Sinopse: Lalo é um influenciador sexual que posta nudes e vídeos pornôs caseiros para seus milhares de seguidores. Embora aparenta ter tudo sob controle o tempo todo, no íntimo é um solitário que vive em constante estado de melancolia.
*Filme visto no 30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade.
Elenco: Katia Krafft, Maurice Krafft, Miranda July.
Ano: 2022
Sinopse: Uma história de amor sobre dois vulcanólogos, Katia e Maurice Krafft, que morreram de forma tão explosiva quanto viveram. Um triângulo amoroso fadado a um fim trágico entre os destemidos cientistas franceses e seus vulcões. Eles amavam duas coisas: um ao outro e os vulcões. O casal percorreu o mundo caçando erupções vulcânicas e documentando suas descobertas. Eles morreram em 1991, mas deixaram um legado que enriqueceu a compreensão do mundo natural. O filme é baseado em seus registros e conta a história de criação e destruição de dois cientistas que rumam ao desconhecido em nome do amor.
Matheus Sundfeld e Eugenio Puppo na abertura da Mostra
Com seu espaço cada vez mais consolidado no cenário cultural da região Nordeste, a Mostra de Cinema de Gostoso realizou sua nona edição ao longo de cinco dias de exibições, seminários, debates e palestras, registrando um público total de mais de sete mil pessoas.
O evento reafirma a identidade de sua curadoria apresentando uma seleção de filmes nacionais, em sua maioria independentes, com potencial de dialogar com o público da cidade. Tendo como principal palco as sessões populares ao ar livre na Praia do Maceió, a Mostra trouxe 13 curtas-metragens e dez longas de 12 estados brasileiros, entre as mostras Competitiva, Panorama, Coletivo Nós do Audiovisual e Sessões Especiais.
O número recorde de inscrições de filmes, 927 obras de todas as regiões do país, indica que, mesmo com as limitações impostas pela pandemia de Covid-19 para a realização de filmes nos últimos dois anos, aliadas a uma política de abandono do setor cultural pelo governo federal, a produção audiovisual brasileira resiste e reafirma sua força e pluralidade.
Para esta edição, as sessões ao ar livre contaram com uma nova tela de projeção e sistema de som 7.1. Com cadeiras espreguiçadeiras, tela de 12m x 6,5m e projeção com resolução 2K, a sala propicia uma experiência imersiva como a de uma sala de cinema de alta tecnologia. Outra novidade marcou esta nona edição: a Mostra Panorama ganhou um novo local de exibição; uma tenda climatizada na Praia do Maceió, com 80 lugares, que exibiu os filmes no período da tarde.
A programação contou com produções que se destacaram nesta temporada, além de obras inéditas ou de estreia recente. Na lista estavam: Marte Um, filme de abertura, selecionado pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar; o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado deste ano, Noites Alienígenas; Regra 34, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Mato Seco em Chamas, filme de encerramento que teve estreia no Festival de Berlim; e muitos outros destaques, incluindo três obras do Rio Grande do Norte.
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, exibido ao ar livre: grande vencedor desta edição
Desde sua primeira edição, a Mostra de Cinema de Gostoso oferece a jovens, a partir de 18 anos, de São Miguel do Gostoso e distritos dos arredores, uma série de cursos de formação técnica e audiovisual. Os cursos são realizados meses antes do início da Mostra e têm como objetivo proporcionar aos jovens o domínio de diversas áreas da produção cinematográfica. O conhecimento adquirido pelos alunos é colocado em prática com a realização de curtas-metragens e a participação direta na equipe de organização da Mostra de Cinema de Gostoso.
Em 2013, os próprios alunos criaram o Coletivo Nós do Audiovisual e, desde então, já participaram de diversas oficinas e realizaram curtas-metragens que foram selecionados em diversos festivais de cinema no Brasil. Em 2022, foi aberta a terceira turma dos cursos de formação com 30 novos alunos, que participaram de cinco oficinas e realizaram dois curtas que foram exibidos na programação: Arrebentação, de Cristina Lima e Roberto de Lima; e o documentário Barraqueiros, de Bruna Farias e Maisa Tavares.
Além disso, em parceria com o BrLab, com direção geral de Rafael Sampaio, foi realizada a terceira edição do Gostoso Lab, laboratório para projetos de longa-metragem em fase de desenvolvimento da região Nordeste. Foram selecionados três projetos: Mata da Tapuia Morta, do Rio Grande do Norte (direção de Clarisse Kubrusly e Rodrigo Sena; roteiro de Francisca Bezerra, Rodrigo Sena e Clarisse Kubrusly; e produção de Arlindo Bezerra); Norma, da Paraíba (escrito, dirigido e produzido por Diego Lima); e Polinização, de Pernambuco (escrito e dirigido por Julio Cavani; e produção de Kika Latache).
Dois seminários, realizados na Pousada dos Ponteiros, também marcaram a programação: Encontro do Setor Audiovisual Potiguar: O Financiamento Público do Audiovisual no Rio Grande do Norte, com Mary Land Brito, Pedro Fiuza e Ricardo André; e Encontro com Raquel Bordin, da Pixar Studios.
O cineasta Cristiano Burlan marcou presença na Mostra com o longa A Mãe
Para falar mais sobre a Mostra de Cinema de Gostoso, fizemos um balanço geral desta nona edição com Eugenio Puppo, idealizador, produtor executivo, diretor geral e curador; e Matheus Sundfeld, diretor geral, curador, coordenador de produção.
