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32º Cine Ceará: inscrições abertas para as mostras competitivas

por: Cinevitor
O evento será 100% presencial em Fortaleza.

A 32ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema está com inscrições abertas para as três mostras competitivas: ibero-americana de longa-metragem, brasileira de curta-metragem e mostra Olhar do Ceará

Com realização entre os dias 3 e 9 de setembro, em Fortaleza, o Cine Ceará 2022 será 100% presencial, com exibições no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE) geridos pelo Instituto Dragão do Mar.  

O regulamento e o formulário de inscrição para cada mostra estão disponíveis até o dia 30 de junho no site; clique aqui. As inscrições são gratuitas e cada uma das três mostras competitivas tem um formulário próprio e as condições específicas de cada uma delas podem ser consultadas no regulamento. A curadoria do festival prioriza trabalhos inéditos e, no conjunto das mostras competitivas, reserva no mínimo 30% de participação para mulheres diretoras.  

A Mostra Competitiva ibero-americana de longa-metragem é direcionada a produtores ou diretores de países da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha, com filmes de animação, ficção, documentário ou experimental. Os longas inscritos devem ter sido concluídos a partir de 2021 com duração mínima de 60 minutos. 

A Competitiva Brasileira de curta-metragem é aberta a trabalhos de produtores e diretores brasileiros ou radicados no país há mais de três anos. Podem ser inscritos curtas de ficção, documentário, animação ou experimental de até 25 minutos, concluídos a partir de janeiro de 2021, que não tenham participado do processo seletivo de outras edições do Cine Ceará

A Mostra Olhar do Ceará é aberta a realizadores cearenses, radicados ou não no Ceará, e residentes no Ceará há mais de três anos. Podem ser inscritos filmes de curta-metragem (máximo de 25 minutos) e longa-metragem (máximo de 60 minutos), concluídos a partir de janeiro de 2021, nos gêneros de ficção, documentário, animação ou experimental. 

Sobre a premiação, na Mostra Competitiva ibero-americana o Troféu Mucuripe será concedido aos vencedores em diversas categorias; o melhor longa, eleito pelo Júri Oficial, receberá prêmio no valor de R$ 20 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento. O Júri Oficial da Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem e da Mostra Olhar do Ceará escolherá os vencedores do Troféu Mucuripe em diversas categorias.

Foto: Romulo Santos.

Festival do Rio 2022: inscrições abertas para a Première Brasil

por: Cinevitor
Equipe de Medida Provisória, de Lázaro Ramos, na cerimônia de premiação do ano passado.

O Festival do Rio 2022, que chega este ano à sua 24ª edição, acontecerá entre os dias 6 e 16 de outubro e já está com inscrições abertas para a Première Brasil.

Os produtores brasileiros interessados poderão inscrever seus filmes até o dia 30 de junho no formulário disponível no site do evento; clique aqui. As obras selecionadas pela curadoria do festival serão divulgadas até o dia 12 de agosto.

“Em 2022 voltamos ao nosso mês tradicional de realização, em outubro. Neste ano viremos ainda mais fortes. Estamos felizes em preparar um festival robusto, de volta às nossas grandes edições. Nosso maior orgulho é ser o grande palco do cinema brasileiro com a Première Brasil”, afirma Ilda Santiago, diretora-executiva de programação do Festival do Rio.

Criado em 1999, como resultado da fusão entre o Rio Cine Festival e a Mostra Banco Nacional de Cinema, o Festival do Rio se consolidou como uma das principais mostras de cinema do calendário mundial e uma das mais importantes vitrines da produção brasileira. Em 2021, o evento voltou a ser realizado de forma presencial e premiou obras como Medusa, de Anita Rocha da Silveira, A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, e Medida Provisória, de Lázaro Ramos.

Ao longo de sua história, pela Mostra Panorama de Cinema Mundial, o festival trouxe inúmeros atores e cineastas consagrados para o Brasil. Entre eles estão diretores como Louis Malle, de Adeus, Meninos; Dario Argento, de Suspiria; Masahiro Kobayashi, de Viajando com Haru; Stephen Frears, de Ligações Perigosas; François Ozon, de Dentro da Casa; e Luca Guadagnino, de Me Chame Pelo Seu Nome.

Neste ano, o Festival do Rio passa a contar com o patrocínio master da Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O evento também é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio da Rio Filme, órgão que integra a Secretaria de Governo e Integridade Pública e apoio da FUNARJ.

Foto: Davi Campana.

Morre, aos 58 anos, o cineasta brasileiro Breno Silveira

por: Cinevitor
O diretor no Cine PE, em 2012: cinco prêmios para À Beira do Caminho.

Morreu na manhã deste sábado, 14/05, aos 58 anos, o cineasta Breno Silveira, que ficou conhecido por dirigir filmes como 2 Filhos de Francisco: A História de Zezé di Camargo & Luciano e Gonzaga: De Pai pra Filho.

Segundo informações divulgadas pela imprensa e confirmadas pela Conspiração Filmes, no qual era um dos sócios, o diretor estava no set de seu novo trabalho, o longa Dona Vitória, protagonizado por Fernanda Montenegro, na cidade de Limoeiro, em Pernambuco, quando passou mal durante uma cena e sofreu um infarto fulminante.

Diretor e fotógrafo, Breno Silveira dirigiu blockbusters brasileiros, muitos deles baseados em histórias reais e com foco em dramas familiares. Um dos mais admirados diretores de cinema do país, formou-se em direção de fotografia pela Ecole nationale supérieure Louis-Lumière, na França. Sua carreira inclui ainda sucessos na direção de TV, publicidade e de documentários, bem como a direção de fotografia de mais de dez filmes, incluindo obras aclamadas como Carlota Joaquina, Princesa do Brazil e Eu Tu Eles, no qual foi premiado pela Associação Brasileira de Cinematografia. Era sócio da produtora Conspiração Filmes desde 1996 e dirigiu comerciais para grandes marcas e agências de publicidade.

O aclamado 2 Filhos de Francisco, seu primeiro longa como diretor, levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas, em 2005, tornando-se o filme número um do mercado e superando a bilheteria de todos os blockbusters de Hollywood naquele ano; o longa foi a indicação brasileira ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2006.

Depois disso, realizou Era Uma Vez…, exibido no Festival de Toronto; À Beira do Caminho, inspirado na canção Sentado à Beira do Caminho, composta por Erasmo Carlos e Roberto Carlos, e grande vencedor do Cine PE com cinco prêmios, entre eles, melhor filme e melhor ator para João Miguel; Gonzaga: De Pai pra Filho, que atraiu 1,3 milhão de espectadores aos cinemas e foi consagrado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Além disso, foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional para dirigir o filme oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016. No ano seguinte, lançou Entre Irmãs, seu quinto longa-metragem, protagonizado por Nanda Costa e Marjorie Estiano. Também assinou como produtor dos filmes Gêmeas, Casseta & Planeta: A Taça do Mundo É Nossa, 10 Segundos para Vencer, entre outros. 

