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30º Cine Ceará anuncia curtas e longas selecionados para a Mostra Olhar do Ceará

por: Cinevitor

noiteserestaolharcearaKatia Blander no curta Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 30/10, os filmes selecionados para a Mostra Olhar do Ceará, que faz parte da programação da 30ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontecerá entre os dias 5 e 11 de dezembro.

Entre longas e curtas foram 121 inscritos. Dentre os 26 selecionados, 30% têm direção de mulheres. Vale destacar que os longas da mostra serão exibidos presencialmente em Fortaleza e os curtas poderão ser conferidos pela TVC e pelo canal do festival no YouTube.

A seleção de curtas-metragens é, em sua maioria, composta por documentários e ficções, com dez produções de cada gênero; a lista se completa com um trabalho experimental e um drama com suspense. O melhor longa-metragem e o melhor curta da Mostra Olhar do Ceará, eleitos pelo júri oficial, recebem o Troféu Mucuripe.

Conheça os filmes da Mostra Olhar do Ceará 2020:

LONGAS-METRAGENS

Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso (CE)
Pajeú, de Pedro Diógenes (CE)
Rio de Vozes, de Andrea Santana e Jean-Pierre Duret (BA/PE)
Swingueira, de Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo Gurjão e Felipe de Paula (CE/BA)

CURTAS-METRAGENS

A Fome que Devora o Coração, de Raiane Ferreira
A Gaiola, de Jaildo Oliveira
A Retirante, de Débora Ingrid e Henrique Oliveira
Aqui é Flamengo, de Rafael Luís Azevedo
Aqui Entre Nós, de Alexia Holanda e Daniel Sobral
Cacau, de Ton Martins
Cidade Pacata, de Ezequias Andrade
Doce Veneno, de Waleska Santiago
Futebol para Todos, de Rafael Luís Azevedo
Luna e Sol, de Dado Fernandes
Movimento, de Lucas Tomaz Neves
Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho
O Prisma, de Augusto Cesar dos Santos
Pequenas Considerações sobre o Espaço-Tempo, de Michelline Helena
Plástico, de João Paulo Duarte
Quando Vier a Primavera, Se Eu Já Estiver Morto…, de Robson Lima
Santa Mãe, de Thiago Barbosa
Scelus, de Edmilson Filho
Ser Tão Nossa, de Antonio Fargoni
Sombra do Tempo, de Naiana Magalhães
Terceiro Dia, de Jéssica Queiroz
Todos Nós Moramos na Rua, de Marcus Antonius Melo

Foto: Divulgação.

Entrevista: Thomás Aquino e Rodrigo García falam sobre Curral, exibido na 44ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

curral1mostraspThomás Aquino e Rodrigo García em cena.

Dirigido pelo cineasta pernambucano Marcelo Brennand, Curral faz parte da Mostra Brasil e da Competição Novos Diretores, dedicada a cineastas que realizam seu primeiro ou segundo longa-metragem, da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Exibido virtualmente na plataforma Mostra Play e também no Belas Artes Drive-in, o filme é um drama político que acontece no interior do Brasil, no município de Gravatá, em Pernambuco. Durante as eleições, a população se divide entre as cores azul e vermelho, que representam os partidos políticos e lutam pelo poder desde sempre. Devido a seca, a água é a principal moeda de troca.

Thomás Aquino interpreta Chico Caixa, um homem humilde recrutado por seu amigo de infância Joel, papel de Rodrigo García, candidato a vereador, para ajudar na conquista de votos em um importante bairro da cidade. Chico é o ponto central para situações que vão questionar os processos eleitorais no interior do Nordeste. O elenco ainda conta com José Dumont e Carla Salle.

Em 2007, o diretor filmou o premiado documentário Porta a Porta, onde acompanhou o passo a passo de candidatos a vereador da cidade de Gravatá, no interior de Pernambuco, e as estratégias dos seus cabos eleitorais para conquistar os votos da população. Inspirado na trajetória de sucesso do documentário, que foi lançado em 2011, Marcelo criou a história de seu primeiro longa de ficção.

A direção de fotografia é de Beto Martins; a direção de arte é assinada por Juliano Dornelles e o figurino por Rita Azevedo. O roteiro foi escrito por Brennand, ao lado de Fernando Honesko e Marcelo Muller.

Para falar mais sobre Curral, entrevistamos os atores Thomás Aquino e Rodrigo García por e-mail. Confira:

O filme chega à 44ª edição da Mostra em época de eleições, algo que é retratado no longa. Vocês acreditam que isso possa reverberar ainda mais no público, além da identificação imediata com o tema?

Thomás Aquino: Eu espero que sim. Acredito que muitas pessoas estão cansadas dessa velha política, desde os tempos mais remotos da história e de como ela foi construída para favorecer apenas alguns. Esses gritos fortes, que estão ficando cada vez mais fortes, são gritos políticos; de pessoas pretas, o grito feminista, o grito das pessoas LGBTQIA+. São gritos de quem já cansou de ficar calado para esse tipo de política velha e conservadora. Espero que o filme possa reverberar as emoções de cada um e que possa também ser uma bandeira promovida pela cultura, que ensina como ter e dar o livre arbítrio para que cada um possa movimentar e tentar constituir uma sociedade mais sólida e beneficente para todos. Vai gerar uma identificação, sim, e espero que isso possa movimentar e mover algo dentro de nós.

Rodrigo García: Isso estimula o público que gosta de ver um filme que condiz com o que acontece no momento. Porém, entendo que a pandemia reduziu bastante a ida aos cinemas. Por isso, achei tão importante o filme ser disponibilizado até o dia 4 de novembro dentro da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. As pessoas podem assistir pagando apenas seis reais pelo site.

curral2mostraspPolítica, corrupção e eleições em cena.

Os personagens são estereótipos muito conhecidos do público e vocês os retratam muito bem. Como foi a construção desses personagens?

Rodrigo García: Acredito que os personagens de Curral são completamente reais. Temos pessoas no nosso governo que me parecem muito mais caricaturas do que os personagens do filme. Na construção de Joel, tentei entender o que leva um político a agir de maneira errada. Quis entender quais são as doenças psicológicas que nos levam a errar. Quais são os problemas que carregamos da nossa História que acabaram sendo “normalizados”? Penso que o personagem é um bom exemplo de até onde podemos errar até sermos colocados perante a consciência de nossas doenças sociais.

Thomás Aquino: Foi muito bacana construir o Chico Caixa. Primeiro porque eu vi o Porta Porta [documentário do Marcelo] e vivendo na cidade de Gravatá para esse processo deu para conhecer o cabo eleitoral e como as pessoas se comunicam diante da política. Também estive na zona rural, local que ainda é bastante castigado, e na zona urbana. Minha experiência de vida também ajudou, pois vamos agregando todos os conhecimentos. Foi importante estar na cidade e vivenciar com aquelas pessoas, perceber como funciona o assentamento, ouvir aqueles que ali habitam e que sofrem os castigos determinados por essa velha política. Com isso, agreguei muitas emoções, muitos sentimentos e muitas características para esse personagem. Também procurei colocar as características da política ética, que é a temática do filme. Sempre tem o jeitinho brasileiro de fazer as coisas e sempre tem o movimento de corrupção. Esse personagem acaba tentando ajudar e, de uma certa maneira, acaba se atropelando em suas constituições éticas. Eu também trouxe a questão da cultura social: é mais um homem preto que está sendo explorado por essa categoria política branca. Vemos muito essa questão na atual conjuntura social que vivemos. Eu trouxe essa cultura conservadora, o machismo tóxico desses homens. O personagem vai percebendo aos poucos como se organizar nessa estrutura cultural que foi concebida através de um patriarcado cultural. Foi muito bacana absorver tudo isso, viver as coisas no dia a dia. Tudo isso me levou a dar credibilidade ao personagem.

Curral coloca nossa realidade na telona: a briga entre partidos, a corrupção, a compra de votos, as promessas, os discursos ilusórios. O próprio diretor, Marcelo Brennand, acompanhou de perto as eleições de Gravatá, no Pernambuco, em 2007. Como foi o processo de entrosamento entre a direção e elenco; no caso de retratar com naturalidade aqueles acontecimentos que inspiraram o diretor e os roteiristas?

Rodrigo García: René Guerra é dono de grande crédito quando elogiam o elenco do filme. Ele foi responsável pelos ensaios e ajudou nas construções dos personagens. Um ponto interessante de Curral foi a mistura do elenco de atores experientes com os atores que não haviam trabalhado nesta posição anteriormente. Tornando o filme muito mais dinâmico e realista. Pra mim, esta mistura sempre é bem-vinda.

