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Exibição de Legalidade, de Zeca Brito, e homenagem ao ator Leonardo Machado emocionam o público do 47º Festival de Gramado

por: Cinevitor

legalidadegramado2O diretor Zeca Brito com os pais do ator Leonardo Machado.

A sessão especial do filme Legalidade, de Zeca Brito, exibido na noite de domingo, 18/08, na 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado foi marcada por muita emoção por conta da homenagem ao ator Leonardo Machado, protagonista do filme. Leo, que faleceu em setembro do ano passado, foi também um dos apresentadores do festival por oito anos.

No telão, a imagem do ator com o kikito na mão pelo filme Em Teu Nome, de Paulo Nascimento, cantando Gracias a La vida emocionou a plateia. Seus pais, Loureni e Sandra, os padrinhos Joel e Rejane, e a mulher Ane receberam uma placa de homenagem e foram saudados pelo presidente da Gramadotur, Edson Néspolo. “Não tem nada maior do que o exemplo da simplicidade que eles nos deixou. O Leo tinha um coração enorme e o festival é muito grato pelo que ele fez por nós”, disse.

O pai do ator agradeceu por tudo o que o festival fez pelo filho: “Quero agradecer a quantidade de amigos que ele fez aqui e que nos ajudam a viver”. A mãe completou: “Esses amigos têm nos ajudado a ficar de pé”.

legalidadegramado3Os atores com o diretor no palco.

Depois da homenagem, o cineasta Zeca Brito subiu ao palco do Palácio dos Festivais para apresentar o filme Legalidade, exibido fora de competição. No longa, Leonardo Machado interpreta uma das mais emblemáticas figuras políticas que o Brasil já teve, Leonel Brizola, que liderou a Campanha da Legalidade, em 1961. O movimento, sem precedentes na história do país, foi uma mobilização civil e de alguns setores militares para garantir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia do presidente Jânio Quadros, a fim de assegurar que a Constituição Federal fosse respeitada e impedir o golpe militar.

Acompanhado por diversos integrantes da equipe e dos atores Fernando Alves Pinto, Cleo e Letícia Sabatella, o diretor cantou o tema do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e entregou o prêmio de melhor ator, recebido no Festival Guarnicê de Cinema, para os pais de Leonardo Machado. “Que essa fonte nunca seque. E essa fonte é o cinema brasileiro”, finalizou Zeca Brito.

Aperte o play e confira os melhores momentos da homenagem e da apresentação do filme no Palácio dos Festivais:

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Fotos: Edison Vara/Agência Pressphoto.

Emiliano Cunha e protagonistas falam sobre Raia 4, filme exibido no 47º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor

raia4sessaogramadoCinema gaúcho no tapete vermelho.

Escrito e dirigido por Emiliano Cunha, Raia 4 foi exibido na Mostra Competitiva de Longas Brasileiros do 47º Festival de Cinema de Gramado no sábado, 17/08. O filme, que já participou de festivais do Panamá, Cartagena das Índias, na Colômbia, e Uruguai, também foi selecionado para o Festival de Shanghai.

O longa é um drama com elementos de suspense ambientado no universo da natação competitiva e traz no elenco as estreantes Brídia Moni e Kethelen Guadagnini, Fernanda Chicolet e José Henrique Ligabue, entre outros. Na trama, duas adolescentes de temperamentos distintos são unidas pelos conflitos da idade e, principalmente, pelo amor pela natação. As inquietações de Amanda se intensificam e ela acaba buscando refúgio no único local em que se sente plena e segura: embaixo d’água, onde segredos não podem ser ouvidos.

Raia 4 foi rodado entre janeiro e fevereiro de 2018 em locações em Porto Alegre e arredores. As gravações duraram 27 diárias, com um elenco de 40 atores e 200 figurantes. Cunha divide a produção com Davi de Oliveira Pinheiro e Pedro Guindani. Na equipe técnica estão: Valeria Verba e Sheila Marafon, que dividem a direção de arte; Edu Rabin, diretor de fotografia; Vicente Moreno, montagem; e Beto Picasso, diretor de produção.

