Demi Moore em A Substância, de Coralie Fargeat: filme premiado
O Sindicato dos Maquiadores e Cabeleireiros divulgou neste sábado, 15/02, os vencedores do 12º Make-Up Artists and Hair Stylists Guild Awards. A cerimônia, realizada no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles, e apresentada pelos dançarinos Valentin Chmerkovskiy e Jenna Johnson, premiou as melhores maquiagens e estilos de penteados do cinema, da TV, mídias digitais e do teatro.
Nas categorias destinadas aos longas-metragens desta 12ª edição foram consagrados: A Substância, Wicked e The Last Showgirl. Entre as produções televisivas, Emily em Paris, Palm Royale, Pinguim, Abbott Elementary, Bridgerton, Saturday Night Live, The Jennifer Hudson Show e Dancing with the Stars se destacaram.
Vale lembrar que alguns filmes premiados pelo Sindicato também já levaram a estatueta dourada no Oscar, entre eles: A Baleia, A Voz Suprema do Blues, O Escândalo, Vice, O Destino de uma Nação, Esquadrão Suicida, Mad Max: Estrada da Fúria, O Grande Hotel Budapeste e Clube de Compras Dallas.
Conheça os vencedores do MUAHS Awards 2025 nas categorias de cinema:
MELHOR MAQUIAGEM | FILME CONTEMPORÂNEO A Substância, por Stéphanie Guillon
MELHOR MAQUIAGEM EM FILME DE ÉPOCA E/OU CARACTERIZAÇÃO Wicked, por Frances Hannon, Alice Jones, Nuria Mbornio, Johanna Nielsen e Branka Vorkapic
MELHOR MAQUIAGEM DE EFEITOS ESPECIAIS A Substância, por Pierre-Olivier Persin
MELHOR PENTEADO | FILME CONTEMPORÂNEO The Last Showgirl, por Katy McClintock, Marc Boyle e Stephanie Hobgood
MELHOR PENTEADO EM FILME DE ÉPOCA E/OU CARACTERIZAÇÃO Wicked, por Frances Hannon, Sarah Nuth, Sim Camps e Gabor Kerekes
Ethan Herisse e Brandon Wilson em Nickel Boys: filme premiado
O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, anunciou neste sábado, 15/02, os vencedores do Writers Guild Awards 2025, premiação que elege os melhores roteiros do cinema, TV, novas mídias e rádio. Realizado anualmente desde 1948, o WGA Awards é considerado um dos termômetros para o Oscar.
Escrito e dirigido por Sean Baker, Anora levou o prêmio de melhor roteiro original. Já Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes, venceu na categoria de melhor roteiro adaptado. Como de costume, o WGA Awards frequentemente exclui vários filmes importantes da temporada de premiações por conta das regras de elegibilidade; uma delas é que se o roteiro for escrito por um não membro do Sindicato, ele não é elegível ao prêmio. Neste ano, diversos longas ficaram de fora, entre eles, o brasileiro Ainda Estou Aqui, com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega.
Entre as categorias televisivas, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Hacks e Pinguim se destacaram nesta 77ª edição, que foi realizada em dois locais: em Beverly Hills, no The Beverly Hilton, com apresentação de Joel Kim Booster; e em Nova York, sob o comando de Roy Wood Jr., no Edison Ballroom.
A noite contou também com diversos nomes homenageados, como: o cineasta David Lynch, que morreu em janeiro, recebeu o Laurel Award for Screenwriting Achievement; o roteirista Vince Gilligan, vencedor do Emmy por Breaking Bad e Better Call Saul, foi honrado com o Paddy Chayefsky Laurel Award for Television Writing Achievement; os roteiristas de Nickel Boys, RaMell Ross e Joslyn Barnes, receberam o Paul Selvin Award; o roteirista Scott Frank, indicado ao Oscar por Irresistível Paixão e Logan, foi homenageado com o Ian McLellan Hunter Award for Career Achievement; o produtor televisivo Bill Lawrence, vencedor do Emmy por Ted Lasso, recebeu o Herb Sargent Award for Comedy Excellence; e a roteirista Kathy McGee recebeu o Richard B. Jablow Award.
Conheça os vencedores do WGA Awards 2025 nas categorias de cinema:
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Anora, escrito por Sean Baker
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes; baseado no livro The Nickel Boys, de Colson Whitehead
MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO Jim Henson, o Homem-Ideia, escrito por Mark Monroe
MELHOR ROTEIRO | FILME PARA TV e STREAMING The Great Lillian Hall, escrito por Elisabeth Seldes Annacone
Foram anunciados neste sábado, 15/02, os vencedores da 29ª edição do Annual Excellence in Production Design Awards, que reconhece a excelência em design de produção (ou direção de arte, como é chamada no Brasil) no cinema, televisão, comerciais e videoclipes.
A cerimônia, realizada no InterContinental Los Angeles Downtown e apresentada pela atriz e comediante Rachael Harris, consagrou diversos filmes, entre eles, Conclave, com design de produção assinado por Suzie Davies, que também foi indicada ao Oscar deste ano. Nas categorias televisivas, as séries Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Fallout, Round 6 e Pinguim foram premiadas; o videoclipe Not Like Us, de Kendrick Lamar, também se destacou.