Confira os melhores momentos do bate-papo, que aconteceu na Pousada dos Ponteiros:
CURADORIA
Eugenio Puppo: “Os filmes são escolhidos porque são bem realizados e trazem questões importantes. Não pensamos nos prêmios que já ganhou, mas na qualidade, no nível de comunicação com a comunidade. Esse processo de formação de público é muito delicado. O que mais nos norteia é assistir e gostar do filme. Nos preocupamos também em fazer um equilíbrio sobre diversas abordagens: temática LGBTQIA+, filmes dirigidos por mulheres, protagonistas femininas, temáticas negras. É com isso que nos preocupamos quando selecionamos os filmes que gostaríamos de exibir. Depois entram as questões de classificação indicativa”.
Matheus Sundfeld: “Esse ano tivemos um recorde de 927 filmes inscritos. Ficamos imersos nesse processo de seleção. Eu e o Eugenio escolhemos a seleção final, mas temos uma equipe que faz assistência de curadoria, que passa por algumas avaliações. Nunca começamos o processo tendo um norte muito definido. A cada ano, os filmes se apresentam de alguma forma. Pensamos também na descentralização regional. São 24 filmes na programação de 12 estados brasileiros. Nos preocupamos em ter essa representatividade do Norte, Nordeste, Centro-Oeste”.
Eugenio Puppo: “É muito trabalhoso fechar essa curadoria. Não ficamos atentos apenas aos inscritos. Pegamos os filmes exibidos em outros festivais, como Tiradentes e Rio, por exemplo, e vemos quais não foram inscritos. Analisamos também o line-up de todas as distribuidoras. É muito mais difícil e trabalhoso fazer essa curadoria para a Mostra de Gostoso porque temos esse olhar para o ano inteiro da produção independente. Ao total, a gente acaba vendo mais de mil filmes. É uma responsabilidade muito maior do que você se ater ao conjunto de filmes que se inscreveram. Temos a liberdade de procurar um título, por exemplo, que passou em Tiradentes e não ganhou nada. Ter esse olhar, conhecer o trabalho do realizador”.
Convidada especial: a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, marcou presença
MOSTRA PANORAMA
Matheus Sundfeld: “Antes a mostra Panorama era realizada no Centro de Cultura da cidade, que é um pouco distante da Praia do Maceió. Era sempre uma preocupação nossa em levar o público para assistir aos filmes lá. Criava uma logística que não era tão natural com a proposta do festival. Era um desejo nosso de longa data ter a mostra Panorama também nesse espaço da praia. Essa tenda surgiu com esse objetivo: de centralizar as atividades, já que os debates acontecem por aqui, os convidados ficam em pousadas próximas. A Mostra prioriza muito esse encontro das pessoas. Conseguimos, enfim, realizar esse nosso desejo de colocar a Panorama na praia. Claro que é um projeto que ainda vamos aprimorar a estrutura para as próximas edições”.
COLETIVO NÓS DO AUDIOVISUAL
Eugenio Puppo: “Os alunos estão dominando o mercado aqui na região. Até hoje, já temos 24 curtas realizados por eles, desde 2013. São 51 oficinas, que contaram com participações de nomes como Jorge Bodanzky, Rodrigo Aragão, Fabio Bardella, Beth Goulart. A base das oficinas é formar essas pessoas e também despertar a consciência como cidadão. Essa é a premissa básica”.
O FUTURO DA MOSTRA
Eugenio Puppo: “Nossa ideia é cada vez mais passar menos filmes, de maneira mais seleta. De modo que a pessoa possa assistir sem ter outra atração que concorra com as exibições. Ela termina, pensa, processa, vai dar um mergulho, descansa, almoça, participa do debate. Não queremos uma correria maluca porque você acaba não absorvendo adequadamente as obras. Não queremos só uma boa projeção, mas um tempo para a pessoa digerir o que assistiu”.
Matheus Sundfeld: “Não pensamos no crescimento da Mostra em números, em quantidade de filmes, em público. Nosso objetivo é aprimorar o que já temos. Vamos focar bastante nessa nova tenda e trabalhar ainda mais nas oficias do coletivo, com novas turmas”.
Eugenio Puppo: “Não queremos ter mil lugares na praia. Queremos tornar a sala mais inclusiva. Queremos ser um festival diferenciado, orgânico, onde tudo é perto, com tempo de reflexão. Não queremos nada estressante. Olha esse lugar que estamos! Se você não dialoga com o lugar, não faz sentido”.
Os alunos do Coletivo Nós do Audiovisual durante apresentação do filme
10 ANOS DA MOSTRA DE CINEMA DE GOSTOSO
Eugenio Puppo: “Queremos fazer uma edição especial, claro! Para o ano que vem, a ideia é que a tenda da mostra Panorama seja ainda mais incrível. Queremos melhorar isso, trocar as lonas das cadeiras, aprimorar ainda mais a iluminação, o palco. Para nós, crescer é dar esses avanços, esse aprimoramento. Queremos aumentar o número de seminários e trazer alguns convidados internacionais também, como curadores de grandes festivais. O grande barato é estar com a comunidade”.
Neste ano, o filme cearense A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, apresentado na Mostra Competitiva, foi escolhido como o melhor longa-metragem pelo júri popular e também recebeu o Troféu da Imprensa, formado por jornalistas e críticos que cobrem o evento. O curta-metragem Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante, recebeu o prêmio do público. Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores.
