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Conheça os vencedores do 21º FestCine – Festival de Curtas de Pernambuco

por: Cinevitor

vencedoresfestcine2019Cinema São Luiz: palco das exibições dos filmes ao longo de uma semana.

Foram anunciados neste sábado, 14/12, no Cinema São Luiz, no Recife, os vencedores da 21ª edição do FestCine, Festival de Curtas de Pernambuco, que entregou 58,5 mil reais em premiações, além do Troféu Fernando Spencer.

Neste ano, 152 produções foram inscritas e 49 selecionadas. A comissão de seleção foi formada por Luciana Poncioni, Juliana Araújo, Nathalia Mesquita, Hugo Fulco, Djair Freire, Márcio Batista e Hermano Mendes. O evento tem como objetivo incentivar a produção audiovisual pernambucana.

Além disso, na noite de encerramento, foi exibido o longa Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com recursos de acessibilidade comunicacional. A noite contou também com uma seleção especial da mostra Documentando, oficina criada em 2009 pelo cineasta Marlom Meirelles, que comemorou dez anos, e exibiu os filmes O Dia é Transparente (Recife), Mata (Caruaru), Tão Bonita que Tão Medonha (Triunfo) e SAPACREW (Recife); uma seleção da oficina Formatos viáveis e midiativismo, ministrada pelo coletivo Mulheres no Audiovisual PE (Mape) também foi destaque da programação de encerramento.

Conheça os vencedores do Festival de Curtas de Pernambuco 2019:

MOSTRA COMPETITIVA | GERAL

Melhor Atriz: Laís Vieira, por Rosário
Melhor Ator: Everaldo Pontes, por Naticoda
Melhor Som: Ex-Humanos, por Nicolas Mallet e Simone Dourado
Melhor Trilha Sonora: Mansão do Amor, por Guga Rocha
Melhor Direção de Arte: Um Peixe Para Dois, por Chia Beloto
Melhor Produção: Fernanda Régis, por Atrofia
Melhor Montagem: Piu Piu, por Chico Lacerda
Melhor Fotografia: Ex-Humanos, por Ernesto Carvalho
Melhor Roteiro: Marie, escrito por Leo Tabosa
Melhor Direção: Mariana Porto, por Ex-Humanos

MELHOR FILME | FICÇÃO
1° Lugar: Ex-Humanos, de Mariana Porto (Recife)
2° Lugar: Rosário, de Juliana Soares e Igor Travassos (Recife)
3° Lugar: Marie, de Leo Tabosa (Recife)

MELHOR FILME | DOCUMENTÁRIO
1° Lugar: Nome de Batismo – Frances, de Tila Chitunda (Olinda)
2° Lugar: Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (Recife)
3° Lugar: Deus te dê boa sorte, de Jaqueline Farias (Tacaratu, Jatobá e Petrolândia)

MELHOR FILME | ANIMAÇÃO
1° Lugar: Não moro mais aqui, de Laura de Araújo (Recife)
2° Lugar: Um Peixe pra Dois, de Chia Belloto e Marila Cantuária (Olinda)
3° Lugar: Barbas de Molho, de Eduardo Padrão e Leanndro Amorim (Recife)

MELHOR FILME EXPERIMENTAL/VIDEOARTE
1° Lugar: Naticoda, de Taciano Valério (Buíque)
2° Lugar: Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (Recife)
3° Lugar: Banzo, de Rafael Nascimento (Recife)

MELHOR VIDEOCLIPE
1° Lugar: Brega Protesto – Sem Destruição, de Grupo AdoleSER e Coque Vídeo (Recife)
2° Lugar: UNA – Faz Ideia, de Chico Ludermir (Recife)
3° Lugar: Desumanize o Humano, de Sérgio Dantas (Recife)

PRÊMIO CIARIO/CONNE:
Ex-Humanos, de Mariana Porto

MOSTRA COMPETITIVA | FORMAÇÃO

Ficção
1° Lugar: O Menino que tinha medo do rio, de Direção Coletiva (Petrolândia)
2° Lugar: AA-, de Pedro Ferreira (Recife)

Documentário
1° Lugar: Legado e Resistência, de Direção Coletiva (Recife)
2° Lugar: A Última Feira, de Tharsiele Santiago (Recife)

