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Festival de Locarno 2022: filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
A diretora brasileira Julia Murat com o Leopardo de Ouro.

Foram anunciados neste sábado, 13/08, os vencedores da 75ª edição do Festival de Cinema de Locarno, considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo. O Leopardo de Ouro, prêmio máximo do evento, foi entregue para o brasileiro Regra 34, de Julia Murat, da Competição Internacional de longas.

O longa conta a história de Simone, interpretada por Sol Miranda, uma jovem advogada, negra, que pagou a faculdade de direito com performances on-line de sexo. Ela acabou de passar em um concurso para defensora pública e, sua nova rotina, consiste em aulas em um curso preparatório para defensoria, o acompanhamento de sessões de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e aulas de kung fu.

Com o objetivo de despertar novamente o desejo sexual de Simone, Natália, papel de Isabela Mariotto, uma amiga de infância, envia um link de um vídeo de uma mulher negra praticando sadomasoquismo. O vídeo parece provocar em Simone tanto um desejo sexual quanto os seus medos mais profundos, em um misto de nojo e fascinação. Gradualmente, Simone entra em uma jornada de conhecimento das práticas de BDSM (Bondage, Discipline and Sadomasochist) com sua amiga Lucia, vivida por Lorena Comparato, e seu roommate Coyote, papel de Lucas Andrade. Porém, Lucia começa a se sentir desconfortável com a violência, qualificando o desejo de Simone como um reflexo do machismo da sociedade, expondo a contradição que essas práticas tem com o trabalho de defensoria pública em que ela atua. Simone precisa decidir se segue sua busca sozinha, descobrindo os limites entre o risco, o desejo e a obsessão.

Sobre a consagração do filme no festival, a diretora disse: “Ganhar esse prêmio nesse momento em que a extrema direita detém o poder no país, valoriza um filme que representa tudo o que eles odeiam e tentam exterminar”. Para Murat, esse é um filme sobre afeto, escuta e consensualidade; Regra 34 competiu no evento com 16 produções de diferentes países.

Com distribuição da Imovision, o filme conta também com Georgette Fadel, Márcio Vito, Rodrigo Bolzan, Dani Ornellas, Babu Santana, Lucas Gouvêa, Mc Carol, Simone Mazzer, Raquel Karro, Marcos Damigo, Julia Bernat, Marina Merlino, Samuel Toledo, Luiza Rolla e Yakini Kalid no elenco. O roteiro é assinado por Gabriela Capello, Julia Murat, Rafael Lessa e Roberto Winter.

O júri da Competição Internacional foi presidido pelo produtor Michel Merkt e contou também com: Prano Bailey-Bond, cineasta galês; Alain Guiraudie, diretor e roteirista francês; William Horberg, produtor americano; e Laura Samani, cineasta italiana. 

Giovanni Venturini e o produtor Justin Pechberty com o Leopardo de Ouro.

Além disso, o curta-metragem Big Bang, de Carlos Segundo, uma coprodução entre Brasil e França, foi premiado com o Leopardo de Ouro da mostra Pardi di domani Concorso Corti d’autore. Com Giovanni Venturini e Aryadne Amâncio no elenco, o filme narra a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar, principalmente o paterno, e da exclusão social que o persegue. Mas, Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança. O curta uma produção da Les Valseurs e da Sopro do Tempo; a distribuição no Brasil é da Casa da Praia Filmes.

Giovanni Venturini, protagonista do filme, subiu ao palco e fez um discurso emocionante: “Hoje, estar aqui é significativo para mim. Talvez essa seja a primeira vez que uma pessoa com deficiência recebe esse prêmio. Sou ator há quinze anos, tenho fugido de personagens estereotipadas por anos. Eu estava num momento bastante desmotivado com a indústria brasileira de cinema quando veio o convite para protagonizar Big Bang e me encheu de esperança novamente. Muito obrigado ao diretor e meu amigo Carlos Segundo, pelo presente que foi esse filme. Obrigado à produtora francesa Les Valseurs. Esse prêmio não é apenas nosso, mas para todos os corpos invisíveis na sociedade. Que Big Bang cause uma grande explosão e revolução de ideias na criação de protagonistas de filmes, dando voz a diversidade que existe na nossa sociedade. Eu estou muito feliz, muito obrigado, Locarno!”.

Já o Leopardo de Ouro de melhor curta-metragem internacional foi para a produção cubana Soberane (Sovereign), dirigida e protagonizada por Wara, de Fortaleza, indígena e não-binária, que estuda na EICTV, Escuela Internacional de Cine y Televisión. Na trama, Hakan não deseja voltar ao Brasil, mas não sabe como dizer a Lissy que não pode mais lhe oferecer uma vida dos sonhos fora de Cuba. Hakan luta contra a indecisão quando Lissy descobre que ele escondeu dela a chance de sair da ilha. Fora das opções que lhes permitem ficar, Hakan deve aceitar a nova pessoa que ele se tornou para voltar para casa.

O júri da Pardi di domani foi formado por: Walter Fasano, montador italiano; Azra Deniz Okyay, cineasta turca; e Ada Solomon, produtora romena.

Outro destaque brasileiro foi É Noite na América, de Ana Vaz, uma coprodução entre Itália, França e Brasil. A obra recebeu Menção Especial no Pardo Verde WWF, prêmio ambiental do festival; o documentário retrata a batalha entre a expansão urbana de Brasília e o deslocamento de sua fauna local.

Conheça os vencedores do 75º Festival de Cinema de Locarno:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Regra 34, de Julia Murat (Brasil/França)
Prêmio Especial do Júri: Gigi la legge, de Alessandro Comodin (Itália/França/Bélgica)
Melhor Direção: Valentina Maurel, por Tengo sueños eléctricos
Melhor Atriz: Daniela Marín Navarro, por Tengo sueños eléctricos
Melhor Ator: Reinaldo Amien Gutiérrez, por Tengo sueños eléctricos

MOSTRA CINEASTI DEL PRESENTE

Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Svetlonoc (Nightsiren), de Tereza Nvotová (Eslováquia/República Checa)
Prêmio Especial do Júri: Yak Tam Katia? (How is Katia?), de Christina Tynkevych (Ucrânia)
Melhor Direção Emergente: Juraj Lerotić, por Sigurno mjesto (Safe Place)
Melhor Atriz: Anastasia Karpenko, por Yak Tam Katia? (How is Katia?)
Melhor Ator: Goran Marković, por Sigurno mjesto (Safe Place)
Menção Especial: Den siste våren (Sister, What Grows Where Land Is Sick?), de Franciska Eliassen (Noruega)

PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Leopardo de Ouro | Melhor curta-metragem internacional: Soberane (Sovereign), de Wara (Cuba)
Leopardo de Prata: Buurman Abdi (Neighbour Abdi), de Douwe Dijkstra (Holanda)
Melhor Direção: Total Refusal, por Hardly Working
Medien Patent Verwaltung AG Award: Mulika, de Maisha Maene (República Democrática do Congo)
Menção Especial: Madar tamame rooz doa mikhanad (Mother Prays All Day Long), de Hoda Taheri (Alemanha)
Curta-metragem indicado ao European Film Awards: Buurman Abdi, de Douwe Dijkstra (Holanda)

PARDI DI DOMANI | Concorso Corti d’autore | Leopardo de Ouro: Big Bang, de Carlos Segundo (Brasil/França)

PRIMEIRO FILME

Melhor Primeiro Filme: Sigurno mjesto (Safe Place), de Juraj Lerotić (Croácia)
Menção Especial: Love Dog, de Bianca Lucas (Polônia/México/EUA) e De noche los gatos son pardos, de Valentin Merz (Suíça)

PRÊMIO FIPRESCI: Stone Turtle, de Ming Jin Woo (Malásia/Indonésia)
PRÊMIO ECUMÊNICO: Hikayat elbeit elorjowani (Tales of the Purple House), de Abbas Fahdel (Líbano/Iraque/França)
PRÊMIO EUROPA CINEMAS LABEL: Nação Valente (Tommy Guns), de Carlos Conceição (Portugal/França/Angola)

Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores do Festival de Locarno 2022.

Fotos: Locarno Film Festival/Ti-Press/Massimo Pedrazzini e Samuel Golay.

II Mostra Sumé de Cinema: conheça os títulos selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Júnior.

A segunda edição da Mostra Sumé de Cinema acontecerá entre os dias 2 e 4 de setembro na Praça José Américo, em Sumé, no Cariri paraibano, com exibições de filmes e videoclipes, além de diversas atividades paralelas.

Para esta edição, 569 obras, de 24 estados brasileiros, foram inscritas. A curadoria foi assinada por: Amanda Ramos, produtora e educadora; Virgínia Gualberto, cineasta, poetisa e professora; e Yanara Galvão, educadora audiovisual, cineclubista e professora.

Além dos filmes, a Mostra Sumé de Cinema, idealizada e coordenada por Ana Célia Gomes, contará com atividades como: debate Cinema Paraibano e os desafios da Produção Audiovisual: Caminhos e Perspectivas; oficina Documentando, ministrada por Marlom Meirelles; exposição Backpack4life, do cineasta e fotógrafo Marcelo Paes de Carvalho; entre outras.

Conheça os títulos selecionados para a 2ª Mostra Sumé de Cinema:

MOSTRA BRASIL

A Tradicional Família Brasileira Katu, de Rodrigo Sena (RN)
Avôa, de Lucas Mendes (PB)
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE)
Eu Sou Raiz, de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara (PE)
Joana, de Pattrícia de Aquino (PB)
Kikazaru, de Matheus Cabral (ES)
Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Júnior (RO)
O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira (PE)
Os Congos, de Raquel Cardoso da Silva (RN)
Quanto Mais?, de Lucas de Jesus (BA)
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
Vendo Boto, de Nonato Tavares (AM)

MOSTRA PARAÍBA

Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (João Pessoa)
Anjos Cingidos, de Laercio Ferreira Filho e Maria Tereza Azevedo (Aparecida)
Cercas, de Ismael Moura (Cuité)
Confins, de Carlos Mosca (Lagoa Seca)
Filhos de Sumé, de Allison Costa Cardoso (Sumé)
Mais que 1000 Palavras, de Eduardo Moreira (Cabedelo)
Nem Todas as Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (Campina Grande)
Remoinho, de Tiago A. Neves (Ingá)
Terra Vermelha, de Allan Marcus e Leonardo Gonçalves (Alagoa Grande)
Um Som de Resistência, de Genilson de Coxixola (Coxixola)

MOSTRA RITMOS

Aonde For Eu Vou, de Dom Pepo; direção: Matheus Gepeto e Bernardo Silvino (videoclipe) (MG)
Chacal, de Vamo Vovó Big Band; direção: Júlia Rodrigues e Fernanda Scudeller (videoclipe) (SP)
Chorar, de Karola Nunes e Pacha Ana feat. Curumin; direção: Juliana Segóvia (videoclipe) (MT)
Cidade Fantasma, de Bloco do Caos e Marina Peralta; direção: Rodrigo Rímoli (videoclipe) (SP)
Cordel da Mulher Paraibana, de Mayana Neiva; direção: Kennel Roggis (PB)
Dona do Gozo, de Caburé feat. Val Donato; direção: Yuri da Costa (videoclipe) (PB)
Faz-se Book, de Os Maninhos; direção: Rodrigo Soares Chaves (videoclipe) (MG/AM)
Jodele, de Primavera Blue; direção: Ana Diniz (videoclipe) (PB)
Meu Amorzim, de PC Silva; direção: Tiago Martins Rêgo (videoclipe) (PE)
Não Podem Parar, de Udi Santos feat B.ART; direção: Udi Santos (videoclipe) (BA)
Oyá Ê, de Naná Martins; direção: Anderson Rufino (videoclipe) (AL)
Rufar, de Big Black; direção: Big Black e Vila Ventura Filmes (videoclipe) (BA)
Translúcido, de Marcos Reis (experimental) (RJ)
Trapped in Our Bones, de Severino Aires; direção: Eduardo Moreira (videoclipe) (PB)
Tudo Passa, de Elô; direção: Pedro Olaia (videoclipe) (videoclipe) (PA)
Vem pra Roda, de Maracatech; direção: Vitor Hugo Sales (videoclipe) (SP)

Foto: Divulgação.

45º Festival Guarnicê de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Elenco do longa Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 11/08, os selecionados para as mostras competitivas da 45ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 23 e 30 de setembro, em formato híbrido, em São Luís, no Maranhão, e ações em plataformas digitais.

Os filmes abrangem as cinco regiões do país, representadas por 14 estados da federação. A mostra com o maior número de obras é a de videoclipes, com 26 produções. Também serão exibidos 21 curtas-metragens nacionais, dez curtas maranhenses, oito longas nacionais, sete reportagens, quatro filmes publicitários e três longas maranhenses. Além das mostras competitivas, o festival realizará mostras paralelas, que não concorrem à premiação; as obras desta programação serão divulgadas no dia 12 de agosto.

Os selecionados para as mostras competitivas e paralelas passaram pela avaliação de cineastas e pesquisadores importantes do audiovisual local e nacional. A comissão de pré-seleção foi formada por Camila de Moraes, Erly Vieira Jr, Isa Albuquerque, Manoel Leite, Marcus Túlio, Rafaela Gonçalves e Stella Lindoso, que coordenou a equipe. Em carta, os membros da comissão afirmam que: “as obras selecionadas são todas produções do seu tempo, que refletem temas latentes, passando pelos mais diversos gêneros e formatos e que prometem entreter, divertir, informar e intrigar os mais diversos públicos”.