Fundada em 1937, a Art Directors Guild (ADG, IATSE Local 800) reúne mais de 3.300 membros do mundo todo, principalmente americanos e canadenses, que trabalham como designers de produção, diretores de arte, cenógrafos, ilustradores, modeladores, assistentes de arte, entre outros. Vale lembrar que, dentro da estrutura do cinema brasileiro, o designer de produção é mais conhecido como diretor de arte.
Conheça os vencedores do 29º Annual Excellence in Production Design Awards nas categorias de cinema:
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ÉPOCA Nosferatu, por Craig Lathrop
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE FANTASIA Wicked, por Nathan Crowley
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME CONTEMPORÂNEO Conclave, por Suzie Davies
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Raymond Zibach
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME PARA TV ou STREAMING A Batalha do Biscoito Pop-Tart, por Clayton Hartley
Cacá Diegues: um dos maiores nomes do cinema brasileiro
Morreu na madrugada desta sexta-feira, 14/02, aos 84 anos, o consagrado cineasta e produtor brasileiro Cacá Diegues. Com mais de trinta filmes ao longo da carreira, entre curtas e longas, foi um dos fundadores do Cinema Novo.
Nascido em Maceió, Alagoas, no dia 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues mudou-se, aos seis anos, para o Rio de Janeiro com a família. Durante o curso de Direito, na PUC-Rio, foi presidente do Diretório Estudantil e criou um cineclube. Nessa época, começou a atuar como cineasta amador, dirigiu o jornal O Metropolitano, publicado pela União Metropolitana de Estudantes, e juntou-se ao Centro Popular de Cultura, ligado à União Nacional dos Estudantes. Aqui, entre discussões sobre cinema, nascia o núcleo de fundação do Cinema Novo, no qual Cacá era um dos líderes ao lado de nomes como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade.
No início dos anos 1960, dirigiu os curtas Fuga e Domingo, títulos pioneiros do Cinema Novo, movimento compromissado a renovar a linguagem cinematográfica brasileira a partir de um realismo crítico, que tinha como objetivo ter um impacto político concreto a partir da mobilização das massas. Além disso, o Cinema Novo também surgiu como uma resposta ao cinema tradicional que fazia sucesso nas bilheterias brasileiras no final da década de 1950, um cinema que basicamente se resumia a musicais, comédias e histórias épicas no estilo hollywoodiano, muitas vezes realizados com recursos de produtoras e distribuidoras estrangeiras.
Em 1962, Diegues realizou seu primeiro trabalho em um longa-metragem: o episódio Escola de Samba Alegria de Viver, do filme Cinco Vezes Favela; os outros segmentos foram dirigidos por Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Marcos Farias e Miguel Borges. No ano seguinte, lançou Ganga Zumba, protagonizado por Antonio Pitanga e Léa Garcia. Depois vieram A Grande Cidade e Os Herdeiros.
Durante a ditadura militar no Brasil, Cacá deixou o país ao lado da esposa, a cantora Nara Leão. Quando voltou, realizou duas obras importantes de sua filmografia: Quando o Carnaval Chegar, com Chico Buarque, Nara Leão, Maria Bethânia, Hugo Carvana, Ana Maria Magalhães, Antonio Pitanga, Odete Lara e Elke Maravilha; e Joanna Francesa, com Jeanne Moreau, que foi premiado pela APCA nas categorias de melhor argumento original e melhor música para Chico Buarque e Roberto Menescal.
Em 1976, foi a vez do aclamado Xica da Silva, protagonizado por Zezé Motta e considerado seu maior sucesso popular. O filme, que se passa na segunda metade do século 18, narra a paixão de João Fernandes, representante da corte portuguesa, pela escrava negra Xica da Silva, que a transforma na Rainha do Diamante. O longa foi o grande vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro com três troféus: melhor filme, direção e atriz para Zezé Motta. Com Chuvas de Verão, de 1978, Cacá também foi premiado com o troféu Candango em Brasília e no Festival de Havana.
No início da redemocratização do país e da renovação do cinema brasileiro, Diegues lançou o consagrado Bye Bye Brasil, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1980. Com José Wilker, Betty Faria e Fábio Jr. no elenco, o filme mostra Salomé, Lorde Cigano e Andorinha, três artistas mambembes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. No ano passado, uma cópia restaurada da obra foi exibida na mostra Cannes Classics.
Cacá Diegues nos bastidores de Bye Bye Brasil, em 1979: filme exibido em Cannes
Em 1981, Cacá integrou o júri do Festival de Cannes e, na sequência exibiu, em competição, outros dois títulos: Quilombo, com Zózimo Bulbul, em 1984; e Um Trem para as Estrelas, em 1987. Em 2018, na 71ª edição, voltou ao festival com O Grande Circo Místico, seu último lançamento comercial, que foi exibido na mostra Sessões Especiais.
