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Festival de Berlim 2022 anuncia os primeiros filmes; produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Cena do filme My Father’s Truck, do cineasta brasileiro Mauricio Osaki.

A 72ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro de 2022, acaba de anunciar os primeiros filmes selecionados para as mostras Panorama, Forum, Generation e Berlinale Special. Neste ano, o cineasta M. Night Shyamalan presidirá o Júri Internacional e a atriz francesa Isabelle Huppert será homenageada com o Urso de Ouro honorário.

Nesta edição, o cinema brasileiro ganha destaque com alguns títulos, entre eles: O Dente do Dragão, de Rafael Castanheira Parrode, na mostra Forum Expanded, que contou com a curadoria de Ala Younis, Ulrich Ziemons, Karina Griffith, Shai Heredia e Maha Maamoun. O longa faz referência à contaminação radioativa acidental de Goiânia, em 1988, berço do cineasta. Usando imagens tratadas de fontes múltiplas, o filme é uma jornada meticulosa aos sentimentos de curiosidade e horror desencadeados por um dispositivo nuclear que apareceu em um espaço doméstico.

Ainda na mesma mostra, outra produção brasileira: a instalação Se hace camino al andar, de Paula Gaitán, artista plástica, fotógrafa, poeta e cineasta franco-colombiana, que mudou-se para o Brasil em 1977 e logo ingressou na sétima arte. O título já tinha sido selecionado para a edição passada, porém, por conta da pandemia de Covid-19, não ganhou exibição presencial. Por conta disso, todos os selecionados desta mostra voltam para o evento este ano.

Enquanto isso, na mostra Generation, o cineasta brasileiro Mauricio Osaki aparece com My Father’s Truck, longa derivado do premiado curta-metragem O Caminhão do Meu Pai, exibido em Berlim, em 2013. Aqui, o diretor realiza uma sensível observação de uma difícil relação entre pai e filha em um road movie pelo Vietnã, no qual eles buscam uma reconciliação.

Sobre a mostra Panorama, que destaca títulos estreantes e de diretores renomados, o curador Michael Stütz disse: “Os filmes confirmados até agora anunciam um cinema contemporâneo, implacável, mas também conciliador na Panorama 2022”.

Conheça os primeiros filmes selecionados para o Festival de Berlim 2022:

PANORAMA

A Love Song, de Max Walker-Silverman (EUA)
Alle reden übers Wetter (Talking About the Weather), de Annika Pinske (Alemanha)
Brainwashed: Sex-Camera-Power, de Nina Menkes (EUA)
Calcinculo (Swing Ride), de Chiara Bellosi (Itália/Suíça)
Dreaming Walls, de Amélie van Elmbt e Maya Duverdier (Bélgica/França/EUA/Holanda/Suécia)
Klondike, de Maryna Er Gorbach (Ucrânia/Turquia)
Myanmar Diaries, de The Myanmar Film Collective (Holanda/Mianmar/Noruega)
Nel mio nome (Into My Name), de Nicolò Bassetti (Itália)
Nelly & Nadine, de Magnus Gertten (Suécia/Bélgica/Noruega)
Nous, étudiants ! (We, Students!), de Rafiki Fariala (República Centro-Africana/França/República Democrática do Congo/Arábia Saudita)
Ta farda (Until Tomorrow), de Ali Asgari (Irã/França/Qatar)
Taurus, de Tim Sutton (EUA)
The Apartment with Two Women, de Kim Se-in (Coreia do Sul)

FORUM

Afterwater, de Dane Komljen (Alemanha/Espanha/Coreia do Sul/Sérvia)
Akyn (Poet), de Darezhan Omirbayev (Cazaquistão)
La edad media (The Middle Ages), de Alejo Moguillansky e Luciana Acuña (Argentina)
Europe, de Philip Scheffner (Alemanha/França)
Une Fleur à la bouche (A Flower in the Mouth), de Éric Baudelaire (França/Alemanha/Coreia do Sul)
Miền ký ức (Memoryland), de Kim Quy Bui (Vietnã/Alemanha)
Mis dos voces (My Two Voices), de Lina Rodriguez (Canadá)
Nuclear Family, de Erin Wilkerson e Travis Wilkerson (EUA/Singapura)
Super Natural, de Jorge Jácome (Portugal)
The United States of America, de James Benning (EUA)

FORUM EXPANDED

Home When You Return, de Carl Elsaesser (EUA)
Jail Bird in a Peacock Chair, de James Gregory Atkinson (Alemanha/EUA)
O Dente do Dragão, de Rafael Castanheira Parrode (Brasil)
Sol in the Dark, de Mawena Yehouessi (França)
vs, de Lydia Nsiah (Áustria)

FORUM EXPANDED | INSTALLATIONS

All of Your Stars are But Dust on My Shoes, de Haig Aivazian (Líbano)
Black Beauty: For a Shamanic Cinema, de Grace Ndiritu (Reino Unido/Bélgica/Espanha)
Jole Dobe Na (Those Who Do Not Drown), de Naeem Mohaiemen (Índia/EUA/Japão/Suécia)
Medicine and Magic, de Thirza Cuthand (Canadá)
Onder het witte masker: de film die Haesaerts had kunnen maken (Under the White Mask: The Film That Haesaerts Could Have Made), de Matthias De Groof (Bélgica)
Se Hace Camino al Andar, de Paula Gaitán (Brasil)
The Song of the Shirt, de Kerstin Schroedinger (Alemanha)
Voices and Shells, de Maya Schweizer (Alemanha)
The Wake, de The Living and the Dead Ensemble (Haiti/França/Reino Unido)
The Zama Zama Project, de Rosalind Morris (EUA/África do Sul/Canadá)

GENERATION | LONGA-METRAGEM

Allons enfants (Rookies), de Thierry Demaizière e Alban Teurlai (França)
Beba, de Rebeca Huntt (EUA/México)
An Cailín Ciúin (The Quiet Girl), de Colm Bairéad (Irlanda)
Comedy Queen, de Sanna Lenken (Suécia)
Kind Hearts, de Olivia Rochette e Gerard-Jan Claes (Bélgica)
Knor (Oink), de Mascha Halberstad (Holanda)
Millie Lies Low, de Michelle Savill (Nova Zelândia)
My Father’s Truck, de Mauricio Osaki (Vietnã/EUA)
Sublime, de Mariano Biasin (Argentina)
Tytöt tytöt tytöt (Girl Picture), de Alli Haapasalo (Finlândia)

GENERATION | CURTA-METRAGEM

Au revoir Jérôme!, de Adam Sillard, Gabrielle Selnet e Chloé Farr (França)
Blaues Rauschen (Blue Noise), de Simon Maria Kubiena (Alemanha/Áustria)
Gavazn (Deer), de Hadi Babaeifar (Irã)
Ich habe keine Angst! (I’m Not Afraid!), de Marita Mayer (Alemanha/Noruega)
Nada para ver aqui, de Nicolas Bouchez (Portugal/Bélgica/Hungria)
Una aprendiz invisible, de Emilia Herbst (Argentina)
Vlekkeloos (Spotless), de Emma Branderhorst (Holanda)

BERLINALE SPECIAL GALA

Against the Ice, de Peter Flinth (Islândia/EUA/Dinamarca)
À propos de Joan (About Joan), de Laurent Larivière (França/Alemanha/Irlanda)
Gangubai Kathiawadi, de Sanjay Leela Bhansali (Índia)
Der Passfälscher (The Forger), de Maggie Peren (Alemanha/Luxemburgo)

BERLINALE SPECIAL

1341 Framim Mehamatzlema Shel Micha Bar-Am (1341 Frames of Love and War), de Ran Tal (Israel/Reino Unido/EUA)
Le chêne (Heart of Oak), de Laurent Charbonnier e Michel Seydoux (França)
Nothing Lasts Forever, de Jason Kohn (EUA)

Foto: Divulgação.

