Cena do longa A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes.
A 32ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontecerá entre os dias 7 e 13 de outubro, divulgou os títulos em competição nas principais mostras do evento: ibero-americana de longa-metragem e brasileira de curta-metragem, que serão exibidas no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza.
A pandemia e a crise econômica afetaram o Brasil de diferentes maneiras e pontos de vista. E, diante dessa realidade que não é homogênea, a identidade brasileira pode inspirar sensações para muito além do que está posto. Por isso, buscar a unidade desses diferentes pedaços de país foi o fio condutor para a seleção dos filmes do Cine Ceará 2022.
Na mostra competitiva ibero-americana de longa-metragem, procurou-se fazer uma seleção que privilegiasse a diversidade, tanto temática como estética. Dois dos oito longas são nacionais: A Filha do Palhaço, ficção do diretor Pedro Diógenes, que conta a história de Joana, uma adolescente de 14 anos que acompanha o pai, o humorista Renato, por seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza; e O Acidente, filme dirigido por Bruno Carboni, que narra um acidente com a ciclista Joana e o encontro dela com a família do motorista.
Também estão na competição de longas: Lo Invisible, de Javier Andrade, selecionado pelo Equador para representar o país no Oscar 2023; La Piedad, filme espanhol de Eduardo Casanovas, premiado pelo júri no Festival de Cine de Karlovy Vary e eleito o melhor filme internacional no 26º Festival Internacional Cine Fantasia, em Montreal; e Niños de Las Brisas, de Marianela Maldonado, documentário filmado ao longo de uma década que acompanha a trajetória de três jovens venezuelanos para se tornarem músicos profissionais no conceituado El Sistema, cujo modelo de ensino foi adotado por diversos países europeus, e que formou músicos como o renomado maestro Gustavo Dudamel.
E mais: Green Grass, coprodução entre Chile e Japão dirigida por Ignacio Ruiz; Vicenta B., do cubano Carlos Lechuga; e o argentino Las Cercanas, de María Alvarez, completam a seleção de longas-metragens. Sobre a curadoria: “Passamos por um período de pandemia e crise econômica que afetou ou refletiu nos filmes que serão apresentados. No Cine Ceará não há distinção de gênero, temos filmes de ficção, documentários e animações na competitiva de longas. Lá, estão propostas de impacto, alegorias, experimentais e outros mais intimistas. Claro que também, como em anos anteriores, privilegiamos o cinema do Nordeste, particularmente a atual produção do Ceará”, disse o cineasta Vicente Ferraz, curador da mostra competitiva de longas.
Para a mostra competitiva brasileira de curta-metragem foram selecionadas 10 produções de sete estados do Brasil, dentre as quase 800 inscrições. Arthur Gadelha, curador desta categoria, revela que esses filmes vão ao encontro de um país “de revolta e fantasia. Uns voltados para a realidade, outros para a fantasia e subversão”. Entre os escolhidos, está o premiado Big Bang, de Carlos Segundo, produzido em Minas Gerais, consagrado no Festival de Locarno deste ano; também de Minas está o suspense/terror Cemitério das Flores, de Rafael Toledo.
A seleção de curtas segue com: Celeste (Sobre Nós), dirigido por Natália Araújo e produzido em Pernambuco; Elusão, de Taís Augusto, do Ceará; Infantaria, de Laís Santos Araújo, representando Alagoas; e O Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão, recentemente premiado em Gramado.
Também estão na lista quatro curtas documentais: Alexandrina – Um Relâmpago, da artista visual e cineasta Keila Sankofa, sobre uma mulher preta da Amazônia filha de negros escravizados; Camaco, de Breno Alvarenga, sobre um dialeto secreto que surge como forma de resistência de mineradores numa cidade no interior de Minas Gerais; Contragolpe, de Victor Uchôa, sobre a importância do boxe na periferia de Salvador; e o pernambucano Filhos da Noite, de Henrique Arruda, que acompanha as memórias e vivências de oito homens gays entre 50 e 70 anos.
Além da competição oficial, os curtas-metragens concorrem ao Prêmio Canal Brasil de Curtas. Realizado nos principais festivais de cinema do país, o prêmio tem como objetivo incentivar a produção audiovisual. O júri, composto por jornalistas e críticos de cinema, escolhe o melhor filme em competição, que recebe o Troféu Canal Brasil e R$15 mil.
Conheça os primeiros filmes selecionados para o 32º Cine Ceará:
LONGAS-METRAGENS | COMPETITIVA IBERO-AMERICANA
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (Brasil) Green Grass, de Ignacio Ruiz (Chile/Japão) La Piedad (A Piedade), de Eduardo Casanovas (Espanha/Argentina) Las Cercanas (Inseparáveis), de María Alvarez (Argentina) Lo Invisible (O Invisível), de Javier Andrade (Equador/França) Niños de Las Brisas (Meninos de Las Brisas), de Marianela Maldonado (Venezuela/Reino Unido/França) O Acidente, de Bruno Carboni (Brasil) Vicenta B., de Carlos Lechuga (Cuba/França/EUA/Colômbia/Noruega)
CURTAS-METRAGENS | COMPETITIVA BRASILEIRA
Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM) Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Camaco, de Breno Alvarenga (MG) Celeste (Sobre Nós), de Natália Araújo (PE) Cemitério de Flores, de Rafael Toledo (MG) Contragolpe, de Victor Uchôa (BA) Elusão, de Taís Augusto (CE) Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE) Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) O Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)
Cena do longa brasileiro Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal.
O Queer Lisboa tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas. Com a expansão crescente do cinema queer em grandes festivais internacionais, o evento português, criado em 1997, cumpre seu objetivo de divulgar estéticas e narrativas mundiais que ainda possuem acesso limitado para o grande público.
Neste ano, em sua 26ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 24 de setembro, a programação contará com 87 títulos, de 27 países. O filme de abertura será o português Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues, exibido recentemente no Festival de Cannes; o documentário Esther Newton Made Me Gay, de Jean Carlomusto, encerrará o evento. Além disso, a comédia dramática argentina Los Agitadores, de Marco Berger, ganhará uma sessão especial e a retrospectiva deste ano será Notes on Camp: o Delírio Drag de Gay Girs Riding Club.
Como de costume, o cinema brasileiro ganha destaque na seleção. Na mostra competitiva de longas-metragens de ficção, filmes de Fábio Leal e Gustavo Vinagre aparecem na lista, além de Coração Errante (Errante Corazón), de Leonardo Brzezicki, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Espanha, Chile e Holanda. Entre os documentários em competição, o Brasil aparece com Corpolítica, de Pedro Henrique França, que acompanha a candidatura de quatro pessoas LGBTQIA+ nas eleições de 2020; o filme é produzido pelo ator Marco Pigossi.
Já na competição de curtas-metragens, três produções nacionais, dirigidas por Maurício Chades, Elizabeth Rocha Salgado e Érica Sarmet, ganham destaque; o brasileiro Pedro Gonçalves Ribeiro aparece na mostra In My Shorts com a produção portuguesa Lugar Nenhum. A participação do Brasil no festival completa-se com títulos de Raphael Alvarez e Tatiana Issa, Breno Baptista e Caetano Gotardo.
O júri desta 26ª edição será formado por: Cláudia Lucas Chéu, Nuno Nolasco e Rita Azevedo Gomes na mostra competitiva de longas; Joana Frazão, Nathalie Mansoux e Rui Madruga nos documentários; Rodrigo Díaz, Rui Palma e Sandra de Almeida na competição de curtas-metragens e na mostra In My Shorts; e Jesse James, Luciana Fina e Vasco Araújo na competição Queer Art.
