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10º Olhar de Cinema: conheça os filmes selecionados para a mostra Outros Olhares

por: Cinevitor
Cena do documentário brasileiro Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre.

Os filmes da mostra Outros Olhares, da décima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, trazem à tona uma variedade de estilos e abordagens sobre questões urgentes. Com oito longas-metragens e onze curtas, a programação evidencia várias propostas e linguagens feitas em torno de uma série de extremidades que refletem a contemporaneidade. 

Entre os longas, destaque para os brasileiros: A Matéria Noturna, de Bernard Lessa, que conta a história de um encontro de amor na hostil Vitória; Deus Tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, selecionado para o Queer Porto e que traz sete artistas e um médico ativista, todos portadores do HIV, e novas imagens e perspectivas sobre o enfrentamento da sorofobia no Brasil; e Nunca Mais Serei a Mesma, de Alice Lanari, uma coprodução com Argentina, Honduras e México, que aborda a violência contra a mulher em países da América Latina. 

A seleção continua com o colombiano A Calmaria Depois da Tempestade, exibido no Mar del Plata Film Festival e que traz Mercedes Gaviria, uma jovem que estudou no exterior e, na sua volta à Colômbia, começa a fazer um diário para tentar compreender o lugar da mulher no mundo no cinema, ainda fortemente arraigado a uma mentalidade patriarcal; Apenas o Sol, no qual a cineasta paraguaia Arami Ullón segue Mateo Sobode Chiqueno, suas histórias gravadas, canções e testemunhos do seu povo Ayoreo em um velho gravador; As Preces de Delphine, de Rosine Mbakam, grande vencedor do IndieLisboa e premiado no Cinéma du Réel, que faz um retrato de uma jovem camaronesa que, como tantas outras de sua geração, é esmagada por padrões de dominação que aprisionam as mulheres africanas.

E mais: Garotas/Museu, de Shelly Silver, uma viagem pela coleção de arte histórica do MdbK, Museu de Belas Artes de Leipzig, na Alemanha, guiada pela experiência e percepções de um grupo de meninas de 7 a 19 anos; e Rumo ao Norte, exibido na mostra Panorama em Berlim e que recebeu Menção Especial no L.A. Outfest, em que o cineasta Angelo Madsen Minax documenta o retorno à sua cidade natal após a misteriosa morte de sua sobrinha de dois anos e a prisão de seu cunhado como culpado.

Entre os curtas, a seleção traz três brasileiros e outros destaques, entre eles, Carta do Seu País Distante, de Suneil Sanzgiri, premiado no Blackstar Film Festival; Levados, de Jean Costa, exibido no Festival du Court Métrage de Clermont-Ferrand; e Lili, Só, de Zou Jing, premiado na Semana da Crítica, em Cannes.

Confira os filmes da mostra Outros Olhares do 10º Olhar de Cinema:

LONGAS-METRAGENS

A Calmaria Depois da Tempestade (Como el cielo después de llover), de Mercedes Gaviria (Colômbia)
A Matéria Noturna, de Bernard Lessa (Brasil)
Apenas o Sol (Apenas el Sol), de Arami Ullon (Paraguai/Suíça)
As Preces de Delphine (Les prières de Delphine), de Rosine Mbakam (Bélgica/Camarões)
Deus Tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (Brasil)
Garotas/Museu (Girls/Museum), de Shelly Silver (Alemanha)
Nunca Mais Serei a Mesma, de Alice Lanari (Argentina/Brasil/Honduras/México)
Rumo ao Norte (North by Current), de Angelo Madsen Minax (EUA)

CURTAS-METRAGENS

A Comunhão da Minha Prima Andrea (A Comuñón da Miña Prima Andrea), de Brandán Cerviño Abeledo (Espanha)
A Culpa Não é Nossa, de Humberto Schumacher (Brasil)
Carta do Seu País Distante (Letter From Your Far-off Country), de Suneil Sanzgiri (EUA)
Eu Espero o Dia da Nossa Independência, de Bruna Carvalho Almeida e Bruna Laboissière (Argélia/Brasil)
Há um Fantasma de Mim (Er Is Een Geest Van Mij/Hay Un Fantasma Mío), de Mateo Vega (Holanda/Peru)
Levados (Gare Aux Coquins), de Jean Costa (França)
Lili, Só (Duo Li), de Zou Jing (China/Hong Kong)
Nha Mila, de Denise Fernandes (Portugal/Suíça)
O que Não Se Vê, de Paulo Abreu (Portugal)
Perto de Você, de Cássio Kelm (Brasil)
Tamgù, de Isabel Loyer e Luis Paris (Argentina/França)

A décima edição do Olhar de Cinema acontecerá entre os dias 6 e 14 de outubro, em formato on-line. Ao todo, a programação terá sete mostras: Competitiva, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais, Foco e Mirada Paranaense.

Foto: Divulgação.

15ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Marcia Lopes Fargoni em cena do longa Nós, Passarinhos, de Antonio Fargoni.

A 15ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte acontecerá entre os dias 28 de setembro e 3 de outubro em formato on-line, pela segunda vez, por conta da pandemia de Covid-19. A programação gratuita com longas, médias e curtas será disponibilizada no site oficial do evento (clique aqui).

A curadoria contou com os trabalhos de Pedro Butcher, Francis Vogner dos Reis, Marcelo Miranda e Paula Kimo. Este ano, serão exibidos 90 títulos: 31 longas, 1 média, 56 curtas e 2 work in progress, com produções e coproduções de 12 estados do Brasil e de 17 países em recortes que, na maioria, dialogam com a temática central Cinema e Vigilância (leia mais aqui).

“É um trabalho de prospecção, de encontrar filmes que tenham o frescor da novidade e que ao mesmo tempo tenham relação com as ideias que estamos propondo. Não definimos os filmes a partir do conceito, mas naturalmente, durante a seleção, chama a atenção quando essa conexão acontece”, diz Francis Vogner. “Essa questão da tecnologia usada para controle social e político está muito presente em toda a história do cinema, desde Chaplin e desde ‘Mabuse’, e nunca saiu de cena. O que aconteceu foi que, mais recentemente, os dispositivos, os algoritmos, o uso dessa máquina virtual, se amplificaram e atingem a todos nós, e o cinema tem respondido a isso de forma crítica e contundente”.

Dividindo-se tanto por formatos e duração dos filmes quanto em sessões relacionadas ao tema ou a grupos de produções que seguem propostas previamente apresentadas, a CineBH 2021 está assim configurada na programação de filmes:

MOSTRA TEMÁTICA

Aqui estão reunidos 13 títulos que dialogam diretamente com a ideia de Cinema e Vigilância, conforme destaca o curador Pedro Butcher: “São filmes que põem em xeque o sentido de controle proporcionado pelos dispositivos e pelas grandes empresas capitalistas e mostram de que forma esses mecanismos são utilizados desde situações do dia a dia e chegando até situações de guerra e de ataque ao planeta e às suas populações”.

