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28º SAG Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Lady Gaga em Casa Gucci, de Ridley Scott: três indicações.

O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira, 12/01, os indicados ao 28º Screen Actors Guild Awards, também conhecido como SAG Awards. O anúncio foi realizado em uma live no Instagram pelas atrizes Rosario Dawson e Vanessa Hudgens.

A presidente do SAG-AFTRA (Screen Actors Guild‐American Federation of Television and Radio Artists), Fran Drescher, também participou do vídeo, assim como Jason George e Elizabeth McLaughlin, membros do Comitê.

O prêmio, que elege os melhores atores da TV e do cinema, é considerado uma prévia para o Oscar, já que seus vencedores quase sempre acabam levando a estatueta dourada para casa. O SAG Awards 2022 acontecerá no dia 27 de fevereiro.

Confira a lista com os indicados ao 28º SAG Awards nas categorias de cinema:

MELHOR ELENCO
Belfast
Casa Gucci
King Richard: Criando Campeãs
Não Olhe para Cima
No Ritmo do Coração

MELHOR ATOR
Andrew Garfield, por tick, tick… Boom!
Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães
Denzel Washington, por The Tragedy of Macbeth
Javier Bardem, por Apresentando os Ricardos
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ
Jennifer Hudson, por Respect: A História de Aretha Franklin
Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye
Lady Gaga, por Casa Gucci
Nicole Kidman, por Apresentando os Ricardos
Olivia Colman, por A Filha Perdida

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ben Affleck, por Bar Doce Lar
Bradley Cooper, por Licorice Pizza
Jared Leto, por Casa Gucci
Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor
Caitriona Balfe, por Belfast
Cate Blanchett, por O Beco do Pesadelo
Kirsten Dunst, por Ataque dos Cães
Ruth Negga, por Identidade

MELHOR EQUIPE DE DUBLÊS
007 – Sem Tempo para Morrer
Duna
Matrix Resurrections
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
Viúva Negra

Foto: Divulgação/Metro-Goldwyn-Mayer Pictures Inc.

MUAHS Awards 2022: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Maquiadores e Cabeleireiros

por: Cinevitor
Emma Stone em Cruella: duas indicações.

O Sindicato de Maquiadores e Cabeleireiros, Make-­Up Artists and Hair Stylists Guild, presidido atualmente por Julie Socash, foi fundado em novembro de 1937 e hoje conta com mais de 2.400 membros da indústria do entretenimento de todo o mundo.

Como de costume, anualmente realiza o Make-­Up Artists and Hair Stylists Guild Awards, prêmio que elege as melhores maquiagens e estilos de penteados do cinema, da TV, mídias digitais e do teatro. Os vencedores da 9ª edição serão anunciados no dia 19 de fevereiro no The Beverly Hilton Hotel.

Neste ano, a maquiadora Michèle Burke, vencedora do Oscar por A Guerra do Fogo e Drácula de Bram Stoker, e a cabeleireira Joy Zapata, quatro vezes premiada no Emmy por Jornada nas Estrelas: A Nova Geração, Hairspray Live! e Westworld, e que também trabalhou em Nasce Uma Estrela e Maligno, receberão o Lifetime Achievement Award em homenagem aos seus trabalhos extraordinários e aclamados de contribuições excepcionais para as artes e ciências cinematográficas, além de excelentes serviços prestados ao sindicato e à indústria do entretenimento.

Conheça os indicados ao MUAHS Awards 2022 nas categorias de cinema:

MELHOR MAQUIAGEM | FILME CONTEMPORÂNEO
007 – Sem Tempo para Morrer, por Daniel Phillips
Não Olhe para Cima, por Liz Bernstrom, Julie LeShane, Claudia Moriel e Joseph Dulude ll
O Esquadrão Suicida, por Heba Thorisdottir, Greg Funk, Sabrina Wilson e Jillian Erickson
Um Príncipe em Nova York 2, por Merc Arceneaux, Vera Steimberg, Trent Simmons e Caroline Monge
Viúva Negra, por Paul Gooch, Paula Price e Deborah LaMia Denaver

MELHOR PENTEADO | FILME CONTEMPORÂNEO
007 – Sem Tempo para Morrer, por Daniel Phillips
Em um Bairro de Nova York, por Betsy Reyes, Valerie Velez, Annemarie Bradley-Sherron e Diedre Harris
Matrix Resurrections, por Flora Moody, Shunika Terry e Kerrie Smith
O Esquadrão Suicida, por Janine Rath-Thompson, Michelle Diamantides, Melizah Wheat e Kristen Saia
Um Príncipe em Nova York 2, por Stacey Morris, Carla Farmer, Louisa Anthony e Victor Paz

MELHOR MAQUIAGEM EM FILME DE ÉPOCA E/OU CARACTERIZAÇÃO
Apresentando os Ricardos, por Ana Lozano, David Craig Forrest, Kyra Panchenko e Denise Paulson
Casa Gucci, por Jana Carboni, Sarah Tanno, Daniel Lawson Johnston e Stefania Pellegrini
Cruella, por Nadia Stacey, Naomi Donne e Guy Common
Duna, por Donald Mowat, Jo-Ann MacNeil, Rocky Faulkner e Jennifer Stanfield
Os Olhos de Tammy Faye, por Linda Dowds, Ashleigh Chavis-Wolfe e Renee Goodwin

MELHOR PENTEADO EM FILME DE ÉPOCA E/OU CARACTERIZAÇÃO
Amor, Sublime Amor, por Kay Georgiou e Jerry DeCarlo
Apresentando os Ricardos, por Teressa Hill, Yvonne De Patis-Kupka Lindy Dunn e Kim Santantonio
Casa Gucci, por Giuliano Mariano, Frederic Aspiras, Alexis Continente e Anna Carin Lock
Cruella, por Nadia Stacey, Naomi Donne e Julia Vernon
Os Olhos de Tammy Faye, por Stephanie Ingram, Betty Lou Skinner, Heather Hawkins e Bryson Conley

MELHOR MAQUIAGEM DE EFEITOS ESPECIAIS
Casa Gucci, por Göran Lundström e Federica Castelli
Duna, por Donald Mowat, Love Larson, Eva von Bahr e Rocky Faulkner
O Esquadrão Suicida, por Shane Mahan, Brian Sipe, Matt Sprunger e Greg Funk
Os Olhos de Tammy Faye, por Justin Raleigh, Kelly Golden, Chris Hampton e Thom Floutz
Um Príncipe em Nova York 2, por Mike Marino, Michael Fontaine, Yoichi Art Sakamoto e Diana Choi

Foto: Divulgação/Disney.

A Jaula, com Chay Suede e Alexandre Nero, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Chay Suede em cena: dia 17 de fevereiro nos cinemas!

Dirigido por João Wainer, o thriller psicológico A Jaula, com Chay Suede e Alexandre Nero, chega aos cinemas no dia 17 de fevereiro com distribuição da Star Distributions. O longa conta também com Mariana Lima no elenco.

Na trama, Djalma (Chay Suede) vê um veículo de luxo estacionado numa rua tranquila e resolve roubar o rádio. Ele entra com facilidade, mas ao tentar sair descobre que está preso, incomunicável e sem água ou comida. Com o passar das horas, o ladrão descobre que caiu numa armadilha arquitetada por um famoso médico (Alexandre Nero), com quem luta pela sua liberdade e sobrevivência. Vingança, justiça e banalização da violência estão entre os temas que o filme levanta, em meio a um embate de tirar o fôlego.