Cineasta Adirley Queirós será homenageado na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Adirley Queirós: cineasta homenageado da 25ª edição.

A 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 21 e 29 de janeiro, anunciou a temática desta edição: Cinema em Transição, buscando nesta última palavra o sentido de suas discussões.

O cinema brasileiro atravessa um período complexo e delicado em várias frentes. Do desenvolvimento de projetos à produção, das filmagens à finalização, da distribuição à exibição, toda a cadeia de realização tem sido reestruturada, reconfigurada e, muitas vezes, revolucionada. Estamos em um período histórico de aceleração dos processos, que passa pela economia e pela criatividade no audiovisual, desde as formas de financiamento até a efervescência das plataformas de streaming e a crise das salas físicas. Buscando mergulhar nesse caldeirão de mudanças, a 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes apresenta sua temática.

“Hoje, o cinema brasileiro, tão frágil em sua estrutura, mas resistente e persistente, está em transição, a maior desde a popularização do aparelho televisor. E o que seria uma transição? Uma pesquisa rápida sobre o conceito de transição nos diz: ‘é uma espécie de etapa não permanente entre dois estados'”, reflete Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra. Junto aos demais integrantes da curadoria do evento, Lila Foster, Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva, ele desenvolveu o conceito para 2022, ano em que a própria Mostra atravessa uma transição, em um formato híbrido de presencial e virtual, ainda sob o impacto da pandemia de Covid-19.

Em mudanças técnicas, estéticas e econômicas, o cinema brasileiro contemporâneo será investigado, durante a Mostra, em sessões de pré-estreia, debates, bate-papos e encontros com realizadores, pesquisadores, críticos e profissionais. A ambição é a de ampliar a conversa sobre novos arranjos profissionais e artísticos em andamento, diante de uma realidade econômica e criativa que segue institucionalmente negando a cultura (em âmbito de Governo Federal) e uma movimentação cultural que não pode mais se restringir aos antigos modelos de produção e circulação de obras, sob risco de sua própria sobrevivência e a dos profissionais envolvidos.

No âmbito econômico, a suspensão de políticas públicas do audiovisual afetou diretamente o cinema independente, que antes vinha mantendo um mercado profissional de técnicos e profissionais de toda a cadeia audiovisual, incluindo crescente presença de produções distantes do eixo Rio-SP com pessoas negras, mulheres, cineastas de condição social fora do espectro da classe média e alta e, em número mais tímido, pessoas trans. As necessidades de trabalho levaram muitos artistas a transitar (eis o conceito) entre campos distintos, trafegando do cinema para as artes visuais, as artes cênicas, a música, a performance e outros mais. A internet se tornou um espaço fértil e essencial para a difusão e manutenção de diversos projetos, sejam independentes, sejam em acordos com grandes conglomerados de difusão.

A forte presença de coletivos, se não é novidade, se torna ainda mais presente nas cenas culturais que ultrapassam a fruição convencional dos filmes e lançam criações diretamente no YouTube ou projetados em ambiente clubber: “Os filmes, no caso de coletivos, fazem parte de uma cena mais ampla, que envolve teatro, performance, moda e mesmo o material da vida cotidiana transfigurado em estéticas e num modo de recepção distante do tradicional: projetados na rua, em festas, em espaços de dança, desafiando as definições básicas do que nos acostumamos a chamar de cinema enquanto fruição, mas também, muitas vezes enquanto divisão de trabalho dentro da hierarquia de set”, disse Francis.

Cena do filme Era Uma Vez Brasília, de Adirley Queirós.

É nesse espírito de movimentação intensa e de transição entre modos de fazer e fruir que a 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes presta tributo ao cineasta Adirley Queirós. Desde a histórica e apoteótica sessão de A Cidade é uma Só?, em 2012, quando inclusive recebeu o Troféu Barroco de melhor filme da Mostra Aurora, o cineasta de Ceilândia, no Distrito Federal, vem apresentando seus novos e instigantes trabalhos no evento.

“Adirley e a Ceicine (Coletivo de Cinema da Ceilândia) tomam parte historicamente em um panorama de obras e cineastas brasileiros contemporâneos que, nos últimos 16 anos, se fizeram entre a independência radical dos coletivos e o estímulo das políticas públicas para o audiovisual em nível federal (nos governos Lula e Dilma, com a descentralização da produção) e estadual e municipal, com o fomento a pequenas produções”, destaca Francis Vogner dos Reis.

Sobre o cinema de Adirley, Francis diz: “É possível traçar uma trajetória que reflete um processo político de um passado de violência traumática que determina o presente e influencia os rumos do futuro. Não é a violência positivista, o mito fundador da nação, mas uma violência determinada pelo negativo: ‘aqui não verá país nenhum’. Por outro lado, é desse território que ele reconhece personagens, músicas e narrativas fascinantes”.

O curador se refere a filmes como Rap, o Canto da Ceilândia (2005), Dias de Greve (2009), Fora de Campo (2010), o citado A Cidade é Uma Só? (2012) e os posteriores Branco Sai, Preto Fica (2014) e Era Uma Vez Brasília (2017), todos a serem exibidos na Mostra Homenagem e fundamentais nesse rosto de transição que o cinema brasileiro foi adquirindo nos últimos anos.

“Bem demarcado, o espaço de criação é a Ceilândia, território de vivência e construção do que Adirley chama de etnografia da ficção, um princípio prático e estético que situa não somente o corpo do cineasta, mas o corpo de uma equipe inteira, uma imersão de onde emerge a ficção. A afirmação desse lugar é também a formulação de uma contradição explicitada sem maniqueísmos desse espaço denominado Brasília, capital do país, sede do poder, futuro projetado de uma nação que se funda e permanece situada num regime de violência”, analisa Francis.

A homenagem a Adirley Queirós será realizada na noite de abertura da Mostra, no dia 21 de janeiro, sexta-feira. Na ocasião, o homenageado receberá o Troféu Barroco, oficial do evento. A programação de abertura contará, ainda, com a exibição de trabalhos inéditos do homenageado.

Fotos: Leo Lara/Universo Produção e Divulgação.

Conheça os vencedores do 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Júlio Bressane e o Júri Oficial na cerimônia de premiação.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 15/12, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, os vencedores da 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que aconteceu em formato híbrido. O longa Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane, foi o grande vencedor com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme. O curta-metragem Sideral, de Carlos Segundo, se destacou e foi premiado em quatro categorias.

O longa cearense A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry, foi consagrado na mostra Sob o Céu Nordestino com dez prêmios, entre eles, melhor filme e melhor atriz para Marcélia Cartaxo. Neste ano, o júri da mostra optou por não conceder prêmio de melhor ator. Além disso, o Fest Aruanda também decidiu conceder um prêmio especial para a animação Nós, os Lentos, da Mostra Conexão Lusófona.

O Júri Oficial da Mostra Competitiva Nacional de longas e curtas foi formado por Sandra Corveloni, Cristina Amaral e Cesar Meneguetti. Já o júri da mostra Sob o Céu Nordestino foi composto por Wolney Oliveira, Ingrid Trigueiro e Paulo Vieira. Roberto Cotta, Carine Fiúza e André Dib formaram o júri da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema. O júri da Mostra Internacional União Europeia contou com Lúcio Vilar, Raquel Ferreira e João Lobo. O júri da Produção Universitária e Independente foi formado por Sérgio Silveira, Igor de Nóbrega e Ana Célia Gomes.

Além da premiação, a noite também foi marcada por momentos emocionantes. Um dos homenageados desta edição, Othon Bastos, em seu discurso, ressaltou a importância do festival: “Quero agradecer imensamente o convite, o carinho do paraibano, o amor pelo cinema, pela arte. O povo merece a arte. A arte está com a gente”. Ele homenageou, ainda, recitando poemas do cordelista João Paraibano e Augusto dos Anjos. O cineasta Júlio Bressane foi convidado para entregar o troféu ao ator.

