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Festival de Locarno 2021: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Silvero Pereira no curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 01/07, os filmes selecionados para a 74ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que acontecerá entre os dias 4 e 14 de agosto. Com uma programação eclética, o evento é considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo.

Neste ano, o Brasil está representado com dois filmes em competição na mostra Pardi di domani, território de experimentação expressiva e poesia formal inovadora, que exibe curtas e médias-metragens em estreia mundial ou internacional. A seção consiste em três concursos: Concorso internazionale, com trabalhos de cineastas emergentes de todo o mundo; Concorso nazionale, para produções suíças; e Concorso Corti d’autore, com curtas obras de diretores consagrados.

Na competição internacional de curtas, o cinema brasileiro aparece com A Máquina Infernal, de Francis Vogner Dos Reis, que traz Carolina Castanho, Glauber Amaral, Carlos Escher, Talita Araujo, Maria Leite, Martha Guijarro, Carlos Francisco, Renan Rovida, Carlota Joaquina, Luis Chierotto e Allan Peterson dos Reis no elenco; além de Cristina Amaral na edição. Outro destaque nacional em competição é o curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli, que traz Dennis Pinheiro e Silvero Pereira no elenco.

Além disso, a cineasta brasileira Ivete Lucas, que hoje mora nos Estados Unidos, aparece com o curta Happiness Is a Journey, codirigido por Patrick Bresnan, na seção Pardi di domani: Concorso Corti d’autore.

Neste ano, a cineasta Eliza Hittman preside o júri da Competição Internacional, que apresenta filmes em estreias mundiais e que disputam o Leopardo de Ouro, prêmio máximo do evento. O time de jurados completa-se com Kevin Jerome Everson, Philippe Lacôte, Leonor Silveira e Isabella Ferrari.

A modelo e atriz francesa Laetitia Casta será a grande homenageada desta edição com o Excellence Award Davide Campari. E mais: a roteirista Gale Anne Hurd receberá o Prêmio Raimondo Rezzonico; Phil Tippett, especialista em efeitos especiais e vencedor do Oscar por Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, receberá o Vision Award Ticinomoda; Dante Spinotti, cineasta italiano e diretor de fotografia, será honrado com o Pardo alla carriera; e o Pardo d’onore Manor será entregue para o cineasta John Landis.

A 74ª edição também marca o retorno da mostra Piazza Grande, realizada ao ar livre, e que não foi realizada no ano passado por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, o evento fará uma retrospectiva do cineasta italiano Alberto Lattuada.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Locarno 2021:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

After Blue (Paradis sale), de Bertrand Mandico (França)
Al Naher (The River), de Ghassan Salhab (Líbano/França/Alemanha/Qatar)
Espíritu sagrado (The Sacred Spirit), de Chema García Ibarra (Espanha/França/Turquia)
Gerda, de Natalya Kudryashova (Rússia)
I giganti (The Giants), de Bonifacio Angius (Itália)
Jiao ma tang hui (A New Old Play), de Qiu Jiongjiong (Hong Kong/França)
Juju Stories, de C.J. “Fiery” Obasi, Abba T. Makama e Michael Omonua (Nigéria/França)
La Place d’une autre (Secret Name), de Aurélia Georges (França)
Leynilögga (Cop Secret), de Hannes Þór Halldórsson (Islândia)
Luzifer, de Peter Brunner (Áustria)
Medea, de Alexander Zeldovich (Rússia)
Nebesa (Heavens Above), de Srdjan Dragojević (Sérvia/Alemanha/Macedônia/Eslovênia/Croácia/Montenegro/Bósnia e Herzegovina)
Petite Solange, de Axelle Ropert (França)
Seperti Dendam, Rindu Harus Dibayar Tuntas (Vengeance Is Mine, All Others Pay Cash), de Edwin (Indonésia/Singapura/Alemanha)
Sis dies corrents (The Odd-Job Men), de Neus Ballús (Espanha)
Soul of a Beast, de Lorenz Merz (Suíça)
Zeros and Ones, de Abel Ferrara (Alemanha/Reino Unido/EUA)

CONCORSO CINEASTI DEL PRESENTE

Actual People, de Kit Zauhar (EUA)
Agia Emi (Holy Emy), de Araceli Lemos (Grécia/França/EUA)
Amansa tiafi (Public Toilet Africa), de Kofi Ofosu-Yeboah (Gana)
Brotherhood, de Francesco Montagner (República Tcheca/Itália)
Bu yao zai jian a, Yu hua tang (Virgin Blue), de Xiaoyu Niu (China)
Il legionario (The Legionnaire), de Hleb Papou (Itália/França)
Kun maupay man it panahon (Whether the Weather Is Fine), de Carlo Francisco Manatad (Filipinas/França/Singapura/Indonésia/Alemanha/Qatar)
L’Été l’éternité (Our Eternal Summer), de Émilie Aussel (França)
Mis hermanos sueñan despiertos (My Brothers Dream Awake), de Claudia Huaiquimilla (Chile)
Mostro, de José Pablo Escamilla (México)
Niemand ist bei den Kälbern (No One’s with the Calves), de Sabrina Sarabi (Alemanha)
Shankar’s Fairies, de Irfana Majumdar (Índia)
Streams, de Mehdi Hmili (Tunísia/Luxemburgo/França)
Wet Sand, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia)
Zahorí, de Marí Alessandrini (Suíça/Argentina/Chile/França)

PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

A Máquina Infernal, de Francis Vogner Dos Reis (Brasil)
And Then They Burn the Sea, de Majid Al-Remaihi (Qatar)
Atrapaluz (Suncatcher), de Kim Torres (Costa Rica/México)
Dōng dōng de shèng dàn jié (Christmas), de Fengrui Zhang (China/EUA)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil)
FIRST TIME [The Time for All but Sunset – VIOLET], de Nicolaas Schmidt (Alemanha)
Giochi (Playtime), de Simone Bozzelli (Itália)
Imuhira (Home), de Myriam Uwiragiye Birara (Ruanda)
In Flow of Words, de Eliane Esther Bots (Holanda)
Layl (Night), de Ahmad Saleh (Alemanha/Qatar/Jordânia/Palestina)
Les Démons de Dorothy (The Demons of Dorothy), de Alexis Langlois (França)
Love, Dad, de Diana Cam Van Nguyen (República Tcheca/Eslováquia)
Mask, de Nava Rezvani (Irã)
Papyni krosivky (Dad’s Sneakers), de Olha Zhurba (Ucrânia)
Somleng reatrey (Sound of the Night), de Chanrado Sok e Kongkea Vann (Camboja)
Squish!, de Tulapop Saenjaroen (Tailândia/Singapura)
Steakhouse, de Špela Čadež (Eslovênia/Alemanha/França)
Strawberry Cheesecake, de Siyou Tan (Singapura)
The Sunset Special, de Nicolas Gebbe (Alemanha)
Yi yi (Time Flows in Strange Ways on Sundays), de Giselle Lin (Singapura)

PIAZZA GRANDE

Beckett, de Ferdinando Cito Filomarino (Itália)
Clube dos Cafajestes, de John Landis (EUA)
Free Guy, de Shawn Levy (EUA)
Heat, de Michael Mann (EUA)
Hinterland, de Stefan Ruzowitzky (Áustria/Luxemburgo)
Ida Red, de John Swab (EUA)
Monte Verità, de Stefan Jäger (Suíça/Áustria/Alemanha)
O Exterminador do Futuro, de James Cameron (EUA/Reino Unido)
Respect, de Liesl Tommy (Canadá/EUA)
Rose, de Aurélie Saada (França)
Sing-keu-hol (Sinkhole), de Kim Ji-hoon (Coreia do Sul)
The Alleys, de Bassel Ghandour (Jordânia/Egito/Arábia Saudita/Qatar)
Vortex, de Gaspar Noé (França/Bélgica/Mônaco)
Yaya e Lennie – The Walking Liberty, de Alessandro Rak (Itália)

FUORI CONCORSO

Dal pianeta degli umani (From the Planet of the Humans), de Giovanni Cioni (Itália/Bélgica/França)
Il mostro della cripta (The Crypt Monster), de Daniele Misischia (Itália)
Mad God, de Phil Tippett (EUA)
Pathos Ethos Logos, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel (Portugal)
Rampart, de Marko Grba Singh (Sérvia)
The Sadness, de Rob Jabbaz (Taiwan)

*Clique aqui e confira a programação completa com os filmes selecionados.

Foto: Divulgação/Pseudo Filmes.

Os Croods 2: Uma Nova Era

por: Cinevitor

croods2poster1The Croods: A New Age

Direção: Joel Crawford

Elenco: Juliana Paes, Rodrigo Lombardi, Nicolas Cage, Emma Stone, Ryan Reynolds, Catherine Keener, Cloris Leachman, Clark Duke, Leslie Mann, Peter Dinklage, Kelly Marie Tran, Kailey Crawford, Chris Sanders, James Ryan, Gabriel Jack, Melissa Disney, Joel Crawford, Januel Mercado, Ryan Naylor, Artemis Pebdani.

Ano: 2020

Sinopse: A animação acompanha a jornada dos Croods em busca de um novo lar. Durante a aventura, eles se deparam com os Bemelhores, uma família moderna, com costumes completamente diferentes dos deles. A mãe Esperança Bemelhor, o pai Bem Bemelhor e a filha Aurora vivem de uma forma completamente diferente dos hábitos dos homens das cavernas.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

VII Mostra Curta Vazantes: conheça os filmes premiados

por: Cinevitor
Emilly de Jesus no curta Baile, de Cíntia Domit Bittar: premiada.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 30/06, os vencedores da sétima edição da Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade, que aconteceu em formato on-line e exibiu 23 curtas-metragens, entre ficções, animações e documentários, realizados no Brasil, Espanha, México e França.

O curta pernambucano Inabitável, dirigido por Matheus Farias e Enock Carvalho, foi reconhecido pelo Júri Oficial como o melhor filme da programação. A trama conta a história de Marilene, que procura sua filha Roberta, uma mulher trans desaparecida. O Júri Oficial foi formado pelo cineasta e professor André Antônio, pelo cineasta, crítico de cinema e professor Alexandre Figueiroa e pela jornalista, fotógrafa, curadora e produtora cultural Priscila Urpia.

Em parceria com a Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema, o Júri da Crítica foi formado por Arthur Gadelha, Rafael M. Vasconcelos e Thiago Henrique Sena. Os críticos reconheceram o pensamento questionador do curta-metragem carioca Neguinho, de Marçal Vianna, e da produção cearense Terceiro Dia, de Jéssica Queiroz. Por meio de votação popular, os espectadores da Mostra Curta Vazantes elegeram Reexisto, dirigido por Lethicia Galo e Rodrigo Campos, como o melhor filme da edição.

Conheça os vencedores da VII Mostra Curta Vazantes:

JÚRI OFICIAL

Melhor Filme: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Justificativa: Pela excelência na orquestração de todos os elementos fílmicos – atuação, som, figurino, direção, roteiro – que concorrem para criar uma narrativa emocionante e politicamente importante.