Toda a programação do Guarnicê será disponibilizada gratuitamente. Ainda em agosto, o festival deve anunciar quais espaços receberão as exibições em São Luís. Na data de realização, os filmes também estarão disponíveis no site oficial e no aplicativo CineGuarnicê.

Conheça os títulos selecionados para o 45º Festival Guarnicê de Cinema:

LONGA-METRAGEM | NACIONAL

A Matéria Noturna, de Bernard Lessa (ES)
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (CE)
Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida (BA)
Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura (SP)
Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP)
Manguebit, de Jura Capela (PE)
Máquina do Desejo, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski (SP)
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC)

CURTA-METRAGEM | NACIONAL

A Lista, de Luciana de Oliveira (RJ)
Amai-vos, de Ralph Campos (RJ)
Angu Recheado de Senzala, de Stanley Albano (MG)
Ava Kuña, Aty Kuña; Mulher Indígena, Mulher Política, de Fabiane Medina, Julia Zulian e Guilherme Sai (SP/MS)
Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA)
Bianca – Olhe, Ame, Cuide. Trans São Joias, de Marcos Castro (PE)
Cantos Caboclos, de Bruno Saphira (BA)
Cem Pilum: A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM)
Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Cidade Sempre Nova, de Jefferson Cabral (RN)
Como Respirar Fora D’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Maktub, de Joaquim Haickel e Coi Belluzzo (MA/SP)
Maués – A Garça, de Isabelle Amsterdam (AC)
Nome Sujo, de Artur Roraimana (RR)
O Ovo, de Rayane Teles (BA)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Romeu e Julieta, de Adriana Somacal (RS)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Terra 333, de Keyci Martins (MA)

LONGA-METRAGEM | MARANHENSE

Curupira – O Demônio da Floresta, de Erlanes Duarte
Medéia Sub Imersa, de Fáilon Aletos
Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda, de Chris Araujo, João Luciano e Tamires Cecim (MA/PA)

CURTA-METRAGEM | MARANHENSE

Amo, Poeta e Cantador: Murais da Memória pelo Maranhão, de Jonas Sakamoto
Batalhas da Ilha, de Lucas Silva
Caminhos da Invenção, de Laylla Bianca dos Santos Pereira
Cidade Entre Rios, de Leonardo Mendes e Weslley Oliveira (MA/PI)
Eneida e as Entranhas do Desterro, de Claudia Marreiros
Filhos da Barriguda, de Thais Lima
Sangue’s, de Rose Panet
Skylark, de D’glan Ramon
Vôs do Munim, de Claudia Marreiros
ZBM: Entre Risos e Amarguras, de Vanessa Travincas

VIDEOCLIPES

4 Por 4, de Enme; direção: Enme Paixão e Jessica Lauane
A Dona do Fuxico, de Alexandra Nicolas; direção: Thais Lima
Amola Coco, de Tássio Serêjo; Direção: Tássio Serêjo
Apuros, de Milena Mourão; direção: Milena Mourão
Audaz, de Vicente Melo; direção: César Barata
Balança, de Gugs; direção: Gugs
Brilho do Sol, de Doka (Dornele França), EuMudo (Cleiton Santos); direção: Cleiton Santos e Weslley Oliveira
Chega de Dizer que não dá, de Normando França; direção: César Barata
Coração do Loko Part. II, de Bruno Loko; direção: Douglas Moraes Ribeiro
Curare, de Beto Ehong; direção: Beto Ehong e Inácio Araújo
Dama da Quebrada, de Enme; direção: Jefferson Carvalho e Enme Paixão
Deixa Eu Te Falar, de Aline Roberta; direção: Waldemar Castro
Em Chama, de Inxama; direção: Victor Rivera, Pedro Sarfatti e Marley Moraes
Eu Entendo Belchior, de Emilio Sagaz; direção: Emilio Sagaz
Feira da Praia Grande, de Helf; direção: Gabi Moraes
Lost My Mind, de Luisa Dam; direção: Waldemar Castro
Magia Negra, de Enme feat. Bixarte; direção: Enme Paixão
Me Conheça, de Aslan; direção: Jefferson Carvalho
Menina, de PP, Poeta Marginal; direção: Jhonatan SIlva e Pietra de Ofá
Não Precisei Dizer Mais Nada, de Banda Aroeira; direção: Daniel Torres
No Pain, No Gain, de Jadsuel Monteiro; direção: Jadsuel Monteiro
Oração Latina, de Michael Mesquita; direção: Michael Mesquita
Quatro Cantos da Ilha, de Tony Soubler; direção: Manlio Macchiavello
Surto, de Vitor Pazin; direção: Daniel Torres e Vitor Pazin
Unlived Life, de Hugão Away; direção: Marcelo Cunha
Virada da Década, de Marco Gabriel; direção: Jessica Lauane, Renata Fortes e Wesley Oliveira

FILMES PUBLICITÁRIOS

Aniversário de São Luís, de Vicente Simão Jr.
Cartavô, de Marcelo Cunha
Demodê Manifesto, de Fábio Barros, Maria Zeferina e Áurea Maranhão
Feira do Empreendedor, de Paula Veloso

REPORTAGENS AUDIOVISUAIS

15 Anos Sem Gerô – Campanha #22Dias de Combate a Tortura e pelo Desencarceramento; repórter e direção: Dicy Rocha (SMDH)
20 anos do CCN – Negro Cosme de Imperatriz – MA; repórter: Domingos de Almeida; direção: Suzete Gaia (Prosa de Pret@)
Histórias e Versões da Fundação de São Luís; repórter: Natália Macedo; direção: Glaucione Pedrozo (TV Assembleia)
Personalidades Maranhenses: Lilah Lisboa; repórter: Marcia Carvalho
Quilombo Urbano: Diversidade Cultural do Bairro da Liberdade; repórter: Márcia Carvalho (TV Assembleia)
Série Autismo: Saiba as Principais Características de uma Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; repórter: Ananda Fontenele; direção: Sophia Lustosa (TV Assembleia)
Série Personalidades Maranhenses: Os Bastidores da História de Apolônia Pinto; repórter: Marcia Carvalho; direção: Ananda Fontenele (TV Assembleia)

Foto: Fabio Braga.

70º Festival de San Sebastián: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Maeve Jinkings no longa Carvão, de Carolina Markowicz.