Thomás Aquino: Conhecer Marcelo foi massa porque eu pude ver o quanto ele é empolgado e o quanto quer falar sobre arte. Então, a minha empolgação junto com a dele deu bons resultados. Ele me mostrou o documentário [Porta a Porta] e me mostrou o roteiro baseado nesse documentário. Ele também me apresentou uma pessoa que tinha visualizado como Caixa [o personagem] e depois falou que eu transcendi o Caixa que ele imaginava. Isso é muito bacana! Você estar no local, viver com as pessoas, estudar sobre a temática principal do filme; tudo isso vai gerar naturalidade nas personagens. Dissecamos o roteiro juntos, coletivamente, com os outros atores e atrizes. Foram muitas reuniões para entender o que aquele roteiro queria falar. Isso realmente faz com que os discursos que estão ali escritos se tornem crível na boca desses personagens. Fora que a política é isso: o que a gente vê, o que a gente tá acostumado; vários políticos colocando dinheiro em cueca, meia… é um descaso na cara da sociedade! Tem toda uma corrupção que acontece, que se mostra nos jornais, e as promessas de campanhas e os mandatos que não se cumprem. Todo esse descaso, que já é a realidade, a gente perpassa trazendo mais dessa naturalidade, infelizmente. Mas, como modificar isso? Como que a gente pode transcender como ser humano numa sociedade em relação a isso? Espero que Curral possa mostrar mais ainda, junto com as outras provas que existem por aí, o quão estamos à mostra de tudo que está acontecendo e o que podemos fazer em relação a isso para que não continue.

Entrevista e edição: Vitor Búrigo
Fotos: Daniela Nader.

44ª Mostra de São Paulo: conheça os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista

por: Cinevitor

valentinafinalistamostraspThiessa Woinbackk e Ronaldo Bonafro em Valentina, de Cássio Pereira dos Santos.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 30/10, os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Durante a primeira semana, foram computados os votos do público dos filmes que participam da Competição Novos Diretores.

As obras mais bem votadas serão submetidas ao júri desta edição, que avaliará e escolherá os longas vencedores do Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, na categoria de melhor filme; os jurados também podem premiar obras em outras categorias.

O júri deste ano é formado por: Cristina Amaral, uma das principais e mais importantes montadoras do país; Felipe Hirsch, diretor, dramaturgo, cenógrafo e produtor de teatro; e Sara Silveira, nome fundamental da produção cinematográfica brasileira e homenageada desta edição com o Prêmio Leon Cakoff.

Além disso, a Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, também realiza uma premiação que escolhe o melhor filme brasileiro entre os diretores estreantes e, nesta edição, a tarefa está a cargo dos jornalistas e críticos Ela Bittencourt, Francisco Carbone e Juliana Costa, que formam o júri do Prêmio Abraccine. A imprensa também concede o Prêmio da Crítica e o público escolhe seus preferidos nos gêneros ficção e documentário.

Os vencedores serão anunciados no dia 4 de novembro, durante a cerimônia de encerramento da 44ª Mostra, que ocorrerá às 20h, no palco da área externa do Auditório Ibirapuera, antecedendo a exibição do filme de encerramento.

Conheça os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista 2020 da Mostra de São Paulo:

17 Quadras, de Davy Rothbart (EUA)
Al-Shafaq – Quando o Céu se Divide, de Esen Isik (Suíça)
Casulo, de Leonie Krippendorff (Alemanha)
Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado (Brasil)
De Volta para Casa – Marina Abramovic e Seus Filhos, de Boris Miljkovic (Sérvia)
Eyimofe (Esse é o Meu Desejo), de Arie Esiri e Chuko Esiri (Nigéria)
Feels Good Man, de Arthur Jones (EUA)
Filho de Boi, de Haroldo Borges (Brasil)
Josep, de Aurel (França/Espanha/Bélgica)
Mãe de Aluguel, de Jeremy Hersh (EUA)
Mar de Dentro, de Dainara Toffoli (Brasil)
Mosquito, de João Nuno Pinto (Portugal/Brasil/França)
O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy (Brasil/Argentina)
Problemas com a Natureza, de Illum Jacobi (Dinamarca/França)
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos (Brasil)

Foto: Leonardo Feliciano.

Filmes brasileiros se destacam na programação da 44ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

verlustmostraspMarina Lima e Andrea Beltrão em Verlust, de Esmir Filho.

Neste ano, a 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece em formato on-line, exibirá mais de 30 filmes brasileiros, entre longas-metragens premiados, títulos de diretores consagrados e obras de diretores estreantes.

Filmes produzidos em 2020 e ainda inéditos em São Paulo compõem a seção Mostra Brasil. As obras de diretores estreantes, que exibem seus primeiros ou segundos filmes, estão na seção Competição Novos Diretores. Os títulos de ambas as seções concorrem ao prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich.

A seleção nacional traz títulos que foram exibidos em diversos festivais, como: Cidade Pássaro, de Matias Mariani, que fez parte da mostra Panorama de Berlim; Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, que participou dos festivais de Cannes, San Sebastián e Toronto; Filho de Boi, de Haroldo Borges, exibido no Festival de Busan, na Coreia do Sul, e premiado no Festival de Málaga; Mulher Oceano, de Djin Sganzerla, que levou o prêmio de melhor longa-metragem na Competição Internacional do Porto Femme International Film Festival e também foi selecionado para o Providence Latin American Film Festival; Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira, grande vencedor do Festival de Cinema de Caruaru e exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes; Valentina, de Cássio Pereira dos Santos, que rendeu o prêmio de melhor interpretação para Thiessa Woinbackk no Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival; Êxtase, de Moara Passoni, que integrou a seleção do CPH:DOX, Festival Internacional de Documentários de Copenhagen; e Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes, exibido na mostra Generation do Festival de Berlim.

valentinamostraspThiessa Woinbackk em Valentina, de Cássio Pereira dos Santos.

Filmes inéditos de ficção ganham destaque entre os títulos brasileiros, como: o pernambucano Curral, de Marcelo Brennand, com Thomás Aquino e Rodrigo García, que se passa durante as eleições em um município do interior; Dente por Dente, de Julio Taubkin e Pedro Arantes, com Juliano Cazarré, Paolla Oliveira e Renata Sorrah; a animação O Pergaminho Vermelho, de Nelson Botter Jr; o drama político #eagoraoque, de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald; O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy, uma livre adaptação da obra Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector, com Simone Spoladore; Verlust, de Esmir Filho, baseado no livro homônimo de Ismael Caneppele, com Andrea Beltrão e Marina Lima; As Órbitas da Água, de Frederico Machado, com Antonio Saboia e Rejane Arruda; Lamaçal, de Franco Verdoia, uma coprodução com a Argentina; o drama Mar de Dentro, de Dainara Toffoli, com Monica Iozzi; e O Lodo, de Helvécio Ratton, com Eduardo Moreira, Renato Parara e Inês Peixoto.

A lista apresenta também filmes que estarão disponíveis gratuitamente na plataforma Sesc Digital, como: os documentários Cracolândia, de Edu Felistoque, e Sobradinho, de Marília Hughes e Cláudio Marques; e Luz Acesa, de Guilherme Coelho. E na Spcine Play: os documentários La Planta, de Beto Brant, e Candango: Memórias do Festival, de Lino Meireles, sobre a trajetória do Festival de Brasília e exibido no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival.

O cineasta baiano Fernando Coni Campos ganha homenagem póstuma nesta edição do evento com a apresentação especial de três de seus sete longas-metragens, todos exibidos na plataforma Sesc Digital: Viagem ao Fim do Mundo (1968), vencedor do Leopardo de Prata no Festival de Locarno; O Mágico e o Delegado, melhor filme no Festival de Brasília, em 1983; e Ladrões de Cinema (1977). A Mostra proporciona uma rara oportunidade de revisitar o universo desse autor original e originário do Recôncavo Baiano.

dentepordentemostraspJuliano Cazarré em Dente por Dente, de Julio Taubkin e Pedro Arantes.

Além dos já citados, outros documentários completam a seleção brasileira, entre eles: Ana. Sem Título, de Lúcia Murat, que mistura ficção e traz Roberta Estrela D’Alva no elenco com depoimentos sobre a realidade de mulheres latino-americanas que viveram durante a ditadura; Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado, sobre um rei congolês escravizado que lutou pela liberdade durante o Ciclo do Ouro em Minas Gerais; Entre Nós, Um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté; Glauber, Claro, de César Meneghetti, sobre o cineasta Glauber Rocha e os tempos de exílio na Itália; Nas Asas da Pan Am, de Silvio Tendler, uma autobiografia do diretor; Nheengatu, de José Barahona; Samba de Santo – Resistência Afro-Baiana, de Betão Aguiar, sobre três blocos de Carnaval (Ilê Aiyê, Cortejo Afro e Bankoma) nascidos em terreiros de candomblé na Bahia; Tentehar – Arquitetura do Sensível, de Paloma Rocha; Todas as Melodias, de Marco Abujamra, que narra a vida e obra de um dos maiores artistas da música nacional, Luiz Melodia; Xeque-Mate, de Bruna Piantino, uma coprodução com Uruguai sobre a legalização da cannabis; entre outros.

Por conta do Prêmio Leon Cakoff, que será entregue à produtora Sara Silveira, a Mostra irá exibir, em sua homenagem, sua mais recente produção, o longa Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo, no CineSesc Drive-in (unidade Sesc Parque Dom Pedro II) no dia 2 de novembro, onde a produtora receberá o prêmio. O filme disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano, foi exibido em San Sebastián, no IndieLisboa e premiado no Festival de Gramado.