Na TV, dirigiu a série 1 Contra Todos, produção original de ficção de maior audiência na história da FOX no Brasil, depois de The Walking Dead; também realizou Dom, para a Amazon Prime Video, uma série de ficção inspirada nas invasões de prédios feitas por uma gangue liderada pelo bandido gato, no Rio de Janeiro. Recentemente, tinha anunciado que seu próximo trabalho seria uma cinebiografia do cantor Roberto Carlos.

Também dirigiu videoclipes premiados como: É Preciso Saber Viver, do Titãs; Amor I Love You, de Marisa Monte; Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero), do grupo O Rappa, que dividiu a direção com Kátia Lund e Paulo Lins, e fez história no VMB, MTV Video Music Brasil; e Tempo Rei, de Gilberto Gil

No Grande Prêmio do Cinema Brasileiro recebeu o troféu Grande Otelo pela direção do filme Gonzaga: De Pai pra Filho e do videoclipe Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero); além do prêmio de melhor fotografia por Eu Tu Eles; também foi indicado por Bufo & Spallanzani e O Homem do Ano. E mais: foi homenageado na 13ª edição do Comunicurtas UEPB, na Paraíba, premiado pela Associação de Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil, indicado ao Troféu APCA e consagrado no Prêmio Guarani.

Foto: Daniela Nader.

Curta Caicó 2022 lança circuito de oficinas de documentário para sua quinta edição

por: Cinevitor
Evento de lançamento: as oficinas acontecerão em três escolas públicas.

A quinta edição do Curta Caicó, que acontecerá no segundo semestre na região do Seridó, no Rio Grande do Norte, anunciou nesta sexta-feira, 13/05, no auditório Monsenhor Ausônio Tércio de Araújo, localizado na 10ª DIREC, Diretoria Regional da Educação da Cultura do Esporte e do Lazer, o lançamento das oficinas de cinema que serão realizadas dentro da programação oficial do evento.

As oficinas Documentando acontecerão em três escolas públicas de Caicó: Escola Estadual Zuza Januário, Escola Estadual Padre Edmund Kagerer e Escola Estadual Professora Calpúrnia Caldas de Amorim. As escolas irão receber as oficinas de audiovisual, que resultarão na produção de três curtas-metragens. Além dos alunos, que serão 60 ao total, professores também poderão participar das oficinas, como forma de se tornarem multiplicadores da linguagem audiovisual nas escolas, fazendo a convergência entre educação e cultura.

A Oficina Documentando, ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles, vem como forma de articulação entre cultura e educação, fazendo com que novos artistas mostrem todo o seu potencial, apostando em talentos norte-rio-grandenses. A ideia é que ao final das aulas, os alunos de cada escola produzam três filmes, desde a ideia do roteiro até a pós-produção que serão exibidos em agosto no Curta Caicó, e que também entrarão em circuito nas casas de cultura do Rio Grande do Norte.

Em 2019, na segunda edição do evento, foi realizada a Oficina Documentando, que resultou no curta Chico do Cinema, sobre um cidadão caicoense que esteve à frente de antigos cinemas de Caicó e que dedicou toda sua vida à sétima arte; assista aqui.

Criado em 2009, o Documentando tem contribuído para o fortalecimento da produção audiovisual independente no Nordeste, iniciando novos produtores e ampliando as possibilidades de alcance de suas obras. Os participantes conhecem todo o processo de realização de um documentário e os elementos fundamentais para a construção de um roteiro, produção, captação e edição de um filme.

Além de ampliar o repertório no campo do audiovisual e o acesso a conceitos e vanguardas da história do cinema, os estudantes são provocados a refletir sobre suas vivências e pensar narrativas que contemplem questões sociais, de gênero, raça, territorialidade, identidade, entre outras. Ao final de cada oficina é produzido um documentário com temática livre e escolhido por meio de exercícios coletivos, que são exibidos na programação dos festivais.

Na cerimônia de lançamento, a professora e poetisa Iaponira Costa recitou um poema próprio em homenagem ao Curta Caicó e à presença de um dos grandes nomes da dramaturgia potiguar, a atriz Titina Medeiros. A mesa ainda foi composta pela atual diretora da 10° DIREC, Suenyra Nóbrega; Raildon Lucena, diretor e idealizador do Curta Caicó; e Diego Vale, sócio-diretor da agência Referência Comunicação. Representando a Fundação José Augusto, o coordenador de audiovisual Arthur Henrique Medeiros; Fernando Mineiro, que fez toda a articulação entre o governo e o Curta Caicó. E mais: representando os gestores escolares estavam presentes Gilmar Donizete Ferreira, diretor da Escola Estadual Padre Edmund Kagerer; e representando os estudantes, a aluna do Zuza Januário, Jesiane da Silva.

Com toda empolgação de alguém que teve a vida transformada pela arte, Titina Medeiros aconselhou aos jovens que estavam presentes no lançamento: “Sejam vocês os protagonistas de suas vidas. O audiovisual conta histórias e é uma forma de ter voz no mundo”.

Fazer projetos como esta iniciativa das oficinas não é fácil, como conta o idealizador do Curta Caicó, Raildon Lucena: “Tentamos realizar esse projeto através de editais como o da Cosern, mas ficamos na suplência e não conseguiríamos realizar se não fosse com a articulação de Fernando Mineiro, o apoio do Governo do Estado e a Fundação José Augusto. Fico grato ao meu sócio Diego Vale. Sabemos que o começo foi duro, foi na raça, mas continuamos e estamos trazendo com as oficinas e com o Festival Curta Caicó esperança e oportunidade para os jovens e a população do interior do Seridó de conhecer a sétima arte. Cinema é energia, força, coragem de contar histórias. Caicó, no Seridó potiguar, vai se tornar a terra do cinema”.

Fotos: Divulgação/Referência Comunicação.

O Trem da Utopia, de Beth Sá Freire e Fabrizio Mambro, chega aos cinemas no dia 12 de maio

por: Cinevitor
O filme marca a estreia dos realizadores na direção.

Beth Sá Freire e Fabrizio Mambro estreiam na direção com O Trem da Utopia, que traz um tema caro aos dois diretores. O ponto de partida deste filme, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12/05, era a curiosidade de descobrir o espírito italiano de São Paulo, porém, o período em que as filmagens se realizaram coincidiu com o período das eleições presidenciais de 2018.