Conheça os filmes selecionados para o 26º Queer Lisboa:
COMPETIÇÃO | LONGAS
Coração Errante, de Leonardo Brzezicki (Argentina/Brasil/Espanha/Chile/Holanda) Girl Picture (Tytöt tytöt tytöt), de Alli Haapasalo (Finlândia) Joyland, de Saim Sadiq (Paquistão) Les meilleurs, de Marion Desseigne Ravel (França) Mi Vacío y Yo, de Adrián Silvestre (Espanha) Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal (Brasil) Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (Brasil) Wet Sand, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia)
COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Ardente·x·s/Fierce: a Porn Revolution, de Patrick Muroni (Suíça) C’è un Soffio di Vita Soltanto, de Matteo Butrugno e Daniele Coluccini (Itália/Alemanha) Corpolítica, de Pedro Henrique França (Brasil) Framing Agnes, de Chase Joynt (Canadá/EUA) Jimmy in Saigon, de Peter McDowell (EUA) Magaluf Ghost Town, de Miguel Ángel Blanca (Espanha) Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, de Isabelle Solas (Argentina/França) Soy Niño, de Lorena Zilleruelo (Chile/França)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS
a body is a body is a body, de Cat McClay e Éiméar McClay (Reino Unido) La belle et la bête, de Mathieu Morel (França) Billy Boy, de Sacha Amaral (Argentina) Colmeia, de Maurício Chades (Brasil) Dans le silence d’une mer abyssale, de Juliette Klinke (Bélgica) Des jeunes filles enterrent leur vie, de Maïté Sonnet (França) Dihya, de Lucia Martínez Garcia (Suíça) Insieme Insieme, de Bernardo Zanotta (França/Holanda) Isn’t It a Beautiful World, de Joseph Wilson (Reino Unido) Let My Body Speak, de Madonna Adib (Reino Unido/Líbano) Letters from St. Petersburg, de Lotte Nielsen (Dinamarca) Mars exalté, de Jean-Sébastien Chauvin (França) Ob Scena, de Paloma Orlandini Castro (Argentina/EUA) On Xerxes’ Throne, de Evi Kalogiropoulou (Grécia) The Pass, de Pepi Ginsberg (EUA) The Perpetrators, de Richard Squires (Reino Unido) São Paulo Ferida Aberta, de Elizabeth Rocha Salgado (Brasil/Holanda) Silent Heat, de Luciënne Venner (Holanda) Sob Influência, de Ricardo Branco (Portugal) Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Érica Sarmet (Brasil) Uma Rapariga Imaterial, de André Godinho (Portugal) Yon, de Bárbara Lago (Argentina)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS | ESCOLA EUROPEIA IN MY SHORTS
Ceux que l’on choisit, de Elora Bertrand (França) Ceux qui désirent se connaître, de Korlei Rochat e Léonard Vuilleumier (Suíça) Chute, de Nora Longatti (Suíça) Escames, de Katherina Harder Sacre (Espanha) Gangnam Beauty, de Yan Tomaszewski (França/Coreia do Sul) Le Variabili Dipendenti, de Lorenzo Tardella (Itália) Lugar Nenhum, de Pedro Gonçalves Ribeiro (Portugal) Nina et les robots, de Cindy Coutant (França) Sad Cowboy Platonic Love, de Ciel Sourdeau (Suíça) Swimming Lesson, de Lisa Hürtgen (Alemanha) The Greatest Sin, de Gabriel B. Arrahnio (Alemanha) Yến, de Julia Diệp My Feige (Alemanha/Vietnã)
PANORAMA
Bambi, a French Woman, de Sébastien Lifshitz (França) Black as U R, de Micheal Rice (EUA) BR Trans, de Raphael Alvarez e Tatiana Issa (Brasil) La Fracture, de Catherine Corsini (França) Hideous, de Yann Gonzalez (Reino Unido) Loving Highsmith, de Eva Vitija (Suíça/Alemanha) Manscaping, de Broderick Fox (EUA/Austrália/Canadá) Panteras, de Breno Baptista (Brasil) Viens je t’emmène, de Alain Guiraudie (França)
QUEER ART
First Time (the Time for All but Sunset – Violet), de Nicolaas Schmidt (Alemanha) Jerk, de Gisèle Vienne (França) Neptune Frost, de Anisia Uzeyman e Saul Williams (EUA/Ruanda) Queens of the Qing Dynasty, de Ashley Mckenzie (Canadá) Travesía Travesti, de Nicolás Videla (Chile/Argentina) Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang, de Robin Hunzinger (França/Suíça) Une dernière fois, de Olympe de G. (França) Você Nos Queima, de Caetano Gotardo (Brasil)
Foram anunciados nesta terça-feira, 30/08, em cerimônia apresentada por Daniel Porpino e Danny Barbosa, os vencedores da primeira edição do FestincineJP, Festival Internacional de Cinema de João Pessoa, que contou com exibição de filmes em sessões gratuitas, encontros e oportunidades de negócios para o mercado audiovisual.
O festival, realizado pela Funjope, Fundação Cultural de João Pessoa, surgiu com a ideia de difundir o cinema mundial para a população de João Pessoa e incentivar o mercado audiovisual da Paraíba e arredores. A programação contou também com o momento de lançamento de políticas públicas estruturantes para o mercado audiovisual local como a Agência de Cinema e Audiovisual de João Pessoa e a JP Film Comission.
Para esta primeira edição, 127 projetos foram inscritos para o ambiente de mercado, além de 379 filmes, sendo 55 longas-metragens e 324 curtas. Considerando os longas, o Brasil inscreveu 50 filmes, dos quais, nove da Paraíba. Porém, outros países também enviaram suas produções, como Chile, Argentina, Colômbia, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Áustria, Bolívia e Paraguai. No ambiente de mercado, participaram projetos de ficção, documentário, animação e factual nos formatos de filmes de curta, média e longa-metragem, além de série, programa de TV e variedades.
Além dos prêmios, a noite de encerramento contou também com homenagens póstumas ao ator, encenador, dramaturgo, professor e cineasta Eliézer Rolim; ao cineasta e montador Ely Marques; e também ao diretor e fotógrafo Breno Silveira.
Conheça os vencedores do I Festival Internacional de Cinema de João Pessoa:
PRÊMIO CINEMA DO BRASIL Malaika, de André Morais (Brasil)
MELHOR LONGA-METRAGEM Se Dios Fuera Mujer, de Angélica Cervera Aguirre (Espanha)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI | LONGA-METRAGEM Amparo, de Simón Mesa Soto (Colômbia)
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira), de Bertrand Lira (Brasil)
MELHOR CURTA-METRAGEM Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (Brasil)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI | CURTA-METRAGEM Mamapara, de Alberto Flores Vilca (Peru/Argentina/Bolívia)
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Calunga Maior, de Thiago Costa (Brasil)
MELHOR LONGA-METRAGEM PARAIBANO Pele Fina, de Arthur Lins
MELHOR CURTA-METRAGEM PARAIBANO Calunga Maior, de Thiago Costa
MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros
MENÇÃO HONROSA | LONGA-METRAGEM Rebento, de André Morais
PRÊMIO PROJETO PARADISO Helô no Espaço, de Dennis Sabino
Kika Sena no longa pernambucano Paloma, de Marcelo Gomes.
O Festival do Rio 2022, que acontecerá entre os dias 6 e 16 de outubro, anunciou os títulos selecionados para a Première Brasil, considerada uma das principais vitrines do cinema brasileiro. Neste ano, foram selecionadas 70 produções nacionais, entre longas e curtas, de novos talentos e de realizadores consagrados, entre os mais de 450 curtas e 200 longas inscritos.
As obras estão divididas nas mostras competitivas (Competição Oficial e Novos Rumos) e nas mostras especiais (Hors Concours, Retratos e O Estado das Coisas). Além disso, a Première Brasil também realiza sessões e debates presenciais com as equipes dos filmes e oferece ao público o privilégio do voto popular para escolha do melhor filme de ficção, melhor documentário e melhor curta.
O Festival do Rio 2022 retorna ao seu mês tradicional e acontecerá em diversas salas de cinema, como as do Circuito Estação NET, entre outras. De volta ao circuito está o icônico Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, na Cinelândia, que receberá as noites de gala de filmes internacionais e nacionais hors concours.
“A Première Brasil foi criada para ser uma grande janela para o cinema brasileiro. Nos interessa, mais que tudo, tornar nossos filmes acessíveis e conhecidos dentro do Brasil e para todos os públicos. O Festival do Rio também se consolidou como uma importante plataforma para o cinema brasileiro no exterior, projetando nosso prestígio e talento internacionalmente”, disse Ilda Santiago, diretora executiva de programação do Festival do Rio.