MOSTRA FORENSIC ARCHITECTURE

Dois dos programas são realizações do destaque internacional da CineBH este ano, o Forensic Architecture, coletivo multidisciplinar e multiartístico, cujo trabalho se expande de galerias de arte a julgamentos de crimes contra a humanidade e o meio ambiente: O Assassinato de Harith Augustus, que será apresentado logo na noite de abertura da mostra, composto por seis curtas complementares, formando um grande painel de reflexão e provocação; e Nuvens Tóxicas, que inclui dois curtas e um média realizados pelo grupo.

MOSTRA CONTEMPORÂNEA INTERNACIONAL

A mostra reúne cinco filmes em pré-estreia e fortemente conectados ao conceito de Cinema e Vigilância proposto pela curadoria. Em todos eles, de formas diversas, surgem as contradições de um mundo muito prático nas relações com máquinas e dispositivos e que se vê também sob controle desses mecanismos.

MOSTRA CONTEMPORÂNEA BRASIL

Quatro longas e 16 curtas-metragens apresentam um panorama de urgência da produção nacional, com muitos trabalhos recém finalizados em plena pandemia e outros que estiveram sendo preparados e foram pegos de surpresa quando 2020 chegou, alterando quaisquer expectativas. Os longas trazem novidades que também contêm paralelos com a temática de Cinema e Vigilância, ainda que não sejam diretamente conectados a ela. Os curtas estão divididos em quatro sessões cujos títulos são autoexplicativos: Brasil de agora, Geometrias do espaço, Medo e delírio e Visões adiante.

MOSTRA BRASIL CINEMUNDI

Formada por longas-metragens cujos projetos, em edições anteriores da CineBH, participaram do programa Brasil CineMundi, maior encontro de coprodução do país. A seleção da Mostra Brasil CineMundi conta com vários cases de títulos que circularam internacionalmente e que vêm recebendo reconhecimento e premiações.

MOSTRA A CIDADE EM MOVIMENTO

Com curadoria de Paula Kimo, a mostra é composta por 20 filmes realizados de forma totalmente independente em Belo Horizonte e região metropolitana. Sob a temática este ano Cidade (em) comum, os títulos foram divididos em cinco seções, cada uma delas fazendo um recorte distinto das várias formas de enxergar e se relacionar com o espaço urbano através do audiovisual (leia mais aqui).

MOSTRA DIÁLOGOS HISTÓRICOS

Assim como a CineBH exibe um recorte significativo da produção contemporânea mundial, a Mostra Diálogos Históricos tem por objetivo relacionar o que se vê hoje com aquilo feito no passado. Conectada à temática Cinema e Vigilância, a Diálogos Históricos tem em 2021 três longas-metragens fundamentais, que contarão com bate-papo com profissionais para acompanhar cada sessão. Serão: Aelita, Rainha de Marte, de Yakov Protazanov (1924), comentado pelo pesquisador João Lanari; O Testamento do Dr. Mabuse, de Fritz Lang (1933), com comentários do crítico Inácio Araújo; e O 5º Poder, de Alberto Pieralisi (1962), comentado pelo pesquisador Reinaldo Cardenuto.

CINE-ESCOLA E MOSTRINHA

Espaço para a formação de novos espectadores de cinema, em programas especialmente pensados para atender escolas, estudantes ou famílias. Nas sessões Cine-Escola, os títulos são selecionados de acordo com faixa etária, com orientações de classificação indicativa a professores e educadores. Já na Mostrinha, estão produções que vão agradar toda a família.

Conheça os filmes selecionados para a 15ª CineBH:

MOSTRA TEMÁTICA

Auto de Resistência, de Natasha Neri e Lula Carvalho (RJ)
Canções Engarrafadas 1-4, de Kevin B Lee e Chloe Galibert-Laîné (França)
Cena do Crime, de Pedro Tavares (RJ)
Circuito Hackeado, de Deborah Stratman (EUA)
Coração de Cachorro, de Laurie Anderson (EUA)
Fala Cassandra, de Miguel Antunes Ramos (SP)
Não Haverá Mais Noite, de Eleonore Weber (França)
Memórias da Terra, de Paulo Tavares (DF) (work in progress)
Nunca é Noite no Mapa, de Ernesto de Carvalho (PE)
O Monopólio da Violência, de David Dufresne (França)
Pode o Sol Mentir?, de Susan Schuppli (Reino Unido)
Toda Luz em Todo Lugar, de Theo Anthony (EUA)
Transformers – O Premake, de Kevin B Lee (EUA)

MOSTRA FORENSIC ARCHITECTURE

Estudos de Nuvens, de Forensic Architecture (Reino Unido)
Gás Lacrimogêneo em Plaza de la Dignidad, Chile, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Anos, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Dias, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Horas, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Milissegundos, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Minutos, de Forensic Architecture (Reino Unido)
O Assassinato de Harith Augustus: Segundos, de Forensic Architecture (Reino Unido)
Se o ar Tóxico é um Monumento à Escravidão, como o Derrubamos?, de Forensic Architecture (Reino Unido)

MOSTRA DIÁLOGOS HISTÓRICOS

Aelita, Rainha de Marte, de Yakov Protazanov (Rússia)
O Quinto Poder, de Alberto Pieralisi (Brasil)
O Testamento do Dr. Mabuse, de Fritz Lang (Alemanha)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA INTERNACIONAL

A Casa do Diretor, de Mark Isaacs (Reino Unido)
Así Hablo el Cambista, de Federico Veiroj (Uruguai/Argentina/Alemanha)
Eu Ando Sobre a Água, de Khalik Allah (EUA)
La Vida Util – Um Conto de Cinema, de Federico Veiroj (Uruguai/Espanha)
Na Sombras, de Erdem Tepegöz (Turquia)
Os Primeiros 54 Anos – Pequeno Manual para Ocupação Militar, de Avi Mograbi (França/Finlândia/Israel/Alemanha)
Um Rifle e uma Bolsa, de Cristina Haneș, Isabella Rinaldi e Arya Rothe (Índia/Romênia/Itália/Qatar)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA BRASIL | LONGAS

A Primeira Noite de Joana, de Cristiana Oliveira (RS)
Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (SP)
Nós, Passarinhos, de Antonio Fargoni (SP)
Um Dia Qualquer, de Pedro Von Kruger (RJ)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA | SESSÃO CINEMUNDI

A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/Alemanha/França)
A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó (SP/PE)
Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo (RS)
Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE)
Desterro, de Maria Clara Escobar (Brasil/Argentina/Portugal)
Por Onde Anda Makunaíma?, de Rodrigo Séllos (RR/ SP)
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra (Brasil/França)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA BRASIL | CURTAS

A8, de Lúcio Branco (RJ)
Afetadas, de Jean (PE)
Algoritmo, de Thiago Foresti (DF)
Bicho, de Ian Capillé (RJ)
Construção de uma Vista, de Fábio Andrade (RJ)
Contorno, de Fábio Andrade (RJ)
Floresta Espírito, de Clara Chroma (SP)
Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Medo da Chuva em Noite de Frio, de Victor Hugo Fiuza (RJ)
Modo Noturno, de Calebe Lopes (BA)
Muriel, de João Pedro Faro (RJ)
Os Pilotos do Plano, de Bruna Lessa (SP)
Per Capita, de Lia Letícia (PE)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (RJ)
Rafameia, de Mariah Teixeira e Nanda Félix (PB)
Sem Título # 7: Rara, de Carlos Adriano (SP)