Confira a lista completa com os filmes brasileiros da 44ª Mostra de São Paulo:

#eagoraoque, de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald
Ana. Sem Título, de Lúcia Murat (Brasil/Argentina)
As Órbitas da Água, de Frederico Machado
Candango: Memórias do Festival, de Lino Meireles
Casa de Antiguidades
, de João Paulo Miranda Maria
Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado
Cidade Pássaro, de Matias Mariani (Brasil/França)
Cracolândia, de Edu Felistoque
Curral, de Marcelo Brennand
Dente por Dente, de Julio Taubkin e Pedro Arantes
Entre Nós, Um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté (Brasil/México/Burkina Faso)
Êxtase, de Moara Passoni
Filho de Boi, de Haroldo Borges
Glauber, Claro, de César Meneghetti
Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes
Xeque-Mate (Jaque Mate), de Bruna Piantino (Brasil/Uruguai)
La Planta, de Beto Brant
Ladrões de Cinema, de Fernando Coni Campos
Lamaçal, de Franco Verdoia (Brasil/Argentina)
Luz Acesa, de Guilherme Coelho
Mar de Dentro, de Dainara Toffoli
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (Brasil/Japão)
O Mágico e o Delegado, de Fernando Coni Campos
Nas Asas da Pan Am, de Silvio Tendler
Nheengatu, de José Barahona (Brasil/Portugal)
O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy (Brasil/Argentina)
O Lodo, de Helvécio Ratton
O Pergaminho Vermelho, de Nelson Botter Jr
Samba de Santo – Resistência Afro-Baiana, de Betão Aguiar
Sobradinho, de Marília Hughes e Cláudio Marques
Tentehar – Arquitetura do Sensível, de Paloma Rocha
Todas as Melodias, de Marco Abujamra
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra (Brasil/França)
Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos
Verlust, de Esmir Filho (Brasil/Uruguai)
Viagem ao Fim do Mundo, de Fernando Coni Campos

Fotos: Divulgação.

30º Festival Curta Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

jardimfantasticocurtacinemaCena do curta O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 28/10, os selecionados para o Festival Curta Cinema 2020, que acontecerá entre os dias 20 e 28 de novembro em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.

A curadoria foi realizada por Gustavo Duarte e Paulo Roberto Junior, que resultou em 69 títulos para a 30ª edição. Este ano, foram programadas apenas as mostras competitivas, espinha dorsal do festival. “Mudanças tão profundamente radicais em nosso modus operandi nos fez agir com prudência e apresentar um conteúdo mais enxuto. Isso mudou bastante a forma como a seleção foi pensada e teve um impacto conceitual e estético que poderá ser conferido no momento das exibições”, diz o comunicado oficial.

O evento apresentará 16 programas competitivos e será exibido pela plataforma FesthomeTV, através do site do festival. O Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro é exclusivamente dedicado à exibição e à promoção de obras audiovisuais de curta-metragem. O evento exibe trabalhos finalizados em suportes digitais, com duração máxima de 30 minutos, e tem caráter competitivo e informativo.

“Este é certamente o ano mais difícil de toda a nossa história. Não apenas porque, pela primeira vez, estamos trabalhando sem qualquer patrocínio publico ou privado, como também por causa dos terríveis efeitos da pandemia no setor cultural. Mas fomos resilientes e topamos o desafio de realizar a 30ª edição na garra”, diz o comunicado. E segue: “O apoio de amigos, parceiros e entusiastas foi fundamental para que pudéssemos ter sucesso. As pessoas que acreditaram e apoiaram a nossa campanha ‘Amigos do Curta Cinema’, as realizadoras e realizadores estrangeiros que aceitaram pela primeira vez pagar uma pequena taxa de inscrição, as realizadoras e realizadores brasileiros que se inscreveram massivamente, os consulados e as instituições: todos esses foram fundamentais para que tivéssemos força para seguir adiante. O festival deste ano é dedicado com muito amor a todos vocês”.

Conheça os filmes selecionados para o Curta Cinema 2020:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Adeus aos Livros, de Diego Quinderé de Carvalho (RJ/Portugal)
Agahü: O Sal do Xingu, de Takumã Kuikuro (SC)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
Antes do Çairé, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Babelon, de Leon Barbero (SP)
Cidade Sem Mar, de Felipe Nepomuceno (RJ)
Celio’s Circle, de Diego Lisboa (CE)
Corpo Oco, de Pedro Severien (PE)
De um Lado do Atlântico, de Milena Manfredini (RJ)
Deserto Estrangeiro, de David Pretto (RS)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Eu Também Não Te Vejo Daqui, de Ariela Calanca (SP)
Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Killing Me Softly, de Gabriela Giffoni (RJ/Portugal)
Magnética, de Marco Arruda (RS)
Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM)
Medo da Chuva em Noite de Frio, de Victor Hugo Fiuza (RJ)
Menarca, de Lillah Halla (SP)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (RJ)
Não Quero Ir Nada Mais Que Até o Fundo, de Thaís Frech Mandarino (RJ)
O Babado da Toinha, de Sergio Bloch (RJ)
O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader (AM)
O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias (SP)
O que Pode um Corpo, de Marcio Picoli e Victor di Marco (RS)
Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano (PR)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (RJ)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Sabrina, de Jéssica Barreto (SP)
Saudade, de Denize Galiao (SP/Alemanha)
Ser Feliz no Vão, de Lucas Rossi (RJ)
Tempos de Caça, de Diego Amorim (RJ)
Voyage Voyage, de Sabrina Fidalgo (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL

3 Logical Exits, de Mahdi Fleifel (Dinamarca/Líbano/Reino Unido)
84, de Daniel Santiago Cortés (Colômbia)
Acapulco, de Lucía Malandro e Daniel D. Saucedo (Uruguai)
Ayn Levana, de Tomer Shushan (Israel)
Bad Badakha, de Seyed Payam Hosseini (Irã)
Buzzkill, de Kathy E. Mitrani (EUA)
Cell 364, de Zoé Rossion e Mathilde Babo (Alemanha/França)
Dirt Devil 550 XS, de Rolf Hellat (Suíça)
Disillusioned, de Kyuho Sim (Coreia do Sul)
Dustin, de Naïla Guiguet (França)
Ekstase, de Marion Kellmann (Alemanha)
Gravedad, de Matisse Gonzales (Alemanha/Bolívia)
Have You Seen That Man?, de Yotam Ben-David (Romênia)
Here, Here, de Joanne Cesario (Filipinas)
Huir, de Daniel Hernandez Delgadillo (México/Alemanha/Chile)
How to Dissapear, de Robin Klengel, Leonhard Müllner e Michael Strumpf (Áustria)
Judoka, de Daniel Belenguer (Espanha)
La Bobine 11004, de Mirabelle Fréville (França)
L’Enfant du Métro, de Nathan Le Graciet (França)
L’ile et le Continent, de Laurie Bost e Sébastien Savine (França)
Lumbalú: Agonía, de Jorge Perez (Colômbia)
O Black Hole!, de Renee Zhan (Reino Unido)
Piao Liu, de Hanxiong Bo (China/EUA)
Poikien Puhelin, de Laura Rantanen (Finlândia)
Pond, de Tyler Macri (EUA)
Push This Button If You Begin To Panic, de Gabriel Böhmer (Reino Unido)
Recrue, de Pier-Philippe Chevigny (Canadá)
Red Aninsri; or, Tiptoeing on The Still Trembling Berlin Wall, de Ratchapoom Boonbunchachoke (Tailândia)
Sun Dog, de Dorian Jespers (Bélgica/Rússia)
Suspensão, de Luís Soares (Portugal)
Trip to Heaven, de Linh Duong (Vietnã)
The Present, de Farah Nabulsi (Palestina)
Wan Ju Wu, de Isabela Bianchi (Espanha)
Witness, de Ali Asgari (Irã/França)
Vaivén, de Nisha Platzer (Cuba/Canadá)
Xiao Qiang Had a Daydream, de Xisi Sofia Ye Chen (Espanha)

Foto: Allis Bezerra.

Indie Festival 2020 anuncia seleção e edição on-line

por: Cinevitor

rodantes2indiefestivalCaroline Abras em Rodantes, de Leandro Lara.

O Indie Festival foi criado em 2001, em Belo Horizonte, e desde 2007 acontece também em São Paulo. A missão do evento é levar o cinema independente internacional ao maior público possível no Brasil. O festival visa fornecer uma alternativa cultural à experiência do cinema comercial, apoiar cineastas independentes e promover a arte do cinema.

Pela primeira vez, em quase 20 anos, o Indie será realizado no formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, entre os dias 4 e 11 de novembro. O festival foi criado para incentivar a exibição de novos filmes sem distribuição no Brasil, principalmente de novos diretores. Nos últimos anos, contou com mais de 490 mil espectadores.

Esta 19ª edição é dedicada a curtas e longas-metragens independentes nacionais e internacionais. A programação, dividida em mostra competitiva e sessões informativas, apresenta 35 filmes, de 16 países, entre longas e curtas, em 43 sessões. Durante os oito dias do festival, as sessões começarão a partir das 15h, todas gratuitas, e o site terá cerca de oito horas diárias de cinema. Os filmes terão sessões e limites de views/espectadores que variam de 200 a 800 por sessão, portanto, fora do horário das sessões ou se alcançar o limite de views, os filmes ficarão indisponíveis.