Conheça os filmes selecionados para a Première Brasil 2022:
PREMIÈRE BRASIL | COMPETITIVAS
LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta, de Fernando Fraiha (RJ) Bocaina, de Ana Flávia Cavalcanti e Fellipe Barbosa (RJ) Carvão, de Carolina Markowicz (SP) Fogaréu, de Flávia Neves (RJ) Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Paloma, de Marcelo Gomes (PE) Paterno, de Marcelo Lordello (PE) Perlimps, de Alê Abreu (SP) Propriedade, de Daniel Bandeira (PE) Regra 34, de Julia Murat (RJ) Transe, de Carolina Jabor e Anne Pinheiro Guimarães (RJ)
LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO
7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi (RJ) A Assembleia – Brasil, de Beatriz Sayad, Heloisa Passos e Juliana Jardim (SP) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (RJ) Exu e o Universo, de Thiago Zanato (SP) Fausto Fawcett na Cabeça, de Victor Lopes (SP) Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie (SP) Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ) Nossa Pátria Está Onde Somos Amados, de Felipe Hirsch (SP) Sociedade do Medo, de Adriana L. Dutra (RJ)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS
Abscesso, de Bianca Iatallese (SP) Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Cinema Vivo, de Chris MN (RJ) Contando Aviões, de Fabio Rodrigo (SP) Escasso, de Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (BA) Kokoro – de coração a coração, de André Hayato Saito (SP) Mulheres Árvore, de Wara (CE) Peixes não se afogam, de Anna Azevedo (RJ) O Senhor do Trem, de Aída Queiroz e Cesar Coelho (RJ) Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ) Selfie, de Alex Sernambi (RS) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC) Tiro de Misericórdia, de Augusto Barros (MG)
PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS
COMPETIÇÃO LONGAS
A Cozinha, de Johnny Massaro (RJ) A Filha do Caos, de Juan Posada (RJ) Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG) Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zaumpaulo (SP) O Acidente, de Bruno Carboni (RS) Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP) Lilith, de Bruno Safadi (RJ) Ciclo, de Ian SBF (RJ)
COMPETIÇÃO CURTAS
Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcellos (PB) Caminhos Afrodiaspóricos do Recôncavo da Guanabara, de Wagner Novais (RJ) Curupira e a Máquina do Destino, de Janaína Wagner (SP) e nada mais disse., de Júlia Menna Barreto (RJ) Entre a Colônia e as Estrelas, de Lorran Dias (RJ) Êra Punk, de Flávio Galvão (SP) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Iceberg, de Will Domingos (RJ)
HORS CONCOURS
Abestalhados 2, de Marcos Jorge e Marcelo Botta (SP) Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho, de Pedro Bronz (RJ) A Praga, de José Mojica Marins + A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira (SP) Derrapada, de Pedro Amorim (RJ) Down Quixote, de Leonardo Cortez (SP) Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti (RJ) O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte (RJ) Pérola, de Murilo Benício (RJ)
NOVOS RUMOS | HORS CONCOURS Domingo à Noite, de André Bushatsky (SP)
PREMIÈRE BRASIL: O ESTADO DAS COISAS
Boicote, de Julia Bacha (RJ) Corpolítica, de Pedro Henrique França (SP) Direito de Sonhar, de Theresa Jessouroun (RJ) Fio do Afeto, de Bianca Lenti (RJ) Palco de Luta, de Iberê Carvalho (DF) Regenerar: caminhos possíveis em um planeta machucado, de Maria Clara Parente (RJ) Um Tiro no Escuro, de Paulo Ferreira (RJ)
CURTAS-METRAGENS
Romão, de Clementino Júnior (RJ) Socorro, de Susanna Lira (RJ) Sinfonia da Vacina, de Guilherme Coelho e Julia De Simoni (RJ) Tekoha, de Carlos Adriano (SP)
PREMIÈRE BRASIL: RETRATOS
Belchior – Apenas um Coração Selvagem, de Natália Dias e Camilo Cavalcanti (RJ) Daniel Senise – Nem tudo tem que ser sobre alguma coisa, de Bernardo Pinheiro (RJ) De Você Fiz Meu Samba, de Isabel Nascimento Silva (RJ) Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, de Roberto de Oliveira (RJ) Elton Medeiros: o sol nascerá, de Pedro Murad (RJ) Luzes Mulheres Ação, de Eunice Gutman (RJ) Otto: de trás p/ diante, de Helena Lara Resende e Marcos Ribeiro (RJ) Quando a Coisa Vira Outra, de Marcio de Andrade (DF)
PREMIÈRE BRASIL: ESPECIAL CLÁSSICOS
Assalto ao Trem Pagador, de Roberto Farias (1962) O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte (1962)
OUTRAS MOSTRAS
MIDNIGHT O País da Pornochanchada, de Adolfo Lachtermacher (RJ)
Ao todo, foram 28 longas-metragens inscritos e habilitados a concorrer à vaga e, pela primeira vez, a eleição será realizada em dois turnos. No dia 5 de setembro será escolhido, entre os seis pré-selecionados, o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2023.
Presidida por Bárbara Cariry, a Comissão de Seleção deste ano é formada por 19 membros: André Pellenz, Barbara Cariry, Cavi Borges, David França Mendes, Eduardo Ades, Guilherme Fiúza Zenha, Jeferson De, João Daniel Tikhomiroff, João Federici, José Geraldo Couto, Juliana Sakae, Marcelo Serrado, Maria Ceiça de Paula, Patricia Pillar, Petra Costa, Renata Almeida, Talize Sayegh, Waldemar Dalenogare Neto e Zelito Viana.
Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com o drama Deserto Particular, de Aly Muritiba, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é a única entidade responsável pela seleção do filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.
Conheça os seis filmes pré-selecionados:
A Mãe, de Cristiano Burlan A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky Carvão, de Carolina Markowicz Marte Um, de Gabriel Martins Pacificado, de Paxton Winters Paloma, de Marcelo Gomes
Conheça os outros filmes que foram inscritos:
5 Casas, de Bruno Gularte Barreto A Espera de Liz, de Bruno Torres Amado, de Edu Felistoque e Erik de Castro A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann Aos Nossos Filhos, de Maria de Medeiros As Verdades, de José Eduardo Belmonte Assalto na Paulista, de Flavio Frederico Cano Serrado, de Erik de Castro Coisa Pública, de André Borelli Eduardo e Mônica, de René Sampaio Eike – Tudo ou Nada, de Andradina Azevedo e Dida Andrade Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura Espero que esta te encontre e que estejas bem, de Natara Ney Ménage, de Luan Cardoso Mirador, de Bruno Costa O Segundo Homem, de Thiago Luciano Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira Papai é Pop, de Caito Ortiz Predestinado: Arigó e o Espírito de Dr. Fritz, de Gustavo Fernandez São Ateu, de Hiro Ishikawa Tarsilinha, de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo Transversais, de Émerson Maranhão
Cena do curta pernambucano Redoma, de Pedro Vitor Ferraz: premiado.
A sétima edição do festival VerOuvindo, que promove o cinema brasileiro com acessibilidade, aconteceu durante a Semana Estadual da Pessoa com Deficiência. Todas exibições de filmes de curta e de longa-metragem contaram com tradução em Libras (língua brasileira de sinais), audiodescrição e legendas para surdos e ensurdecidos.
O 7º Festival VerOuvindo promoveu exibição de curtas e longas, atividades formativas bilíngues (português e Libras) como a Jornada VerOuvindo, masterclasses e debates sobre audiovisual e acessibilidade comunicacional. Além de exibir filmes, o VerOuvindo produz conteúdo acessível para as obras audiovisuais.
Neste ano, o júri de audiodescrição foi formado por: Cida Leite, Flávia Mayer e Lívia Motta; o time do júri da mostra competitiva de Libras contou com: Mirella Correia e Sá Cavalcanti, Mariana da Hora, Carlos di Oliveira e Angela Russo.
Conheça os vencedores do 7º VerOuvindo – Festival de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife:
Melhor TALS de Animação Regionalização do Espaço Mundial, de Desenrolado (CE) Tradutor e intérprete de Libras: Gracy Kelly Amaral Barros Consultor de Libras: Narlya de Oliveira Santos
Melhor Audiodescrição de Ficção Redoma, de Pedro Vitor Ferraz (PE) Roteiro e narração: Danielle França Consultoria: Milton Carvalho
Melhor Audiodescrição de Documentários Por entre as frestas, de Luini Nerva (RS) Roteiro: Mimi Aragón e Letícia Schwartz Consultoria: Manoel Negraes e Rafael Braz Narração: Rodrigo Sacco Teixeira
Menção Honrosa do Júri de Audiodescrição O peixe: a pequena ponte entre a gula e a luxúria, de Natasha Jascalevich (RJ) Roteiro: Renato Calvet e Larissa Costa Consultoria: Alessandro Câmara Narração: Renato Calvet
Melhor TALS | Júri Popular Das Goiabeiras ao Iguape, de Diógenes Lopes (CE) Tradução e intérprete de Libras: Vinicius Scheffer Consultor de Libras: Rundesth Saboia
Melhor Audiodescrição pelo Júri Popular O Riso da Mata, de Priscila Jácomo e Melquior Brito (SP) Roteiro e Narração: Andréia Paiva Consultoria: Felipe Monteiro
João de Cordeira no curta pernambucano Cabocolino, de João Marcelo.