Melhor Direção: Marco Antônio Pereira, por 4 Bilhões de Infinitos
Justificativa: Pelas belas soluções cênicas, pela decupagem delicada, pelo uso inteligente da luz e a ótima direção de atores.

Melhor Roteiro: De Vez Em Quando Eu Ardo, escrito por Carlos Segundo
Justificativa: Pela forma sutil como o filme constrói aos poucos, através de uma protagonista que vai desvelando várias camadas, uma expectativa que ao mesmo tempo se quebra e desabrocha numa imagem onde a linguagem fotográfica e a cinematográfica se encontram.

Melhor Fotografia: A Barca, por Michel Rios
Justificativa: Pela criação de um universo singular, com cores que beiram o fantástico e o alegórico e por nos proporcionar um passeio aquático pela noite iluminada pelo luar.

Melhor Interpretação: Emilly de Jesus, por Baile
Justificativa: Por construir com naturalidade e ao mesmo tempo leveza uma personagem que está lidando pela primeira vez com questões humanas profundas sem abandonar o ponto de vista da infância.

Melhor Montagem: Piccolino – Una Aventura En La Ciudad, por Giovanni Maccelli
Justificativa: Pela habilidade de unir fluidamente a animação stop motion com a filmagem de atores reais, além de manter o ritmo em habilidosos momentos de ação e perseguição.

Prêmio Especial do Júri: Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM)
Justificativa: Pela apresentação de uma Manaus outra, construindo uma representação inusitada da cidade com referências estéticas pop, além de trazer personagens que lidam com as dores da vida com o cuidado e o afeto que vêm da amizade.

JÚRI DA CRÍTICA

Melhor Filme: Neguinho, de Marçal Vianna (RJ), e Terceiro Dia, de Jéssica Queiroz (CE)
Justificativa: “Parece que tá todo mundo ouvindo e ninguém tá falando nada”. A frase composta por Arnaldo Antunes e Nando Reis parece sintetizar essa realidade em que estamos inseridos, apesar de todas as comunicações e novas ferramentas de ação promovidas neste século: um cenário de imobilidade, silenciamento e omissão. No Estado que estamos, pairam as dúvidas e os suspenses, mas também brotam as indignações, sensações que, cada vez mais, vêm sendo expressas por meio do cinema e suas infinitas possibilidades. Independente do espaço e do tempo em que essas imagens e sons se organizam, reações à mesma normalização do absurdo, à tragédia anunciada, à convivência com o desastre e ao ímpeto da resposta. Dessa forma, o júri acredita que  a função da crítica vai além de uma análise técnica da obra, muitas das vezes propondo  olhares que construam alternativas ao lugar-comum, abrindo janelas para um pensamento questionador e de como o cinema se relaciona com nossa realidade. A Aceccine, por meio de seu júri, premia no VII Curta Vazantes os filmes Neguinho e Terceiro Dia.

JÚRI POPULAR

Melhor Filme: Reexisto, de Lethicia Galo e Rodrigo Campos (SP)

Criada em 2013, a Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade pretende contribuir para a inclusão e a promoção social e cultural dos moradores da Comunidade de Vazantes e localidades vizinhas a partir da exibição de filmes produzidos em qualquer parte do mundo com a ideia de compreender, observar e fazer visível os processos sociais e culturais que se desenvolvem tanto no sul como no norte do planeta.  Além da variedade de filmes, o evento promove oficinas, palestras e encontros que reflitam, discutam e divulguem a cultura presente na região.

*Clique aqui e aqui para assistir aos programas especiais que fizemos no IGTV sobre a sétima edição da Mostra Curta Vazantes com participações especiais.

Foto: Divulgação/Novelo Filmes.

5º Festival ECRÃ: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Rafael Rudolf em Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre.

Entre os dias 15 e 25 de julho acontecerá a quinta edição do Festival ECRÃ, que apresenta um panorama de experimentações audiovisuais das mais variadas abordagens. Ainda longe de sua tradicional casa, a Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro, o evento será realizado novamente no formato on-line por conta da pandemia de Covid-19; o acesso é gratuito.

O Festival ECRÃ aproveita o sucesso da quarta edição, que registrou cerca de 30 mil visitantes únicos e 80 mil streamings, e traz novidades para este ano. Entre elas, está a presença de games na programação com cinco jogos disponíveis para o público aproveitar entre uma sessão e outra; quatro destes jogos são produções brasileiras produzidas entre 2020 e 2021. Outra novidade é o programa Novas Películas Espanholas, dedicado aos realizadores Elena Duque, Jorge Suárez-Quiñones Rivas e Valentina Alvarado Matos que produzem filmes em 16mm e Super 8 com curadoria de Gabriel Linhares Falcão

O veterano diretor americano Ken Jacobs ganha janela especial com dois longas-metragens, incluindo o filme de abertura do evento, o ainda inédito no Brasil O Céu Socialista e sua continuação, O Céu Socialista: Arredores e Outtakes, realizado em 2019. Ken e Flo Jacobs conversarão com a realizadora Paula Gaitán sobre seus trabalhos no dia 17 de julho, às 19h.

Filmes exibidos em grandes festivais também estão na programação, como Canções Engarrafadas 1-4, de Chloé Galibert-Laîné e Kevin B. Lee, selecionado para o Festival de Roterdã; Venha Aqui, da tailandesa Anocha Suwichakornpong e Ste. Anne, de Rhayne Vermette, que foram selecionados para Berlim. E mais: Um Gato Sonha com o Norte, de Diogo Oliveira, que passou no FID Marseille; Liminal, de Phillipe Grandrieux, Lav Diaz, Manuela de La Borde e Óscar Henriquez e Icemeltland Park, de Liliana Colombo, que foram selecionados para o Festival de Locarno.