A 9ª Mostra de Cinema de Gostoso é uma realização da Heco Produções e do CDHEC, Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania, e da Guajirú Produções.
*O CINEVITOR esteve em São Miguel do Gostoso e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Zezé Motta no filme Doutor Gama: uma das maiores artistas do país
A 17ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 1º e 7 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba, acaba de anunciar que a consagrada atriz e cantora Zezé Motta será uma das homenageadas deste ano e receberá o Troféu Aruanda pelo conjunto da obra.
Para celebrar esse momento, será exibido o premiadíssimo Xica da Silva, de Cacá Diegues e lançado em 1976, filme em que Zezé foi aclamada pela crítica por sua atuação e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles: o Troféu Candango no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Prêmio Coruja de Ouro de Cinema, Prêmio Air France de Cinema e Prêmio Governador do Estado de São Paulo.
Ao longo de sua carreira, foi homenageada no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Oscarito, no Troféu Raça Negra, no Festival de Cinema de Vitória, entre outros. Zezé Motta também se destacou pelo seu extenso trabalho na televisão, em especial nas novelas Corpo Dourado, A Próxima Vítima, Porto dos Milagres e O Beijo do Vampiro.
Nascida Maria José Motta de Oliveira em Campos dos Goytacazes, no interior fluminense, se mudou ainda criança para a cidade do Rio de Janeiro, no morro do Cantagalo. Sua mãe era costureira e seu pai motorista, mas ele tinha talento para música e praticava instrumentos no tempo vago, o que provavelmente influenciou Zezé a se interessar pelas artes.
Foi indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por Deserto Feliz, Gonzaga: De Pai pra Filho, M8 – Quando a Morte Socorre a Vida e venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante por Doutor Gama. Zezé Motta é considerada uma das maiores artistas do país e expoente da cultura afro-brasileira.
Neste ano, a programação conta com 97 filmes e o comitê de seleção e curadoria, coordenado por Paulo Roberto Jr., contou com o olhar dedicado e cuidadoso de: Beatriz Vieirah, Cristiana Giustino, Evelyn Sacramento, Gustavo Duarte, Lucas Murari, Marina Fontes Pessanha e Sérgio Alpendre.
A abertura do evento será com a Mostra Animac, realizada em parceria com o Festival Animac, que acontece na Catalunha e apresenta uma seleção de filmes de animação do mundo todo. Depois dos filmes haverá um debate com o cineasta Marcelo Marão.
Entre os selecionados, a Mostra Competitiva Internacional traz filmes que se destacaram em diversos festivais, entre eles: o iraniano Deer (Gavazn), de Hadi Babaeifar, premiado em Berlim; o curta belga The Fruit Tree, de Isabelle Tollenaere, que estreou no Festival de Veneza; Raie Manta, de Anton Bialas, que passou na Semana da Crítica em Cannes; e Tsutsué, de Amartei Armar, representando o novo cinema negro internacional e que marcou presença na última edição do Festival de Cannes.
Além dos curtas que concorrem nas mostras competitivas, produções cariocas e latino-americanas ganham destaque nas Mostras Panoramas, enquanto as Mostras Especiais, como Primeiros Quadros Nacional e Primeiros Quadros Hispânicos, apresentam os primeiros filmes de novos cineastas.
“Este ano temos uma programação mais enxuta, que traz alguns dos filmes mais importantes da temporada para a tela do Estação. Foi um trabalho intenso de seleção dentre os quase 4000 inscritos que compartilhei com um grupo de olhar muito afiado responsável pela curadoria deste ano. Mantemos nosso perfil de passear por vários gêneros e propostas do curta metragem, dando destaque a filmes que apresentam notáveis inovações na linguagem”, disse Paulo Roberto Júnior, responsável pela programação do Festival Curta Cinema.
A programação desta edição conta também com atividades paralelas, como a masterclass de direção com Neville d’Almeida e a Oficina de Desenvolvimento de Projetos de Curta-Metragem com Beth Formaggini. O festival também apresenta a 25ª edição do Laboratório de Projetos, com Lobo Mauro, Luciana Bezerra e Marina Meliande, que contemplará uma equipe de jovens cineastas com a possibilidade de produzir seu curta. O encerramento do Curta Cinema terá uma programação especial com a exibição de filmes participantes do Festival REGARD, do Canadá, apresentando uma seleção de seis produções de Quebec.
O festival é exclusivamente dedicado à exibição e à promoção de obras audiovisuais de curta-metragem. O evento exibe trabalhos finalizados em suportes digitais, com duração máxima de 30 minutos, e tem caráter competitivo e informativo. Além disso, é qualificador para importantes prêmios da indústria audiovisual, entre eles, o Oscar, realizado pela AMPAS, Academy of Motion Picture Arts and Sciences.