Nas ruas, um país dividido, com grande apreensão, e histórias que vão de tópicos como miséria, abuso e humilhação fascismo, racismo e LGBTfobia. As filmagens na Itália se concentraram na região da Emilia-Romagna e, um ano depois, os realizadores já impactados pela nova realidade brasileira que se instalava no país, traçam paralelos com a memória nacional italiana do Período Fascista e da presença dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

O que pode haver de comum entre o Brás ou Bixiga e o Campo de’ Fiori, em Roma? Toda uma história de afeto que o público não tem muita dimensão. Entre Ornella Vanoni e Toquinho e Vinícius, quem alimentou quem? Tamanha naturalidade em que se incorpora uma coisa à outra, uma cultura à outra. O que há de comum entre Anita Garibaldi e Lina Bo Bardi? Uma história de amor entre um homem e a terra deste.

Produzido por Zita Carvalhosa, da Cinematográfica Superfilmes, em coprodução com a Itália pela Bluefilme, o projeto foi produzido com recursos do FSA, Fundo Setorial do Audiovisual, e a distribuição no Brasil é da Eh! Filmes.

Na trama, acompanhamos um professor de coral em viagem a uma São Paulo surreal, que de vez em quando se transforma em cidade italiana, usando a música e a letra como meio de transporte para atravessar histórias nacionais, mas ainda assim íntimas. Questões do passado e do presente em dois países, Itália e Brasil, que compartilham muitas semelhanças e ainda uma relação distorcida com sua memória nacional. Utopia é um não lugar, é ideal para se viver e sonhar, para assumir como suas as lembranças do outro. São 8 milhões de pessoas com sobrenome italiano, vivendo em São Paulo e a maioria delas possui histórias de vida repletas de Itália e de indagações.

Com fotografia de André S. Brandão e Alessandro Montecchi, o elenco conta com Piero Damiani, Flavia Politano, Marcos Finotti, Luis Fernando Pinatti, Amanda Mantovani, Hugo Casarini, Mario Cappi, Tiago Sormani, Giuliana Foti, Silas Gomes da Silva, Tata Aeroplano, Malu Maria, Bia Abramo, Vera Hamburger, Francesca Cricelli, Isabella Callia, Monica Benício e Igiaba Scego.

Foto: Divulgação.

Terminam as filmagens de A Herança, terror brasileiro de João Cândido Zacharias, com Diego Montez no elenco

por: Cinevitor
Diego Montez em cena: protagonista.

Foram finalizadas nesta semana as filmagens de A Herança, filme brasileiro de terror dirigido por João Cândido Zacharias, que contou com cenas realizadas entre as cidades do Rio de Janeiro e Barra do Piraí. O longa é produzido pela Bubbles Project, produtora responsável pelo premiado Benzinho, de Gustavo Pizzi.

Na trama, Thomas, interpretado por Diego Montez, um rapaz brasileiro, vive em Berlim com Beni, seu namorado. Afastado de suas raízes há muitos anos, ele é surpreendido pela notícia da morte de sua mãe. De volta ao Brasil para enterrá-la, ele descobre que herdou, da avó que nunca conheceu, uma casa de fazenda no interior do país. Assim, Thomas vê a chance de se conectar com suas origens e descobrir mais sobre seu misterioso passado. Agora, talvez, Thomas entenda porque cresceu fugindo de cidade em cidade, e cercado de estranhos cuidados da mãe.

A Herança marca a estreia de João Cândido Zacharias na direção de um longa-metragem. O cineasta já havia roteirizado e dirigido alguns curtas em sua carreira, entre eles, Sandra Chamando, premiado no Festival do Rio em 2017.

Além de Diego Montez, conhecido pela série Rebelde, o elenco conta também com Yohan Levi, que fez uma participação na série Emily em Paris, Cristina Pereira, Analu Prestes, Ana Carbatti, Luiza Kozowski, Jimmy London e Gilda Nomacce.

“O processo de desenvolvimento e preparação do filme foi longo, ainda mais dificultado pela pandemia. Nós fizemos diversos testes para a seleção do elenco dos protagonistas. Para o papel do Thomaz, recebemos mais de 350 self tapes e, além disso, buscamos atores de fora do Brasil para o personagem de Beni, que tinha que ser mesmo um estrangeiro. E estamos muito felizes e seguros com as nossas escolhas, tanto do Diego quanto do Yohan. Agora consigo ver o projeto criar forma, tendo em vista que acompanhei no set os planos em cada detalhe. Trabalhar com essa equipe, esse elenco e, principalmente, com o João é um prazer. Não é à toa que essa é a quarta parceria, que apostamos no talento e competência dele”, afirma Tatiana Leite, fundadora da Bubbles Project.

A Herança conta com coprodução da Kromaki Filmes e Sony Pictures, responsável também pela distribuição. O filme ainda não tem data de estreia nos cinemas brasileiros.

Foto: Bianca Aun.

Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
A sequência do sucesso de bilheteria chega aos cinemas em dezembro.

A 20th Century Studios divulgou nesta segunda-feira, 09/05, o primeiro trailer oficial de Avatar: O Caminho da Água. Sequência direta do filme de maior bilheteria de todos os tempos, o longa-metragem está programado para chegar aos cinemas brasileiros no dia 15 de dezembro.

Ambientado mais de uma década após os acontecimentos do primeiro filme, a trama narra a história da família Sully, composta por Jake, Neytiri e seus filhos, o perigo que os persegue, os esforços que fazem para permanecerem seguros, as batalhas que lutam pela sobrevivência e as tragédias que suportam.

A trajetória até a divulgação do trailer oficial de Avatar 2 foi longa, surgindo quase treze anos após o lançamento do primeiro filme. No entanto, em 2016, o diretor James Cameron já havia confirmado o desenvolvimento de quatro sequências da franquia de fantasia.

A previsão inicial do cineasta era que a continuação do blockbuster de 2009 fosse lançada ainda em dezembro de 2018. No ano passado, Cameron confirmou o lançamento para dezembro de 2022 e, de quebra, anunciou o nome das quatro sequências: O Caminho da Água (no original, The Way of Water), The Seed Bearer, The Tulkun Rider e The Quest for Eywa.

Avatar: O Caminho da Água traz novamente Sam Worthington, conhecido também por Fúria de Titãs, e Zoe Saldana, de Guardiões da Galáxia, no elenco principal. Giovanni Ribisi, Stephen Lang e Sigourney Weaver retornam à saga. Michelle Yeoh, Kate Winslet e Eddie Falco se juntam ao elenco do filme.