Pela primeira vez, em 19 edições, o Indie realiza uma Mostra Competitiva. Foram selecionados oito filmes, em que latinos e asiáticos dominam o programa; há títulos de diretores veteranos e estreantes, documentário e ficções: o cinema contemporâneo atual em transição.

O Indie 2020 apresenta na seção Retrospectiva o cinema do diretor americano Dan Sallitt. Um dos principais autores do cinema independente americano contemporâneo, Sallitt traz filmes com uma aparente simplicidade que se revelam de alta complexidade; seja em diálogos cotidianos, em pequenos acontecimentos que se mostram de grande relevância. Sallitt, que nasceu na Pensilvânia, Estados Unidos, em 1955, além de cineasta, é roteirista, foi crítico de cinema, além de escrever para várias publicações.

Nove filmes em pré-estreia estão na seção Première, programa que propõe sessões únicas de filmes inéditos do circuito que tiveram seus lançamentos interrompidos pela pandemia.

Para a Sessão Especial, o Indie convidou o diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul para escolher uma das suas obras para o festival on-line. O diretor escolheu o curta Vapor, de 2015, que mostra a cidade onde Apichatpong mora sendo envolvida por nuvens brancas de inseticida. Outro filme convidado foi o longa Memórias do Meu Corpo, do diretor indonésio Garin Nugroho, que trata a questão da sexualidade como uma questão política.

Para complementar o programa, a diretora americana Jennifer Reeder foi convidada a escolher alguns curtas realizados por ela. Sua obra traz a marca do universo feminino, jovem e adolescente para o cinema que realiza. Em Jennifer Reeder: FFDF (FEMINIST FUTURE DREAM FEVER) quatro curtas da diretora criam uma identidade única para seus filmes sobre relacionamentos, traumas, angústias e como amadurecer com tais experiências.

Seis curtas nacionais e internacionais foram escolhidos exclusivamente para a versão virtual do festival e estão no programa Sessão Fluxus. O nome é uma referência ao festival pioneiro de exibição de filmes na internet, que teve sua primeira edição há 20 anos atrás, realizado pela Zeta Filmes, mesma produtora do Indie.

O júri da Mostra Competitiva traz três nomes importantes do pensamento crítico do país: Ivana Bentes, Pablo Villaça e Cassio Starling Carlos.

Conheça os filmes selecionados para o 19º Indie Festival:

MOSTRA COMPETITIVA

Agosto, de Armando Capó (Cuba)
Edição Ilimitada (Edición Ilimitada), de Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin e Romina Paula (Argentina)
Lost Lotus, de Liu Shu (Hong Kong/Países Baixos)
Love Poem, de Wang Xiaozhen (Hong Kong/China)
On Paradise Road, de James Benning (EUA)
Sanctorum, de Joshua Gil (México/República Dominicana/ Qatar)
Uma Nuvem no Quarto Dela (The Cloud in Her Room), de Zheng Lu Xinyuan (Hong Kong/China)
Zero, de Kazuhiro Soda (Japão/EUA)

PREMIÈRE

A Barqueira (La Bottera), de Sabrina Blanco (Argentina/Brasil)
De Volta para Casa (Coming Home Again), de Wayne Wang (EUA/Coreia do Sul)
Eu Estava em Casa, mas… (Ich war zuhause, aber…), de Angela Schanelec (Alemanha/Sérvia)
Knives and Skin, de Jennifer Reeder (EUA)
Liberté, de Albert Serra (França/Portugal/Espanha/Alemanha)
Perfil de uma Mulher (A Girl Missing), de Koji Fukada (Japão/França)
PJ Harvey: Um Cão Chamado Dinheiro (A Dog Called Money), de Seamus Murphy (Irlanda/Reino Unido)
Rodantes, de Leandro Lara (Brasil)
Vitalina Varela, de Pedro Costa (Portugal)

SESSÃO ESPECIAL

A Milhões de Milhas Distantes (A Million Miles Away), de Jennifer Reeder (EUA)
As Dunas (The Dunes), de Jennifer Reeder (EUA)
Marietta Brimble, de Jennifer Reeder (EUA)
Memórias do Meu Corpo (Memories Of My Body), de Garin Nugroho (Indonésia)
Sonhei que Você Sonhava Comigo (I Dream You Dream of Me), de Jennifer Reeder (EUA)
Vapor (Vapour), de Apichatpong Weerasethakul (Tailândia/ Coreia/ China)

RETROSPECTIVA DAN SALLITT

Caterina, de Dan Sallitt (2019, EUA)
Fourteen, de Dan Sallitt (2019, EUA)
Lua de mel (Honeymoon), de Dan Sallitt (1998, EUA)
O Ato Indizível (The Unspeakable Act), de Dan Sallitt (2012, EUA)
Polly Perversa Volta a Atacar! (Polly Perverse Strikes Again!), de Dan Sallitt (1986, EUA)
Todos os Barcos no Mar (All the Ships at Sea), de Dan Sallitt (1998, EUA)

SESSÃO FLUXUS

Leo, de Fabienne Mahé (Suíça)
Motriz, de Rodolfo Magalhães (Brasil)
Noites mais Longas (Longer Nights), de J Frisch-Wang (Alemanha)
O Apicultor (The Beekeeper), de Mohammad Talebi (Irã)
O Diário das Árvores (Tree Time), de Alexandra Lerman (EUA)
Ritu Vende Online (Ritu Goes Online), de Vrinda Samartha (Índia)

*Confira a programação completa no site (clique aqui).

Foto: Divulgação/Zeta Filmes.

Conheça os vencedores do 43º Festival Guarnicê de Cinema

por: Cinevitor

sertaniaguarniceCena de Sertânia, de Geraldo Sarno: cinco prêmios.

Foram anunciados nesta segunda-feira, 26/10, os vencedores da 43ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que este ano aconteceu em formato híbrido, por conta da pandemia de Covid-19, com transmissão on-line pelas redes sociais e pela plataforma de streaming da Universidade Federal do Maranhão.

A cerimônia de encerramento aconteceu ao vivo pela TV UFMA e pelo canal do festival no YouTube. Os realizadores dos filmes acompanharam os anúncios dos prêmios reunidos em uma sala do Google Meet.

O cinema nordestino foi o grande destaque da premiação do Guarnicê. O filme Sertânia, do Ceará, venceu o prêmio de melhor longa-metragem, melhor direção para Geraldo Sarno, melhor ator para Vertin Moura e melhor ator coadjuvante para Lourinelson Vladimir; Wolney Oliveira levou o Troféu Guarnicê de melhor roteiro com Soldados da Borracha, que também venceu na categoria de melhor trilha sonora.

Também entre os longas, o filme maranhense Terminal Praia Grande foi premiado em três categorias. O curta Quanto Pesa, único representante maranhense entre os curtas-metragens nacionais, venceu como melhor filme da categoria.

O júri da Mostra Nacional Competitiva contou com José Fernando Peixoto de Azevedo, Carol Benjamin e Sabrina Fidalgo; já a Mostra Maranhense teve Dida Maranhão, Stella Lindoso e Taciano Brito no júri. O Troféu ABD, da Associação Brasileira de Documentaristas, ABD-MA, contou com Rose Panet, Monica Rodrigues de Farias, Naýra Albuquerque e Fábio Azevêdo no júri. O Prêmio Assembleia Legislativa foi entregue para o melhor filme realizado por maranhenses com premiação em dinheiro, no valor de dez salários mínimos dedutíveis de impostos.

Conheça os vencedores do 43º Festival Guarnicê de Cinema:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS

Melhor Filme: Sertânia, de Geraldo Sarno (CE)
Melhor Filme | Júri Popular: Vidas Barradas, de Cid Faria (DF)
Melhor Direção: Geraldo Sarno, por Sertânia
Melhor Roteiro: Soldados da Borracha, escrito por Wolney Oliveira
Melhor Atriz: Helena Ignez, por A Mulher da Luz Própria
Melhor Atriz Coadjuvante: Tieta Macau, por Terminal Praia Grande
Melhor Ator: Vertin Moura, por Sertânia
Melhor Ator Coadjuvante: Lourinelson Vladmir, por Sertânia
Melhor Direção de Fotografia: Sertânia, por Miguel Vassy
Melhor Montagem/Edição: Terminal Praia Grande, por Lucas Sá
Melhor Trilha Sonora Original: Soldados da Borracha, por DJ Dolores
Melhor Desenho de Som: A Mulher da Luz Própria, por Jesse Marmo e Vinícius Leal
Melhor Direção de Arte: Terminal Praia Grande, por Cris Quaresma
Menção Honrosa: A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla; pelo projeto, realização e qualidade técnica e artística do filme, além do resgate da trajetória e obra de suma importância no cenário artístico e cinematográfico brasileiro da figura de Helena Ignez, que é também a artista homenageada por essa menção.