Conheça os filmes selecionados para o Curta Cinema 2022:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Aragem, de Ricardo Alves Jr. (MG) Big Bang, de Carlos Segundo (SP) Contragolpe, de Victor Uchôa (BA) Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ) Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (SP) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (PE) Lugar de Ladson, de Rogério Borges (SP) Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS) Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ) Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS) Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP) Qual é a Grandeza?, de Marcus Curvelo (BA) Sangoma, de Aline Fernandes, Nathalia Freitas, Talita Araujo e Terená Kanouté (SP) Teatro de Máscaras, de Eduardo Ades (RJ) Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ) Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Rolando Calel Apén (SP)
MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL
Aftermath, Afterpath, de Frédérique Buck e Gintare Parulyte (Luxemburgo) Buurman Abdi, de Douwe Dijkstra (Holanda) By Flavio, de Pedro Cabeleira (Portugal) Deer (Gavazn), de Hadi Babaeifar (Irã) El After del Mundo, de Florentina Gonzalez (França) Further and Further Away, de Polen Ly (Camboja) Ice Merchants, de João Gonzalez (Portugal) I Love Pictures, de Gabriel Bellone (EUA) Invisibles, de Esteban Garcia Garzon (Colômbia) La Marcha de Balogun, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil) L’autre Rive, de Gaëlle Graton (Canadá) Noche. Del Borde Del Sofa a La Cama Doble., de Luis Enrique Barbour (Colômbia) Raie Manta, de Anton Bialas (França) Salvation Has No Name, de Joseph Wallace (Reino Unido) Same Old, de Lloyd Lee Choi (EUA) Scale, de Joseph Pierce (França/Bélgica/Reino Unido) The Empty Sphere, de Stéphanie Roland (Estados Federados da Micronésia) The Fruit Tree, de Isabelle Tollenaere (Bélgica) Tria, de Giulia Grandinetti (Itália) Tsutsué, de Amartei Armar (França/Gana)
PANORAMA CARIOCA
Carta para Glauber, de Gregory Baltz Correria, de Liliana Mont Serrat Flores Vermelhas, de Érica Sansil Iceberg, de Will Domingos Jornada de 14 Horas, de Clara Henriques e Luiza França Korrupta, de Marcos Bonisson O Plantonista do Dia, de Allan Ribeiro Quem de Direito, de Ana Galizia Vem de Volta, de Cavi Borges
PANORAMA LATINO AMERICANO
Agustina, de Luciana Herrera Caso (México) Colligare Herbarium et Insecta, de Augustina Arrarás e Nicolás Onischuk (Argentina) Dia de Visita, de Diego Rodriguez (Cuba) El Aliento, de Hernan Biassoti,Franco Cerana e Alejandro Magneres (Argentina) El Mañana es un Palacio de Agua, de Juanita Onzaga (Colômbia) L’ombre des Corbeaux, de Elvira Barbosa (França) Papel, de Gisela Carbajal Rodríguez e Felix Klee (México) Tal Vez el Infierno Sea Blanco, de Diego Andres Murillo de Tommasi (Venezuela) Tigre Tigre, de Mauricio Sáenz-Cánovas (México) Willkawiwa (El Sagarado Fuego de Los Muertos), de Pável Quevedo Ullauri (Equador)
MOSTRA PRIMEIROS QUADROS
Aluísio, O Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (PB) As Velas do Monte Castelo, de Lanna Fernandes de Carvalho (CE) Cadê Heleny?, de Esther Vital (MG) Cinema Esperança, de Ana Carolina Francisco (RJ) Essas Lápides Onde Habitamos, de Ana Machado e Vitor Artese (SP) Missão Sudoeste de Angola – Afinal Quem Nos Define?, de Carla Osorio (ES) Nada Além de Flores, de Eddy Mathias (RJ) Salgar, de Pedro Vinícius (RJ)
MOSTRA PRIMEIROS QUADROS HISPÂNICOS
All My Scars Vanish in The Wind, de Angélica Restrepo Guzmán e Carlos Velandia (Colômbia) Así Mismo, de Shraon Kleinberg (México) El Delfín, de Manuela Roca (Uruguai) Etxetxipia (Casa Pequeña), de Marina Velázquez (Espanha) Golem, de Andres Jimenez Quintero (Colômbia) Montaña Azul, de Sofía Salinas Barrera (Colômbia)
Dirigido por Marcelo Gomes, de Cinema, Aspirinas e Urubus e Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, Paloma, grande vencedor do Festival do Rio deste ano, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 10/11.
O longa, que fez sua estreia mundial no Festival de Munique em junho, também foi exibido em cidades como Londres e Huelva. Além de participar da 46ª Mostra de São Paulo, foi consagrado no Festival do Rio com três prêmios: melhor filme, melhor atriz para Kika Sena, tornando-se a primeira atriz transexual a receber o Troféu Redentor nesta categoria, e Prêmio Felix, concedido a obras com temática LGBTQIA+.
Produzido pela pernambucana Carnaval Filmes, em coprodução com a portuguesa Ukbar Filmes, o longa, selecionado para o Panorama Coisa de Cinema, Mostra de Cinema de Gostoso e Mix Brasil, será lançado pela Pandora Filmes. Roteirizado por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, Paloma parte de uma história real, que o diretor leu num jornal, e tem como protagonista Kika Sena, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, interpretando a personagem-título, uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco.
Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé, vivido por Ridson Reis. Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer, papel de Anita de Souza Macedo. O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho. Sendo assim, precisará enfrentar o preconceito e o conservadorismo para realizar esse seu desejo de casar numa igreja católica com véu e grinalda.
Em sua equipe artística, Paloma conta com Pierre de Kerchove na direção de fotografia; Rita M. Pestana na montagem; e a direção de arte é de Marcos Pedroso. O casting foi feito por Maria Clara Escobar e a preparação de elenco por Silvia Lourenço; a produção do filme é de João Vieira Jr. e Nara Aragão.