A nona edição do Festival de Cinema de Caruaru aconteceu entre os dias 21 e 27 de agosto, na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho. Depois de dois anos de realização on-line, o festival retomou sua versão presencial com oito mostras competitivas, além de atividades educativas voltadas para o audiovisual.
A curadoria selecionou 74 obras, sendo 5 longas e 69 curtas; e foi assinada por: Edvaldo Santos, realizador e professor; Luciano Torres, ator e diretor; Priscila Urpia, jornalista, fotógrafa e produtora; e Stephanie Sá, jornalista.
Neste ano, a atriz, produtora, diretora, educadora e formada em Direito e Contabilidade, Arary Marrocos, um dos principais símbolos das Artes Cênicas em Caruaru, foi a grande homenageada. Natural de Belo Jardim, mudou-se para a capital do Agreste ainda no início da adolescência, quando, em 1952, iniciou suas atividades artísticas, fundando, junto aos amigos da época, o grupo Teatro Estudantil do Colégio Estadual de Caruaru.
Depois de atuar como professora, fundou o MTR, Movimento Teatral Renovador, que, depois de um tempo, recebeu uma nova nomenclatura que carrega até hoje: TEA, Teatro Experimental de Arte. A entidade, que é a segunda mais antiga em atividades ininterruptas no Brasil, é voltada para o desenvolvimento das Artes Cênicas entre a juventude caruaruense, principalmente para estudantes do Ensino Fundamental e Médio e já formou mais de mil atores em seus 60 anos de existência.
Para além do teatro, Arary também tem uma participação no cinema caruaruense, atuando em filmes independentes como o Dia do Caçador, exibido no Festival de Cinema de Caruaru, e contribuindo para a formação de atores que figuram diversas outras obras cinematográficas a nível regional e nacional.
O júri desta edição foi formado por: Amanda Mansur, Bertrand Lira e Juliana Leitão na mostra de longa-metragem; Carlos Kamara, Adelina Pontual e Maria Alves nas mostras de curtas-metragens; e Dayane Jeniffer, Gabriel Jeneci, Joane Isabel, Katherine Soares e Maria Ferreira no Júri Jovem, formado a partir da oficina de Introdução à Crítica Cinematográfica.
O prêmio de melhor longa-metragem brasileiro, segundo o Júri Oficial, foi para Ursa, de William de Oliveira. A justificativa diz: “O filme emociona do início ao fim. O roteiro parte de uma história que vemos diariamente nos jornais, mas com uma singularidade muito própria. O cuidado ao contar a trajetória de uma mãe que sofre uma realidade com a qual muitos podem se identificar é digno de todos os aplausos”.
Já o prêmio de melhor filme da Mostra Agreste foi para Cabocolino, de João Marcelo, com a seguinte justificativa: “O filme tem a retórica de manter viva a cultura popular, através de uma tradição popular que repassa a ancestralidade, que dá destaque a arte popular e a fé de um povo”.
O júri da Mostra Brasil concedeu o prêmio principal para o curta-metragemSideral, de Carlos Segundo. A justificativa diz: “O filme tratou o tema da relação familiar com bastante originalidade. A narrativa seguiu em um ritmo conciso e seguro, chegando ao clímax do inusitado, o que foi abordado de maneira trangicômica na narrativa do filme”.
Conheça os vencedores do 9º Festival de Cinema de Caruaru:
MOSTRA BRASIL | LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: Ursa, de William de Oliveira (PR) Melhor Direção: William de Oliveira, por Ursa Melhor Roteiro: Ursa, escrito por William de Oliveira Melhor Ator: Enzo Gabriel, por Onde Fica a Nova Esperança? Melhor Atriz: Adriana Sottomaior, por Ursa Melhor Fotografia: Onde Fica a Nova Esperança?, por Alan Schvarsberg Melhor Direção de Arte: Onde Fica a Nova Esperança?, por Marcus Takatsuka Melhor Desenho de Som: Ursa, por Henrique Bertol Melhor Pôster: Achados Não Procurados Menção Honrosa: trilha sonora de Achados Não Procurados, por Zeca Baleiro
MOSTRA BRASIL | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo (RN) Melhor Direção: Arthur Gonzaga, por Filhos da Periferia Melhor Roteiro: Memória de Quem (Não) Fui, escrito por Thiago Kistenmacker Melhor Ator: Wesley Guimarães, por Quantos Mais? Melhor Atriz: Estela Nunes, por Lado a Lado Melhor Fotografia: Jamary, por Reginaldo Tyson Melhor Direção de Arte: Neila Albertina, por Desejo Melhor Desenho de Som: Lado a Lado, por Rafael Laurenti Melhor Pôster: Filhos da Noite
MOSTRA AGRESTE
Melhor Filme: Cabocolino, de João Marcelo (Surubim, PE) Melhor Direção: Fabi Melo, por Nem Todas as Manhãs São Iguais Melhor Roteiro: Essa Saudade, escrito por Samy Sah Melhor Fotografia: Cabocolino, por Marlom Meirelles Melhor Direção de Arte: O Peso do Ser, por Iomana Rocha Melhor Desenho de Som: Chiquinho da Rata, por Giancarlo Galdino Melhor Ator: Icaro Limeira, por Chiquinho da Rata Melhor Atriz: Maria Alice Santos, por Nem Todas as Manhãs São Iguais Melhor Pôster: Alto das Flores Menção Honrosa: Cine Aurélio, de Kennel Rógis; através da metalinguagem, o filme aborda o personagem principal para mostrar a força do cinema e sua resistência no interior do estado de Pernambuco. O protagonista personifica a luta de manter as portas abertas dos poucos cinemas de rua que ainda persistem e insistem em mostrar à população o cinema que, inclusive, é feito por pernambucanos.
MOSTRA LATINO-AMERICANA | CURTA-METRAGEM Melhor Filme: Latente, de Clara Eva Faccioli (Argentina)
MOSTRA FANTÁSTICOS Melhor Filme: Mamãe, de Hilda Lopes Pontes (BA)
MOSTRA ADOLESCINE Melhor Filme: Miado, de Victória Silvestre (SP)
MOSTRA INFANTIL Melhor Filme: A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
MOSTRA VIDEOCLIPE Chorar, de Karola Nunes, Pacha Ana e Curumin; dirigido por Juliana Segóvia (MT)
JÚRI JOVEM | MELHOR FILME
Mostra Brasil (longas): Achados Não Procurados, de Fabi Penna (SC) Justificativa: com uma construção narrativa excelente e subversiva, o filme satiriza mostrando possíveis e palpáveis absurdos. Esse passeio é conduzido com excelência por uma direção apaixonada, que faz um ótimo uso de seus planos sequência. Um dos protagonistas, interpretado por Roney Villela, tem uma presença marcante, que traz ainda mais dinamismo para o filme e potencializa o humor em diversas cenas, reforçando esse lado satírico retratado no longa. Sutilmente agressivo, o filme consegue ser extremamente provocativo, o que é consolidado a partir dos cenários criados por Carlos Mosca. Achados Não Procurados é um título que funciona para a excelente experiência de assisti-lo, já que Fabi Penna entrega um verdadeiro achado que não estávamos procurando.
Mostra Brasil (curtas): Sideral, de Carlos Segundo (RN) Justificativa: Sideral constrói sua narrativa distópica com uma brilhante sobriedade estética. Ao utilizar a fotografia em preto e branco, a obra consegue nos surpreender combinando a tensão sóbria das imagens e a comicidade dos diálogos construídos. O curta também nos apresenta a condição da mulher naquele ambiente e como isso está atrelado a realidade brasileira. O filme nos encanta pelo seu roteiro bem trabalhado, pelo uso da câmera estática e pela incrível atuação que consegue transpassar de forma espontânea o objetivo da obra. Ao destacar esses pontos, consideramos Sideralum filme impressionante.
Mostra Agreste: Cine Aurélio, de Kennel Rógis (Toritama, PE) Justificativa: com uma história bonita e singela, nos mostra como é se apaixonar genuinamente pelo cinema. Com esse recorte, Cine Aurélio demonstra não apenas como contar uma história, mas também como mostrá-la. A câmera intimista que passa pelo documentário, a narração pontual e a montagem básica, clara e precisa, passa a quem assiste toda a grandiosidade da história. A última cena, espetacular, fecha bem o curta, nos fazendo entender como o cinema, além de ser algo coletivo, é uma atividade individual. Diante disso, podemos observar a importância dessa obra para o cinema do agreste.
Neste ano, o evento, dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, exibiu 228 filmes, representando 41 países. Foram programados 119 títulos brasileiros, sendo 37 deles em pré-estreia mundial. Foram promovidos encontros, debates, masterclass, lançamento de livros, seminário Conexão USP Kinoforum e uma exposição de arte com NFT.
