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Cine PE 2022: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Luis Melo em cena do longa Casa Izabel, de Gil Baroni

Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/12, em uma live apresentada por Nínive Caldas nas redes sociais, os vencedores da 26ª edição do Cine PE – Festival Audiovisual. O longa paranaense Casa Izabel, de Gil Baroni, se destacou e foi consagrado em cinco categorias, entre elas, melhor filme. A trama narra os acontecimentos em uma isolada casa grande, originalmente fundada por uma elite escravocrata, onde, em plena década de 1970, se instala um clube secreto de crossdressers. 

O documentário Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia, ganhou o Troféu Calunga de melhor curta-metragem nacional. Já na Mostra Competitiva de curtas pernambucanos, o vencedor foi Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio. O público também elegeu seus filmes preferidos no Júri Popular; foram mais de 2 mil votos contabilizados.

Com curadoria de Edu Fernandes e Nayara Reynaud, o Júri Oficial desta edição foi formado por: Emanoel Freitas, Tizuka Yamasaki, Luiz Carlos Lacerda, Bete Mendes e Heleno Bernardo na mostra de longas-metragens; e Cynthia Falcão, Henrique Hulk e Danielle Hoover nas mostras de curtas.

Composto por Pablo Villaça, Enoe Lopes e Alexandre Figueiroa, o júri da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, concedeu o prêmio de melhor longa-metragem para Rama Pankararu, de Pedro Sodré; o prêmio de melhor curta nacional foi para Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia.

Com júri formado por Francisco Carbone, do site Cenas de Cinema, Vitor Búrigo, do CineVitor, Luciana Veras, da Revista Continente, Neusa Barbosa, do Cineweb, e Robledo Milani, do Papo de Cinema, o Prêmio Canal Brasil de Curtas elegeu a animação O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia, como o melhor filme. Com o objetivo de estimular a nova geração de cineastas, o Canal Brasil oferece um troféu e R$ 15 mil para o vencedor, que também será exibido em sua grade de programação. 

As exibições do festival encerraram na quarta-feira, 14/12, no Cinema do Porto, no Porto Digital, depois de algumas mudanças na programação. Uma queda de energia acarretou uma falha no sistema de projeção do Teatro do Parque na segunda-feira, 12/12, e, por isso, o cronograma sofreu alterações. Em virtude dos remanejamentos, para não prejudicar realizadores, jurados, jornalistas e o público, a entrega dos prêmios foi transferida para a edição de 2023, enquanto o anúncio dos vencedores foi realizado nesta sexta-feira.

Conheça os vencedores do 26º Cine PE – Festival do Audiovisual:

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Melhor Direção: Paulo Junior, Gabriel Oliveira e Diego Zanotti, por Gerais da Pedra
Melhor Roteiro: Aldeia Natal, escrito por Guto Pasko
Melhor Ator: Elenco masculino de Casa Izabel
Melhor Ator Coadjuvante: Elenco masculino de Casa Izabel
Melhor Atriz: Bia Pankararu, de Rama Pankararu
Melhor Atriz Coadjuvante: Gracinda Nave, por Vermelho Monet
Melhor Fotografia: Gerais da Pedra, por Diego Zanotti
Melhor Montagem: Aldeia Natal, por Lucas Cesario Pereira
Melhor Edição de Som: Um Outro Francisco, por Simone Petrillo
Melhor Trilha Sonora: Casa Izabel, por Jean Gabriel e Fábio Peres
Melhor Direção de Arte: Casa Izabel, por Laís Melo

*Justificativa: o júri, por unanimidade, decidiu não conferir individualmente os prêmios nas categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante e premiar o conjunto do elenco masculino do filme Casa Izabel

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme: Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA)
Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por Fantasma Neon
Melhor Roteiro: O Destino da Senhora Adelaide, escrito por Breno Alvarenga
Melhor Ator: Dennis Pinheiro, por Fantasma Neon
Melhor Atriz: Regina Albuquerque, por Desejo e Necessidade
Melhor Fotografia: Fragmentos de Gondwana, por Adalberto Oliveira
Melhor Montagem: Os Pilotos do Plano, por Bruna Lessa
Melhor Edição de Som: Alexandrina – Um Relâmpago, por Cláudio Lavôr
Melhor Direção de Arte: Andrômeda, por Ana Carolina Silva
Melhor Trilha Sonora: Fantasma Neon, por Ayssa Yamaguti, Carol Maia, José Miguel Brasil e Leonardo Martinelli

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme: Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio
Melhor Direção: Armando Lôbo, por Último Dia
Melhor Roteiro: Solum, escrito por Vitória Vasconcellos
Melhor Ator: Sebastião Pereira de Lima, o Mestre Martelo, por Da Boca da Noite à Barra do Dia
Melhor Atriz: Kadydja Erlen, por Contos de Amor e Crime
Melhor Fotografia: Solum, por Gabriel Gaurano
Melhor Montagem: Solum, por Vitória Vasconcellos
Melhor Edição de Som: Da Boca da Noite à Barra do Dia, por Adalberto Oliveira
Melhor Direção de Arte: Da Boca da Noite à Barra do Dia, por Lia Letícia
Melhor Trilha Sonora: Último Dia, por Armando Lôbo

OUTROS PRÊMIOS

JÚRI POPULAR
Melhor Curta Pernambucano: Solum, de Vitória Vasconcellos
Melhor Curta Nacional: O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG)
Melhor longa-metragem: Rama Pankararu, de Pedro Sodré (RJ)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG)

PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Melhor Curta Nacional: Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA)
Melhor longa-metragem: Rama Pankararu, de Pedro Sodré (RJ)

Foto: Divulgação.

FESTin 2022: Vermelho Monet, de Halder Gomes, é o grande vencedor

por: Cinevitor
Halder Gomes, Maria Fernanda Cândido e Chico Diaz, de Vermelho Monet, no festival

Foram anunciados nesta quinta-feira, 15/12, os vencedores da 13ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu no Cinema São Jorge, no Museu das Comunicações, no Auditório Liceu Camões e no Espaço Talante.

Além das já tradicionais mostras competitivas de longas e curtas de ficção e documentário, o festival realizou homenagens ao Centenário de José Saramago e ao Bicentenário da Independência do Brasil; a programação contou também com lançamento de livro e debates. E mais: a cidade do Porto recebeu uma itinerância do evento, na Casa Comum da Universidade do Porto, com a exibição de documentários que abordam questões relacionadas à Amazônia, como: Eu Nativo, de Ulisses Rocha; Mata, de Ingrid Fadnes e Fabio Nascimento; e Sou Moderno, Sou Índio, de Carlos Eduardo Magalhães

O cinema brasileiro, que marcou presença com diversas obras, conquistou os principais prêmios. Dirigido por Halder Gomes, Vermelho Monet foi consagrado em três categorias, entre elas, melhor filme. A justificativa do júri diz: “Filme impactante que nos apura os sentidos, fazendo da arte o condutor da vida. Tempo cinematográfico exato”. Na categoria de melhor direção, vencida por Halder Gomes, o júri disse: “Usa todos os recursos cinematográficos com maestria”. Sobre Chico Diaz, eleito o melhor ator, a justificativa foi: “Brilhante!”.