Filmado na cidade do Crato, sertão do Cariri, no Ceará, e na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, o filme conta também com Zé Maria, Suzy Lopes, Ana Marinho, Samya de Lavor, Wescla Vasconcellos, Patrícia Dawson, Nash Laila, Márcio Flecher e Buda Lira no elenco.
Para falar mais sobre Paloma, conversamos com o diretor Marcelo Gomes e com a protagonista Kika Sena. No bate-papo, falaram sobre a construção da personagem principal, pesquisa, entrosamento da equipe, preparação de elenco, testes, participação em festivais, repercussão e expectativa para o lançamento.
Elenco: Kika Sena, Ridson Reis, Zé Maria, Suzy Lopes, Ana Marinho, Samya de Lavor, Wescla Vasconcellos, Patrícia Dawson, Nash Laila, Márcio Flecher, Buda Lira, Anita de Souza Macedo.
Ano: 2022
Sinopse: Paloma é uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com o seu namorado Zé. Ela trabalha duro como agricultora numa plantação de mamão e está economizando para pagar a festa. A recusa do padre em aceitar seu pedido obrigará Paloma a enfrentar a sociedade rural. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abala sua fé.
*Clique aqui e confira nosso programa especial sobre o filme com entrevista com o diretor e com a protagonista Kika Sena.
*Filme visto na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Elenco: Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Angela Bassett, Winston Duke, Tenoch Huerta, Martin Freeman, Julia Louis-Dreyfus, Dominique Thorne, Florence Kasumba, Michaela Coel, Alex Livinalli, Mabel Cadena, Michael B. Jordan, Isaach De Bankolé, Danny Sapani, Dorothy Steel, Zainab Jah, Sope Aluko, Connie Chiume, Trevor Noah, Shawn Roberts, Zola Williams, Janeshia Adams-Ginyard, Jemini Powell, Marija Juliette Abney, Keisha Tucker, Ivy Haralson, Maya Macatumpag, Baaba Maal, Gerardo Aldana, Richard Schiff, Gigi Bermingham, Robert John Burke, Lake Bell, Judd Wild, Amber Harrington, Michael Blake Kruse, Justin James Boykin, Anderson Cooper, Kamaru Usman, T. Love, Floyd Anthony Johns Jr., Jermaine Brantley, Granger Summerset II, Luke Lenza, Alan Wells, Bill Barrett, Skylar Ebron, Taylor Holmes, Angela Cipra, Faya Madrid, María Telón, María Mercedes Coroy, Sal Lopez, Irma-Estel Laguerre, Manuel Chavez, Leonardo Castro, Juan Carlos Cantu, Shawntae Hughes, Corey Hibbert, Zaiden James, Aba Arthur, Délé Ogundiran, Kevin Changaris, Don Castor, Doron Bell, Linda E. Burkhart, Luke Endyan, Leonard Freeny, Derrick Goodman Jr., Ofu Obekpa, Tejon Wright, Chadwick Boseman.
Ano: 2022
Sinopse: A Rainha Ramonda, Shuri, M’Baku, Okoye e as Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais que intervém após a morte do Rei T’Challa. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para embarcar em um novo capítulo, os heróis devem se unir com a ajuda da Cão de Guerra Nakia e Everett Ross para forjar um novo caminho para o reino de Wakanda e enfrentar um novo vilão: Namor, rei de uma nação submarina oculta.
Alice Braga em Eduardo e Mônica: prêmio de melhor atriz
Foram anunciados nesta quarta-feira, 09/11, no Monica Film Center, em Santa Mônica, nos Estados Unidos, os vencedores do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, que completou quinze anos desde sua fundação. Também foram divulgados os vencedores do 3º Los Angeles International Music Video Festival, competição de videoclipes.
Neste ano, o evento exibiu23 filmes levando ao público brasileiro e americano o que de melhor vem sendo produzido na sétima arte no Brasil: “Estamos muito felizes em poder retomar as atividades do LABRFF após a pandemia. O LABRFF 2022 superou nossas expectativas. A curadoria e o júri fizeram um trabalho incrível, que agradou o público. Temos a consciência da importância do LABRFF na conexão dos mercados brasileiro e americano e por isso precisamos seguir com o projeto, crescendo cada vez mais”, comentou a fundadora do festival, Meire Fernandes.
Entre os filmes, Eduardo e Mônica, de René Sampaio, inspirado nos populares personagens criados por Renato Russo, foi consagrado com cinco prêmios, entre eles, melhor filme e melhor atriz para Alice Braga. O curta-metragem paraibano O Pato, de Antônio Galdino, também se destacou.
Também foi realizada mais uma edição do LAMV, Los Angeles International Music Video Festival, a competição de videoclipes do LABRFF: “O LAMV trouxe a diversidade que existe na arte. Videoclipes de vários continentes puderam mostrar um pouco das diferentes culturas ao redor do planeta. Estamos felizes com o crescimento do festival e com a possibilidade de promover esse mercado em Los Angeles”, disse Manoel Neto, fundador do LAMV. Além disso, foi anunciado que a partir desta edição, o prêmio de melhor direção do LAMV recebe o nome de Rafael Kent, uma homenagem ao renomado diretor brasileiro de videoclipes que morreu em abril.