Na sequência do sucesso de 2009, que foi premiado no Oscar em três categorias, entre elas, melhor fotografia para Mauro Fiore, James Cameron, de Titanic e O Exterminador do Futuro, aparece não apenas como diretor e roteirista como, também, produtor de elenco. Para preparar o público para o lançamento, a 20th Century Studios irá relançar Avatar em 22 de setembro nos cinemas.

Confira o trailer de Avatar: O Caminho da Água:

Foto: Divulgação/20th Century Studios.

Mostra Tiradentes | SP 2022 divulga programação com 31 filmes

por: Cinevitor
Cena do longa Ava – Até que os Ventos Aterrem, de Camila Mota.

A décima edição da Mostra Tiradentes | SP acontecerá entre os dias 11 e 18 de maio em formato presencial no CineSesc, em São Paulo, com 31 filmes inéditos que fizeram parte da programação da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Entre os selecionados para a versão paulistana estão os três premiados deste ano: Sessão Bruta, de As Talavistas e ela.LTDA, eleito melhor filme da Mostra Aurora, que será exibido na abertura do evento, no dia 11, às 20h; Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, que recebeu o Prêmio Carlos Reichenbach de melhor longa da Mostra Olhos Livres; e Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Érica Sarmet, eleito o melhor curta da Mostra Foco e vencedor do Prêmio Canal Brasil. Outro destaque é o filme A Praga, montado a partir de negativos perdidos do cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e que foi exibido em Tiradentes na mostra À Meia-noite Levarei sua Alma.

Com 10 longas, 19 curtas e um média, a Mostra Tiradentes | SP traz exemplares de todas as sessões da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que aconteceu on-line, e exibiu 169 produções, atingindo 450 mil acessos de 92 países. A seleção combina jovens talentos com nomes já conhecidos de Tiradentes, como é caso de Caetano  Gotardo, com seu novo trabalho, Você Nos Queima.

Outros veteranos da Mostra Tiradentes, que também estarão com filme em São Paulo, são: Marcos Yoshi, com Bem-vindos de Novo; Mozart Freire com A Colônia; e Alexandre Wahrstein, que apresenta agora Panorama. Já filmes como Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal, que rendeu o Prêmio Helena Ignez para Juliana Soares, produtora executiva e coprodutora do longa, traz a pandemia como ponto de  partida para narrar alguns dias na vida do diretor numa trama de sobrevivência física e amorosa da pandemia, com um gesto que flerta com a autobiografia, sem deixar de também compor um registro do estado das coisas; do flerte, das relações, das paranoias pandêmicas. 

Outro filme que investiga as possibilidades do cinema é Avá – Até que os Ventos Aterrem, uma ode barroca e experimental de Camila Mota, atriz e diretora da companhia Teatro Oficina Uzyna Uzona. O filme, de formato híbrido em suas imbricações de linguagem, apresenta uma peça de teatro filmada com ampla liberdade e imaginação para tratar da urgência dos espaços e da expressividade em tempos sombrios. 

Além da exibição de curtas, médias e longas, a Mostra contará também com bate-papos com a presença de diretores após as sessões, garantindo maior interatividade com o público. Ao todo, serão 15 debates com realizadores e um encontro especial: Cinema da Vela, que será retomado em sua primeira edição presencial. O tema será O Cinema em Transição e abordará se existem novos paradigmas que reconfiguram aquilo que chamamos de cinema; os debatedores serão: o crítico de cinema Cléber Eduardo; o coordenador curatorial da Mostra Tiradentes, Francis Vogner dos Reis; e a curadora e professora Tatiana Carvalho Costa

Além do debate, nessa ocasião, também será lançado o livro O Cinema Brasileiro em Resposta ao  País | 2016-2021, que conta com coordenação editorial de Cléber Eduardo, e organização de Raquel Hallak e Fernanda Hallak. Em comemoração aos 25 anos do festival, será publicado, pela Universo Produção, o livro que reúne 25 artigos inéditos sobre questões estruturais e tendências, processos de criação e ênfases estilísticas da atividade cinematográfica entre 2016 e 2021. Participam 36 importantes teóricos, pesquisadores, curadores, acadêmicos, críticos e profissionais do audiovisual que têm conexão com os temas abordados.

O festival é considerado o maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, trazendo em sua seleção um amplo leque de gêneros cinematográficos e experimentos. A edição paulistana conta com filmes com 17 mulheres na direção, 9 documentários, 7 experimentais e 15 ficções, que, em conjunto, formam um amplo painel do evento oficial de Tiradentes.

Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes | SP, falou sobre o evento, que retoma com as exibições presenciais: “A força do cinema brasileiro contemporâneo pode ser conhecida nas edições anuais da Mostra Tiradentes | SP que, em 2022, celebra 10 anos na capital paulista. Uma trajetória rica em formação, reflexão, exibição e difusão do cinema brasileiro, trazendo novos olhares, vozes e um panorama múltiplo da produção audiovisual no Brasil; despertando debates temáticos, e consciente do cinema  como resposta ao seu tempo histórico, provocando e expandindo desdobramentos para quem pensa, cria, produz, assiste e se reconhece na tela. Graças à parceria com o Sesc São Paulo, o cinema  brasileiro produzido agora ganha mais espaço e dimensão em São Paulo, e o público, a oportunidade de conhecer filmes que muitas vezes não chegam ao circuito comercial”.

Conheça os filmes que serão exibidos na 10ª Mostra Tiradentes | SP:

MOSTRA AURORA

A Colônia, de Virgínia Pinho e Mozart Freire (CE)
Bem-vindos de Novo, de Marcos Yoshi (SP)
Grade, de Lucas Andrade (MG)
Maputo Nakurandza, de Ariadine Zampaulo (RJ/SP)
Panorama, de Alexandre Wahrhaftig (SP)
Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal (PE)
Sessão Bruta, de As Talavistas e ela.ltda (MG)

MOSTRA FOCO

A Morte de Lázaro, de Bertô (SP)
Bege Euforia, de Anália Alencar (RN)
Bicho Azul, de Rafael Spínola (RJ)
Eu Te Amo é no Sol, de Yasmin Guimarães (MG)
Iceberg, de Will Domingos (RJ)
Ingra!, de Nicolas Thomé Zetune (SP)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS)
Na estrada sem fim há lampejos de esplendor, de Liv Costa e Sunny Maia (CE)
O Nascimento de Helena, de Rodrigo Almeida (RN)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Prosopopeia, de Andreia Pires (CE)
Rumo ao Desvio, de Linga Acácio (CE)
Uma paciência selvagem me trouxe até aqui, de Érica Sarmet (SP)

SESSÃO ESPECIAL

A Praga, de José Mojica Marins
A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira

MOSTRA VERTENTES | LONGAS

As Faces do Mao, de Dellani Lima e Lucas Barbi (SP)
Ava – Até que os Ventos Aterrem, de Camila Mota (SP)
Você nos Queima, de Caetano Gotardo (SP)

MOSTRA VERTENTES | CURTAS

A Sentença, de Laura Coggiola (SP)
A Represa é o Meu Quintal, de Bruna Carvalho Almeida (SP)
Acesso, de Julia Leite (SP)
Mutirão: O Filme, de Lincoln Péricles (SP)
Tereza Joséfa de Jesus, de Samuel Costa (SP)

FILME DE ENCERRAMENTO | OLHOS LIVRES

Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira (ES)

Clique aqui e confira a programação completa no site oficial do evento.