MOSTRA A CIDADE EM MOVIMENTO

[O Vazio Que Atravessa], de Fernando Moreira (MG)
A Única Coisa que Entendo como Norte é a Liberdade, de Luciana Cezário (MG)
Amador, de Cris Ventura (MG)
Aurora, de Leo Ayres (MG)
Casa Número Zero, de Breno Mesquita (MG)
Cidade Analógica, de Eduardo DW e Álvaro Starling (MG)
Coletivo, de Wend Fernandes (MG)
Conselheira, de Rafael Bacelar (MG)
Dinheiro, de Sávio Leite e Arthur B. Senra (MG)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Dois, de Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss (MG)
Ela, Dora!, de Franco Dafon e Renata Victoriano (MG)
Escorre, de Thiago Monteiro e Kelly Crifer (MG)
Eu vi nos seus olhos, da janela, eu vi, que era o fim, de Larissa Muniz (MG)
Morde & Assopra, de Stanley Albano (MG)
O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro (MG)
Opção do Tomo, de Antônio Beirão Xavier (MG)
Sessão 27, de Haendel Melo (MG)
Um de Vermelho e um de Amarelo, de Lipe Canêdo, GM e Fr4ad (MG)
Urdido, de Samuel Quintero (MG)

SESSÃO CINE-ESCOLA

A Menina e o Velho, de Luciano Fucinato (SC)
Ana & Copacabana, de Edem Ortegal (RJ)
Atravessa a Vida, de João Jardim (RJ)
Mensagem das Estrelas, de Ariel Pereira Quintela (SP)
O Menino e o Ovo, de Juliana Capilé (MT)
O Meu Bichinho de Estimação, de Jaqueline Dulce Moreira (MG)
Raone, de Camila Santana (SP)
Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí (CE)

MOSTRINHA

Miúda e o Guarda-Chuva, de Amadeu Alban (BA)
Torcida Única, de Catarina Forbes (SP)
Trincheira, de Paulo Silver (AL)

Com edições anuais e consecutivas, a CineBH reafirma seu propósito de mostrar o cinema para o mundo, promover o diálogo entre as culturas, aproximar povos e continentes, fazer a conexão do cinema brasileiro com o mercado audiovisual, realizar encontros de negócios, investir na formação, intercâmbio e cooperação internacional, construir pontes nas escolas, comunidades, redes sociais e com a cidade de Belo Horizonte e Minas Gerais.

Há também o Brasil CineMundi – International Coprodution Meeting, evento de mercado do cinema brasileiro que acontece em edições anuais e consecutivas desde 2010 e chega a sua 12ª edição em 2021 consolidado como ambiente de mercado e plataforma de rede de contatos e negócios para o cinema brasileiro em intercâmbio com o mundo. O evento faz a conexão entre a produção brasileira e a indústria audiovisual, por meio de parcerias produtivas assegurando aos projetos brasileiros de longa-metragem vagas em eventos de mercado internacionais, laboratórios, consultorias e mentorias, encontros individuais com projetos de longa-metragem, premiação, ações de cooperação e intercâmbio.

Foto: Divulgação/Cinema Instantâneo.

Olhar de Cinema 2021: conheça os filmes da mostra Novos Olhares

por: Cinevitor
Cena do longa Esqui, de Manque La Banca: coprodução entre Argentina e Brasil.

A décima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 6 e 14 de outubro, em formato on-line, acaba de anunciar novos títulos em sua programação.

Os longas-metragens da mostra Novos Olhares trazem maior radicalidade em suas propostas estéticas. Este ano, compõem a mostra seis filmes, sendo três deles produções brasileiras. Um dos destaques é o iraniano Crime Culposo, de Shahram Mokri, que mostra quatro homens que decidem incendiar um teatro e recriar, quarenta anos depois, os atentados a cinemas que mataram centenas de pessoas e foram realizados para derrubar o regime do Xá no Irã; o longa foi exibido na mostra Horizontes do Festival de Veneza do ano passado.

A programação conta também com: a coprodução argentina e brasileira Esqui, de Manque La Banca, exibida no FIDMarseille, IndieLisboa e vencedora do Prêmio Fipresci da mostra Forum do Festival de Berlim, que mostra o universo oculto das relações de trabalho que se geram durante a alta temporada de esqui na Patagônia argentina; e o americano Rock Bottom Riser, de Fern Silva, que traz imagens de vulcões havaianos jorrando lava e fez parte da seleção de Roterdã e Berlim, no qual recebeu Menção Especial. Também exibido na Berlinale, Tzarevna Descamada, da diretora russa Uldus Bakhtiozina, traz um caleidoscópio de contos de fadas e mitos russos; um passeio visual pela cultura russa e seu passado histórico.

E mais: uma coprodução entre Brasil e Alemanha, Virar Mar, de Philipp Hartmann e Danilo Carvalho, que transita entre as terras desérticas do sertão brasileiro e as paisagens de Dithmarschen, no norte da Alemanha, uma região sujeita a inundações, construindo uma reflexão sobre alterações climáticas e a observação do cotidiano; e o brasileiro A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho, que teve sua estreia mundial no IndieLisboa deste ano; o longa mostra três jovens de origens distintas, unidos por um assassinato em uma São Paulo hostil e fragmentada.

Conheça os longas selecionados para a mostra Novos Olhares do 10º Olhar de Cinema:

A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (Brasil)
Crime Culposo (Jenayat-e bi deghat), de Shahram Mokri (Irã)
Esqui (Esquí), de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
Rock Bottom Riser, de Fern Silva (EUA)
Tzarevna Descamada (Doch Rybaka), de Uldus Bakhtiozina (Rússia)
Virar Mar, de Philipp Hartmann e Danilo Carvalho (Alemanha/Brasil)

O Olhar de Cinema busca destacar e celebrar o cinema independente produzido no mundo. São propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do microuniverso cotidiano de relacionamentos, até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial.

Ao todo, a programação terá sete mostras: Competitiva, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais, Foco e Mirada Paranaense.

Foto: Manque La Banca.

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a 54ª edição

por: Cinevitor
O cobiçado Troféu Candango.

A 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acontecerá na primeira quinzena de dezembro em formato on-line. Consagrado por reunir o melhor da produção audiovisual brasileira desde 1965, o festival foi e é palco fundamental na história do cinema nacional, tendo acompanhado as transformações impostas pela tecnologia e pelo tempo.

No ano passado, por conta da pandemia de Covid-19, o Festival de Brasília se adaptou às necessidades do virtual, e em 2021 se consolida neste formato, realizando sua 54ª edição com exibição em plataforma virtual e campanha voltada ao digital.

Entre os dias 13 de setembro a 4 de outubro estão abertas as inscrições de filmes interessados em compor a programação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Nas mostras competitivas, serão selecionados seis longas e 12 curtas que, além de concorrerem às categorias do cobiçado Troféu Candango, recebem cachês de seleção nos valores de R$ 30.000,00 para longas e R$ 10.000,00 para curtas. 