A noite de premiação contou ainda com uma emocionante homenagem à cantora Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira, aos 77 anos: “O LABRFF é a celebração da arte brasileira. A música sempre esteve presente no nosso festival, mesmo antes da fundação do LAMV. Dione Warwick já esteve conosco recebendo homenagem e a Urbana Legion veio do Brasil homenagear Renato Russo em 2015, só para citar alguns exemplos. Recebemos a notícia da morte da Gal Costa com muita tristeza e não poderíamos deixar de homenagear um dos maiores nomes da música do nosso país. Só temos o que agradecer a esta grande artista brasileira”, disse Meire Fernandes.
Durante o evento também foi realizada mais uma edição do Brazilian Film Market, a feira de mercado do LABRFF, com palestras e painéis com temas como O Impacto Social do Entretenimento e orientações sobre como profissionais brasileiros podem se regularizar para filmar nos Estados Unidos.
Conheça os vencedores do LABRFF e do LAMV 2022:
LABRFF
Melhor Filme de Ficção: Eduardo e Mônica, de René Sampaio e A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky Melhor Documentário: A Música Natureza de Léa Freire, de Lucas Weglinski e Cafi, de Lírio Ferreira e Natara Ney Melhor curta-metragem brasileiro: O Pato, de Antônio Galdino Melhor curta-metragem americano: Waysland, de Lyria Garcia Melhor Direção: Laís Bodanzky, por A Viagem de Pedro Melhor Roteiro: O Novelo, escrito por Nanna de Castro Melhor Atriz: Alice Braga, por Eduardo e Mônica Melhor Ator: Rocco Pitanga, Nando Cunha, Sergio Menezes, Sidney Santiago-Kuanza e Rogerio Brito, por O Novelo Melhor Atriz Coadjuvante: Juliana Carneiro da Cunha, por Eduardo e Mônica Melhor Ator Coadjuvante: Everaldo Pontes, por Sol Melhor Fotografia: A Viagem de Pedro, por Pedro J. Marquez Melhor Trilha Sonora: Eduardo e Mônica, por Fabiano Kriger, Lucas Marcier e Pedro Guedes Melhor Edição: Eduardo e Mônica, por Lucas Gonzaga e Leticia Giffoni Menção Especial | EUA: Beyond, de Thiago Dadalt Menção Especial | EUA: Gui Agustini pela direção do curta-metragem The Encounter Menção Especial | Brasil: Elder Fraga pela direção de O Artista e a Força do Pensamento Menção Especial | Brasil: Isabél Zuaa por sua atuação em O Novelo e A Viagem de Pedro
LAMV | Los Angeles Latin Music Video Festival
Melhor Videoclipe: Black Coffee, de Morgan Power; direção de Natthapol Asawarnon Melhor Música: Céu Aberto, de Marcelo Falcão Melhor Direção: Erica Chan, por Life Support, de F.A.W.N. Melhor Voz: KOLINGA, por Les Fantômes Melhor Narrativa: Céu Aberto, de Marcelo Falcão; direção: Mess Santos Melhor Fotografia: Lara, de Raphael Ota; direção: Cesar Raphael Melhor Animação: Behind Your Walls, de The Offspring; direção: Jeb Hardwick Melhor Edição: Les Fantômes, de KOLINGA; direção: Rébecca M’Boungou e Mathias Bracho Lapeyre
Rafael Anaroli, de Quebra Panela, e Giovanni Venturini, de Big Bang: premiados
Foram anunciados nesta quarta-feira, 09/11, no Cine Metha-Glauber Rocha, em Salvador, os vencedores da 18ª edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, que contou com mostras competitivas, atividades paralelas e diversos convidados.
Entre os premiados deste ano, o longa Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre, foi eleito o melhor filme da Competitiva Nacional segundo o Júri Oficial; os curtas-metragens Big Bang, de Carlos Segundo, e Quebra Panela, de Rafael Anaroli, também se destacaram. O filme de encerramento desta edição foi A Mãe, de Cristiano Burlan, protagonizado por Marcélia Cartaxo.
O Júri Oficial deste ano foi formado por: Marcello Maia, Edvana Carvalho e Luiz Joaquim na Competitiva Nacional; Karliane Nunes, Aleksei Abib e Andreia Beatriz na Competitiva Baiana; Clara Lua, Karina Paz e Paulo Alcântara na Competitiva Internacional; e Taylon Protásio, Álex Antonio e Everlane Moraes na Competitiva Cachoeira.
O Júri APC, Associação de Produtores e Cineastas da Bahia, contou com: Priscilla Andreata, Carollini Assis e Paulo Hermida na Competitiva Nacional; e Fabíola Aquino, Luciana Queiroz e Eduardo Ayrosa na Competitiva Baiana. O Júri BRADA, Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil, foi formado por: Camila Tarifa, Laura Carvalho e Clarissa Ribeiro na Competitiva Nacional; e Dayse Barreto, Mariana Falvo e Tatiana Curto na Competitiva Baiana. Enquanto isso, o Júri AMAAV, Associação de Maquiadores e Assistentes de Audiovisual, que entrega o Prêmio Destaque de Melhor Maquiagem, contou com Nayara Homem, Patrícia Martinelli e Tayce Vale na competitiva Nacional.