Sua trajetória seguiu com Dias Melhores Virão, protagonizado por Marília Pêra, que foi premiada no Festival de Cartagena e pela APCA; Veja Esta Canção, que rendeu o prêmio de melhor direção para Diegues em Havana e o Prêmio APCA para Debora Bloch; Tieta do Agreste, com Sonia Braga, exibido no Festival de San Sebastián e que rendeu outros dois prêmios para Marília Pêra como atriz coadjuvante: no Festival de Havana e o Troféu APCA, que também foi entregue a Chico Anysio.
Em 1990, outro sucesso: Orfeu, com Toni Garrido e Patrícia França. O longa foi eleito o melhor filme no Festival de Cartagena e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (no qual também venceu nas categorias de melhor trilha sonora para Caetano Veloso e melhor fotografia para Affonso Beato). Exibido em San Sebastián, foi indicado ao MPSE Golden Reel Awards, que elege os melhores editores de som, e premiado pela APCA como melhor fotografia.
Com Deus é Brasileiro, levou mais de 1,6 milhão de espectadores aos cinemas em 2003. A comédia, baseada no conto O Santo que não Acreditava em Deus, de João Ubaldo Ribeiro, foi protagonizada por Antonio Fagundes e Wagner Moura. Na época, o longa rendeu a Wagner o Troféu APCA de melhor ator e também de Revelação no Prêmio Guarani; foi exibido nos festivais de Tóquio e Cartagena e indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, hoje chamado de Prêmio Grande Otelo. Recentemente, uma sequência intitulada Deus Ainda é Brasileiro foi anunciada e filmada em Alagoas, terra natal do diretor; o filme tem estreia prevista para o segundo semestre deste ano.
Sua carreira como diretor seguiu com o filme O Maior Amor do Mundo, premiado nos festivais de Havana, Mar del Plata e Montreal; com o DVDNenhum Motivo Explica a Guerra, do grupo AfroReggae; com a série Brasil que Vale; com o documentário Rio de Fé; entre outros. Cacá também assinou como produtor em diversas obras do cinema brasileiro, entre elas: Terra em Transe, Favela Gay, Na Quebrada, Loucas pra Casar, Meu Amigo Hindu, Aquarius, Meu Passado me Condena 2, Um Tio Quase Perfeito, O Filme da Minha Vida, Fala Sério, Mãe!, Bacurau, Três Verões, Doutor Gama, entre muitos outros.
Em agosto de 2018, foi eleito o novo imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo também cineasta Nelson Pereira dos Santos, pelo escritor Euclides da Cunha e pelo fundador da ABL, Valentim Magalhães. Recebeu o título de Comendador da Ordem de Mérito Cultural e a Medalha da Ordem de Rio Branco, a mais alta do país.
Cacá também foi conselheiro da Cinemateca Brasileira entre 2010 e 2013; e recebeu o Troféu Eduardo Abelin no Festival de Cinema de Gramado. O cineasta sempre mirou sua câmera para um Brasil desconhecido ou escondido sem preconceitos e contou a história da formação do país. Carlos Diegues, em sua obra, representou, emblematicamente, três momentos importantíssimos do cinema brasileiro: surge com o Cinema Novo, nos anos 1960; o cinema da metáfora, nos anos 1970; e o cinema híbrido, que aparece ao redor dos anos 1980.
Desde 1981, era casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, atual presidente da Academia Brasileira de Cinema. Diegues morreu no Rio de Janeiro por conta de uma parada cardiorrespiratória antes de realizar uma cirurgia.
*Clique aqui e relembre nossa entrevista com o diretor, realizada em setembro de 2017 durante a mostra Cacá Diegues – Cineasta do Brasil
Fernanda Torres e Selton Mello no brasileiro Ainda Estou Aqui: filme premiado
Foram anunciados nesta quinta-feira, 13/02, os vencedores da 16ª edição do Dorian Awards, prêmio organizado pela GALECA (Gay and Lesbian Entertainment Critics Association), Associação Gay e Lésbica de Críticos de Entretenimento; o nome é em homenagem ao escritor Oscar Wilde em referência ao seu romance O Retrato de Dorian Gray.
Neste ano, A Substância, de Coralie Fargeat, foi consagrado com cinco prêmios, entre eles, melhor interpretação para Demi Moore; Eu Vi o Brilho da TV, de Jane Schoenbrun, que liderava a lista com nove indicações, se destacou em duas categorias.
O brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi eleito o melhor filme estrangeiro do ano. Indicado em três categorias no Oscar, o longa, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.
Com mais de 400 jornalistas e críticos de veículos importantes dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, muitos integrantes da Associação, fundada em 2009, se identificam como membros da comunidade LGBTQ, seja lésbica, gay, bissexual, transgênero ou queer; porém, diversos jornalistas simpatizantes também fazem parte.