A Jaula é o primeiro longa de ficção dirigido pelo fotógrafo e jornalista João Wainer, diretor dos documentários Pixo e Junho – O Mês que Abalou o Brasil. Baseado no filme argentino 4×4, o longa tem roteiro original assinado por Mariano Cohn e Gastón Duprat, a partir de adaptação de João Candido Zacharias. A produção é da Tx Filmes, em coprodução com a Star Original Productions.

Confira o trailer de A Jaula:

Foto: Reprodução/YouTube.

Festival de Roterdã 2022: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian.

O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), que acontece na Holanda, é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficos dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, há também espaço para nomes consagrados, retrospectivas e programas temáticos.

Nesta ano, por conta da pandemia de Covid-19 e a preocupante disseminação da variante Ômicron na Europa, a 51ª edição, que acontecerá entre os dias 26 de janeiro e 6 de fevereiro, será realizada em formato on-line, assim como os eventos da indústria CineMart e Rotterdam Lab.

O comunicado oficial diz: “O IFFR reconhece o impacto desta decisão crítica, que é amplamente sentida e afeta nossa comunidade cinematográfica, público e parceiros. Assumimos o compromisso de apresentar um programa on-line em condições que garantam a segurança do público, funcionários e convidados na celebração do cinema”. Os programas educacionais do festival também serão adaptados ou adiados até o final do ano para oferecer aos alunos e estudantes acesso ao cinema com a curadoria do festival.

A cerimônia de abertura contará com a exibição do curta-metragem Stranger Than Rotterdam with Sara Driver, de Lewie Kloster e Noah Kloster, e com o longa Please Baby Please, de Amanda Kramer, cineasta americana que também será destaque na mostra Focus.

O cinema brasileiro ganha destaque entre os selecionados na mostra competitiva de curtas-metragens com Cantos de um Livro Sagrado (Chants from a Holy Book), de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian, sobre a Revolução de Veludo, que aconteceu na antiga Checoslováquia; e urban solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Vinícius Lopes e Minze Tummescheit, coprodução com a Alemanha, no qual um artista europeu escreve sobre sua experiência em retratar a vida no Brasil durante o período colonial. 

Enquanto isso, no novo programa Harbour, que apresenta a profundidade do cinema contemporâneo, duas produções brasileiras se destacam: Medusa, de Anita Rocha da Silveira; e A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo, uma coprodução entre México, Alemanha, Brasil, Argentina, Suíça e Estados Unidos.

O time de jurados da 51ª edição será formado por: Farid Tabarki, Gust Van den Berghe, a produtora brasileira Tatiana Leite, Thekla Reuten e Zsuzsi Bankuti na Tiger Competition; Louk Haffmans, Alex Spaanderman, Eva Langerak, Karen Kroese e Mylaine Roelofs na mostra Big Screen; e Nduka Mntambo, Rieke Vos e Tim Leyendekker na competitiva de curtas.

Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2022:

TIGER COMPETITION

A Criança, de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois (Portugal)
EAMI, de Paz Encina (Paraguai/Alemanha/Argentina/Holanda/França/EUA)
Excess Will Save Us, de Morgane Dziurla-Petit (Suécia)
Kafka for Kids, de Roee Rosen (Israel)
Le rêve et la radio, de Renaud Després-Larose e Ana Tapia Rousiouk (Canadá)
Malintzin 17, de Mara Polgovsky e Eugenio Polgovsky (México)
Met mes, de Sam de Jong (Holanda)
Proyecto Fantasma, de Roberto Doveris (Chile)
Silver Bird and Rainbow Fish, de Lei Lei (EUA/Holanda)
The Cloud Messenger, de Rahat Mahajan (Índia)
The Plains, de David Easteal (Austrália)
To Love Again, de Gao Linyang (China)
Yamabuki, de Yamasaki Juichiro (Japão/França)

BIG SCREEN COMPETITION

Assault, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão/Rússia)
Broadway, de Christos Massalas (Grécia/França/Romênia)
CE2, de Jacques Doillon (França)
Daryn’s Gym, de Brett Michael Innes (África do Sul)
Drifting Petals, de Clara Law (Austrália)
Kung Fu Zohra, de Mabrouk El Mechri (França)
Mi vacío y yo, de Adrián Silvestre (Espanha)
Splendid Isolation, de Urszula Antoniak (Holanda)
The Island, de Anca Damian (Romênia)

BRIGHT FUTURE

A Human Position, de Anders Emblem (Noruega)
As in Heaven, de Tea Lindeburg (Dinamarca)
Blue Island, de Chan Tze-woon (Hong Kong)
Brotherhood, de Francesco Montagner (República Checa)
Eles transportan a morte, de Helena Girón e Samuel M. Delgado (Espanha)
Freda, de Gessica Généus (França)
Hawk’s Muffin, de Krishnendu Kalesh (Índia)
Journey to the West, de Kong Dashan (China)
Kim Min-young of the Report Card, de Lee Jae-eun e Lim Jisun (Coreia do Sul)
Lucie perd son cheval, de Claude Schmitz (Bélgica)
Stand By Me, de Tamara Dondurey (Rússia)
The African Desperate, de Martine Syms (EUA)
The Cathedral, de Ricky D’Ambrose (EUA)
The Last Ride of the Wolves, de Alberto De Michele (Holanda)
Zalava, de Arsalan Amiri (Irã)

AMMODO TIGER SHORT COMPETITION

Answering the Sun, de Rainer Kohlberger (Áustria/Alemanha)
Becoming Male in the Middle Ages, de Pedro Neves Marques (Portugal)
Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian (Brasil)
Constant, de Sasha Litvintseva e Beny Wagner (Alemanha/Reino Unido)
Dawn, de Leonor Noivo (Portugal)
El nombre de las cosas, de Diego Escobar (Chile)
Glass Life, de Sara Cwynar (EUA)
Isn’t It a Beautiful World, de Joseph Wilson (Reino Unido)
Nazarbazi, de Maryam Tafakory (Irã/Reino Unido)
Nosferasta: First Bite, de Bayley Sweitzer e Adam Khalil (EUA)
Polycephaly in D, de Michael Robinson (EUA)
Punctured Sky, de Jon Rafman (EUA)
Songs for living, de Korakrit Arunanondchai e Alex Gvojic (EUA/Tailândia)
The Making of Crime Scenes, de Hsu Che-yu (França/Taiwan)
Tomorrow Is a Water Palace, de Juanita Onzaga (Bélgica)
urban solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Vinícius Lopes e Minze Tummescheit (Alemanha/Brasil)

HARBOUR

A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo (México/Alemanha/Brasil/Argentina/Suíça/EUA)
Anatomy of Time, de Jakrawal Nilthamrong (Tailândia)
Battlecry, de Yanakaya (Japão)
Clara Sola, de Nathalie Álvarez (Suécia/Costa Rica/Bélgica)
Hit the Road, de Panah Panahi (Irã)
Hold Me Tight, de Mathieu Amalric (França)
Life of Crime 1984-2020, de Jon Alpert (EUA)
Medea, de Alexander Zeldovich (Rússia)
Medusa, de Anita Rocha da Silveira (Brasil)
Mon Légionnaire, de Rachel Lang (Bélgica)
Neptune Frost, de Saul Williams e Anisia Uzeyman (Ruanda)
Quién lo impide, de Jonás Trueba (Espanha)
The Execution, de Lado Kvataniya (Rússia)
The King of Laughter, de Mario Martone (Itália)
The Mole Song: Final, de Miike Takashi (Japão)
Tralala, de Jean-Marie Larrieu e Arnaud Larrieu (França)

Foto: Divulgação.