Foto: Divulgação.

11º Olhar de Cinema: conheça os filmes selecionados para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Marco Ricca no longa Paterno, de Marcelo Lordello.

A 11ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias e 9 de junho, em formato híbrido, anunciou nesta segunda-feira, 09/05, os títulos selecionados para suas mostras competitivas.

A programação apresenta uma produção mundial realizada e lançada em meio a anos conturbados. São filmes de diferentes cinematografias que refletem a realidade específica nos anos da pandemia, mas, para além disso, abordam conflitos ao redor do mundo (armados às vezes, mas também étnicos ou sociais) e trazem à reflexão questões como representatividade e visibilidade

Neles, muitas vezes se veem mesclados dramas individuais e familiares de cineastas e seus personagens com questões amplas de países e regiões onde suas narrativas se passam. Os filmes, então, se atravessam, unindo passado e presente, mas também projeções de possíveis futuros, apresentando um raio-X bastante poderoso do estado da criação no cinema nestes anos.

A Mostra Competitiva traz nove longas-metragens com três títulos brasileiros: Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa, com Alan do Rap, um dos precursores do hip hop em Salvador, que para divulgar suas músicas invadia o palco de bandas famosas que se apresentavam na cidade; Filme Particular, de Janaína Nagata, que traz fragmentos de um filme de família em 16mm, de procedência desconhecida, que foi encontrado por acaso e, após investigação, revelou-se um documento atravessado por conflitos agudos sobre o contexto histórico e político da África do Sul nos anos 1960; e Paterno, de Marcelo Lordello, que traz um jovem que tem que rever suas certezas ao descobrir que seu pai teve outra família. 

Complementam a seleção: A Censora, de Peter Kerekes, premiado na mostra Orizzonti do Festival de Veneza do ano passado e representante da Eslováquia no Oscar 2022; Uma Noite Sem Saber Nada, de Payal Kapadia, coprodução entre França e Índia, premiada nos festivais de Cannes e Toronto; A Ferrugem, de Juan Sebastian Mesa, exibido no Festival de San Sebastián; o checo É Preciso uma Aldeia, de Adam Koloman Rybanský, exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim; Freda, de Gessica Geneus, que recebeu Menção Especial no Festival de Cannes e representou o Haiti no Oscar; e Trio em Mi Bemol, de Rita Azevedo Gomes, exibido em Berlim e premiado no IndieLisboa.

O Brasil também marca presença na seleção de curtas-metragens, com três títulos: Infantaria, de Laís Santos Araújo; Mal di Mare, de João Vieira Torres; e Xar – Sueño de Obsidiana, de Edgar Calel e Fernando Pereira dos Santos, também selecionado para o Festival de Guadalajara. É possível conhecer outras histórias do mundo com: Constante, de Beny Wagner e Sasha Litvintseva, exibido em Roterdã e premiado no IndieLisboa; Holocausto Sagrado, de Osi Wald e Noa Berman-Herzberg; Invisíveis, de Esteban Garcia Garzon; Madrugada, de Leonor Noivo; e Moune Ô, de Maxime Jean-Baptiste.

A mostra Novos Olhares traz sete longas-metragens de diversas cinematografias e com maior radicalidade em suas propostas estéticas. Este ano, a seleção traz o brasileiro Pele Fina, de Arthur Lins; Devo Comparar-te a um Dia De Verão?, de Mohammad Shawky Hassan, exibido em Berlim; o sul-africano Grace Tomada Única, de Lindiwe Matshikiza; o canadense Esta Casa, de Miryam Charles, premiado no IndieLisboa; o chinês Jet Lag, de Zheng Lu Xinyuan, exibido na Berlinale; o israelense Kafka para Crianças, de Roee Rosen, exibido em Roterdã; e o russo Verão, de Vadim Kostrov

A mostra Outros Olhares mescla em sua seleção longas e curtas-metragens ainda inéditos e filmes que já possuem uma trajetória em festivais e mostras internacionais recentes. São várias propostas, estilos, linguagens e abordagens feitas em torno de uma série de extremidades que reflete o mundo atual. 

A seleção de longas traz os brasileiros Céu Aberto, de Elisa Pessoa, e 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi. Entre os internacionais estão: Poeta, de Darezhan Omirbayev, exibido na mostra Forum de Berlim; Geografias da Solidão, de Jacquelyn Mills, premiado no Festival de Berlim deste ano; Octopus, de Karim Kassem; Quente de Dia, Frio à Noite, de Song-yeol Park; Sem Caminho Direto pra Casa, de Akuol de Mabior, exibido na mostra Panorama da Berlinale; Soy Libre, de Laure Portier, premiado no Festival de Zurique; o curta Mais e Mais Distante, de Polen Ly, que disputou o Urso de Ouro em Berlim; entre outros.

Conheça os novos filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2022:

COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM

A Censora (Cenzorka), de Peter Kerekes (Eslováquia)
A Ferrugem (La Roya), de Juan Sebastian Mesa (Colômbia/França)
Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa (Brasil)
É Preciso uma Aldeia (Kdyby Radši Hořelo), de Adam Koloman Rybanský (República Checa)
Filme Particular, de Janaína Nagata (Brasil)
Freda, de Gessica Geneus (França/Haiti/Benin)
O Trio em Mi Bemol, de Rita Azevedo Gomes (Portugal/Espanha)
Paterno, de Marcelo Lordello (Brasil)
Uma Noite Sem Saber Nada (Toute Une Nuit Sans Savoir), de Payal Kapadia (França/Índia)

COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM

Constante (Constant), de Beny Wagner e Sasha Litvintseva (Reino Unido/Alemanha)
Holocausto Sagrado (Holy Holocaust), de Osi Wald e Noa Berman-Herzberg (Israel)
Infantaria, de Laís Santos Araújo (Brasil)
Invisíveis (Invisibles), de Esteban Garcia Garzon (Colômbia)
Madrugada, de Leonor Noivo (Portugal)
Mal di Mare, de João Vieira Torres (Brasil)
Moune Ô, de Maxime Jean-Baptiste (Bélgica/Guiana Francesa/França)
Xar – Sueño de Obsidiana, de Edgar Calel e Fernando Pereira dos Santos (Brasil)