Já na Mostra Brasília, as produções locais podem se inscrever para quatro vagas de longas e oito de curtas, com cachês de seleção de R$ 15.000,00 para longas e R$ 5.000,00 para curtas. Os interessados em compor a programação da edição 2021 devem preencher o formulário de inscrição no site oficial (clique aqui). Vale destacar que só serão aceitas obras concluídas a partir de 2019, preferencialmente inéditas.

Durante as exibições, o público votará no filme favorito através da plataforma do festival que, para além do voto popular, também contará com um júri formado por grandes nomes do audiovisual no país, sendo cinco profissionais para longas, cinco para curtas e três para a Mostra Brasília. A diversidade e paridade de gênero são diretrizes fundamentais para a composição deste corpo de jurados. 

Foto: Nityama Macrini/SECEC/DF.

10ª Mostra Ecofalante de Cinema: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do argentino Piedra Sola, de Alejandro Telémaco Tarraf.

Foram anunciados neste domingo, 12/09, os vencedores da 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, que, mais uma vez, foi realizado em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.

O drama argentino Piedra Sola, de Alejandro Telémaco Tarraf, se consagrou como o grande vencedor e foi premiado com o Troféu Ecofalante e quinze mil reais; o anúncio aconteceu em uma cerimônia virtual, que foi apresentada pela jornalista Flavia Guerra. Segundo o júri, composto por Cristina Amaral, Junia Torres, Mário Branquinho e Takumã Kuikuro, o longa os impressionou “pela qualidade cinematográfica e sobretudo pela fotografia, que nos apresenta uma humanidade totalmente imersa no mundo natural”. A justificativa continua: “o filme resulta de uma marcada competência na proposta de atuação da própria comunidade indígena, filmando e ensinando não apenas o seu cotidiano, mas a dimensão ainda mais complexa, que nos permite pensar a questão ambiental de forma mais profunda ainda”.

O prêmio do Júri Oficial de melhor curta foi para o mexicano Aká, de Adolfo Fierro e Juan González, que recebeu o troféu e um prêmio no valor de R$ 5 mil reais. No filme, Adolfo, um jovem rarámuri, se torna o primeiro cinegrafista de sua cidade ao documentar como sua comunidade foi desaparecendo.

O júri do Concurso Curta Ecofalante, composto por Camila de Moraes, Julia Katharine e Lucia Monteiro, escolheu como melhor filme Quarentena Pra Quem?, de Laís Maciel e Isabella Vilela. O documentário, que traz a visão de três trabalhadores que não pararam de trabalhar durante a pandemia, ganhou o Troféu Ecofalante e R$ 4 mil de prêmio. 

Conheça os vencedores da 10ª Mostra Ecofalante de Cinema:

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS

Melhor Filme: Piedra Sola, de Alejandro Telémaco Tarraf (Argentina)
Menção Honrosa: Luz nos Trópicos, de Paula Gaitán (Brasil/RJ), Era uma Vez na Venezuela, de Anabel Rodríguez (Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil) e Edna, de Eryk Rocha (Brasil/SP)

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS

Melhor Filme: Aká, de Adolfo Fierro e Juan González (México)
Menção Honrosa: Mineiros, de Amanda Dias (Brasil/MG) e Topawa, de Kamikia Ksedje e Simone Giovine (Brasil/PA)

CONCURSO CURTA ECOFALANTE

Melhor Filme: Quarentena Pra Quem?, de Laís Maciel e Isabella Vilela (SP)
Menção Honrosa: Àprova , de Natasha Rodrigues (SP)

PRÊMIO DO PÚBLICO

Competição latino-americana | Longas: Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes (Brasil/Noruega)
Competição latino-americana | Curtas: Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro (Brasil/SP)
Panorama Internacional Contemporâneo: Dope is Death: A Outra Luta das Panteras Negras, de Mia Donovan (EUA)
Concurso Curta Ecofalante: Remanescente, de João Victor Avila (SP)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME DA 10ª MOSTRA ECOFALANTE

A Bolsa ou A Vida, de Silvio Tendler (RJ)

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 4º Curta Caicó

por: Cinevitor
Cássia Damasceno: melhor atriz por Vai Melhorar, de Pedro Fiuza.

Foram anunciados neste domingo, 12/09, os vencedores da quarta edição do Curta Caicó, que aconteceu em formato híbrido, com atividades on-line e presenciais. Realizado no interior do Rio Grande do Norte, o festival vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional.

A cerimônia de premiação do Curta Caicó 2021 foi transmitida pelo YouTube e revelou, além dos vencedores das mostras competitivas, honrarias especiais como: Prêmio da Crítica, formado por membros da ACCiRN, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte, e da ACCIRS, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul; além do Júri Popular, entre outros.

Anualmente, o Curta Caicó concede o Prêmio Referência de Contribuição Artística para personalidades ou movimentos que contribuem para o desenvolvimento do cinema regional e nacional. Nesta edição, os homenageados foram: a atriz paraibana Zezita Matos pelo conjunto da obra; e o empresário aposentado Biró Modesto, sendo sua família responsável pela construção do antigo Cinema São Francisco.

Neste ano, o júri da quarta edição foi presidido por Marcela Freire e contou com: Breno César, Leo Tabosa e Dênia Cruz na mostra Nacional; Clarissa Kuschnir, Hipólito Lucena e Allyne Paz na mostra Potiguar; Michelle Ferret, Aryanne Ribeiro e Alexandre Taquary na mostra Seridó; e Priscila Urpia, Esdras Marchezan e Catarina Doolan na mostra Nordeste.

Conheça os vencedores do 4º Curta Caicó:

MOSTRA NACIONAL

Melhor Filme: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Melhor Direção: Matheus Farias e Enock Carvalho, por Inabitável
Melhor Roteiro: Inabitável, escrito por Matheus Farias e Enock Carvalho
Melhor Fotografia: Inabitável, por Gustavo Pessoa
Melhor Som: Tom, por Guilherme Cássio
Melhor Interpretação Masculina: César Ferrario, por Joana
Melhor Interpretação Feminina: Luciana Souza, por Inabitável
Menção Honrosa: Elemento Suspeito, de Gustavo Paixão (SP)
Menção Honrosa: Reexisto, de Lethicia Galo e Rodrigo Campos (SP)

MOSTRA SERIDÓ

Melhor Filme: Fole, de Lourival Andrade
Melhor Direção: Lourival Andrade, por Fole
Melhor Roteiro: Corpos (In)Visíveis: entre o lixão e o Frei Damião, escrito por Jailson Valentim dos Santos
Melhor Fotografia (empate): Fole, por Fernando Leão e Zezinho Vídeo, e O Photographo Zézelino, por Damião Paz, Henrique José e Meysa Medeiros
Melhor Som: Fole, por Fernando Leão e Pedro Andrade
Melhor Interpretação Masculina: Mané do Fole, por Fole, e Damião Paz, por O Photógrafo Zézelino
Melhor Interpretação Feminina: Maria das Graças (Gracinha), por Propósito
Menção Honrosa: Cores da Resistência, de Hylka Rachel

