Todos os posts de Cinevitor

O Dia da Posse

por: Cinevitor

Direção: Allan Ribeiro

Elenco: Brendo Washington

Ano: 2021

Sinopse: Brendo quer ser presidente do Brasil. Enquanto esse dia não chega, ele estuda direito, faz vídeos para as redes, sonha com novas conquistas e se imagina em um reality show, durante a pandemia.

Crítica: Se tem algo que não falta nos filmes de Allan Ribeiro, é sensibilidade. Não seria diferente em O Dia da Posse, longa que abriu a décima edição do Olhar de Cinema. Confinado em seu apartamento com um amigo, por conta da pandemia de Covid-19, o diretor resolve transformar o tédio da quarentena em criatividade. E faz isso muito bem. Logo, o espectador conhece Brendo Washington, o protagonista deste filme, que desde seus 14 anos sonha em ser presidente do Brasil. Aos poucos, esse personagem vai revelando seu carisma para a câmera entre conversas e reflexões sobre a vida. A intimidade entre eles, que se fortalece a cada cena, também é impressa na tela. Como em um reality show, dois amigos vão se descobrindo diante de uma plateia. Inclusive, em um momento de descontração, Allan dirige Brendo em seu possível vídeo de inscrição para o Big Brother Brasil. Enquanto discutem a popularidade do programa, também falam de política. Neste diário pandêmico, o cineasta capta com maestria a rotina dessa quarentena: as chamadas em vídeo com os familiares, os afazeres domésticos, o corte de cabelo em casa, as aventuras na cozinha para acertar uma nova receita, a espiadinha pela janela para observar os vizinhos, entre tantas outras funções que, por conta do confinamento, ganharam uma importância maior dentro de casa. Neste contexto, o simples fato de lavar uma louça ganha outra proporção dentro daquele cotidiano. Impossível não se identificar. Com O Dia da Posse, Allan Ribeiro realiza o mais sincero e certeiro filme feito durante a pandemia; que, por pouco, não virou um gênero cinematográfico. Entre tantas obras realizadas em Zoom, Google Meet e outros aplicativos, o diretor consegue representar perfeitamente a rotina de quem ficou em casa durante muitos dias enquanto o mundo lá fora trazia ameaças cheias de dúvidas. É muito interessante a maneira como ele mesmo descobre o próprio apartamento com sua câmera e como constrói essa narrativa. A montagem, também assinada pelo diretor, é outro ponto forte do filme; a quebra entre as conversas é instigante. De maneira cativante e ao mesmo tempo íntima e sensível, Allan transforma o fazer nada em algo relevante. Há espaço também para discutir, com sutileza, os acontecimentos recentes no país que situam o espectador; ao mesmo tempo em que falam sobre novela, futuro, vizinhos, sonhos. Nada é forçado em O Dia da Posse; tudo acontece naturalmente e se encaixa muito bem. É fato que a câmera gosta de Brendo, que preenche a tela com seu carisma e suas divagações; e com isso, traz questionamentos relevantes sobre os mais variados assuntos. Um personagem único e cativante. Porém, há uma virada primordial no longa. Enquanto tudo parecia um documentário sobre a pandemia, filmado sem pretensão, eis que em certo momento Allan e Brendo revelam um abajur como iluminação. É como se o objeto fosse responsável pela quebra da quarta parede e, a partir daqui, surge o questionamento: o que foi real até agora e o que foi encenado? Com isso, a obra ganha ainda mais força. Não é mais apenas um filme sobre a quarentena; é um filme sobre como fazer um filme na pandemia, dentro de casa. Agora, ao lado de Brendo, Allan também vira protagonista; e a relação entre eles ganha um novo rumo. O Dia da Posse oscila muito bem entre o real e a ficção com humor, seriedade, reflexões, melancolia. Todas as sensações causadas pela pandemia estão nesta narrativa bem elaborada e a miscelânea de emoções se conecta imediatamente ao espectador. Com este filme, Allan entrega uma obra primorosa sobre o mundo real e atual, ainda que seja conduzida pela ficção. O que é verdadeiro ou não nesse roteiro, não importa. Afinal, essa é a magia e o poder do cinema. (Vitor Búrigo)

*Filme visto no 10º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho, completa 20 anos e ganha exibição especial em cópia 35mm

por: Cinevitor
Leonardo Medeiros e Simone Spoladore em cena.