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS

Melhor Filme: Quanto Pesa, de Breno Nina (MA)
Melhor Filme | Júri PopularAçaí, de André Cantuária (AP)
Melhor Direção: Marçal Viana, por Neguinho
Melhor Roteiro: Terceiro Andar, escrito por Deuilton B. Júnior
Melhor Atriz: Juliana França, por Neguinho
Melhor Atriz Coadjuvante: Aisha Jambo, por Neguinho
Melhor Ator: Herberth Vital, por Amanhã
Melhor Ator Coadjuvante: Guilherme Rodio, por A Volta para Casa
Melhor Direção de Fotografia: No Oco do Tempo, por Antonio Fargoni e Tiago A. Neves
Melhor Montagem/Edição: Teoria Sobre um Planeta Estranho, por Marco Antônio Pereira
Melhor Trilha Sonora Original: Açaí, por Manoel Cordeiro e O Sósia
Melhor Desenho de Som: Teoria Sobre um Planeta Estranho, por Marco Antônio Pereira
Melhor Direção de Arte: O Balido Interno, por Monique Oliveira

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS MARANHENSES

Melhor Filme: 3x Melhor, de Andriolli Araújo
Melhor Filme | Júri Popular: Querida!, de Geovane Camargo
Melhor Direção: Andriolli Araújo, por 3x Melhor
Melhor Roteiro: Querida!, escrito por Livia Lima
Melhor Atriz: Allane Demétrio, por O Devaneio
Melhor Atriz Coadjuvante: Lúcia Reis, por Querida!
Melhor Ator: Wenderson Abreu, por Vítor
Melhor Ator Coadjuvante: Matheus Kristian, por Vítor
Melhor Direção de Fotografia: Princesa do Meu Lugar, por Pablo Monteiro
Melhor Montagem/Edição: 3x Melhor, por Andriolli Araújo
Melhor Trilha Sonora Original: 3x Melhor, por Gláucio Alves
Melhor Desenho de Som: Vítor, por João Victor Carvalho e Josh Baconi
Melhor Direção de Arte: Éramos Três, por Carlos Maranhão
Menção Honrosa: Cicatrizes, de Nadson Paixão e JhonnzzyEsperança 1770, de Carmen Kemoly

VIDEOCLIPES MARANHENSES

Melhor Videoclipe: Batidão, de Enme; Direção: Jessica Laune/Produtora: Clock Work Filmes
Menção Honrosa: Intelecto de Quebrada, de Carmen Kemoly; Direção: Cleiton Santos/Produtora: Rua 2 Filmes e Brooklyn Filmes

PRÊMIOS ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Prêmio Mauro Bezerra | melhor curta-metragem maranhense: 3x Melhor, de Andriolli Araújo
Prêmio Bernardo Almeida | melhor longa-metragem maranhense: não foi concedido em virtude de não apresentar um quantitativo de trabalhos que justificasse uma competição
Prêmio Erasmo Dias | melhor longa ou curta-metragem pelo júri popular: Querida!, de Geovane Camargo

TROFÉU ABD

Melhor curta-metragem maranhense: 3x Melhor, de Andriolli Araújo (MA)
Menção Honrosa: Éramos Três, de Fernando Braga; Quanto Pesa, de Breno Nina; e Esperança 1770, de Carmen Kemoly

Melhor longa metragem: A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha, de Pablo Guelli (SP)
Menção Honrosa: Negro em Mim, de Macca Ramos (SP)

Foto: Miguel Vassy.

Conheça os vencedores do Los Angeles Brazilian Film Festival 2020

por: Cinevitor

fernandamontenegroLABRFF2020Fernanda Montenegro: premiada por Piedade, de Cláudio Assis.

Foram anunciados neste domingo, 25/10, os vencedores da 13ª edição do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, que este ano aconteceu de forma on-line, por conta da pandemia de Covid-19, na plataforma Filmocracy. Também foram divulgados os vencedores do 2º Los Angeles International Music Video Festival, competição de videoclipes lançada ano passado.

O longa pernambucano King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante, foi consagrado com o prêmio de melhor filme de ficção desta edição; o protagonista Andrade Júnior, que faleceu em maio do ano passado, recebeu a honraria de melhor ator in memorian. Além disso, o filme também foi premiado na categoria de melhor direção.

Os pernambucanos Piedade, de Cláudio Assis, e Acqua Movie, de Lírio Ferreira, também se destacaram na cerimônia com cinco prêmios cada um. Matheus Nachtergaele, Bruno Gagliasso, Fernanda Montenegro, Alessandra Negrini, Cauã Reymond, Augusto Madeira e Mariana Ruggiero foram consagrados por suas atuações.

Porém, além da premiação, a noite também foi marcada pela difícil missão de anunciar ao público o fim do festival que, desde 2008, foi responsável por conectar os mercados americano e brasileiro, e por gerar negócios entre os dois países. O anúncio foi feito durante a cerimônia de premiação, realizada na plataforma Filmocracy: “Foi a decisão mais difícil da minha vida. O LABRFF é um filho pra mim e eu dediquei os últimos treze anos a ele. Mas só quem realiza um evento do porte do LABRFF sabe da luta que é, e nunca vivemos de maneira tão intensa a falta de valorização, de incentivo, e de prestígio à cultura. É uma discussão ampla, mas o resumo é que não dá para seguir assim”, lamentou Meire Fernandes, fundadora do Los Angeles Brazilian Film Festival.

Em treze edições já realizadas, o LABRFF teve apoio de um edital público em apenas uma delas. Na edição deste ano, uma campanha de financiamento coletivo foi realizada, mas apenas 1% da meta foi arrecadado. O festival, que já exibiu mais de 800 títulos e premiou mais de 300 profissionais do cinema, não tem recursos para seguir com o trabalho que vem sendo realizado. “O custo médio para a realização de uma edição do LABRFF é de um milhão e duzentos mil reais. E se pensarmos na estrutura que o festival merece, e nos custos dos 25 profissionais envolvidos, teríamos que ter pelo menos 400 mil dólares, o que corresponderia a cerca de dois milhões de reais atualmente. Os aluguéis de teatro e cinema são caros, e em dólar. Temos uma equipe com profissionais de designer, comunicação, marketing, e também os nossos produtores. São profissionais que precisam receber pelo trabalho prestado. Nós não conseguimos recursos para isso. Mesmo na versão online, a realização do festival custou muito, e outras despesas surgiram, como a plataforma que abrigou o catálogo de filmes e toda estrutura para realização das palestras, workshops e shows musicais que transmitimos online. Arrecadar pouco mais de 2 mil reais na nossa campanha de financiamento coletivo também foi uma frustração imensa, e eu não posso esconder isso”, afirma Manoel Neto, diretor do LABRFF.

Em seu discurso na cerimônia de encerramento, a fundadora do LABRFF afirmou que a decisão vinha sendo pensada há anos: “Para chegarmos neste momento, a diretoria do festival vem discutindo muito o assunto nos últimos anos. Nós contamos nos dedos os apoiadores do festival, e quero registrar a nossa gratidão a cada um deles, mas o suporte recebido não é suficiente. Ano após ano, temos colocado dinheiro dos nossos bolsos por acreditar nos resultados positivos do LABRFF. Mas qual o sentido de continuarmos dessa forma? Eu faço essa indagação a mim mesma todos os dias”, contou Meire Fernandes.

Por mais de uma década, a capital mundial do cinema abriu as portas para os talentos brasileiros mostrarem o que vinha sendo feito de melhor na sétima arte no nosso país. Essa vitrine de oportunidades para os profissionais do Brasil se repetiu desde 2008, quando foi fundado o Los Angeles Brazilian Film Festival. Idealizado pela produtora de cinema Meire Fernandes, e pelo jornalista Nazareno Paulo, o evento já nasceu forte, com apoio de astros brasileiros e americanos que compreenderam as portas que estavam sendo abertas a partir das conexões que um festival de cinema poderia gerar.

Conheça os vencedores do Los Angeles Brazilian Film Festival 2020:

Melhor Filme: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción
Melhor Ator (empate): Matheus Nachtergaele, por Piedade e Bruno Gagliasso, por Loop
Melhor Atriz (empate): Fernanda Montenegro, por Piedade e Alessandra Negrini, por Acqua Movie
Melhor Ator Coadjuvante (empate): Cauã Reymond, por Piedade e Augusto Madeira, por Acqua Movie
Melhor Atriz Coadjuvante: Mariana Ruggiero, por Piedade
Melhor Roteiro: Acqua Movie, escrito por Lírio Ferreira, Marcelo Gomes e Paulo Caldas
Melhor Fotografia: Acqua Movie, por Gustavo Hadba
Melhor Edição: Acqua Movie, por Vania Debs
Melhor Trilha Sonora: Piedade, por Jorge dü Peixe

Melhor Documentário | Brasileiro: O Caso do Homem Errado, de Camila de Moraes
Melhor Documentário | Internacional: Passages, de Lúcia Nagib e Samuel Paiva
Melhor Animação: Napo, de Gustavo Ribeiro
Melhor curta-metragem | Brasileiro: Esmalte Vermelho Sangue, de Gabriela Altaf

Melhor Ator in memorian: Andrade Júnior, por King Kong en Asunción
Life Achievement: Ivan Cardoso, por Ivan, O Terrível, de Mario Abbade
Menção Honrosa: Gracindo Junior, por A Queda
Menção Honrosa: Mangueira em 2 tempos, de Ana Maria Magalhães
Menção Honrosa: Quitéria, de Tiago A. Neves