O diretor subiu ao palco do Palácio dos Festivais acompanhado por diversos integrantes da equipe: “Queríamos muito fazer a estreia nacional em Gramado, não só pela carreira dos curtas que eu tive aqui, mas principalmente porque será a primeira vez que vou conseguir exibir o filme para a grande maioria do elenco e também para seus pais”, disse Cunha. No dia seguinte à exibição, a equipe participou de uma coletiva de imprensa.

Para falar mais sobre Raia 4, conversamos com as atrizes Brídia Moni e Kethelen Guadagnini e também com o diretor, que destacaram diversos assuntos, como: preparação de elenco, entrosamento, estreia em Gramado, entre outros.

Aperte o play e confira:

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Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Carla Camurati é homenageada no 47º Festival de Gramado com o Troféu Eduardo Abelin

por: Cinevitor

carlacamuratigramado2A homenageada no palco.

A noite de sábado, 17/08, da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado foi marcada pela entrega do Troféu Eduardo Abelin, que homenageia diretores ou entidades do cinema brasileiro, para a cineasta Carla Camurati.

Diretora, produtora e roteirista, sua carreira se confunde com a renovação do audiovisual brasileiro. Em 1995, seu primeiro longa, Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, se tornou um marco da retomada do cinema brasileiro. Em sua trajetória nas telonas constam prêmios de melhor atriz nos filmes O Olho Mágico do Amor (1982); A Estrela Nua (1985), pelo qual levou o Prêmio Especial do Júri em Gramado; Cidade Oculta (1986); Eternamente Pagu, kikito de melhor atriz em 1988; Lamarca (1994); além de ter realizado diversos trabalhos na TV.

Em 2018, começou a produção do documentário História de um Tempo Presente, que retoma a partir de imagens de arquivo o período de redemocratização do Brasil, de 1984 até os dias de hoje. Como diretora também realizou os longas: La serva Padrona, com Thales Pan Chacon; Copacabana, com Marco Nanini, Walderez de Barros e Laura Cardoso; e Irma Vap: O Retorno, baseado na peça O Mistério de Irma Vap, de Charles Ludlam, com Ney Latorraca e Marco Nanini.

Camurati foi recebida no palco do Palácio dos Festivais por Marcos Santuário, um dos curadores do evento, e recebeu muitos aplausos da plateia. “Eu estou muito honrada em receber essa homenagem. O Festival de Gramado é muito importante pra mim”, disse. E completou: “É um festival que acompanhou o crescimento do cinema brasileiro”.

Ao final do discurso, a homenageada fez uma dedicatória especial: “Queria dedicar esse prêmio para todas as mulheres que fizeram e fazem cinema brasileiro. E ao meu filho Antônio, meu companheiro de set desde um ano de vida”. E finalizou: “Tenho muito orgulho do cinema brasileiro”.

Aperte o play e assista aos melhores momentos da homenagem:

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Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

Paulo Miklos e Thaíde falam sobre O Homem Cordial, de Iberê Carvalho, exibido no 47º Festival de Gramado

por: Cinevitor

homemcordialgramado1Equipe reunida no tapete vermelho do Palácio dos Festivais.

Depois da exibição de Bacurau, na sexta-feira, 16/08, como filme de abertura, a Mostra Competitiva de Longas Brasileiros da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado começou com O Homem Cordial, de Iberê Carvalho.

O roteiro, assinado pelo diretor e pelo uruguaio Pablo Stoll, de Whisky, é um thriller psicológico, no qual o afloramento de uma onda de ódio e intolerância é visto a partir do ponto de vista de Aurélio, interpretado por Paulo Miklos, um homem de 60 anos, branco, rico e heterossexual, que de sua posição social privilegiada se vê perdido e impotente, sem saber como reagir a essa realidade que se apresenta.