Mestres do cinema experimental como o austríaco Michael Pilz, os norte-americanos James Benning e Khalik Allah e o argentino Raúl Perrone também estão na lista de longas-metragens do ECRÃ com os filmes Com Amor, exibido em Roterdã; De Bakersfield Para Mojave, em estreia mundial; Eu Ando Sobre a Água, selecionado para o CPH: DOX; e S4D3, em estreia mundial. O videoartista israelense Guli Silberstein com Imagem da Percepção junto com Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, diretores de Saxifraga, Quatro Noites Brancas, selecionado para o Cinéma du Réel, completam a lista.

Entre os longas e médias-metragens nacionais, seis são estreias mundiais: Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre; Você nos queima, de Caetano Gotardo; Centro, de Peter Azen; A Última Imagem, de Benedito Ferreira; Natalis, de Raquel Monteiro; e Sombra, de João Pedro Faro. A lista inclui também Benjamin Zambraia e o Autopanóptico, de Felipe Cataldo, selecionado para o Festival de Brasília, e o média Apyãwa (Tapirapé) Iraxao Rarywa, projeto coletivo de Paula Grazielle Viana dos Reis, Luis Oliveira, Koria Tapirapé e Vandimar Marques Damas. O ECRÃ abre as portas para novos realizadores estrangeiros em longas, como é o caso da realizadora trans Frances Arpaia com 52 Filmes Curtos e a mexicana Mariana Dianela Torres com Mudando de Sonhos.

Na seleção de curtas-metragens, experimentos e texturas voltam aos holofotes em filmes selecionados para grandes festivais, de realizadores consagrados e novatos. Também integram a seleção cineastas conhecidos das edições anteriores: Fábio Andrade volta com Construção de uma Vista; Charlotte Clermont retorna aos objetos em super 8 com Lucina Annulata; Joshua Troxler expande o pavor filmado do cotidiano na cidade em Arsonista; Vinicius Romero traz suas texturas digitais agora em um curta, Bai gosti/eros afogado em lágrimas; e Leonardo Pirondi anima um sonho contado por James Benning em O Sonho de Benning.

A seleção de performances desta edição conta com artistas cuja inventividade se propõe a borrar ainda mais as fronteiras entre conceitos de presença e proximidade. Os oito trabalhos selecionados para esta edição modificam ideias de experiência e preenchem espaços antes considerados inférteis para modelos performáticos. As performances desta edição provam que a exploração do corpo, do espaço e da tela não cessa com a distância física e provam que a pandemia é mais um ambiente desafiador do que um cenário de infertilidade.

O 5° Festival ECRÃ desliza definições entre as suas diversas categorias. Os filmes e performances são acompanhados de remixes, vídeos em 360° e outras obras participativas que compõem a categoria de instalações e artes interativas. Uma seleção de nove trabalhos que exploram a imagem em movimento e sua relação de dependência com o público.

Além disso, os games expandem a edição do festival esse ano, abrindo um novo espaço para a exploração narrativa no festival. Durante o evento haverá uma mesa de debate sobre a conservação de game em parceria com a Cinemateca do MAM com a presença de Rafael Zamorano, Thays Pantuza, Rian Rezende com mediação de Ines Aisengart Menezes. E mais: o evento traz mais de trinta videoartes para o ambiente on-line, categoria na qual o festival ainda não teve a possibilidade de explorar em um ambiente físico.

O ECRÃ promoverá debates durante todo o evento com realizadores através de suas redes, além de uma mesa de debate sobre a edição para o cinema experimental promovida pela EDT.

Conheça os filmes selecionados para o 5º Festival ECRÃ:

LONGA E MÉDIA-METRAGEM

52 Filmes Curtos (52 Short Films), de Frances Arpaia (EUA)
A Última Imagem, de Benedito Ferreira (Brasil/França)
Apyãwa (Tapirapé) Iraxao Rarywa, de Paula Grazielle Viana dos Reis, Luis Oliveira, Koria Tapirapé e Vandimar Marques Damas (Brasil)
Benjamin Zambraia e o Autopanóptico, de Felipe Cataldo (Brasil)
Canções Engarrafadas 1-4 (Bottled Songs 1-4), de Chloé Galibert Lainé e Kevin B. Lee (Alemanha/França/EUA)
Centro, de Peter Azen (Brasil)
Com Amor: Volume 1 1987-1996 (With Love: Volume 1 1987-1996), de Michael Pilz (Áustria)
De Bakersfield para Mojave (From Bakersfield To Mojave), de James Benning (EUA)
Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (Brasil)
Edição Vídeos Digitais Com Adobe Première-Pro: Guia do Mundo Real para Configurações e Fluxo de Trabalho (그녀를지우는 시간), de Hong Seong-yoon (Coreia do Sul)
Eu Ando Sobre a Água (Iwow: I Walk On Water), de Khalik Allah (EUA)
Icemeltland Park, de Liliana Colombo (Itália)
Imagem da Percepção (Image Of Perception), de Guli Silberstein (Reino Unido)
Liminal, de Philipe Grandrieux, Lav Diaz, Manuela de Laborde e Óscar Henriquez (México/França/Filipinas)
Mudando de Sonhos (Mudar de Sueños), de Mariana Dianela Torres (México)
Natalis, de Raquel Monteiro (Brasil)
O Céu Socialista (The Sky Socialist), de Ken Jacobs (EUA)
O Céu Socialista: Arredores e Outtakes (The Sky Socialist: The Environs And Outtakes), de Ken Jacobs (EUA)
S4d3, de Raúl Perrone (Argentina)
Saxifraga, Quatro Noites Brancas (Saxifrages, Quatre Nuits Blanches), de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval (França)
Sombra, de João Pedro Faro (Brasil)
Ste. Anne, de Rhayne Vermette (Canadá)
Toda Luz que Podemos Ver (Toda La Luz que Podemos Ver), de Pablo Escoto (México)
Um Gato Sonha com o Norte (Un Chat Revê Du Nord), de Diogo Oliveira (França)
Venha Aqui (Jai Jumlong), de Anocha Suwichakornpong (Tailândia)
Você nos Queima, de Caetano Gotardo (Brasil)