O Prêmio Revelação, para cineastas de filmes realizados em escolas e cursos audiovisuais, foi entregue para Cantareira, produção paulista assinada por Rodrigo Ribeyro. A obra, que se destacou no Festival de Cannes do ano passado, acompanha um jovem garçom em seu retorno ao lugar em que cresceu: a casa do avô na Serra da Cantareira. A premiação concede uma série de materiais e serviços, que permitem ao diretor a realização de um novo curta-metragem, oferecidos por empresas da área audiovisual, como locação de equipamentos e mixagem. O júri foi formado por Cecilia Barroso, Isabel Wittmann e Mariana Queen Nwabasili.
Além disso, quatro prêmios de aquisição, fruto de parcerias do evento com emissoras de TV e plataformas digitais de streaming, foram revelados. O Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil e um contrato de licenciamento para o melhor filme dos programas brasileiros, escolhido por um júri especializado, teve como vencedor Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro, que se passa na periferia de uma cidade do interior paulista na qual um jovem tenta recuperar sua égua enquanto convive com o crime e o barulho ensurdecedor de uma sociedade conservadora.
O Prêmio TV Cultura, no valor de R$ 8 mil e destinado a um curta produzido no estado de São Paulo a ser exibido na grade de programação da emissora, foi conquistado por Tamo Junto, de Pedro Conti. Na trama, dois vizinhos passam a tornar cada momento de interação como grandes preciosidades; o trabalho conta com a voz do rapper Criolo e da atriz Luciana Silveira, com a participação de Emicida na trilha sonora. O júri, nomeado pelo canal, foi composto pela artista visual Claudia Colagrande e pelos cineastas Daniel Santiago e Toni Venturi.
Já a Menção TV Cultura para Novos Olhares, outorgada para curtas produzidos em oficinas de realização audiovisual, garantindo uma janela de exibição na grade da emissora, foi para Raízes do Mercado, de Jaime Santos, Daniel C. Souza, Samara Faustino e Francina F. de Lisboa; a obra é uma realização das Oficinas Querô.
O Prêmio SescTV, destinado a diretores estreantes, contempla um filme brasileiro e um filme estrangeiro com R$ 6 mil cada, além de licenciamento pelo período de dois anos. O Prêmio Porta Curtas e Canal Curta!, promovido, respectivamente, pelo portal e pelo canal a cabo, é destinado a um filme da Mostra Brasil, que recebe R$ 5 mil, e é eleito de forma on-line pelos usuários do portal.
Nova premiação no evento, o Prêmio API é concedido pela Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro para um para um filme da Mostra Limite e para um título da Mostra Latino-Americana. O Troféu Borboleta de Ouro reconhece três destaques (um brasileiro, um estrangeiro e um prêmio especial) para curtas que tratam da diversidade sexual, selecionados pela equipe do Cineclube LGBT+ entre os filmes de 2021 e 2022 programados no festival. Por sua vez, o Troféu Kaiser – Destaque ABCA para a melhor animação, promovido pela Associação Brasileira de Cinema de Animação, elege o melhor filme animado exibido no evento.
Vale lembrar que a programação do 33º Curta Kinoforum continua neste fim de semana, com sessões especiais. No Centro Cultural São Paulo serão exibidas, no sábado e domingo, programas infantis. No mesmo local, assim como no MIS e na Cinemateca Brasileira, estão programadas sessões com as obras favoritas do público e um programa com destaques brasileiros do festival este ano. Ainda no Centro Cultural São Paulo, no domingo estão programados a exibição de trabalhos realizados por oficinas de realização e um encontro reunindo coletivos audiovisuais.
Até domingo, 28/08, seguem disponíveis dezenas de títulos do festival nas plataformas digitais Itaú Cultural Play, Porta Curtas e Sesc Digital. O projeto Cinema na Comunidade apresenta curtas da programação na Casa de Cultura da Penha e no Cine Minhocão (ambos no sábado), no Cineclube ETEC Jornalista Roberto Marinho, em Cidade Monções (terça-feira, 30/08) e no Cine Taipas, no Jardim Alvina (quarta-feira, 31/08).
Já no blog Crítica Curta, acessível através do site oficial do festival, estão resenhas de filmes e programas do 33º Curta Kinoforum, resultado de oficina de crítica cinematográfica coordenada pelo jornalista e crítico Thiago Stivaletti.
Conheça os vencedores do Curta Kinoforum 2022:
PRÊMIO REVELAÇÃO Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP)
10+ BRASIL | VOTO DO PÚBLICO
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB) Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP) Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (SP) Chaguinhas, de Diego Hajjar e Fernando Martins (SP) Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP) Coletânea de Histórias Extremamente Curtas, de Pedro Fraga Villaça (SP) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Tertuliano de Barros e Rafael Rogante (RO) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Pedra Polida, de Danny Barbosa (PB) Tamo Junto, de Pedro Conti (SP)
10+ ESTRANGEIROS | VOTO DO PÚBLICO
Aéreo, de Andrzej Jobczyk (Polônia) Datsun, de Mark Albiston (Nova Zelândia) Frida, de Mohamed Bouhjar (Tunísia) Meu Tigre, de Jean-Jean Arnoux (França) O Marinheiro Voador, de Wendy Tilby (Canadá) O Nascimento de uma Mão, de Lucila Podestá (Argentina) O Sonho de um Cavalo, de Marjan Khosravi (Irã) Passageiro, de Juan Pablo Zaramella (Argentina) Sapatos Vermelhos, de Anna Paděrová (República Tcheca) Soldado, de Francisco Sánchez Solís (México)
DESTAQUE LGBTQIA+ | TROFÉU BORBOLETA DE OURO Brasileiro: Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB) Internacional: A Vulvaláxia, de Sabrina Franco e Alejandra Gómez de la Torre (Peru) Prêmio Especial: Carla da Vitória, personagem de Transviar, de Maíra Tristão (ES/Alemanha)
DESTAQUE ABCA | MELHOR ANIMAÇÃO | TROFÉU KAISER Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile) Menção Honrosa: O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal/Bélgica)
PRÊMIO API | ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS INDEPENDENTES DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO Mostra Limite: The Spiral, de María Silvia Esteve (Argentina) Mostra Latino-Americana: Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)
PRÊMIO AQUISIÇÃO
Prêmio Canal Brasil: Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP) Prêmio TV Cultura: Tamo Junto, de Pedro Conti (SP) Menção TV Cultura para Novos Olhares: Raízes do Mercado, de Jaime Santos, Daniel Calado Souza, Samara Faustino e Francina Ferreira de Lisboa (SP) Prêmio Sesc TV | Mostra Internacional: Yon, de Bárbara Lago (Argentina) Prêmio Sesc TV | Mostra Brasil: Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP) Prêmio Porta Curtas e Canal Curta!: Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ)
Considerado um dos principais festivais de vanguarda do cinema fantástico no continente e membro fundador da FANTLATAM – Aliança de Festivais de Cinema Fantástico da América Latina, com direção de Monica Trigo, Eduardo Santana e Filippo Pitanga, o CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico chega à sua 14ª edição entre os dias 13 e 18 de setembro.
Com algumas das estreias mundiais mais aguardadas de cineastas aclamados, e algumas estreias latino-americanas premiadas ao redor do mundo, a programação traz o que há de melhor e mais inovador no cinema fantástico. São mostras diversas para todos os gostos e cinefilias, com produções advindas de todo o Brasil, da América Latina e do mundo.
A programação conta com 115 filmes: 14 longas, 92 curtas-metragens, cinco filmes convidados da mostra Final Girls Berlin e quatro do homenageado desta edição, o premiado ator José Dumont. As exibições acontecem em diversos locais da cidade de São Paulo, como Reserva Cultural e Cine Satyros Bijou.
O CINEFANTASY tem como meta a preocupação social e leva as produções para as periferias de São Paulo em um projeto permanente de difusão e circulação, contando com workshops e oficinas formativas de fomento para públicos diversos e também para as novas gerações. Além disso, foi precursor de metas de integração latino-americanas, igualmente estando na vanguarda do cinema fantástico em pautas afirmativas e de promoção de visibilidade à obras realizadas por diretoras mulheres e por diretores negros; foi também o primeiro festival do universo fantástico do mundo a incluir a temática LGBTQIA+ em seu regulamento.