TROFÉU ABD/APECI: A Última Feira, de Tharsiele Santiago (Recife)
Menção Honrosa: Linha da Mão, de Vitória Drahomiro; Marie, de Leo Tabosa; Legado e Resistência, de Direção Coletiva; Brega Protesto – Sem Destruição, de Grupo AdoleSER e Coque Vídeo; Elos, de Juliana Lima; AA-, de Pedro Ferreira; Não moro mais aqui, de Laura de Araújo; e Ouça o corpo falar, de Ana Gabriela Nunes e Sofia de Oliveira

TROFÉU ABCA | ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMA DE ANIMAÇÃO:
Um Peixe pra Dois, de Chia Belloto e Marila Cantuária (Olinda)
Menção Honrosa: O Mundo de Clara, de Ayodê França (Recife)

Foto: Jan Ribeiro/Secult PE – Fundarpe.

41º Festival de Havana: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor

vidainvisivelcubavenceGregorio Duvivier e Carol Duarte em A Vida Invisível, de Karim Aïnouz.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 13/12, os vencedores da 41ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, realizado pelo ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos).

O festival, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.

Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, ou Premios Coral no original, são divididos em categorias: ficção, documentário e animação. O cinema brasileiro, representado com mais de 60 obras, saiu vitorioso com A Vida Invisível, Bacurau, Três Verões, Diz a Ela que Me Viu Chorar e as animações A Cidade dos Piratas, Carne e Sangro.

Conheça os vencedores da 41ª edição do Festival de Havana:

FICÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Los sonámbulos, de Paula Hernández (Argentina/Uruguay)
Prêmio Especial do Júri: La Llorona, de Jayro Bustamante (Guatemala/França) e Algunas Bestias, de Jorge Riquelme Serrano (Chile)
Melhor Atriz: Érica Rivas, por Los sonámbulos
Melhor Ator: Luis Brandoni, por A Odisseia dos Tontos e A Grande Dama do Cinema
Melhor Direção: Jorge Riquelme Serrano, por Algunas Bestias
Melhor Roteiro: Los sonámbulos, escrito por Paula Hernández
Melhor Fotografia: A Vida Invisível, por Héléne Louvart
Melhor Edição: Três Verões, por Sergio Mekler e Laura Marques
Melhor Som: La Llorona, por Eduardo Cáceres
Melhor Trilha Sonora Original: Bacurau, por Mateus Alves e Tomaz Alvez
Melhor Direção de Arte: A Vida Invisível, por Rodrigo Martirena

CURTAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL

Melhor Curta-metragem | Ficção: Flying Pigeon, de Daniel Santoyo Hernández (Cuba)
Prêmio Especial do Júri | Ficção: El tamaño de las cosas, de Carlos Felipe Montoya (Colômbia)
Melhor Curta-metragem | Documentário: Arde la tierra, de Juan Camilo Olmos Feris (Colômbia)
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Romance de la ternura tardía, de Ana Bugni (Argentina)

PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL

Melhor Primeiro Filme: Agosto, de Armando Capo (Cuba)
Prêmio Especial do Júri: Las buenas intenciones, de Ana Garcia Blaya (Argentina)
Prêmio Contribuição Artística: El Príncipe, de Sebastián Muñoz (Chile)
Menção Especial: Nuestras Madres, de Cesar Díaz (Guatemala)

DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: A media voz, de Patricia Pérez Fernández e Heidi Hassan (Cuba/Espanha/Suíça/França)
Prêmio Especial do Júri: Diz a Ela que Me Viu Chorar, de Maíra Bühler (Brasil)

ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra (Brasil)
Melhor curta-metragem: Carne, de Camila Kater (Brasil/Espanha)
Prêmio Especial do Júri: Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR (Brasil)

OUTROS PRÊMIOS

PRÊMIO SIGNIS | Melhor Filme: Los lobos, de Samuel Kishi Leopo (México)
PRÊMIO DO PÚBLICO: A Grande Dama do Cinema, de Juan José Campanella (Argentina)
MELHOR PÔSTER: Olga, por Diana Carmenate (Cuba)
MELHOR ROTEIRO INÉDITO: Desde el apocalipsis, de Sebastián Dietsch (Argentina)
MENÇÃO ESPECIAL | ROTEIRO INÉDITO: Una noche con los Rolling Stones, de Patricia Ramos (Cuba)
PRÊMIO FIPRESCI: Blanco en Blanco, de Theo Court (Chile)

Foto: Bruno Machado.