III Curta na Serra: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Quézia Oliveira Dias no curta cearense A Beleza de Rose, de Natal Portela.

A terceira edição da mostra Curta na Serra, que acontece em Serra Negra, distrito de Bezerros, e tem como objetivo difundir a cultura do cinema no Agreste pernambucano, acontecerá entre os dias 18 e 30 de janeiro em formato híbrido

Além da exibição de 35 curtas-metragens nacionais, o evento contará com atividades formativas, culturais e ecológicas. Toda a programação on-line poderá ser acompanhada gratuitamente através do site (clique aqui). Já as atividades presenciais acontecerão de forma descentralizada.

De acordo com o cineasta Marlom Meirelles, que assina a produção executiva da mostra, uma das novidades desta edição é o recorte nacional na seleção das obras: “Nas primeiras edições, tivemos filmes voltados para Pernambuco e posteriormente para o Nordeste, tendo como intuito apresentar estes recortes da cinematografia local para um público não familiarizado com o formato de curta-metragem. Nesta terceira edição, trazemos um escopo nacional que apresenta ao público toda a pluralidade de olhares e sotaques do Brasil”.

Para a mostra, o curador Vitor Búrigo separou os curtas-metragens, que estarão disponíveis entre os dias 24 e 30 de janeiro, em três panoramas temáticos, cada um com dez obras. São eles: É Preciso Estar Atento e Forte, com importantes e urgentes pautas sociais; Fantástico Imaginário, com uma seleção com narrativas fantasiosas, mas ainda assim próximas da realidade; e O Tempo ao Redor, com histórias que atravessam estações. Cada um dos conjuntos abriga obras dos mais diversos gêneros cinematográficos, sendo possível conferir documentários, ficções, animações e filmes experimentais.

Segundo o curador: “A intenção é oferecer uma variedade de histórias e narrativas que aproximam os indivíduos da cultura do cinema e de suas identidades, sem deixar de envolver nessa relação temas sociais e políticos. A ideia é promover cultura e também debates e reflexões”, explica Vitor, que fará a mediação dos debates com os realizadores, que estarão disponíveis no canal do YouTube da mostra.

O Curta na Serra também realiza duas mostras temáticas especiais. A primeira, Mostra Homenagem Katia Mesel faz um tributo à vida e obra da cineasta pernambucana, considerada a primeira mulher a dirigir um longa-metragem em Pernambuco e a participar de um festival de cinema brasileiro. Katia é uma das homenageadas do evento ao lado de Das Neves, artista plástica natural de Bezerros. A segunda mostra especial, Mostra VerOuvindo, abriga filmes com recursos de acessibilidade comunicacional em audiodescrição: AD (legendas para surdos e ensurdecidos) e LSE (tradução para a Língua Brasileira de Sinais – Libra).

Já entre as atividades de formação, entre 18 e 21 de janeiro, o Curta na Serra promove, de forma presencial, a oficina Serra Animada, uma formação em cinema de animação com a técnica de stop motion, comandada por Paulo Leonardo. As aulas acontecerão em parceria com o Centro de Artesanato de Pernambuco, unidade Bezerros, e tem como ideia contribuir para a difusão da linguagem do stop motion. Como resultado prático, um curta-metragem animado será realizado durante as aulas.

Ainda no quesito formação, a mostra promove a masterclass Produção Audiovisual por uma Perspectiva do Interior de Pernambuco, ministrada por Caio Dornelas, idealizador da Mostra Canavial de Cinema e do Curso Engenho de Imagens. O intuito da atividade é investigar os percursos já traçados que desembocaram em realizações de projetos de filmes, festivais, cursos, laboratórios e projetos audiovisuais, mas também debater estratégias para o surgimento de ecossistemas férteis à consolidação de uma cena cinematográfica em regiões do interior do Brasil.

Ciente da importância do cinema chegar ao interior dos estados, no dia 22 de janeiro, a partir das 19h, o Curta na Serra promove, de forma presencial, uma exibição pública de curtas-metragens na Vila de Serra Negra, especialmente para os moradores da zona rural de Bezerros: “Realizar uma sessão especial ao ar livre é a forma que encontramos para difundir a cultura audiovisual para o público da região, que ainda se encontra, em sua maioria, fora das salas de cinema. Uma realidade vista aqui e em diversas outras cidades do interior”, afirma Marlom.

Também integram a programação a roda de diálogos Interiorização e audiovisual pós-pandemia, que irá reunir realizadores de mostras e festivais de cinema para falar sobre como esses eventos sobreviveram durante a pandemia e quais são as expectativas para o futuro; uma visita ao MUCAMuseu de Cinema de Animação Lula Gonzaga, em Gravatá; e ainda uma atividade de caráter ambiental: um mutirão de limpeza voluntária no Parque Ecológico da Serra Negra.

Conheça os filmes selecionados para o 3º Curta na Serra:

PANORAMA 1 | É PRECISO ESTAR ATENTO E FORTE

Baile, de Cíntia Domit Bittar (SC)
Canudos em Minha Pele, de Rosa Amorim (PE)
Faixa de Gaza, de Lúcio César Fernandes (PB)
Gilson, de Vitoria Di Bonesso (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
Pega-se Facção, de Thaís Braga (PE)
Quando a Chuva Vem, de Jefferson Batista (PE)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi (RJ)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)

PANORAMA 2 | FANTÁSTICO IMAGINÁRIO

4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antonio Pereira (MG)
Bloco do Isolamento, de Daniel Barros (PE)
Mãtãnãg, a Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
NEO Sertão Capítulo II: Profecia, de Camilla Lapa e Pally Siqueira (PE)
Nimbus, de Marcos Buccini (PE)
O Balido Interno, de Eder Déo (PE)
O Grande Amor de um Lobo, de Adrianderson Barbosa e Kennel Rógis (RN)
O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares (PE)
O Prazer de Matar Insetos, de Leonardo Martinelli (RJ)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)

PANORAMA 3 | O TEMPO AO REDOR

5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP)
Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry (CE)
Lambada Estranha, de Luisa Marques e Darks Miranda (RJ)
Noite de Seresta, de Muniz Filho e Sávio Fernandes (CE)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
Playlist, de Pedro Melo (PE)
Tia Iracy Futebol Clube, de Layla Sah (CE)
Urubá, de Rodrigo Sena (RN)

MOSTRA HOMENAGEM KATIA MESEL

Recife de Dentro pra Fora, de Katia Mesel (1997)
Sulanca, de Katia Mesel (1986)

MOSTRA VerOuvindo

Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Ethxô Nandudya, de Direção Coletiva (PE)
O Rio: Um Itinerário Poético, de Adelina Pontual (PE)

*O Curta na Serra é uma realização da produtora Eixo Audiovisual, com apoio da Prefeitura de Bezerros, incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.