O Segundo Homem, de Thiago Luciano, recebeu Menção Honrosa: “O filme nos faz pensar o quão perigoso é armarmo-nos para nos defender. Violência não se combate com violência”, disse o júri. Sobre Adriana Sottomaior, premiada na categoria de melhor atriz por Ursa, de William de Oliveira, o júri comentou: “A alma está lá!”.

Na categoria de documentário, O Voo da Borboleta Amarela: Rubem Braga, o Cronista do Brasil, de Jorge Oliveira, foi eleito o melhor filme: “Obra profissional, realizada com muita sensibilidade artística, permitindo uma leitura suave, porém intensa. O documentário revela-nos a universalidade da obra de Rubem Braga enquanto cronista”, disse a justificativa do júri. Sobre Belchior – Apenas um Coração Selvagem, que recebeu Menção Honrosa, o comentário foi: “Uma narrativa vibrante, com uma estética extremamente fidedigna da época e de uma personalidade maior que a vida”.

O curta-metragem brasileiro Sobre Elas, de Bruna Arcangelo, recebeu Menção Honrosa do júri, que disse: “Pela importância do tema da superação e pela excelente edição”. Outros filmes brasileiros marcaram presença na mostra competitiva, como: os longas Sol, de Lô Politi, Através dos Seus Olhos, de Sonia Guggisberg, e Os Ossos da Saudade, de Marcos Pimentel; e os curtas Bola da Vez, de Elder Patrick, Curta Diferenças, de Lisandro Santos, Yasmin, de Ludmila Curi, e Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal, na mostra FESTinha.

Neste ano, em sua 13ª edição, o júri foi formado por: Cléo Malulo, Paula Guedes e Thais Campos nos longas de ficção; Alice Medina, Mário Máximo e João Micael nos longas documentais; e Miguel Pessoa, Regina Nadaes Marques e Silvia Milonga nos curtas.

Além disso, a programação contou com a Mostra Cinema Brasileiro com a exibição de diversos títulos, entre eles: os longas O Debate, de Caio Blat, e O Melhor Lugar do Mundo é Agora, de Caco Ciocler; e os curtas A Primeira Perda da Minha Vida, de Inês Peixoto, Muros da Vida, de Zoran Djordjevic, Nunca Estarei Lá, de Rodrigo Campos, e Você me Toca, de Rafael Castro Lopes.

O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa é um evento internacional que busca fomentar a difusão, a interculturalidade, a inclusão social e o intercâmbio cultural, através da realização de um evento comprometido com a divulgação de diferentes culturas e práticas de respeito à diversidade presente na matriz da língua portuguesa.

Centrado na divulgação de uma realidade com raízes históricas comuns, é um festival de cinema que permite, pelo seu caráter itinerante, uma intensa interação, partilha de vivências e criação de uma produção cinematográfica baseada no reconhecimento de diferenças e semelhanças dos povos que constituem a CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Conheça os vencedores do FESTin 2022:

MELHOR FILME
Vermelho Monet, de Halder Gomes

MELHOR FILME | MENÇÃO HONROSA
O Segundo Homem, de Thiago Luciano (Brasil)

MELHOR DIREÇÃO
Halder Gomes, por Vermelho Monet

MELHOR ATOR
Chico Diaz, por Vermelho Monet

MELHOR ATRIZ
Adriana Sottomaior, por Ursa

MELHOR DOCUMENTÁRIO
O Voo da Borboleta Amarela: Rubem Braga, o Cronista do Brasil, de Jorge Oliveira (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Belchior – Apenas um Coração Selvagem, de Natália Dias e Camilo Cavalcanti (Brasil)

MELHOR FILME INFANTIL
Amoreiras, de Pedro Augusto Almeida (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Nada nas Mãos, de Paolo Marinou-Blanco (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM | MENÇÃO HONROSA
Um Sopro no Quintal, de Gretel Marin (Angola)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (Brasil)

Foto: Divulgação.

Infantaria: curta-metragem brasileiro é selecionado para o Festival de Berlim 2023

por: Cinevitor
Ana Luiza Ferreira no curta brasileiro Infantaria, de Laís Santos Araújo 

Depois de anunciar o Urso de Ouro honorário para o cineasta Steven Spielberg e a atriz e diretora Kristen Stewart como presidente do júri, a 73ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro de 2023, revelou os primeiros 18 filmes confirmados.

Os títulos selecionados fazem parte das mostras Generation Kplus e Generation 14plus, dois programas de competição que exibem um cinema internacional de última geração para o público jovem e para todos os outros. Os filmes apresentam narrativas épicas e momentos fugazes, voos de fantasia e realidades amargas, além de histórias de amadurecimento.

Com um programa abrangente de filmes contemporâneos que exploram as vidas e os mundos de crianças e adolescentes, a Berlinale Generation desfruta de uma posição única como instigadora de um cinema jovem que quebra convenções. Liderada por Sebastian Markt desde 2022, a seção apresenta um tipo de cinema que busca desafiar sem sobrecarregar, fomentando um diálogo aberto e polêmico com seu público, artistas, convidados da indústria e críticos de cinema.

A seleção é focada em filmes que, em suas narrativas e linguagens cinematográficas, levam os jovens a sério. Histórias que são contadas pelos olhos de seus jovens protagonistas e que tornam seus mundos tangíveis. Filmes que importam, que abrem portas para mundos desconhecidos. Filmes que exigem bravura, exibindo perspectivas interseccionais e incentivando soluções coletivas. Filmes que espelham o mundo adulto. Longas-metragens, documentários e animações, filmes de gênero, curtas e obras que expandem a linguagem formal do cinema concorrem em pé de igualdade nas duas competições da mostra.

Os primeiros 18 filmes confirmados até agora sugerem um programa que abrange tanto avaliações perceptivas do estado do mundo quanto afirmações fantásticas de verdades pessoais, tanto em temas quanto em linguagem cinematográfica: “A Generation está entusiasmada com o cinema que coloca as perspectivas e as experiências pessoais dos jovens em seu centro e permite que o público jovem se veja e se imagine de novo. Uma experiência cinematográfica que espelha um mundo criado por outros, e que funciona como uma janela para um mundo que pode ser possível”, disse Sebastian Markt sobre a primeira parte da seleção do programa.

Nesta mostra, o cinema brasileiro ganha destaque com o premiado curta-metragem alagoano Infantaria, escrito, dirigido e montado por Laís Santos Araújo, na Generation 14plus. Na trama, Joana quer virar mocinha. Dudu quer o pai. Verbena, que chegou sem ser convidada, esconde o que quer. O elenco conta com Ane Oliva, Ana Luiza Ferreira, Karolayne Rayssa e Francisco Nunes. Produzido por Pedro Krull, a direção de fotografia é assinada por Wilssa Esser; a direção de arte é de Lyara Cavalcanti; e o som de Leo Bulhões e Pedro Macedo.

No Brasil, Infantaria foi premiado em diversos festivais, entre eles: Circuito Penedo de Cinema, Cine Ceará, Curta Cinema e Festival de Vitória. Passou também pelo Olhar de Cinema, Goiânia Mostra Curtas, Mostra de Cinema de Gostoso, entre muitos outros.