Conheça os filmes selecionados para o 14º CINEFANTASY:
LONGAS-METRAGENS
A História do Metal e Terror (The History of Metal and Horror), de Mike Schiff (EUA) Antártica (Antarctica), de Keith Bearden (EUA) Bipolar, de Queena Li (China) Ivan, de Dani Manzini (Brasil) Mundo Proibido, de Alê Camargo e Camila Carrossine (Brasil) Mungunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (Brasil) Não Sei Quantas Almas Tenho, de Patrícia Niedermeier e Cavi Borges (Brasil) O Olho e a Parede (The Eye And The Wall), de Javier del Cid (Guatemala) O Sacrifício (El Sacrificio), de Diego Cañizal, Simón Tejeira e Alberto Serra (Panamá) Os Esquecidos: Cicatrizes (Los Olvidados: Scars), de Nicolás Onetti (Argentina) Stoyan, de Roberto Ruiz Céspedes (Espanha) Tempo com Gatos Nunca é Desperdício (Time Spent With Cats is Never Wasted), de Clive Michael Will (África do Sul) Verão Fantasma, de Matheus Marchetti (Brasil) Visitante, de Alberto Evangelio Ramos (Espanha)
CURTA BRASIL FANTÁSTICO
Blackout, de Rodrigo Grota Choke, de Rogério Cathalá Don Javier, de Cadu Rosenfeld O Crime da Penha, de Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella O Peixe, de Natasha Jascalevich Ok, Karen, de Hugo L. V. e Oliveira Silêncio Bruto, de João Gabriel Kowalski e João Gabriel Ferreira The Moons, de Gabriel Kalim Mucci Todos os Rostos que Amo se Parecem, de Davi Mello e Deborah Perrotta
CURTA FICÇÃO CIENTÍFICA
Alcançar o Vórtex (Alcanzar El Vortice), de Pedro Poveda (Espanha) Cracolice, de Fabio Cerpa (Itália) Invasão (Invasión), de Alejandro Cervantes (México) O Pulverizador (The Sprayer), de Farnoosh Abedi (Irã) Reenceto, de Lipe Veloso (Brasil) Será que no Futuro Seremos Todos Cactos?, de Thais de Almeida Prado e Fernanda Valdivieso (Brasil) To Err, de Nanci Cruz (Reino Unido) Única (Highlife), de Manuel Fernandez (México) Verão (Verano), de Anabel Diez (Espanha)
CURTA HORROR
Amara, de Danielle Amaral e Fernando Pompeu Neto (Brasil) Cruzeiro (Cruise), de Sam Rudykoff (Canadá) Estourando (Peaking), de Daniel Rands (Reino Unido) Gravidez (Expectancy), de Juho Fossi (Finlândia) Latente (Latent), de Clara Sosa Faccioli (Argentina) No Solo (In The Soil), de Casper Rudolf Emil Kjeldsen (Dinamarca) O Fundo (The Bottom), de Morgan Ruaidhrí O’Sullivan e James Kautz (EUA) Preso (Stuck), de David A. Roncone (Itália) Umbral, de Robert Gutiérrez del Álamo Guijarro (Espanha)
CURTA MULHERES FANTÁSTICAS
Areia (Sand), de Rossana Montoya (Colômbia) Entre Dois Mundos (Between Two Worlds), de Sofia Gutman (França) Futuros Amantes, de Jessika Goulart (Reino Unido) Gaueko, de María Monreal (Espanha) Triskelion, de Jessica Raes (Bélgica) Uma Pequena Morte (A Little Death), de Maria Pawlikowska (Reino Unido)
CURTA AMADOR/ESTUDANTE
A Botija, o Beato e a Besta-fera, de Túlio Beat (Brasil) Caveira Dourada, de João Augusto de Nardo Matos e JC Botelho (Brasil) Darklands, de Rafael Cipriani (Brasil) Emicouto feat Lill Lucaxxx – Covid 19, de Vinicius Kaham e Marco Souza (Brasil) Estática, de Gabriela Queiroz (Brasil) O Prazer de Matar Insetos, de Leonardo Martinelli (Brasil) Perpétuo, de Eduardo Sarmento, Isabela Firmo, Marcelo Barros, Mario Leite, Pedro Rosalba e Sofia Travassos (Brasil) Quando Ele Deitou Pela Última Vez, de Júlio Martínez de Mendonça (Brasil) Retrato, de Rodrigo Ribeiro Vieira (Brasil) Tic Tac, de Luara Moraes Leão (Brasil) Trem Parada Dura, de Lucas Gomes da Silveira (Brasil)
CURTA ANIMAÇÃO
Código (Kood), de Rao Heidmets (Estônia) Comam os Ricos (Eat The Rich), de Niven Wilson (EUA) Estranho Estrangeiro (Euh… Etrange ÉTranger), de Jef Dubrana (França) Lágrimas do Sena (Les Larmes De La Seine), de Alice Letailleur (França) Legado, de Pamela Falkenberg e Jack Cochran (Canadá) Me Liberte (Set Me Free), de Debrabata Kar (Índia) Mesa, de João Fazenda (Portugal) Mundo Dominó (Mondo Domino), de SUKI (França) Não Baixe A Guarda… Acerte-a! (Non Abassare La Guardia… Colpiscila!), de Lorenzo Clemente (Itália) O Pacote (La Meute), de Victoria Normand (França) Passagem (Passage), de Bartosz Jan Stępnik (Portugal) Selo, de Alessandro Corrêa (Brasil)
CURTA FANTASIA
Entrevista com Lo-Ting (Interview With Lo-Ting), de KaShing Chu (Hong Kong) Lã Quente (Hot Wool), de Tony Olsen (Nova Zelândia) Linde, de Miguel Pertejo (Espanha) Miragem (Mirage), de Sil van der Woerd (Holanda) Tenda do Amor (Love Shack), de Katsuto Kobayashi e Kenji Kobayashi (EUA) Valentina Versus, de E. M. Z. Camargo e Anne Lise Ale (Brasil)
CURTA FANTASTEEN/PEQUENOS FANTÁSTICOS
A Família Infernal (La Família Infernal), de Toni O. Prats e Callahan Ruiz (Espanha) A Incrível Sra. Lien Mourlen (The Incredible Mrs. Lien Mourlen), de Eleni Xoupa (Grécia) Baile da Magia, de Ana Maria Teixeira Hora e Lucas Correa de Castro Foresti (Brasil) Lágrimas de Bukhara (Tears of Bukhara), de Markel Goikoetxea Markaida (Uzbequistão) O Peixe Vermelho (The Red Fish), de Bassem Ben Brahim (Tunísia) O Sonho de Rebecca, de Laura Prado Lindman (Brasil) O Templo do Rei, de Verônica Cabral (Brasil) Pânico Panqueca! (Pancake Panic!), de David Filmore (EUA) Pintura Digital (Digital Painting), de Joana Buyo e Renan Ramos (Brasil)
CURTA FANTÁSTICA DIVERSIDADE
Ausência, de Alexia Araujo (Brasil) Bixa de Família, de João Luis Silva (Brasil) Body Truck Gostoso (Yummy Body Truck), de Noam Youngrak Son (Bélgica) Eu, Sereia (I, Mermaid), de Augusto Almoguera (Espanha) Macho Carne, de George Pedrosa (Brasil) Semente (Seed), de Nikhail Asnani (EUA) Threesome, de Thais de Almeida Prado, Va-Bene Elikem Fiatsi e John Heman (Brasil)
CURTA FANTÁSTICO BLACK POWER
Antes que Seja Tarde, de Alek Lean (Brasil) Deletricidade (Delectricity), de Douglas Henrique (Brasil) Mãe Solo, de Camila de Moraes (Brasil) Mil Vinny’s – Suíte Cachoeirana, de Luan Santos (Brasil) O Quarto (The Fourth), de Johnny Kirk (EUA) Orixás Center, de Mayara Dórea Ferreira Ferrão (Brasil) Sethico, de Wagner Montenegro (Brasil)
CURTA ESPANHA FANTÁSTICA
A Luz (La Luz), de Iago Soto Luz de Mar, de John Doe Não Estamos Sós (No Estamos Solos), de Jorge Dolz O Semblante (El Semblante), de Carlos Moriana e Raúl Cerezo Pasaia, de Xanti Rodriguez Ponto de Virada (Punto de Giro), de Ainhoa Menéndez Sucessão (Sucesión), de Carlos Cobos Aroca e Martí Brussosa Ventura
FINAL GIRLS BERLIN
Atualizado (Updated), de Nivi Pedersen (Groenlândia) Mãos Tão Pequeninas (Such Small Hands), de Maria Martínez Bayona (Reino Unido) O Custo de Viver (The Cost of Living), de Alice Trueman (Reino Unido) O Peixinho Dourado (The Goldfish), de Ashley Paige Brim (EUA) Registro de Assombração (Ghoul Log), de Christine Pfister (EUA)
O filme apresenta uma nova perspectiva sobre a cantora e compositora.