A cidade de São Paulo, onde O Homem Cordial foi rodado, também é uma personagem do filme. A opção do diretor pela capital foi devido ao cenário urbano de uma grande metrópole que simboliza o desenvolvimento. O longa tem fotografia de Pablo Baião, vencedor do kikito de melhor fotografia no último Festival de Gramado por Simonal. Maíra Carvalho, ganhadora do kikito de melhor direção de arte, em 2015, por O Último Cine Drive-in, de Iberê Carvalho, assina a arte; o filme também levou os kikitos de melhor atriz coadjuvante para Fernanda Rocha, melhor ator para Breno Nina e melhor longa brasileiro segundo o Júri da Crítica.

homemcordialgramado2O diretor Iberê Carvalho na apresentação do filme.

A apresentação do longa no Palácio dos Festivais contou com a presença do diretor e de vários integrantes da equipe, entre eles, o produtor Rodrigo Sarti Werthein, o diretor de fotografia Pablo Baião e os atores Paulo Miklos e Thaíde. Maíra Carvalho, irmã de Iberê, produtora e diretora de arte do filme, aproveitou o momento para ler um manifesto da classe sobre a atual situação cultural do país: “Nossa solidariedade e apoio aos colegas produtores, diretores e equipes que tiveram seus projetos censurados antes mesmo da seleção. Que a censura nunca mais volte. Ditadura nunca mais! Tortura nunca mais!”.

O rapper Thaíde, que interpreta o personagem Béstia, também fez seu discurso no palco: “Um recado direto para aqueles que querem podar e inibir o cinema brasileiro. Enquanto existirem diretores que tenham a coragem de Iberê Carvalho, como tantos outros no Brasil, vocês estarão perdidos. Nunca se esqueçam disso”. Roberta Estrela D’Alva, que faz uma participação no filme, encerrou a apresentação no palco com uma performance emocionante: “Desejo que minhas palavras se transformem em antídoto. Censura nunca mais! Ditadura nunca mais!”, finalizou sendo ovacionada pela plateia.

Aperte o play e assista às entrevistas com os atores Paulo Miklos e Thaíde e também aos melhores momentos da apresentação do filme no Palácio dos Festivais:

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Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

47º Festival de Cinema de Gramado: conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas

por: Cinevitor

curtasgauchos2019Os vencedores de 2019 no palco.

Aconteceu na noite de domingo, 18/08, no palco do Palácio dos Festivais, ao som do grupo Nico Tributo, a entrega do tradicional Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema para a Mostra Gaúcha de Curtas, do Festival de Cinema de Gramado.

A animação Só sei que foi assim, dirigida por Giovanna Muzel, foi a grande vencedora da noite e recebeu o Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema de melhor filme e, também, foi considerado o melhor filme pelo Júri da Crítica. A produção recebeu R$ 8.000 em dinheiro, assim como o Prêmio Edina Fujii CiaRio, no valor de R$ 10.000 em locação de equipamentos de iluminação, acessórios, e maquinaria da empresa Naymar, com validade de um ano.

A comissão de seleção foi composta por: Alice Urbim, jornalista; Paulo Casa Nova, crítico e membro fundador da ACCIRS; Marlise Aúde, produtora executiva de conteúdo para TV e Cinema, na Okna Produções; Taíssa Ennes, roteirista, diretora e montadora na Machina Filmes; e Vicente Romano, jornalista da Assembleia Legislativa.

A comissão julgadora foi formada por: Amaranta Cesar, professora adjunta de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; Antonio Júnior, Diretor Artístico do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; Carla Osório, jornalista, curadora e programadora de festivais e mostras no Brasil e no exterior; Cintia Domit Bittar, diretora, roteirista, montadora e produtora; e Rodrigo Martins, produtor executivo da Amazing Graphis.