CURTA-METRAGEM

80.000 Anos (80.000 Ans), de Christelle Lheureux (França)
A Casa é a Viagem, de Bárbara Bergamaschi (Brasil)
A Memória Sitiada da Noite, de Ewerton Belico (Brasil)
A Menina do Capim-limão (Lemongrass Girl), de Pom Bumservicha (Tailândia)
Abutre Negro (Black Vulture), de Kevin Jerome Everson (EUA)
Amostra de Corpos (Corps Samples), de Astrid de La Chapelle (França)
Arsonista (Arsonist), de Joshua Troxler (EUA)
As Guardiãs de Memórias (Prisiminim Nešjai), de Migl Križinauskait-Bernotien (Lituânia)
Bai Gosti/Eros Afogado em Lágrimas, de Vinicius Romero (Brasil)
Condor, de Kevin Jerome Everson (EUA)
Construção de uma Vista, de Fábio Andrade (Brasil)
Deep Blue, de Sebastian Wiedemann (Colômbia)
Descompostura, de Alline Torres (Brasil)
Fase Dupla (Double Phase), de Takashi Makino (Japão)
Febre 40º, de Natália Reis (Brasil)
Fronteiras II (Fronteras II), de Victoria Maréchal (Argentina)
Lucina Annulata, de Charlotte Clermont (Canadá)
Mil e Uma Tentativas de Se Tornar um Oceano (One Thousand And One Attempts To Become An Ocean), de Wang Yuhan (França/China)
O Fim do Sofrimento (The End Of Suffering), de Jacqueline Lentzou (Grécia)
O Sonho de Benning (Benning’s Dream), de Leonardo Pirond (EUA/Brasil)
Os Mestres da Terra (Masters Of The Land), de Jan Locus (Bélgica)
Restos e Memórias de Filmagem (Film-related Scrap And Wood Projects), de Alex Cox (EUA)
Senhor Jean-Claude (Monsieur Jean-Claude), de Guillaume Vallée (Canadá)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (Brasil)
Te Vejo em Meus Sonhos (See You In My Dreams), de Shun Ikezoe (Japão)
TV a Cabo (Ou Uma Noite na Vida) (Cable Box), de Rob Feulner (Canadá)
Um Sol do Cão (Sundog), de Dorian Jespers (Bélgica)
Usina Desejo Contra a Indústria do Medo, de Clarissa Ribeiro, Lorran Dias e Amanda Seraphico (Brasil)
Vai!, de Bruno Christofoletti Barrenha (Brasil)
Vitrines, de Coletivo Olhares (Brasil)
Zona Abissal, de Darks Miranda e Luísa Marques (Brasil)

PROGRAMA NOVAS PELÍCULAS ESPANHOLAS

Coleção Privada (Colección Privada), de Elena Duque
Doze Filmes Sazonais (Twelve Seasonal Films), de Jorge Suárez Quiñones-Rivas
O Mar Penteou a Costa (El Mar Peinó a la Orilla), de Valentina Alvarado Matos
Meihôdô, de Jorge Suárez Quiñones-Rivas
Propriedades de uma Esfera Paralela (Propiedades de una Esfera Paralela), de Valentina Alvarado Matos
Valdediós, de Elena Duque

O Festival ECRÃ não possui patrocinadores e seu acesso é gratuito. Para custear o festival, o ECRÃ criou uma campanha no site Benfeitoria que o público poderá ajudar o evento com valores e ganhar recompensas estipuladas pelo evento: clique aqui.

*Clique aqui e confira a seleção completa.

Foto: Divulgação.

In-Edit Brasil 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do filme Canto de Família, de Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha.

Foram anunciados neste domingo, 27/06, em uma cerimônia virtual apresentada por Marcelo Aliche e Leonardo Kehdi, os vencedores da 13ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical. Com mais de 50 títulos nacionais e internacionais, o evento contou também com uma homenagem ao aclamado cineasta D.A. Pennebaker, masterclass, debates, shows e encontros musicais.

O longa Alzira E. Aquilo que eu nunca perdi, de Marina Thomé, sobre a cantora, compositora e instrumentista Alzira E foi o grande vencedor da Competição Nacional segundo o Júri Oficial, que contou com a cineasta Lucia Murat, a jornalista, apresentadora e escritora Lorena Calábria, a jornalista e pesquisadora musical Kamille Viola e o diretor e produtor Cavi Borges

Segundo o júri, “Alzira E é uma artista plural, que conjuga história, música e poesia com uma sensibilidade incomum. O filme de Marina Thomé articula todas as dimensões da personagem em uma narrativa enxuta e criativa, que flui entre o registro íntimo e o material de arquivo, o presente e a memória, o corriqueiro e o intangível, sem nunca perder o ritmo”.