Conheça os vencedores do XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema:
JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP) Menção Honrosa: Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA)
JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Menção Honrosa: Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA BAIANA
Melhor Longa: Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa Menção Honrosa: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
Melhor Curta: Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo Prêmio Especial do Júri: Eu, Negra, de Juh Almeida Menção Honrosa: Contragolpe, de Victor Uchôa
JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA INTERNACIONAL
Melhor Longa: Carrero (Carretero), de Germán Basso e Fiona Lena Brown (Argentina) Menção Honrosa: A Visita e um Jardim Secreto (La Visita y un Jardín Secreto), de Irene M. Borrego (Espanha/Portugal) Melhor Curta: Tsutsué, de Amartei Armar (França/Gana)
JÚRI CACHOEIRA | COMPETITIVA NACIONAL
Melhor Filme | Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Prêmio Especial do Júri: Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA) Menção Honrosa: Regra 34, de Julia Murat (RJ)
Melhor Filme | Curta: Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Prêmio Especial do Júri: A Morte de Lázaro, de Bertô (SP) Menção Honrosa: Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
JÚRI JOVEM | COMPETITIVA NACIONAL
Melhor Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Melhor Curta: Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
JÚRI JOVEM | COMPETITIVA BAIANA
Melhor Longa: Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa Melhor Curta: Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziario
JÚRI APC | COMPETITIVA NACIONAL
Melhor Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Prêmio Especial do Júri: Regra 34, de Julia Murat (RJ) Menção Honrosa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP)
Melhor Curta: Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Menção Honrosa: Não vim no mundo para ser pedra, de Fabio Rodrigues Filho (BA)
JÚRI APC | COMPETITIVA BAIANA
Melhor Longa: Saberes Quilombolas, de Plínio Gomes e Bruno Saphira Prêmio Especial do Júri: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
Melhor Curta: Quando a pátria bate forte, de Jamille Fortunato Prêmio Especial do Júri: Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira Menção Honrosa: Contragolpe, de Victor Uchôa e Mesa Posta, de Thaís Bandeira
JÚRI INDIE LISBOA
Melhor Longa: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo (SP) Melhor Curta: Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SP)
JÚRI BRADA DE DIREÇÃO DE ARTE
Longa Nacional: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF) Longa Baiano: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
JÚRI AMAAV COMPETITIVA NACIONAL | MAQUIAGEM DESTAQUE Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (SP)
Chico Diaz e Maria Fernanda Cândido em Vermelho Monet, de Halder Gomes
Considerado uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, o CINE PE – Festival do Audiovisual realizará sua 26ª edição com uma programação plural, que traz diversidade de linguagens e narrativas. Entre os dias 9 e 14 de dezembro, o tradicional Cinema São Luiz será, novamente, o palco para a exibição de produções de todo o país.
Dos 731 inscritos, número que supera as inscrições de 2021, seis títulos, entre ficções e documentários, foram selecionados para a mostra competitiva de longas-metragens, além dos seis filmes que integram a mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos e 12 da competitiva de curtas-metragens nacionais.
Fora de competição, a Mostra Hors-Concours exibirá, na noite de abertura do Cine PE 2022, o curta-metragem documental A Vida Secreta de Delly, do cineasta pernambucano Marlom Meirelles. Produto final de uma oficina do Cine PE, o filme conta a história de Edelfan Batista, que enfrentou o preconceito e o abandono antes de se tornar a voz dos catadores de Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho. Na mesma noite, o festival presta homenagem a Sérgio Rezende, diretor de filmes como Zuzu Angel e Salve Geral, com a exibição do documentário Leila Para Sempre Diniz, rodado pelo cineasta em 1975. Por fim, dentro da mostra competitiva de longas, o primeiro dia do evento terá a exibição de Vermelho Monet, de Halder Gomes.
Realizado por Sandra Bertini, o 26º Cine PE tem na curadoria dos filmes dois profissionais ligados ao audiovisual: a crítica de cinema, jornalista, criadora e editora-chefe do site Nervos, Nayara Reynaud; e o crítico e programador do circuito Cine Materna, Edu Fernandes. “Algo interessante na curadoria é como ela se revela naturalmente ao longo do nosso processo de trabalho. Neste ano, isso aconteceu de novo com os curtas-metragens quando percebemos que, organicamente, tínhamos em mãos uma seleção de longas que se voltava para o interior do Brasil, sem perder de vista questões urgentes em todo o país e no mundo, por exemplo. Mesmo a exceção é um título de um cineasta que cresceu no sertão filmando pela primeira vez em cenários internacionais. Por isso, acredito que essa 26ª edição do Cine PE não apenas reforça a vocação do festival de trazer a diversidade regional da produção cinematográfica brasileira, como também vem de encontro a um momento em que a opinião pública sente a necessidade de olhar e debater esses vários Brasis que vemos na tela”, disse Nayara Reynaud.
O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga. Além disso, caberá ao público selecionar os vencedores do Júri Popular. Ao final de cada noite de exibição, os espectadores poderão entrar no site oficial do festival para votar em seus favoritos. A plataforma servirá como um agregador de informações para a imprensa sobre o evento e contará com a ficha técnica de todos os filmes.
Os alunos das escolas públicas municipais e estaduais tiveram acesso, mais uma vez, a duas sessões especiais dentro da programação do Cine PE. A Mostra Infantil, fora de competição, aconteceu em outubro deste ano e exibiu os filmes Detetives do Prédio Azul 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo, de Mauro Lima, e 10 Horas para o Natal, de Cris D’Amato, no Teatro do Parque.