Conheça os vencedores da Mostra Gaúcha de Curtas Metragens 2019:

Melhor Filme: Só sei que foi assim, de Giovanna Muzel
Júri da Crítica: Só sei que foi assim, de Giovanna Muzel
Melhor Ator: Clemente Viscaíno, por É assim que você parece
Melhor Atriz: Janaina Kremer, por Sonata
Melhor Direção: Boca Migotto, por Dia de Mudança
Melhor Roteiro: Quero ir para Los Angeles, escrito por Juh Balhego
Melhor Fotografia: Dia de Mudança, por Pedro Clezar
Melhor Montagem: Who’s that man inside my house?, por Lucas Reis
Melhor Direção de Arte: Who’s that man inside my house, por Thai Ribeiro
Melhor Música | Trilha Sonora: Kerexu, por Antonia Garai (Kerexu Jera Poty)
Melhor Edição de Som: Endotermia, por Marcos Lopes e Tiago Bello
Melhor Produção Executiva: Quero ir para Los Angeles, por Daniela Israel, Juh Balhergo e Ulisses da Motta

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

Oscar 2020: 12 longas disputam indicação brasileira ao prêmio de melhor filme estrangeiro

por: Cinevitor

legalidadepreoscarcleoCleo em Legalidade, de Zeca Brito: na disputa!

A Academia Brasileira de Cinema divulgou a lista com os longas-metragens brasileiros que disputarão uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor filme estrangeiro do Oscar 2020, que será realizado no dia 9 de fevereiro, em Los Angeles, pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences.

O representante brasileiro, que será anunciado no dia 27/08, durante uma coletiva de imprensa na Cinemateca Brasileira, será escolhido pela Comissão Especial de Seleção, composta pelos seguintes nomes: a cineasta Anna Muylaert, que representou o Brasil com Que Horas Ela Volta?; David Schurmann, diretor de Pequeno Segredo, representante do Brasil no Oscar 2017; o diretor de fotografia Walter Carvalho; o cineasta Zelito Viana; as produtoras Sara Silveira e Vania Catani; o roteirista Mikael de Albuquerque, de A Glória e a Graça; o crítico e fundador do festival É Tudo Verdade, Amir Labaki; e a diretora do Festival do Rio, Ilda Santiago.

Além dos membros titulares, compõem a comissão de suplentes: o distribuidor e produtor Marcio Fraccaroli e a documentarista e produtora Adriana Dutra.

Conheça os 12 longas brasileiros inscritos neste ano:

A Última Abolição, de Alice Gomes
A Vida Invisível, de Karim Aïnouz
A Voz do Silêncio, de André Ristum
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Bio – Construindo uma Vida, de Carlos Gerbase
Chorar de Rir, de Toniko Melo
Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai
Humberto Mauro, de André Di Mauro
Legalidade, de Zeca Brito
Los Silencios, de Beatriz Seigner
Simonal, de Leonardo Domingues
Sócrates, de Alex Moratto

Foto: Joba Migliorin.

Festival de Cine de Lima 2019: Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é eleito o melhor filme

por: Cinevitor

bacuraulimafestivalSonia Braga interpreta Domingas em Bacurau.

A 23ª edição do Festival de Cine de Lima, que aconteceu entre os dias 9 e 17 de agosto, na capital peruana, consagrou o longa brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. O júri da Mostra Competitiva de Ficção, presidido pela produtora Laura Imperiale, foi composto por Estrella Araiza, Marcelo MartinessiMiguel Angel Moulet e pela cineasta brasileira Beatriz Seigner.

Além do prêmio de melhor filme, Bacurau também venceu na categoria de melhor direção e recebeu o Prêmio da Crítica Internacional de melhor longa. Outra produção brasileira que se destacou na cerimônia foi A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, premiado como melhor fotografia para Helene Louvart. O longa também levou o Prêmio do Público de melhor filme internacional, o Prêmio APC Signis Peru e uma Menção Honrosa no Prêmio da APRECI.

Família Submersa, de María Alche, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Alemanha e Noruega, levou o prêmio de melhor roteiro e recebeu uma Menção Honrosa no Prêmio da Crítica Internacional. Ilse Salas, do filme mexicano Las niñas bien, recebeu o prêmio de melhor atriz. Rodrigo Palacios, do peruano La bronca, foi eleito o melhor ator.

Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cine de Lima 2019.

Foto: Reprodução/YouTube.

Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, abre o 47º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor

bacuraugramadotapeteA produtora Emilie Lesclaux e a atriz Sonia Braga com os diretores: tapete vermelho.

