, de Alba Sotorra Héroes del Silencio: Barulho e Rock’n’Roll, de Alexis Morante Quién lo impide, de Jonás Trueba Un blues para Teherán, de Javier Tolentino
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO A Cordilheira dos Sonhos, de Patricio Guzmán (Chile) As Siamesas, de Paula Hernández (Argentina) Canção Sem Nome, de Melina León (Peru) Los Lobos, de Samuel Kishi Leopo (México)
MELHOR FILME EUROPEU Adeus, Idiotas, de Albert Dupontel (França) Bela Vingança, de Emerald Fennell (Reino Unido) Druk – Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg (Dinamarca) O Homem Ideal, de Maria Schrader (Alemanha)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO Farrucas, de Ian de la Rosa Mindanao, de Borja Soler Tótem Loba, de Verónica Echegui Votamos, de Santiago Requejo Yalla, de Carlo D’Ursi
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Dajla: cine y olvido, de Arturo Dueñas Herrero Figurante, de Nacho Fernández Mama, de Pablo de la Chica Ulisses, de Joan Bover
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Nacer, de Roberto Valle Proceso de selección, de Carla Pereira Docampo The Monkey, de Lorenzo Degl’ Innocenti e Xosé Zapata Umbrellas, de Jose Prats e Álvaro Robles
Edilson Silva e Maria Luiza da Costa em Mirador, de Bruno Costa.
Foram anunciados neste domingo, 28/11, em cerimônia apresentada por Armando Babaioff, os vencedores da 28ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo, que aconteceu em formato on-line em função dos protocolos de segurança referentes à pandemia de Covid-19.
Neste ano, o Júri Oficial, responsável pela escolha dos premiados com o Troféu Vitória, foi formado por: André Dib e Glenda Nicácio na Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Mostra Foco Capixaba; Anselmo Vasconcellos, Gustavo Cheluje e Viviane Ferreira na Mostra Competitiva Nacional de Longas; Anderson Bardot, Ary Rosa e Gabriel Lodi na Mostra Quatro Estações; Daniela Zanetti, Gabriele Stein e Sebastião Ribeiro Filho – Tião Xará na Mostra Corsária; Bárbara Cazé, Emilia Silveira e Susanna Lira na Mostra Outros Olhares; Marina Ferreira, Rogério Sagui e Yasmine Evaristo na Mostra Cinema e Negritude; Flavia Guerra, Liz Donovan e Tamyres Batista na Mostra Mulheres no Cinema; André Prando, Daniel Morelo e Marina Abranches na Mostra Nacional de Videoclipes; Antonio Claudino de Jesus, Fernanda Couzemenco e Martha Tristão na Mostra Nacional de Cinema Ambiental; Amanda Luvizotto, Carissa Vieira e Monica Trigo na Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico; e Jussan Sillva e Silva, Maria Grijó e Rodrigo Cerqueira no Prêmio ABD Capixaba.
O público também participou e escolheu os seus filmes preferidos durante os seis dias de exibição. Além disso, a atriz Marcélia Cartaxo foi uma das homenageadas desta edição, ao lado de Margarete Taqueti, diretora, roteirista, pesquisadora, produtora, continuísta, atriz, dramaturga, cineclubista e gestora pública de cultura.
Conheça os vencedores do 28º Festival de Cinema de Vitória:
25ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Melhor Filme: Prata, de Lucas Melo (RJ) Melhor Filme | Júri Popular: Praia dos Tempos, de Luan Santos (BA) Prêmio Especial do Júri: Usina-Desejo Contra a Indústria do Medo, de Amanda Seraphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias (RJ) Melhor Direção: Victor Quintanilha, por Portugal Pequeno Melhor Roteiro: 5 Fitas, escrito por Heraldo de Deus e Vilma Martins Melhor Contribuição Artística: Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antônio (PA) Melhor Interpretação: Isabela Catão, por O Barco e o Rio
11ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Melhor Filme: A Última Cidade, de Victor Furtado (CE) Melhor Filme | Júri Popular: Mirador, de Bruno Costa (PR) Melhor Direção: Djin Sganzerla, por Mulher Oceano Melhor Roteiro: Noites de Alface, escrito por Zeca Ferreira Melhor Contribuição Artística: Máquina do Desejo, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP) Melhor Interpretação: João Pedro Zappa, por Noites de Alface Menção Honrosa: Victor de Melo, fotógrafo de A Última Cidade Menção Honrosa: Maria Luiza da Costa, atriz de Mirador Menção Honrosa: André Guerreiro Lopes, fotógrafo de Mulher Oceano
11ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES
Melhor Filme: O Fio de Ariadne, de Mozart Freire e Ton Martins (CE) Melhor Filme | Júri Popular: Time de Dois, de André Santos (RN) Menção Honrosa: O Nascimento de Helena, de Rodrigo Almeida (RN)
10ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
Melhor Filme: Nostalgia, de Raphael Araújo (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Quimera, de Luísa Costa Miranda (ES)
8ª MOSTRA OUTROS OLHARES
Melhor Filme: Utopia, de Rayane Penha (AP) Melhor Filme | Júri Popular: Utopia, de Rayane Penha Menção Honrosa: A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
10ª MOSTRA CORSÁRIA
Melhor Filme: Há um Profeta nas Olaias, Tomem Cuidado!, de Lucas Camargo de Barros (SP) e Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE) Melhor Filme | Júri Popular: Presente Maravilha, de Jeã Santos (RJ) Menção Honrosa: Atlântida, de Diego Locatelli (SP)
6ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE
Melhor Filme: 25 Anos Sem Asfalto, de Fabi Andrade (SP) Melhor Filme | Júri Popular: 25 Anos Sem Asfalto, de Fabi Andrade Menção Honrosa: Olhos de Cachoeira, de Adler Paz (BA)
6ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA
Melhor Filme: O Peixe, de Natasha Jascalevich (RJ) Melhor Filme | Júri Popular: O Peixe, de Natasha Jascalevich Menção Honrosa: Fora de Época, de Laís Catalano Aranha e Drica Czech (SP)
5ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES
Melhor Filme: Bruta, de Raymundo Calumby (Artista: Sandyalê) Melhor Filme | Júri Popular: Lockdown, de Rodrigo Herenio Franco (Artista: Carga Pezada) Menção Honrosa: Come, de Flora Fiorio (Artista: Dan Abranches e Pe Lopes) Menção Honrosa: Ararinha da Viola, de Letícia Pires (Artista: Isis Broken)
4ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL
Melhor Filme: Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro Menção Honrosa: Dois Riachôes: Cacau e Liberdade, de Fellipe Abreu e Patrícia Moll (BA) Menção Honrosa: What About Our Future?, de Cláudio Cruz e Jaime Leigh Gianopoulos (Canadá)
3ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO
Melhor Filme: Jamary, de Begê Muniz (AM) Melhor Filme | Júri Popular: Magnético, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC) Menção Honrosa: AR, de Marcelo Oliveira e William Oliveira (PE)
2º PRÊMIO ABD CAPIXABA
Melhor Filme: Faz Vinte Anos, de Tati Franklin (ES) Menção Honrosa: Minha Bateria Está Acabando e Está Ficando Tarde, de Rubiane Maia e Tom Nóbrega (ES/SP)