Foto: Divulgação.

Globo de Ouro 2022: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Kodi Smit-McPhee em Ataque dos Cães: melhor ator coadjuvante.

Sem tapete vermelho e sem transmissão pela TV, os vencedores da 79ª edição do Globo de Ouro foram anunciados neste domingo, 09/01, pelas redes sociais da HFPA, Hollywood Foreign Press Association.

A ausência de uma cerimônia televisionada, com a participação de diversas celebridades, de um dos prêmios mais conhecidos do cinema e da TV foi causada pelas polêmicas que a premiação enfrentou no começo do ano passado envolvendo acusações de corrupção entre os votantes. Além disso, a emissora americana NBC anunciou que não transmitiria mais a próxima cerimônia do Globo de Ouro por conta da falta de representatividade entre os membros da HFPA; o boicote também foi adotado por outros grandes nomes da indústria. Depois, os membros aprovaram um novo Código de Conduta Profissional e Ética estabelecendo os valores, expectativas e padrões da Hollywood Foreign Press Association.

Nos últimos meses, a HFPA reformulou completamente seu estatuto, implementando mudanças radicais sobre diversidade, equidade, inclusão e muito mais. Recentemente, 21 novos membros, todos eleitores pela primeira vez no Globo de Ouro, foram anunciados.

Neste ano, o drama Ataque dos Cães, dirigido por Jane Campion, que liderava a lista de indicações, se consagrou em três categorias: melhor filme dramático, direção e ator coadjuvante para Kodi Smit-McPhee. O musical Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, se destacou com três estatuetas.

Entre as séries, Succession e Hacks foram premiadas, assim como Kate Winslet, por Mare of Easttown, e Jason Sudeikis, por Ted Lasso. Porém, o grande destaque da noite foi MJ Rodriguez, de Pose, eleita a melhor atriz em série dramática, tornando-se a primeira mulher trans a vencer o Globo de Ouro.

Com relevância questionada, o prêmio chegou a convidar algumas celebridades para a cerimônia, mas quase todas recusaram; vídeos com depoimentos de Jamie Lee Curtis e Arnold Schwarzenegger foram divulgados nas redes sociais durante o anúncio dos vencedores.

Conheça os vencedores do Globo de Ouro 2022 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | DRAMA
Ataque dos Cães, de Jane Campion

MELHOR FILME | COMÉDIA/MUSICAL
Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg

MELHOR ATOR | DRAMA
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Nicole Kidman, por Apresentando os Ricardos

MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL
Andrew Garfield, por tick, tick… Boom!

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL
Rachel Zegler, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor

MELHOR DIREÇÃO
Jane Campion, por Ataque dos Cães

MELHOR ROTEIRO
Belfast, escrito por Kenneth Branagh

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto, de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Duna, por Hans Zimmer

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
No Time to Die, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo para Morrer)

Foto: Divulgação/Netflix.

National Society of Film Critics anuncia os melhores de 2021

por: Cinevitor
Hidetoshi Nishijima e Tôko Miura em Drive My Car, de Ryûsuke Hamaguchi.

Fundada em 1966, a National Society of Film Critics é formada por importantes críticos americanos e o seu prêmio anual, que elege os melhores da sétima arte, é considerado um dos mais prestigiados da indústria cinematográfica.

Os membros da NSFC, que tem Justin Chang como presidente, trabalham nos principais jornais e veículos de Los Angeles, Boston, Nova York, Filadélfia e Chicago, incluindo: Wall Street Journal, Los Angeles Times, New Yorker, Christian Science Monitor e NPR. Vale lembrar que qualquer filme que estreou nos Estados Unidos nos cinemas ou em uma plataforma de streaming durante o ano estava qualificado para a premiação. 

O japonês Drive My Car, de Ryûsuke Hamaguchi, premiado em Cannes, foi eleito o melhor filme de 2021 pelos críticos. O segundo lugar ficou com o francês Pequena Mamãe, de Céline Sciamma; Ataque dos Cães, de Jane Campion, uma coprodução entre Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, ficou em terceiro. De acordo com as regras da NSFC, a categoria de melhor filme estrangeiro ficou de fora da premiação deste ano porque o prêmio máximo já foi entregue para uma obra internacional.

Além disso, os prêmios foram dedicados à memória de dois membros da National Society of Film Critics: Morris Dickstein e Michael Wilmington. Liz Weis, diretora executiva da NSFC, que deixa o cargo depois de 47 anos, também foi honrada por suas décadas de liderança extraordinária e serviço incansável à organização.

Confira a lista com os melhores de 2021 segundo a National Society of Film Critics Award:

MELHOR FILME
Drive My Car (Doraibu mai kâ), de Ryûsuke Hamaguchi (48 pontos)
2º: Pequena Mamãe (Petite maman), de Céline Sciamma (25 pontos)
3º: Ataque dos Cães, de Jane Campion (23 pontos)

MELHOR DIREÇÃO
Ryûsuke Hamaguchi, por Drive My Car e Roda do Destino (46 pontos)
2º: Jane Campion, por Ataque dos Cães (36 pontos)
3º: Céline Sciamma, por Pequena Mamãe (28 pontos)

MELHOR ATRIZ
Penélope Cruz, por Madres Paralelas (55 pontos)
2º: Renate Reinsve, por The Worst Person in the World (42 pontos)
3º: Alana Haim, por Licorice Pizza (32 pontos)

MELHOR ATOR
Hidetoshi Nishijima, por Drive My Car (63 pontos)
2º: Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães (44 pontos)
3º: Simon Rex, por Red Rocket (30 pontos)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ruth Negga, por Identidade (46 pontos)
2º: Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor (22 pontos)
3º: Jessie Buckley, por A Filha Perdida (21 pontos)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Anders Danielsen Lie, por The Worst Person in the World (54 pontos)
2º: Vincent Lindon, por Titane (33 pontos)
3º: Mike Faist, por Amor, Sublime Amor e Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães (26 pontos)

MELHOR ROTEIRO
Drive My Car, escrito por Ryusuke Hamaguchi e Takamasa Oe (46 pontos)
2º: Madres Paralelas, escrito por Pedro Almodóvar (22 pontos)
3º: Licorice Pizza, escrito por Paul Thomas Anderson (20 pontos)

MELHOR FOTOGRAFIA
The Green Knight, por Andrew Droz Palermo (52 pontos)
2º: Ataque dos Cães, por Ari Wegner (40 pontos)
3º: Memoria, por Sayombhu Mukdeeprom (35 pontos)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen (41 pontos)
2º: Procession, de Robert Greene (28 pontos) e The Velvet Underground, de Todd Haynes (28 pontos)

MENÇÃO ESPECIAL (para um filme que aguarda distribuição nos Estados Unidos)
Retour à Reims (Fragments), de Jean-Gabriel Périot (França)

FILM HERITAGE AWARD
Maya Cade: pela fundação do Black Film Archive, que amplia o conhecimento e o acesso aos filmes negros realizados entre 1915 e 1979
Peter Bogdanovich e Bertrand Tavernier: que nunca perderam a paixão pelos filmes e pela história do cinema

Foto: Divulgação.