A 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado começou nesta sexta-feira, 16/08, com Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, como filme de abertura. O longa, exibido fora de competição, foi consagrado recentemente no Festival de Cannes com o Prêmio do Júri, dividido com o francês Les misérables, de Ladj Ly.

Na descrição de seus diretores, Bacurau é um filme de aventura ambientado no Brasil daqui a alguns anos. O longa foi rodado no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba. As locações foram encontradas depois da equipe percorrer mais de dez mil quilômetros em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. As filmagens duraram dois meses e três dias, com uma equipe de 150 pessoas. As cidades de Parelhas e Acari serviram de base para a produção.

A sinopse diz: um western brasileiro, um filme de aventura e ficção científica. Daqui a alguns anos… Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro, dá adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida, falecida aos 94 anos. Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade não consta mais nos mapas. Sonia Braga, o alemão Udo Kier e Karine Teles fazem parte de um elenco composto por dezenas de atores, como Bárbara Colen, Silvero Pereira, Thomás Aquino, Antonio Saboia, Rubens Santos e Lia de Itamaracá.

equipebacuraugramadoEquipe reunida antes da exibição no Palácio dos Festivais.

No palco do Palácio dos Festivais, os realizadores fizeram um discurso de agradecimento: “É uma alegria imensurável estrear o filme aqui”, disse Dornelles. Kleber Mendonça Filho, que retorna ao evento depois de Aquarius, filme de abertura em 2016, pediu para que todos os integrantes da equipe que estavam no palco se apresentassem: “Somos todos profissionais da área da cultura e exigimos respeito”.

No dia seguinte à exibição, os cineastas participaram de uma coletiva de imprensa ao lado dos atores Thomás Aquino, Wilson Rabelo, Sonia Braga e Bárbara Colen; da produtora Emilie Lesclaux; e do diretor de fotografia Pedro Sotero. Outros integrantes da equipe também marcaram presença no debate, como: a figurinista Rita Azevedo; os atores Brian TownesAntonio SaboiaThardelly Lima, Suzy Lopes, Ingrid Trigueiro e Eduarda Samara.

No bate-papo com o público, Sonia Braga relembrou suas personagens em Aquarius e Bacurau e falou do seu entrosamento com a equipe: “Todos nós somos o filme”. E seguiu: “Essa personagem [Domingas] eu dediquei à Marielle Franco [que foi assassinada em março de 2018] e eu quero sabem quem matou Marielle”, finalizou sendo muito aplaudida.

Ao longo do debate, falaram sobre diversos assuntos, entre eles: pesquisa de locação, referências, fotografia, elenco, histórias de bastidores, Udo Kier, entre outros. “Bacurau não é apenas um figmento da nossa imaginação. Ele é uma confirmação de várias observações muito tocantes que fizemos sobre nossa região”, disse Kleber. E Dornelles completou: “Bacurau existe”.

Aperte o play e confira os melhores momentos da coletiva de imprensa e da apresentação de Bacurau no Palácio dos Festivais:

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Fotos: Edison Vara e Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Festival de Cinema de Locarno 2019: conheça os vencedores; A Febre, de Maya Da-Rin, é premiado

por: Cinevitor

regismyrupulocarnovenceO brasileiro Regis Myrupu: prêmio de melhor ator.

Foram anunciados neste sábado, 17/08, os vencedores da 72ª edição do Festival de Cinema de Locarno. O Leopardo de Ouro, prêmio máximo do evento, foi entregue para o drama português Vitalina Varela, de Pedro Costa. O júri da Competição Internacional foi presidido pela cineasta francesa Catherine Breillat.

Neste ano, o cinema brasileiro estava representado com quatro produções em competição: A Febre, de Maya Da-Rin, na Competição Internacional; os curtas Carne, de Camila Kater, e Chão de Rua, de Tomás von der Osten, na mostra Pardi di domani, que exibe médias e curtas de cineastas independentes ou estudantes que ainda não realizaram seus longas; e o curta Swinguerra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, na mostra Moving Ahead, antes chamada de Signs of Life e que mudou de nome em homenagem ao cineasta Jonas Mekas, que morreu em janeiro deste ano, e destaca a inovação da linguagem cinematográfica com a intenção de investigar novas formas narrativas.