Primeiro longa-metragem dirigido por Luiz Fernando Carvalho, Lavoura Arcaica terá apresentação especial no Petra Belas Artes, a partir de 7 de outubro, com bate-papo presencial com o diretor no dia 14/10, quinta-feira, em São Paulo, abrindo a segunda semana de exibição do filme.

Baseado no romance homônimo de Raduan Nassar, publicado em 1975, o roteiro foi muito elogiado pela sua fidelidade ao texto original. Na trama, André, interpretado por Selton Mello, é o filho desertor, o narrador dos acontecimentos, que são mostrados desde a sua infância, sem compromisso cronológico. Pedro, vivido por Leonardo Medeiros, seu irmão mais velho, é encarregado pela mãe, papel de Juliana Carneiro da Cunha, de levá-lo de volta para casa, na fazenda da família. Ele o encontra no abandono de uma antiga pensão provinciana nas garras da solidão absoluta.

É nas memórias desse filho pródigo que entendemos as causas de sua fuga: a imposição das tradições agrárias e princípios cristãos, como lei paterna, e a opressão da ternura materna. Ao contrário do pai, interpretado por Raul Cortez, André é a afirmação da vida, do sexo e da liberdade. Seu corpo reivindica seus direitos e os exerce contra todas as leis, inclusive pela paixão nutrida pela própria irmã, Ana, papel de Simone Spoladore.

Interessado em filmar o romance de Raduan Nassar desde a década de 1990, o cineasta deu início à pesquisa e, junto com o próprio escritor, viajou para o Líbano em busca de um maior aprofundamento com a cultura mediterrânea. O material visual captado durante a viagem gerou o documentário Que Teus Olhos Sejam Atendidos, exibido no canal GNT, em 1997.

Optando por manter a prosa poética da obra original, o diretor decidiu fazer o filme sem roteiro prévio, dando ao elenco a liberdade de improvisações sobre o romance. Esse trabalho exigiu uma intensa preparação dos atores, que passaram quatro meses em retiro numa fazenda. A atriz Simone Spoladore, por exemplo, mesmo não tendo nenhuma fala no filme, teve uma preparação mais prolongada que os demais atores, pois as suas cenas de dança nas sequências das duas festas careciam de expressões muito bem estudadas.

Lavoura Arcaica foi inteiramente rodado em uma única locação, em uma fazenda do interior de Minas Gerais, onde os atores e equipe técnica passaram nove semanas. Nesse tempo, todos aprenderam a trabalhar a terra, ordenhar, fazer pão, bordar, dançar e se comportar como uma típica família libanesa. O próprio escritor Raduan Nassar acompanhou de forma participativa desse intenso processo.

Simone Spoladore interpreta Ana no filme.

Além da beleza poética transmitida pelas palavras, silêncios e interpretações antológicas de todo o elenco, o filme conta ainda com o trabalho primoroso do diretor de fotografia Walter Carvalho, que compôs belíssimas imagens utilizando contrastes de luz e sombra, e até criou uma estética quase abstrata, com algumas imagens desfocadas. O trabalho visual é ainda mais valorizado pela impecável direção de arte, assinada por Yurica Yamasaki e figurinos de Beth Filipecki. A montagem e a produção ficaram a cargo do próprio diretor.

A trilha musical foi criada a partir do acompanhamento do compositor Marco Antônio Guimarães, líder do grupo instrumental mineiro Uakti, durante as leituras do filme. Suas criações tiveram como inspiração alguns temas típicos da música árabe, contando também com uma citação de A Paixão Segundo São Mateus, de Bach. A música de Marco Antônio Guimarães tem papel importantíssimo na narrativa do filme, chegando, inclusive, a substituir diálogos em determinadas cenas.