O encerramento contou também com a exibição especial do curta-metragem Aluísio, o silêncio e o mar, de Luiz Carlos Vasconcelos, e do documentário Ney, À Flor da Pele, de Felipe Nepomuceno, sobre Ney Matogrosso, que foi ovacionado pela plateia ao subir ao palco. O artista também teve sua biografia, escrita pelo jornalista Júlio Maria, lançada na mesma noite.

Por fim, o diretor executivo do festival, Lúcio Vilar, anunciou a data da próxima edição do Fest Aruanda: 8 a 14 de dezembro de 2022.

Confira a lista completa com os vencedores do Fest Aruanda 2021:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane (RJ)
Melhor Filme | Júri Popular: Salamandra, de Alex Carvalho (Brasil/França/Alemanha)
Melhor Direção: Júlio Bressane, por Capitu e o Capítulo
Melhor Roteiro: A Felicidade das Coisas, escrito por Thais Fujinaga
Melhor Atriz: Patricia Saravy, por A Felicidade das Coisas
Melhor Atriz Coadjuvante: Magali Biff, por A Felicidade das Coisas
Melhor Ator: Maicon Rodrigues, por Salamandra
Melhor Ator Coadjuvante: Enrique Diaz, por Capitu e o Capítulo
Melhor Fotografia: Madalena, por Guilherme Tostes e Tiago Rios
Melhor Montagem: Madalena, por Lia Kulakauskas
Melhor Direção de Arte: Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por Daniel Bruson
Melhor Figurino: Capitu e o Capítulo, por Maria Aparecida Gavaldão
Melhor Trilha Sonora: Madalena, por Junior Marcheti
Melhor Desenho de Som: Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por Confraria de Sons & Charutos
Menção Honrosa: argumento do filme Madalena, escrito por Madiano Marcheti, Thiago Gallego, Thiago Ortman e Tiago Coelho
Menção Honrosa: pela qualidade de atuação do elenco do filme Madalena: Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule, Chloe Milan, Mariane Cáceres, Nádja Mitidiero, Joana Castro, Edilton Ramos, Maria Leite, Antonio Salvador e Lucas Miralles

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Melhor Filme | Júri Popular: Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry (CE)
Melhor Direção: Antônio Galdino, por O Pato
Melhor Roteiro: Sideral, escrito por Carlos Segundo
Melhor Atriz: Norma Góes, por O Pato
Melhor Ator: Enio Cavalcanti, por Sideral
Melhor Fotografia: Animais na Pista, por Rodolpho de Barros
Melhor Montagem: Animais na Pista e O Pato, por Ely Marques
Melhor Direção de Arte: Animais na Pista, por Thiago Trapo
Melhor Figurino/Cenografia: O Pato, por Tamyres Dysa
Melhor Trilha Sonora: Animais na Pista, por Eli-Eri Moura
Melhor Desenho de Som: Sideral, por Miguel Sampaio
Menção Honrosa: Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (CE)
Melhor Filme | Júri Popular: Miami-Cuba, de Caroline Oliveira (PB)
Melhor Direção: Petrus Cariry, por A Praia do Fim do Mundo
Melhor Roteiro: Miami-Cuba, escrito por Caroline Oliveira
Melhor Atriz ou Personagem Feminino: Marcélia Cartaxo, por A Praia do Fim do Mundo
Melhor Atriz Coadjuvante: Fátima Muniz, por A Praia do Fim do Mundo
Melhor Ator Coadjuvante: Ruston Liberato, por Fendas
Melhor Fotografia: A Praia do Fim do Mundo, por Petrus Cariry
Melhor Edição: A Praia do Fim do Mundo, por Petrus Cariry e Firmino Holanda
Melhor Direção de Arte: A Praia do Fim do Mundo, por Sérgio Silveira
Melhor Figurino: A Praia do Fim do Mundo, por Lana Patrícia Benigno
Melhor Trilha Sonora: A Praia do Fim do Mundo, por João Victor Barroso
Melhor Desenho de Som: A Praia do Fim do Mundo, por Érico Paiva
Menção Honrosa: Transversais, de Émerson Maranhão (CE)

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | CURTAS-METRAGENS PARAIBANOS

Melhor Filme: O que os Machos Querem, de Ana Dinniz (João Pessoa)
Melhor Filme | Júri Popular: Noite no Sítio, de Lucas Machado (Bananeiras)
Melhor Direção: Tiago A. Neves, por Incúria
Melhor Roteiro: Incúria, escrito por Tiago A. Neves
Melhor Atriz: Ana Marinho, por O que os Machos Querem
Melhor Ator: Geyson Luiz, por Boyzin
Melhor Fotografia: Terra Vermelha, por Leonardo Gonçalves
Melhor Edição: Tecendo Histórias, por Diego Pontes
Melhor Direção de Arte: Incúria, por Erick Marinho
Melhor Figurino: Adarrum, por Nai Gomes
Melhor Trilha Sonora: Tecendo Histórias, por Amaro Mann
Melhor Desenho de Som: Noite no Sítio, por João Yor e Cácio Bezerra
Menção Honrosa: Flor no Quintal, de Mercicleide Ramos (João Pessoa)

PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE

Melhor longa-metragem da Mostra Nacional: Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane (RJ)
Melhor curta-metragem da Mostra Nacional: O Pato, de Antônio Galdino (PB)

PRODUÇÃO UNIVERSITÁRIA

Melhor Videoclipe: Entranhado, de Nathalia Bellar e Fabi Veloso
Melhor Curta | TCC: O Outro Lado do Espelho, de Yanca Oliveira
Menção Honrosa | Videoclipe: Calma, de Ismael Farias
Prêmio Especial: para a minissérie O Sumiço de Santo Antônio, de Cely Farias e Waleska Picado; realizada pela TV UFPB
Prêmio Especial do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro: Toada para José Siqueira, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques

MOSTRA INTERNACIONAL UNIÃO EUROPEIA

Melhor Filme: Wild Game, de Jerónimo Sarmiento (Portugal/Estônia/Reino Unido)
Melhor Direção: Jerónimo Sarmiento, por Wild Game
Melhor Roteiro: Tomorrow Island, escrito por Ana Falcon
Melhor Fotografia: Tomorrow Island, por Michael Tebinka

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Mano de Carvalho.

Cristina Amaral é homenageada no 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
A homenageada recebe o troféu no Fest Aruanda.

Com uma programação diversificada de curtas e longas, a 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro também destaca a carreira de importantes nomes do cinema nacional. Na noite de terça-feira, 14/12, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, a montadora Cristina Amaral foi homenageada por sua importante trajetória no audiovisual brasileiro.

Nascida em São Paulo, Cristina formou-se na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) na década de 1980. No mesmo período, assinou a montagem do curta-metragem Nós de valor, nós de fato (1985), de Denoy de Oliveira. Em 1991, foi premiada, ao lado de Idê Lacreta, pela montagem do longa-metragem Sua Excelência, o Candidato, de Ricardo Pinto e Silva, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; nesta mesma edição, também ganhou um prêmio pelo curta-metragem O Inventor, de Mirella Martinelli

Ainda em Brasília, em 1993 recebeu o prêmio de melhor montagem pelo longa Alma Corsária, de Carlos Reichenbach, que tornou-se um grande amigo e parceiro de trabalho. A partir de 1997, Cristina passou a coordenar ao lado de Andrea Tonacci, cineasta italiano radicado no Brasil, a Extrema Produção Artística. Na sua trajetória, a montadora paulista também recebeu prêmios em Gramado, pelos filmes Ma che, Bambina! e Wholes, de Cecílio Neto; no Festival de Vitória com o curta Amassa que Elas Gostam, de Fernando Coster; entre outros. Além disso, também foi homenageada em Brasília, Ouro Preto, Tiradentes e Anápolis.