Oscar 2022: Deserto Particular está fora da disputa; Seiva Bruta, curta-metragem brasileiro, é pré-selecionado

por: Cinevitor
A atriz Samantha Castillo no curta brasileiro Seiva Bruta.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou, nesta terça-feira, 21/12, uma lista com os pré-selecionados para o Oscar 2022 em dez categorias, entre elas, melhor filme internacional, antes conhecida como melhor filme estrangeiro.

O Brasil estava representado com Deserto Particular, de Aly Muritiba, premiado na mostra Giornate degli Autori, do Festival de Veneza. Mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Para esta 94ª edição, 93 países foram classificados, entre eles, Somália, candidato pela primeira vez.

Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

O mexicano A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo, premiado em San Sebastián e que recebeu Menção Especial na mostra Un Certain Regard, em Cannes, segue na disputa. O longa é uma coprodução entre Alemanha, Brasil (com a produtora Desvia), Qatar, Argentina, Suíça e Estados Unidos.

Porém, o cinema brasileiro segue na disputa por uma estatueta dourada na categoria de melhor curta-metragem de ficção com Seiva Bruta (Under the Heavens), de Gustavo Milan. Na trama, Marta, uma jovem venezuelana, está imigrando para o Brasil quando encontra um jovem casal com uma filha. Sua habilidade de amamentar faz com que seus destinos se interliguem para sempre. 

O elenco conta com Samantha Castillo, Luiz Carlos Vasconcelos, Abilio Torres e Brenda Moreno. Com fotografia de Lasse Ulvedal Tolbøll e música de Ariel Marx, o curta foi premiado no HollyShorts Film Festival e ficou entre os dez mais votados pelo público do Curta Kinoforum deste ano.

Os finalistas serão revelados no dia 8 de fevereiro de 2022 e a cerimônia acontecerá no dia 27 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood.

Confira a lista com os quinze semifinalistas ao Oscar 2022 de melhor filme internacional:

ALEMANHA: I’m Your Man (Ich bin dein Mensch), de Maria Schrader
ÁUSTRIA: Great Freedom, de Sebastian Meise
BÉLGICA: Playground (Un monde), de Laura Wandel
BUTÃO: Lunana: A Yak in the Classroom, de Pawo Choyning Dorji
DINAMARCA: Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
ESPANHA: El buen patrón, de Fernando León de Aranoa

FINLÂNDIA: Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen
ISLÂNDIA: Lamb, de Valdimar Jóhannsson
IRÃ: Um Herói (Ghahreman), de Asghar Farhadi
ITÁLIA: A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino
JAPÃO: Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi
KOSOVO: Colmeia (Zgjoi), de Blerta Basholli
MÉXICO: A Noite do Fogo (Noche de Fuego), de Tatiana Huezo
NORUEGA: The Worst Person in the World (Verdens verste menneske), de Joachim Trier
PANAMÁ: Plaza Catedral, de Abner Benaim

*Clique aqui e confira as listas completas com os pré-selecionados.

Foto: Marcel Favery.

25ª Mostra de Cinema de Tiradentes: conheça os curtas-metragens selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano Cabocolino, de Joao Marcelo: selecionado.

A 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 21 e 29 de janeiro de 2022, exibirá 100 curtas-metragens de 18 estados brasileiros em diferentes sessões que abarcam a pluralidade da produção audiovisual nacional em um de seus formatos mais arrojados.

Seguindo todos os protocolos sanitários, a Mostra retorna com ações no formato presencial, além do ambiente on-line, que permitirá o encontro direto dos espectadores com esses filmes, sempre tão aguardados por apontarem o que de mais novo tem sido feito na produção do país.

A curadoria de curta-metragem para 2022 teve o trabalho desenvolvido pelo trio Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva. Apesar da pandemia e dos impactos no cenário cultural, foram recebidas 919 inscrições, das quais definiram-se os 100 filmes, distribuídos em diversas mostras.

Os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com a maior quantidade de trabalhos na seleção, respectivamente 30, 19 e 13. Há também filmes do Acre (2), Amazonas (2), Bahia (6), Ceará (8), Distrito Federal (4), Espírito Santo (1), Mato Grosso (1), Pará (2), Paraíba (1), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio Grande do Norte (4), Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2) e Sergipe (1).

Um levantamento, feito pelo assistente de curadoria Rubens Fabricio Anzolin, revela informações importantes sobre o cenário de curta-metragem que se apresentou à Mostra de Tiradentes. Um total de 179 dos mais de 900 curtas inscritos (ou seja, quase 20%) foram financiados com recursos da Lei Aldir Blanc (LAB), incentivo emergencial que permitiu a centenas de trabalhadores da cultura sobreviverem ou manterem-se em atividade durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.

Para a curadora Camila Vieira, a LAB capilarizou a produção, permitindo quantidade significativa de filmes inscritos vindos não só de capitais, mas de cidades do interior dos estados: “Esse fenômeno nos fez pensar que tipo de cinema é feito fora dos centros e também percebermos, em muitos que chegaram, uma grande inexperiência com cinema, que pode ter a ver com a falta de oportunidades”, comenta.

Felipe André Silva, também curador, reforça que a LAB colocou muita gente para criar em pouco tempo e com poucos recursos, o que gerou filmes irregulares, mas também algumas potências que chamaram atenção: “Artistas de outras áreas para além do cinema se arriscaram a fazer filmes com esse fomento, o que talvez não acontecesse em outras circunstância que não fosse uma urgência como aconteceu. Se algo chama atenção nos curtas-metragens dessa edição, eu digo que é o triunfo da criatividade. Porque os cineastas precisaram se virar com o que tinham. E se, em 2020, os filmes eram feitos já com pouco dinheiro, agora eles foram feitos com quase nada”, avalia Felipe.

Para Tatiana Carvalho Costa, também curadora, há muitos curtas pré-pandemia ou feitos depois que não endereçam diretamente as questões da vivência pandêmica e trazem registros e fabulações de possibilidade de vida: “Não são necessariamente narrativas otimistas, mas de uma vida possível, imperfeita, com lampejos de alegria e beleza, com sofrimento, sobretudo uma vida em conjunto, com uma força coletiva (nas histórias e nos métodos de produção) para enfrentar um futuro incerto. Dos selecionados, me parece que poucos se fecham em questões e dramas individuais. Há alguns filmes que apresentam muito diretamente um desejo de futuro, entendendo as incertezas e a persistência de traumas que a pandemia escancarou, relacionados às desigualdades sociais ou de gênero/classe/raça”, disse Tatiana.

No total de inscrições, predominaram as ficções (42,2%), seguidas pelos documentários (28,1%), experimentais (24,4%) e animações (5,2%). Dentre os selecionados, as proporções acabaram se mantendo: respectivamente 45,8%, 29,2%, 21,9% e 3,1%.

A mistura de linguagens também chamou atenção da curadoria e dialoga com a temática da Mostra de Tiradentes em 2022, Cinema em Transição: “O audiovisual foi apropriado por criadores das artes cênicas, da performance, da música, das artes visuais, que foram investigar eles mesmos o próprio cinema”, disse Camila Vieira. O assunto vai render um debate temático, Poéticas de um cinema em transição, com a presença de alguns diretores da Mostra Temática.