Os Escravos de Jó, de Rosemberg Cariry, será o filme de abertura da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

escravosjotiradentesO ator Antonio Pitanga em cena.

Para abrir a 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, o filme escolhido trafega na imaginação libertária do cinema brasileiro e tem Antonio Pitanga, homenageado nesta edição, no elenco. Os Escravos de Jó, do diretor cearense Rosemberg Cariry e filmado em Ouro Preto, estará em pré-estreia mundial na noite de 24 de janeiro, no Cine-Tenda.

No filme, o 12º longa-metragem de Cariry, os estudantes Samuel e Yasmina se apaixonam na cidade mineira e precisam vencer dificuldades e preconceitos para afirmarem o amor. Personagens do passado e do presente cruzam os caminhos dos jovens, arrastando-os para um inesperado destino. No enredo, Pitanga interpreta um livreiro amigo do protagonista e foi especialmente convidado para o papel pelo diretor Rosemberg Cariry. “Ele faz esse velho livreiro de ascendência judaica, chamado Jerémie Valés, imigrante do norte da África com história de vida passada também na França. Um personagem que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, mas que manteve viva a esperança e a chama da poesia”, conta Cariry.

Para o cineasta, ter Antonio Pitanga em Os Escravos de Jó foi um privilégio: “Ele é um grande ator, por quem tenho admiração e respeito. Afora o reconhecido talento para o cinema e para o teatro, Pitanga é uma pessoa de alma boa, do bem. Está sempre disposto a colaborar e faz, com a sua criatividade, o filme crescer”, exalta Cariry. “Além do extraordinário artista que é, Pitanga é um cidadão politicamente consciente e de ideias libertárias. Em resumo: é um grande brasileiro, um dos símbolos do nosso povo e do nosso cinema”, finalizou.

A 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro e também homenageará Camila Pitanga. Com o tema A imaginação como potência, a curadoria, sob coordenação do crítico Francis Vogner dos Reis, propôs essa temática para reforçar que, mesmo numa época de dúvidas, o cinema brasileiro vive um momento de absoluta efervescência criativa e de recepção.

Foto: Petrus Cariry/Divulgação.

Conheça os filmes selecionados para o 3º CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe

por: Cinevitor

misteriocarnecurtaPâmela Germano e Bianca Terraza no curta O Mistério da Carne, de Rafaela Camelo.

Idealizado com o objetivo de formar público consumidor de arte cinematográfica no interior do Ceará, além de fomentar a discussão acerca da experiência audiovisual brasileira contemporânea, a terceira edição do CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe acontecerá entre os dias 18 e 21 de dezembro, em Russas.

Com curadoria de Pedro Azevedo, a programação conta com 14 curtas-metragens de 7 estados, que disputam o Troféu Araibu conferido aos melhores filmes escolhidos pelo Júri Oficial, que neste ano será composto por: Ariadne Mazzetti, produtora e fundadora da Mistika Post; André Araújo, roteirista; Camila Lamha, analista de pesquisa e aquisição de conteúdo no Canal Brasil; William Hinestrosa, realizador e pesquisador; e Patricia Baia, sócia da Corte Seco Filmes e homenageada no festival neste ano.

Além dos curtas, o evento apresenta três oficinas com o objetivo de incentivar os participantes para o desenvolvimento de suas iniciativas artísticas por meio de capacitação, além de promover intercâmbio cultural, artístico e de conhecimento entre todos os envolvidos. São elas: Documentando, com o cineasta Marlom Meirelles; Animação Stop Motion, com Quiá Rodrigues; e Interpretação, com René Guerra. As inscrições podem ser realizadas pelo site.

O festival também conta com um espaço aberto de Ambiente de Mercado, com acesso gratuito, onde produtores e realizadores terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos a players convidados do mercado, para prospectarem conteúdos e comporem carteiras de programação e negócios. Entre os profissionais confirmados estão: Camila Lamha, Patricia Baia e Ariadne Mazzetti.

A noite de abertura terá uma exibição especial do premiado longa Pacarrete, de Allan Deberton, que foi filmado em Russas, cidade natal do diretor. Protagonizado por Marcélia Cartaxo, o filme foi consagrado em diversos festivais, como Gramado e FAM. Outra produção cearense que será exibida fora de competição, durante a semana, será Greta, de Armando Praça, grande vencedor do 29º Cine Ceará e estrelado por Marco Nanini.

Conheça os filmes selecionados para o III CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe:

A Mulher de Pele Azul, de Esther Arruda e Pedro Ulee (CE)
A Mulher que Sou, de Nathalia Tereza (PR)
A Volta Para Casa, de Diego Freitas (SP)
Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur (AL)
Maria Maculada, de Leão Neto e Bruno Bressam (CE)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
O Mistério da Carne, de Rafaela Camelo (DF)
O Tempo do Olhar e o Olhar no Tempo, de Samuel Brasileiro (CE)
Oceano, de Michelline Helena e Amanda Pontes (CE)
Oração ao Cadáver Desconhecido, de Sávio Fernandes (CE)
Plano Controle, de Juliana Antunes (MG)
Rosário, de Juliana Soares e Igor Travassos (PE)
Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR (SP)
Sem Asas, de Renata Martins (SP)

Foto: Divulgação.

Antonio e Camila Pitanga serão homenageados na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

camilaantoniohomenagem1Pai e filha: carreiras de sucesso.

A partir da temática A Imaginação Como Potência, a 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, homenageará os atores Antonio e Camila Pitanga. Pai e filha, homem e mulher, negro e negra, 80 e 42 anos. Ícones de seus próprios tempos, por motivos e trajetórias distintas, Antonio e Camila emulam em seus corpos e suas posturas a brasilidade mais original e singular, o talento e a presença de quem vivencia as contradições do país por dentro.

Entre a centralidade de Antonio Pitanga na revolução do Cinema Novo, entre o final dos anos 1950 e meados dos anos 1970, e a constância de Camila Pitanga no imaginário da TV e do cinema nas últimas duas décadas, estão a diversidade e a força de duas formas de trabalhar e mapear uma história do audiovisual brasileiro que atravessa ambos.

Pitanga, o pai, nasceu em 1939 em Salvador. Fez teatro e cinema desde muito jovem e estreou nas telas em 1960 com Bahia de Todos os Santos, de Trigueirinho Neto. Seguiu numa série de filmes marcantes que remodelaram todo um jeito de fazer cinema no Brasil, como: A Grande Feira, de Roberto Pires; O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte; Barravento, de Glauber Rocha; Ganga Zumba, de Carlos Diegues; Os Fuzis, de Ruy Guerra; entre outros.

Camila nasceu em 1977 no Rio de Janeiro. Estreou nos cinemas ainda criança, em 1984,  junto com o irmão Rocco, num filme emblemático, Quilombo, de Carlos Diegues, que marcou época por reunir um histórico elenco negro que incluía Grande Otelo, Zezé Motta, Antonio Pompêo, Tony Tornado, Léa Garcia, Milton Gonçalves, Zózimo Bulbul e Antonio, pai de Camila.

Dali adiante, a trajetória cinematográfica de Camila Pitanga transitou por praticamente todos os tipos de filmes realizados do Brasil desde a Retomada nos anos 1990: Super Colosso, de Luiz Ferré; Caramuru – A Invenção do Brasil, de Guel Arraes; O Preço da Paz, de Paulo Morelli; Redentor, de Cláudio Torres; O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla; Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant; Saneamento Básico, o Filme, de Jorge Furtado; e o documentário, filmando justamente a trajetória do pai, em Pitanga, com codireção de Beto Brant.

Integram a Mostra Homenagem a pré-estreia mundial de Os Escravos de Jó, de Rosemberg Cariry, que conta com Antonio Pitanga no elenco; Na Boca do Mundo, de 1978, com direção e atuação de Antonio; Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant, com Camila Pitanga; e o documentário Pitanga.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

CINEVITOR #359: O CINEMA BRASILEIRO EM CARTAZ | Edição Especial

por: Cinevitor

brasilcartazcinevitorMuitos filmes, muitas histórias: cinema brasileiro.

Na terça-feira, 03/12, fomos surpreendidos com a notícia de que a Ancine, Agência Nacional do Cinema, retirou das paredes de sua sede, no Rio de Janeiro, todos os cartazes de filmes brasileiros que estavam lá desde 2002 e faziam parte da decoração dos prédios. Também foi informado que uma TV que ficava na recepção e exibia trailers de produções nacionais foi desligada e todos os dados, como ficha técnica e pôster dos filmes, foram retirados do site da Ancine.

Não é de hoje que a cultura brasileira é atacada, porém, neste ano, diversos acontecimentos têm prejudicado ainda mais o andamento de projetos, editais, festivais e outras atividades ligadas ao audiovisual.

Entre corredores e paredes vazias e tantos outros absurdos, mais uma lamentável notícia envolvendo o cinema nacional circulou nesta semana: A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional, seria exibido como parte do processo de capacitação dos servidores da Ancine, atividade que acontece mensalmente na qual funcionários assistem e debatem um longa. Porém, o evento foi cancelado com a desculpa de que o projetor estava quebrado, fato esse que foi negado pelo responsável pela manutenção.

Em um ano tão positivo para o cinema brasileiro, com longas e curtas prestigiados por aqui e ao redor do mundo, é inadmissível compactuar com ideais tão retrógradas, que remetem à censura e a um descaso com diversos profissionais que se dedicam à arte.

Vale lembrar que o setor audiovisual brasileiro injeta mais de 25 bilhões de reais por ano na economia, maior que o turismo, por exemplo. Gera mais de 300 mil empregos e exporta talento, criatividade e trabalho. Além disso, nos últimos anos, nosso cinema tem ganhado muito destaque nos festivais mais importantes ao redor do mundo. Nossas histórias (todos os tipos de histórias, que devem e podem ser contadas) e nossa cultura são retratadas nas telonas em diversos gêneros, em grandes, pequenas e independentes produções.

Nossa identidade ganha vida nas telonas, nos orgulha e movimenta a economia há anos. Isso causa um impacto social, cultural e econômico necessário e importante. O audiovisual brasileiro é uma indústria vibrante e criativa. Emociona, diverte, reflete, encanta e gera valor para o país. Cinema é arte. Cinema é cultura.

Mesmo em tempos tão sombrios, nossa história não será apagada, nossa cultura continuará retratada nas telonas e exportada para todos os cantos. Por isso, para celebrar a arte e a liberdade de expressão, fizemos um programa especial, direto da 14ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, e perguntamos para alguns convidados: qual pôster de um filme brasileiro marcou sua vida?

Participaram da nossa enquete: a atriz Débora Nascimento; o escritor Fernando Morais; a cineasta Maria Augusta Nunes; os produtores Marcos Tellechea e Paula Linhares; as atrizes Zezita Matos e Suzy Lopes; o cineasta Kennel Rógis; os atores Flavio Bauraqui e Bukassa Kabengele; o documentarista Vladimir Carvalho; e a ativista Indianare Siqueira.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em João Pessoa e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

American Cinema Editors: conheça os indicados ao 70º Eddie Awards

por: Cinevitor

fordferrariedicaoMatt Damon e Christian Bale em Ford vs Ferrari, de James Mangold.

Com o objetivo de discutir e promover a arte criativa do trabalho dos editores, em 1951 foi criada a American Cinema Editors, sociedade formada por diversos nomes renomados da área, que hoje conta com mais de 800 membros.

Inicialmente, era realizado um jantar de gala para celebrar os profissionais indicados na categoria de melhor edição do Oscar. Em 1962, os integrantes da ACE decidiram criar o Eddie Awards, prêmio que elege, em votação realizada pelos membros da sociedade, os melhores editores da indústria televisiva e cinematográfica. Em sua primeira edição, Philip W. Anderson foi premiado por seu trabalho na comédia O Grande Amor de Nossas Vidas, de David Swift.

Considerado uma prévia do Oscar, os vencedores do Eddie Awards coincidiram, diversas vezes, com os premiados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, como: Mary Poppins, A Noviça Rebelde, Touro Indomável, A Lista de Schindler, Titanic, Chicago, Guerra ao Terror, Dunkirk, entre outros. No ano passado, por exemplo, Bohemian Rhapsody foi consagrado pelos associados e também levou a estatueta dourada.

Os vencedores de 2020 serão anunciados no dia 17 de janeiro, no Beverly Hilton Hotel. Conheça os indicados ao 70º ACE Eddie Awards nas categorias de cinema:

MELHOR EDIÇÃO | DRAMA:
Coringa, por Jeff Groth
Ford vs Ferrari, por Michael McCusker e Andrew Buckland
História de um Casamento, por Jennifer Lame
O Irlandês, por Thelma Schoonmaker
Parasita, por Jinmo Yang

MELHOR EDIÇÃO | COMÉDIA:
Entre Facas e Segredos, por Bob Ducsay
Era Uma Vez em… Hollywood, por Fred Raskin
Jojo Rabbit, por Tom Eagles
Meu Nome é Dolemite, por Billy Fox
The Farewell, por Michael Taylor e Matthew Friedman

MELHOR EDIÇÃO | ANIMAÇÃO:
Frozen 2, por Jeff Draheim
Perdi Meu Corpo, por Benjamin Massoubre
Toy Story 4, por Axel Geddes

MELHOR EDIÇÃO | DOCUMENTÁRIO:
Apollo 11, por Todd Douglas Miller
Indústria Americana, por Lindsay Utz
Linda Ronstadt: The Sound of My Voice, por Jake Pushinsky e Heidi Scharfe
Making Waves: The Art of Cinematic Sound, por David J. Turner e Thomas G. Miller

MELHOR EDIÇÃO | DOCUMENTÁRIO | SMALL SCREEN:
Bathtubs Over Broadway, por Dava Whisenant
Leaving Neverland, por Jules Cornell
Sequestrada à Luz do Dia, por James Cude
What’s My Name: Muhammad Ali, por Jake Pushinsky

Foto: Merrick Morton/20th Century Fox.

26º SAG Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor

parasitasagawardsLee Sun Gyun e Cho Yeo-jeong em Parasita, de Bong Joon-Ho.

O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira, 11/12, os indicados ao 26º Screen Actors Guild Awards, também conhecido como SAG Awards. O anúncio foi realizado pelas atrizes America Ferrera e Danai Gurira, acompanhadas por Gabrielle Carteris, presidente do SAG-AFTRA (Screen Actors Guild‐American Federation of Television and Radio Artists); JoBeth Williams, presidente do Comitê do SAG Awards; e Elizabeth McLaughlin, membro do Comitê.

O prêmio, que elege os melhores atores da TV e do cinema, é considerado uma prévia para o Oscar, já que seus vencedores quase sempre acabam levando a estatueta dourada para casa. Nesta 26ª edição, o ator Robert De Niro será homenageado com o SAG Life Achievement Award pelo conjunto da obra.

O SAG Awards 2020 acontecerá no dia 19 de janeiro, em Los Angeles, e o apresentador da cerimônia ainda não foi anunciado.

Confira a lista com os indicados ao 26º SAG Awards nas categorias de cinema:

MELHOR ELENCO:
Era Uma Vez em… Hollywood
Jojo Rabbit
O Escândalo
O Irlandês
Parasita

MELHOR ATOR:
Adam Driver, por História de um Casamento
Christian Bale, por Ford vs Ferrari
Joaquin Phoenix, por Coringa
Leonardo DiCaprio, por Era Uma Vez em… Hollywood
Taron Egerton, por Rocketman

MELHOR ATRIZ:
Charlize Theron, por O Escândalo
Cynthia Erivo, por Harriet
Lupita Nyong’o, por Nós
Renée Zellweger, por Judy
Scarlett Johansson, por História de um Casamento

MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Al Pacino, por O Irlandês
Brad Pitt, por Era Uma Vez em… Hollywood
Jamie Foxx, por Luta por Justiça
Joe Pesci, por O Irlandês
Tom Hanks, por Um Lindo Dia na Vizinhança

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Jennifer Lopez, por As Golpistas
Laura Dern, por História de um Casamento
Margot Robbie, por O Escândalo
Nicole Kidman, por O Escândalo
Scarlett Johansson, por Jojo Rabbit

MELHOR EQUIPE DE DUBLÊS:
Coringa
Era Uma Vez em… Hollywood
Ford vs Ferrari
O Irlandês
Vingadores: Ultimato

Foto: Divulgação.

Cinema Audio Society anuncia os indicados ao 56º CAS Awards

por: Cinevitor

rocketmanCASTaron Egerton interpreta Elton John em Rocketman.

A Cinema Audio Society é uma organização filantrópica e sem fins lucrativos, que foi fundada em 1964 com o objetivo de compartilhar informações entre os profissionais de som da TV e do cinema. Como de costume, todos os anos realiza uma premiação para eleger a melhor mixagem de som em produções televisivas e cinematográficas.

Ao longo dos anos, filmes vencedores do CAS Awards também foram premiados no Oscar, como: Gravidade, Os Miseráveis, A Invenção de Hugo Cabret e Bohemian Rhapsody. Os vencedores do Cinema Audio Society Awards 2019 serão anunciados no dia 25 de janeiro, em Los Angeles, em cerimônia apresentada pela atriz Kirsten Vangsness.

Conheça os indicados ao 56º CAS Awards nas categorias de cinema:

MELHOR MIXAGEM DE SOM | LONGA-METRAGEM:
Coringa
Era Uma Vez em… Hollywood
Ford vs Ferrari
O Irlandês
Rocketman

MELHOR MIXAGEM DE SOM | ANIMAÇÃO:
Abominável
Como Treinar o Seu Dragão 3
Frozen 2
O Rei Leão
Toy Story 4

MELHOR MIXAGEM DE SOM | DOCUMENTÁRIO:
Apollo 11
Echo in the Canyon
Making Waves: The Art of Cinematic Sound
Miles Davis: Birth of the Cool
Woodstock: Three Days That Defined a Generation

Foto: David Appleby/Paramount Pictures.

Sindicato dos Figurinistas anuncia os indicados ao Costume Designers Guild Awards 2020

por: Cinevitor

dolemiteCDGindicadoEddie Murphy e o elenco de Meu Nome é Dolemite em cena.

Fundado em 1953, o Sindicato dos Figurinistas, Costume Designers Guild, começou com um grupo de 30 pessoas e hoje conta com quase 900 membros. Desde 1999, realiza o CDG Awards, premiação anual que elege os melhores figurinos da TV e do cinema. Os vencedores da 22ª edição serão anunciados no dia 28 de janeiro em cerimônia apresentada pela atriz Mindy Kaling no Beverly Hilton.

Neste ano, além dos premiados, importantes personalidades da indústria cinematográfica e televisiva serão homenageados: o figurinista Michael Kaplan, de Blade Runner, O Caçador de Androides, Armageddon e vários filmes da saga Star Wars, receberá o Career Achievement Award pelo conjunto da obra; a atriz Charlize Theron receberá o Spotlight Award; o roteirista Adam McKay será homenageado com o Distinguished Collaborator; e a figurinista Mary Ellen Fields receberá o Distinguished Service.

Conheça os indicados ao Costume Designers Guild Awards 2020 nas categorias de cinema:

EXCELÊNCIA EM FILME CONTEMPORÂNEO:
A Lavanderia, por Ellen Mirojnick
As Golpistas, por Mitchell Travers
Entre Facas e Segredos, por Jenny Eagan
Queen & Slim, por Shiona Turini
Um Lindo Dia na Vizinhança, por Arjun Bhasin

EXCELÊNCIA EM FILME DE ÉPOCA:
Downton Abbey, por Anna Mary Scott Robbins
Era Uma Vez em… Hollywood, por Arianne Phillips
Jojo Rabbit, por Mayes C. Rubeo
Meu Nome é Dolemite, por Ruth E. Carter
Rocketman, por Julian Day

EXCELÊNCIA EM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU FANTASIA:
Aladdin, por Michael Wilkinson
Capitã Marvel, por Sanja M. Hays
Malévola: Dona do Mal, por Ellen Mirojnick
Star Wars: A Ascensão Skywalker, por Michael Kaplan
Vingadores: Ultimato, por Judianna Makovsky

Foto: Divulgação/Netflix.

CINEVITOR #358: Entrevistas com Ayla Gresta + Gustavo Halfeld + Gustavo Galvão | Ainda Temos a Imensidão da Noite

por: Cinevitor

imensidaodanoitecinevitorAyla Gresta e Gustavo Halfeld em cena.

A resistência de uma cantora e trompetista é testada no novo filme do diretor Gustavo Galvão. Rodado em Brasília e em Berlim, o drama Ainda Temos a Imensidão da Noite narra a saga de Karen, interpretada por Ayla Gresta, que vê o esfacelamento de sua banda de rock e de suas relações numa realidade cada dia mais desoladora. Aos 27 anos, ela deixa Brasília para dar vazão à paixão pela música.

Na trama, o relacionamento dos membros da banda de Karen aos poucos se despedaça por culpa da perspectiva quase nula de sobreviver na cena alternativa brasiliense. Os músicos do grupo cedem a empregos na máquina burocrática da cidade. Porém, após Artur, o guitarrista, ir embora para Berlim, a protagonista tenta seguir os passos dele para buscar uma maneira de subsistir sem precisar se entregar a um trabalho que a mate por dentro.

Gustavo Galvão, de Uma Dose Violenta de Qualquer CoisaNove Crônicas para um Coração aos Berros, promove as locações e o som à condição de personagens. Os protagonistas são músicos de verdade e formam uma banda montada especialmente para o filme, chamada Animal Interior. O quarteto liderado por Ayla Gresta criou a trilha do longa em parceria com outros dois compositores e as músicas tiveram a produção do guitarrista norte-americano Lee Ranaldo, um dos fundadores da icônica banda de indie rock Sonic Youth.

O diretor assina o roteiro ao lado da alemã Barbie Heusinger e da gaúcha Cristiane Oliveira, do premiado longa Mulher do Pai. A equipe técnica conta com o designer de produção alemão Tamo Kunz, que trabalhou com Fatih Akin em filmes renomados como Em PedaçosContra a Parede e, mais recentemente, O Bar Luva Dourada, e a consagrada produtora Sara Silveira, de As Boas Maneiras e Cinema, Aspirinas e Urubus.

Para falar mais sobre o filme, que já está em cartaz nos cinemas, conversamos com o diretor e com os atores Gustavo Halfeld e Ayla Gresta.

Aperte o play e confira:

Foto: André Carvalheira.

Prêmio APCA: Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é eleito o melhor filme de 2019

por: Cinevitor

bacurauAPCAIngrid Trigueiro e Carlos Francisco em Bacurau: filme premiado.

A Associação Paulista de Críticos de Artes anunciou nesta segunda-feira, 09/12, os vencedores do Prêmio APCA 2019, que conta com os melhores do ano nas seguintes categorias: Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infantojuvenil e Televisão.

Neste ano, a diretoria da entidade concedeu o Prêmio Especial da APCA para a atriz Fernanda Montenegro, por seu protagonismo na defesa da liberdade de expressão, representatividade e contribuição inequívocas em quatro categorias das artes contempladas pelo troféu: Cinema, Literatura, Teatro e Televisão.

Em assembleia que reuniu os críticos no Sindicato dos Jornalistas do Estado de S. Paulo, Celso Curi, presidente da APCA em seu segundo mandato, reitera a necessidade de atuação e fortalecimento da crítica cultural num momento em que a luta é contra quaisquer tipos de retrocesso: “A livre atuação da crítica cultural é também uma garantia de resistência no campo artístico. Nossa luta é e será sempre pelo respeito à Constituição, que no seu Art. 5, inc. IX diz que ‘é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença'”.

Na categoria Cinema, os críticos Luiz Carlos Merten, Flavia Guerra, Orlando Margarido e Walter Cezar Addeo escolheram Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, como o melhor filme do ano. A cerimônia de entrega aos artistas contemplados acontecerá no Teatro Sérgio Cardoso, no dia 17 de fevereiro de 2020, ano em que a entidade realiza sua 63ª premiação.

Conheça os vencedores do Prêmio APCA 2019 na categoria de Cinema:

MELHOR FILME:
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles

MELHOR DIREÇÃO:
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau

MELHOR ROTEIRO:
Aspirantes, escrito por Ives Rosenfeld e Pedro Freire

MELHOR ATOR:
Christian Malheiros, por Sócrates

MELHOR ATRIZ:
Carol Duarte e Júlia Stockler, por A Vida Invisível

MELHOR DOCUMENTÁRIO:
Democracia em Vertigem, de Petra Costa

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI:
A Rosa Azul de Novalis, de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro

Foto: Divulgação.