Ao longo de sua carreira, assinou a montagem de mais de sessenta títulos, entre longas e curtas-metragens. Alguma das obras em que esteve à frente da montagem são: Dois Córregos (1998), Garotas do ABC (2003), Bens Confiscados (2004) e Falsa Loura (2007), de Carlos Reichenbach; Serras da Desordem (2004) e Já Visto, Jamais Visto (2013), de Andrea Tonacci; O Homem que Não Dormia (2012) e Abaixo a Gravidade (2016), de Edgard Navarro.

E mais: O Velho (1996), de Toni Venturi; O Cego que Gritava Luz (1996), de João Batista de Andrade; A Hora Mágica (1997), de Guilherme de Almeida Prado; Sonhos Tropicais (2001), de André Sturm; Person (2008), de Marina Person; Eu sei que você sabe (1995) e São Silvestre (2011), de Lina Chamie; A Ira (2000), de Joel Yamaji; O Encontro (2002), de Marcos Jorge; Um Filme de Verão (2018), de Jô Serfaty; Sem Asas (2019), de Renata Martins; entre outros. Recentemente, assinou a montagem do curta-metragem A Máquina Infernal, de Francis Vogner dos Reis, que foi exibido no Festival de Locarno.

No palco do Fest Aruanda, Cristina Amaral recebeu o troféu de homenageada das mãos da professora Marília Franco, da ECA-USP, e de José Maria Lopes, especialista em restauração cinematográfica. Ovacionada pelo público presente, ela discursou: “Eu não posso receber essa homenagem sozinha. É o cinema brasileiro que merece ser homenageado”. Cristina também dedicou o prêmio ao montador paraibano Ely Marques, que morreu em abril deste ano, e também foi homenageado no festival. 

Aperte o play e assista ao vídeo da homenagem na íntegra:

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Mano de Carvalho.

Festival de curta-metragem de Clermont-Ferrand 2022: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Priscilla Vilela no curta Sideral, de Carlos Segundo: selecionado.

Criado em 1979 e organizado pela Sauve qui peut le court métrage, o Festival de curta-metragem de Clermont-Ferrand, que acontecerá entre os dias 28 de janeiro e 5 de fevereiro de 2022 na França, é considerado o maior evento de curtas-metragens do mundo.

Neste ano, o cinema brasileiro aparece com diversas produções na programação, entre elas, Sideral, de Carlos Segundo, selecionado para a Competição Nacional, já que o filme é uma coprodução entre França e Brasil. Exibido no Festival de Cannes e realizado pela Casa da Praia Filmes, do Rio Grande do Norte, o curta acompanha a expectativa de uma família para o lançamento de um foguete espacial. O elenco traz Priscilla Vilela, Enio Cavalcante, Fernanda Cunha, Matheus Brito, George Holanda, Mateus Cardoso, Robson Medeiros, Henrique Fontes e Ednaldo Martins.

Já na Competição Internacional, que recebeu 6.200 inscrições e selecionou 77 títulos, de 55 países, o Brasil aparece com a ficção Como respirar fora d’água, de Victoria Negreiros e Júlia Fávero; e com o documentário São Paulo Open Wound, de Elizabeth Rocha Salgado, uma coprodução com a Holanda, que mostra a energia revolucionária da comunidade queer sob o governo Bolsonaro.

Na mostra Lab Competition, o brasileiro Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli, que traz Dennis Pinheiro e Silvero Pereira no elenco e recebeu o Leopardo de Ouro de melhor curta-metragem internacional no Festival de Locarno, é um dos destaques da seleção. Além disso, Happiness is a Journey, uma coprodução entre Estados Unidos e Estônia, também foi selecionado; o curta é dirigido pela cineasta brasileira Ivete Lucas e por Patrick Bresnan.

Para esta 44ª edição, o festival também realizará uma retrospectiva com alguns curtas-metragens realizados na Espanha nos últimos vinte anos. O pôster deste ano é assinado pelo ilustrador belga Brecht Evens.

Foto: Divulgação/Casa da Praia Filmes.

Conheça os vencedores do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

por: Cinevitor
Cena do curta Chão de Fábrica, de Nina Kopko: cinco prêmios.

Foram anunciados nesta terça-feira, 14/12, em uma cerimônia virtual apresentada por Murilo Rosa e Maria Paula Fidalgo, os vencedores da 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que aconteceu em formato on-line.

Foram distribuídos 46 troféus Candangos, dois troféus especiais de parceiros e prêmios técnicos às equipes dos 28 filmes selecionados nas mostras Competitiva e Brasília. Saudade do Futuro, de Anna Azevedo, foi o grande vencedor do prêmio de melhor longa pelo Júri Oficial; a obra explora a ligação entre Portugal, Brasil e Cabo Verde pelo mar e a cultura da saudade.

Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida, conquistou seis Candangos, entre eles, melhor filme pelo Júri Popular e Prêmio Abraccine. Filmada em Vitória da Conquista, a obra infantojuvenil transporta a fantasia de Alice, de Lewis Carroll, ao contexto do sertão nordestino, tendo a menina Alice dos Anjos como personagem de uma saga conduzida por personagens improváveis. 

Ela e Eu, longa de Gustavo Rosa de Moura, que traz Andrea Beltrão na personagem Bia em plena recuperação após acordar de coma de 20 anos, levou três Candangos. Entre os curtas-metragens vencedores da Mostra Competitiva Nacional, Chão de Fábrica, de Nina Kopko, sobre a convivência de operárias em São Bernardo do Campo no final da década de 1970, conquistou cinco Candangos.

Confira a lista completa com os vencedores do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM
Júri: Marcus Ligocki, Emília Silveira e Viviane Ferreira

Melhor Filme: Saudade do Futuro, de Anna Azevedo (RJ)
Melhor Filme | Júri Popular: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida (BA)
Melhor Direção: Daniel Leite Almeida, por Alice dos Anjos
Melhor Atriz: Andrea Beltrão, por Ela e Eu
Melhor AtorEduardo Moscovis, por Ela e Eu
Melhor Fotografia: Lavra, por Bruno Risas
Melhor Roteiro: Ela e Eu, escrito por Gustavo Rosa de Moura, Leonardo Levis e Andrea Beltrão
Melhor Direção de Arte: Alice dos Anjos, por Luciana Buarque
Melhor Montagem: Acaso, por Juana Salama
Melhor Som: De Onde Viemos, Para Onde Vamos, por Paulo Gonçalves
Melhor Caracterização | Maquiagem: Alice dos Anjos, por Claudia Riston
Melhor Caracterização | Figurino: Alice dos Anjos, por Lívia Liu
Melhor Filme com Temática Afirmativa: De Onde Viemos, Para Onde Vamos, de Rochane Torres (GO)
Menção Honrosa: o som do filme Lavra, por Lucas Bambozzi

MOSTRA COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM
Júri: Marcelo Janot, Karen Black e Anamaria Mühlenberg

Melhor Curta: Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Melhor Curta | Júri Popular: Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE)
Melhor DireçãoNina Kopko, por Chão de Fábrica
Melhor AtrizJoana Castro, por Chão de Fábrica
Melhor AtorSebastião Pereira de Lima, por Da Boca da Noite à Barra do Dia
Melhor Fotografia: Cantareira, por Dani Drumond
Melhor Roteiro: Adão, Eva e o Fruto Proibido, escrito por R.B Lima
Melhor Direção de Arte: Filhos da Periferia, por Rodrigo Lelis
Melhor Montagem: Chão de Fábrica, por Lis Paim
Melhor Som: Como Respirar Fora D’Água, por Bia Hong
Melhor Caracterização | Maquiagem: Sayonara, por Vinne Negrão
Melhor Caracterização | Figurino: Chão de Fábrica, por Gabriella Marra
Melhor Filme com Temática Afirmativa: Era Uma Vez… uma Princesa, de Lisiane Cohen (RS)
Menção Honrosa: às atrizes Karol Medeiros e Isabela Catão, de Terra Nova