Dados sobre identidade de gênero, segundo autodeclaração dos realizadores em formulário apresentado na inscrição, mostram que 47,8% dos inscritos se disseram homem cis; 27,3%, mulher cis; não-binário foram 2,8%; homem trans e mulher trans foram 0,3% cada, e travesti, 0,5%. Um total de 20,4% não declararam identidade de gênero. Felipe André Silva destaca que, entre os curtas selecionados, há quantidade significativa de filmes com direção de pessoas queer, especialmente com narrativas lésbicas: “Esses curtas de cineastas queer são alguns dos mais interessantes esse ano e nos fazem pensar se isso se deveu a políticas afirmativas que permitiram o surgimento dessas narrativas, muito necessárias, ou se foi uma circunstância desse momento. É algo ainda a ser refletido”.

Nos números de raça, também por autodeclaração, foram inscritos filmes de cineastas brancos (49,4%), negros (27%), indígenas (2,2%), amarelos (0,8%), outras (0,9%) e não-declarados (19,4%). Entre os selecionados, a proporção de etnias foi: 47,5% branca, 30,3% negra; 3% indígena; 2% amarela; 16,2% não-declarada; 1% outra. “Este é o ano com maior quantidade de curtas selecionados realizados por pessoas indígenas (3) e pessoas negras (30) na direção. Isso me parece uma tendência que vem se mostrando desde 2018, quando a Mostra começou a coletar esses dados”, pontua a curadora Tatiana Carvalho Costa.

Conheça os curtas-metragens selecionados para a 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

MOSTRA FOCO

A Morte de Lázaro, de Bertô (SP)
Bege Euforia, de Anália Alencar (RN)
Bicho Azul, de Rafael Spínola (RJ)
Eu Te Amo é no Sol, de Yasmin Guimarães (MG)
Iceberg, de Will Domingos (RJ)
Ingra!, de Nicolas Thomé Zetune (SP)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS)
Na estrada sem fim há lampejos de esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (CE)
O Nascimento de Helena, de Rodrigo Almeida (RN)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Prosopopeia, de Andreia Pires (CE)
Rumo ao Desvio, de Linga Acácio (CE)
Uma paciência selvagem me trouxe até aqui, de Érica Sarmet (SP)

MOSTRA PRAÇA

[O Vazio Que Atravessa], de Fernando Moreira (MG)
A Represa é o Meu Quintal, de Bruna Carvalho Almeida (SP)
A Vida em meus Punhos, de Marília Hughes Guerreiro (BA)
Acesso, de Julia Leite (SP)
Ansdionte, de Gabriel Werneck (MG)
Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA)
Deus me Livre, de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena Hervés (PR)
Ibeji Ibeji, de Victor Rodrigues (RJ)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (SE)
Magnético, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC)
Margaridinha, uma Criança Antiga, de Caroline Chamusca e Karla Beck (RJ/SP)
Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antonio (PA)
Time de Dois, de André Santos (RN)

MOSTRA PANORAMA

Abominável, de Cris Lyra e Larissa Ballarotti (SP)
Alágbedé, de Safira Moreira (BA)
Angu Recheado de Senzala, de Stanley Albano (MG)
Bicho Solto, de Dayse Barreto (SP/CE)
Cabocolino, de Joao Marcelo (PE)
Colmeia, de Maurício Chades (DF)
Coração Sozinho, de Leon Reis (CE)
Curió, de Priscila Smiths e P.H.Diaz (CE)
Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner (SP/AM)
Dois Bois, de Perseu Azul (MT)
Dois garotos que se afastaram demais do sol, de Cibele Appes de Sousa Coelho e Lucelia Sergio (SP)
JIB, de Lira Kim (SP)
Labirinto, de Henrique Zanoni (SP)
Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ)
Os Demônios Menores, de Iuri Minfroy (RS)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Quarentena, de Adriel Nizer e Nando Sturmer (PR)
Romance, de Karine Teles (RJ/MG)
Sad Faggots + Angry Dykes Club, de Viq Viç Vic (PE)
Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (PB)
Tereza Joséfa de Jesus, de Samuel Costa (SP)
Tito, uma Videópera Pop do Cerrado Mineiro em Chamas, de Fernando Barcellos (MG)
Transviar, de Maíra Tristão (ES)
Uma Escola no Marajó, de Camila Kzan (PA)
Usina-Desejo contra a Indústria do Medo, de Clarissa Ribeiro, Lorran Dias e Amanda Seraphico (RJ)
Viver distrai, de Ayla de Oliveira (PE)

MOSTRA TEMÁTICA

521 anos | Siia Ara, de Adanilo (AM)
Camboa, de Bruno Moreno (PI)
Centelha, de Renato Vallone (AC)
Indução ao Processo de Autodesconhecimento 00001, de Aoruaura (PE)
Mutirão: O Filme, de Lincoln Péricles (SP)
Qual é a grandeza?, de Marcus Curvelo (BA)
Rua Ataléia, de André Novais Oliveira (MG)
Voz na escuridão, de José Hélio Neto (SP)
Yãy Tu Nũnãhã Payexop: Encontro de Pajés, de Sueli Maxakali (MG)

MOSTRA FOCO MINAS

Ácaros, de Samuel Marotta (MG)
Azulscuro, de Evandro Caixeta e João Gilberto (MG)
Corre de marmita, de Luiz Pretti e Philippe Urvoy (MG)
Dinheiro, de Arthur B. Senra e Sávio Leite (MG)
Forrando a vastidão, de Higor Gomes (MG)
O dia em que Helena matou o presidente, de Fernanda Estevam (MG)
O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro (MG)
Olho além do ouvido, de Bruna Schelb Corrêa e Luis Bocchino (MG)
Serrão, de Marcelo Lin (MG)
Trabalho é campo de guerra, de Pedro Carcereri (MG)
Vovó, de Franco Dafon (MG)

MOSTRA HOMENAGEM

Dias de Greve, de Adirley Queirós (DF)
Meu nome é Maninho, de Adirley Queirós (DF)
Rap, o canto da Ceilândia, de Adirley Queirós (DF)

MOSTRINHA

A Primeira Perda da Minha Vida, de Inês Peixoto (MG)
Nonna, de Maria Augusta V. Nunes (SC)
O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão (RJ)
Raone, de Camila Santana (SP)
Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)

MOSTRA JOVEM

A Realidade Não Tira Férias, de Coletivo Cidade Baixa (BA)
Ano 2020, de Coletivo Olhares (Im)Possíveis (MG)
Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius (RS)
Ladeira não é rampa, de Antônio Ribeiro e Sandro Garcia (RJ)
Luazul, de Letícia Batista e Vitoria Liz (SP)

MOSTRA REGIONAL

Alziras, de Hellt Rodrigues e Regiane Farias (MG)
Bulha, de Daniel Couto (MG)
Noites Traiçoeiras, de Felipe Quintiliano, Renato Loureiro e Wilmar Guilherme (MG)
O que eu gosto de fazer é ter nascido no mundo, de Monique Rangel (MG)
Santo Rio, de Lucas de P. Oliveira e Guilherme Nascimento (MG)
Taxa de Retorno, de Matheus Vieira (MG)

MOSTRA FORMAÇÃO

A Sentença, de Laura Coggiola (SP)
Cidade sempre nova, de Jefferson Cabral (RN)
Como respirar fora d’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Idioma, de Leonardo Gelio (RJ)
Interiores, de Matheus Bizarrias (RJ)
Não vim no mundo para ser pedra, de Fabio Rodrigues Filho (BA/MG)
Noêmia e Laura, de Danielle Menezes e Iago de Medeiros (MG/RJ)
Um certo mal-estar, de Tiago Calmon (PE)

MOSTRA VALORES

Um Talvez em Tiradentes, de Amaury Bassy (MG)

Foto: Marlom Meirelles.