Conheça os primeiros filmes selecionados para o 73º Festival de Berlim:

GENERATION KPLUS

Aaaah!, de Osman Cerfon (França)
Deniska umřela, de Philippe Kastner (República Tcheca)
Entre deux sœurs, de Anne-Sophie Gousset e Clément Céard (França)
Helt super, de Rasmus A. Sivertsen (Noruega)
L’ Amour du monde, de Jenna Hasse (Suíça)
Le proprietà dei metalli, de Antonio Bigini (Itália)
Nanitic, de Carol Nguyen (Canadá)

GENERATION 14PLUS

Adolfo, de Sofía Auza (EUA/México)
Antes de Madrid, de Ilén Juambeltz e Nicolás Botana (Uruguai)
Crushed, de Ella Rocca (Suíça)
Darvazeye royaha, de Negin Ahmadi (Irã/Noruega/França)
Infantaria, de Laís Santos Araújo (Brasil)
Le Paradis, de Zeno Graton (Bélgica/França)
Míng tian bi zuo tian chang jiu, de Jow Zhi Wei (Singapura/Taiwan/França/Portugal)
Sica, de Carla Subirana (Espanha)

Foto: Renata Baracho.

28º Critics Choice Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Michelle Yeoh em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

A Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, que conta com mais de 600 membros, anunciou nesta quarta-feira, 14/12, os indicados ao 28º Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema.

Nesta edição, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert, lidera a lista com quatorze indicações, entre elas, a de melhor filme; Os Fabelmans, dirigido por Steven Spielberg, aparece na sequência com nove indicações.

Em comunicado oficial, Joey Berlin, CEO da Critics Choice Association, disse: “O reconhecimento destes filmes e destas pessoas vem de um grupo diversificado com mais de 600 críticos e repórteres de entretenimento que compartilham suas opiniões sobre cinema e televisão com milhares de pessoas todos os dias, durante todo o ano. Nossa opinião coletiva sobre as melhores conquistas do ano é realmente significativa para a comunidade criativa”.

Nas categorias televisivas, anunciadas anteriormente, a série Abbott Elementary, do Star+, lidera a lista e aparece em seis categorias; Better Call Saul (Netflix), Gaslit (Starz), Reservation Dogs (Star+) e The Good Fight (Paramount+) também se destacam.

Os vencedores serão revelados no dia 15 de janeiro de 2023, no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles, em cerimônia apresentada pela atriz Chelsea Handler. O consagrado ator Jeff Bridges será homenageado com o Critics Choice Lifetime Achievement Award pelo conjunto da obra; a cantora e atriz Janelle Monáe receberá o SeeHer Award, que destaca uma mulher que defende a igualdade de gênero, retrata personagens com autenticidade, desafia estereótipos e ultrapassa limites. 

Conheça os indicados ao 28º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Avatar: O Caminho da Água
Babilônia
Elvis
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Os Banshees de Inisherin
Os Fabelmans
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
Tár
Top Gun: Maverick
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Women Talking

MELHOR ATOR
Austin Butler, por Elvis
Bill Nighy, por Living
Brendan Fraser, por A Baleia
Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin
Paul Mescal, por Aftersun
Tom Cruise, por Top Gun: Maverick

MELHOR ATRIZ
Cate Blanchett, por Tár
Danielle Deadwyler, por Till: A Busca por Justiça
Margot Robbie, por Babilônia
Michelle Williams, por Os Fabelmans
Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Viola Davis, por A Mulher Rei

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Barry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin
Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inisherin
Brian Tyree Henry, por Passagem
Judd Hirsch, por Os Fabelmans
Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Paul Dano, por Os Fabelmans

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Janelle Monáe, por Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Jessie Buckley, por Women Talking
Kerry Condon, por Os Banshees de Inisherin
Stephanie Hsu, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Banks Repeta, por Armageddon Time
Bella Ramsey, por Catherine Called Birdy
Frankie Corio, por Aftersun
Gabriel LaBelle, por Os Fabelmans
Jalyn Hall, por Till: A Busca por Justiça
Sadie Sink, por A Baleia

MELHOR ELENCO
A Mulher Rei
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Os Banshees de Inisherin
Os Fabelmans
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Women Talking

MELHOR DIREÇÃO
Baz Luhrmann, por Elvis
Damien Chazelle, por Babilônia
Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Gina Prince-Bythewood, por A Mulher Rei
James Cameron, por Avatar: O Caminho da Água
Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin
S. S. Rajamouli, por RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
Sarah Polley, por Women Talking
Steven Spielberg, por Os Fabelmans
Todd Field, por Tár

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Aftersun, escrito por Charlotte Wells
Os Banshees de Inisherin, escrito por Martin McDonagh
Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner
Tár, escrito por Todd Field
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
A Baleia, escrito por Samuel D. Hunter
Ela Disse, escrito por Rebecca Lenkiewicz
Glass Onion: Um Mistério Knives Out, escrito por Rian Johnson
Living, escrito por Kazuo Ishiguro
Women Talking, escrito por Sarah Polley

MELHOR FOTOGRAFIA
Avatar: O Caminho da Água, por Russell Carpenter
Babilônia, por Linus Sandgren
Império da Luz, por Roger Deakins
Os Fabelmans, por Janusz Kaminski
Tár, por Florian Hoffmeister
Top Gun: Maverick, por Claudio Miranda

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Avatar: O Caminho da Água, por Dylan Cole, Ben Procter e Vanessa Cole
Babilônia, por Florencia Martin e Anthony Carlino
Elvis, por Catherine Martin, Karen Murphy e Bev Dunn
Os Fabelmans, por Rick Carter e Karen O’Hara
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Hannah Beachler e Lisa K. Sessions
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Jason Kisvarday e Kelsi Ephraim

MELHOR EDIÇÃO
Avatar: O Caminho da Água, por Stephen Rivkin, David Brenner, John Refoua e James Cameron
Babilônia, por Tom Cross
Elvis, por Matt Villa e Jonathan Redmond
Tár, por Monika Willi
Top Gun: Maverick, por Eddie Hamilton
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Paul Rogers

MELHOR FIGURINO
A Mulher Rei, por Gersha Phillips
Babilônia, por Mary Zophres
Elvis, por Catherine Martin
Glass Onion: Um Mistério Knives Out, por Jenny Eagan
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Ruth E. Carter
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Shirley Kurata

MELHOR PENTEADO E MAQUIAGEM
A Baleia
Babilônia
Batman
Elvis
Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Pantera Negra: Wakanda para Sempre
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
Top Gun: Maverick
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR FILME DE COMÉDIA
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Mais que Amigos
O Peso do Talento
Os Banshees de Inisherin
Triângulo da Tristeza
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ANIMAÇÃO
Gato de Botas 2: O Último Pedido
Marcel the Shell with Shoes On
Pinóquio
Red: Crescer é uma Fera
Wendell & Wild

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina)
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu (México)
Close, de Lukas Dhont (Bélgica)
Decisão de Partir, de Park Chan-wook (Coreia do Sul)
Nada de Novo no Front, de Edward Berger (Alemanha)
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução, de S.S. Rajamouli (Índia)

MELHOR CANÇÃO
Carolina, por Taylor Swift (Um Lugar Bem Longe Daqui)
Ciao Papa, por Alexandre Desplat, Roeban Katz e Guillermo del Toro (Pinóquio)
Hold My Hand, por Lady Gaga, BloodPop e Benjamin Rice (Top Gun: Maverick)
Lift Me Up, por Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Göransson (Pantera Negra: Wakanda para Sempre)
Naatu Naatu, por M.M. Keeravani, Kala Bhairava e Rahul Sipligunj (RRR: Revolta, Rebelião, Revolução)
New Body Rhumba, por LCD Soundsystem (Ruído Branco)

MELHOR TRILHA SONORA
Babilônia, por Justin Hurwitz
Batman, por Michael Giacchino
Os Fabelmans, por John Williams
Pinóquio, por Alexandre Desplat
Tár, por Hildur Guðnadóttir
Women Talking, por Hildur Guðnadóttir

Foto: Allyson Riggs.