Considerado o mais importante festival de cinema da Espanha e um dos mais antigos da Europa, o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián é também um dos mais prestigiados do mundo. Seu principal prêmio, a Concha de Ouro, é entregue ao melhor filme em competição da Seleção Oficial.

Nesta 70ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 24 de setembro, o cinema brasileiro ganha destaque na mostra Horizontes Latinos com Carvão, de Carolina Markowicz; a seção apresenta uma seleção de longas-metragens ainda não lançados na Espanha, produzidos na América Latina, dirigidos por cineastas de origem latina ou que abordem temas sobre comunidades latinas no resto do mundo.

No filme, que também foi selecionado recentemente para o Festival de Toronto, Maeve Jinkings interpreta Irene que, com seu marido, Jairo, papel de Rômulo Braga, tem uma pequena carvoaria no quintal de casa. Eles têm um filho pequeno, Jean, vivido por Jean Costa, e o pai dela não sai mais da cama, não fala e não ouve. A família recebe uma boa proposta, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa, numa pequena cidade no interior. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar; nem sempre para melhor.

O Brasil também marca presença na mostra WIP LATAM, que traz seis filmes latino-americanos em fase de pós-produção, que serão exibidos para um público de profissionais especializados. Todos os títulos concorrem ao WIP Latam Industry e ao EGEDA Platino Industria Awards, e também são elegíveis ao Prêmio Projeto Paradiso. Aqui, o cinema nacional aparece com Casa no Campo, de Davi Pretto; e Estranho Caminho, de Guto Parente, uma coprodução com Portugal.

Paralelo ao festival, o cinema brasileiro também se destaca no 10º Prêmio Sebastian Latino, que elege o melhor longa latino-americano que representa a defesa das demandas e valores da comunidade LGTBI em toda a extensão do continente. Os títulos nacionais que estão na disputa são: Marte Um, de Gabriel Martins; e Coração Errante, de Leonardo Brzezicki, coprodução entre Argentina, Brasil, Holanda e Chile. O vencedor será anunciado ainda em agosto e escolhido por um júri formado por membros da GEHITU, Associação Basca de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais; no ano passado, o brasileiro Medusa, de Anita Rocha da Silveira, foi o grande vencedor.

Enquanto isso, na disputa pela Concha de Ouro, prêmio máximo do evento, vale destacar a presença de Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, França, Brasil (representado por Rachel Daisy Ellis, da Desvia Filmes) e México.

Neste ano, o cineasta canadense David Cronenberg e a atriz francesa Juliette Binoche, que estampa o pôster do festival, serão homenageados com o Donostia Award. Além disso, a programação contará também com uma retrospectiva do cineasta francês Claude Sautet e a exibição da série inédita Apagón, de cinco episódios, dirigida por Rodrigo Sorogoyen, Raúl Arévalo, Isa Campo, Alberto Rodríguez e Isaki Lacuesta.

Conheça os filmes selecionados para o 70º Festival de San Sebastián:

SELEÇÃO OFICIAL

El Sostre Groc, de Isabel Coixet (Espanha) (fora de competição)
El suplente, de Diego Lerman (Argentina/Espanha/Itália/México/França)
Girasoles silvestres, de Jaime Rosales (Espanha/França)
Great Yarmouth: Provisional Figures, de Marco Martins (Portugal/França/Reino Unido)
Hyakka (A Hundred Flowers), de Genki Kawamura (Japão)
Il Boemo, de Petr Václav (República Checa/Itália/Eslováquia)
La consagración de la primavera, de Fernando Franco (Espanha)
La Maternal, de Pilar Palomero (Espanha)
La (très) grande évasion (Tax Me If You Can), de Yannick Kergoat (França) (fora de competição)
Le Lycéen, de Christophe Honoré (França)
Los reyes del mundo, de Laura Mora (Colômbia/Luxemburgo/França/México/Noruega)
Modelo 77, de Alberto Rodríguez (Espanha) (filme de abertura) (fora de competição)
Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/França/Brasil/México)
Resten af livet (Forever), de Frelle Petersen (Dinamarca)
Runner, de Marian Mathias (EUA/Alemanha/França)
Sparta, de Ulrich Seidl (Áustria/França/Alemanha)
Suro, de Mikel Gurrea (Espanha)
The Wonder, de Sebastián Lelio (Reino Unido/Irlanda)
Top (Walk Up), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)

NEW DIRECTORS

A los libros y a las mujeres canto, de Maria Elorza (Espanha)
CARBON, de Ion Borș (Moldávia/Romênia/Espanha)
Den Store Stilhed (The Great Silence), de Katrine Brocks (Dinamarca)
Fifi, de Jeanne Aslan e Paul Saintillan (França)
Foudre (Thunder), de Carmen Jaquier (Suíça)
Garbura (Carbide), de Josip Žuvan (Croácia)
Grand Marin, de Dinara Drukarova (França)
Jeong-sun, de Ji-hye Jeong (Coreia do Sul)
La hija de todas las rabias, de Laura Baumeister (Nicarágua/México/Holanda/Alemanha/França/Noruega/Espanha)
Miyamatsu to Yamashita (Roleless), de Masahiko Sato, Yutaro Seki e Kentaro Hirase (Japão)
Nagisa, de Takeshi Kogahara (Japão)
Pokhar ke dunu paar (On Either Sides of the Pond), de Parth Saurabh (Índia)
Secaderos (Tobacco Barns), de Rocío Mesa (Espanha/EUA)

HORIZONTES LATINOS

1976, de Manuela Martelli (Chile)
Carvão, de Carolina Markowicz (Brasil)
Dos Estaciones, de Juan Pablo González (México/França/EUA)
El caso Padilla, de Pavel Giroud (Espanha/Cuba)
La jauría, de Andrés Ramírez Pulido (França/Colômbia)
La piel pulpo, de Ana Cristina Barragán (Equador/Grécia/México/Alemanha/França) (filme de encerramento)
Mi país imaginario, de Patricio Guzmán (França/Chile) (filme de abertura)
Ruido, de Natalia Beristain (México)
Sublime, de Mariano Biasin (Argentina)
Tengo sueños eléctricos, de Valentina Maurel (Bélgica/França/Costa Rica)
Un varón, de Fabián Hernández (Colômbia/França/Holanda/Alemanha)
Vicenta B., de Carlos Lechuga (Cuba/França/EUA/Colômbia/Noruega)

ZABALTEGI TABAKALERA

Cerdita (Piggy), de Carlota Pereda (Espanha/França)
Cuerdas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)
El agua (The Water), de Elena López Riera (Suíça/França/Espanha)
Hirugarren koadernoa (The Third Notebook), de Lur Olaizola (Espanha)

PERLAK

As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França)
Los renglones torcidos de Dios, de Oriol Paulo (Espanha) (filme de encerramento)
Un año, una noche, de Isaki Lacuesta (Espanha/França)

PRÊMIO DONOSTIA | EXIBIÇÕES

Avec amour et acharnement, de Claire Denis (França)
Crimes of the Future, de David Cronenberg (Canadá/Grécia)

VELODROME

Black is Beltza II: Ainhoa, de Fermin Muguruza (Espanha)
Rainbow, de Paco León (Espanha)
Sintiéndolo mucho, de Fernando León de Aranoa (Espanha/México)

10º SEBASTIAN LATINO AWARD

Coração Errante, de Leonardo Brzezicki (Argentina/Brasil/Holanda/Chile)
Marte Um, de Gabriel Martins (Brasil)
Petit Mal, de Ruth CaudelI (Colômbia)
Sublime, de Mariano Biasin (Argentina)
Un Varón, de Fabián Hernández (Colômbia/França/Holanda/Alemanha)

*Novos filmes serão anunciados em breve.