Conheça os indicados ao 49º Annie Awards, o Oscar da animação

por: Cinevitor
Raya e o Último Dragão: dez indicações.

Foram anunciados nesta terça-feira, 21/12, os indicados ao 49º Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society. Fundada em 1960, a associação premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, premiando A Bela e a Fera.

Neste ano, Raya e o Último Dragão, do Walt Disney Animation Studios, lidera a lista com dez indicações; Encanto aparece na sequência com nove. Os vencedores serão anunciados no dia 26 de fevereiro de 2022, no Royce Hall, da UCLA.

Os homenageados desta 49ª edição serão: o animador Ruben Aquino, premiado no Annie por Mulan, Lillian Schwartz, pioneira da animação por computador, e o produtor Toshio Suzuki, do Studio Ghibli, que receberão o Winsor McCay Award; Renzo e Sayoko Kinoshita serão honrados com o June Foray Award; a Python Foundation receberá o Ub Iwerks Award; o Special Achievement Award será entregue para o artista visual Glen Vilppu; e Evan Vernon será honrado com o Certificate of Merit.

Conheça os indicados nas categorias de cinema do Annie Awards 2022:

MELHOR ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Encanto
Luca
Raya e o Último Dragão
Sing 2

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE
Belle
Fortune Favors Lady Nikuko (Gyokou no Nikuko-chan)
Fuga (Flee)
Pompo: The Cinéphile (Eiga Daisuki Pompo-san)
Viagem ao Topo da Terra

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO
Enrico Casarosa, por Luca
Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith, por Encanto
Jonas Poher Rasmussen e Kenneth Ladekjær, por Fuga
Mamoru Hosoda, por Belle
Mike Rianda e Jeff Rowe, por A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, escrito por Mike Rianda e Jeff Rowe
Belle, escrito por Mamoru Hosoda
Fuga, escrito por Jonas Poher Rasmussen e Amin Nawabi
Luca, escrito por Jesse Andrews e Mike Jones
Raya e o Último Dragão, escrito por Qui Nguyen e Adele Lim

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Bestia
Easter Eggs
Maalbeek
Night Bus
Steakhouse

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL
A Film About A Pudding
HOPE
I Am A Pebble
Night of the Living Dread
Slouch

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
A Jornada de Vivo
Belle
Encanto
Raya e o Último Dragão

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Din e o Dragão Genial, por Ketan Shankar Adhikari
Encanto, por Dave Hardin
Luca, por Tarun Lak
O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família, por Ravi Kamble Govind
Raya e o Último Dragão, por Jennifer Hager

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION
A Guerra do Amanhã, por Carmelo Leggiero, Cajun Hylton, Michel Alencar Magalhaes, Florent Limouzin e Dave Clayton
Flora & Ulysses, por Thomas Becker, Daniel Cavalcante, Philipp Winterstein, Victor Dinis e Thiago Martins
O Esquadrão Suicida, por Meena Ibrahim, Alvise Avati, Nicholas Cabana, Adam Goldstein e Lea Vera Toro
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, por Karl Rapley, Sebastian Trujillo, Richard John Moore, Merlin Bela Wassilij Maertz e Pascal Raimbault
Y: The Last Man, por Michael Beaulieu, Peter Pi e Aidana Sakhvaliyeva

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, por Lindsey Olivares
A Jornada de Vivo, por Joe Moshier
Luca, por Deanna Marsigliese
Raya e o Último Dragão, por Ami Thompson
Ron Bugado, por Julien Bizat

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO
A Jornada de Vivo, por Alex Lacamoire e Lin-Manuel Miranda
Encanto, por Lin-Manuel Miranda e Germaine Franco
Luca, por Dan Romer
Poupelle da Cidade das Chaminés, por Youki Kojima e Yuta Bandoh
Raya e o Último Dragão, por James Newton Howard e Jhené Aiko

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, por Lindsey Olivares, Toby Wilson e Dave Bleich
A Jornada de Vivo, por Carlos Zaragoza, Wendell Dalit e Andy Harkness
Belle, por Tomm Moore, Ross Stewart, Alice Dieudonné, Almu Redondo e Maria Pareja
Raya e o Último Dragão, por Paul Felix, Mingjue Helen Chen e Cory Loftis
Ron Bugado, por Aurélien Predal, Till Nowak e Nathan Crowley

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO
A Família Addams 2: Pé na Estrada, por Steven Garcia
A Jornada de Vivo, por Carlos Romero
Encanto, por Jason Hand
Raya e o Último Dragão, por Luis Logam
Spirit: O Indomável, por Gary Graham

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO
Abbi Jacobson, como Katie Mitchell em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Jack Dylan Grazer, como Alberto Scorfano em Luca
John Leguizamo, como Bruno em Encanto
Kelly Marie Tran, como Raya em Raya e o Último Dragão
Stephanie Beatriz, como Mirabel em Encanto

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, por Greg Levitan, Collin Wightman, T.J. Young, Tony Ferdinand e Bret Allen
Encanto, por Jeremy Milton, John Wheeler, Pace Paulsen e Brian Estrada
Fuga, por Janus Billeskov Jansen
Luca, por Catherine Apple, Jason Hudak, Jennifer Jew, Tim Fox e David Suther
Raya e o Último Dragão, por Fabienne Rawley, Shannon Stein, Todd Fulkerson, Rick Hammel e Brian Millman

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL
La Vie de Château (My Life In Versailles)
Mum Is Pouring Rain (Maman pleut des cordes)
Namoo
Snoopy Apresenta: Bons Velhos Tempos
The Witcher: Lenda do Lobo

Foto: Divulgação/Walt Disney Animation Studios.

Festival do Rio 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Anita Rocha da Silveira e Laís Bodanzky: premiadas.

Foram anunciados neste domingo, 19/12, no Estação NET Botafogo, os vencedores do Troféu Redentor do Festival do Rio 2021. A cerimônia foi aberta por Romeu Evaristo, ator que completa 50 anos de carreira e 40 anos de cinema, interpretando Juízo Final, de Nelson Cavaquinho.

Marcos Didonet, um dos diretores do Festival do Rio, assumiu o microfone e celebrou a programação, que exibiu 90 longas e 20 curtas este ano. Walkíria Barbosa e Ilda Santiago, diretoras do festival, também discursaram.

Neste ano, Anita Rocha da Silveira, carioca premiada como melhor diretora no Festival do Rio 2015 com Mate-me Por Favor, seu primeiro longa-metragem, repetiu a dose e ainda ganhou outros prêmios. Medusa foi aclamado com o Troféu Redentor de melhor ficção e rendeu a Lara Tremouroux o prêmio de melhor atriz coadjuvante, além do bicampeonato em direção de ficção para Anita, em empate com Laís Bodanzky, de A Viagem de Pedro.