Neste ano, todas as sessões e a cerimônia de encerramento serão realizadas no Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, com capacidade para mil pessoas. Construído em 1952, no bairro da Boa Vista, às margens do rio Capibaribe, o cinema foi tombado como patrimônio histórico e revitalizado em 2008. A entrada das sessões será gratuita e os ingressos para cada dia deverão ser retirados na bilheteria.
A edição de número 26 do Cine PE traz ainda uma grande novidade, com o propósito de ampliar os horizontes do festival: o CINE PE Seminários. Os encontros acontecerão em dois dias: na segunda-feira, 12 de dezembro, acontece a oficina Expectativas e Cenários: Economia, Política e Desenvolvimento, enquanto na terça, 13 de dezembro, o tema será Reconstrução Orgânica e Recuperação de Imagem Setorial: Retomada de uma Política Cultural Forte e Sustentável. Ambos os seminários serão divididos em dois horários, das 9h às 12h e das 14h às 17h; os encontros acontecem no Salão Bezerros do Hotel Beach Class Convention, em Boa Viagem; a entrada é gratuita.
Para a direção do festival, nesse momento de crise econômica e de forte desincentivo à produção cultural, é importante que fazedores de cultura se unam para defender e fomentar a cadeia produtiva: “Nossa campanha este ano é Alimentando a Cultura de Pernambuco. O CINE PE é um festival que está há 26 anos enraizado no calendário cultural do nosso estado. Tenho muito orgulho de, mesmo durante um período tão difícil, com a pandemia e tantas outras adversidades, termos conseguido realizar nossa celebração ao cinema nacional todos os anos. Apesar de tudo o que enfrentamos coletivamente, nos mantivemos firmes e fortes e estamos prestes a lançar mais uma edição que é fruto de um esforço não só meu, mas de toda a equipe que abraça e reconhece o CINE PE como uma vitrine do audiovisual brasileiro”, disse Sandra Bertini.
O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A Calunga é a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade, expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados são contemplados com a Calunga de Ouro, e os filmes vencedores, com a Calunga de Prata.
Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no qual um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição. Além de ser exibido na grade de programação, o vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio de 15 mil reais.
Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2022:
MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS
Aldeia Natal, de Guto Pasko (PR) Casa Izabel, de Gil Baroni (PR) Gerais da Pedra, de Paulo Junior, Gabriel Oliveira e Diego Zanotti (MG) Rama Pankararu, de Pedro Sodré (RJ) Um Outro Francisco, de Margarita Hernández (CE) Vermelho Monet, de Halder Gomes (SP)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM) Andrômeda, de Lucas Gesser (DF) Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA) Desejo e Necessidade, de Milso Roberto (PB) Ensaio Sobre o Grito, de Rafael Valles (RS) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Fragmentos de Gondwana, de Adalberto Oliveira (PE) Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE) Maria, de Guilherme Carravetta de Carli (RS) O Crime da Penha, de Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella (SP) O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG) Os Pilotos do Plano, de Bruna Lessa (SP)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
A Raiz de Um, de Pedro Henrique Lima Contos de Amor e Crime, de Natali Assunção Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio Mormaço, de Carol Lima Solum, de Vitória Vasconcellos Último Dia, de Armando Lôbo
Rafael Rogante, um dos diretores do curta Ela Mora Logo Ali: premiado
Foram anunciados na noite desta terça-feira, 08/11, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, os vencedores da 9ª edição da Mostra de Cinema de Gostoso, que aconteceu na Praia do Maceió.
Ao todo foram cinco dias de exibições, além da realização de seminários, debates e palestras, registrando um público total de mais de sete mil pessoas. O anúncio das premiações foi realizado pelos diretores da Mostra, Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld, para uma plateia formada por atores, cineastas, diretores, jornalistas, estudantes, turistas, convidados e comunidade. Os vencedores recebem o Troféu Cascudo, em homenagem ao folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo.
O filme cearense A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, apresentado na Mostra Competitiva, foi escolhido como o melhor longa-metragem pelo júri popular e também recebeu o Troféu da Imprensa, formado por jornalistas e críticos que cobrem o evento. O curta-metragem Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante, recebeu o prêmio do público.
Eugenio Puppo, diretor e curador da Mostra, disse: “Estamos muito felizes por ter conseguido realizar esta nona edição com as presenças de tantas pessoas, como realizadores, atores, diretores, jornalistas, críticos, público em geral, sendo muitos de vários estados brasileiros e que elogiaram a programação. Nossa Mostra é uma das últimas que acontece no final do ano e temos esse olhar para com a produção independente, não só para os filmes inscritos, mas os que são exibidos em outros festivais e principais produtoras; de modo que essa é uma curadoria sempre mais complexa de se fazer por conta disso, por conta desse olhar para toda a produção do cinema independente brasileiro do ano”.
A noite também foi marcada pela exibição de Mato Seco em Chamas, filme de encerramento que teve estreia no Festival de Berlim. O longa, dirigido por Adirley Queirós e Joana Pimenta, também passou pelo Festival Internacional de Cinema de Toronto.
Conheça os vencedores da Mostra de Cinema de Gostoso 2022:
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE)
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
MENÇÃO HONROSA Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC)
TROFÉU DA IMPRENSA | LONGA-METRAGEM A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE)
TROFÉU DA IMPRENSA | CURTA-METRAGEM Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP)
*O CINEVITOR está em São Miguel do Gostoso e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.