MOSTRA POTIGUAR

Melhor Filme: Vai Melhorar, de Pedro Fiuza
Melhor Direção: Pedro Fiuza, por Vai Melhorar
Melhor Roteiro: Vai Melhorar, escrito por Pedro Fiuza
Melhor Fotografia: A Terra me Disse, por Pedro Medeiros
Melhor Som: Nocaute, por Herisson Pedro
Melhor Interpretação Masculina: Enio Andrade, por Mais um João e pelo conjunto da obra
Melhor Interpretação Feminina: Cássia Damasceno, por Vai Melhorar

MOSTRA NORDESTE

Melhor Filme: Remoinho, de Tiago A. Neves (PB)
Melhor Direção: Elcio Verçosa Filho, por Vaudeville
Melhor Roteiro: Remoinho, escrito por Tiago A. Neves
Melhor Fotografia: Vaudeville, por Diego Garcia
Melhor Som: Memórias Submersas, por Richard Soares
Melhor Interpretação Masculina: Alexandre Guimarães, por Vaudeville
Melhor Interpretação Feminina: Cely Farias, por Remoinho
Menção Honrosa: A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)

JÚRI DA CRÍTICA | ACCiRN e ACCIRS

Mostra Nacional: Fragmentos ao Vento: 1945, de Ulisses Da Motta (RS)
Mostra Nordeste: Vaudeville, de Elcio Verçosa Filho (AL)
Mostra Potiguar: Hashtag, de Kell Allen (RN)
Mostra Seridó: Propósito, de Adriano Dantas (RN)
Mostra Cine Alvorada: Sobre Nossas Cabeças, de Susan Kalik e Thiago Gomes (BA)
Mostra Cine Pax: Rio das Almas e Negras Memórias, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)
Mostra Cine São Francisco: Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Mostra Cine Rio Branco: Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Mostra Sessão Especial: Cabeça de Luz, de Carito Cavalcanti e Fernando Suassuna (RN)

JÚRI POPULAR

Mostra Nacional: De Mim para Você, de Rodrigo Peres (DF)
Mostra Nordeste: Distopia, de Lilih Curi (BA)
Mostra Potiguar: Hashtag, de Kell Allen (RN)
Mostra Seridó: Propósito, de Adriano Dantas (RN)
Mostra Cine Alvorada: 4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira (MG)
Mostra Cine Pax: Rio das Almas e Negras Memórias, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)
Mostra Cine São Francisco: Elos Positivos, de Eduardo Oliveira (SP)
Mostra Cine Rio Branco: Como um Peixe Fora D’água, de Arthur Lombriga (BA)
Mostra Sessão Especial: Cine Aurélio, de Kennel Rogis (PE)

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Aquisição Elo Company: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Prêmio Cardume: Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ); e O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
Prêmio Mistika de pós-produção: Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
Prêmio CTAV de Mixagem de Som: Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
Prêmio Referência de Contribuição Artística: Zezita Matos e Biró Modesto

Foto: Divulgação/Casa da Praia Filmes.

Festival de Veneza 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Melhor atriz: Penélope Cruz, por Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar.

Foram anunciados neste sábado, 11/09, os vencedores da 78ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. O júri, presidido pelo premiado cineasta sul-coreano Bong Joon-Ho, concedeu o Leão de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, para o drama francês L’événement, dirigido pela cineasta Audrey Diwan.

Completavam o time de jurados da Competição Internacional deste ano: Saverio Costanzo, diretor e roteirista italiano; Virginie Efira, atriz belga; Cynthia Erivo, cantora e atriz britânica; Sarah Gadon, atriz e produtora canadense; Alexander Nanau, cineasta romeno; e Chloé Zhao, premiada diretora de Nomadland.

O júri da mostra Orizzonti foi presidido pela cineasta Jasmila Žbanić, de Quo Vadis, Aida?, e contou também com: Mona Fastvold, diretora e roteirista norueguesa; Shahram Mokri, cineasta iraniano; Josh Siegel, curador de filmes do MoMA; e Nadia Terranova, escritora italiana. Para escolher o vencedor do Prêmio Luigi De Laurentiis, que elege o melhor filme de estreia com o Leão do Futuro, o júri foi presidido por Uberto Pasolini, cineasta e produtor italiano, e contou com o crítico de cinema austríaco Martin Schweighofer e com a cineasta argentina Amalia Ulman.

Neste ano, o cinema brasileiro estava representado com três obras: o curta-metragem Ato, dirigido por Bárbara Paz, na mostra Orizzonti, exibido fora de competição; 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, com Christian Malheiros e Rodrigo Santoro, na mostra Orizzonti Extra, criada este ano e que foca nas novas tendências do cinema mundial; e Lavrynthos, de Fabito Rychter e Amir Admoni, na mostra Biennale College Cinema: Virtual Reality.

Além disso, o Brasil também marcou presença em mostras paralelas com Deserto Particular, de Aly Muritiba, que foi premiado na Giornate degli Autori; e Salamandra, de Alex Carvalho, na Semana Internacional da Crítica de Cinema de Veneza, organizada pelo SNCCI, Sindacato Nazionale Critici Cinematografici Italiani.

Os homenageados desta 78ª edição, que receberam o Leão de Ouro honorário foram: o cineasta, ator e roteirista italiano Roberto Benigni; e a atriz norte-americana Jamie Lee Curtis.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cinema de Veneza 2021:

COMPETIÇÃO OFICIAL

MELHOR FILME | LEÃO DE OURO: L’événement, de Audrey Diwan (França)
GRANDE PRÊMIO DO JÚRI | LEÃO DE PRATA: È stata la mano di Dio, de Paolo Sorrentino (Itália)
MELHOR DIREÇÃO | LEÃO DE PRATA: Jane Campion, por The Power of the Dog
PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATRIZ: Penélope Cruz, por Madres Paralelas
PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATOR: John Arcilla, por On The Job: The Missing 8
MELHOR ROTEIRO: The Lost Daughter, escrito por Maggie Gyllenhaal
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: Il buco, de Michelangelo Frammartino (Itália/França/Alemanha)
PRÊMIO MARCELLO MASTROIANNI | ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO: Filippo Scotti, por È stata la mano di Dio

MOSTRA ORIZZONTI

MELHOR FILME: Piligrimai, de Laurynas Bareisa (Lituânia)
MELHOR DIREÇÃO: Eric Gravel, por À plein temps
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: El gran movimiento, de Kiro Russo (Bolívia/Qatar/França/Suíça)
MELHOR ATOR: Piseth Chhun, por Bodeng sar (White Building)
MELHOR ATRIZ: Laure Calamy, por À plein temps
MELHOR ROTEIRO: Cenzorka (107 Mothers), escrito por Péter Kerekes e Ivan Ostrochovský
MELHOR CURTA-METRAGEM: Los huesos, de Cristóbal León e Joaquín Cociña (Chile)