O longa Toada Para José Siqueira, de Rodrigo T. Marques e Eduardo Consonni, recebeu o Prêmio Especial do Júri “pelo primoroso trabalho de pesquisa e tributo cinematográfico imponente a um nome lapidar da cultura brasileira que a ditadura militar de 1964 tentou apagar”. O júri dedicou ainda uma Menção Especial – Música que Transforma ao longa Canto de Família, de Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha, pela “autenticidade com que apresenta a música como semeadora de afetos, esperança e dignidade humana frente a realidades sociais cronicamente adversas”.

O festival ganha uma repescagem especial com a exibição dos premiados Aquilo que eu nunca Perdi, Toada Para José Siqueira e Canto de Família, além de filmes que se destacaram entre os mais assistidos nesta edição do festival. Os dez filmes ficam disponíveis gratuitamente até quarta, 30/06, na plataforma do evento. Toda a receita arrecadada pelo In-Edit Brasil 2021 será revertida em prol da Pastoral do Povo da Rua, coordenada pelo Padre Julio Lancellotti.

A partir de 28 de junho até 28 de setembro, o festival apresentará uma programação especial na Spcine Play com onze títulos que também foram destaques nesta edição, com acesso gratuito.

Foto: Divulgação.

4×100 – Correndo por um Sonho

por: Cinevitor

Direção: Tomas Portella

Elenco: Thalita Carauta, Fernanda de Freitas, Roberta Alonso, Priscila Steinman, Cintia Rosa, Augusto Madeira, Kauê Telloli, Zezé Motta, Marat Descartes, Claudio Jaborandy, Bruno Bellarmino, Mauricio de Barros, Caio Gullane, Won Gisele, Willians Mezzacapa, Leandro Cunha, Isa Esaudito, Vicky Justiniano, Kendi Yamai, Samuel de Castro, Maria Helena Chira, Cristina Sano, Cinthia Harumilto, Gigio Badaró, Nil Bernardes, Luize Altenhofen, Iorio Neto, Henrique Hennies, Fernando Prado, Glenda Kozlowski, Luiz Carlos Jr., Robson Caetano, Shaka, Mileide Silva, Lais Dias, Ayla Sakamoto, Thaina Fernandes, Amanda Beatriz.

Ano: 2021

Sinopse: A derrota no revezamento 4×100 durante os jogos no Rio marca para sempre as vidas das atletas. Anos depois, Maria Lúcia, a culpada pela eliminação, segue brilhando no atletismo e na mídia, enquanto Adriana, que trabalhou duro na competição, vive frustrada de pequenas lutas de MMA. Agora, elas têm uma nova chance de reescrever suas histórias. Será que essa dupla conseguirá deixar suas desavenças de lado pelo grupo e provar que o atletismo feminino segue mais forte e unido do que nunca?

*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevistas com o diretor e elenco.

Nota do CINEVITOR:

Festival de Cannes 2021 anuncia integrantes do júri; Kleber Mendonça Filho está confirmado

por: Cinevitor
Cineasta brasileiro integra o time que escolherá a Palma de Ouro.

Presidido pelo cineasta americano Spike Lee, o júri da 74ª edição do Festival de Cannes agora está completo. Foram anunciados nesta quinta-feira, 24/06, os nomes das personalidades da sétima arte que terão a missão de avaliar e premiar os filmes da Competição Oficial.

O time que escolherá o grande vencedor da Palma de Ouro conta com cinco mulheres e três homens de sete nacionalidades, vindos dos cinco continentes, entre eles, o brasileiro Kleber Mendonça Filho, que em 2017 foi presidente do júri da Semana da Crítica. Os premiados serão anunciados na cerimônia de encerramento, marcada para o dia 17 de julho.

Conheça os integrantes do júri deste ano: a cineasta francesa Mati Diop, vencedora do Grande Prêmio do Júri, em 2019, com Atlantique; a cantora e compositora francesa, de origem canadense, Mylène Farmer; a atriz e diretora americana Maggie Gyllenhaal, indicada ao Oscar por Coração Louco; a cineasta e roteirista austríaca Jessica Hausner, que passou por Cannes com Inter-View, Lovely Rita, Hotel, Amour fou e Little Joe; a atriz e cineasta francesa Mélanie Laurent, de Respire e De moins en moins; o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, que passou por Cannes em 2016 com Aquarius e com Bacurau, em 2019, codirigido por Juliano Dornelles e que recebeu o Prêmio do Júri; o ator francês de ascendência argelina Tahar Rahim; e o ator sul-coreano Song Kang-ho, de Parasita.

O Festival de Cannes 2021 acontecerá entre os dias 6 e 17 de julho.

Foto: Getty Images Europe.

CINEVITOR #391: Entrevistas com elenco + Tomás Portella | 4×100 – Correndo por um Sonho

por: Cinevitor
Olimpíadas: em busca da medalha.

Dirigido por Tomás Portella, de Isolados e Operações Especiais, 4×100 – Correndo por um Sonho chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 24/06, com distribuição da Imovision.

Na trama, a derrota no revezamento 4×100 durante os jogos no Rio marca para sempre as vidas das atletas. Anos depois, Maria Lúcia, a culpada pela eliminação, segue brilhando no atletismo e na mídia, enquanto Adriana, que trabalhou duro na competição, vive frustrada de pequenas lutas de MMA. Agora, elas têm uma nova chance de reescrever suas histórias. Será que essa dupla conseguirá deixar suas desavenças de lado pelo grupo e provar que o atletismo feminino segue mais forte e unido do que nunca?    

As atrizes Thalita Carauta, Fernanda de Freitas, Roberta Alonso, Priscila Steinman e Cintia Rosa interpretam as atletas que perderam a chance de conquistar uma medalha de ouro no último mundial. Agora, nas Olimpíadas de Tóquio, há chance de redenção. O filme conta ainda com os atores Augusto Madeira e Kauê Telloli no elenco, além de uma participação especial de Zezé Motta.