NOVOS OLHARES

Devo comparar-te a um dia de verão? (Bashtaalak Sa’at), de Mohammad Shawky Hassan (Egito/Líbano/Alemanha)
Esta Casa (Cette Maison), de Miryam Charles (Canadá)
Grace Tomada Única (One Take Grace), de Lindiwe Matshikiza (África do Sul)
Jet Lag, de Zheng Lu Xinyuan (China)
Kafka para Crianças (Kafka Le-ktanim), de Roee Rosen (Israel)
Pele Fina, de Arthur Lins (Brasil)
Verão (Leto), de Vadim Kostrov (Rússia)

OUTROS OLHARES | LONGA-METRAGEM

7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi (Brasil)
Céu Aberto, de Elisa Pessoa (Brasil)
Geografias da Solidão (Geographies of Solitude), de Jacquelyn Mills (Canadá)
Octopus, de Karim Kassem (Líbano/Qatar/Arábia Saudita)
Poeta (Akyn), de Darezhan Omirbayev (Cazaquistão)
Quente de Dia, Frio à Noite (Najeneun Deopgo Bameneun Chupgo), de Song-yeol Park (Coreia do Sul)
Sem Caminho Direto para Casa (No Simple Way Home), de Akuol de Mabior (África do Sul/Reino Unido)
Soy Libre, de Laure Portier (França)

OUTROS OLHARES | CURTA-METRAGEM

A Intempérie (La Intemperie), de Daniel Paz Mireles (Venezuela)
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (Brasil)
Cinzas Digitais (Digital Ashes), de Bruno Christofoletti Barrenha (Alemanha/Brasil)
Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (Brasil)
Laboratório No. 2 ( تاقیگەی ژمارە 2), de Edris Abdi e Awara Omar (Curdistão)
Mais e Mais Distante (Chhngai Dach Alai), de Polen Ly (Camboja)
Se Não Houvesse Luta (If There is No Struggle), de Jared Katsiane (EUA)
Sonata Plástica (Plastic Sonata), de Nelson Yeo (Singapura)
Toli, de Diana Mashanova (Rússia)

Foto: Divulgação.

IndieLisboa 2022: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
Cena de Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta: três prêmios.

Foram anunciados neste domingo, 08/05, os vencedores da 19ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema, conhecido por promover filmes independentes e apoiar a divulgação destes títulos na capital portuguesa, sendo considerado o maior festival português de cinema. 

Neste ano, o grande vencedor foi o longa de ficção com cunho documental Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, uma coprodução entre Brasil e Portugal. Com Joana Darc, Léa Alves e Andreia Vieira no elenco, a trama se passa em Ceilândia, na periferia de Brasília. O título recebeu o Grande Prêmio Cidade de Lisboa de melhor longa-metragem: “Um filme com uma construção e força intrincadas das personagens e a complexidade da estrutura e do cenário. A atmosfera magnética ao longo de todo o filme transforma-o numa verdadeira epopeia do século XXI”, disse a justificativa do júri, que foi formado por Ada Solomon, Marcin Pieńkowski e Patrícia Portela.

Mato Seco em Chamas também foi eleito o melhor filme português na Competição Nacional: “Este filme de carga social e política mergulha-nos num transe fascinante do princípio ao fim. É um filme magnífico e hipnótico que explora brilhantemente o papel ativo deste grupo de mulheres fortes que lutam pela sua sobrevivência e a resistência de uma comunidade”, disse a justificativa do júri, que foi formado por Garbiñe Ortega, Massimo Causo e Uli Ziemons. Além disso, o longa também recebeu o Prêmio Universidades: “Pela sua capacidade de nos confrontar com realidades tão distantes e de provocar discussões que vão para além da sala de cinema”, disse o júri formado por alunos de diversas faculdades.

Ainda na Competição Internacional, Medusa, de Anita Rocha da Silveira, recebeu o Prêmio Especial do Júri, que garante a aquisição dos direitos do filme para Portugal: “Para a abordagem surpreendente e atraente de um tema atual e perturbador, o uso de cores fortes, bem como o uso original de referências da cultura pop como ferramenta de narração de histórias num cenário invulgar”, disse a justificativa.

Entre os curtas-metragens, o brasileiro Escasso, de Gabriela Meirelles e Clara Anastácia, foi eleito o melhor filme de ficção da Competição Internacional: “O filme é cativante e comovente. É hilariante, excessivo e excêntrico na sua teatralidade e, ao mesmo tempo, revela uma escassez, uma imensa fragilidade. E tudo isso sem nunca perder o sentido de humor. Através da personagem exuberante Rose, mostra um Brasil radicalmente desigual, onde ecoa o estigma repetido do colonialismo e da sua forma de operar: a exploração de uma extensa população por um pequeno grupo de privilegiados. Escasso é um filme de rebeldia. É uma ficção tão genuína ao ponto de se tornar um documentário”, disse a justificativa do júri, que foi formado por Cláudia Galhós, Jérémy van der Haegen e Laura Walde.

O filme Urban Solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Minze Tummescheit e Vinícius Lopes, uma coprodução entre Alemanha e Brasil, foi eleito o melhor curta documental da Competição Internacional: “Um filme que é, ao mesmo tempo, profundamente perturbador e maravilhosamente lúdico. Utilizando várias fontes de material de imagem e texto e momentos performativos, é ao mesmo tempo visualmente espetacular e urgente na sua política ao ligar o passado colonial brasileiro à sociedade contemporânea de duas classes do país. Aproveita ao máximo a capacidade do cinema para atordoar e agitar, para contemplar e envolver, para cobrar e não simplesmente julgar”, disse a justificativa do júri.

O curta também recebeu o Prêmio Amnistia Internacional: “Pela abordagem atual e relevante do tema do filme, pelo paralelismo entre o passado colonial e o presente, e pela abordagem de encenação escolhida. Devido ao destaque dado às diferenças entre classes e aos contrastes entre o privilégio da segurança de uma elite rica e outros direitos humanos de todas as pessoas. Os ricos morrem de fome e medo sem os ‘invisíveis’. Mas também, por causa do poder da força coletiva para fazer a mudança. É possível saltar para fora do quadro”, disse a justificativa do júri, que foi formado por João Vicente, Maria do Rosário Vieitas Pires e Sofia Branco.