BWIE Brazilian Women in Entertainment (empate): Rosa das Aroeiras, de Monica Mac Dowell e Windows to the World – AM to PM, de Bia Oliveira
Mostra 60 segundos (empate): Stonely Language, de Reza Saveys e Forest League, de Sergio Kalili
International Shorts (empate): Piece of Me, de Bruna Cabral e Broken Hills, de Edmilson Filho

LAMV | Los Angeles Latin Music Video Festival

Melhor Videoclipe | Voto Popular: Vivência, de Ramonzin e BK (Direção: Isabelle Lopes)
Melhor Performance Artística | Voto Popular: Desce pro Play (Pa Pa Pa), de Mc Zaac, Anitta e Tyga (Direção: Thiago Eva)

BRAZIL COMPETITION

Melhor Videoclipe: Pedrinho, de Tulipa Ruiz (Direção: Fabio Lamounier, Pedro França e Rodrigo Ladeira)
Melhor Direção: Fabio Lamounier, Pedro França e Rodrigo Ladeira, por Pedrinho, de Tulipa Ruiz
Melhor Fotografia: Casmurro, de Alex Albino
Melhor Edição: Amigo da Onça & Beija Flor, da banda Amigos da Onça
Melhor Narrativa: A Cada Passo, da banda Trema
Melhor Direção de Arte: My Girl, de Vintage Culture
Melhor Voz: Alan Rocha
Melhor Animação: Canção de Partida, de GA Setubal (Direção: Deco Farkas)
Melhor Instrumental: Alumiou, de Alan Rocha
Melhor Canção: Alumiou, de Alan Rocha

INTERNATIONAL COMPETITION

Melhor Videoclipe: I Have No Home, de Odyn V Kanoe (Direção: Volodymyr Vlasenko)
Melhor Direção: Sito Ruiz e Esteve Pulg, por Teleapàtic, de Minova
Melhor Fotografia: I Have No Home, de Odyn V Kanoe
Melhor Edição: Akudama, de Alpha Wolf
Melhor Narrativa: In Front, de Las Abejas
Melhor Direção de Arte: De Ontem, de Liniker e os Caramelows
Melhor Voz: Amanda Magalhães
Melhor Instrumental: Akudama, de Alpha Wolf
Melhor Canção: O Amor te Dá, de Amanda Magalhães

*Clique aqui e acompanhe também a cobertura do CINEVITOR pelas redes sociais.

Foto: Suzanna Tierie.

14ª CineBH: filmes selecionados, atividades paralelas e projetos do 11º Brasil CineMundi

por: Cinevitor

gracepassocinebh2020Cena do curta República, de Grace Passô.

Por conta da pandemia de Covid-19, a 14ª edição da CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte e o 11º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting acontecem em ambiente virtual entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, nas redes sociais da Universo Produção e no site (clique aqui) gratuitamente.

Serão cinco dias de atividades, com 54 filmes nacionais e internacionais em pré-estreias e mostras temáticas (14 longas, 4 médias e 35 curtas), de 12 estados brasileiros e 12 países. Além disso, a programação apresenta mais 15 debates, painéis e rodas de conversa, 4 masterclasses internacionais, 3 laboratórios de roteiro, 1 oficina, 1 estudo de caso, encontros de coprodução e diversas outras atividades que convidam o público a pensar o mercado audiovisual a partir do que está sendo feito e do que ainda será visto nas telas. Mesmo com as dificuldades impostas pelo distanciamento social, a CineBH se reafirma como um espaço de perspectivas e possibilidades do cinema do presente e do futuro.

“Vivemos numa sociedade cheia de estímulos visuais e o audiovisual assumiu papel central no cotidiano das pessoas. Realizar este empreendimento internacional ousado e inovador neste cenário de transições e transformações representa compromisso, responsabilidades e ações compartilhadas em que a vontade, a persistência e a determinação são ingredientes que ampliam as possibilidades de seguir acreditando na potência da nossa cultura”, destaca a diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra CineBH e do Brasil CineMundi, Raquel Hallak.

Para este ano, a CineBH adotou a temática Arte viva: Redes em expansão, que dialoga diretamente com o impacto da pandemia na produção artística brasileira. Proposta pela equipe curatorial do evento, formada pelos críticos e pesquisadores Pedro Butcher, Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda, a temática busca pensar a rede de relações construída entre as artes presenciais (teatro, performance, shows) e a linguagem audiovisual, adotada por criadores e espectadores num período em que os espaços de convivência, como cinemas, casas de espetáculos e teatros, foram fechados. Para colaborar na construção dessas relações, a CineBH incorporou a pesquisadora de artes cênicas Daniele Ávila Small ao time de curadores da Mostra Temática.

Escolhido como destaque de 2020, o Pandêmica Coletivo Temporário de Criação, agremiação de artistas de várias regiões do Brasil formada em março com objetivo de promover exibições teatrais on-line durante a pandemia, reúne em seus trabalhos a essência do que será discutido ao longo da CineBH em filmes, performances audiovisuais e debates. “É inegável que um campo de investigação de linguagem se abriu no encontro entre o teatro, o audiovisual e o meio virtual, e o Pandêmica é um dos pioneiros na abertura dessa trilha”, exalta Daniele Ávila. De integrantes do Pandêmica, serão apresentados ao vivo 12 Pessoas com Raiva, de Juracy de Oliveira, na abertura do evento (29/10); e Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro, de Maurício Lima, no dia 31.

Ainda na Mostra Temática, todos são projetos desenvolvidos ou apresentados desde o começo da pandemia, respondendo, pelo audiovisual, como se dão outras possibilidades de representar a presença. Vários dos artistas presentes nesta mostra participarão de debates e encontros durante a CineBH em transmissões ao vivo com mediação dos curadores.

Na Mostra Contemporânea, a CineBH conta com 10 longas e 5 curtas-metragens brasileiros e estrangeiros. Do Brasil, vários dos títulos lidam com a história de violências que fundaram o país. Os curtas nacionais completam a programação nacional com trabalhos provocativos de várias situações vivenciadas ou sentidas ao longo de 2020.

A mostra Diálogos Históricos, que tem objetivo de apresentar obras importantes na história do cinema de forma contextualizada e aprofundada e segue a estrutura de introdução de um crítico e/ou pesquisador, exibição do filme e comentário posterior, esse ano conta com parceria do Instituto Goethe. Os títulos a serem exibidos em 2020 apresentam três momentos distintos e significativos da produção alemã, de longa e rica tradição de obras e artistas dispostos à experimentação.

A Sessão Welket Bungué vai apresentar ao público brasileiro os curtas-metragens desse artista singular, dos mais diferentes estilos e formatos e exemplos de uma obra audiovisual em que realização e performance se tornam aspectos indissociáveis. Bungué atuou recentemente na nova adaptação cinematográfica do romance Berlin Alexanderplatz, que disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano. Bungué nasceu em Guiné-Bissau e já morou em Portugal, no Brasil (onde fez uma pós-graduação em performance na Uni-Rio, entre 2012 e 2013) e na Alemanha, com passagens por Cabo Verde e outros países. A seleção na CineBH tenta dar conta de sua capacidade múltipla e dialoga com a proposta deste ano de lançar alguma luz para trabalhos que buscam nas ferramentas da linguagem audiovisual uma potencialização da performance e do “ao vivo”.

Já a mostra A Cidade em Movimento é composta por trabalhos realizados em bairros e comunidades de Belo Horizonte e região metropolitana, com curadoria de Paula Kimo. Ao longo de 16 trabalhos espalhados por quatro sessões, diversas questões serão discutidas tanto nas exibições quanto na presença de convidados para as Rodas de Conversa. Clique aqui e conheça os selecionados, que foram anunciados anteriormente.

Por fim, na programação de filmes da CineBH, estudantes e educadores têm programação garantida com a realização das sessões Cine-Escola e Cine-Debates planejados para atender a alunos a partir de 5 anos de idades. Os filmes ficam disponíveis de 29 de outubro a 6 de novembro no site possibilitando que os professores tenham mais tempo para trabalhar os títulos com os alunos.

Para formar novas audiências e inserir famílias e crianças na programação, a CineBH conta com a Mostrinha, apostando em futuros espectadores de cinema brasileiro; serão exibidos dois filmes de longa-metragem.

Em sua 11ª edição, o Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting segue como o grande encontro brasileiro de coprodução, reunindo dezenas de participantes para discutirem projetos futuros de cinema no país. Por razão da pandemia, algumas alterações foram feitas pelo programa para que os encontros virtuais fossem aproveitados ao máximo pelos 23 projetos participantes. Uma das novidades desta edição é que os projetos de filmes brasileiros de longa-metragem serão avaliados em três categorias: desenvolvimento, produção e finalização.

A nova categorização foi necessária diante da atual circunstância mundial, unindo gêneros, formatos e estilos divididos em estágios distintos. A categoria de finalização, em especial, foi criada pensando justamente nas dificuldades dos filmes em conseguirem espaços de exibição desde quando festivais e salas fecharam mundo afora, ainda em março. O Brasil CineMundi terá este ano a participação de 30 convidados de 14 países; são produtores, distribuidores, curadores, agentes de venda, representantes de fundos de investimento audiovisual e representantes de festivais que estarão em contato direto com realizadores brasileiros e seus projetos de futuros filmes.