O roteiro é assinado por Carlos Cortez, Caroline Fioratti, Juliana Soares, L.G. Bayão, Mauro Lima e Tomás Portella; a direção de arte é de Claudio Amaral Peixoto; e a fotografia é de Pedro J. Márquez.

Para falar mais sobre o longa, conversamos com o diretor; com o ator Augusto Madeira, que interpreta o técnico das atletas; e com as atrizes Thalita Carauta, Fernanda de Freitas, Roberta Alonso, Priscila Steinman e Cintia Rosa.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Imovision.

Festival de Berlim 2021: A Última Floresta, de Luiz Bolognesi, é premiado pelo público

por: Cinevitor

Por conta da pandemia de Covid-19, a 71ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim aconteceu em duas etapas. A primeira, realizada no começo do ano, exibiu os filmes da programação em um novo formato e anunciou os vencedores do Júri Oficial. Além disso, as plataformas da indústria European Film Market, Berlinale Co-Production Market, Berlinale Talents e World Cinema Fund foram realizadas virtualmente.

Já a segunda parte, chamada de Especial de Verão, aconteceu entre os dias 9 e 20 de junho, com exibições dos filmes ao ar livre. Ao total, 126 títulos foram apresentados para o público. Além disso, quase todas as equipes dos filmes conseguiram marcar presença para apresentar pessoalmente seus trabalhos.

Neste domingo, 20/06, foram anunciados os vencedores do Prêmio do Público. Da Mostra Panorama, entre 16 longas, foram computados 5.658 votos; já da Competição Oficial, entre 15 títulos, foram 8.498 votos.

O brasileiro A Última Floresta, de Luiz Bolognesi, foi o grande vencedor, segundo o público, da Mostra Panorama. Em imagens poderosas, alternando entre observação documental e sequências encenadas, além de paisagens sonoras densas, o diretor documenta a comunidade indígena dos Yanomami e retrata seu ambiente natural ameaçado na floresta amazônica.

O filme retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de dez mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid-19 e outras doenças entre os indígenas.

Bolognesi, que foi premiado em Berlim com Ex-Pajé, em 2018, assina o roteiro com Davi Kopenawa Yanomami, escritor, xamã e líder político yanomami. O filme é produzido pela Gullane (dos irmãos Caio e Fabiano Gullane) e Buriti Filmes (Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi), e tem distribuição da Gullane. A estreia no Brasil está prevista para o segundo semestre deste ano.

Conheça os vencedores do voto popular do Festival de Berlim 2021:

PRÊMIOS DO PÚBLICO

MELHOR FILME | COMPETIÇÃO OFICIAL
1º lugar: Herr Bachmann und seine Klasse (Mr Bachmann and His Class), de Maria Speth (Alemanha)
2º lugar: Ich bin dein Mensch (I’m Your Man), de Maria Schrader (Alemanha)
3º lugar: Ghasideyeh gave sefid (Ballad of a White Cow), de Behtash Sanaeeha e Maryam Moghaddam (Irã/França)

MELHOR FILME | MOSTRA PANORAMA
1º lugar: A Última Floresta, de Luiz Bolognesi (Brasil)
2º lugar: Miguel’s War, de Eliane Raheb (Líbano/Alemanha/Espanha)
3º lugar: Genderation, de Monika Treut (Alemanha)

Foto: Pedro J. Márquez.

Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral, é premiado no Festival de Annecy 2021

por: Cinevitor
Animação brasileira em stop motion premiada.

Foram anunciados neste sábado, 19/06, os vencedores do Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy, considerado o maior e mais importante do setor no mundo. Criado em 1960, o evento apresenta diversas animações, destacando o dinamismo e a riqueza criativa que este gênero representa.

O longa brasileiro Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral, dos curtas Dossiê Rê Bordosa e Tempestade, foi eleito o melhor filme da mostra Feature Films Contrechamp in Competition. No filme, Bob, um personagem de quadrinhos, vive em um deserto pós-apocalíptico na mente de seu criador, o lendário cartunista Angeli. Quando Angeli decide matar Bob, o velho punk deixa este deserto e encara seu criador. O filme conta com a voz do ator e cantor Paulo Miklos.

Neste ano, o cinema brasileiro também estava representado com outras duas produções: o curta ALIMA “AFRI-CAN”, de Daniel Bruson e Theo Gottlieb, na mostra Commissioned Films in Competition; e o longa-metragem baiano Meu Tio José, escrito e dirigido por Ducca Rios, na mostra Contrechamp.

Organizado pela Association d’International du Film d’Animation, a edição de 2021 recebeu mais de 2.700 filmes inscritos de quase cem países; os consagrados recebem o Prêmio Cristal do Júri Oficial. Vale lembrar que o Brasil já venceu o prêmio principal duas vezes: em 2013 com Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi; e em 2014 com O Menino e o Mundo, de Alê Abreu.