MOSTRA BRASÍLIA | CURTAS E LONGAS
Júri: Fabiana de Assis, Adriana de Andrade e João Lanari Bo

Melhor Longa | Júri Oficial: Acaso, de Luis Jungmann Girafa
Melhor Curta | Júri Oficial: Benevolentes, de Thiago Nunes
Melhor Longa | Júri Popular: Advento de Maria, de Vinícius Machado
Melhor Curta | Júri Popular: A Casa do Caminho, de Renan Montenegro
Melhor DireçãoJimi Figueiredo e Sérgio Sartório, por Noctiluzes
Melhor AtrizMaria Eduarda Maia, por Advento de Maria
Melhor AtorChico Sant’Anna, André Deca e Vinícius Ferreira, por Noctiluzes
Melhor Fotografia: Cavalo Marinho, por Gustavo Serrate
Melhor Roteiro: Advento de Maria, escrito por Vinícius Machado
Melhor Direção de Arte: Filhos da Periferia, por Rodrigo Lelis
Melhor Montagem: O Mestre da Cena, por João Inácio
Melhor Som: Ele tem Saudade, por Hudson Vasconcelos
Melhor Caracterização | Maquiagem: Advento de Maria, por Alzira Bosaipo
Melhor Caracterização | Figurino: Advento de Maria, por Tiago Nery
Melhor Filme com Temática AfirmativaA Casa do Caminho, de Renan Montenegro
Menção Honrosa: Vírus, de Larissa Mauro e Joy Ballard

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Marco Antônio Guimarães | CPCB (entregue ao filme que melhor utiliza material de memória, pesquisa e arquivos do cinema brasileiro): Ocupagem, de Joel Pizzini
Prêmio Cosme Alves Netto | Anistia Internacional Brasil (entregue ao filme exibido que mais se aprofunda nas agendas dos direitos humanos): Terra Nova, de Diego Bauer 
Prêmio da Crítica | Abraccine | Longa: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
Prêmio da Crítica | Abraccine | Curta: Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima
Prêmio da Crítica | Abraccine | Menção Honrosa: De Onde Viemos, Para Onde Vamos, de Rochane Torres
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Como Respirar Fora D’Água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros
Troféu Saruê (concedido ao acontecimento do festival segundo equipe do caderno de cultura do Correio Braziliense): Gê Martú
Candango pelo Conjunto da Obra 2021Léa Garcia

Foto: Carol Aó.

Independent Spirit Awards 2022: conheça os indicados

por: Cinevitor
Swamy Rotolo em A Chiara: três indicações.

Foram anunciados nesta terça-feira, 14/12, os indicados ao Independent Spirit Awards 2022, prêmio que elege as melhores produções independentes do ano. O anúncio aconteceu durante uma transmissão no YouTube, que foi apresentada por Naomi Watts, Regina Hall e Beanie Feldstein.

Nesta 37ª edição, vale destacar a presença do montador brasileiro Affonso Gonçalves, indicado pelo filme A Chiara, de Jonas Carpignano. O paulistano, hoje radicado nos Estados Unidos, se destacou em filmes como Carol e The Velvet Underground, de Todd Haynes, e já foi premiado pela série True Detective. Seu currículo conta também com os longas A Filha Perdida, Pacificado, Os Mortos Não Morrem, Paterson, O Amor é Estranho, Amantes Eternos, Indomável Sonhadora, Inverno da Alma, entre muitos outros.

Conhecido como o Oscar do cinema independente, o Spirit Awards também celebra, desde sua edição passada, produções televisivas e de streaming. Os vencedores serão anunciados no dia 6 de março de 2022.

Conheça os indicados ao Independent Spirit Awards 2022 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
A Chiara, produzido por Jonas Carpignano, Paolo Carpignano, Jon Coplon e Ryan Zacarias
A Filha Perdida, produzido por Charles Dorfman, Maggie Gyllenhaal, Osnat Handelsman Keren e Talia Kleinhendler
C’mon C’mon, produzido por Chelsea Barnard, Andrea Longacre-White e Lila Yacoub
The Novice, produzido por Ryan Hawkins, Kari Hollend, Steven Sims e Zack Zucker
Zola, produzido por Kara Baker, Dave Franco, Elizabeth Haggard, David Hinojosa, Vince Jolivette, Christine Vachon e Gia Walsh

MELHOR FILME DE ESTREIA
7 Days, de Roshan Sethi
Holler, de Nicole Riegel
Queen of Glory, de Nana Mensah
Test Pattern, de Shatara Michelle Ford
Wild Indian, de Lyle Mitchell Corbine Jr.

MELHOR DIREÇÃO
Janicza Bravo, por Zola
Lauren Hadaway, por The Novice
Maggie Gyllenhaal, por A Filha Perdida
Mike Mills, por C’mon C’mon
Ninja Thyberg, por Pleasure

MELHOR ROTEIRO
A Filha Perdida, escrito por Maggie Gyllenhaal
C’mon C’mon, escrito por Mike Mills
Juntos mas Separados, escrito por Nikole Beckwith
Swan Song, escrito por Todd Stephens
Zola, escrito por Janicza Bravo e Jeremy O. Harris

MELHOR ROTEIRO DE ESTREIA
Cicada, escrito por Matt Fifer e Sheldon D. Brown
Mass, escrito por Fran Kranz
Pig, escrito por Michael Sarnoski e Vanessa Block
Test Pattern, escrito por Shatara Michelle Ford
Wild Indian, escrito por Lyle Mitchell Corbine Jr.

MELHOR ATOR
Clifton Collins Jr., por Jockey
Frankie Faison, por The Killing of Kenneth Chamberlain
Michael Greyeyes, por Wild Indian
Udo Kier, por Swan Song
Simon Rex, por Red Rocket

MELHOR ATRIZ
Brittany S. Hall, por Test Pattern
Isabelle Fuhrman, por The Novice
Kali Reis, por Catch the Fair One
Patti Harrison, por Juntos mas Separados
Taylour Paige, por Zola

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Chaske Spencer, por Wild Indian
Colman Domingo, por Zola
Meeko Gattuso, por Queen of Glory
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração
Will Patton, por Sweet Thing

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Forsyth, por The Novice
Jessie Buckley, por A Filha Perdida
Revika Reustle, por Pleasure
Ruth Negga, por Identidade
Suzanna Son, por Red Rocket

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Ascension, de Jessica Kingdon
Fuga, de Jonas Poher Rasmussen
In the Same Breath: Verdades e Mentiras da Pandemia, de Nanfu Wang
Procession, de Robert Greene
Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada), de Questlove

MELHOR FILME INTERNACIONAL
A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo (México)
Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Pedregulhos, de P.S. Vinothraj (Índia)
Pequena Mamãe, de Céline Sciamma (França)

MELHOR FOTOGRAFIA
A Chiara, por Tim Curtin
Blue Bayou, por Ante Cheng e Matthew Chuang
Identidade, por Edu Grau
The Humans, por Lol Crawley
Zola, por Ari Wegner

MELHOR EDIÇÃO
A Chiara, por Affonso Gonçalves
The Killing of Kenneth Chamberlain, por Enrico Natale
The Novice, por Lauren Hadaway e Nathan Nugent
The Nowhere Inn, por Ali Greer
Zola, por Joi McMillon

PRÊMIO JOHN CASSAVETES
Cryptozoo, de Dash Shaw
Jockey, de Clint Bentley
Shiva Baby, de Emma Seligman
Sweet Thing, de Alexandre Rockwell
This Is Not a War Story, de Talia Lugacy

PRODUCERS AWARD
Brad Becker-Parton
Lizzie Shapiro
Pin-Chun Liu

SOMEONE TO WATCH AWARD
Alex Camilleri, por Luzzu
Gillian Wallace Horvat, por I Blame Society
Michael Sarnoski, por Pig

TRUER THAN FICTION AWARD
Angelo Madsen Minax, por Rumo ao Norte (North by Current)
Debbie Lum, por Try Harder!
Jessica Beshir, por Faya Dayi

PRÊMIO ROBERT ALTMAN | MELHOR ELENCO
Mass, de Fran Kranz; direção de elenco: Henry Russell Bergstein e Allison Estrin
Elenco: Kagen Albright, Reed Birney, Michelle N. Carter, Ann Dowd, Jason Isaacs, Martha Plimpton e Breeda Wool

Foto: Divulgação.