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #421: Entrevistas com Lázaro Ramos, Paolla Oliveira, Caito Ortiz e Marcos Piangers | Papai é Pop

por: Cinevitor
Protagonistas: Paolla Oliveira e Lázaro Ramos em cena.

Com roteiro de Ricardo Hofstetter e direção de Caito Ortiz, de O Roubo da Taça, Papai é Pop, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 11/08, acompanha os desafios e as alegrias que o protagonista encara para descobrir o que é ser pai.

Com emoção e diversão, o filme gera reflexão ao falar sobre a construção da paternidade de Tom, interpretado por Lázaro Ramos, a partir do nascimento de sua filha com Elisa, papel de Paolla Oliveira. O longa é livremente inspirado no best-seller homônimo de Marcos Piangers.

Na trama, Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de Laura, vivida por Malu Aloise. A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação de Tom com sua mãe, Gladys, interpretada por Elisa Lucinda, que o criou sozinha. Tom precisa ressignificar tudo que aprendeu até então e entender a importância de uma paternidade ativa. Enquanto ele está descobrindo um caminho, Elisa vive a maternidade e seus desafios com total dedicação. Apesar de todas as dificuldades do puerpério, ela está inteira naquela vivência. Papai é Pop carrega a paternidade no título, mas tem no centro da história também a mãe que, muitas vezes, se sente sozinha nessa jornada.

A coprodução da Galeria Distribuidora, Pródigo Filmes e Grupo Telefilms apresenta situações emocionantes e divertidas na busca de Tom por uma transformação interior, que afeta não só a sua vida como a de toda a família. A trajetória do protagonista traz ainda uma reflexão sobre o que a sociedade enxerga como um pai presente.

O elenco conta ainda com Dadá Coelho como Joana, melhor amiga de Elisa; e Leandro Ramos como Júlio, parceiro de vida e trabalho de Tom. O autor Marcos Piangers faz uma participação afetiva no longa durante uma partida de futebol.

Para falar mais sobre o filme, gravamos dois programas especiais e conversamos com os protagonistas Lázaro Ramos e Paolla Oliveira e também com o diretor e com o autor do livro, Marcos Piangers.

Aperte o play e confira:

PARTE 1:
Entrevista com Lázaro Ramos e Paolla Oliveira

PARTE 2:
Entrevista com Caito Ortiz e Marcos Piangers

Foto: Stella Carvalho.

X: A Marca da Morte

por: Cinevitor

Direção: Ti West

Elenco: Mia Goth, Jenna Ortega, Brittany Snow, Kid Cudi, Martin Henderson, Owen Campbell, Stephen Ure, James Gaylyn, Simon Prast, Geoff Dolan, Matthew J. Saville, Bryony Skillington.

Ano: 2022

Sinopse: Em 1979, um grupo de jovens cineastas decide fazer um filme adulto na zona rural do Texas, mas quando seus anfitriões idosos e reclusos os pegam em flagrante, a equipe se vê lutando por suas vidas.

Nota do CINEVITOR:

Marighella, de Wagner Moura, é consagrado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022

por: Cinevitor
Wagner Moura no palco: oito prêmios para Marighella.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/08, os vencedores da 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que consagrou o longa Marighella, de Wagner Moura, com oito troféus Grande Otelo, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção; o filme liderava a lista com 17 indicações.

Com apresentação de Camila Pitanga e Silvero Pereira, a cerimônia, que marcou a volta ao formato presencial, foi realizada na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e apresentou imagens de produções que marcaram a história do audiovisual brasileiro; o ator também interpretou três canções durante a noite: Sujeito de Sorte, de Belchior, Maria Maria, de Milton Nascimento, e Dias Melhores Virão, de Rita Lee e Roberto de Carvalho

Com direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, o evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e pelo Canal Brasil, com sinal aberto para não assinantes no Globoplay, que apresentou um aquecimento com comentários de Simone Zuccolotto e Karine Teles.

Ao todo, foram anunciados 32 prêmios escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema. Além disso, os indicados nas categorias de melhor longa-metragem de ficção, melhor longa documental e melhor longa-metragem de comédia concorreram ao disputado prêmio de melhor filme pelo Júri Popular; o vencedor foi O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte.

Neste ano, a Academia fez uma homenagem coletiva às mulheres produtoras de cinema, além de celebrar os 60 anos do filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes; Anibal Massaini Neto, filho do produtor Osvaldo Massaini, subiu ao palco ao lado do ator Antonio Pitanga.

Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Renata Almeida Magalhães e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Bárbara Paz (diretora secretária) e três novos membros: Jeferson De (diretor de comunicação), Ariadne Mazzetti (diretora financeira) e Allan Deberton (diretor social).

Conheça os vencedores do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
Marighella, de Wagner Moura

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Turma da Mônica – Lições, de Daniel Rezende

MENÇÃO HONROSA | LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral

MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte

MELHOR DIREÇÃO
Daniel Filho, por O Silêncio da Chuva

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Wagner Moura, por Marighella

MELHOR ATRIZ
Dira Paes, por Veneza

MELHOR ATOR
Seu Jorge, por Marighella

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zezé Motta, por Doutor Gama

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Rodrigo Santoro, por 7 Prisioneiros

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Deserto Particular, escrito por Henrique dos Santos e Aly Muritiba

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Marighella, escrito por Felipe Braga e Wagner Moura

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Marighella, por Adrian Teijido

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Marighella, por Frederico Pinto

MELHOR FIGURINO
Marighella, por Verônica Julian

MELHOR MAQUIAGEM
Veneza, por Martín Macías Trujillo

MELHOR EFEITO VISUAL
Contos do Amanhã, por Pedro de Lima Marques

MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
Piedade, por Karen Harley

MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, por Ricardo Farias

MELHOR SOM
Marighella, por George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato

MELHOR TRILHA SONORA
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por André Abujamra e Márcio Nigro

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
Ato, de Bárbara Paz

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Ema, de Pablo Larraín; distribuidora brasileira: Imovision (Chile)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Nomadland, de Chloé Zhao; distribuidora brasileira: Disney (EUA)

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Angeli The Killer (2ª temporada) (Canal Brasil); Produtora: Coala Produções Audiovisual; Direção Geral: Cesar Cabral

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Transamazônica – Uma Estrada para o Passado (1ª temporada) (HBO e HBO Go); Produtora: Ocean Films; Direção Geral: Jorge Bodanzky

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Dom (1ª temporada) (Amazon Prime Video); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Breno Silveira

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA
Sob Pressão (4ª temporada) (Globo); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Andrucha Waddington

Foto: Rogerio Resende.