Confira a lista completa com os vencedores do IndieLisboa 2022:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM

Grande Prêmio Cidade de Lisboa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Brasil/Portugal)
Prêmio Especial do Júri: Medusa, de Anita Rocha da Silveira (Brasil)
Menção Especial: El gran movimiento, de Kiro Russo (Bolívia/Qatar/França/Suíça/Reino Unido)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | CURTA-METRAGEM

Grande Prêmio: Mistida, de Falcão Nhaga (Portugal) e The Parent’s Room, de Diego Marcon (Itália)
Melhor Curta de Animação: The Parent’s Room, de Diego Marcon (Itália)
Melhor Curta Documentário: Urban Solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Minze Tummescheit e Vinícius Lopes (Alemanha/Brasil)
Melhor Curta Ficção: Escasso, de Gabriela Meirelles e Clara Anastácia (Brasil)

COMPETIÇÃO NACIONAL

Melhor Filme Português: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Brasil/Portugal)
Melhor Direção: Rita Azevedo Gomes, por O Trio em Mi Bemol
Melhor Direção | Menção Especial: Paulo Carneiro, por Périphérique Nord
Melhor curta-metragem português: Domy + Ailucha, Cenas Kets!, de Ico Costa (França/Portugal)
Prêmio Novo Talento: Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)

COMPETIÇÃO NOVÍSSIMOS

Prêmio Novíssimos Betclic: Tindergraf, de Júlia Barata (Portugal/Argentina)
Menção Especial: Mapa, de Lourenço Crespo (Portugal)

MOSTRA SILVESTRE

Melhor longa-metragem: Cette maison, de Miryam Charles (Canadá) e Nous, étudiants!, de Rafiki Fariala (República Centro-Africana/França/República Democrática do Congo/Arábia Saudita)
Melhor curta-metragem: Constant, de Sasha Litvintseva e Beny Wagner (Alemanha/Reino Unido)
Menção Honrosa: Churchill, Polar Bear Town, de Annabelle Amoros (França)

MOSTRA INDIEMUSIC

Prêmio IndieMusic: Love, Deutschmarks and Death, de Cem Kaya (Alemanha)
Menção Especial: Sonosfera Telectu, de Carlos Mendes, Ilda Teresa Castro, Vítor Rua e Vasco Bação (Portugal)

PRÊMIO DO PÚBLICO

Longa-metragem: Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca (Portugal)
Curta-metragem: Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
IndieJúnior: Luce e o Rochedo, de Britt Raes (Bélgica/França/Holanda)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Árvore da Vida | Melhor filme português: Viagem ao Sol, de Ansgar Schaefer e Susana de Sousa Dias
Prêmio Árvore da Vida | Menção Especial: Águas do Pastaza, de Inês T. Alves
Prêmio Amnistia Internacional: Urban Solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Minze Tummescheit e Vinícius Lopes (Alemanha/Brasil)
Prêmio Escolas: By Flávio, de Pedro Cabeleira (Portugal/França)
Prêmio Escolas | Menção Especial: Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Prêmio Universidades: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Brasil/Portugal)
Prêmio Universidades | Menção Especial: Águas do Pastaza, de Inês T. Alves

Foto: Divulgação/Cinco da Norte e Terratreme Filmes.

11º Olhar de Cinema: conheça os filmes das mostras Olhar Retrospectivo, que destaca a cineasta Su Friedrich, e Olhares Clássicos

por: Cinevitor
Cena do filme Os Laços que Unem, de Su Friedrich.

Depois de dois anos sem integrar a programação do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, a mostra Olhar Retrospectivo está de volta à 11ª edição do evento, que acontecerá entre os dias e 9 de junho, destacando, pela primeira vez, o trabalho de uma cineasta mulher: a estadunidense Su Friedrich, importante nome do cinema de invenção e referência indispensável para o pensamento das autorias lésbicas na produção de imagens.  

A programação é composta por 7 filmes de Friedrich, oriundos de distintos períodos de sua carreira, em diálogo com outras 8 produções de realizadoras incontornáveis de diferentes países e épocas. Para expandir e complementar as exibições, fazem parte desta que será a maior mostra já realizada em torno da obra da diretora no Brasil, também uma mesa de debates no Seminário de Cinema de Curitiba e uma entrevista gravada com a realizadora disponível no site do festival. Todos os filmes de Friedrich foram fornecidos pela própria cineasta.

“É com grande alegria que trazemos para esta edição a mostra Olhar Retrospectivo Su Friedrich e outras imagens para o invisível, apresentando uma expressiva parte da obra de Friedrich e propondo diálogos com outras cineastas que, em sua maioria, realizaram seus trabalhos buscando a invenção e reinvenção da linguagem cinematográfica. Sempre com um olhar contestador e reflexivo frente às diversas questões do nosso mundo, propomos um verdadeiro mergulho em cinematografias que impactam diretamente na evolução da expressão cinematográfica”, afirma o diretor artístico do Olhar de Cinema, Antônio Junior.

Nascida em 1954, Friedrich começou sua carreira em Nova Iorque, no fim da década de 1970, e, desde então, transita entre diferentes suportes, formatos e linguagens. Realizou 25 filmes, atuando como diretora, fotógrafa e montadora na maioria deles. Junto à obra de Friedrich, na Olhar Retrospectivo deste ano, o público poderá assistir sessões formadas por filmes de Germaine Dulac, Maya Deren, Chantal Akerman, Barbara Hammer, Leontine Sagan, Cheryl Dunye, Thirza Cuthand e Zeinabu Irene Davis.

Já a mostra Clássicos, importantíssima conexão do programa contemporâneo do Olhar de Cinema com a história da sétima arte, volta a acontecer depois de dois anos de intervalo por conta das edições on-line na pandemia de Covid-19. A ideia da mostra, afinal, sempre foi colocar alguns importantes filmes de volta na sala escura, para apreciação coletiva, em cópias restauradas ou no mínimo em ótimo estado.

Os seis títulos que compõem a mostra em 2022 vão na direção de alguns dos caminhos que os Clássicos do Olhar acostumaram o público a seguir: a celebração de um filme capital da história do cinema numa data significativa (o centenário de Nanook), a descoberta de filmes menos conhecidos no Brasil realizados por cineastas ou cinematografias nacionais em geral menos exibidas por aqui (Sara Gómez, de Cuba; e Ousmane Sembène, do Senegal); e a homenagem a grandes nomes do cinema dos quais nos despedimos recentemente (Peter Bogdanovich, Arnaldo Jabor e Geraldo Sarno). No conjunto, um poderoso mergulho no cinema mundial de variados momentos históricos e propostas estéticas e narrativas.