27º Critics Choice Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg: onze indicações.

A Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, que conta com mais de 400 membros, anunciou nesta segunda-feira, 13/12, os indicados ao 27º Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema.

Nesta edição, Belfast, de Kenneth Branagh, e Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, lideram a lista com onze indicações cada. Duna, dirigido por Denis Villeneuve, e Ataque dos Cães, de Jane Campion, aparecem na sequência com dez indicações cada.

Em comunicado oficial, Joey Berlin, CEO da Critics Choice Association, disse: “Estamos muito orgulhosos de homenagear esta incrível lista de filmes e pessoas talentosas que os fizeram durante este período extremamente desafiador”.

[ATUALIZADO: 22/12] A cerimônia de premiação, que estava marcada para o dia 9 de janeiro de 2022 com apresentação de Taye Diggs e Nicole Byer, foi adiada por conta do aumento de casos de Covid-19 nos Estados Unidos; a nova data ainda não foi definida.

Conheça os indicados ao 27º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Amor, Sublime Amor
Ataque dos Cães
Belfast
Duna
King Richard: Criando Campeãs
Licorice Pizza
Não Olhe para Cima
No Ritmo do Coração
O Beco do Pesadelo
tick, tick… Boom!

MELHOR ATOR
Andrew Garfield, por tick, tick…Boom!
Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães
Denzel Washington, por The Tragedy of Macbeth
Nicolas Cage, por Pig
Peter Dinklage, por Cyrano
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ
Alana Haim, por Licorice Pizza
Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye
Kristen Stewart, por Spencer
Lady Gaga, por Casa Gucci
Nicole Kidman, por Apresentando os Ricardos
Olivia Colman, por A Filha Perdida

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ciarán Hinds, por Belfast
J.K. Simmons, por Apresentando os Ricardos
Jamie Dornan, por Belfast
Jared Leto, por Casa Gucci
Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ann Dowd, por Mass
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor
Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs
Caitríona Balfe, por Belfast
Kirsten Dunst, por Ataque dos Cães
Rita Moreno, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Cooper Hoffman, por Licorice Pizza
Emilia Jones, por No Ritmo do Coração
Jude Hill, por Belfast
Rachel Zegler, por Amor, Sublime Amor
Saniyya Sidney, por King Richard: Criando Campeãs
Woody Norman, por C’mon C’mon

MELHOR ELENCO
Amor, Sublime Amor
Ataque dos Cães
Belfast
Licorice Pizza
Não Olhe para Cima
Vingança & Castigo

MELHOR DIREÇÃO
Denis Villeneuve, por Duna
Guillermo del Toro, por O Beco do Pesadelo
Jane Campion, por Ataque dos Cães
Kenneth Branagh, por Belfast
Paul Thomas Anderson, por Licorice Pizza
Steven Spielberg, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Apresentando os Ricardos, escrito por Aaron Sorkin
Belfast, escrito por Kenneth Branagh
King Richard: Criando Campeãs, escrito por Zach Baylin
Licorice Pizza, escrito por Paul Thomas Anderson
Não Olhe para Cima, escrito por Adam McKay e David Sirota

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
A Filha Perdida, escrito por Maggie Gyllenhaal
Amor, Sublime Amor, escrito por Tony Kushner
Ataque dos Cães, escrito por Jane Campion
Duna, escrito por Denis Villeneuve, Eric Roth e Jon Spaihts
No Ritmo do Coração, escrito por Sian Heder

MELHOR FOTOGRAFIA
Amor, Sublime Amor, por Janusz Kaminski
Ataque dos Cães, por Ari Wegner
Belfast, por Haris Zambarloukos
Duna, por Greig Fraser
O Beco do Pesadelo, por Dan Laustsen
The Tragedy of Macbeth, por Bruno Delbonnel

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
A Crônica Francesa, por Adam Stockhausen e Rena DeAngelo
Amor, Sublime Amor, por Adam Stockhausen e Rena DeAngelo
Belfast, por Jim Clay e Claire Nia Richards
Duna, por Patrice Vermette e Zsuzsanna Sipos
O Beco do Pesadelo, por Tamara Deverell e Shane Vieau

MELHOR EDIÇÃO
Amor, Sublime Amor, por Sarah Broshar e Michael Kahn
Ataque dos Cães, por Peter Sciberras
Belfast, por Úna Ní Dhonghaíle
Duna, por Joe Walker
Licorice Pizza, por Andy Jurgensen

MELHOR FIGURINO
Amor, Sublime Amor, por Paul Tazewell
Casa Gucci, por Janty Yates
Cruella, por Jenny Beavan
Duna, por Jacqueline West e Robert Morgan
O Beco do Pesadelo, por Luis Sequeira

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Casa Gucci
Cruella
Duna
O Beco do Pesadelo
Os Olhos de Tammy Faye

MELHORES EFEITOS VISUAIS
007 – Sem Tempo para Morrer
Duna
Matrix Resurrections
O Beco do Pesadelo
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

MELHOR FILME DE COMÉDIA
A Crônica Francesa
Duas Tias Loucas de Férias
Free Guy: Assumindo o Controle
Licorice Pizza
Não Olhe para Cima

MELHOR ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, de Michael Rianda e Jeff Rowe
Encanto, de Byron Howard e Jared Bush
Fuga, de Jonas Poher Rasmussen
Luca, de Enrico Casarosa
Raya e o Último Dragão, de Carlos López Estrada e Don Hall

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino (Itália)
Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca)
The Worst Person in the World, de Joachim Trier (Noruega)
Um Herói, de Asghar Farhadi (Irã)

MELHOR CANÇÃO
Be Alive, por Beyoncé Knowles-Carter e Dixson (King Richard: Criando Campeãs)
Dos Oruguitas, por Sebastián Yatra (Encanto)
Guns Go Bang, por Kid Cudi e Jay-Z (Vingança & Castigo)
Just Look Up, por Ariana Grande e Kid Cudi (Não Olhe para Cima)
No Time to Die, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo para Morrer)

MELHOR TRILHA SONORA
Ataque dos Cães, por Jonny Greenwood
Duna, por Hans Zimmer
Não Olhe para Cima, por Nicholas Britell
O Beco do Pesadelo, por Nathan Johnson
Spencer, por Jonny Greenwood

Foto: Divulgação/Twentieth Century Fox Film Corporation.

Globo de Ouro 2022: conheça os indicados

por: Cinevitor
Benedict Cumberbatch em Ataque dos Cães, de Jane Campion.

Foram revelados na manhã desta segunda-feira, 13/12, os indicados ao 79º Globo de Ouro, um dos prêmios mais conhecidos do cinema e da TV. O anúncio foi realizado virtualmente pelo rapper americano Snoop Dogg e pela presidente da HFPA, Hollywood Foreign Press Association, Helen Hoehne.

Neste ano, os longas Ataque dos Cães, de Jane Campion, e Belfast, de Kenneth Branagh, lideram a lista com sete indicações cada. Filmes de Denis Villeneuve, Steven Spielberg, Paul Thomas Anderson, Maggie Gyllenhaal, entre outros, também estão na disputa. Além disso, mais de 80 longas, de diversos países, foram considerados elegíveis para a categoria de melhor filme estrangeiro; o Brasil estava representado com Deserto Particular, de Aly Muritiba.