50º Festival de Cinema de Gramado: conheça os integrantes dos júris

por: Cinevitor
Zeca Camargo será um dos jurados desta edição.

A 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que começa nesta sexta-feira, 12/08, e segue até 20 de agosto, revelou os nomes dos profissionais que escolherão os vencedores dos kikitos deste ano.

Como de costume, realizadores, produtores, atores e atrizes, pesquisadores, acadêmicos, profissionais do audiovisual e críticos de cinema têm a missão de escolher quem leva os prêmios do Festival de Cinema de Gramado. Cada categoria tem um júri próprio que define os vencedores, além do Júri da Crítica, que escolhe os melhores do ponto de vista dos jornalistas especializados.

Os membros do júri de longas-metragens brasileiros são: a cineasta Sabrina Fidalgo, a produtora Renata Almeida Magalhães, a atriz Bete Mendes, o diretor Luiz Carlos Lacerda e o ator Tarcísio Filho. O júri de longas-metragens estrangeiros é composto por: Gisela Pérez, programadora, Hebe Tabachnik, produtora, Emiliano Cunha, cineasta, Renata de Almeida, programadora, e pelo apresentador e jornalista Zeca Camargo.

Os vencedores da nova mostra competitiva de longas-metragens documentais serão escolhidos pelo fotógrafo Gilberto Perin e pelos cineastas Edu Felistoque e Susanna Lira. O júri de longas-metragens gaúchos é composto pela produtora Clélia Bessa, pelo sócio-diretor da Vitrine e Manequim Filmes, Felipe Lopes e pela programadora Monica Kanitz; o ator gaúcho Sirmar Antunes, que faleceu no último sábado, 06/08, integraria o júri ao lado de Clélia, Felipe e Monica

O diretor Ariel de Souza Ferreira, o montador Germano de Oliveira, o ator Nando Cunha, a atriz Hermila Guedes e o diretor Paulo Tavares são os nomes que formam o júri de curtas-metragens brasileiros. O júri de curtas-metragens gaúchos é composto pelo diretor Léo Tabosa, pela produtora Letícia Friedrich, pela professora e crítica de cinema Maria Caú, pelo diretor Bhig Villas Bôas e pela roteirista, produtora e realizadora Thaís Vidal.

O Júri da Crítica é formado pelos críticos de cinema Victor Hugo Furtado, Ivonete Pinto, Carlos Helí de Almeida, Barbara Demerov e Luiz Carlos Merten

O resultado da escolha dos jurados será revelado no dia 20 de agosto, sábado, na grande noite de premiação do 50º Festival de Cinema de Gramado, que será realizada no Palácio dos Festivais.

Foto: Rodrigo Moraes/Band.

Festival de Toronto 2022: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, é selecionado

por: Cinevitor
Joana Darc Furtado em Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta.

A 47ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 8 e 18 de setembro, divulgou, ao longo da semana, novos títulos e novidades para este ano; o evento é considerado um dos mais importantes do cinema mundial e conhecido como um termômetro para o Oscar.

Nas mostras Discovery, Midnight Madness e Wavelengths são 54 títulos de cineastas representando 26 países: Para o público que conhece o TIFF, esses três aventureiros programas recompensam o espectador por assumir riscos. Seja a descoberta de um novo autor audacioso, um trabalho visionário brilhante que reimagina a narrativa ou a experiência cinematográfica mais perversa que você já teve, é aqui que você encontrará”, disse Anita Lee, diretora de programação do TIFF

A mostra Discovery é considerada uma vitrine de cinema e talento do mundo todo, com trabalhos ousados e distintos: “O programa deste ano oferece 24 filmes que nos chocaram profundamente, nos encheram de alegria, partiram nossos corações e, o mais importante, nos lembraram que o futuro é brilhante”, disse Dorota Lech, programadora internacional do TIFF.

Já sobre o programa Midnight Madness, Peter Kuplowsky, curador, disse: “Este ano, os fãs do estranho e do cruel passarão a maior parte do TIFF vivendo em um paraíso”. Ele também destacou o filme de abertura Weird: The Al Yankovic Story, de Eric Appel, cinebiografia de Alfred Matthew Yankovic, mais conhecido como “Weird Al” Yankovic, e protagonizada por Evan Rachel Wood e Daniel Radcliffe.

Apresentando uma mistura de autores e artistas visuais consagrados e cineastas emergentes, a mostra Wavelengths deste ano traz oito longas, dois programas de curtas e uma exposição, colocando obras atemporais e duradouras ao lado de projetos de extrema urgência contemporânea. Aqui, o cinema brasileiro marca presença com Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, uma coprodução entre Brasil e Portugal, com Joana Darc Furtado, Léa Alves, Andreia Vieira, Débora Alencar e Gleide Firmino no elenco; o filme foi exibido no Festival de Berlim e premiado no IndieLisboa.

Com fotografia de Joana Pimenta, montagem de Cristina Amaral e trilha sonora da banda Muleka 100 Calcinha, a sinopse diz: no ano de 2013, a Polícia Militar do Distrito Federal desencadeou uma grande operação de combate ao tráfico de drogas em Ceilândia, periferia de Brasília, desarticulando várias pequenas redes de comércio ilegal. Dezesseis homens foram presos. Um ano depois, as companheiras destes homens assumem o negócio. Rapidamente elas estabelecem o seu próprio espaço de ação, impondo novos códigos, reorganizando modos de produção e criando novas relações de trabalho. Sua disputa por poder econômico, simbólico e territorial lentamente se transforma numa guerra. Elas clamam espaço para o corpo feminino periférico e seus próprios códigos de ação. Elas são o mapa de um novo território.

Andréa Picard, curadora sênior do TIFF, comentou sobre a mostra Wavelengths: “A programação deste ano reinventa as possibilidades do cinema de maneira inspiradora e rejuvenescedora. O próprio programa continua a defender o cinema como arte em um clima cada vez mais desafiador para trabalhos não comerciais e não convencionais. Os cineastas e artistas da edição deste ano expandem a linguagem do filme e do vídeo, empregando abordagens narrativas, documentais, híbridas e formalistas para afirmar o status do filme como uma forma de arte autônoma e o próprio cinema como uma experiência essencial e comunitária”.