VENICE VIRTUAL REALITY EXPANDED

Grande Prêmio do Júri | Melhor Realidade Virtual: Goliath: Playing with Reality, de Barry Gene Murphy e May Abdalla (Reino Unido/França)
Melhor História: End of Night, escrito por Hans Frederik Jacobsen e David Adler
Melhor Experiência Interativa em Realidade Virtual: Le bal de Paris de Blanca Li, de Blanca Li (França/Alemanha/Luxemburgo)

OUTROS PRÊMIOS

LEÃO DO FUTURO | MELHOR FILME DE ESTREIA: Imaculat, de George Chiper-Lillemark e Monica Stan (Romênia)
MELHOR FILME | MOSTRA ORIZZONTI EXTRA | PRÊMIO DO PÚBLICO: Sokea mies, joka ei halunnut nähdä Titanicia (The blind man who did not want to see Titanic), de Teemu Nikki (Finlândia)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO FIPRESCI | COMPETIÇÃO: L’événement, de Audrey Diwan (França)
PRÊMIO FIPRESCI | ORIZZONTI E MOSTRAS PARALELAS: Zalava, de Arsalan Amiri (Irã)
QUEER LION AWARD: La dernière séance, de Gianluca Matarrese (Itália/França)
GRANDE PRÊMIO | Venice International Film Critics Week: Zalava, de Arsalan Amiri (Irã)
MELHOR CURTA-METRAGEM | SIC | Venice International Film Critics Week: Inchei, de Federico Demattè (Itália)
MELHOR DIREÇÃO | SIC | Venice International Film Critics Week: Federico Demattè, por Inchei
PRÊMIO SIGNIS | SIGNIS International (World Catholic Association for Communication): Un autre monde, de Stéphane Brizé (França)
PRÊMIO SIGNIS | Menção Especial: È stata la mano di Dio, de Paolo Sorrentino (Itália)

Clique aqui e confira a lista completa com os prêmios paralelos, eleitos de forma independente por associações de críticos de cinema, cineclubes e associações culturais e profissionais do cinema.

Foto: Domenico Stinellis/AP Images.

Giornate degli Autori 2021: Deserto Particular, de Aly Muritiba, é premiado em Veneza

por: Cinevitor
Protagonista: Antonio Saboia em cena.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 10/09, os vencedores da Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, que foi criada em 2004 e inspirada na Quinzena dos Realizadores, de Cannes, com o objetivo de chamar a atenção para um cinema de alta qualidade, sem qualquer tipo de restrição, e com um cuidado especial em inovação, pesquisa, originalidade e independência.

Nesta 18ª edição, pela primeira vez duas mulheres dividiram a presidência do júri: as cineastas Mina Mileva e Vesela Kazakova; o time de jurados contou com 27 jovens cinéfilos que fazem parte do programa 27 Times Cinema.

O cinema brasileiro se destacou com Deserto Particular, de Aly Muritiba, que recebeu o Prêmio do Público, além de ter ficado entre os três finalistas segundo o Júri Oficial. O longa, que contabilizou 62,6% dos votos, é protagonizado por Antonio Saboia, que interpreta Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor. O elenco conta também com Pedro Fasanaro, Zezita Matos, Thomás Aquino, Laila Garin e Cynthia Senek.

O cineasta brasileiro premiado.

O prêmio principal ficou para o romeno Imaculat, de George Chiper-Lillemark e Monica Stan. O júri justificou a escolha: “Imaculat é um filme potente com uma mensagem transmitida com maestria através do olho da câmera. Imaculat representa a voz de dois cineastas que adotam abordagens cinematográficas interessantes para colocar na tela a experiência de reabilitação de uma jovem viciada em drogas, em performances contidas e contidas. O filme foca na interação entre os pacientes em uma clínica de reabilitação e a própria instalação, enquanto o ponto de vista dos médicos fica em segundo plano. Lidando com outras questões, como relações tóxicas e abuso, Imaculat resume, em nossa opinião, tudo que o cinema deveria ser: um espelho erguido para a sociedade, uma sociedade em que as mulheres estão encurraladas na claustrofobia da subjugação”.

Conheça os vencedores da mostra Giornate degli Autori 2021:

GdA Director’s Award
Melhor Filme: Imaculat, de George Chiper-Lillemark e Monica Stan (Romênia)
Menção Especial: Shen Kong, de Chen Guan (Macau)
Prêmio do Público: Deserto Particular, de Aly Muritiba (Brasil/Portugal)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio BNL | Melhor Roteiro: Californie, escrito por Alessandro Cassigoli, Casey Kauffman e Vanessa Picciarelli
Prêmio Talento Criativo: Elisa Fuksas, por Senza Fine, e Francesco Lettieri, de Lovely Boy
Europa Cinemas Venice Label | Melhor Filme Europeu: Californie, de Alessandro Cassigoli e Casey Kauffman (Itália)

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

Nós, de Letícia Simões, será o filme de encerramento do 10º Olhar de Cinema

por: Cinevitor
Novo filme da cineasta: identidade, território e imigração.

No dia 14 de outubro, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá em formato on-line, encerrará o ciclo de sua 10ª edição com o filme Nós, longa-metragem inédito da cineasta baiana Letícia Simões.

A diretora já participou do festival em outras edições, tendo recebido, em 2019, o Prêmio da Crítica Abraccine com o filme Casa e, em 2018, o prêmio de melhor filme da mostra Outros Olhares com O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva.

“Se você não se identifica com o lugar em que nasceu e de alguma forma cria sobre isso, me escreve”: o anúncio de Letícia Simões nos classificados de um jornal possibilita encontros com as histórias de seis artistas radicados em Berlim. Temas como identidade, território e imigração perpassam as vivências compartilhadas com a realizadora de Casa e O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva. Com sua interlocução andarilha, a diretora elabora fusões de diferentes mundos, inspirando uma acolhedora sensação de impermanência. (Leonardo Bomfim)

O Olhar de Cinema busca destacar e celebrar o cinema independente produzido no mundo. São propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do microuniverso cotidiano de relacionamentos, até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial.

Ao todo, a programação terá sete mostras: Competitiva, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais, Foco e Mirada Paranaense.

Foto: Letícia Simões.

31° Cine Ceará: Canal Brasil dará prêmio de R$ 15 mil ao melhor curta-metragem

por: Cinevitor
Kennel Rogis, vencedor do Prêmio Canal Brasil, em 2019, com a crítica Neusa Barbosa.

O prazo de inscrições para as três mostras competitivas da 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema termina nesta sexta-feira, 10/09; vale lembrar que as inscrições são gratuitas.

O evento acontecerá entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro em formato híbrido: de forma virtual no Canal Brasil (tanto na grade linear, quanto nas plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo) e presencial em Fortaleza, com o limite de público determinado pelo Governo do Estado no período do evento por conta da pandemia de Covid-19.

Os vencedores de cada mostra competitiva serão agraciados com o Troféu Mucuripe. Além disso, o melhor filme da Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem eleito pelo Júri Oficial receberá um prêmio no valor de R$ 20 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil dentro dos critérios do regulamento. 

A exemplo das edições anteriores, um júri convidado pelo Canal Brasil, composto por jornalistas especializados em cinema, escolhe o melhor curta nacional em competição, que recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil. O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país.  

Com cerca de 80% de sua grade dedicada ao cinema brasileiro, o Canal Brasil está presente nos principais festivais de cinema do país e do mundo. Essa presença se faz tanto com o Prêmio Canal Brasil de Curtas, quanto com a cobertura jornalística ou como coprodutor; o canal é responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com mais de 330 longas-metragens coproduzidos nos últimos dez anos. 

A Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem é direcionada a produtores ou diretores de países da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha. A Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem é aberta a trabalhos de produtores e diretores brasileiros ou radicados no país há mais de três anos. A Mostra Olhar do Ceará é aberta a filmes de curta e longa-metragem de realizadores cearenses, radicados ou não no Ceará, e residentes no estado há mais de três anos.  

Podem participar da seleção das três mostras filmes de animação, ficção, documentário ou experimental, concluídos a partir de janeiro de 2020. O regulamento e os formulários de inscrição para cada mostra estão disponíveis no site oficial (clique aqui). A curadoria do festival prioriza trabalhos inéditos e, no conjunto das mostras competitivas, reserva no mínimo 30% de participação para mulheres diretoras. O resultado será anunciado no dia 10 de outubro.  

As exibições presenciais deste ano acontecerão no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão.

Foto: Rogerio Resende.

10º Olhar de Cinema: conheça os filmes selecionados para as mostras Olhares Brasil e Mirada Paranaense

por: Cinevitor
Matheus Nachtergaele no longa pernambucano Carro Rei, de Renata Pinheiro.

A décima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 6 e 14 de outubro, em formato on-line, acaba de anunciar novos títulos nacionais em sua programação.

Os filmes da mostra Olhares Brasil compõem um recorte da nova e mais ousada produção brasileira. Contando com cinco longas-metragens e seis curtas, a curadoria apostou em uma programação que aponta para cinematografias brasileiras possíveis.

Entre os destaques estão: a ficção científica Carro Rei, de Renata Pinheiro, premiado com o kikito de melhor filme no Festival de Gramado; Mirador, de Bruno Costa, com Edilson Silva e que mostra os desafios de um boxeador que se torna pai; Subterrânea, de Pedro Urano; Nuhu Yãg Mu Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, que traz a luta indígena, e O Bem Virá, de Uilma Queiroz, que retrata a luta de mulheres pela sobrevivência no sertão nordestino. 

Este ano, pela primeira vez, a mostra Mirada Paranaense conta com dois longas-metragens. Há, todavia, um terceiro paranaense: o curitibano Mirador, que teve sua estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes e integra a Olhares Brasil. A Mirada Paranaense conta, ainda, com oito curtas-metragens.

Conheça os novos filmes do Olhar de Cinema 2021:

OLHARES BRASIL | LONGAS

Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE)
Mirador, de Bruno Costa (PR)
Nuhu Yãg Mu Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (MG)
O Bem Virá, de Uilma Queiroz (PE)
Subterrânea, de Pedro Urano (RJ)

OLHARES BRASIL | CURTAS

A Guerra de Michael, de Gregorio Gananian e Daniel Tagliari (SP)
As Vezes que Não Estou Lá, de Dandara de Morais (PE)
Belos Carnavais, de Thiago B. Mendonça (SP)
Colmeia, de Maurício Chades (DF)
Palavra Grande, de Manoela Ziggiatti (SP)
Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara (PE)

MIRADA PARANAENSE | LONGAS

Bia Mais Um, de Wellington Sari
Ursa, de William de Oliveira

MIRADA PARANAENSE | CURTAS

A Busca do Eu e O Silêncio, de Giuliano Robert
Anamnese, de Tiago Lipka
Aquela Mesma Estação, de Luiz Lepchak
Elas São o Meu Início, de Jessica Quadros
Marcha de uma Liberdade Roubada, de Laís da Rosa Coelho
Meu Coração é um Pouco Mais Vazio na Cheia, de Sabrina Trentim
Retrato Falado, de Luiz Bonin e Oda Rodrigues 
Segunda Natureza, de Milla Jung

O Olhar de Cinema busca destacar e celebrar o cinema independente produzido no mundo. São propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do microuniverso cotidiano de relacionamentos, até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial.

Ao todo, a programação terá sete mostras: Competitiva, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais, Foco e Mirada Paranaense.

Foto: Divulgação/Boulevard Filmes.

2º Festival de Cinema Russo no Brasil: programação on-line e gratuita

por: Cinevitor
Cena do filme Na Ponta, de Eduard Bordukov: baseado em uma história real.

A segunda edição do Festival de Cinema Russo no Brasil acontecerá entre os dias 16 de setembro e 10 de outubro com oito filmes russos de diferentes gêneros, incluindo estreias deste ano, disponíveis gratuitamente para todo o público brasileiro.

O Festival de Cinema Russo, organizado pela Roskino com o apoio do Ministério da Cultura da Rússia em 2020, continua circulando pelo mundo. Mais de 200 mil espectadores assistiram ao novo cinema russo em nove países até agora. No Brasil, as sessões serão transmitidas pelas plataformas Supo Mungam Plus, em parceria com a Spcine Play.

A CEO da Roskino, Evgenia Markova, celebra: “Estamos muito felizes por levar o Festival de Cinema Russo mais uma vez ao Brasil. No ano passado, o público brasileiro foi um dos mais receptivos e, por isso, estamos igualmente felizes por repetir a parceria com a Spcine, que nos ajudou a conectar o festival a milhares de espectadores. Assim como no ano passado, vamos apresentar filmes de diferentes gêneros, que estiveram em vários festivais pelo mundo. Muitos deles são baseados em fatos reais e, tenho certeza, enriquecerão o público brasileiro com um novo panorama sobre o nosso país. Quanto aos profissionais do audiovisual, certamente apreciarão o alto nível dos cineastas russos, o que abrirá caminhos em futuras colaborações”.

Viviane Ferreira, diretora-presidente da Spcine, também comentou sobre o festival: “Estamos muito contentes com este segundo ano de parceria com o Festival de Cinema Russo, principalmente pela qualidade e pluralidade que a filmografia russa apresenta hoje. A Spcine tem esse compromisso em oferecer ao seu público uma curadoria não só nacional, mas estrangeira também, comprometida com a diversidade de narrativa”.

O drama, gênero que esteve dentre os favoritos do público brasileiro no festival do ano passado, está representado em vários títulos. Além disso, dois filmes do programa são dedicados ao esporte e à rivalidade, não só em campo e quadra, mas fora deles. Um desses títulos é Na Ponta (On the Edge), de Eduard Bordukov, baseado em uma história real dos Jogos Olímpicos de 2016: o confronto entre duas esgrimistas russas, Sofya Velikaya e Yana Egoryan. Outro filme relacionado ao esporte é o documentário Voy, de Maxim Arbugaev, que fala sobre o time russo de futebol paralímpico, no qual todos os jogadores são cegos.

O policial Masha, de Anastasiya Palchikova, mostra a Rússia nos turbulentos anos 1990. O drama histórico A História de um Compromisso, de Avdotya Smirnova, levará os espectadores a um período anterior, o século 19, quando uma história ousada, baseada em fatos, se desenrola; um dos personagens é o grande escritor russo Liev Tolstói

A seleção também inclui a comédia dramática” Os Parentes, de Ilya Aksyonov, sobre relações familiares testando forças, e Sheena 667, de Grigory Dobrygin, que fala sobre a história de um amor virtual ameaçando uma família. Ambos serão exibidos no Festival de Cinema Russo pela primeira vez. O público brasileiro também apreciará o drama biográfico Doutora Liza, de Oksana Karas, em homenagem à Elizaveta Glinka, uma das principais defensoras e ativistas sociais russas; além da série de animação Kid-E-Cats, que contará aos jovens espectadores a história das aventuras de três gatinhos curiosos.

Assim como no ano passado, a programação do festival se concentra no público brasileiro e os filmes estarão disponíveis com legendas em português e os personagens da série de animação Kid-E-Cats vêm dublados em português; a série é exibida no Brasil pela TV Cultura e o festival apresentará uma compilação com cinco episódios.

Conheça os filmes selecionados para o 2º Festival de Cinema Russo no Brasil:

Doutora Liza (Doktor Liza) (2020)
Direção: Oksana Karas
Elenco: Andrey Burkovskiy, Chulpan Khamatova, Konstantin Khabenskiy
Sinopse: Um dia na vida de Elizaveta Glinka, filantropa e fundadora do grupo de caridade “Ajuda Justa”. Ela planejava comemorar seus 30 anos de casamento em família, mas mesmo em um dia desses, ela não consegue desligar o telefone. Lisa precisa ir à ferroviária para alimentar os sem-teto e visitar o Dr. Shevkunov, um amigo, para pegar morfina e dar a uma criança doente terminal. Por todo esse tempo, ela é vigiada pela polícia, cuja atenção tem sido atraída por essa filantropa extremamente enérgica, há muito tempo.

A História de uma Nomeação (Istoriya odnogo naznacheniya) (2018)
Direção: Avdotia Smirnova
Elenco: Evgeni Kharitonov, Aleksei Smirnov, Filipp Gurevitch, Irina Gorbatchova
Sinopse: Uma história pungente e trágica sobre eventos dos quais o próprio conde Liev Nikolaevitch Tolstói é um participante. O tenente da capital, Grigory Kolokoltsev, inspirado por ideias avançadas, é enviado para servir em um regimento de infantaria, no qual ocorre um crime de guerra. O soldado, sobre cujos ombros recai a culpa, enfrenta um tribunal militar. Kolokoltsev pede ajuda ao conde Tolstói, que decide proteger os inocentes. Uma história comovente sobre a complexidade das escolhas e a lealdade aos próprios ideais. Baseada em eventos reais.

Kid-E-Cats
Criada por: Dmitri Vysotsky
Sinopse: “Kid-E-Cats” é uma história sobre o dia a dia, relações e aventuras de três pequenos gatinhos curiosos: o gatinho Cookie, seu irmãozinho Pudim e sua irmãzinha, Candy. Na sua grande família, a vida nunca para: juntos, eles aprendem a expressar suas emoções, a apoiar-se mutuamente e a encontrar saídas para quaisquer situações, mesmo difíceis à primeira vista, com a ajuda da imaginação e dos conselhos dos pais.

Luta (Voy) (2019)
Direção: Maksim Arbugaev
Sinopse: Um documentário sobre futebol, mas não sobre aquele que estamos acostumados a assistir na TV ou jogar no quintal. É sobre o futebol no qual os jogadores são totalmente cegos. O filme fala sobre a seleção russa paralímpica de futebol para cegos, que se prepara para o evento mais importante de suas vidas, o Campeonato Europeu. A equipe tem apenas um objetivo, ganhar ouro a qualquer custo. Na preparação para o campeonato, o treinador e os jogadores enfrentam obstáculos significativos, que podem colocar seus sonhos em risco.

Masha (2020)
Direção: Anastasiya Palchikova
Elenco: Maksim Sukhanov, Anna Chipovskaya, Polina Gukhman, Aleksandr Mizev
Sinopse: Masha, uma menina de 13 anos, cresceu entre um ringue de boxe e as ruas de uma cidade russa provinciana, nos turbulentos anos 1990. Seus amigos mais próximos são jovens que matam, roubam, assaltam e são odiados por toda a cidade. Mas para a menina, são o sal da terra e uma família que a ama e protege. Masha revela interesse pelo jazz e sonha em se tornar cantora. Tempos depois, Masha deixa sua cidade natal e se muda para Moscou, para tentar começar uma nova vida. Mas quando o passado a alcança, Masha se vê obrigada a retornar ao lugar onde passou sua infância. 

Na Ponta (Na ostrie) (2020)
Direção: Eduard Bordukov
Elenco: Svetlana Khodchenkova, Stasya Miloslavskaya, Sergei Puskepalis, Alexey Barabash
Sinopse: A melhor esgrimista de sabre do mundo, Alexandra Pokrovskaya, é famosa, rica e feliz. Para entrar na história, ela só precisa dar um último passo: conquistar o ouro olímpico. Porém, seu caminho cruza o de Kira Egorova, uma garota provinciana de dezenove anos, que conquista Moscou da noite para o dia. Kira vence todas as competições e não sai das capas de revistas, ocupando o lugar de Pokrovskaya. Um confronto feroz começa, não apenas em torneios, mas também na vida real. As duas garotas são obcecadas pela vitória, e parece que nada pode detê-las. O mundo inteiro, com a respiração suspensa, observa o brilho de suas lâminas afiadas. E cada vez fica mais óbvio: esta luta está indo longe demais.

Parentes (Rodnye) (2021)
Direção: Ilya Aksyonov
Elenco: Sergey Burunov, Irina Pegova, Sergey Shakurov, Semyon Treskunov, Liza Monetochka, Nikita Pavlenko, Katerina Bekker
Sinopse: Certa manhã, um pai de família decide realizar seu sonho de toda a vida: ir com sua família ao Festival Grushinsky para apresentar sua música. A família é forçada a aceitar o desejo de um pai tirano e embarcar em uma viagem por toda a Rússia. No caminho, enfrentam aventuras e vários desafios, passando por uma prova de amor em seu relacionamento, além de um importante encontro, que o pai esperou por vinte anos.

Sheena 667 (2019)
Direção: Grigoriy Dobrygin
Elenco: Yuliya Peresild, Vladimir Svirskiy, Jordan Frye, Yury Kuznetsov, Nadezhda Markina, Pavel Vorozhtsov
Sinopse: A cidade de Vyshny Volochyok tem como características estradas quebradas, neve e neblina. Na periferia, há um centro automotivo onde moram e trabalham o casal Olga e Vadim. Os dois têm um pouco mais de trinta anos, são pessoas simples e sérias, compartilhando alegrias e tristezas um com o outro; até o momento em que na vida deles aparece um intruso: a internet.

Foto: Divulgação.