Festival de Clermont-Ferrand 2023: curtas-metragens brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta brasileiro Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo

Criado em 1979 e organizado pela Sauve qui peut le court métrage, o Festival de curta-metragem de Clermont-Ferrand, que acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 4 de fevereiro de 2023 na França, é considerado o maior evento de curtas-metragens do mundo.

Neste ano, o cinema brasileiro aparece com diversas produções na programação. Na Competição Internacional, que recebeu 6.353 inscrições e traz 78 filmes, de 52 países, destacam-se: Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro, que se passa na periferia do interior, onde Luquinha tenta recuperar sua égua enquanto convive com o crime e o barulho ensurdecedor de uma cidade conservadora; Escasso, de Gabriela Gaia Meirelles e Clara Anastácia, que mostra Rose, uma passeadora de pets, que apresenta seu novo lar para uma equipe documental enquanto celebra a realização do sonho da casa própria, mesmo que ocupada; e Takanakuy, de Vokos, uma coprodução entre Brasil e Peru, ambientada em uma comunidade tradicional no alto dos Andes peruanos, que conta a história de um relacionamento terno entre dois adolescentes, Fausto e Chaska.

O curta-metragem Big Bang, de Carlos Segundo, com Giovanni Venturini e Aryadne Amancio no elenco, aparece na Competição Nacional, já que o filme é uma coprodução entre França e Brasil. A trama conta a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Vale lembrar que na edição passada, o diretor foi premiado com Sideral nesta mesma mostra e recebeu o Prêmio Canal+/Ciné+, que garante a aquisição do filme.

Neste ano, o cartaz do festival foi assinado pela ilustradora e cineasta portuguesa Regina Pessoa, que apresentou uma surpreendente, atrevida e liberada Alice no País das Maravilhas com um olhar travesso voltado para o futuro.

Foto: Guilherme Gerais.

Globo de Ouro 2023: conheça os indicados

por: Cinevitor
Colin Farrell no filme Os Banshees de Inisherin: oito indicações

Foram revelados na manhã desta segunda-feira, 12/12, os indicados ao 80º Globo de Ouro, um dos prêmios mais conhecidos do cinema e da TV. O anúncio foi realizado no The Beverly Hilton, em Beverly Hills, pelas atrizes Mayan Lopez e Selenis Leyva ao lado de Helen Hoehne, presidente da HFPA, Hollywood Foreign Press Association.

Neste ano, Os Banshees de Inisherin, dirigido por Martin McDonagh, lidera a lista com oito indicações; Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Dan Kwan e Daniel Scheinert, aparece na sequência com seis indicações. Entre as categorias televisivas, Abbott Elementary, The Crown, Dahmer: Um Canibal Americano, Only Murders in the Building, Pam & Tommy e The White Lotus se destacam.

Para esta edição comemorativa de 80 anos, o ator Eddie Murphy será homenageado com o Cecil B. deMille Award; o produtor e roteirista Ryan Murphy será honrado com o Carol Burnett Award. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 10 de janeiro de 2023

Depois de muitas polêmicas envolvendo o Globo de Ouro, um novo Código de Conduta Profissional e Ética foi aprovado. Neste ano, os indicados foram votados por 96 membros e, pela primeira vez, 103 eleitores internacionais. Os novos membros foram recrutados em organizações internacionais da indústria, festivais de cinema estrangeiros e profissionais de jornalismo. Este grupo de votação representa 62 países diferentes ao redor do mundo.

Combinado com os membros atuais, o total de votantes do Globo de Ouro agora é: 52% feminino, 51,8% racial e etnicamente diverso, com 19,6% latino-americanos, 12,1% asiáticos, 10,1% negros e 10,1% do Oriente Médio.

Neste ano, mais de 100 longas, de diversos países, foram considerados elegíveis para a categoria de melhor filme em língua não inglesa; o Brasil estava representado por Carvão, de Carolina Markowicz; Fogaréu, de Flávia Neves; e Marte Um, de Gabriel Martins. Porém, infelizmente, nenhum dos três títulos foi indicado.

Conheça os indicados ao Globo de Ouro 2023 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | DRAMA
Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron
Elvis, de Baz Luhrmann
Os Fabelmans, de Steven Spielberg
Tár, de Todd Field
Top Gun: Maverick, de Joseph Kosinski

MELHOR FILME | COMÉDIA/MUSICAL
Babilônia, de Damien Chazelle
Glass Onion: Um Mistério Knives Out, de Rian Johnson
Os Banshees de Inisherin, de Martin McDonagh
Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Dan Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ATOR | DRAMA
Austin Butler, por Elvis
Bill Nighy, por Living
Brendan Fraser, por The Whale
Hugh Jackman, por The Son
Jeremy Pope, por The Inspection

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Ana de Armas, por Blonde
Cate Blanchett, por Tár
Michelle Williams, por Os Fabelmans
Olivia Colman, por Império da Luz
Viola Davis, por A Mulher Rei

MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL
Adam Driver, por Ruído Branco
Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin
Daniel Craig, por Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Diego Calva, por Babilônia
Ralph Fiennes, por O Menu

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL
Anya Taylor-Joy, por O Menu
Emma Thompson, por Boa Sorte, Leo Grande
Lesley Manville, por Sra. Harris vai a Paris
Margot Robbie, por Babilônia
Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Barry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin
Brad Pitt, por Babilônia
Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inisherin
Eddie Redmayne, por O Enfermeiro da Noite
Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Carey Mulligan, por Ela Disse
Dolly De Leon, por Triângulo da Tristeza
Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Kerry Condon, por Os Banshees de Inisherin

MELHOR DIREÇÃO
Baz Luhrmann, por Elvis
Dan Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
James Cameron, por Avatar: O Caminho da Água
Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin
Steven Spielberg, por Os Fabelmans

MELHOR ROTEIRO
Os Banshees de Inisherin, escrito por Martin McDonagh
Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner
Tár, escrito por Todd Field
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Dan Kwan e Daniel Scheinert
Women Talking, escrito por Sarah Polley

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO INGLESA
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina)
Close, de Lukas Dhont (Bélgica/França/Holanda)
Decisão de Partir, de Park Chan-wook (Coreia do Sul)
Nada de Novo no Front, de Edward Berger (Alemanha)
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução, de S.S. Rajamouli (Índia)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Gato de Botas 2: O Último Pedido, de Joel Crawford e Januel Mercado
Inu-oh, de Masaaki Yuasa
Marcel the Shell with Shoes On, de Dean Fleischer-Camp
Pinóquio, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson
Red: Crescer é uma Fera, de Domee Shi

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Babilônia, por Justin Hurwitz
Os Banshees de Inisherin, por Carter Burwell
Os Fabelmans, por John Williams
Pinóquio, por Alexandre Desplat
Women Talking, por Hildur Guðnadóttir

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Carolina, por Taylor Swift (Um Lugar Bem Longe Daqui)
Ciao Papa, por Alexandre Desplat, Roeban Katz e Guillermo del Toro (Pinóquio)
Hold My Hand, por Lady Gaga, BloodPop e Benjamin Rice (Top Gun: Maverick)
Lift Me Up, por Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Göransson (Pantera Negra: Wakanda para Sempre)
Naatu Naatu, por M.M. Keeravani, Kala Bhairava e Rahul Sipligunj (RRR: Revolta, Rebelião, Revolução)

Foto: Divulgação/20th Century Studios Brasil.