Outra novidade revelada foi a seleção da mostra Primetime, que traz sete séries de televisão atraentes e instigantes de todo o mundo, incluindo cinco estreias mundiais: “O TIFF reconhece a narrativa serializada como um dos meios criativos mais inovadores da atualidade”, disse Anita Lee.

Além disso, Cameron Bailey, CEO do TIFF, anunciou que Dalíland, cinebiografia de Salvador Dalí, dirigida por Mary Harron, será o filme de encerramento desta edição. O longa é protagonizado por Ben Kingsley e conta também com Barbara Sukowa, Ezra Miller, Christopher Briney, Rupert Graves e Andreja Pejic no elenco.

Bailey também revelou que o TIFF Tribute Award for Performance deste ano será entregue para o elenco de My Policeman, filme dirigido por Michael Grandage, que conta com Harry Styles, Emma Corrin, Gina McKee, Linus Roache, David Dawson e Rupert Everett.

Conheça os novos filmes selecionados para o 47º Festival de Toronto:

DISCOVERY

A Gaza Weekend, de Basil Khalil (Reino Unido/Palestina)
A Long Break, de Davit Pirtskhalava (Geórgia)
Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe, de Aitch Alberto (EUA)
Baby Ruby, de Bess Wohl (EUA)
Carmen, de Benjamin Millepied (Austrália/França)
I Like Movies, de Chandler Levack (Canadá)
La Hija de todas las Rabias, de Laura Baumeister (Nicarágua)
Pussy, de Joseph Amenta (Canadá)
Return to Seoul, de Davy Chou (Coreia do Sul/França/Alemanha/Bélgica)
ROSIE, de Gail Maurice (Canadá)
Runner, de Marian Mathias (EUA/França/Alemanha)
SHIMONI, de Angela Wanjiku Wamai (Quênia)
Snow and the Bear, de Selcen Ergun (Turquia/Alemanha/Sérvia)
Something You Said Last Night, de Luis De Filippis (Canadá/Suíça)
Susie Searches, de Sophie Kargman (EUA)
Sweet As, de Jub Clerc (Austrália)
The Inspection, de Elegance Bratton (EUA) (filme de abertura)
The Taste of Apples is Red, de Ehab Tarabieh (Israel/Alemanha)
The Young Arsonists, de Sheila Pye (Canadá)
This Place, de V.T. Nayani (Canadá)
Unruly (Ustyrlig), de Malou Reymann (Dinamarca)
Until Branches Bend, de Sophie Jarvis (Canadá)
When Morning Comes, de Kelly Fyffe-Marshall (Canadá)

MIDNIGHT MADNESS

Leonor Will Never Die, de Martika Ramirez Escobar (Filipinas) (filme de encerramento)
Pearl, de Ti West (EUA)
Project Wolf Hunting, de Kim Hongsun (Coreia do Sul)
Sick, de John Hyams (EUA)
Sisu, de Jalmari Helander (Finlândia)
The Blackening, de Tim Story (EUA)
The People’s Joker, de Vera Drew (EUA)
V/H/S 99, de Flying Lotus, Johannes Roberts, Maggie Levin, Tyler MacIntyre, Vanessa & Joseph Winter (EUA)
Venus, de Jaume Balagueró (Espanha)
Weird: The Al Yankovic Story, de Eric Appel (EUA) (filme de abertura)

WAVELENGTHS | LONGAS-METRAGENS

Concrete Valley, de Antoine Bourges (Canadá)
De Humani Corporis Fabrica, de Véréna Paravel e Lucien Castaing-Taylor (França/Suíça)
Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França)
Horse Opera, de Moyra Davey (EUA)
Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Portugal/Brasil)
Pacifiction, de Albert Serra (França/Espanha/Alemanha/Portugal)
Queens of the Qing Dynasty, de Ashley McKenzie (Canadá)
Unrest (Unrueh), de Cyril Schäublin (Suíça)

WAVELENGTHS | CURTAS-METRAGENS

After Work, de Céline Condorelli e Ben Rivers (Reino Unido)
Bigger on the Inside, de Angelo Madsen Minax (EUA)
EVENTIDE, de Sharon Lockhart (EUA)
F1ghting Looks Different 2 Me Now, de Fox Maxy (Mesa Grande Reservation/EUA)
Fata Morgana, de Tacita Dean (Reino Unido/EUA)
Hors-titre, de Wiame Haddad (França)
I Thought the World of You, de Kurt Walker (Canadá)
Moonrise, de Vincent Grenier (EUA/Canadá)
Puerta a Puerta, de Jessica Sarah Rinland e Luis Arnías (México/EUA/Venezuela)
The Newest Olds, de Pablo Mazzolo (Argentina/Canadá)
The Time That Separates Us, de Parastoo Anoushahpour (Canadá/Jordânia/Palestina)
What Rules the Invisible, de Tiffany Sia (EUA)

PRIMETIME PROGRAMME

1899, de Baran bo Odar e Jantje Friese (Alemanha/EUA)
Dear Mama, de Allen Hughes (EUA)
High School, de Clea DuVall e Laura Kittrell (EUA/Canadá)
LIDO TV, de Lido Pimienta e Sean O’Neill (Canadá)
Mystery Road: Origin, de Dylan River (Austrália)
The Handmaid’s Tale (5ª temporada), de Bruce Miller e Elisabeth Moss (EUA)
The Kingdom Exodus, de Lars von Trier (Dinamarca)

Foto: Divulgação/Cinco da Norte/Terratreme Filmes.

Assalto na Paulista, com Bianca Bin e Eriberto Leão, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Drama e ação nas telonas: inspirado em fatos reais.

Dirigido por Flavio Frederico, do documentário Em um Mundo Interior, o filme de ação Assalto na Paulista é livremente inspirado em um dos maiores assaltos a bancos privados no Brasil: o assalto à agência 0262 do Banco Itaú, na Avenida Paulista, em São Paulo, centro financeiro do país.

Em um sábado à noite, sem ser incomodada, uma quadrilha passou quase dez horas dentro da agência e roubou 170 cofres particulares localizados no subsolo. Em apenas três deles, obteve cerca de R$ 10 milhões em joias e dinheiro. A estimativa é de que o assalto da Avenida Paulista tenha rendido mais de R$ 100 milhões aos assaltantes. O que chama atenção é que, após uma semana, pouquíssimos clientes prestaram queixa, num indicativo de que a maioria dos cofres continha bens não declarados oficialmente.