Conheça os filmes:

MOSTRA OLHAR RETROSPECTIVO | SU FRIEDRICH E OUTRAS IMAGENS PARA O INVISÍVEL

As Chances de Regeneração (The Odds Of Recovery) (2002)
Esconde-esconde (Hide and Seek) (1996)
Nade ou Afunde (Sink Or Swim) (1990)
Não Posso te Dizer como me Sinto (I Cannot Tell You How I Feel) (2016)
Os Laços que Unem (The Ties That Bind) (1984)
Para Sempre Condenadas (Damned If You Don’t) (1987)
Pelo Rio Abaixo (Gently Down The Stream) (1981)

MOSTRA OLHAR RETROSPECTIVO | OUTROS FILMES

A Concha e o Clérigo (La Coquille et le Clergyman), de Germaine Dulac (França) (1928)
At Land, de Maya Deren (EUA) (1944)
Beijos de Nitrato (Nitrate Kisses), de Barbara Hammer (EUA) (1992)
Ciclos (Cycles), de Zeinabu Irene Davis (EUA) (1989)
Lições na Teoria Baby Dyke (Lessons in Baby Dyke Theory), de Thirza Cuthand (Canadá) (1995)
Notícias de Casa (News From Home), de Chantal Akerman (França/Bélgica) (1977)
Senhoritas em Uniforme (Mädchen In Uniform), de Leontine Sagan (Alemanha) (1931)
The Watermelon Woman, de Cheryl Dunye (EUA) (1996)

MOSTRA OLHARES CLÁSSICOS

De Certa Maneira (De Cierta Manera), de Sara Gómez (Cuba) (1977)
Lua de Papel (Paper Moon), de Peter Bogdanovich (EUA) (1973)
Mandabi, de Ousmane Sembene (Senegal/França) (1968)
Nanook do Norte (Nanook of the North), de Robert Flaherty (EUA) (1922)
Opinião Pública, de Arnaldo Jabor (Brasil) (1965)
Viramundo, de Geraldo Sarno (Brasil) (1965)

Foto: Divulgação.

Festival de Cannes 2022: Forest Whitaker será homenageado com a Palma de Ouro honorária

por: Cinevitor
O homenageado já foi premiado como melhor ator no festival, em 1988, com Bird.

O Festival de Cannes 2022, que acontecerá entre os dias 17 e 28 de maio, anunciou nesta quinta-feira, 05/05, que o ator americano Forest Whitaker será o grande homenageado desta 75ª edição com a Palma de Ouro honorária.

Seguindo Jeanne Moreau, Bernardo Bertolucci, Jane Fonda, Jean-Paul Belmondo, Manoel de Oliveira, Jean-Pierre Léaud, Agnès Varda, Alain Delon e Jodie Foster, Forest receberá a honraria por sua brilhante trajetória artística e por seu compromisso humanitário com questões atuais importantes. Em comemoração, For the Sake of Peace, de Christophe Castagne e Thomas Sametin, produzido por Whitaker, será exibido em uma sessão especial.

Em comunicado oficial, o ator declarou: “Há 34 anos participei de Cannes pela primeira vez e isso mudou minha vida, pois me garantiu que tomei a decisão certa de me dedicar a encontrar conectividade na humanidade através do cinema. É sempre um privilégio voltar a este belo festival para exibir meu próprio trabalho e ser inspirado por muitos dos maiores artistas do mundo. Me sinto incrivelmente honrado por ser celebrado como parte do importante 75º aniversário do festival”.

Em 1988, Forest Whitaker participou do Festival de Cannes pela primeira vez. Na ocasião, apresentou Bird, de Clint Eastwood, no qual interpretou o protagonista Charlie Parker, saxofonista visionário. Por sua atuação na cinebiografia, levou o prêmio de melhor ator naquele ano. Porém, antes disso, já tinha se destacado em outros trabalhos, como: A Cor do Dinheiro, de Martin Scorsese; Platoon, de Oliver Stone; e Bom Dia, Vietnã, de Barry Levinson.

Thierry Frambux, diretor geral do festival, falou sobre o homenageado: “Ao receber Forest Whitaker em Cannes, pude conhecer e admirar um artista de intenso carisma e presença luminosa. Sua filmografia é deslumbrante e plenamente realizada. Também observei de perto suas convicções como homem e a atenção que ele carrega para a geração jovem. Através de sua fé por um mundo melhor e seu compromisso, ele contribui para torná-lo um lugar melhor. Raros são os artistas que alcançam um equilíbrio tão bonito e Forest o consegue e dá o exemplo”.

Pierre Lescure, presidente do Festival de Cannes, acrescentou: “É uma tradição do Festival de Cannes homenagear aqueles que fizeram a sua história e Forest Whitaker é um deles. Ele é esse jovem ator que Clint Eastwood revelou em Bird e aquele homem que amplia sua visão do mundo para oferecê-lo a quem sofre e a quem luta. Gratidão do mundo do cinema”.

Além de Bird, Forest passou outras diversas vezes pelo festival com filmes como: Perigosamente Harlem, de Bill Duke; Os Invasores de Corpos: A Invasão Continua, de Abel Ferrara; Ghost Dog: Matador Implacável, de Jim Jarmusch; Zulu, de Jérôme Salle; entre outros. Em 2007, ganhou o Oscar de melhor ator por seu trabalho em O Último Rei da Escócia, de Kevin Macdonald.

Seu currículo conta com outros trabalhos marcantes na carreira, entre eles: Traídos pelo Desejo, Cortina de Fumaça, O Quarto do Pânico, Por um Fio, Os Reis da Rua, Nocaute, Rogue One: Uma História Star Wars, O Mordomo da Casa Branca, Pantera Negra e Respect: A História de Aretha Franklin.

Além de sua filmografia como ator, também dirigiu quatro longas-metragens: À Mão Armada, vencedor do Prêmio FIPRESCI no Festival de Toronto; Falando de Amor, premiado no Image Awards; Quando o Amor Acontece; e A Filha do Presidente. Forest também assina como produtor de diversos filmes, entre eles: Fruitvale Station: A Última Parada, de Ryan Coogler, premiado na mostra Un Certain Regard, em 2013;  Dope: Um Deslize Perigoso, de Rick Famuyiwa, que participou de Cannes, em 2015; e Songs My Brothers Taught Me, de Chloé Zhao, exibido na Quinzena dos Realizadores, em 2015. 

Sua trajetória também é marcada por seu engajamento humanitário. Em 2012, fundou a WPDI, Whitaker Peace & Development Initiative, uma ONG que atua em Uganda, Sudão do Sul, México, África do Sul, Camarões, Chade, Gabão e até Los Angeles. Trabalhando pela paz e resiliência econômica em territórios marcados por conflitos armados e violência, a WPDI ajudou mais de um milhão e meio de pessoas, graças a uma rede composta por mais de 2.500 jovens líderes e 14 centros de aprendizagem. Forest Whitaker também é o enviado especial da UNESCO para a Paz e Reconciliação e membro do Grupo de Defesa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Foto: Divulgação/WPDI.