IV Curta na Serra: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Premiados: Rebeca Linhares e Rafael Anaroli com a apresentadora Mayara Millane

Foram anunciados neste domingo, 11/12, os vencedores da quarta edição do Curta na Serra – Festival de Cinema ao Ar Livre, que aconteceu em Serra Negra, Bezerros, agreste pernambucano. Contemplando produções audiovisuais de todo o país, o festival exibiu presencialmente filmes nas categorias curta-metragem nacional, pernambucano e videoclipe; as exibições on-line seguem até 26 de dezembro.

A cerimônia de encerramento, que aconteceu no Anfiteatro de Serra Negra e foi apresentada por Mayara Millane, também foi marcada pela homenagem à coreógrafa Mileide Santos e seu grupo Folcpopular, além de exibições especiais fora de competição da Mostra VerOuvindo, realizada em parceria com o Festival de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife

Idealizado pelo cineasta Marlom Meirelles, que também assina a produção executiva, e com curadoria assinada pelo crítico Vitor Búrigo, o júri desta edição, que aconteceu pela primeira vez em caráter competitivo, foi formado por: Amanda Mansur, João Maria e Cynthia Falcão no Panorama Nacional; as mostras Pernambuco e Videoclipes contaram com Henrique Arruda, Raildon Lucena, Túlio Rodrigues e Bruna Tavares (somente em videoclipes).

Conheça os vencedores do IV Curta na Serra:

PANORAMA NACIONAL

Melhor Filme: Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
Melhor Direção: Leão Neto, por Quinze Primaveras
Melhor Roteiro: Ela Mora Logo Ali, escrito por Fabiano Barros e Rafael Rogante
Melhor Fotografia: Nicinha Não Vem, por Igor Cabral
Melhor Direção de Arte: Aqueles que Estamos Esquecendo
Melhor Trilha Sonora: Aqueles que Estamos Esquecendo, por Luã Brito
Melhor Edição: Quinze Primaveras, por Alan Sousa
Menção Honrosa | Melhor Atriz: Agrael de Jesus, por Ela Mora Logo Ali

PANORAMA PERNAMBUCO

Melhor Filme: Quebra Panela, de Rafael Anaroli (Condado)
Melhor Direção: Rafael Anaroli, por Quebra Panela
Melhor Roteiro: Quebra Panela, escrito por Rafael Anaroli
Melhor Fotografia: Quebra Panela, por João Carlos Beltrão
Melhor Direção de Arte: Rio Mar, por Carlos Medrado
Melhor Trilha Sonora: Adeus, Carnaval de Olinda
Melhor Edição: Adeus, Carnaval de Olinda, por Igor Pimentel

VIDEOCLIPES

Melhor Videoclipe: Chorar, de Karola Nunes & Pacha Ana feat. Curumin (MT)
Melhor Direção: Juliana Segóvia, por Chorar
Melhor Roteiro: Claudio, escrito por Calebe Lopes
Melhor Fotografia: Chorar, por Rosano Mauro Jr.
Melhor Direção de Arte: Lamento de Força Travesti, por Bianca Feitoza
Melhor Edição: Abaixa que é tiro, por Rodrigo Rímoli

Foto: Tarciso Augusto.

Cine Terreiro 2022: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara: premiado

Foram anunciados neste domingo, 11/12, em uma live no Instagram, apresentada pelo documentarista João Paulo Diogo, os vencedores da segunda edição do Cine Terreiro – Filmes que ligam ao Sagrado, que tem como objetivo fortalecer a preservação da memória e identidade das culturas de matriz afro-brasileira e indígena através da exibição de produções audiovisuais cinematográficas.

O júri deste ano foi formado por Luciana Oliveira, cineasta e pesquisadora, e Herison Pedro, artista sonoro e também pesquisador; os vencedores receberam um troféu confeccionado pelo artista José Roberto. Na Mostra Grão, direcionada a realizadores iniciantes, o curta-metragem pernambucano Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara, foi eleito o melhor filme: “Por sua bela construção por meio do suspense e por um elenco tão plural”, disse a justificativa.

A Menção Honrosa foi para Onde Aprendo a Falar com o Vento, de André Anastácio e Victor Dias: “Por que será que a história do negro aqui não está? É a pergunta feita pelo grupo Reinadinho composto por crianças e jovens do Reinado de Oliveira em Minas Gerais. A partir da performance do corpo e da oralidade, narram um saber sobre o povo negro de seu território que não é ensinada na escola. É por meio dos saberes dos mais velhos que conhecem sobre si e sobre quem veio antes. Decolonizar o saber é preciso e é um debate fortemente presente em nossa geração atual. Por trazer para a tela essa questão, parabenizamos e agradecemos ao elenco e equipe, que partilharam esses saberes”, comentou o júri.

Já na Mostra Mar, indicada para realizadores experientes, Mineiro de Mina, de Helder da Paixão, foi escolhido o melhor filme: “Uma proposta cheia de desafios e tamanha ousadia. Fazer filmes de animação no Brasil sempre é bastante desafiador. A abordagem deste rompe com os padrões técnicos e estéticos, através da expertise e sagacidade, trazendo um olhar diferenciado ao animar uma ideia que ao final se concretiza com exuberância na tela. A musicalidade belíssima, convida o espectador a sentir de fato a expressão cultural proposta, possibilitando experienciar uma obra de sotaque, carregada de regionalismo e expressividade. Ousem! Usem todas as ferramentas e instrumentos possíveis para contar suas histórias. Vida longa para toda equipe!”, disse o júri.

A Menção Honrosa da Mostra Mar foi para Senhor da Terra, do Coletivo Ficcionalizar: “Nesta obra, percebe-se mais uma vez as expressões religiosas tendo destaque e ocupando o seu lugar no audiovisual em mostras e festivais no Brasil e no exterior. O filme apresenta a diversidade das formas de pensar a ancestralidade, usando por princípio a sustentabilidade humana, a natureza, a terra, o barro, a medicina não convencional. E isso é transformado diante dos olhos do espectador em cura e muitas outras possibilidades. A coletividade é algo ancestral e o filme já carrega consigo essa forma do pensar e do fazer cinema negro, presenteando-nos com uma obra fascinante de grande importância para o cinema negro nacional”, comentou o júri.

O Cine Terreiro, idealizado por Rodrigo Sena, que realiza ao lado de João Paulo Diogo, com produção de Arlindo Bezerra, é um festival que procura enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, abraçando também vertentes como o neo xamanismo, e utiliza a exibição de filmes relacionados a essas temáticas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento a essas culturas. Dessa maneira, forma-se um público interessado em assistir e discutir filmes sobre esses assuntos, que envolvem mito, religiosidade e cultura de terreiros, podendo contribuir para diminuição da segregação e preconceito contra esses grupos.

A homenageada desta edição foi a atriz mossoroense Tony Silva, que desde 1980 já participou em mais de 50 espetáculos, além de filmes e documentários, e também atuou como oficineira de teatro, em palestras animadas e palhaça.