No começo deste ano, a premiação enfrentou polêmicas envolvendo acusações de corrupção entre os votantes. E mais: a emissora americana NBC anunciou que não transmitiria mais a próxima cerimônia do Globo de Ouro por conta da falta de representatividade entre os membros da HFPA; o boicote também foi adotado por outros grandes nomes da indústria. Depois disso, os membros aprovaram um novo Código de Conduta Profissional e Ética estabelecendo os valores, expectativas e padrões da Hollywood Foreign Press Association.

Nos últimos oito meses, a HFPA reformulou completamente seu estatuto, implementando mudanças radicais sobre diversidade, equidade, inclusão e muito mais. Recentemente, 21 novos membros, todos eleitores pela primeira vez no Globo de Ouro, foram anunciados. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 9 de janeiro de 2022.

Conheça os indicados ao Globo de Ouro 2022 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | DRAMA
Ataque dos Cães, de Jane Campion
Belfast, de Kenneth Branagh
Duna, de Denis Villeneuve
King Richard: Criando Campeãs, de Reinaldo Marcus Green
No Ritmo do Coração, de Sian Heder

MELHOR FILME | COMÉDIA/MUSICAL
Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg
Cyrano, de Joe Wright
Licorice Pizza, de Paul Thomas Anderson
Não Olhe para Cima, de Adam McKay
tick, tick… Boom!, de Lin-Manuel Miranda

MELHOR ATOR | DRAMA
Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães
Denzel Washington, por The Tragedy of Macbeth
Javier Bardem, por Being the Ricardos
Mahershala Ali, por Swan Song
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye
Kristen Stewart, por Spencer
Lady Gaga, por Casa Gucci
Nicole Kidman, por Being the Ricardos
Olivia Colman, por A Filha Perdida

MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL
Andrew Garfield, por tick, tick… Boom!
Anthony Ramos, por Em um Bairro de Nova York
Cooper Hoffman, por Licorice Pizza
Leonardo DiCaprio, por Não Olhe para Cima
Peter Dinklage, por Cyrano

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL
Alana Haim, por Licorice Pizza
Emma Stone, por Cruella
Jennifer Lawrence, por Não Olhe para Cima
Marion Cotillard, por Annette
Rachel Zegler, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ben Affleck, por The Tender Bar
Ciarán Hinds, por Belfast
Jamie Dornan, por Belfast
Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor
Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs
Caitriona Balfe, por Belfast
Kirsten Dunst, por Ataque dos Cães
Ruth Negga, por Identidade

MELHOR DIREÇÃO
Denis Villeneuve, por Duna
Jane Campion, por Ataque dos Cães
Kenneth Branagh, por Belfast
Maggie Gyllenhaal, por A Filha Perdida
Steven Spielberg, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ROTEIRO
Ataque dos Cães, escrito por Jane Campion
Being the Ricardos, escrito por Aaron Sorkin
Belfast, escrito por Kenneth Branagh
Licorice Pizza, escrito por Paul Thomas Anderson
Não Olhe para Cima, escrito por Adam McKay

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino (Itália)
Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Um Herói, de Asghar Farhadi (Irã)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto, de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
Luca, de Enrico Casarosa
My Sunny Maad, de Michaela Pavlátová
Raya e o Último Dragão, de Don Hall, Carlos López Estrada e Paul Briggs

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
A Crônica Francesa, por Alexandre Desplat
Ataque dos Cães, por Jonny Greenwood
Duna, por Hans Zimmer
Encanto, por Germaine Franco
Madres Paralelas, por Alberto Iglesias

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Be Alive, por Beyoncé Knowles-Carter e Dixson (King Richard: Criando Campeãs)
Dos Oruguitas, por Sebastián Yatra (Encanto)
Down to Joy, por Van Morrison (Belfast)
Here I Am (Singing My Way Home), por Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson e Carole King (Respect: A História de Aretha Franklin)
No Time to Die, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo para Morrer)

Foto: Divulgação/Netflix.

A Felicidade das Coisas: Thais Fujinaga fala sobre o filme exibido no 16º Fest Aruanda

por: Cinevitor
A diretora durante a apresentação do filme.

Escrito e dirigido por Thais Fujinaga, A Felicidade das Coisas, seu primeiro longa-metragem como diretora, começou sua carreira no Festival Internacional de Cinema de Roterdã deste ano. Depois disso, foi premiado na Mostra de São Paulo, Mostra de Cinema de Gostoso e Panorama Internacional Coisa de Cinema.

Nesta sexta-feira, 10/12, o filme abriu a mostra competitiva nacional de longas-metragens da 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa. No palco do evento, Thais disse: “É um prazer imenso estar aqui hoje. É a quarta sessão presencial do filme. É uma honra mesmo participar deste festival que tem uma parceria com uma universidade pública. Acho que todo evento cultural, nos tempos de hoje, é um ato de resistência. Essa parceria é sobre continuar pensando em um futuro melhor”.

Na trama, Paula, de 40 anos, está esperando o terceiro filho enquanto passa o tempo entre uma praia feia e uma recém-adquirida e modesta casa de veraneio, no litoral paulista, onde pretende construir uma piscina para os filhos. Quando seus planos se desfazem por conta de problemas financeiros, ela se torna cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades. Deixada sozinha pelo marido e lidando com as constantes demandas do filho adolescente, que está conhecendo um novo mundo, Paula precisa confrontar suas próprias expectativas e frustrações, o que nos revela uma associação profunda entre amor e perda.

Produzido pela Filmes de Plástico, com distribuição da Embaúba Filmes, o elenco conta com Patricia Saravy, Magali Biff, Messias Barros Góis e Lavínia Castelari. A fotografia é assinada por André Luiz de Luiz e a montagem por Alexandre Taira. Rubén Valdés, Vitor Moraes e Gustavo Nascimento assinam o desenho de som; a música é de Dudinha Lima e o design de produção de Dicezar Leandro.

Para falar mais sobre A Felicidade das Coisas, conversamos com a diretora no dia seguinte à exibição. No bate-papo, ela falou sobre a trajetória do filme em festivais, exibição presencial, preparação e entrosamento do elenco, bastidores, montagem e expectativa para o lançamento.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Mano de Carvalho.

42º Festival de Havana: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
Cassia Gil em Pacificado: prêmio de melhor atriz.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 10/12, os vencedores da 42ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, realizado pelo ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos).

O festival, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.

Neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi realizado em duas etapas: no ano passado com filmes exibidos fora de competição; e em dezembro deste ano com as produções selecionadas para as mostras competitivas em sessões presenciais em Havana, Cuba.

Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, ou Premios Coral no original, são divididos em categorias: ficção, documentário e animação. O cinema brasileiro, que marcou presença com diversos títulos, ganhou destaque na premiação. Pacificado, dirigido por Paxton Winters e produzido por Darren Aronofsky, Paula Linhares, Lisa Muskat e Marcos Tellechea, foi consagrado em três categorias, entre elas, melhor longa-metragem de ficção. A história se passa no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos, em 2016, enquanto as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupam os morros para manter o controle durante o evento.

Tati, interpretada por Cassia Gil, é uma garota introvertida de 13 anos, que mantém uma relação problemática com a mãe dependente de drogas, papel de Débora Nascimento, e sonha em conhecer seu pai, Jaca, ex-chefe do tráfico local, vivido por Bukassa Kabengele, que está prestes a sair da prisão. Ao voltar para casa, Jaca sonha em começar uma nova vida, longe do tráfico. Quer encontrar um novo lugar para ele e sua família num morro agora comandado por Nelson, papel de José Loreto, um jovem traficante. Mas, encontrar a paz num mundo dominado pela violência não será tarefa fácil, pois a realidade se mostra mais dura do que ele imaginava.

O júri deste ano foi formado por: Gonzalo Maza, Carla Guimarães, Arturo Arango, Franco Lolli e Enrique Gabriel na mostra de ficção; Sofía Carrillo, Ivette Ávila e Tomás Pichardo na mostra de animação; Iana Cossoy Paro, Carlos Alberto Abbate e Joel del Río Fuentes para os filmes de estreia; Alvaro Buela, Belkis Vega e Lina C. Echeverri nos documentários; e Javier Corcuera, Inti Cordera e Magda González na mostra de curtas.