A 47ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 8 e 18 de setembro, divulgou novos títulos e também nomes que serão homenageados este ano; o evento é considerado um dos mais importantes do cinema mundial e conhecido como um termômetro para o Oscar.
Na mostra TIFF Docs, a seleção apresenta documentários de mais de 50 países: “A programação deste ano tem uma mistura maravilhosa de alegria, criatividade e engenhosidade diante das adversidades. Nos últimos anos, testemunhamos vários filmes lançados nesta seção em acordos de distribuição e indicações ao Oscar; este ano tem uma safra rica para ambos”, disse o programador do TIFF Docs, Thom Powers.
Entre os documentários selecionados, o Brasil aparece com Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti. Apesar de sua posição no epicentro da cena bossa nova brasileira, a cantora Heloísa Maria Buarque de Hollanda, conhecida como Miúcha, tem sido amplamente subestimada. Este documentário, que mergulha em sua carreira e vida pessoal através de um rico acervo, pretende mudar isso.
A bossa nova tornou-se uma sensação da música internacional no final dos anos 1950 com sua fusão de samba brasileiro e cool jazz. As histórias do gênero tendem a se concentrar em seus famosos compositores masculinos. Porém, Miúcha, a Voz da Bossa Nova apresenta uma nova perspectiva sobre uma cantora e compositora chave que tem sido pouco apreciada. Entre os homens cujos nomes se tornaram mais celebrados, ela era irmã de Chico Buarque, aluna de Vinicius de Moraes, segunda esposa de João Gilberto, parceira musical de Antônio Carlos Jobim e a voz que acompanhava o saxofone de Stan Getz.
O diretor Daniel Zarvos, primo de Miúcha, e a codiretora Liliane Mutti tiveram acesso aos arquivos da família: cartas pessoais, diários, diários em áudio, filmes caseiros e os expressivos desenhos em aquarela da cantora, que foram animados para o filme. Eles permitem que a história de Miúcha, que faleceu em dezembro de 2018, seja contada em grande parte com suas próprias palavras.
Outro destaque é Maya and the Wave, dirigido por Stephanie Johnes, uma produção americana, que acompanha a surfista brasileira campeã mundial Maya Gabeira, que luta contra ondas monstruosas e contra o chauvinismo no campo do surf competitivo. Além disso, a trama segue a atleta em busca de quebrar um recorde mundial na cidade portuguesa de Nazaré, conhecida por suas ondas grandes. A cineasta acompanha Maya ao longo de vários anos enquanto ela persevera em meio a contratempos, lesões e uma experiência de quase morte para perseguir seu objetivo. O filme ganha uma intimidade com Maya e sua família: a força de sua mãe, a estilista Yamê Reis, e seu pai, Fernando Gabeira.
Já na mostra Contemporary World Cinema, a programação traz uma seleção cuidadosa de histórias únicas de cineastas e talentos estabelecidos com visões ousadas de todos os cantos do mundo: “Através de um programa ambicioso de mais de 50 filmes, o público terá a oportunidade de se envolver com as direções emocionantes nas quais o cinema pode levar nossa compreensão de uma ampla gama de tópicos e experiências humanas”, disse Diana Cadavid, programadora internacional.
Além de revelar um novo título para a mostra Discovery, o festival também divulgou os curtas-metragens selecionados para este ano: 39 filmes, de 18 países, serão exibidos na programação: “Estamos entusiasmados por retornar com uma das nossas seleções mais fortes de curtas-metragens de diretores de todo o mundo. Sempre nos surpreendemos com a amplitude, profundidade e diversidade dos talentos que trabalham no cinema de curta duração, sejam cineastas que já tivemos o privilégio de apresentar no TIFF ou contadores de histórias emergentes que mal podemos esperar apresentar ao nosso público”, disse Jason Anderson, programador internacional de curtas.
O festival também divulgou que o ator Brendan Fraser, de A Múmia, será homenageado com o TIFF Tribute Award por sua atuação no longa The Whale, de Darren Aronofsky. A compositora islandesa Hildur Guðnadóttir, vencedora do Oscar pela trilha sonora de Coringa, receberá o TIFF Variety Artisan Award; a cineasta Sally El Hosaini, premiada em Berlim por My Brother the Devil, que abrirá o Festival de Toronto com The Swimmers, será honrada com o TIFF Emerging Talent Award; e o diretor Sam Mendes receberá o TIFF Ebert Director Award e exibirá Empire of Light, seu mais novo filme.
Conheça os novos filmes selecionados para o 47º Festival de Toronto:
TIFF DOCS
752 Is Not A Number, de Babak Payami (Canadá) All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras (EUA) Buffy Sainte-Marie: Carry It On, de Madison Thomas (Canadá) Casa Susanna, de Sébastien Lifshitz (França/EUA) Ciné-Guerrillas: Scenes from the Labudovic Reels, de Mila Turajlic (Sérvia/França/Croácia/Montenegro) Documentary Now!, de Alex Buono, Rhys Thomas e Micah Gardner (EUA) Ever Deadly, de Tanya Tagaq e Chelsea McMullan (Canadá) Free Money, de Sam Soko e Lauren DeFilippo (Quênia/EUA) In Her Hands, de Tamana Ayazi e Marcel Mettelsiefen (EUA/Afeganistão) Louis Armstrong’s Black & Blues, de Sacha Jenkins (EUA) (filme de abertura) Mariupolis 2, de Mantas Kvedaravičius (Lituânia/França/Alemanha) Maya and the Wave, de Stephanie Johnes (EUA) Mi País Imaginario, de Patricio Guzmán (Chile/França) Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti (Brasil/França) Patrick and the Whale, de Mark Fletcher (Áustria) Pray for our Sinners, de Sinéad O’Shea (Irlanda) Self-Portrait as a Coffee Pot, de William Kentridge (África do Sul/EUA) The Colour of Ink, de Brian D. Johnson (Canadá) The Grab, de Gabriela Cowperthwaite (EUA) Theatre of Thought, de Werner Herzog (EUA) To Kill a Tiger, de Nisha Pahuja (Canadá) While We Watched, de Vinay Shukla (Reino Unido)
CONTEMPORARY WORLD CINEMA
Aftersun, de Charlotte Wells (Reino Unido/EUA) Alam, de Firas Khoury (França/Palestina/Tunísia/Arábia Saudita/Qatar) Amanda, de Carolina Cavalli (Itália) Amor y matemáticas (Love and Mathematics), de Claudia Sainte-Luce (México) Ashkal, de Youssef Chebbi (França/Tunísia/Qatar) Autobiography, de Makbul Mubarak (Indonésia/França/Singapura/Polônia/Filipinas/Alemanha/Qatar) Beyond the Wall (Shab, Dkheli, Divar), de Vahid Jalilvand (Irã) Blind Willow, Sleeping Woman, de Pierre Földes (França/Luxemburgo/Canadá/Holanda) Bones of Crows, de Marie Clements (Canadá) Coyote (Le Coyote), de Katherine Jerkovic (Canadá) Domingo and the Mist (Domingo y la Niebla), de Ariel Escalante Meza (Costa Rica/Qatar) El agua, de Elena López Riera (Suíça/Espanha/França) EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália) Falcon Lake, de Charlotte Le Bon (Canadá) Fixation, de Mercedes Bryce Morgan (Canadá/EUA/Alemanha) Godland (Vanskabte Land/Volaða Land), de Hlynur Pálmason (Dinamarca/Islândia/França/Suécia) La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido (Colômbia/França) Le Lycéen (Winter Boy), de Christophe Honoré (França) Life (Жизнь), de Emir Baigazin (Cazaquistão) Living, de Oliver Hermanus (Reino Unido) Love Life, de Koji Fukada (Japão/França) Luxembourg, Luxembourg, de Antonio Lukich (Ucrânia) Manticore (Mantícora), de Carlos Vermut (Espanha) Muru, de Tearepa Kahi (Nova Zelândia) My Sailor, My Love, de Klaus Hӓrӧ (Finlândia/Irlanda) Nightalk, de Donald Shebib (Canadá) North of Normal, de Carly Stone (Canadá) Plan 75, de Chie Hayakawa (Japão/França/Filipinas/Qatar) Return to Dust, de Li Ruijun (China) R.M.N., de Cristian Mungiu (Romênia/França) So Much Tenderness, de Lina Rodriguez (Canadá) Sparta, de Ulrich Seidl (Áustria/França/Alemanha) Stellar, de Darlene Naponse (Canadá) Stonewalling, de Huang Ji e Ryuji Otsuka (Japão) The End of Sex, de Sean Garrity (Canadá) The Happiest Man in the World, de Teona Strugar Mitevska (Macedônia do Norte/Bélgica/Eslovênia/Dinamarca/Croácia/Bósnia e Herzegovina) The Hotel, de Wang Xiaoshuai (Hong Kong) The Maiden, de Graham Foy (Canadá) The Origin of Evil, de Sébastien Marnier (França/Canadá) The Swearing Jar, de Lindsay MacKay (Canadá) The Umbrella Men, de John Barker (África do Sul) The Worst Ones, de Romane Gueret e Lise Akoka (França) Under the Fig Trees, de Erige Sehiri (Tunísia/Suíça/França/Qatar) Valeria Is Getting Married, de Michal Vinik (Israel) Victim (OBEŤ), de Michal Blaško (Eslováquia/República Tcheca/Alemanha) Vicenta B., de Carlos Lechuga (Cuba/França/EUA/Colômbia/Noruega) War Sailor (Krigsseileren), de Gunnar Vikene (Noruega/Alemanha/Malta) We Are Still Here, de Beck Cole, Dena Curtis, Tracey Rigney, Danielle MacLean, Tim Worrall, Renae Maihi, Miki Magasiva, Mario Gaoa, Richard Curtis e Chantelle Burgoyne (Austrália/Nova Zelândia) Wildflower, de Matt Smukler (EUA) Zwigato, de Nandita Das (Índia)
DISCOVERY
Bruiser, de Miles Warren (EUA)
SHORT CUTS
À la vie à l’amor, de Emilie Mannering (Canadá) Against Reality, de Olivia Peace (EUA) Airhostess-737, de Thanasis Neofotistos (Grécia) Anastasia (Анастасия), de Sarah McCarthy (Reino Unido) Baba, de Mbithi Masya (Quênia) backflip, de Nikita Diakur (Alemanha/França) CANARY, de Pierre-Hugues Dallaire e Benoit Therriault (Canadá) Diaspora, de Tyler Mckenzie Evans (Canadá) Gary Screams For You, de Cody McGlashan e Nolan Sordyl (EUA) Hills and Mountains (Koha wa Tapaha), de Salar Pashtoonyar (Afeganistão/Canadá) I’m On Fire, de Michael Spiccia (EUA/Austrália) Ice Merchants, de João Gonzalez (Portugal/França/Reino Unido) It’s What Each Person Needs, de Sophy Romvari (Canadá) Lay Me by the Shore, de David Findlay (Canadá) Le Pupille, de Alice Rohrwacher (Itália/EUA) Liturgy of Anti-Tank Obstacles (Літургія протитанкових перешкод), de Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk (Ucrânia/EUA) Mirror Mirror, de Sandulela Asanda (África do Sul) Municipal Relaxation Module, de Matthew Rankin (Canadá) N’xaxaitkw, de Asia Youngman (Canadá) Nanitic, de Carol Nguyen (Canadá) No Ghost in the Morgue (Pas de fantôme à la morgue), de Marilyn Cooke (Canadá) O Homem do Lixo (The Garbage Man), de Laura Gonçalves (Portugal) Pleasure Garden, de Rita Ferrando (Canadá) Quiet Minds Silent Streets, de Karen Chapman (Canadá) Rest Stop, de Crystal Kayiza (EUA) Same Old Lloyd, de Lee Choi (EUA/Canadá) Scaring Women At Night, de Karimah Zakia Issa (Canadá) Shadow of the Butterflies (خيال الفراشات), de Sofia El Khyari (França/Qatar/Portugal) She Always Wins, de Hazel McKibbin (EUA/Reino Unido) Simo (سيمو), de Aziz Zoromba (Canadá) Snow in September (9-р Сарын Цас) Lkhagvadulam (Dulmaa), de Purev-Ochir (Mongólia/França) The Chase, de Gurjeet Kaur Bassi (Canadá) The Flying Sailor, de Wendy Tilby e Amanda Forbis (Canadá) Todo incluido (All-inclusive), de Duván Duque Vargas (Colômbia/França) The Melting Creatures (Las criaturas que se derriten bajo el sol), de Diego Céspedes (Chile/França) The Pass, de Pepi Ginsberg (EUA) The Water Murmurs (海边升起一座悬崖 HAI BIAN SHENG QI YI ZUO XUAN YA), de Jianying (Story) Chen (China) Tremor (Beben), de Rudolf Fitzgerald Leonard (Alemanha) Untold Hours, de Daniel Warth (Canadá)
Consagrado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com oito troféus, Marighella, dirigido por Wagner Moura, foi anunciado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais como o representante do Brasil na disputa por uma indicação na categoria de melhor filme ibero-americano da 37ª edição do Prêmio Goya (ou Premios Goya).
O evento, realizado pela Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España, que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol, acontecerá no dia 11 de fevereiro de 2023, em Sevilha, na Espanha.
Primeiro longa-metragem de Wagner Moura como diretor, o filme, que começou sua trajetória no Festival de Berlim em 2019, estreou nos cinemas no dia 4 de novembro de 2021, exatamente 52 anos após o assassinato de Carlos Marighella.
A trama conta a história dos últimos anos do guerrilheiro que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil, na década de 1960. Comandando um grupo de jovens guerrilheiros, Carlos Marighella, interpretado por Seu Jorge, tenta divulgar sua luta contra a ditadura para o povo brasileiro, mas a censura desmerece a revolução. Seu principal opositor é Lucio, vivido por Bruno Gagliasso, policial que o rotula de inimigo público número 1. Quando o cerco se fecha, o próprio Marighella é emboscado e morto, mas seus ideais sobrevivem nas ações dos jovens guerrilheiros, que persistem na revolução.
O elenco conta também com Luiz Carlos Vasconcellos, Herson Capri, Humberto Carrão, Adriana Esteves, Bella Camero, Maria Marighella (neta de Carlos Marighella), Ana Paula Bouzas, Carla Ribas, Jorge Paz, Tuna Dwek, entre outros.
Rodado na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, o longa passou por diversos festivais mundo afora: Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas, Estocolmo, Cairo, entre outros. Foi premiado no CinEuphoria Awards na categoria de melhor ator coadjuvante para Bruno Gagliasso; no Mill Valley Film Festival levou o prêmio do público de melhor filme; e na 48ª edição do Festival Sesc Melhores Filmes foi consagrado com oito prêmios, entre eles, melhor filme segundo o público e a crítica.
Cena do curta Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos.
A primeira edição do Muído – Festival de Cinema de Campina Grande, mais uma janela da produção cinematográfica paraibana e nordestina, aconteceu entre os dias 19 e 21 de agosto no Cine São José.
O Muído é um festival genuinamente paraibano e que tem como um dos objetivos ser uma tela para a produção do estado, do litoral ao sertão, passando pelo Cariri, Curimataú, Brejo, Seridó, entre outros. Além dos filmes, a programação contou também com diversas atividades paralelas.
A curadoria foi formada por: Breno César e Janaína Lacerda na Mostra Mundaréu; e Milene Migliano e Érico Oliveira na Mostra Facheiro Luzente, só com filmes paraibanos. O júri contou com Bruna Tavares, Bruno Ribeiro e Cris Lima, que escolheram os ganhadores do troféu Faxêxo, criado pelo artista William Nunes.
Conheça os vencedores do 1º Muído – Festival de Cinema de Campina Grande:
MELHOR FILME NORDESTINO | MOSTRA MUNDARÉU Nossas Mãos Sagradas, de Júlia Morim (PE)
PRÊMIO ELY MARQUES | MELHOR FILME PARAIBANO Desejo e Necessidade, de Milso Roberto (Campina Grande)
MELHOR DIREÇÃO Luiz Carlos Vasconcelos, por Aluísio, o Silêncio e o Mar
MELHOR ROTEIRO Pedro, escrito por Leo Silva
PRÊMIO ALLAN VIDAL | MELHOR MONTAGEM Desejo e Necessidade, por Milso Roberto
MELHOR FOTOGRAFIA Aluísio, o Silêncio e o Mar, por Vitor Bossa
MELHOR DESENHO DE SOM Aluísio, o Silêncio e o Mar, por Gian Orsini, Abraão Bahia e Astral Music Productions
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE A Barca, por Nina Magalhães
MELHOR PERSONAGEM Luiz Gonzaga de Melo, por Urubá
MENÇÃO HONROSA Miragem, de Bruna Guido (PB) Mãe Solo, de Camila de Moraes (BA) Central de Memórias, de Rayssa Coelho (BA)