Conheça os vencedores do Cine Terreiro 2022:

MOSTRA MAR
Melhor Filme: Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara (PE)
Menção Honrosa: Onde Aprendo a Falar com o Vento, de André Anastácio e Victor Dias (MG)

MOSTRA GRÃO
Melhor Filme: Mineiro de Mina, de Helder da Paixão (MG)
Menção Honrosa: Senhor da Terra, de Coletivo Ficcionalizar (PE)

Foto: Divulgação.

A Vida Secreta de Delly: documentário de Marlom Meirelles abre o Cine PE 2022

por: Cinevitor
Edelfan, Dell e Delly: três personas dentro de uma mesma história

A 26ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual começou nesta sexta-feira, 09/12, no Teatro do Parque, no Recife, em uma cerimônia apresentada pela atriz pernambucana Nínive Caldas. Considerado uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, o evento traz uma programação plural com diversidade de linguagens e narrativas.

A noite de abertura contou com uma homenagem ao cineasta Sergio Rezende, que recebeu o Calunga de Ouro, e com a projeção de Vermelho Monet, de Halder Gomes, primeiro filme da mostra competitiva de longas. Além disso, foi exibido, fora de competição, da Mostra Hors-Concours, o curta-metragem documental A Vida Secreta de Delly, do cineasta pernambucano Marlom Meirelles. Produto final de uma oficina do Cine PE, o filme conta a história de Edelfan Batista, que enfrentou o preconceito e o abandono antes de se tornar a voz dos catadores de Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho.

O curta-metragem, filmado ao longo de dois dias, descortina uma história real que dialoga com boa parcela da comunidade LGBTQIA+: “Essa história que vai ser contada aqui é a historia de uma personagem muito interessante”, disse Sandra Bertini, diretora geral do festival, no palco do Teatro do Parque. Ela também falou da oficina que rendeu o filme: “Eu encontrei no Complexo Industrial Portuário de Suape uma parceria muito forte para que a gente desenvolvesse essa oficina de documentário em duas comunidades do Cabo de Santo Agostinho: Massangana e Nova Vila Claudete. Tivemos aulas ministradas pelo professor Marlom Meirelles, que passou uma semana lecionando; depois, criamos um roteiro com os participantes da oficina e fomos filmar”.

Edelfan Batista, também conhecido como Delly, subiu ao palco para apresentar o documentário: “A existência desse filme significa muito para nós que somos da Associação de Catadores e Artesãos da Nova Vila Claudete. Eu sou um catador de material reciclável e através da minha história eu espero que todos acreditem que a existência e a significância de catadores na nossa sociedade é muito importante. Espero que vocês vejam e observem de uma maneira mais simples e mais amorosa essas pessoas que fazem com que nosso planeta se torne um mundo melhor para habitar”. E completou: “É muito importante para mim e para nossa associação essa visibilidade de todos que estão aqui e espero que enxerguem o real significado desse filme”.

No dia seguinte à exibição, Delly participou de um debate com o público e jornalistas, mediado pelo crítico Edu Fernandes, que lhe rendeu diversos elogios: “As travestis costumam ser tratadas como lixo, mas você foi no lixo para resgatar a sua dignidade”, disse o cineasta Luiz Carlos Lacerda. Sergio Rezende, Mariza Leão e Halder Gomes também elogiaram a obra.

Durante a conversa, Delly emocionou o público ao falar da sensação de ver sua história contada em um filme: “Tenho 35 anos de idade e eu nunca tinha ido ao cinema. Então, a primeira vez que eu entrei em uma sala de cinema eu me vi na tela. Foi muito forte pra mim. Foi relembrar todas aquelas histórias, mas agora com mais força. Eu chorei, mas eu chorei de alegria. Não como eu chorei de tristeza no dia da gravação. Depois de ver minha história sendo contada eu já não choro mais de tristeza ou de lembranças ruins”.

Delly apresenta o filme ao lado de alguns integrantes da equipe

No bate-papo, também falou sobre algumas inseguranças do passado: “Eu guardei Delly dentro daquele guarda-roupa porque eu tinha sofrido muito. Passei por várias situações que nunca tinha passado. Eu achava que era muito agressivo estar Delly, participar sendo Delly. Então, eu criei Dell, que acabou entrando na minha mente, dentro do meu corpo, pois você não controla seus pensamentos e nem quem você é intelectualmente. Eu nunca abri mão de ser Delly. Eu gosto de ser Delly, eu nasci Delly e vou morrer Delly. Ser Delly hoje é menos complicado do que antes”

Delly também falou do processo de realização do documentário e do apoio que recebeu: “Pensei em desistir muitas vezes porque minha vida não era o que eu queria apresentar. Eu achava que essa vida não poderia ser mostrada porque me tiraria do eixo de formação no qual eu estava entrando. Mas, durante a gravação, eu tive muito apoio. O professor Marlom me ajudou muito. Ele é uma pessoa muito sensível que sabe lidar com as pessoas. Tive muito apoio de Sandra [Bertini] também”

E continuou sobre as filmagens: “Passamos horas gravando e tivemos muitas pausas porque eu chorava muito, incontrolavelmente. A equipe de filmagem foi formada por pessoas da nossa convivência, catadores que participaram no som, na claquete. Todo mundo era amador, menos o professor Marlom”.

Durante o debate, Sandra Bertini fez uma declaração: “Eu fico muito feliz por estarmos aqui para conversar sobre o filme. Eu não imaginava que ia me deparar com uma história com tanta significância para mim. Marlom é incrivelmente sensível, uma pessoa que foi predestinada a fazer esse tipo de trabalho. Ele comanda a oficina Documentando, que já conta com mais de cem filmes realizados por pessoas sem experiência no audiovisual. O filme tem um diálogo muito importante e uma historia de vida também muito importante. Delly, você é uma pessoa que venceu e vai vencer ainda mais. Você agora é daqui pra frente”

Ao final da conversa, Delly revelou: “Ninguém sabia dessa parte da minha historia, nem minha mãe que está aqui comigo. As pessoas me conheciam como Dell, uma pessoa com aparência feminina, mas não travestida de mulher. A filmagem foi muito forte e a única pessoa centrada que conseguia controlar aquele ambiente era o professor. Eu via as lágrimas nos olhos dele, mas ele se controlava. Foi muito impactante. Quando eu comecei a contar e queria parar, ele me falou uma frase que eu jamais vou esquecer: respire e olhe para você porque a sua vez chegou. Essa frase, desde o dia da oficina até hoje, fez com que eu tirasse Delly daquele guarda-roupa”

O diretor Marlom Meirelles, que não conseguiu marcar presença no debate por estar envolvido em outro projeto, a quarta edição do Curta na Serra, festival de cinema que acontece em Serra Negra, Bezerros, agreste pernambucano, falou com o CINEVITOR por mensagem: “Eu me segurei diversas vezes para não chorar de tão profunda e impressionante que é essa história; com muitas situações envolvidas e desdobramentos. Quando começamos a compartilhar as ideias, eu fui descobrindo mais sobre a vida de Delly. É uma pessoa fantástica. E foi também muito importante criar uma conexão com a comunidade e ver que todos esses agentes locais acabaram sendo protagonistas dessa história”

A Vida Secreta de Delly já está disponível no site oficial da Oficina Documentando: clique aqui e assista.

*O CINEVITOR está no Recife e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Felipe Souto Maior.

Conheça os vencedores do 13º Festival de Cinema de Triunfo

por: Cinevitor
Os vencedores no palco do Theatro Cinema Guarany

Foram anunciados neste sábado, 10/12, os vencedores da 13ª edição do Festival de Cinema de Triunfo em cerimônia realizada no Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Ao longo do evento, foram exibidas dezenas de filmes, tanto os da Mostra Sesc, uma novidade deste ano, como os 38 participantes, vindos de 12 estados do país nas mostras competitivas com sessões gratuitas e voltadas para todos os públicos.

O Troféu Caretas é concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial e popular, uma referência às tradicionais figuras dos Caretas, manifestação da cultura popular triunfense: “Foram seis dias de exibições com debates, seminários e exibição de obras com temas bastante necessários. Um festival desse tamanho não é possível sem uma equipe competente e queria deixar meu agradecimento a todos os que estiveram envolvidos. Quero agradecer também aos realizadores e a todo mundo da cidade de Triunfo que recebe tão bem esse festival”, comemorou Luciana Poncioni, coordenadora do Audiovisual da Secult-PE e do Festival de Cinema de Triunfo.

Filmes e realizadores de vários estados brasileiros participaram da programação: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, promovendo um intenso intercâmbio de pensamentos e ideias sobre o audiovisual.

Além dos troféus, também foram distribuídos prêmios aos melhores filmes nas categorias melhor longa-metragem nacional (R$ 4 mil), melhor curta-metragem nacional (R$ 2 mil), melhor curta-metragem pernambucano (R$ 2 mil), melhor curta-metragem infantojuvenil (R$ 2 mil) e melhor curta-metragem dos Sertões (R$ 2 mil). Também foram entregues o Troféu Fernando Spencer, concedido para o melhor personagem da categoria longa-metragem. Já o Troféu Cineclubista, criado pela FEPEC, Federação Pernambucana de Cineclubes, foi para o melhor filme para reflexão.

O time de jurados foi formado por: Maurício Correia, Mísia Coutinho e Samara Almeida na competitiva de longas; e Carlos Kamara, Milena Evangelista e Roberta de Andrade na mostra competitiva de curtas. Além disso, o festival contou com o tradicional Júri Popular, formado por estudantes, professores e produtores culturais do Sertão do Pajeú. Participam desta edição: Luiz Felipe, Kate Saraiva, Bárbara Lino, Douglas Henrique, Eduardo Costa, Nayane Nayse Silva e Júlio César.

Conheça os vencedores do Festival de Cinema de Triunfo 2022:

JÚRI OFICIAL | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: O Bem Virá, de Uilma Queiroz (PE)
Melhor Direção: Uilma Queiroz, por O Bem Virá
Melhor Atriz: Suzana Castelo, por Delicadeza
Melhor Ator: Luciano Pedro Jr, por Carro Rei
Melhor Roteiro: O Bem Virá, escrito por Uilma Queiroz
Melhor Som: Germino Pétalas no Asfalto, por Julio Matos
Melhor Trilha Sonora: Carro Rei, por DJ Dolores
Melhor Direção de Arte: Delicadeza, por Mônica Martins
Melhor Produção: Carro Rei, por Sérgio Oliveira
Melhor Montagem: Germino Pétalas do Asfalto, por Luiza Fagá
Melhor Fotografia: O Povo Pode?, por Aldo Ribeiro e Ricardo Stuckert
Troféu Fernando Spencer: Jack Celeste, de Germino Pétalas no Asfalto
Menção Honrosa: O Povo Pode?, de Max Alvim (DF)

JÚRI OFICIAL | CURTA-METRAGEM

Melhor curta-metragem Nacional: Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini (RJ)
Melhor curta-metragem Pernambucano: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (Recife)
Melhor curta-metragem Infantojuvenil: Capitão Tocha, de Matheus Amorim (GO)
Melhor curta-metragem Sertões: Dentra, de Bruna Florie (PE)
Melhor Direção: Matheus Farias e Enock Carvalho, por Inabitável
Melhor Roteiro: Inabitável, escrito por Matheus Farias e Enock Carvalho
Melhor Ator: Evando Manchini, por Poder Falar: Uma Autoficção
Melhor Atriz: Luciana Souza, por Inabitável
Melhor Fotografia: Andrômeda, por Petrônio Neto
Melhor Montagem: Poder Falar: Uma Autoficção, por Evandro Manchini
Melhor Produção: Vale do Vento Eterno, por Catarina Doolan, Geórgia Hacradt e Pedro Medeiros
Melhor Direção de Arte: Lamento de Força Travesti, por Bianca Feitoza
Melhor Trilha Sonora: Vale do Vento Eterno, por Ronaldo Lafayer e Steve Patuta
Melhor Som: Nonna, por Jean Gengnagel e Cicero Bordignon
Menção Honrosa: Um Filme com Celso Marconi, de Helder Lopes e Paulo de Sá Vieira (Recife); Cabocolino, de João Marcello (Surubim); e Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (Condado) 

JÚRI POPULAR

Longa-metragem Nacional: O Bem Virá, de Uilma Queiroz (PE)
Curta-metragem Nacional: Time de Dois, de André Santos (RN)
Curta-metragem Infantojuvenil: Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)
Curta-metragem Pernambucano: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (Recife)
Curta-metragem Sertões: Voz do Relho: Um filme sobre Joaneide Alencar, de Leonardo Soares e Raquel Medeiros (PE)

TROFÉU CINECLUBISTA
Melhor filme para reflexão: Nossas Mãos São Sagradas, de Júlia Morim (Território Indígena Pankararu e Recife)
Menção Honrosa: Poder Falar: Uma Autoficção, de Evandro Manchini (RJ)

PRÊMIOS ABD/APCI
Melhor curta-metragem Sertões: Dentra, de Bruna Florie (PE)
Melhor curta-metragem Pernambucano: Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (Condado)
Melhor curta-metragem Nacional: Andrômeda, de Lucas Gesser (DF)
Melhor curta-metragem Infantojuvenil: Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)

Foto: Luiz Felipe Bessa/Secult-PE/Fundarpe.

IDA Documentary Awards 2022: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do documentário All That Breathes, de Shaunak Sen: premiado

Os vencedores da 38ª edição do IDA Documentary Awards, premiação realizada pela International Documentary Association, que elege os documentários mais inovadores do ano na TV, no cinema e em outras plataformas, foram anunciados neste sábado, 10/12, no Paramount Theater, em Los Angeles, em cerimônia apresentada pela atriz e comediante Jenny Yang.

Neste ano, o documentário indiano All That Breathes, dirigido por Shaunak Sen, foi eleito o melhor filme. Na trama, em meio a um cenário cada vez mais sombrio do ar apocalíptico de Deli, capital da Índia, e da violência crescente, dois irmãos se dedicam a proteger uma vítima dos tempos turbulentos: um pássaro conhecido como Black Kite.

O IDA Documentary Awards é considerado o evento de maior prestígio do mundo dedicado ao gênero documentário, celebrando os melhores filmes e programas do ano. Além disso, procura representar a excelência no campo documental de todo o mundo por documentaristas emergentes e também já consagrados.