Além disso, os filmes brasileiros Abolição, de Zózimo Bulbul (1988), Amor Maldito, de Adélia Sampaio (1984) e Orfeu Negro, de Marcel Camus, coprodução entre França, Brasil e Itália, de 1959, tiveram exibições especiais na mostra Retrospettiva: Black Light.

Depois de receber três minutos de aplauso em sua exibição no festival, o brasileiro A Febre, de Maya Da-Rin, recebeu dois prêmios: melhor ator para Regis Myrupu e melhor filme segundo o júri da FIPRESCI. Primeira experiência de Regis como ator, o longa foi considerado pela Cineuropa como “uma extraordinária oportunidade de observar a riqueza e complexidade de uma cultura”, enquanto o periódico italiano Cinque Quotidiano o aclamou como “um filme extraordinário”.

“Estou muito emocionado com esse prêmio. Nós, povos indígenas, estamos vivendo um momento muito difícil. Não só nós, mas também a nossa casa, a floresta, está sendo destruída. Então, um indígena recebendo um prêmio como esse, mostra a nossa força e capacidade de atuarmos na sociedade não indígena, seja participando de um filme, seja como médicos ou advogados, sem que isso signifique a perda das nossas origens ou o esquecimento da nossa cultura”, disse o ator.

A trama narra à história de Justino, um indígena do povo Desana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina em Brasília. Como o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Porém, sua rotina do porto é transformada com a chegada de um novo vigia. Nesse meio tempo, seu irmão vem de visita e Justino relembra a vida na aldeia, de onde partiu há mais de vinte anos.

Conheça os vencedores do 72º Festival de Cinema de Locarno:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Vitalina Varela, de Pedro Costa (Portugal)
Prêmio Especial do Júri: Pa-go (Height of the Wave), de Park Jung-Bum (Coreia do Sul)
Melhor Direção: Damien Manivel, por Les Enfants d’Isadora (Isadora’s Children) (França/Coreia do Sul)
Melhor Atriz: Vitalina Varela, por Vitalina Varela
Melhor Ator: Regis Myrupu, por A Febre
Menção Especial: Hiruk-pikuk si al-kisah (The Science of Fictions), de Yosep Anggi Noen (Indonésia/Malásia/França) e Hogar (Maternal), de Maura Delpero (Itália/Argentina)

MOSTRA CINEASTI DEL PRESENTE

Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Baamum Nafi (Nafi’s Father), de Mamadou Dia (Senegal)
Prêmio Especial do Júri: Ivana cea Groaznica (Ivana the Terrible), de Ivana Mladenović (Romênia/Sérvia)
Melhor Direção Emergente: Hassen Ferhani, por 143 rue du désert (143 sahara street) (Argélia/França/Qatar)
Menção Especial: Here for Life, de Andrea Luka Zimmerman e Adrian Jackson (Reino Unido)

MOVING AHEAD

Melhor Filme: The Giverny Document (Single Channel), de Ja’Tovia M. Gary (EUA/França)
Menção Especial: Those That, at a Distance, Resemble Another, de Jessica Sarah Rinland (Reino Unido/Argentina/Espanha) e Shān Zhī Běi (Osmosis), de Zhou Tao (China)

PRIMEIRO FILME

Melhor Primeiro Filme: Baamum Nafi (Nafi’s Father), de Mamadou Dia (Senegal)
Prêmio Swatch Art Peace Hotel: La Paloma y el Lobo (The Dove and the Wolf), de Carlos Lenin (México)
Menção Especial: Instinct, de Halina Reijn (Holanda) e Fi Al-Thawra (During Revolution), de Maya Khoury (Síria/Suécia)

PRÊMIO DO PÚBLICO: Camille, de Boris Lojkine (França)
PRÊMIO VARIETY PIAZZA GRANDE: Instinct, de Halina Reijn (Holanda)
PRÊMIO FIPRESCI: A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/França/Alemanha)
PRÊMIO ECUMÊNICO: Hogar (Maternal), de Maura Delpero (Itália/Argentina)
PRÊMIO ECUMÊNICO | Menção Especial: Vitalina Varela, de Pedro Costa (Portugal)
PRÊMIO EUROPA CINEMAS LABEL: Hogar (Maternal), de Maura Delpero

Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores do Festival de Locarno 2019.