Em comunicado oficial, o jornalista Walt Hickey, presidente do grupo, disse: “Em nosso 16º ano, os membros da GALECA ainda se divertem muito brindando seus favoritos em filmes, tanto os tradicionais quanto os de temática LGBTQ”. A vice-presidente Diane Anderson-Minshall acrescentou: “Tenho certeza de que até mesmo alguns ultraconservadores que estão dispostos a apagar todos os tipos de palavras e letras ‘woke’, sem mencionar a história, estão secretamente tomando nota de nossos vencedores. Todos apreciam o olhar especializado do Q+ sobre entretenimento”.
Conheça os vencedores do Dorian Film Awards 2025:
FILME DO ANO A Substância, de Coralie Fargeat
FILME LGBTQ DO ANO Eu Vi o Brilho da TV, de Jane Schoenbrun
MELHOR DIREÇÃO Coralie Fargeat, por A Substância
ROTEIRO DO ANO | ORIGINAL OU ADAPTADO Rivais, escrito por Justin Kuritzkes
ROTEIRO LGBTQ DO ANO Eu Vi o Brilho da TV, escrito por Jane Schoenbrun
INTERPRETAÇÃO DO ANO Demi Moore, por A Substância
INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE DO ANO Ariana Grande, por Wicked
FILME ESTRANGEIRO DO ANO Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
FILME LGBTQ ESTRANGEIRO DO ANO Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
DOCUMENTÁRIO DO ANO Will & Harper, de Josh Greenbaum
DOCUMENTÁRIO LGBTQ DO ANO Will & Harper, de Josh Greenbaum
FILME DE ANIMAÇÃO DO ANO Flow, de Gints Zilbalodis
FILME DE GÊNERO DO ANO A Substância, de Coralie Fargeat
TRILHA SONORA DO ANO Rivais, por Trent Reznor e Atticus Ross
FILME VISUALMENTE IMPRESSIONANTE DO ANO Nickel Boys, de RaMell Ross
FILME NÃO CELEBRADO/DESCONHECIDO DO ANO *para um filme excepcional digno de maior atenção Problemista, de Julio Torres
FILME LGBTQ NÃO CELEBRADO/DESCONHECIDO DO ANO The People’s Joker, de Vera Drew
FILME CAMPY DO ANO A Substância, de Coralie Fargeat
PRÊMIO ESTRELA EM ASCENÇÃO Jonathan Bailey
WILDE ARTIST AWARD *honra uma força verdadeiramente inovadora no entretenimento Colman Domingo
GALECA LGBTQIA+ FILM TRAILBLAZER *para um criador de arte que inspira empatia, verdade e equidade Cynthia Erivo
TIMELESS STAR | CAREER ACHIEVEMENT AWARD *homenagem para uma carreira exemplar marcada pelo caráter, sabedoria e sagacidade Demi Moore
Foram anunciados nesta terça-feira, 11/02, em cerimônia apresentada pela dupla Sklar Brothers, no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, os vencedores da 23ª edição do VES Awards, prêmio criado pela Visual Effects Society, que reconhece a excelência artística e a inovação em efeitos visuais em filmes, animações, programas de TV, comerciais e videogames.
Neste ano, Duna: Parte 2, dirigido por Denis Villeneuve, foi consagrado com quatro prêmios. Vale destacar a presença do brasileiroFabio Lignini, que foi premiado na categoria de melhor personagem em animação por Robô Selvagem. Recentemente, Lignini também se destacou no Annie Awards, o Oscar da animação.
Além disso, o longa de ação Guerra Civil, de Alex Garland, que conta com o ator brasileiroWagner Moura no elenco, foi premiado na categoria de melhores efeitos visuais de apoio em filme fotorealista. Nas categorias televisivas, as séries Xógum: A Gloriosa Saga do Japão e Pinguim levaram três prêmios cada.
Conheça os vencedores do 23º Visual Effects Society Awards nas categorias de cinema:
MELHORES EFEITOS VISUAIS EM FILME FOTOREALISTA Planeta dos Macacos: O Reinado, por Erik Winquist, Julia Neighly, Paul Story, Danielle Immerman e Rodney Burke
MELHORES EFEITOS VISUAIS DE APOIO EM FILME FOTOREALISTA Guerra Civil, por David Simpson, Michelle Rose, Freddy Salazar, Chris Zeh e J.D. Schwalm
MELHORES EFEITOS VISUAIS EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Chris Sanders, Jeff Hermann, Jeff Budsberg e Jakob Hjort Jensen
MELHOR PERSONAGEM EM FILME FOTOREALISTA Robbie Williams, em Better Man: A História de Robbie Williams, por Milton Ramirez, Andrea Merlo, Seoungseok Charlie Kim e Eteuati Tema
MELHOR PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO Roz, em Robô Selvagem, por Fabio Lignini, Yukinori Inagaki, Owen Demers e Hyun Huh
MELHOR AMBIENTE CRIADO EM FILME FOTOREALISTA The Arrakeen Basin, em Duna: Parte 2, por Daniel Rhein, Daniel Anton Fernandez, Marc James Austin e Christopher Anciaume
MELHOR AMBIENTE CRIADO EM ANIMAÇÃO Floresta, em Robô Selvagem, por John Wake, He Jung Park, Woojin Choi e Shane Glading
MELHOR FOTOGRAFIA EM CG Arrakis, em Duna: Parte 2, por Greig Fraser, Xin Steve Guo, Sandra Murta e Ben Wiggs
MELHOR MODELO EM PROJETO FOTOREALISTA OU ANIMADO Renaissance Space Station, em Alien: Romulus, por Waldemar Bartkowiak, Trevor Wide, Matt Middleton e Ben Shearman
MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME FOTOREALISTA Explosões atômicas e Wormriding, em Duna: Parte 2, por Nicholas Papworth, Sandy la Tourelle, Lisa Nolan e Christopher Phillips
MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME DE ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Derek Cheung, Michael Losure, David Chow e Nyoung Kim
MELHOR COMPOSIÇÃO E ILUMINAÇÃO EM FILME FOTOREALISTA Wormriding, Geidi Prime e a batalha final, em Duna: Parte 2, por Christopher Rickard, Francesco Dell’Anna, Paul Chapman e Ryan Wing
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS PRÁTICOS EM PROJETO FOTOREALISTA Pinguim, por Devin Maggio, Johnny Han, Cory Candrilli e Alexandre Prod’homme
MELHORES EFEITOS VISUAIS EM PROJETO ESTUDANTIL Pittura (Schools of Digital Arts), por Adam Lauriol, Titouan Lassère, Rémi Vivenza e Helloïs Marre
PRÊMIO EMERGING TECHNOLOGY Aqui, por Jo Plaete, Oriel Frigo, Tomas Koutsky e Matteo Olivieri-Dancey
Foram anunciados neste sábado, 08/02, no Beverly Hilton, em Beverly Hills, em cerimônia apresentada pela sexta vez pelo comediante Judd Apatow, os vencedores do 77º DGA Awards, prêmio organizado pelo Sindicato dos Diretores da América, Directors Guild of America, que elege a melhor direção em TV e cinema desde 1948.
O cineasta americano Sean Baker foi o grande vencedor desta 77ª edição por sua direção em Anora; RaMell Ross, diretor de Nickel Boys, levou o prêmio de melhor direção estreante. Entre as produções televisivas, destacaram-se: Hacks, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão e Ripley. A noite contou também com participações especiais de Demi Moore, Christopher Nolan, Adrien Brody, Michelle Yeoh, Colman Domingo, Ralph Fiennes, Mikey Madison, Zoe Saldaña, Sebastian Stan, entre outros.
Como de costume, nomes importantes da indústria foram homenageados: o diretor Ang Lee, de O Tigre e o Dragão e vencedor do Oscar por As Aventuras de Pi e O Segredo de Brokeback Mountain, recebeu o DGA Lifetime Achievement Award; a produtora Mary Rae Thewlis, indicada ao Emmy por The Americans, foi honrada com o Robert B. Aldrich Award; e o produtor Thomas J. Whelan, de Miss Simpatia, Os Excêntricos Tenenbaums, Sex and the City, Gotham e Diarra from Detroit recebeu o Frank Capra Achievement Award.
Conheça os vencedores do 77º Directors Guild of America Awards nas categorias de cinema:
MELHOR DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM Sean Baker, por Anora
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE | LONGA-METRAGEM RaMell Ross, por Nickel Boys
MELHOR DIREÇÃO | DOCUMENTÁRIO Brendan Bellomo e Slava Leontyev, por Porcelain War
Mark Eydelshteyn, Mikey Madison e Anton Bitter em Anora: filme premiado
O Sindicato dos Produtores da América, Producers Guild of America, revelou na noite deste sábado, 08/02, no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles, os vencedores do PGA Awards, Producers Guild Awards, premiação que elege os melhores do cinema e da TV.
Nesta 36ª edição, o longa Anora, produzido por Samantha Quan, Alex Coco e Sean Baker foi consagrado. Com isso, o título, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes do ano passado, aumenta suas chances na corrida pelo Oscar de melhor filme, já que o PGA Awards é considerado uma prévia do prêmio da Academia.
Realizado anualmente desde 1990, a premiação conta com mais de 8.200 membros. Das 35 edições realizadas até então, 25 dos vencedores também levaram a principal categoria do Oscar, como por exemplo, Oppenheimer, que foi eleito o melhor filme em ambos os eventos do ano passado. O PGA Awards ainda consagrou Hacks, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Bebê Rena, entre outros, nas categorias televisivas.
Na cerimônia de premiação, Stephanie Allain e Donald De Line, presidentes do PGA, discursaram: “Estúdios, streamers e financiadores… por favor, ajudem a trazer a produção de volta para Los Angeles. A indústria cinematográfica fez Los Angeles e agora é hora de Los Angeles fazer filmes novamente”. A noite contou também com a presença de nomes como Colman Domingo, Mikey Madison, Adrien Brody, Ariana Grande, Colin Farrell, Elle Fanning, Geraldine Viswanathan, Jane Fonda, Jeff Goldblum, Jodie Foster, Steve Carrell, entre outros.
Neste ano, a premiação homenageou grandes nomes da indústria cinematográfica: o produtor cinematográfico Christopher Meledandri, indicado ao Oscar por Meu Malvado Favorito 2, recebeu o David O. Selznick Achievement Award; Dana Walden, presidente do Disney Television Studios e da ABC Entertainment, foi honrada com o Milestone Award; o ator, diretor e roteirista Taika Waititi, vencedor do Oscar por Jojo Rabbit, foi homenageado com o Norman Lear Achievement Award; e as produtoras Lynda Obst, indicada ao Emmy pela série The ’60s, e Paula Weinstein, vencedora do Emmy pelos filmes televisivos Recontagem e Truman, receberam, in memoriam, o Trailblazer Award.
Conheça os vencedores do PGA Awards 2025 nas categorias de cinema:
LONGA-METRAGEM | PRÊMIO DARRYL F. ZANUCK Anora, por Samantha Quan, Alex Coco e Sean Baker
LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Jeff Hermann
LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Super/Man: A História de Christopher Reeve, por Lizzie Gillett, Robert Ford e Ian Bonhôte
FILME TELEVISIVO ou STREAMING A Noite que Mudou o Pop, por Lionel Richie, George Hencken e Julia Nottingham
Fabio Lignini: brasileiro premiado por Robô Selvagem
Foram anunciados neste sábado, 08/02, no Royce Hall da UCLA, em Los Angeles, os vencedores da 52ª edição do Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society.
O longa Robô Selvagem, de Chris Sanders, que liderava a lista com dez indicações, foi o grande vencedor com oito prêmios, entre eles, o de melhor animação; Flow, de Gints Zilbalodis, aparece na sequência com dois troféus.
Entre os premiados, vale destacar a presença do brasileiroFabio Lignini, que venceu na categoria de melhor animação de personagem em animação por Robô Selvagem. No palco, ele agradeceu: “Muito obrigado por acreditarem em mim e por terem me dado o Roz [personagem] para supervisionar. Chris Sanders, nosso diretor, você é um diretor muito inspirado e inspirador. Você quis o nosso melhor e sabíamos que estávamos fazendo algo muito especial. Sou grato por isso. Obrigado, DreamWorks, por ser minha casa há 30 anos. Enalteço também todos os animadores que trabalharam em Robô Selvagem. O talento, a paixão e a crença de vocês no projeto me inspiraram o tempo todo. Eu compartilho esse prêmio com vocês. Muito obrigado!”.
Lignini já tinha sido premiado, em 2015, por Como Treinar o Seu Dragão 2 e já trabalhou em diversos outros filmes de sucesso, como: Gato de Botas 2: O Último Pedido, Os Croods 2: Uma Nova Era, O Príncipe do Egito, O Espanta Tubarões, Bee Movie: A História de uma Abelha, Os Pinguins de Madagascar, Kung Fu Panda 3, entre outros.
Fundada em 1960, a ASIFA-Hollywood premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, que consagrou A Bela e a Fera.
Conheça os vencedores nas categorias de cinema do Annie Awards 2025:
MELHOR ANIMAÇÃO Robô Selvagem, de Chris Sanders
MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE Flow, de Gints Zilbalodis
MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO Chris Sanders, por Robô Selvagem
MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO Flow, escrito por Gints Zilbalodis e Matīss Kaža
MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO Lupita Nyong’o, por Robô Selvagem
MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM Wander to Wonder, de Nina Gantz
MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL Adiós, de José Prats
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS DE ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Derek Cheung, Michael Losure, David Chow, Nyoung Kim e Steve Avoujageli
MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Fabio Lignini
MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION Planeta dos Macacos: O Reinado, por Christian Kickenweitz, Aidan Martin, Allison Orr, Radiya Alam e Howard Sly
MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Genevieve Tsai
MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Kris Bowers
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Raymond Zibach e Ritchie Sacilioc
MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO Meu Malvado Favorito 4, por Habib Louati
MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO Robô Selvagem, por Mary Blee, Collin Erker, Orlando Duenas, Lucie Lyon e Brian Parker
MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL Orion e o Escuro, de Sean Charmatz
Walter Salles e Fernanda Torres nos bastidores de Ainda Estou Aqui
Foram anunciados neste sábado, 08/02, em Madri, os vencedores do Prêmio Goya, ou Premios Goya, no original, evento realizado pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol.
O drama biográfico El 47, dirigido por Marcel Barrena, que liderava a lista com 14 indicações, se destacou com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme, que foi dividido com La infiltrada, de Arantxa Echevarría, em um empate.
Neste ano, o Brasil se destacou com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, eleito o melhor filme ibero-americano; é a primeira vez que um filme brasileiro é premiado no Goya. O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, que trabalhou com Salles em Diários de Motocicleta e ganhou o Oscar de melhor canção original por Al otro lado del río, recebeu o prêmio em nome da equipe. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família.
No palco, Drexler leu uma mensagem de Walter Salles: “Estou profundamente agradecido porque este prêmio é muito especial para nós. Não só por ser a primeira vez que um filme brasileiro é indicado, mas é uma grande honra por toda a admiração que eu tenho pela cultura ibero-americana como um todo, pela admiração que tenho pela cinematografia espanhola desde Buñuel, assim como por tantos outros cineastas que influenciaram minha formação. Dedico este prêmio ao cinema brasileiro, para Eunice Paiva e toda sua família, para Fernanda Montenegro e Fernanda Torres”.
A cerimônia, apresentada por Maribel Verdú e Leonor Watling, contou também com homenagens: a atriz espanhola Aitana Sánchez-Gijón recebeu o Goya de Honor; e o ator americano Richard Gere foi honrado com o Goya Internacional, que foi entregue pelo amigo Antonio Banderas. Em seu discurso, disse: “Nós, atores, somos muito loucos. Essa é a coisa boa que temos, que ainda somos meninos e meninas. Gostamos de histórias”. A noite também lembrou a trajetória da consagrada atriz Marisa Paredes, que morreu em dezembro do ano passado.
Outro momento marcante foi a celebração dos 20 anos da estreia do longa Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, que ganhou o Oscar de melhor filme internacional em 2005. O diretor e integrantes do elenco, como Javier Bardem, Lola Dueñas, Tamar Novas e Belén Rueda, se reencontraram no palco: “Sua maior recompensa foi fazer com que as pessoas começassem a falar sobre o direito de morrer com dignidade”, disse Amenábar. Com 14 prêmios no Goya, é o filme mais premiado da história da premiação espanhola.
Conheça os vencedores do Prêmio Goya 2025:
MELHOR FILME El 47 e La infiltrada
MELHOR DIREÇÃO Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, por Segundo premio
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE Javier Macipe, por La estrella azul
MELHOR ATOR Eduard Fernández, por Marco
MELHOR ATRIZ Carolina Yuste, por La infiltrada
MELHOR ATOR COADJUVANTE Salva Reina, por El 47
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Clara Segura, por El 47
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Casa en flames, escrito por Eduard Sola
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO O Quarto ao Lado, escrito por Pedro Almodóvar
ATOR REVELAÇÃO Pepe Lorente, por La estrella azul
ATRIZ REVELAÇÃO Laura Weissmahr, por Salve Maria
MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO El 47, por Carlos Apolinario
MELHOR FOTOGRAFIA O Quarto ao Lado, por Edu Grau
MELHOR MONTAGEM Segundo premio, por Javi Frutos
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE A Virgem Vermelha, por Javier Alvariño
MELHOR FIGURINO A Virgem Vermelha, por Arantxa Ezquerro
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO Marco, por Karmele Soler, Sergio Pérez Berbel e Nacho Díaz
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL Los Almendros, por Antón Álvarez e Yerai Cortés (La guitarra flamenca de Yerai Cortés)
MELHOR SOM Segundo premio, por Diana Sagrista, Eva Valiño, Alejandro Castillo e Antonin Dalmasso
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS El 47, por Laura Canals e Iván López Hernández
MELHOR ANIMAÇÃO Mariposas Negras, de David Baute
MELHOR DOCUMENTÁRIO La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de C. Tangana
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
MELHOR FILME EUROPEU Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO La gran obra, de Àlex Lora
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Semillas de Kivu, de Carlos Valle e Néstor López
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Cafunè, de Carlos Fernández de Vigo e Lorena Ares
Selton Mello, Guilherme Silveira e Cora Mora no brasileiro Ainda Estou Aqui
Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/02, no De Doelen, os vencedores da 54ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), considerado um dos maiores do mundo e que destaca talentos cinematográficos dirigidos por novos cineastas.
O melhor filme da Tiger Competition, a principal mostra competitiva, eleito pelo júri formado por Yuki Aditya, Winnie Lau, Peter Strickland e Andrea Luka Zimmerman, foi o documentário Fiume o morte!, dirigido por Igor Bezinović. A justificativa diz: “Embora seja um filme brincalhão e travesso, ele apresenta um espelho para os nossos dias atuais”.
Na mostra Big Screen Competition, que faz a ponte entre o cinema popular, clássico e de arte, o júri, formado por Bero Beyer, Dewi Reijs, Jia Zhao, Sara Rajaei e Digna Sinke, escolheu o drama Raptures, de Jon Blåhed. A justificativa diz: “O prêmio vai para um filme que explora temas de moralidade, família, resiliência e dogma, um filme em camadas que encapsula uma história muito local e talvez pouco conhecida em um tema profundamente universal. Impulsionado por um papel principal complexo, o filme é incrivelmente filmado, literalmente compondo sua própria linguagem. Um filme que faz perguntas dolorosas que eram relevantes há quase um século e, como se vê, são ainda mais relevantes hoje”.
No dia seguinte à cerimônia de premiação, o festival holandês divulgou em suas redes sociais o grande vencedor do Prêmio do Público: o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, o filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.
Além disso, o cinema brasileiro também marcou presença com outras produções nesta 54ª edição, como: os curtas Fale a ela o que me aconteceu, de Pethrus Tibúrcio; Quem se move, de Stephanie Ricci; Tragédia, de Bernardo Zanotta, uma coprodução entre Holanda, Brasil e França; e Bisagras, de Luis Arnías, uma coprodução entre Estados Unidos, Senegal e Brasil. Na mostra Harbour, apresentou o longa Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. E mais: Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri, uma coprodução com a Argentina e a Espanha, na Big Screen Competition; e Levante, de Lillah Halla, premiado na edição passada, na mostra Education.
Conheça os vencedores do International Film Festival Rotterdam 2025:
TIGER COMPETITION Melhor Filme: Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia) Prêmio Especial do Júri: L’arbre de l’authenticité, de Sammy Baloji (República Democrática do Congo/Bélgica) e Im Haus meiner Eltern, de Tim Ellrich (Alemanha)
BIG SCREEN COMPETITION Melhor Filme: Raptures, de Jon Blåhed (Suécia/Finlândia)
PRÊMIO FIPRESCI Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia)
PRÊMIO NETPAC Bad Girl, de Varsha Bharath (Índia)
MELHOR FILME | JÚRI JOVEM The Visual Feminist Manifesto, de Farida Baqi (Síria/Líbano/Alemanha/Suécia/Holanda)
TIGER SHORT AWARDS A Metamorphosis, de Lin Htet Aung (Mianmar) Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia) Merging Bodies, de Adrian Paci (Itália)
EUROPEAN SHORT FILM AWARDS NOMINATION La durmiente, de Maria Inês Gonçalves (Portugal/Espanha)
PRÊMIO KNF | CURTA-METRAGEM Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia)
PRÊMIO DO PÚBLICO Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/02, os vencedores da 30ª edição do Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema e é realizada pela Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, que conta com mais de 600 membros.
Neste ano, Anora, de Sean Baker, foi eleito o melhor filme. Emilia Pérez, de Jacques Audiard, e Wicked, de Jon M. Chu, também se destacaram e levaram três prêmios cada. O Brasil estava na disputa na categoria de melhor filme estrangeiro com o consagrado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles; mas, infelizmente, perdeu para o francês Emilia Pérez.
Assim como no Globo de Ouro, Demi Moore, eleita melhor atriz por A Substância, fez um discurso inspirador: “Esta foi uma jornada tão louca que eu nunca poderia imaginar estar aqui. Está muito além do que eu esperava. Para qualquer um que ainda esteja em sua jornada, que ainda esteja lutando para encontrar seu caminho porque ainda não aconteceu… não significa que não esteja acontecendo. Os sonhos se tornam realidade”.
A surpresa da noite ficou por conta do prêmio de melhor direção. Ao subir no palco para apresentar o nome consagrado, Orlando Bloom contou que nos últimos anos o vencedor desta categoria no Critics Choice também levou o Oscar. Porém, Jon M. Chu, premiado por Wicked, foi esnobado pela Academia. Em seu discurso, brincou: “Eu vou ganhar esse Oscar… Eu não fui indicado, eu não fui indicado”.
Nas categorias televisivas, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Hacks, Ninguém Quer, Falando a Real, Matlock, Bebê Rena, Pinguim e O Casal Perfeito se destacaram. O Brasil estava na disputa na categoria de melhor série estrangeira com Senna, mas, infelizmente, perdeu para Round 6.
A cerimônia, inicialmente marcada para acontecer no dia 12 de janeiro, teve sua data alterada por conta dos incêndios em Los Angeles. E mais: as votações foram encerradas no dia 10 de janeiro; sendo assim, as últimas polêmicas de Hollywood envolvendo Emilia Pérez, por exemplo, não afetaram os resultados finais.
Conheça os vencedores do 30º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:
MELHOR FILME Anora, de Sean Baker
MELHOR ATOR Adrien Brody, por O Brutalista
MELHOR ATRIZ Demi Moore, por A Substância
MELHOR ATOR COADJUVANTE Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Zoe Saldaña, por Emilia Pérez
MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM Maisy Stella, por Meu Eu do Futuro
MELHOR ELENCO Conclave
MELHOR DIREÇÃO Jon M. Chu, por Wicked
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL A Substância, escrito por Coralie Fargeat
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Conclave, escrito por Peter Straughan
MELHOR FOTOGRAFIA Nosferatu, por Jarin Blaschke
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales
MELHOR EDIÇÃO Rivais, por Marco Costa
MELHOR FIGURINO Wicked, por Paul Tazewell
MELHOR PENTEADO E MAQUIAGEM A Substância, por Stéphanie Guillon, Frédérique Arguello e Pierre-Olivier Persin
MELHORES EFEITOS VISUAIS Duna: Parte Dois, por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer
MELHOR FILME DE COMÉDIA A Verdadeira Dor e Deadpool & Wolverine
MELHOR ANIMAÇÃO Robô Selvagem
MELHOR FILME ESTRANGEIRO Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
MELHOR FILME PARA TV ou STREAMING Rebel Ridge, de Jeremy Saulnier
MELHOR CANÇÃO El Mal, por Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón e Camille (Emilia Pérez)
MELHOR TRILHA SONORA Rivais, por Trent Reznor e Atticus Ross