Com a parceria de diversas iniciativas de fundos de produção, o CineMundi conta com prêmio aos projetos mais bem cotados pelos júris de avaliação. Há bolsas de desenvolvimento, participação em eventos internacionais de coprodução e incentivos à criação.

Com o propósito de fornecer ferramentas conceituais e práticas para capacitação de profissionais, troca de experiências entre diferentes agentes do setor audiovisual, ao mesmo tempo, que propõe gerar intercâmbio, promover encontros, diálogos, discussões e estabelecer redes de contato e conexões globais com foco no mercado audiovisual, o Programa de Formação Audiovisual integra a programação da 14ª Mostra CineBH e do 11º Brasil CineMundi. Nesta edição, o programa reúne 40 profissionais brasileiros e estrangeiros de destaque na cena audiovisual no centro de oito debates, quatro masterclasses internacionais, um painel, um estudo de caso, três laboratórios de roteiro e uma oficina.

A 14ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, o evento de cinema da capital mineira, integra o Cinema sem Fronteiras 2020, programa internacional de audiovisual idealizado e realizado pela Universo Produção, que promove a conexão entre o cinema brasileiro e o mercado internacional. Apresenta-se como instrumento de formação, reflexão, exibição e difusão do audiovisual em diálogo com outros países, fomento o empreendedorismo, dissemina a informação, produz e difunde conhecimento, cria oportunidades de rede de contatos e negócios, reúne a cadeia produtiva do audiovisual em uma programação abrangente e gratuita.

Conheça os filmes selecionados para a 14ª CineBH e os projetos do 11º Brasil CineMundi:

MOSTRA TEMÁTICA

12 Pessoas com Raiva, de Juracy de Oliveira (performance)
Canção das Filhas das Águas, de Laís Machado (BA)
Coisas Úteis e Agradáveis, de Germano Melo e Ricardo Alves Jr. (MG)
Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro, de Fabiano de Freitas e Maurício Lima (performance)
Navalha na Carne Negra, de José Fernando Peixoto de Azevedo (SP)
República, de Grace Passô (SP)

CONTEMPORÂNEA BRASIL

5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (PE)
Do Pó ao Pó, de Beatriz Saldanha (SP)
Entre Nós, Um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté (Brasil/México/Burquina Fasso)
Eu Sou a Destruição, de Eduardo Camargo (PR)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP)
Luz nos Trópicos, de Paula Gaitán (RJ)
O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão (ES)
Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra (CE)
Rua Guaicurus, de João Borges (MG)
Terminal Praia Grande, de Mavi Simão (MA)

CONTEMPORÂNEA INTERNACIONAL

Isabella, de Matías Piñeiro (Argentina)
Meus Queridos Espiões, de Vladimir Léon (Rússia/França)
Nós, Os Bárbaros, de Juan Alvarez-Durán (Bolívia)
Ouvertures, de Louis Henderson e Olivier Marboeuf (Reino Unido/França/Haiti)

DIÁLOGOS HISTÓRICOS

Kuhle Wampe ou: Quem é o Dono do Mundo?, de Slatan Dudow (Alemanha)
Os não reconciliados ou só a violência ajuda onde a violência reina, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (Alemanha)
Viver na RFA, de Harun Farocki (Alemanha)

SESSÃO BRASIL CINEMUNDI

Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza (SP) (filme de encerramento)

WELKET BUNGUÉ

Buôn, de Miguel Munhá (Portugal/Guiné-Bissau)
Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta, de Welket Bungué (Brasil)
É Bom Te Conhecer (N’Sumande Tchalih Hudi), de Welket Bungué (Brasil/Guiné-Bissau)
Eu Não Sou Pilatus, de Welket Bungué (Portugal)
Intervenção Jah, de Daniel Santos (Brasil/Guiné-Bissau)
Mensagem, de Welket Bungué (Brasil)

MOSTRINHA

Dentro da Caixinha, de Guilherme Reis (MG)
Para’Í, de Vinicius Toro (SP)

CINE-ESCOLA

Antes que Vire Pó, de Danilo Custódio (PR)
Dilúvio, de Gustavo Spolidoro (RS)
Meu Nome é Daniel, de Daniel Gonçalves (RJ)
Renascida das Águas, de Júlio Quinan (GO)
Tem Um Monstro na Loja, de Jaqueline Dulce Moreira (RJ)
Torcida Única, de Catarina Forbes (SP)
Trincheira, de Paulo Silver (AL)

BRASIL CINEMUNDI

PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO:

Acalanto, de Marcelo Lordello e Letícia Simões; produção: Emilie Lescaux (PE)
A Cor da Margem, de Mariana Luiza; produção: Joelma Oliveira Gonzaga (RJ)
A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos; produção: Alice Riff (SP)
Cartas para o passado, de Mannu Costa; produção: Rayssa Costa (PE)
Hotel Califórnia, de Daniel Nolasco; produção: Cecília Brito (GO)
Mãe do Ouro, de Madiano Marcheti; produção: Beatriz Martins (MT)
Não Estamos Sonhando, de Ulisses Arthur; produção: Thamires Vieira (AL/BA)
O Vale dos Homossexuais, de Fábio Leal; produção: Dora Amorim e Júlia Machado (PE)
Paralaxe, de Ricardo Murad e Cao Guimarães; produção: Mariana Andrade (MG)
Retomada, de Hidalgo Romero e Alice Villela; produção: Julio Matos (SP)

PROJETOS EM PRODUÇÃO:

A Mensageira, de Cláudio Marques; produção: Marília Hughes (BA)
Ausente, de Ana Carolina Soares; produção: Denise Flores (MG)
Casa no Campo, de Davi Pretto; produção: Paola Wink (RS)
Corpo Presente, de Leonardo Barcelos; produção: André Hallak e Joana Braga (MG)
É Tudo Parente, de Mariana Fagundes; produção: André Hallak (MG)
Peixe, de Rafael Saar; produção: Eduardo Cantarino (RJ)
Toda Noite Estarei Lá, de Tati Franklin; produção: Thiago Moulin (ES)

PROJETOS FINALIZADOS:

A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramos; produção: Angelo Ravazi e Paulo Serpa (SP)
A Matéria Noturna, de Bernard Lessa; produção: Bernard Lessa, Eduardo Cantarino e Vitor Graize (ES/RJ)
Anastácias, de Thati Almeida; produção: Sebastião Braga (SP)
Casa Vazia, de Giovani Borba; produção: Tatiana Sager (RS)
Lavra, de Lucas Bambozzi; produção: André Hallak (MG)
Os ossos da saudade, de Marcos Pimentel; produção: Luana Melgaço (MG)

Foto: Divulgação.

Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, é o grande vencedor do Inffinito Film Festival 2020

por: Cinevitor

olhosernestoinffinito2020Jorge Bolani e Julio Andrade em Aos Olhos de Ernesto.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 23/10, os vencedores da 24ª edição do Inffinito Film Festival, o maior e mais importante festival de cinema brasileiro realizado no exterior. A noite de premiação aconteceu de forma remota e foi transmitida ao vivo pela plataforma de streaming do evento.

Apresentada por Flávia Guimarães e Eloisa Lopez, a cerimônia contou também com uma homenagem ao ator e diretor Daniel Filho e terminou com uma festa virtual que teve a participação dos atores Lucio Mauro Filho e Natália Lage como DJs.

O longa-metragem Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, foi eleito pelo júri como o melhor filme de ficção desta edição e levou o Troféu Lente de Cristal; também ganhou os prêmios de melhor direção e melhor roteiro. Dira Paes, de Pureza, e Roney Villela, de A Morte que Habita À Noite, foram premiados por suas atuações.

O júri do Inffinito Film Festival 2020 foi composto por: Carol Marra, Joelzito Araújo, Maria Sanchez e Tizuka Yamasaki (longa-metragem de ficção); e Fabricio Boliveira, Graci Guarani e Malu de Martino (longa-metragem documentário).

Conheça os vencedores do Inffinito Film Festival 2020:

Melhor Filme | Ficção: Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Melhor Filme | Documentário: De Olhos Abertos, de Charlotte Dafol
Melhor Direção: Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Melhor Ator: Roney Villela, por A Morte que Habita à Noite
Melhor Atriz: Dira Paes, por Pureza
Melhor Direção de Fotografia: Felipe Reinheimer, por Pureza
Melhor Roteiro: Aos Olhos de Ernesto, escrito por Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
Prêmio Especial do Júri: Fernanda Montenegro, por Piedade
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Diz a Ela que me Viu Chorar, de Maíra Bühler
Melhor Filme de Ficção | Público: Três Verões, de Sandra Kogut
Melhor Documentário | Público: Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamim

Foto: Divulgação/Elo Company.

Conheça os filmes selecionados para o Cinefest Gato Preto 2020

por: Cinevitor

gatopreto2020atordoadoatentoCena do curta Atordoado, Eu Permaneço Atento sobre o jornalista Dermi Azevedo.

O Cinefest Gato Preto é um festival de curtas-metragens realizado na cidade de Lorena, região do Vale do Paraíba, em São Paulo, que se caracteriza por valorizar todas as áreas do processo da produção cinematográfica, criando sessões temáticas de acordo com os filmes recebidos pela curadoria.

Nesta XVI edição, o evento acontecerá em formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, entre os dias 3 e 7 de novembro. Pela primeira vez, o festival abre espaço para uma sessão de videoclipes com a intenção de fomentar a produção audiovisual na região.