Conheça os vencedores do Festival de Annecy 2021:

LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Flee, de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca/França/Suécia/Noruega/EUA/Eslovênia/Estônia/Espanha/Itália/Finlândia)
Prêmio do Júri: Ma Famille Afghane, de Michaela Pavlátová (República Checa/França/Eslováquia)
Destaque do Júri: La Traversée, de Florence Miailhe (Alemanha/França/República Checa)
Prêmio Gan Foundation de Distribuição: Flee, de Jonas Poher Rasmussen
Mostra Contrechamp | Melhor Filme: Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral (Brasil)
Mostra Contrechamp | Destaque do Júri: Archipel, de Félix Dufour-Laperrière (Canadá)

CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Écorce, de Samuel Patthey e Silvain Monney (Suíça)
Prêmio do Júri: Easter Eggs, de Nicolas Keppens (Bélgica/França/Holanda)
Destaque do Júri | Melhor Direção: Joanna Quinn, por Affairs of the Art (Reino Unido/Canadá)
Prêmio Jean-Luc Xiberras | Filme de Estreia: Hold Me Tight, de Mélanie Robert-Tourneur (Bélgica/França)
Prêmio Off-Limits: Tunable Mimoid, de Vladimir Todorovic (Austrália)

MOSTRA COMMISSIONED FILMS E TV

Melhor Produção para TV: Vanille, de Guillaume Lorin (França/Suíça)
Prêmio do Júri | Série de TV: Japan Sinks: 2020 “The Beginning of the End”, de Masaaki Yuasa (Japão)
Prêmio do Júri | Especial de TV: Maman pleut des cordes, de Hugo de Faucompret (França)
Mostra Commissioned Film | Melhor Filme: Kai “A Little Too Much”, de Martina Scarpelli (EUA)
Prêmio do Júri | Commissioned Film: Hjelp, vi har en blind pasient, de Robin Jensen (Noruega)

FILMES ESTUDANTIS

Melhor Filme: Hippocampus, de Zehao Li (China)
Prêmio do Júri: Avant, de Marcell Mostoha (Hungria)
Destaque do Júri | Direção de Arte: La Confiture de papillons, por Shih-Yen Huang (França/Taiwan)

REALIDADE VIRTUAL

Melhor Filme: Replacements (Penggantian), de Jonathan Hagard (Alemanha/Indonésia/Japão)

PRÊMIOS ESPECIAIS

City of Annecy Award: Clara with a Mustache, de Ilir Blakcori (Kosovo)
Prêmio YouTube: Wochenbett, de Henriette Rietz (Alemanha)
Prêmio André-Martin | Melhor curta-metragem francês: Maalbeek, de Ismaël Joffroy Chandoutis
Prêmio André-Martin | Melhor longa-metragem francês: L’Extraordinaire Voyage de Marona, de Anca Damian (Romênia/França/Bélgica)
Melhor Trilha Sonora Original | Curta-metragem: Le Réveil des insectes, por Denis Vautrin (França)
Melhor Trilha Sonora Original | Longa-metragem: Flee, por Uno Helmersson
Prêmio FIPRESCI: Angakuksajaujuq, de Zacharias Kunuk (Canadá)
Prêmio CANAL+ Junior Jury: Un caillou dans la chaussure, de Éric Montchaud (França/Suíça)
Young Audience Award: Kiko et les Animaux, de Yawen Zheng (França/Suíça)
Junior Jury Award | Filme Estudantil: Mon ami qui brille dans la nuit, de Grégoire de Bernouis, Jawed Boudaoud, Simon Cadilhac e Hélène Ledevin (França)
Junior Jury Award | Curta-metragem: People in Motion, de Christoph Lauenstein e Wolfgang Lauenstein (Alemanha)
Prêmio Festivals Connexion: Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)

Foto: Coala Filmes.

Luca

por: Cinevitor

Direção: Enrico Casarosa

Elenco: Jacob Tremblay, Jack Dylan Grazer, Emma Berman, Saverio Raimondo, Maya Rudolph, Marco Barricelli, Jim Gaffigan, Peter Sohn, Lorenzo Crisci, Marina Massironi, Gino La Monica, Sandy Martin, Giacomo Gianniotti, Elisa Gabrielli, Mimi Maynard, Sacha Baron Cohen, Francesca Fanti, Jonathan Nichols, Enrico Casarosa, Jim Pirri, Gino D’Acampo.

Ano: 2021

Sinopse: Ambientado em uma bela cidade litorânea na Riviera Italiana, o filme acompanha as aventuras do garoto Luca durante um verão inesquecível, repleto de sorvetes, massas e passeios intermináveis de scooter, ao lado de seu novo melhor amigo Alberto. Mas um grande segredo ameaça colocar fim à diversão: abaixo da superfície da água, eles são monstros marinhos de outro mundo.

Nota do CINEVITOR:

Veneza

por: Cinevitor

Direção: Miguel Falabella

Elenco: Carmen Maura, Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro, Danielle Winits, Maria Eduarda de Carvalho, Laura Lobo, Carolina Virgüez, Caio Manhente, Roney Villela, Camila Vives, Magno Bandarz, Georgina Barbarossa, Paula Fernández, Alessandra Verney, André Mattos, Pia Manfroni, Yuri Ribeiro, Giovanni Venturini, Pablo Sintes, Mariano Prince, Bruno Bonelli, Alvaro Matonte, Gonzalo de Quadro, Ivan Reizk, Yamandú Barrios, Julio Uchôa, Leonardo Martinez, Mariel Almada, Vicky Álvarez, Fernanda Carratú.

Ano: 2019

Sinopse: Reencontrar o único homem que amou é o sonho de Gringa, dona de um bordel no interior do Brasil. Mesmo cega e muito doente, ela insiste em realizar seu último desejo: ir até Veneza para pedir perdão ao antigo amante, que abandonou décadas atrás. Para levá-la à cidade italiana, Tonho, Rita, Madalena e as outras moças que trabalham para Gringa idealizam um fantástico plano. Baseado na peça teatral Venecia, de Jorge Accame.

*Filme visto no 47º Festival de Cinema de Gramado.

*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevistas com Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro e Danielle Winits.

Nota do CINEVITOR: