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FestCurtas Fundaj 2020: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

elamoraandarcimafundajMarcélia Cartaxo em Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins.

Foram anunciados nesta terça-feira, 30/06, os selecionados para o FestCurtas Fundaj 2020 – I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação On-line, que acontecerá entre os dias 7 e 12 de julho. Este é o primeiro festival de cinema realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, sediada no Recife, em Pernambuco.

Entre documentário, ficção e animação, foram inscritos 520 curtas com temáticas atuais e importantes, de todas as partes do Brasil, e selecionados 44 filmes, de 14 estados. Participaram da seleção curtas de até 30 minutos e produzidos a partir de junho de 2018. Em comunicado oficial, Ana Farache, coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana, disse: “Ficamos satisfeitos com o resultado principalmente pela qualidade técnica e relevância dos temas abordados nos curtas. O primeiro FestCurtas Fundaj chegou com tudo para ficar na nossa programação anual”.

Os vencedores serão escolhidos por um júri especial, que concederá prêmios para melhor ficção, documentário e animação, e será formado por: Camilo Cavalcante, roteirista, produtor e cineasta; Amanda Mansur, professora do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE; e Bernardo Lessa, produtor de curtas e organizador de festivais. O FestCurtas terá ainda o prêmio do público, escolhido por votação on-line; a produção local será contemplada com o Prêmio Cinemateca Pernambucana. Vale destacar que o FestCurtas também terá sua versão presencial no Cinema da Fundação assim que o isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 for suspenso e o cinema voltar às atividades normais.

O diretores premiados de outros estados receberão passagens aéreas e diárias para participarem da Mostra do FestCurtas Fundaj 2020, no Cinema da Fundação, no Recife. Os diretores premiados do estado participarão da mostra presencial e receberão passe livre para frequentarem as salas do Cinema da Fundação com um acompanhante, durante dois meses. Todos os vencedores receberão selos de premiação e certificados, além de serem exibidos dentro da programação semanal do Cinema da Fundação (salas no Derby e no Museu), durante uma semana cada.

Conheça os filmes selecionados para o FestCurtas Fundaj 2020 – I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação On-line:

A Barca, de Nilton Resende (AL)
A Era de Lareokotô, de Rita Carelli (SP)
A Hora Morta, de Márcio Coutinho (RJ)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (CE)
Arte a Metro, de Thiago Magalhães (RJ)
Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB)
Carretéis, de Eudaldo Monção Jr. (BA)
Cidade Natal, de Ana Luisa Mariquito (SP)
Cleo – A Rainha Negra das Passarelas, de Artur Ianckievicz (PR)
Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (PE)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)
Êles, de Roberto Burd (RS)
Em Reforma, de Diana Coelho (RN)
Eu Te Vejo Daqui, de Kawanna Sofia de Oliveira (SP)
Hotel Central, de Tiago Martins Rêgo (PE)
Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (RJ)
Julieta de Bicicleta, de Juliana Sanson (PR)
Linha de um Tempo Qualquer, de Luciana Malavasi e Bruno Lamberg (RJ)
Luis Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
Mamãe Tem um Demônio, de Demerson Souza (SP)
Mar-celo, de Arthur Lotto (SP)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Memórias, de Andre Siqueira (PR)
Nadir, de Fábio Rogério (SE)
Nimbus, de Marcos Buccini (PE)
Num Piscar de Olhos, de Elder Gomes Barbosa (RJ)
O Afeto e a Rua, de Thiago Köche (RS)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (PE/SP)
O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares (PE)
O Quarto Negro, de Carlos Kamara (PE)
O Silêncio lá de Baixo, de Pamella Araújo (PE)
O Vizinho de Baixo, de Flávio Colombini (SP)
Parabéns a Você, de Andréia Kaláboa (PR)
Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (PE)
Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (SP)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Soccer Boys, de Carlos Guilherme Vogel (RJ)
Vinde como Estais, de Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (RJ)
Volta Seca, de Roberto Veiga (PE)
1996, de Rodrigo Brandão (MG)

Curtas com versão acessível:

Em Reforma (AD + LIB + LSE)
Marie (AD + LIB + LSE)
Mar-celo (AD + LIB)
O Menino que Morava no Som (LIB + LSE)
Batom Vermelho Sangue (LSE)
Cidade Natal (LSE )
O Quarto Negro (LSE)

Foto: Isabella Lanave.

Prêmio Platino 2020 anuncia vencedores; Carol Duarte e Petra Costa são premiadas

por: Cinevitor

carolduarteplatinovenceCarol Duarte em A Vida Invisível: melhor atriz.

Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/06, os vencedores do 7º Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Neste ano, o anúncio foi realizado de forma virtual pelo YouTube e apresentado pelo jornalista Juan Carlos Arciniegas e pelos atores Omar Chaparro e Májida Issa. A cerimônia presencial estava marcada para o dia 3 de maio, no Teatro Gran Tlachco de Xcaret, em Riviera Maya, no México, mas foi cancelada por conta da pandemia de Covid-19.

O drama Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, foi o grande vencedor desta edição com seis prêmios, entre eles, o de melhor filme ibero-americano de ficção. O cinema brasileiro também se destacou com o documentário Democracia em Vertigem, de Petra Costa; e A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Carol Duarte. É a segunda vez que uma brasileira é consagrada nesta categoria; a primeira foi em 2017, com Sonia Braga, por Aquarius.

Conheça os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2020:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO:
Dor e Glória (Espanha)

MELHOR DIREÇÃO:
Pedro Almodóvar, por Dor e Glória

MELHOR ROTEIRO:
Dor e Glória, escrito por Pedro Almodóvar

MELHOR ATRIZ:
Carol Duarte, por A Vida Invisível

MELHOR ATOR:
Antonio Banderas, por Dor e Glória

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Dor e Glória, por Alberto Iglesias

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO:
Buñuel en el laberinto de las tortugas (Espanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO:
Democracia em Vertigem, de Petra Costa (Brasil)

MELHOR PRIMEIRO FILME IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO:
A Camareira, de Lila Avilés (México)

MELHOR EDIÇÃO:
Dor e Glória, por Teresa Font

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
Mientras dure la guerra, por Juan Pedro De Gaspar

MELHOR FOTOGRAFIA:
Monos, por Jasper Wolf

MELHOR SOM:
Monos, por Lena Esquenazi

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES:
O Despertar das Formigas, de Antonella Sudasassi (Costa Rica/Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
La casa de papel (Espanha)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Álvaro Morte, por La casa de papel

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Cecilia Suárez, por A Casa das Flores

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Gerardo Romano, por El marginal III

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Alba Flores, por La casa de papel

Foto: Bruno Machado.

Vermelha

por: Cinevitor

vermelhaposterDireção: Getúlio Ribeiro

Elenco: Osvaldo Marques, Carlos Alberto Ferreira, Emerson Alves, Jonatas Borges, Maurício Cruz, Maria Divina, Débora Marques, Vasconcelos Neto, Maria Divina, André Luiz, Vanderlei Cardoso, Welber Lôvo, Ricardo Menezes.

Ano: 2019

Sinopse: A trama acompanha dois homens que viajam até a região rural em busca de uma antiga raiz atingida por um raio. Paralelamente, Gaúcho reforma o telhado de sua casa, junto com o amigo Beto, e é constantemente ameaçado por Jonas, que cobra dívidas em atraso do fornecedor de materiais de construção. As figuras de Diva, Débora e da cadelinha Vermelha perpassam esse cotidiano de trabalho dos homens.

*Filme visto na Mostra Tiradentes | SP 2019.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Suzana Amaral, diretora de A Hora da Estrela, morre aos 88 anos

por: Cinevitor

suzanaamaralmorreA cineasta no Festival de Brasília, em 2017.

Morreu, na tarde desta quinta-feira, 25/06, aos 88 anos, a cineasta e roteirista Suzana Amaral, que ficou conhecida pelo premiado longa-metragem A Hora da Estrela, baseado no romance de Clarice Lispector.

Nascida em São Paulo, em 1928, começou sua carreira artística aos 40 anos, em 1968, quando cursou Cinema na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Ao longo desse período, dirigiu três curtas-metragens: Eu sou Vocês, Nós Somos Eles; Semana de 22; e Sua Majestade, Piolin.

Após concluir o curso, em 1971, ministrou aulas de roteiro e fotografia na ECA/USP. Nessa época, filmou diversos documentários em curta-metragem para o extinto programa Câmera Aberta, da TV Cultura. Entre 1976 e 1979, fez mestrado em Direção de Cinema na NYU, em Nova York, e outros cursos na Actors Studio. Com o documentário Minha Vida, Minha Luta, trabalho de conclusão do mestrado, foi premiada no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; o filme serviu de pano de fundo e inspiração para a luta pelas creches da periferia de São Paulo.

Dirigiu também a série Pensamento e Linguagem, em parceria com a Fundação holandesa Bernard Van Leer, e A Casa de Bernarda Alba, adaptação da obra do escritor espanhol Federico García Lorca.

O grande reconhecimento aconteceu em 1985 com o longa-metragem A Hora da Estrela, que recebeu seis prêmios no Festival de Brasília, entre eles, melhor filme e melhor direção. No ano seguinte, o longa foi consagrado no Festival de Berlim e rendeu o Urso de Prata de melhor atriz para Marcélia Cartaxo, no papel da inesquecível Macabéa. O drama, baseado no romance de Clarice Lispector, também foi premiado no Festival de Havana e no Sesc Melhores Filmes. Por conta desse sucesso todo, anos depois, em 1990, Suzana recebeu uma condecoração com a Ordem do Rio Branco pela contribuição do filme à divulgação do Brasil no exterior.

ahoradaestrela1A diretora nos bastidores de A Hora da Estrela, com Marcélia Cartaxo.

Em entrevista ao CINEVITOR, a atriz Marcélia Cartaxo, muito emocionada, relembrou o último encontro com a amiga, em janeiro desse ano e falou, com carinho, sobre Suzana: “Estou muito triste. Só tenho que agradecer por ela ter entrado na minha vida e ter feito uma proposta tão linda que mudou minha trajetória. Suzana fica pra história e será inesquecível pra mim”.

Ao longo da carreira, foi júri de festivais internacionais, dirigiu uma série chamada Procura-se para a RTP, em Portugal, dirigiu filmes institucionais e comerciais, foi professora universitária, atuou como crítica de cinema no jornal Folha de São Paulo e dirigiu seu segundo filme em 2001, o drama Uma Vida em Segredo, com Sabrina Greve e Eliane Giardini. O longa foi premiado no Cine Ceará, Festival de Brasília, Cartagena, APCA, entre outros. Neste mesmo ano, escreveu e dirigiu o documentário Demarcando o Cacique Fontoura, sobre a questão das terras dos índios Carajás.

Em 2009, dirigiu seu terceiro longa, o drama Hotel Atlântico, com Mariana Ximenes, João Miguel e Julio Andrade. O filme, premiado no Festival de Lima e no Prêmio Guarani, rendeu alguns prêmios para o ator Gero Camilo, como Troféu APCA e Redentor, no Festival do Rio. Nesse mesmo ano, Suzana foi homenageada no Festival de Toronto.

Suzana Amaral, que teve nove filhos e mais de vinte netos, estava internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para realizar alguns exames e a causa da morte não foi revelada. A notícia foi divulgada por amigos próximos nas redes sociais.

Foto: Humberto Araujo/Divulgação.

Indianara

por: Cinevitor

indianaraposternovo2Direção: Aude Chevalier-Beaumel, Marcelo Barbosa.

Elenco: Indianara Siqueira, Wescla Vasconcelos, Biancka Fernandes, Marielle Franco.

Ano: 2019

Sinopse: Prestes a completar 50 anos, e às vésperas de se casar, a revolucionária Indianara luta pela sobrevivência das pessoas trans no Brasil e vislumbra abandonar a luta política das ruas. Mas, frente aos ataques do seu próprio partido político e diante da perda da companheira de luta, Marielle Franco, e do avanço do totalitarismo no Brasil, ela busca forças para embrenhar-se em um último ato de resistência. Vegana, anticapitalista e puta, como se define, Indianara milita também pelos oprimidos da sociedade em geral. Um retrato da matriarca e fundadora da Casa Nem, abrigo no centro histórico do Rio de Janeiro voltado para pessoas LGBTIs em situação de vulnerabilidade.

Crítica do CINEVITOR: Exibido na mostra da ACID, Association du cinéma indépendant pour sa diffusion, evento paralelo ao Festival de Cannes, o documentário Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, já manda seu recado logo na primeira cena. Ao lado de amigos, a protagonista participa de um enterro simples, em um cemitério precário, e se despede de um ente querido. Ao olhar em volta, entre diversas covas sem nome, em que provavelmente pessoas foram sepultadas como indigentes, ela aponta o dedo e reflete: “E agora? Quem é hétero? Quem é lésbica? Quem é travesti? Quem é transexual? Quem é homem? Quem é mulher? Quem é preto? Quem é branco? Olha aí… onde tudo termina. O que te importa aqui?”. Com essa reflexão precisa e impactante, em uma das cenas mais emocionantes do filme, entende-se o que será mostrado daqui pra frente ao longo da projeção. Indianara Alves Siqueira, ativista transexual, foi candidata a vereadora na cidade do Rio de Janeiro e, entre tantas ações, ficou conhecida por seu trabalho na Casa Nem, um abrigo no bairro da Lapa para pessoas LGBTIs, que foram expulsas de casa ou que estavam vivendo nas ruas. No filme, acompanhamos o cotidiano desse centro de acolhimento, que também oferece consultas psicológicas e cursos técnicos e preparatórios para o vestibular, e a relação de Indianara, idealizadora do projeto, com os que convivem por lá. Porém, o documentário vai além disso e retrata a luta diária de sua protagonista em diversas situações. Há momentos de intimidade com o marido e cenas de protesto contra o governo (na época liderado por Michel Temer). Fala-se também sobre HIV, prostituição, resistência, homofobia, desigualdade e militância. Aqui, vida pública, política e pessoal não se distanciam, e sem colocar a poeira debaixo do tapete, são escancaradas para o espectador. Por conta disso, Indianara torna-se um registro necessário e fundamental sobre momentos importantes, recentes e questionáveis que o Brasil enfrenta, como por exemplo, o assassinato da vereadora Marielle Franco. A constante luta contra uma sociedade heteronormativa permeia toda a narrativa, que mostra como as consequências de regras incabíveis criadas por governantes oprimem e afetam a liberdade de expressão das minorias. O filme também discute, com relevância, a questão do corpo como resistência e como forma de combate ao preconceito. Tudo se encaixa perfeitamente neste documentário, inclusive os momentos em que questiona o preconceito dentro da própria comunidade LGBT, na política, com aqueles que se aproveitam da causa para ganhar votos, e das atitudes dos cidadãos que se dizem a favor dessa luta. Até onde vão essas pessoas que afirmam combater o preconceito por compaixão? Será que pretendem ganhar algo com isso? Até que ponto são verdadeiras? É interessante destacar a maneira como os diretores apresentam sua protagonista: não há uma necessidade de endeusar Indianara, pelo contrário, entre seus erros e acertos conseguem destacar a importância de sua representatividade e de como seu ativismo pelos direitos humanos tornou-se peça fundamental para contar uma história potente de dedicação, que possa servir de inspiração. Foram dois anos acompanhando o cotidiano da personagem-título e daqueles que a rodeiam, e por isso, coube ao montador Quentin Delaroche o trabalho árduo e eficaz de encaixar cada peça desse interessante quebra-cabeça que se atualizava a todo momento. Indianara é um documentário necessário nesses tempos tão sombrios, que por meio de sua protagonista consegue contar um pouco da história de todos que enfrentam uma luta diária de resistência, contra o preconceito e em busca de liberdade. É também um tapa na cara da sociedade, pois mostra o lado mais difícil desse combate, ainda que seja liderado por pessoas que desejam ampliar o amor. É surpreendente, político, potente, tocante e humano. Dá voz a quem realmente tem o que dizer e que sente na pele a dor da discriminação. É o registro de uma luta contra a violência e da necessidade de direitos iguais para todos. Por isso, vale reforçar o lembrete: independente de orientação sexual ou identidade de gênero, é preciso respeitar o outro. De preferência, com amor. (Vitor Búrigo)

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevista com Indianara Siqueira no Olhar de Cinema.

*Clique aqui e assista aos melhores momentos da apresentação do filme no 14º Fest Aruanda.

Nota do CINEVITOR:

nota-4,5-estrelas

Globo de Ouro e outras premiações anunciam novas datas por conta da pandemia

por: Cinevitor

globodeouro2021novadataTom Hanks e Charlize Theron na cerimônia deste ano.

A 78ª edição do Globo de Ouro, prêmio realizado pela HFPA, Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que elege os melhores da TV e do cinema, estava marcada para a primeira semana de janeiro de 2021, porém, por conta da pandemia de Covid-19, foi adiada para o dia 28 de fevereiro.

Segundo o comunicado oficial, em breve a HFPA fornecerá novas orientações sobre elegibilidade, período de votação e datas nas próximas semanas. A cerimônia, que será apresentada por Tina Fey e Amy Poehler, acontecerá no Beverly Hilton, em Beverly Hills.

A pandemia mundial do novo coronavírus tem afetado o calendário de festivais e premiações no mundo inteiro. Na semana passada, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou uma nova data para o Oscar 2021. O Independent Spirit Awards, que elege as melhores produções independentes do ano, também sofreu mudanças e agora acontecerá no dia 24 de abril. O BAFTA, conhecido como o Oscar britânico, aconteceria em fevereiro e foi transferido para o dia 11 de abril.

No Brasil, festivais como Gramado, Cine PE e Olhar de Cinema já adiaram suas datas e analisam novas formas de realização. A Mostra Ecofalante de Cinema acontecerá de maneira on-line; o Festival de Vitória já pensa em uma edição virtual e também com sessões em drive-in; o Mix Brasil, marcado para novembro, não descarta um evento presencial de acordo com as regras sanitárias, mas já garantiu uma edição on-line.

Foto: Getty Images.

Com Bukassa Kabengele, Atrás da Sombra ganha trailer e data de estreia em plataformas digitais

por: Cinevitor

atrasdasombratrailerProtagonista: Bukassa Kabengele interpreta um detetive.

Dirigido pelo cineasta goiano Thiago Camargo, Atrás da Sombra terá estreia nacional no Canal Brasil e nas plataformas digitais Now, Vivo Play e Oi Play no dia 17 de julho. O suspense policial conta a história de Jorge, interpretado por Bukassa Kabengele, um detetive de Goiânia que ganha a vida desvendando crimes que a polícia local, corporação da qual já fez parte, não tem interesse ou capacidade de resolver.

Jorge se vê sem saída quando é ameaçado por uma grande dívida, por isso aceita trabalhar num novo caso. Sem muitos detalhes, a nova investigação o leva para a Golinópolis, interior de Goiás, onde Jorge começa a ter sonhos com uma assombração que alguns moradores acreditam ser quem comete os assassinatos. Mas, o lado cético de Jorge refuta essa ideia e começa a suspeitar do envolvimento de políticos e moradores locais nesses misteriosos assassinatos.

No elenco, ainda estão Elisa Lucinda, que vive a poderosa raizeira Dalva; Allan Jacinto Santana como Valtim, um jovem misterioso; e Bruna Brito, que interpreta Mariá, a figura que, recorrentemente, surge nos sonhos de Jorge e que ele passa a encontrar numa mata conhecida por ser mal assombrada.

“Tivemos 27 diárias de gravação. Depois da pré-produção e um trabalho de preparação de atores muito intenso, chegamos para as filmagens com um ótimo direcionamento e com um elenco formidável que conseguimos. Foi, apesar de muito difícil, a melhor estreia como diretor de longa metragem que eu poderia ter”, afirmou Thiago Camargo.

O diretor explica que as escolhas das locações foram feitas pensando em retratar um interior menos estereotipado, onde tecnologia e modernidade se fundem com a vida calma das pequenas cidades. “Pesquisamos várias cidades do interior de Goiás e nosso produtor de locação nos apresentou a região da Gameleiras de Goiás e Silvânia, que funcionaram muito bem tanto para a parte artística quanto para a parte de produção”, finalizou.

O elenco conta também com Stepan Nercessian, Érico Brás, Zécarlos Machado, Eliana Santos, Nayara Tavares, Chico Santana, Vinícius Queiroz, Jeferson da Fonseca, Andre Deca e Daya Laryssa. O filme foi produzido pela Pira Filmes e tem coprodução da Mandra Filmes. A distribuição é da Elo Company em parceria com o Canal Brasil. Em 2019, foi selecionado para o FIP, Film in Progress, no festival Ventana Sur.

Assista ao trailer de Atrás da Sombra:

Foto: Divulgação/Pira Filmes.

CINEVITOR #371: Bastidores Música para Morrer de Amor com Fafá de Belém + elenco e equipe

por: Cinevitor

fafamusicamorrercinevitorParticipação especial: Fafá de Belém nas telonas.

Dirigido por Rafael Gomes, Música para Morrer de Amor é baseado na peça Música para cortar os Pulsos, vencedora do Prêmio APCA de melhor peça jovem, e assim como em sua versão teatral, acompanha o romance entre três jovens: Isabela, Ricardo e Felipe, vividos por Mayara Constantino, Victor Mendes e Caio Horowicz.

O longa, que foi selecionado para o NewFest, em Nova York, um dos mais importantes festivais de cinema LGBTQ+ do mundo, fez sua estreia no Brasil na Mostra Competitiva do 27º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. Com data de lançamento prevista para o primeiro semestre deste ano, foi adiado por conta da pandemia de Covid-19, porém, estará disponível nos dias 23 e 24 de junho no festival on-line de pré-estreias do Espaço Itaú.

O texto, em sua versão para os palcos, tornou-se referência na dramaturgia para jovens, tendo ficado três anos em cartaz e viajado para mais de 30 cidades brasileiras, colecionando prêmios, elogios da crítica e sucesso junto ao público. Além do amor, seus temas abarcam também a sexualidade, a presença das canções em nossa construção emocional e, especialmente na adaptação para o cinema, a influência da tecnologia nos relacionamentos contemporâneos.

Inteiramente rodado na cidade de São Paulo, a paisagem urbana é mostrada por meio do cotidiano das personagens, como trabalho, faculdade, bares, ruas, cinemas, festas e transporte público. No elenco ainda estão Denise Fraga, interpretando Berenice, mãe de Felipe, e Ícaro Silva, como Gabriel, ex-namorado de Isabela. Já o papel de Alice, avó de Isabela, fica por conta de Suely Franco.

Além de uma vasta trilha sonora com mais de 35 canções, passando por diversos artistas e estilos, o filme conta ainda com participações especiais de nomes conhecidos de diferentes gerações da música brasileira, como Milton Nascimento, Tim Bernardes, Fafá de Belém, Clarice Falcão, Maria Gadú, Mauricio Pereira e César Lacerda.

O filme conta uma história urbana, intensa e sentimental sobre três jovens de vinte e poucos anos provando que na vida, assim como nas canções de amor, só os clichês são verdade. Isabela sofre de um coração partido, Felipe quer desesperadamente se apaixonar, e Ricardo, seu melhor amigo, está apaixonado por ele.

Em maio de 2018, o CINEVITOR acompanhou um dia de filmagem do longa e conversou com o diretor Rafael Gomes, com a produtora Diana Almeida, com a cantora Fafá de Belém e com os atores Caio Horowicz e Denise Fraga.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Lacuna Filmes.

A Linha, de Ricardo Laganaro, será exibida em edição conjunta de Cannes e Tribeca sobre realidade virtual

por: Cinevitor

alinhafoto1A experiência é dublada por Rodrigo Santoro e Simone Kliass.

Com direção de Ricardo Laganaro, A Linha é uma experiência narrativa em realidade virtual que tem ganhado destaque internacional por sua trajetória prestigiosa: estreou na 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, onde foi premiada como Melhor Experiência Interativa da mostra de Realidade Virtual.

Também foi premiada no Festival de Berlim, Kaohsiung Film Festival, entre outros, e exibida na Mostra de São Paulo, Raindance Film Festival, Kaboom Animation Festival, GIFF VR Lounge Korea, Festival de Roterdã, VR Days Europe e outros. Depois disso, teve seu lançamento comercial global no Oculus Quest, dispositivo de realidade virtual de maior alcance no mundo inteiro.

Em junho de 2020, A Linha integrará a pioneira edição conjunta dos festivais de Tribeca e Cannes, que acontecerá virtualmente em um museu imersivo on-line, o Museum of Other Realities, entre os dias 24 e 26 de junho. Trata-se de uma edição histórica de dois dos maiores festivais de cinema e realidade virtual do mundo, unindo suas forças para permitir que o público tenha uma experiência similar àquela dos festivais físicos sem sair de casa, por conta da pandemia de Covid-19 e às medidas emergenciais de isolamento social adotadas.

A arena interativa do festival acontecerá dentro do Museum of Other Realities, uma galeria de arte virtual com trabalhos imersivos de artistas em realidade virtual de todo o mundo. No MOR, os visitantes poderão encontrar a exposição permanente do museu ou a mostra temporária do festival. Durante os dias da mostra, o aplicativo estará disponível gratuitamente.

alinhatribecacannes2Maquete da experiência em realidade virtual.

A Linha é uma experiência narrativa e interativa, ambientada em uma maquete de São Paulo na década de 1940, e uma história sobre amor e rotina. Nela, o espectador interage com uma maquete encantada onde vivem dois bonecos em miniatura, Pedro e Rosa. A experiência convida a desfrutar as traquitanas da maquete e até mesmo se aventurar debaixo do maquinário, explorando um lado misterioso daquele mundo. Assim, descobrimos a história dos dois personagens que são perfeitos um para o outro, mas tem medo de sair dos trilhos, hesitando em quebrar as barreiras físicas e psicológicas que os impedem de viver juntos.

Os frequentadores do festival poderão desfrutar dessa experiência em inglês, narrada pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro, ou em português, narrada por Simone Kliass. A narrativa, originalmente projetada para que o público se locomova em torno da história em uma área de 2.5x2m no modo “quarto inteiro”, também poderá ser aproveitada por pessoas com dificuldade de locomoção ou espaços reduzidos, no modo “sentado”.

A Linha, produzida pela ARVORE, estúdio sediado em São Paulo, será exibida junto a diversas experiências interativas renomadas em realidade virtual como Battlescar: Punk Was Invented By Girls, de Martin Allais e Nico Casavecchia; e Great Hoax: The Moon Landing, de John Hsu e Marco Lococo, que estreará globalmente no festival, compondo uma curadoria criteriosa de Tribeca Virtual Arcade e Cannes XR, áreas dos festivais dedicadas à realidade virtual.

alinhafoto2Trabalho premiado em diversos festivais.

“É uma honra enorme ser um dos precursores deste novo ecossistema de exibição, que infelizmente se tornou urgente por conta da pandemia, mas que será muito mais inclusivo e democrático conforme a tecnologia da realidade virtual continuar se popularizando. O público não terá mais que necessariamente viajar para participar de grandes festivais”, afirma o diretor Ricardo Laganaro.

Em 2020, os festivais propõem um modelo inovador em que o público não apenas poderá assistir as obras, mas também participar de encontros de negócios, acompanhar conferências, entrar em contato com criadores, artistas e grandes figuras da indústria. “Ver festivais tão grandes e tradicionais como Tribeca e Cannes se unindo para fazer uma mostra conjunta neste novíssimo formato de exibição é a prova de que podemos usar a tecnologia em momentos difíceis para sermos melhores”, completa Laganaro.

O renomado diretor Ricardo Laganaro entrou no mundo imersivo em 2012, criando uma experiência para a cúpula do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Ele também dirigiu vídeos em 360º que juntos somam mais de 60 milhões de visualizações e criou o documentário em realidade virtual Step to the Line, que estreou no Tribeca Film Festival e foi selecionado para mais de 30 festivais em todo o mundo, sendo exibido recentemente no festival on-line We Are One: A Global Film Festival.

Confira o trailer de A Linha:

Fotos: Divulgação.

Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo

por: Cinevitor

aliceguyblacheposterBe Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché

Direção: Pamela B. Green

Elenco: Alice Guy-Blaché, Jodie Foster, Marc Abraham, Jeffrey Aikman, Stephanie Allain, Scilla Andreen, Gillian Armstrong, Damien Bachy, John Bailey, Will Bates, Cari Beauchamp, Lake Bell, Peter Billingsley, James Bobin, Peter Bogdanovich, Serge Bromberg, Kevin Brownlow, Emad Burnat, Diana Serra Cary, Jacqueline Casner, Robert Channing, Bernard Chevadere, Jon M. Chu, Diablo Cody, Bobby Cohen, Howard Cohen, Julie Corman, Magda Crosignani, David C. Crosthwait, Guy Davidi, Geena Davis, Tacita Dean, Peter Decherney, Julie Delpy, Dominique de Rougemont, Lorenzo di Bonaventura, Judith F. Dolkart, Frederik Du Chau, Christophe Dupin, Claire Duval-Clouzot, Ava DuVernay, Mel Eslyn, Dino Everett, Peter Farrelly, Elsie Fisher, Anne Fletcher, Anne Fontaine, Jean-Michel Frodon, Jane Gaines, Janeane Garofalo, Yves Gaumont, Fredrik Gertten, Murray Glass, Pierre-William Glenn, Jonathan Glickman, Liz Goldwyn, Maxine Haleff, Catherine Hardwicke, Michel Hazanavicius, Lena Herzog, Cheryl Hines, Jan-Christopher Horak, Carly Hugo, Neil Hunt, Gale Anne Hurd, Brian R. Jacobson, Patty Jenkins, Henry Jenkins, Benjamin Kasulke, Chris Kattan, Chad Keith, Corey Keller, Ben Kingsley, Naum Kleiman, Richard Koszarski, Wayne Kramer, Harry Kümel, Roland-François Lack, Carla Laemmle, Deborah Nadoolman, Terry Lawler, Matthew Libatique, Kevin Macdonald, Guy Maddin, Gary Mairs, Anastasia Masaro, Shannon McIntosh, Alison McMahan, Tom Meyers, Abi Morgan, Walter Murch, Glenn Myrent, Gabriel Noguez, Cathleen Osburg, Chloe Page-Relo, Tatiana Page-Relo, Vadim Perelman, Michelle Pin Seymour, Gigi Pritzker, Sean Ranson, Patricia Riggen, Pierre Rissient, Julie Anne Robinson, Mark Romanek, Elif Rongen-Kaynakçi, Steve J. Ross, Andy Samberg, Horatio Sanz, Marjane Satrapi, Sophie Saudrais, Ken Schneider, Cathy Schulman, Vanessa Schwartz, Caitlin Seymour, Teilyn Shropshire, Floria Sigismondi, Daniil Simkin, Joan Simon, Anthony Slide, Cecile Starr, Valerie Steele, Mark Stetson, Kevin Stitt, Drake Stutesman, Julie Taymor, Kimberly Tomadjoglou, Kathleen Turner, Agnès Varda, Dimitri Vezyroglou, Robert Von Dassanowsky, Nicholas von Sternberg, Marc Wanamaker, Mark Webber, Loretta Weinberg, Claire C. Wickell, Steve Wilkins, Jon Wilkman, Alan Williams, Midge Wilson, Evan Rachel Wood.

Ano: 2018

Sinopse: Documentário sobre a cineasta pouquíssimo mencionada na história, Alice Guy-Blaché pioneira no mundo do cinema desde os seus 21 anos, ainda no final do século XIX. O filme mostra imagens de arquivo e entrevistas com atores e outros grandes nomes do cinema, trazendo à tona algumas das obras da cineasta e tocando no motivo misterioso pelo qual a grande artista caiu no esquecimento com o passar do tempo.

*Filme visto no festival on-line de pré-estreias do Espaço Itaú.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Partida

por: Cinevitor

partidaposterDireção: Caco Ciocler

Elenco: Georgette Fadel, Léo Steinbruch, Paula Cesari, Caco Ciocler, Vasco Pimentel, Sarah Lessa, Jefferson dos Reis, Julia Zakia, Beto Amaral, Manoela Rabinovitch, Ivan Drukier Waintrob, Luiza Zakia.

Ano: 2019

Sinopse: Diante do resultado da última eleição no Brasil, uma atriz decide candidatar-se à presidência da república e se juntar a uma trupe em uma viagem apaixonada em defesa de uma utopia: tentar passar a virada do ano nos braços de sua maior inspiração política, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.

*Filme visto no 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Academia anuncia nova data para o Oscar 2021; cerimônia acontecerá em abril

por: Cinevitor

oscar2021novadataRegina King e Brad Pitt na cerimônia deste ano.

Depois de revelar novas regras no regulamento para a 93ª edição do Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acaba de anunciar uma nova data para a realização da maior premiação do cinema. Antes programada para o dia 28 de fevereiro de 2021, agora o evento acontecerá no dia 25 de abril.

Vale lembrar que na história do Oscar, o adiamento da cerimônia aconteceu apenas três vezes: em 1938, por conta de uma inundação em Los Angeles; em 1968, depois do assassinato de Martin Luther King Jr.; e em 1981, por causa da tentativa de assassinato ao presidente americano Ronald Reagan.

A nova data, transferida para abril de 2021 por conta da pandemia de Covid-19, traz também outras mudanças, como: o período de elegibilidade foi prorrogado até 28 de fevereiro, uma lista com os pré-selecionados sai no dia 9 de fevereiro e as indicações serão anunciadas no dia 15 de março.

O prazo de inscrição para as categorias especiais (animação, documentário, filme internacional e curtas-metragens) vai até 1º de dezembro de 2020. Já o prazo de inscrição para categorias gerais, incluindo melhor filme, trilha sonora e canção original, vai até 15 de janeiro de 2021. Agora, um filme deve ter uma data de lançamento qualificada entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. Além disso, o Museu da Academia também mudou a data de sua inauguração e abrirá para o público no dia 30 de abril.

oliviajoaquinoscarOlivia Colman entrega o Oscar de melhor ator para Joaquin Phoenix.

“Há mais de um século, os filmes têm desempenhado um papel importante nos confortando, inspirando e entretendo nos momentos mais sombrios. Eles certamente farão isso este ano. Nossa esperança, ao estender o período de elegibilidade e a data de entrega dos prêmios, é fornecer a flexibilidade necessária para que os cineastas finalizem e lancem seus filmes sem serem penalizados por algo além do controle de qualquer pessoa. Este próximo Oscar e a abertura do nosso novo museu marcarão um momento histórico, reunindo fãs de cinema ao redor do mundo para se unirem através do cinema”, disseram David Rubin, presidente da Academia, e Dawn Hudson, CEO da Academia, em comunicado oficial.

O calendário do Oscar 2021 agora fica assim: a votação preliminar acontecerá entre os dias 1º e 5 de fevereiro de 2021; as shortlists serão anunciadas no dia 9 de fevereiro e as votações para a escolha dos indicados começará no dia 5 de março e vai até o dia 10; a lista oficial com os indicados será anunciada no dia 15 de março e o tradicional almoço com os concorrentes acontecerá no dia 15 de abril; a votação final começará no dia 15 de abril e vai até o dia 20; e a cerimônia acontecerá no dia 25 de abril no Dolby Theatre, em Hollywood.

A apresentação dos prêmios científicos e técnicos da Academia, agendada para o dia 20 de junho, foi adiada e uma nova data será definida. A entrega do Oscar honorário não ocorrerá nesse outono e outras informações sobre a cerimônia do Governors Awards e homenageados será anunciada em breve.

Além dessas novidades, a Academia também anunciou outras informações importantes nesta semana, como a iniciativa de equidade e inclusão com a intenção de promover uma diversidade na indústria do entretenimento e aumentar a representação entre seus membros. Com isso, para a 94ª edição, a categoria de melhor filme voltará a ter dez indicados, ao invés de um número flexível. E mais: a Academia ampliará a exposição de cada filme elegível para garantir que sejam vistos por todos os votantes.

Fotos: Richard Harbaugh/Getty Images.