Ao longo do festival serão exibidos 61 filmes e 26 videoclipes. Ao todo, o Gato Preto 2020 reunirá obras cinematográficas de 17 estados. O objetivo dos organizadores está na descentralização do cinema, a fim de ir além do eixo São Paulo e Rio e também no fomento da produção de cinema do Vale Paraibano.

Haverá ainda sessões especiais levantadas pela curadoria, que apresentarão produções de animações para adultos, sessão infantil e adolescente, produções LGBTQIA+ e de cinema preto, que farão parte da disputa de troféus na mostra competitiva. A programação terá também oficinas, debates e encontros entre os cineastas e realizadores com o público.

Três oficinas gratuitas estão programadas para acontecer durante o festival: Cinema da Escuta, com Victor Fisch; As relações entre o cinema na formação do ator, com Raissa Gregori; e com um viés antirracista sobre a dramaturgia brasileira, Viviane Pistache apresentará um recorte e reflexões sobre a realidade das produções.

Com direção de Polyana Zappa, o Cinefest Gato Preto 2020 contou com a curadoria de Rodrigo Tons, Fábio Rodrigo e Carolina Serra.

Conheça os curtas e videoclipes selecionados para o XVI Cinefest Gato Preto:

SESSÃO ROTEIRO

Laura Denver, de João Iglesias e Antonia Cattan (RJ)
O Grande Amor de um Lobo, de Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa (RN)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Rebento, de Vinicius Eliziário (BA)

SESSÃO ATUAÇÃO

5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
Chica, de Andrea Guanais (BA)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP)

SESSÃO MONTAGEM

Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (SP)
Inabitáveis, de Anderson Bardot (ES)
Luís Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
Onde Nascem os Deuses, de Henrique DPK (SP)

SESSÃO INFANTIL

A Manta, de Igor Pitta Simões e Luis da Matta Almeida (SC)
Antes que vire pó, de Danilo Custódio (PR)
Fome, de Felipe Fré (SP)
Trincheira, de Paulo Silver (AL)
Véu de Amani, de Renata Diniz (DF)

SESSÃO PRODUÇÃO

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Diriti De Bdé Burê, de Silvana Beline (GO)
Sábado Não é Dia de Ir Embora, de Luísa Giesteira (RJ)

SESSÃO ADOLESCENTE

Eu Me Chamo Darwin, de Well Darwin (SP)
Eu te Protejo, de Allê Maia (RJ)
Pátria, de Lívia Costa e Sunny Maia (PB)
Rua Augusta, 1029, de Mirrah Ianez da Silva (SP)

SESSÃO DIREÇÃO

A Profundidade da Areia, de Hugo Reis (ES)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Crua, de Diego Lima (PB)
Práticas do Absurdo, de Alexander S. Buck (ES)

SESSÃO ANIMAÇÃO ADULTO

31 de Março, de Emerson Rodrigues (GO)
A Casa e o Medo, de Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini (SP)
Apneia, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Chiara, de Caroline Grigato (RJ)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Ta Foda, de Aline Goulart, Denis Gabriel, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Lígia Torres e Victoria Alvez (RS)
The Drawers Man, de Duda Rodrigues (PE)

SESSÃO DIREÇÃO DE ARTE

Baixas Lendas da Classe Média Alta: Janaína Sem Cabeça, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (PE)
Nervo, de Pedro Jorge e Sabrina Maróstica (SP)
Prefiro não ser identificada, de Juliana Muniz (RJ)
Ratoeira, de Carlos Adelino (SC)

TRANSGRESSORA

Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (CE)
Downpression, de Assaggi Piá e Rodrigo Mends (BA)
I Have To Say I Love You, de Ariel Nobre (SP)
Modelo Morto, Modelo Vivo, de Iuri Bermudes e Leona Jhovs (SP)

SESSÃO DESENHO DE SOM

Cidade São Mateus, de Gabriel César (SP)
Hoje sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar (PE)
Joderismo, de Marcus Curvelo (DF/BA/SP)

COSMOVISÃO PRETA

A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
CoroAção, de Juciara Áwô e Luana Arah (RJ)
Homens Invisíveis, de Luís Carlos de Alencar (RJ)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)

SESSÃO FOTOGRAFIA

Nadir, de Fábio Rogério (SE)
O Filho do Homem, de Fillipe Rodrigues (PA)
Quero ir para Los Angeles, de Juliana Balhego (RS)
Quitéria, de Tiago A. Neves (PB)

MOSTRA DO VALE

Antes que eu esqueça, de Isabela Correia (Jacareí, São José dos Campos e São Francisco Xavier)
Brazilian indigenous etnomedia, de Icaro Cooke Vieira (São Sebastião e São José dos Campos)
Em nome de Teresa, de Marcella Arnulf (São José dos Campos)
Três tiros para o Paraíso, de Marianne Farias (Lorena)
Weaving Freedom, de Luiza Matravolgyi Damião (Tremembé)

VIDEOCLIPES

Até o Sol Raiar, de Alex Correia (São José dos Campos/SP)
BAE, de Sunday James (MA)
Batidão, de Jessica Lauane (MA)
Caboclo Véio, de Ricardo Camargo (SP)
Corações Roubados, de Guilherme Jardim e Samuel Fávero (MG)
Corpos Vermelhos, de Letícia Antunes e Thierry Lucas (SP)
Errante, de Gabriel Motta (RS)
Erupção, de João Folharini (SP)
Fonte da Tristeza, de Samira Daher (RJ)
Gigantesca, de Leticia Pires (RJ)
Inside My Head, de Vitor Keese (SP)
Jessi – Kilat$, de Laura Crepaldi (SP)
Killa, de Jessica Lauane (MA)
Minha Carne, de Preta Ferreira, Sonia Ara Mirim e Taesila Araújo (SP)
Monção, de Blendda Corrêa (RJ)
Nega que Saudade, de Bruno Cabral Viana (Lorena/SP)
Nois ta de olho, de Elder Soares (São José dos Campos/SP)
O Clã, de Raymundo Calumby (CE)
O Ir e Vir das Coisas, de Diego Freitas (SP)
Overdrive, de Gui Midões e Jean Furquim (Jacareí/SP)
Peter Banana, de Diego Scarparo (ES)
Pôr do Sol, de Jr Franch (SP)
Prevejo, de Sunday James (MA)
Relíquia, de Ricardo Camargo (SP)
She’s falling, de Ricardo Camargo (SP)
Vazio, de Maurício Coutinho (DF)

Foto: Divulgação.

O Barco, de Petrus Cariry, ganha trailer e data de estreia nos cinemas

por: Cinevitor

obarcotrailercariryRômulo Braga e Everaldo Pontes em cena.

Vencedor de quatro prêmios na 28ª edição do Festival Cine Ceará, entre eles, melhor filme pelo júri Olhar Universitário, O Barco, de Petrus Cariry, acaba de ganhar data de lançamento nos cinemas: 5 de novembro pela Sereia Distribuidora.

No filme, Esmerina, papel de Verônica Cavalcanti, é mãe de 26 filhos, cada um chamado por uma letra do alfabeto. A família leva uma vida pacata em uma vila de pescadores até que um barco naufraga trazendo Ana, vivida por Samya de Lavor, uma misteriosa mulher que vai mudar a rotina da família. O mais afetado é o filho A, interpretado por Rômulo Braga, o mais velho da prole, que desperta para a vontade de romper com o lugar onde passou sua vida inteira para, finalmente, conhecer o mundo. O elenco ainda conta com a participação dos atores paraibanos Everaldo Pontes, que interpreta um velho sábio da vila; e Nanego Lira, como o patriarca da família.

A história é inspirada no conto homônimo do escritor cearense Carlos Emílio Corrêa Lima, que foi adaptado para o cinema pelo próprio diretor em parceria com Rosemberg Cariry e Firmino Holanda (também montador do filme). A produção executiva é de Bárbara Cariry, a direção de produção de Teta Maia e a trilha sonora original de João Victor Barroso. O Barco foi filmado durante quatro semanas no cenário paradisíaco da Praia das Fontes, reunindo uma equipe técnica formada, em sua maioria, por profissionais cearenses.

Para Petrus Cariry, lançar um filme nas salas de cinema é sempre um desafio para realizadores autorais: “Essa é mais uma conquista que temos com ‘O Barco’, um filme que nos instigou e desafiou desde o primeiro momento de sua concepção. A trajetória que tivemos até aqui foi bastante rica e abriu espaço para diálogos sobre as histórias que temos interesse em contar e, sobretudo, pela história que o cinema cearense está contando dentro da filmografia brasileira”, afirma o cineasta.

Além de diretor, roteirista e montador, Petrus também assina a direção de fotografia, trabalho que foi premiado no Islantilla Cineforum (Espanha), no 3º Rivne International Film Festival (Ucrânia), no Rio Fantastik Festival (Brasil), no  Festicini 2018 – Festival Internacional de Cinema Independente (Brasil) e no 13º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões (Brasil). O longa também foi exibido em festivais e mostras dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Nigéria, México, Chile, Colômbia e Portugal.

Assista ao trailer de O Barco:

Foto: Petrus Cariry.