Para o longa, os personagens foram totalmente ficcionados, assim como os fatos e encadeamento das ações, porém o modus operandi, ou seja, como os bandidos conseguiram driblar o esquema de segurança do banco e a polícia foram inspirados nos eventos reais. O assalto acontece no presente da narrativa e o filme mostra os detalhes da preparação da ação: o planejamento, como se dá a articulação entre os assaltantes durante o processo de entrada no banco, como os cofres particulares vão sendo arrombados e, finalmente, como acontece a fuga. Na medida em que o conteúdo dos cofres se revela, aspectos da vida de Rubens, interpretado por Eriberto Leão, e de Leônia, papel de Bianca Bin, aparecem em flashbacks, que começam sempre ligando um objeto encontrado com o passado de um deles.

Com referências como Domingo Sangrento, de Paul Greengrass, a linha narrativa do filme revela os dramas pessoais e a deterioração das relações humanas deste grupo durante esta noite no interior do banco e nos dias subsequentes.

A trilha sonora original composta por BiD é climática, densa, mas também moderna e ágil nos momentos de ação, mesclando elementos de pop e rock e trazendo uma forte influência dos westerns de Sergio Leone. Ela é mesclada com diversos fonogramas de diferentes gêneros da música brasileira, escolhidos pela própria roteirista Mariana Pamplona; há desde um grande clássico sertanejo, assim como o auge do rock nacional dos anos 1980, como Plebe Rude e mestres da MPB como Belchior e Gal Costa.

Com fotografia de Carlos André Zalasik, o longa conta também com Adriano Bolshi, Daniela Nefussi, Kauê Telloli, Luciano Riso, Jefferson Brasil, Kiko Marques, Ademir Emboava e Helo Santos no elenco.

Confira o trailer de Assalto na Paulista, que chega aos cinemas no dia 25 de agosto, com distribuição da Kinoscópio Cinematográfica e O2 Play:

Foto: Reprodução/YouTube.

CINEVITOR #420: Pacificado | Entrevista com o elenco, diretor e produtores

por: Cinevitor
Débora Nascimento em cena: atriz premiada.

Vencedor da Concha de Ouro no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e premiado na 43ª Mostra de São Paulo, Pacificado, dirigido por Paxton Winters, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 11/08.

Produzido por Darren Aronofsky e pelos brasileiros Marcos Tellechea e Paula Linhares, da Reagent Media, a história se passa no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos, em 2016, enquanto as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupam os morros para manter o controle durante o evento.

Tati, interpretada por Cássia Nascimento, é uma garota introvertida de 13 anos, que mantém uma relação problemática com a mãe dependente de drogas, papel de Débora Nascimento, e sonha em conhecer seu pai, Jaca, ex-chefe do tráfico local, vivido por Bukassa Kabengele, que está prestes a sair da prisão. Ao voltar para casa, Jaca sonha em começar uma nova vida, longe do tráfico. Quer encontrar um novo lugar para ele e sua família num morro agora comandado por Nelson, papel de José Loreto, um jovem traficante. Mas, encontrar a paz num mundo dominado pela violência não será tarefa fácil, pois a realidade se mostra mais dura do que ele imaginava.

Com história de Paxton Winters, que morou no Morro dos Prazeres por oito anos, o roteiro foi coescrito por Wellington Magalhães, morador da comunidade, e por Joseph Carter, que também morou lá por 12 anos. O elenco conta também com Léa Garcia, Raphael Logan, Shirley Cruz, Jefferson Brasil, Rayane Santos, Thiago Thomé, Murilo Sampaio, entre outros.

Além da Concha de Ouro de melhor filme, Pacificado ganhou outros dois prêmios no Festival de San Sebastián, em 2019: melhor fotografia para Laura Merians e melhor ator para Bukassa Kabengele. No EnergaCAMERIMAGE, International Film Festival of the Art of Cinematography, foi consagrado em duas categorias: melhor direção estreante e melhor direção de fotografia estreante. Na 42ª edição do Festival de Havana, foi premiado como melhor longa de ficção, melhor direção e melhor atriz para Cássia Nascimento. Já no Fest Aruanda, em João Pessoa, levou os prêmios de melhor fotografia, melhor atriz para Débora Nascimento, melhor ator para Bukassa Kabengele e uma Menção Honrosa para Léa Garcia.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o diretor Paxton Winters, com as atrizes Débora Nascimento e Cássia Nascimento, com os produtores Marcos Tellechea e Paula Linhares e com os atores Bukassa Kabengele e José Loreto.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação.

Com Cauã Reymond, A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, será exibido em sessão especial no 50º Festival de Gramado

por: Cinevitor
Em cena: Cauã Reymond vive Dom Pedro I.

Dirigido por Laís Bodanzky, A Viagem de Pedro, primeiro longa histórico da diretora, será exibido em uma sessão especial na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, fora de competição. O filme retrata o retorno de Dom Pedro I a Portugal para recuperar seu trono, no Brasil.

Bodanzky retorna a Gramado com seu novo projeto após receber seis kikitos com o longa Como Nossos Pais, em 2017, e de ser homenageada com o Troféu Eduardo Abelin, em 2020. Com direção e roteiro assinados por Laís, o filme é protagonizado por Cauã Reymond e aborda a vida privada de Dom Pedro I. Responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época, o longa compreende o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

A produção mostra uma reflexão do personagem a bordo da nau inglesa Warspite sobre sua vida no Brasil, desde a chegada de Portugal ao lado dos pais, em 1808, até sua abdicação, motivada por desdobramentos do seu exercício do Poder Moderador, pela rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como pela rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicados no Brasil. O filme retrata o personagem em sua intimidade, tentando compreender a série de acontecimentos e o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.

O elenco conta também com a artista plástica Rita Wainer, em sua estreia como atriz, no papel de Domitila; Luise Heyer como Leopoldina; Francis Magee vivendo o Comandante Talbot e Welket Bungué interpretando o Contra Almirante Lars. No elenco português estão Victória Guerra, como Amélia; Luísa Cruz no papel de Carlota Joaquina; João Lagarto interpretando Dom João VI; Isac Graça vivendo Miguel; e Isabél Zuaa como Dira. Celso Frateschi, Gustavo Machado, Luiza Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino completam o elenco.

A mudança na programação ocorre após a desclassificação do longa-metragem franco-espanhol La Boda de Rosa, da diretora Icíar Bollaín, que descumpriu o regulamento do 50° Festival de Cinema de Gramado, que prevê a obrigatoriedade de ineditismo dos filmes selecionados em território nacional, configurando a não exibição comercial e/ou pública dos títulos no Brasil. Com a decisão, o filme deixa a competição de longas-metragens estrangeiros e não terá exibição na programação do evento.

Foto: Fabio Braga.