Foto: Massimo Pedrazzini/Locarno Film Festival.

18º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: conheça os vencedores

por: Cinevitor

adrianaestevesgpcinemaAdriana Esteves: troféu Grande Otelo de melhor atriz coadjuvante por Benzinho.

Foram anunciados na noite desta quarta-feira, 14/08, os vencedores do 18º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado pela Academia Brasileira de Cinema. A cerimônia, que aconteceu pela primeira vez na capital paulista, foi celebrada no Theatro Municipal de São Paulo.

Dirigido por Gustavo Pizzi, o drama Benzinho foi o grande vitorioso deste ano com seis prêmios, entre eles, melhor filme e melhor atriz para Karine Teles. O Grande Circo Místico, de Carlos Diegues, também recebeu o troféu Grande Otelo em seis categorias; o terceiro filme com mais estatuetas foi Chacrinha: O Velho Guerreiro, que liderava a lista de indicações e rendeu a Stepan Nercessian o prêmio de melhor ator.

Este ano, o GP premiou em 34 categorias, sendo quatro inéditas. A disputa reuniu 74 longas de ficção, 67 longas documentários, dois longas infantis, 55 curtas nacionais, além de 43 longas estrangeiros e 11 longas ibero-americanos. Ao todo, 1986 profissionais foram inscritos na disputa e mais de 200 concorreram ao troféu Grande Otelo.

Com transmissão ao vivo pelo Canal Brasil, a cerimônia dirigida por Ivan Sugahara e apresentada por Rodrigo Pandolfo, André Ramiro e Juliana Linhares teve como pontos altos a homenagem à Zezé Motta, que recebeu o prêmio pelas mãos de Lázaro Ramos, enaltecendo sua militância à causa negra nas artes. A plateia também se emocionou com a apresentação de Ney Matogrosso, que cantou Um Pouco de Calor, trilha do filme Ralé, estrelado pelo próprio cantor. Em uma cerimônia conduzida pelo casamento entre música e cinema e embalada por algumas das principais canções originais especialmente produzidas para produções cinematográficas, João Gilberto, o pai da Bossa Nova, foi lembrado com Chega de Saudade, interpretada por Ayrton Montarroyos.

Conheça os vencedores do 18º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO:
Benzinho, de Gustavo Pizzi

MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi

MELHOR LONGA-METRAGEM | COMÉDIA:
Minha Vida em Marte, de Susana Garcia

MELHOR LONGA-METRAGEM | INFANTIL:
Detetives do Prédio Azul 2 – O Mistério Italiano, de Viviane Jundi

MELHOR DIREÇÃO:
Gustavo Pizzi, por Benzinho

MELHOR ATRIZ:
Karine Teles, por Benzinho

MELHOR ATOR:
Stepan Nercessian, por Chacrinha: O Velho Guerreiro

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Adriana Esteves, por Benzinho

MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Matheus Nachtergaele, por O Nome da Morte

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA:
Gustavo Hadba, por O Grande Circo Místico

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Benzinho, escrito por Karine Teles e Gustavo Pizzi

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
O Grande Circo Místico, escrito por Carlos Diegues e George Moura

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
O Grande Circo Místico, por Artur Pinheiro

MELHOR FIGURINO:
O Grande Circo Místico, por Kika Lopes

MELHOR MAQUIAGEM:
O Grande Circo Místico, por Catherine Leblanc Caraes e Emmanuelle Fèvre

MELHOR EFEITO VISUAL:
O Grande Circo Místico, por Marcelo Siqueira e Thierry Delobel

MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO:
Benzinho, por Livia Serpa

MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Todos os Paulos do Mundo, por Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira

MELHOR SOM:
Chacrinha: O Velho Guerreiro, por Jorge Saldanha, Armando Torres Jr., Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
My Name is Now, Elza Soares, por Elza Soares e Alexandre Martins

MELHOR TRILHA SONORA:
Paraíso Perdido, por Zeca Baleiro

MELHOR FILME ESTRANGEIRO:
Infiltrado na Klan, de Spike Lee (EUA)

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO:
Uma Noite de 12 Anos, de Álvaro Brechner (Argentina/Espanha/Uruguai)

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO:
Lé Com Cré, de Cassandra Reis

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Cor de Pele, de Livia Perini

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO:
O Órfão, de Carolina Markowicz

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE ANIMAÇÃO DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV FECHADA OU PLATAFORMA OTT:
Irmão do Jorel, dirigida por Juliano Enrico

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE DOCUMENTÁRIO DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV FECHADA OU PLATAFORMA OTT:
Inhotim Arte Presente, dirigida por Pedro Urano

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE FICÇÃO DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV FECHADA OU PLATAFORMA OTT:
Escola de Gênios (1ª temporada), dirigida por João Daniel Tikhomiroff, Marcelo Cordeiro e Jeferson De.

Foto: Mario Miranda.

Espero Tua (Re)volta

por: Cinevitor

esperotuarevoltaposterDireção: Eliza Capai

Elenco: Lucas ‘Koka’ Penteado, Marcela Jesus e Nayara Souza.

Ano: 2019

Sinopse: Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. Espero Tua (Re)volta acompanha as lutas estudantis desde as marchas de junho de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro, em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, o filme é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e evidenciando sua complexidade.

*Filme visto no 23º Cine PE – Festival do Audiovisual.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Era Uma Vez em… Hollywood

por: Cinevitor

eraumavezhollywoodposter1Once Upon a Time … in Hollywood

Direção: Quentin Tarantino

Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsch, Margaret Qualley, Timothy Olyphant, Julia Butters, Austin Butler, Dakota Fanning, Bruce Dern, Mike Moh, Luke Perry, Damian Lewis, Al Pacino, Nicholas Hammond, Samantha Robinson, Rafal Zawierucha, Lorenza Izzo, Costa Ronin, Damon Herriman, Lena Dunham, Madisen Beaty, Mikey Madison, James Landry Hébert, Maya Hawke, Victoria Pedretti, Sydney Sweeney, Harley Quinn Smith, Dallas Jay Hunter, Kansas Bowling, Parker Love Bowling, Cassidy Hice, Ruby Rose Skotchdopole, Danielle Harris, Josephine Valentina Clark, Scoot McNairy, Clifton Collins Jr., Marco Rodríguez, Ramón Franco, Raul Cardona, Courtney Hoffman, Dreama Walker, Rachel Redleaf, Rebecca Rittenhouse, Rumer Willis, Spencer Garrett, Clu Gulager, Martin Kove, Rebecca Gayheart, Kurt Russell, Zoë Bell, Michael Madsen, Perla Haney-Jardine, James Remar, Monica Staggs, Craig Stark, Keith Jefferson, Omar Doom, Kerry Westcott, Kate Berlant, Victoria Truscott, Bruce Del Castillo, Brenda Vaccaro, Daniella Pick, Lew Temple, David Steen, Casey O’Neill, Michael Graham, Gillian Berrow, Corey Burton, María Birta, Robert Broski, Brian Patrick Butler, HaleyRae Christian Cannell, Natalie Cohen, Adrian Dev, Chris Scagos, Zack Whyel, Ronnie Zappa.

Ano: 2019

Sinopse: O nono filme de Tarantino revisita a Los Angeles de 1969 onde tudo estava em transformação, através da história do astro de TV Rick Dalton e seu dublê de longa data Cliff Booth que traçam seu caminho em meio à uma indústria que eles nem mesmo reconhecem mais. Múltiplas histórias paralelas fazem um tributo aos momentos finais da era de ouro de Hollywood.

Crítica do CINEVITOR: Em breve.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas