Queer Porto 2021: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do documentário brasileiro Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre.

Em 2015, a equipe do já consagrado Queer Lisboa, festival que apresenta filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas, realizou a primeira edição do Queer Porto.

Após uma edição zero em outubro de 2014, o projeto de um festival queer na cidade começou a tomar forma. Em outubro de 2015, a Associação Cultural Janela Indiscreta organizou o Queer Porto que, com sede no Teatro Rivoli, foi ao longo dos anos ocupando vários outros espaços da cidade do Porto. A programação não se trata de uma extensão dos filmes da seleção de Lisboa e tem como objetivo apresentar uma identidade própria com títulos inéditos em Portugal.

Entre os selecionados desta sétima edição, que acontecerá entre os dias 12 e 16 de outubro, o cinema brasileiro ganha destaque na Competição Oficial com o documentário Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, no qual sete artistas e um médico ativistas dão seus depoimentos e trazem novas perspectivas sobre como lidar com a sorofobia no Brasil, quarenta anos depois do início da epidemia da AIDS.

Na mostra Prémio Casa Comum, criada este ano, que destaca exclusivamente o cinema queer português, aparece o curta-metragem A Mordida, de Pedro Neves Marques, uma coprodução com o Brasil. O elenco conta com Alina Dorzbacher, Ana Flávia Cavalcanti e Kelner Macêdo.

O filme de abertura do Queer Porto 2021 será o documentário Socks on Fire, de Bo McGuire, premiado no L.A. Outfest e no Tribeca Film Festival. O longa é uma carta de amor cinematográfica de um neto para uma avó, que tem como pano de fundo a luta entre uma tia homofóbica e um tio drag queen por uma propriedade. Já o filme de encerramento será Au coeur du bois, de Claus Drexel, que foca nas trabalhadores de sexo que compõem a mitologia desse espaço. 

O júri da Competição Oficial e da mostra In My Shorts será formado pela cineasta e programadora Amarante Abramovici, pelo diretor de arte Daniel Gorjão e pela artista Larose S. Larose.

Outro destaque desta sétima edição é a presença da cineasta alemã Monika Treut, que apresentará Genderation, um documentário que, passados mais de 30 anos, olha para os protagonistas do seu clássico Gendernauts, de 1986, que também será exibido na programação.

Conheça os filmes selecionados para o Queer Porto 2021:

COMPETIÇÃO OFICIAL

Cosas que No Hacemos, de Bruno Santamaría Razo (México)
Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (Brasil)
Genderation, de Monika Treut (Alemanha)
La mif, de Fred Baillif (Suíça)
Nudo Mixteco, de Ángeles Cruz (México)
Poppy Field, de Eugen Jebeleanu (Romênia)
Suk Suk – Um Amor em Segredo, de Ray Yeung (Hong Kong)
Tiempos de Deseo, de Raquel Marques (Espanha)

PRÉMIO CASA COMUM

A Mordida, de Pedro Neves Marques (Portugal/Brasil)
Errar a Noite, de Flávio Gonçalves (Portugal)
Monólogo para um Monstro, de Pedro Barateiro (Portugal)
Naufrágio, de Sebastião Varela (Portugal)
O Berloque Vermelho, de André Murraças (Portugal)
O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal/Bélgica)
Películas, de Tiago Resende (Portugal)
Tracing Utopia, de Catarina de Sousa e Nick Tyson (Portugal/EUA)

IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO

Annexus, de Claudia Moreno (Portugal)
Buganvílias, de Diana Filipa (Portugal)
Mais que Sangue, de Sibelle Lobo (Portugal)
Mansa, de Mariana Bártolo (Portugal/Alemanha)
Sobrevoo, de Rúben Sevivas (Portugal)

QUEER FOCUS

Cured, de Patrick Sammon e Bennett Singer (EUA)
Famille tu me hais, de Gaël Morel (França)
The City Was Ours. Radical Feminism in the Seventies, de Netty van Hoorn (Holanda)

SESSÃO ESPECIAL

Gendernauts, de Monika Treut (Alemanha)
Geografia do Amor: Vol. 1, de Diego Bragà (Portugal)

*Clique aqui e confira os selecionados para o Queer Lisboa 2021.

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

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