Conheça os vencedores do IDA Documentary Awards 2022:

MELHOR DOCUMENTÁRIO
All That Breathes, de Shaunak Sen (Índia/EUA/Reino Unido)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Haulout, de Evgenia Arbugaeva e Maxim Arbugaev (Reino Unido)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | MUSICAL
Louis Armstrong’s Black & Blues, de Sacha Jenkins

MELHOR DOCUMENTÁRIO PARA TV OU MINISSÉRIE
Fannie Lou Hamer’s America: An America ReFramed Special, de Joy Elaine Davenport

MELHOR DIREÇÃO
Shaunak Sen, por All That Breathes

MELHOR ROTEIRO
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft (Fire of Love), escrito por Sara Dosa, Erin Casper, Jocelyne Chaput e Shane Boris

MELHOR FOTOGRAFIA
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft, por Maurice Krafft, Katia Krafft e Pablo Alvarez-Mesa

MELHOR EDIÇÃO
All That Breathes, por Charlotte Munch Bengtsen e Vedant Joshi

MELHOR TRILHA SONORA
The Melt Goes On Forever: The Art & Times of David Hammons, por Ramachandra Borcar

PRÊMIO ABC NEWS VIDEOSOURCE
Riotsville, U.S.A., de Sierra Pettengill 

PRÊMIO PARE LORENTZ
All That Breathes, de Shaunak Sen
Menção Especial: Nuisance Bear, de Jack Weisman e Gabriela Osio Vanden

PRÊMIO DAVID L. WOLPER | STUDENT DOCUMENTARY
Requiem for a Whale, de Ido Weisman (Israel)

MELHOR SÉRIE DOCUMENTAL | CURADORIA
POV (PBS)

MELHOR SÉRIE DOCUMENTAL | EPISÓDIOS
Origins of Hip Hop (A&E)

MELHOR SÉRIE DOCUMENTAL | CURTA-METRAGEM
POV Shorts (PBS)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | ÁUDIO
Documenting a Death by Euthanasia (The New York Times)

MELHOR DOCUMENTÁRIO DIVIDIDO EM VÁRIAS PARTES
We Need to Talk About Cosby, de W. Kamau Bell

MELHOR DOCUMENTÁRIO E/OU SÉRIE DIVIDIDO EM VÁRIAS PARTES | ÁUDIO
Stolen: Surviving St. Michael’s (Spotify)

Foto: Courtesy of Sundance Institute.

Cine PE 2022: cineasta Sergio Rezende é homenageado

por: Cinevitor
O cineasta com o troféu Calunga de Ouro

Entre exibições especiais, mostra competitiva e discursos, a noite de abertura da 26ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que aconteceu no Teatro do Parque, no Recife, contou também com uma homenagem especial ao cineasta Sergio Rezende.

Nascido no Rio de Janeiro, em 9 de abril de 1951, Sergio cresceu no meio cinematográfico carioca e seus filmes começaram a ser premiados logo cedo, rodando o mundo em festivais. Estreou na ficção em 1982 com O Sonho Não Acabou. Desde então, dirigiu 16 longas metragens, marcados por um forte olhar sobre a sociedade brasileira.

Alternando o tom entre o épico, com Guerra de Canudos, O Homem da Capa Preta, Zuzu Angel e Salve Geral, com o poético, em Quase Nada, Onde Anda Você? e O Cinema é meu Jardim, seus filmes receberam acolhida popular e prêmios nacionais e internacionais. Lançou recentemente O Paciente – O Caso Tancredo Neves, protagonizado por Othon Bastos, em 2018, e O Jardim Secreto de Mariana, com Andreia Horta, em 2021.

Sua filmografia conta também com: Pra Não Dizer que Não Competi, Doida Demais, Até a Última Gota, A Child From The South, Lamarca, Mauá: O Imperador e o Rei, Em Nome da Lei, a série Questão de Família, entre outros.

No palco do Teatro do Parque, ovacionado pelo público, recebeu o troféu Calunga de Ouro das mãos do amigo, e também cineasta, Luiz Carlos Lacerda: “Vinte e cinco anos atrás começou o festival. E 25 anos atrás eu tive aqui na cidade do Recife uma das grandes emoções da minha vida, que foi a primeira sessão pública de Guerra de Canudos. Na plateia, num sábado de manhã, no Cine São Luiz, estava o grande Ariano Suassuna. Estar aqui, 25 anos depois, comemorando a volta do festival presencial e do cinema brasileiro, que sofreu tão amargamente nesses tempos sombrios, é emocionante. Eu sou do cinema, do filme, da sala escura. Eu tenho esperança que isso volte com a força que merece”, disse Rezende em seu discurso.

Na ocasião, foi exibido o curta-metragem Leila Para Sempre Diniz, realizado em 1975, em parceria com sua esposa, a produtora Mariza Leão: “Quando fizemos esse filme, ainda não tínhamos a nossa família. E quando resolvemos fazer esse curta, nós descobrimos a família do cinema. Bigode [apelido do cineasta Luiz Carlos Lacerda] foi uma das pessoas que nos ajudou e aconteceram coisas incríveis. Depois fizemos a nossa própria família, que também é do cinema. Aqui estão: minha filha Julinha [a cineasta Julia Rezende], a caçula, que também é diretora; a Maria, que é montadora; a Mariza, que produziu nossos filmes; e tem o Tiago também, que não está aqui hoje. Agradeço ao festival e por essa sensibilidade desse público de cinema. É um prazer gigantesco estar aqui”, finalizou Sergio.

Amigos no cinema e na vida: Rezende e Bigode

Luiz Carlos Lacerda também discursou: “Eu queria agradecer ao povo do Nordeste, tão querido, por ter garantido ao povo brasileiro a volta da democracia. Há muitos anos atrás, dois jovens bateram na minha porta: esse aqui e a Mariza, querendo fazer um filme sobre a Leila Diniz, que foi minha grande amiga. E eu fiquei espantado com a ousadia deles. Sergio é um grande cineasta que reescreve a história brasileira através dos seus filmes”.

No dia seguinte à homenagem, Rezende participou de uma coletiva de imprensa, que foi mediada pelo crítico Edu Fernandes: “Nos últimos tempos, eu pensei muito. Não em parar, mas em ser parado. De repente eu comecei a ver as coisas se fechando, se afunilando. Porque eu vejo que no Brasil de hoje em dia há uma coisa contraditória: o audiovisual está bombando loucamente, mas o cinema está num buraco. Para a minha geração, o telefona não toca muito. Mas, nada pode me impedir de fazer cinema. E mantenho assim. Eu farei cinema, ninguém vai me impedir. Mas, dessa maneira, eu não consigo mais fazer um Guerra de Canudos. Eu quero me expressar até o fim da vida”.

Mariza Leão, que também estava presente na coletiva, conversou com o público: “Tenho visto com muita alegria um investimento mais pensado na diversidade, pensado em corrigir essa quantidade de filmes de mulheres que é muito pequena em relação aos homens. Mas eu também estava pensando que não tem um edital para os mestres: a Tizuka [Yamasaki], o José Joffily, Hermanno Penna, os irmãos Carvalho. Isso quer dizer alguma coisa, ou seja, um certo etarismo, que eu acho muito cruel. Não será através do mercado ou plataformas que isso será corrigido. É preciso que tenha um olhar institucional, de Estado, que diga que terá um edital para os mestres, por exemplo. Os que já fizeram e querem continuar fazendo”, finalizou.

*O CINEVITOR está no Recife e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Felipe Souto Maior.