Estreando como diretor, Lázaro Ramos conquistou o Prêmio Especial do Júri com Medida Provisória. Produzido na zona sul do Rio de Janeiro durante a pandemia, Mundo Novo, de Alvaro Campos, venceu como melhor roteiro e rendeu a Tati Villela o prêmio de melhor atriz. Rômulo Braga foi escolhido o melhor ator por Sol, de Lô Politi.

Entre os documentários, o prêmio principal foi para Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas, que retrata o movimento de ocupação dos shoppings e reflete sobre o racismo praticado rotineiramente em espaços comerciais do Brasil. O troféu de melhor direção em documentário foi entregue ao veterano Murilo Salles, de Uma Baía.

Já na mostra Novos Rumos, o pernambucano Rio Doce, de Fellipe Fernandes, levou o prêmio de melhor longa-metragem; e Chão de Fábrica, de Nina Kopko, o de melhor curta. O júri também dedicou um prêmio especial à atriz Renata Carvalho, de Os Primeiros Soldados.

Neste ano, o júri foi formado por: Patrícia Andrade, Bia Salgado, Gustavo Pizzi, Quito Ribeiro e Suzana Pires na Première Brasil; e Emílio Domingos, Alice Furtado e Mariana Genescá na mostra Novos Rumos.

Conheça os vencedores do Festival do Rio 2021:

PREMIÈRE BRASIL

MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Medusa, de Anita Rocha da Silveira

MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Rolé – Histórias de Rolezinhos, de Vladimir Seixas

MELHOR CURTA-METRAGEM
Solitude, de Tami Martins e Aron Miranda

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Medida Provisória, de Lázaro Ramos

MELHOR DIREÇÃO | FICÇÃO
Anita Rocha da Silveira, por Medusa; e Laís Bodanzky, por A Viagem de Pedro

MELHOR DIREÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Murilo Salles, por Uma Baía

MELHOR ATRIZ
Tati Villela, por Mundo Novo

MELHOR ATOR
Rômulo Braga, por Sol

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Lara Tremouroux, por Medusa

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sergio Laurentino, por A Viagem de Pedro

MELHOR ROTEIRO
Mundo Novo, escrito por Alvaro Campos e elenco

MELHOR MONTAGEM
Uma Baía, por Eva Randolph

MELHOR FOTOGRAFIA
Casa Vazia, por Ivo Lopes Araújo

NOVOS RUMOS

MELHOR LONGA-METRAGEM
Rio Doce, de Fellipe Fernandes

MENÇÃO HONROSA
O Dia da Posse, de Allan Ribeiro

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Renata Carvalho, por Os Primeiros Soldados

MELHOR CURTA-METRAGEM
Chão de Fábrica, de Nina Kopko

Foto: Frederico Arruda.

25ª Mostra de Cinema de Tiradentes anuncia filmes selecionados para a Mostra Aurora

por: Cinevitor
Cena do longa pernambucano Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal.

Nesta 25ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 21 e 29 de janeiro, a Mostra Aurora celebra 15 anos com mais um recorte totalmente inédito do cinema brasileiro contemporâneo de invenção. Os sete longas-metragens dentro desta seção foram selecionados pela dupla de curadoria Francis Vogner dos Reis e Lila Foster.

A curadoria chama atenção para o fato de que quatro dos títulos da Aurora são de realizadores que tiveram curtas-metragens exibidos na competição da Mostra Foco em anos anteriores do evento: “Isso indica que a Aurora de 2022 vai incluir uma continuidade muito interessante do trabalho desses realizadores, até porque os filmes que eles apresentam dialogam com os curtas que já foram vistos em Tiradentes”, destaca Lila Foster. Todos serão avaliados pelo júri e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra.

Os veteranos são Marcos Yoshi, de Bem-vindos de Novo, que esteve na Foco com Aos Cuidados Dela (2020); ela.ltda, que participou com Drama Queen (2020) e retorna com Sessão Bruta; Mozart Freire, que exibiu na Foco Cinemão (2015) e vem para a Aurora com A Colônia; e Alexandre Wahrstein foi vencedor de melhor filme com E (2014), codireção de Elena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos, e exibe em janeiro o longa Panorama.

A curadoria identifica nos sete filmes da Aurora 2022 uma predominância fortíssima do documentário, não necessariamente como o gênero, mas principalmente em formas de aproximar daquilo que filmam, em muitos casos buscando na materialidade do mundo os elementos de suas expressividades: “Essa aproximação do concreto e da realidade das coisas é uma tônica dos filmes, o que torna o conjunto muito potente nesse aspecto e constrói diálogos e pontes entre eles, ainda que claramente sejam longas muito distintos entre si”, destaca Francis Vogner. Lila completa: “Sinto que há modulações entre ficção e documentário e entre fabulação e registro“.

Maputo Nakurandza, por exemplo, vai mapeando a cidade de forma poética e cria vínculos com os personagens, que vão atravessando o filme por pequenas narrativas e num gesto de conhecer um lugar e suas pessoas. Todos, então, sob vários aspectos, vão se costurando dentro dessas possibilidades da câmera diante da matéria do real. Seguindo Todos os Protocolos coloca o diretor no centro de uma trama de sobrevivência física e amorosa da pandemia, com um gesto que flerta com a autobiografia, sem deixar de também compor um registro do estado das coisas, do flerte, das relações, das paranoias pandêmicas.

Sessão Bruta radicaliza ainda mais na performance e é cortado por falas e depoimentos que surgem em meio aos arranjos cênicos, mostrando também o imaginário e a vida de um grupo de artistas. Por sua vez, Grade insere a fabulação num documentário observacional sobre uma determinada estrutura prisional alternativa, agregando essa ficção àquilo que a realização encontra pelo caminho. A Colônia segue caminho similar ao se apresentar como um documentário entremeado pela ficção na abordagem do bairro Colônia, em Maracanaú, no Ceará, fundado na década de 1940 como uma zona de confinamento compulsório para portadores de hanseníase.

Se há o escape rumo ao registro mais direto e menos devedor de imaginários externos, isso aparece em Panorama, que constrói seu imaginário em uma comunidade de São Paulo a partir dos sonhos, memórias e cotidiano de seus moradores; e Bem-vindos de Novo, no qual se acompanha o processo de reconstrução afetiva de uma família de descendentes de japoneses afetada pelo fluxo de imigração entre Japão e Brasil.

Em 2022, o Júri Oficial convocado a avaliar os filmes da Mostra Aurora é formado por Alessandra Soares Brandão, professora e coordenadora do Curso de Cinema da UFSC; Ivana Bentes, crítica, pesquisadora e professora na UFRJ; Marcelo Ribeiro, crítico, programador, curador e professor na Faculdade de Comunicação da UFBA; Ricardo Aleixo, artista, pesquisador intermídia, ensaísta e editor; e Yuri Firmeza, artista e professor da Universidade Federal do Ceará.

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, a Mostra de Cinema de Tiradentes chega a sua 25ª edição em formato on-line e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais; uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

Conheça os filmes selecionados para a Mostra Aurora da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

A Colônia, de Virgínia Pinho e Mozart Freire (CE)
Bem-vindos de Novo, de Marcos Yoshi (SP)
Grade, de Lucas Andrade (MG)
Maputo Nakurandza, de Ariadine Zampaulo (RJ/SP)
Panorama, de Alexandre Wahrhaftig (SP)
Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal (PE)
Sessão Bruta, de As Talavistas e ela.ltda (MG)

Foto: Divulgação.