Conheça os vencedores da 42ª edição do Festival de Havana:

FICÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Pacificado, de Paxton Winters (Brasil/EUA)
Prêmio Especial do Júri: Nova Ordem, de Michel Franco (México/França)
Melhor Atriz: Cassia Gil, por Pacificado
Melhor Ator: Fabrício Boliveira, por Breve Miragem de Sol
Melhor Direção: Paxton Winters, por Pacificado
Melhor Roteiro: Nova Ordem, escrito por Michel Franco
Melhor Fotografia: Selva Trágica, por Sofía Oggioni
Melhor Edição: Nova Ordem, por Oscar Figueroa Jara e Michel Franco
Melhor Som: Breve Miragem de Sol, por Edson Secco
Melhor Trilha Sonora Original: Selva Trágica, por Alejandro Otaola
Melhor Direção de Arte: Nova Ordem, por Claudio Ramírez Castelli

DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Antena da Raça, de Paloma Rocha e Luís Abramo (Brasil)
Prêmio Especial do Júri: Once Upon a Time in Venezuela (Érase una vez en Venezuela, Congo Mirador), de Anabel Rodríguez (Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil)

CURTAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL

Melhor Curta-metragem | Ficção: El triste, de Manuel del Valle (México/EUA)
Prêmio Especial do Júri | Ficção: Las polacas, de Carlos Barba (EUA/Cuba)
Melhor Curta-metragem | Documentário: Los puros, de Carla Valdés León (Cuba)
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Carbón, de Davide Tisato (Suíça/França/Cuba)

PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL

Melhor Primeiro Filme: Sin señas particulares, de Fernanda Valadez (México/Espanha)
Prêmio Especial do Júri: Los conductos, de Camilo Restrepo (Colômbia/França/Brasil)
Prêmio Contribuição Artística: Cidade Pássaro, de Matias Mariani (Brasil/França)

ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor longa: Homeless, de Jorge Campusano, José Ignacio Navarro e Santiago O´Ryan (Chile/Argentina)
Melhor curta: El Intronauta, de José Arboleda (Colômbia)
Prêmio Especial do Júri: Cucaracha, de Agustín Touriño (Argentina)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Coral de pós-produção: La Caravana, de Núria Clavero e Aitor Palacios (Espanha/México)
Prêmio SIGNIS: La Verónica, de Leonardo Medel (Chile)
Prêmio FIPRESCI: La Verónica, de Leonardo Medel (Chile)
Júri da Universidad de Habana: Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria (Brasil/França)
Prêmio Caminos | Júri Centro Memorial Dr. Martin Luther King Jr.: Ana. Sem Título, de Lucia Murat (Brasil)

Foto: Divulgação.

A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, abre o 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Rita Wainer e Laís Bodanzky na abertura do festival.

A 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro começou nesta quinta-feira, 09/12, em João Pessoa, no Cinépolis do Manaíra Shopping. Em formato híbrido, o evento conta com sessões presenciais e exibições virtuais na plataforma Aruanda Play.

Além da presença de autoridades, a cerimônia de abertura foi marcada por diversas homenagens. O primeiro nome destacado foi o do maestro, regente e compositor paraibano José Siqueira (in memorian). Na sequência, o ator e escritor W. J. Solha, uma referência do cinema paraibano, também foi honrado.

Em comemoração aos 20 anos do premiado curta-metragem A Canga, dirigido por Marcus Vilar e protagonizado por W.J. Solha, a produção ganhou uma sessão especial na abertura com a presença do diretor e alguns integrantes da equipe, entre eles, a atriz Zezita Matos: “Eu estou com a sensação de estar exibindo o curta pela primeira vez. Ainda tenho uma força muito grande quando eu revejo esse filme. Aproveito para lançar aqui, em primeira mão, a ideia de fazer um longa-metragem de A Canga com o romance todo”, disse Vilar.

Depois do curta, foi a vez do longa de abertura: A Viagem de Pedro, da cineasta Laís Bodanzky, que apresentou o filme ao lado da atriz e artista plástica Rita Wainer: “É a primeira vez que estou no festival e é uma honra. Dezesseis anos depois que ele começou, fiquei fazendo a conta de como que eu não estive aqui antes. Que bom que agora deu certo e tenho um filme para justificar minha presença”, disse a diretora.

Ainda no palco, Laís comentou: “Estamos vivendo a retomada do presencial e a tomada de consciência que a cultura nos pertence; quem faz somos nós. O que é público, é nosso. Então, vamos cuidar, pois a cultura está sobrevivendo e o audiovisual também. É uma indústria que não pode parar. Eu fiquei muito feliz de ouvir que a produção da Paraíba está viajando o mundo. Eu acredito nisso. Nosso país é grande, até um pouco por conta desse personagem que vamos ver daqui a pouco, esse tal de Dom Pedro I e sua mania de grandeza. Se tem uma vantagem nisso é porque somos muitos com muitas histórias e nomes. Essa diversidade é a nossa grande beleza e nossa grande força. O audiovisual precisa colocar essa diversidade na tela”.

Protagonizado por Cauã Reymond, A Viagem de Pedro é o primeiro longa histórico da diretora dos premiados Bicho de Sete Cabeças e Como Nossos Pais. A produção, exibida na Mostra de São Paulo, aborda a vida privada de Dom Pedro I, responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época. O filme compreende o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

Em cena: Cauã Reymond vive Dom Pedro I.

O elenco conta também com Luise Heyer, Francis Magee, Welket Bungué, Victória Guerra, Luísa Cruz, João Lagarto, Isac Graça, Isabél Zuaa, Celso Frateschi, Gustavo Machado, Luisa Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino. O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez foram os responsáveis pelo trabalho de reconstrução de época.

No dia seguinte à exibição, realizadores participaram de um debate que foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do festival. Sobre A Viagem de Pedro, Laís Bodanzky comentou: “Eu tinha a intenção de fazer uma viagem no tempo, como se a gente caísse naquele barco de repente, naquela noite. O que será que enxergaríamos? O filme não tinha a pretensão de contar todos os fatos históricos, mas simplesmente mergulhar em um recorte específico. Para isso, eu tinha que falar dos escravizados porque eram pessoas que viviam onde o próprio D. Pedro gostaria de estar. Mas de que forma ele gostava? Até onde?”.

A artista plástica Rita Wainer, que fez sua estreia como atriz no filme, falou sobre o convite: “Eu estava na dúvida se aceitava e logo me apaixonei pela Laís e pelo jeito que ela convence as pessoas. Depois disso, eu quis muito fazer. Quando eu aceitei eu já era a Domitila e queria fazer a Domitila que estava na cabeça dela”.

A historiadora Mary Del Priore também participou do debate e falou sobre o longa de abertura: “O que eu acho interessante no filme da Laís é que ela mostra essa diversidade de negros; livres e escravos. Ela mostra uma questão muito importante que é o letramento dessas pessoas. Eu achei o filme maravilhoso”.

A cineasta finalizou: “Estamos construindo e revisando nossa história. Escrevendo as próximas linhas dos livros ao vivo. De quatro anos para cá, o Brasil mudou em vários aspectos. E mudou em algo muito interessante, que é a tomada de consciência das pessoas pretas. O audiovisual talvez antecipe essa postura, esse questionamento, essa forma indignada. E não começou agora. Eu não sou uma pessoa preta, então, como falar e, ao mesmo tempo, sem impor o que é o meu imaginário? Para ter a consciência de como contar essa história, esse pé atrás foi importante. Como avançar? Com leituras, tanto contemporâneas ou históricas, buscando também registros da época”.

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Mano de Carvalho (festival) e Fabio Braga (filme).