Antes de realizar Lavoura Arcaica, a única experiência de Luiz Fernando Carvalho no cinema havia sido com A Espera, curta que realizou em 1986, com Diogo Vilela, Malu Mader e Marieta Severo no elenco, vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Gramado (compartilhado com O Dia em que Dorival Encarou a Guarda e Ma Che Bambina).

Na televisão também realizou diversos trabalhos, com os quais ganhou muitos prêmios. Entre suas principais realizações na TV, destacam-se as telenovelas Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Meu Pedacinho de Chão (2014) e Velho Chico (2016), e as minisséries Os Maias (2001), Hoje é Dia de Maria (2005), A Pedra do Reino (2007) e Dois Irmãos (2017).

Em 2015, Lavoura Arcaica entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Com grande sucesso de crítica no Brasil e no exterior, o filme foi lançado nos cinemas com apenas duas cópias, uma no Rio de Janeiro e a outra em São Paulo, atingindo a impressionante marca de 300 mil espectadores.

Lavoura Arcaica conquistou mais de 50 prêmios em diversos festivais nacionais e internacionais, entre eles, Festival de Cinema de Montreal, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, Festival de Cinema de Brasília, Festival de Havana, Festival de Cinema de Cartagena, Festival Internacional de Guadalajara, BAFICI, Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, entre outros.

Agora, vinte anos depois, esta obra-prima do cinema brasileiro será exibida na telona do Petra Belas Artes, com toda a beleza e esplendor que só de uma projeção em cópia 35mm poderia proporcionar. Clique aqui e saiba mais informações sobre ingressos e horários.

Fotos: Divulgação.

31º Cine Ceará anuncia curtas e longas selecionados para a Mostra Olhar do Ceará

por: Cinevitor
Cena do longa Transversais, de Émerson Maranhão.

Com 20 filmes, entre longas e curtas, o Cine Ceará divulgou nesta quarta-feira, 06/10, os filmes selecionados para a Mostra Olhar do Ceará da 31ª edição do festival, que acontecerá entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro.

Na seleção, o gênero documentário é maioria, somando 13 produções. Os longas serão exibidos no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, e os curtas no Cinema do Dragão e no canal do Cine Ceará no YouTube.  

Foram 88 filmes inscritos para a Mostra Olhar do Ceará, que teve a curadoria de Desirée Langel Rondón. Os três longas selecionados são documentários. Transversais marca a estreia do cineasta Émerson Maranhão em longas-metragens; Aqueles Dois, seu primeiro curta, foi selecionado para mais de 60 festivais e mostras nacionais e internacionais e conquistou 20 prêmios. Transversais acompanha cinco pessoas que vivem a experiência da transexualidade de diversas maneiras.

A diretora Natália Gondim levanta a questão da desigualdade social das mulheres em Minas Urbanas. Seu documentário anterior como codiretora, Les Statues de Fortaleza, que retratou a situação de refugiados venezuelanos no Brasil, foi exibido em diversos países pela ONU no Global Migration Film Festival da OIM e o Festival da Anistia Internacional para Direitos Humanos, na França.

Completa a lista de longas: De uma Distância Esquizoide, de Gabriel Silveira, sobre o controverso cotidiano urbano do mundo desenvolvido e as desigualdades do mundo em desenvolvimento confrontados numa experiência audiovisual extrema. 

A seleção dos curtas-metragens da Mostra Olhar do Ceará contempla realizadores de Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Meruoca, Quixadá e Tianguá. São três animações, quatro curtas de ficção, uma ficção científica/sertãopunk, um trabalho experimental e um curta de horror/fantasia.

Dentre os 17 curtas selecionados, dez são documentários, entre eles: Fôlego Vivo, um trabalho da Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas – Umari, um coletivo de pessoas indígenas formado em sua maioria por mulheres, multigeracional e integrantes LGBTQI+ e PCD; Zé Tarcísio, Testemunha, de Delano Gurgel, sobre a vida e a obra de um dos maiores nomes das artes plásticas do Ceará; e Saudade dos Leões, de João Paulo Magalhães, sobre a Praça dos Leões, um dos espaços mais icônicos da vida cultural de Fortaleza.  

A tradição cultural está nos curtas Arte na Palha, de Augusto Cesar dos Santos, sobre chapeleiras do interior cearense que produzem artesanatos com a palha da carnaúba e perpassam suas habilidades as novas gerações, e Boi Coração, de Marcelo Alves e Ângela Gurgel, sobre a festa em homenagem ao Dia de Reis realizada há mais de 20 anos pelo fazendeiro e poeta Chico Emília em sua própria casa, em uma comunidade no interior cearense. 

Dois filmes têm a casa como ponto de partida para buscas de sensações e memórias. Em A casa que eu vivo hoje não é casa, Lara Muniz e Marcus Antonius levantam a questão sobre os significados de casa e lar, sobre paredes físicas, corpos e imaginário. Em Joelhos, uma casa no interior cearense é colocada em aluguel, mas o que era para ser a despedida de um lar torna-se um retrato de Dona Ivanilde; a diretora Yasmin Gomes foi premiada no 30º Cine Ceará com Não Te Amo Mais, eleito o melhor filme da Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem

Completam a seleção os documentários: Corpas, de Arthur Almeida, sobre o fazer artístico e a transexualidade em Fortaleza, capital do segundo estado que mais mata trans no Brasil; Memória da Memória, de Idson Ricart, que revisita histórias de personagens presentes em fotos e fitas cassetes que haviam sido descartadas após um mapeamento cultural realizado em Quixadá, em 1993, pelo cantor e compositor Pingo de Fortaleza; e Muxarabi, sobre um metalúrgico do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, que em meio à rotina de fazer portas, janelas e grades, cria invenções e reflete sobre a vida. O filme é de Natália Maia e Samuel Brasileiro, diretores e roteiristas que criaram, escreveram e dirigiram a série Lana & Carol, atualmente em exibição no Canal Futura; também são roteiristas do premiado longa-metragem Pacarrete, de Allan Deberton.

Conheça os filmes da Mostra Olhar do Ceará 2021:

LONGAS-METRAGENS

De uma Distância Esquizoide, de Gabriel Silveira (Fortaleza)
Minas Urbanas, de Natália Gondim (Fortaleza)
Transversais, de Émerson Maranhão (Fortaleza)

CURTAS-METRAGENS

2020, de Oziel Herbert (Fortaleza)
A Casa que eu Vivo Hoje Não é Casa, de Lara Muniz e Marcus Antonius (Fortaleza)
Arte na Palha, de Augusto Cesar dos Santos (Meruoca/Forquilha)
As Aventuras de Ana e João, de Augusto Cesar dos Santos (Meruoca)
Boi Coração, de Marcelo Alves e Angela Gurgel (Fortaleza)
Corpas, de Arthur Almeida (Fortaleza)
Curva Sinuosa, de Andréia Pires (Fortaleza)
Entre o Passado, de Larissa Estevam (Fortaleza)
Estilhaços, de Gabriela Nogueira (Fortaleza)
Fôlego Vivo, de Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas – Umari (Crato)
Ibiapaba, como nascem as montanhas, de George Alex Barbosa (Tianguá)
Joelhos, de Yasmin Gomes (Juazeiro do Norte)
Memória da Memória, de Idson Ricart (Quixadá)
Muxarabi, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (Fortaleza)
Saudade dos Leões, de João Paulo Magalhães (Fortaleza)
Sebastiana, de Cláudio Martins (Fortaleza)
Zé Tarcísio, Testemunha, de Delano Gurgel Queiroz (Fortaleza)

*Clique aqui e confira os filmes selecionados para as mostras competitivas de longas e curtas do 31º Cine Ceará, que foram anunciados anteriormente.

Foto: Divulgação.

3º Cabíria Festival divulga programação; cineasta Lucia Murat será homenageada

por: Cinevitor
Irene Ravache em Que Bom Te Ver Viva, de Lucia Murat: filme de 1989.

A terceira edição do Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual acontecerá entre os dias 6 e 17 de outubro, gratuito e on-line, pelo segundo ano consecutivo, com uma programação dedicada à produção realizada por mulheres para promover maior representatividade e diversidade nas telas e atrás das câmeras.

Vinte e cinco filmes e dez microfilmes integram a programação dessa terceira edição, que homenageará a cineasta Lucia Murat, personagem fundamental do cinema brasileiro. O debate com a diretora será no encerramento do festival, no dia 17/10, às 19h, mediado pela jornalista e crítica de cinema Flavia Guerra, no YouTube do Telecine.

Com a proposta de promover o encontro entre público, cadeia produtiva e cineastas para provocar reflexões, ampliar redes e impulsionar talentos, o 3º Cabíria Festival, com o tema Inspirar para Respirar, traz uma programação variada de filmes e encontros com nomes de destaque no cenário audiovisual. As 35 produções poderão ser assistidas gratuitamente em várias plataformas. Os dez microfilmes da II Mostra Imaginários Possíveis estarão nas redes da Hysteria, produtora de conteúdo da Conspiração voltada para ampliar a inserção feminina no mercado audiovisual; na MUBI serão exibidos três longas.

O evento é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 premia histórias escritas e protagonizadas por mulheres. Para esta edição, foram mais de 250 inscrições nas categorias de longa de ficção, argumento infantojuvenil de longa ficção, piloto de série de ficção e de não ficção. As premiadas irão participar do Cabíria LAB, entre 25 e 29 de outubro, um ambiente de estímulo ao desenvolvimento das histórias e talentos.

Na quarta-feira, 06/10, às 19h, pelo YouTube do Cabíria Festival, as mestres de cerimônia Ana do Carmo, roteirista premiada com o 1º lugar de longa de ficção do Prêmio Cabíria 2020, e Marília Nogueira, diretora do festival, fazem as honras na abertura comentando os destaques do evento, além do aguardado anúncio das vencedoras das premiações Cabíria Prêmio de Roteiro, Selo Elas Cabíria Telecine, Cardume e Jornada Dona de Si.

Magali Biff em Pela Janela, de Caroline Leone.

Também a partir das 19h, na plataforma VIDEOCAMP, os filmes da Mostra Homenagem Lucia Murat estarão disponíveis; basta fazer um cadastro simples e gratuito para assistir aos quatro longas. A partir do dia 07/10, os demais filmes da mostra estarão disponíveis na mesma plataforma.

Na plataforma MUBI, a Sessão Especial Prêmio Cabíria apresenta o longa A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann, com exibição apenas nos dias 7 e 8 de outubro. A produção estreou na Mostra Aurora da 24° Mostra de Cinema de Tiradentes e ganhou o Prêmio Helena Ignez de destaque feminino para Ana Johann. No filme, Renata vive isolada no interior com sua filha adolescente e seu marido, compreendendo o medo como um sentimento comum. A chegada de um desconhecido desperta nela o desejo por tudo o que estava adormecido. No elenco principal estão Irandhir Santos, Clarissa Kiste e Laís Cristina.

Diariamente, às 12h, no YouTube e Instagram do Hysteria, a Mostra Imaginários Possíveis exibe um microfilme, a começar por 62 segundos, de Drica Czech. Na quinta-feira, 07/10, também acontece o primeiro painel, no YouTube Cabíria Festival, às 11h com o tema Representatividade real – Ações de impacto para um mercado mais diverso, com Debra Zimmerman e Kendra Hodgson (Women Make Movie/USA), Josephine Bourgois (Projeto Paradiso) e Thais Scabio (APAN/Todes Play), com mediação de Andrea Cals.

Ainda na quinta, às 19h, pelo YouTube Telecine é a vez do Estudo de Caso: Medusa – Parcerias Criativas, com Anita Rocha da Silveira e Vania Catani e mediação de Renata Boldrini. Através do estudo de caso do filme Medusa, exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes deste ano, serão apresentadas as escolhas autorais e processo de desenvolvimento, atrelado ao desenho de produção criativa e estratégias do projeto.

Na sequência, nos dias 8, 9 e 10, sempre às 19h, no YouTube Cabíria Festival, acontecerão os Encontros com as Cineastas, com debates sobre os filmes com mediação de especialistas. No domingo, dia 10, às 11h, também no YouTube Cabíria Festival, será realizado mais um estudo de caso Gênero: Coming of Age – Estudo de caso do filme Casulo, com a cineasta alemã Leonie Krippendorf, com mediação do diretor e roteirista Gil Baroni. O longa, que teve estreia mundial no Festival de Berlim, poderá ser acessado na plataforma MUBI somente nos dias 9 e 10/10.

Conheça os filmes selecionados para o 3º Cabíria Festival:

LONGAS-METRAGENS

A Memória que me Contam, de Lucia Murat (Brasil, RJ)
A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann (Brasil, PR)
Ana. Sem Título, de Lucia Murat (Brasil/Argentina)
Aquilo que Eu Nunca Perdi, de Marina Thomé (Brasil, MS/SP/RJ)
Casulo (Kokon), de Leonie Krippendorff (Alemanha)
Documentira (Documenteur), de Agnès Varda (França/EUA)
Em Três Atos, de Lucia Murat (Brasil/França)
Limiar, de Coraci Ruiz (Brasil, SP)
Maré, Nossa História de Amor, de Lucia Murat (Brasil, RJ)
Pela Janela, de Caroline Leone (Brasil/Argentina)
Que Bom Te Ver Viva, de Lucia Murat (Brasil, RJ)
Sinais (Signer), de Nurith Aviv (França/Israel)
Vamos Fazer um Brinde, de Sabrina Rosa e Cavi Borges (Brasil, RJ)
Voltei!, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (Brasil, BA)

CURTAS-METRAGENS

62 Segundos, de Drica Czech (SP)
Acesso, de Julia Leite (SP)
Ayani por Ayani, de Ayani Hunikuin (AC)
Cantos de Batuques, de Nayara Moura (BA)
Comunicação de Eficiência, de Natalia Cruz (SP)
Deslocamentos, Paraíso e Caos, de Tila Chitunda (PE)
Desvirtude, de Gautier Lee (RS)
É Tudo Culpa Minha, de Mila Milanesa (RJ)
Eu Espero o Dia da Nossa Independência, de Bruna Carvalho Almeida e Brunna Laboissière (SP)
Inspirado em Sonhos Reais, de Natalia Malima (PE)
Kaapora – O Chamado das Matas, de Olinda Muniz Wanderley – Yawar (BA)
Limítrofe, de Luci Savassa (SP)
Linguadinha na XXT, de Luíza Fazio (SP)
Menarca, de Lillah Halla (SP)
Mergulha, de Pris Oliveira (SP)
Nhandesy, de Graciela Guarani (Brasil)
Nicinha Não Vem, de Muriel Alves (RJ)
Nunca Pare na Pista, de Thamires Vieira (BA)
Os Espíritos só Entendem Nosso Idioma, de Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi (MT)
Rota, de Mariani Ferreira (RS)
SAPATÃO: uma racha/dura no sistema, de Dévora MC (MG)

Fotos: Divulgação.

Conheça os filmes selecionados para o 8º Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
Enio Cavalcante no curta BoyCam, de Rodrigo Sena, Arlindo Bezerra e Ernani Silveira.

A oitava edição do Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, que acontecerá entre os dias 16 e 20 de novembro, no Teatro do Parque, em Recife, anunciou a lista de selecionados nesta segunda-feira, 04/10.

Neste ano, quase 300 curtas foram inscritos, de 23 estados do Brasil e Distrito Federal. A curadoria das mostras competitivas foi realizada por André Antônio, Anti Ribeiro e Felipe André SIlva. A premiação do festival será definida por um júri oficial que concederá os troféus Rutílio de Oliveira ao melhor filme pernambucano e ao melhor filme nacional; o público também votará.

O evento contará com ações virtuais e presenciais, além de uma edição em Arcoverde entre os dias 24 e 26 de novembro. A seleção traz produções que falam de caminhos, descobertas, arte crítica, viés territorial, crônicas de povos invisibilizados, luta dos povos indígenas e negros, revolta dos sobreviventes, entre outros.

Conheça os filmes selecionados para o 8º Recifest:

A raiz de um, de Pedro Henrique Lima (PE)
Acesso, de Julia Leite (SP)
Aracá, de Abiniel João Nascimento (PE)
Bianca – Olhe, ame, cuide. Trans são joias, de Marcos Castro (PE)
BoyCam, de Rodrigo Sena, Arlindo Bezerra e Ernani Silveira (RN)
BregaQueens, de Danillo Medeiros (PE)
Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius (RS)
Cômpito, de Paulete LindaCelva (SP)
Cool for the summer, de Vitória Liz (SP)
Erêkauã, de Paulo Accioly (AL)
Estilhaços, de Gabriela Nogueira (CE)
Homens Invisíveis, de Luis Carlos de Alencar (RJ)
Lamento de Força Travesti, de RENNA (PE)
Meninos Rimam, de Lucas Nunes (SP)
Morde & Assopra, de Stanley Albano (MG)
Mormaço, de Carol Lima (PE)
O Amigo do Meu Tio, de Renato Turnes (SC)
O Durião Proibido, de Txai Ferraz (PE)
O que Pode um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Para não dançar em Segredo, de André Vitor Brandão (PE)
Praia dos Crush, de Marieta Rios (CE)
Raone, de Camila Santana (SP)
Sad Faggots + Angry Dykes Club, de Viq Viç Vic (PE)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Time de Dois, de André Santos (RN)
Vander, de Barbara Carmo (BA)
Viver Distrai, de AYLA de Oliveira (PE)

Foto: Divulgação.

Conheça os projetos vencedores do 12º Brasil CineMundi

por: Cinevitor
Evento de mercado do cinema brasileiro anuncia projetos premiados.

A cerimônia de encerramento da 15ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e do 12º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting foi realizada neste domingo, 03/10, com o anúncio dos projetos vencedores do programa de coprodução transmitido pelo site oficial.

Após a cerimônia, encerrando a programação, na Sessão Brasil CineMundi, foi realizada a exibição do longa-metragem Carro Rei, produção pernambucana dirigida por Renata Pinheiro e premiada recentemente no Festival de Cinema de Gramado.

O projeto na categoria Em Desenvolvimento/Horizonte e vencedor do prêmio dado pelo Júri Oficial foi O Segredo de Sikán, com direção de Everlane Moraes e produção de Fernanda Vidigal, da empresa produtora Carapiá Filmes. O projeto levou o Troféu Horizonte e ganhou prêmios dos parceiros da 15ª CineBH e do 12º Brasil CineMundi: CTAv (empréstimo de câmera Black Magic e acessórios por quatro semanas), DOT (R$ 15.000 em serviços de finalização), MISTIKA (R$ 15.000 em serviços de pós-produção), Parati Filmes (800 euros em serviço de tradução de roteiros: português para francês) e Prêmio Edina Fujii – Naymovie (R$ 15.000 em serviços de locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria).

O júri, formado por Laís Bodanzky, diretora, roteirista e produtora; Fernanda Rennó, diretora de distribuição e produtora da Fidalgo Film; e Davide Oberto, curador e consultor do Torino Film Lab, justificou a escolha: “É um projeto que trata do fantástico, que tem uma ousadia na narrativa, que colocou Cuba, Brasil e Nigéria juntos e transportou-se para o nordeste brasileiro, o corpo da sua ideia para a própria cidade, com personalidade, vontade e criatividade da realizadora, representando muito a qualidade e a diversidade da cinematografia brasileira”.

O projeto Mãe Coragem, de Renata Jardim e Thiago B. Mendonça, venceu o World Cinema Fund (consultoria e mentoria intensivas para desenvolver uma estratégia completa em Design de Audiência) por se apresentar como “um documentário que nos revela elementos desconhecidos e urgentes, que move emoções e nos ajuda a compreender a história atual do Brasil remontando ao passado, num filme de muito potencial cinematográfico”.

O projeto Saudade Fez Morada Aqui Dentro, com direção de Haroldo Borges e produção de Paula Gomes, Ernesto Molinero e Marcos Bautista, ganhou o Prêmio Forte Filmes – Kuarup (acordo de distribuição para filme de longa-metragem, assessoria de imprensa e valor total de R$ 30.000, em parceria com a empresa de assessoria Fato Relevante) por “ser um filme surpreendente, pelas atuações, pelo tema, fotografia e pela enorme sensibilidade”.

O mineiro Palimpsesto, de André Di Franco, Lipe Canêdo e Luiz Malta, venceu o Prêmio Conecta (para participar do Conecta – International Documentary Industry Meeting da próxima edição do Chiledoc) e o Prêmio DocSP (para participar das Rodadas de Negócios na próxima edição do DocSP, ainda em 2021), por se tratar de um projeto que “comoveu por sua reflexão e respeito pela memória do país e do continente, através de um tratamento tão atrativo quanto provocador” e que “traz um risco na abordagem e na narrativa para falar de um incêndio num museu e refletir a fragilidade da memória”.

O projeto Nada a Fazer, com direção de Leandra Leal, também levou prêmios: DocMontevideo (participar dos meetings e do workshop na próxima edição do DocMontevideo, em 2022); e CTAv, Naymovie e DocBrasil Meeting, por ser “um exercício criativo que nasce na pandemia e traz a relação de uma mãe e sua filha, suas vidas na arte e o desafio de montar uma peça de Samuel Beckett para refletir sobre o ser humano, a família e o contexto da cultura no Brasil atual” e por “atingir o centro de questões existenciais complexas e promete uma exploração ousada das linguagens do cinema e do teatro e uma visão generosa das relações intergeracionais”.

O Prêmio CTAv Foco Minas foi para Sal na Ferida, dirigido por Felipe Vignoli e Francisco Cavancalti, enquanto o cearense A Estranha Familiar, de Natália Maia, ficou com o Prêmio Encuentros Biobiocine (encontro da indústria do BioBioCine Festival Internacional de Cinema). Por fim, o projeto Assexybilidade, de Daniel Gonçalves, ganhou o Prêmio Nuevas Miradas; e o pernambucano Diabos de Fernando, de Caio Dornelas, ficou com o Prêmio MAFF (Málaga Festival Fund & Co-production Event).

Conheça os vencedores do 12º Brasil CineMundi:

PRÊMIO WORLD CINEMA FUND

Mãe Coragem (SP)
Direção: Renata Jardim e Thiago B. Mendonça
Produção: Renata Jardim
Empresa Produtora: Memória Viva Produção de Imagem e Texto

PRÊMIO FORTE FILMES – KUARUP

Saudade Fez Morada Aqui Dentro (BA)
Direção: Haroldo Borges
Produção: Paula Gomes, Ernesto Molinero e Marcos Bautista
Empresa Produtora: Plano 3 Filmes

PRÊMIO CONECTA + PRÊMIO DocSP

Palimpsesto (MG)
Direção: André Di Franco, Lipe Canêdo e Luiz Malta
Produção: André Di Franco, Barbara Ferreira e Samuel Quinteiro
Empresa Produtora: Quarteto Filmes e Almôndega Filmes

PRÊMIO DocMontevideo

Nada a Fazer (RJ)
Direção: Leandra Leal
Produção: Carol Benjamin, Leandra Leal, Maria Barreto e Rita Toledo
Empresa Produtora: Daza Filmes

PRÊMIO CTAv, Naymovie e DocBrasil Meeting

Nada a Fazer (RJ)
Direção: Leandra Leal
Produção: Carol Benjamin, Leandra Leal, Maria Barreto e Rita Toledo
Empresa Produtora: Daza Filmes

PRÊMIO CTAv | FOCO MINAS

Sal na Ferida (MG)
Direção: Felipe Vignoli e Francisco Cavancalti
Produção: Renan Távora Soares
Empresa Produtora: Gangorra Filmes

PRÊMIO ENCUENTROS BIOBIOCINE

A Estranha Familiar (CE)
Direção: Natália Maia
Produção: Luciana Vieira
Empresa Produtora: Orla Filmes

PRÊMIO NUEVAS MIRADAS

Assexybilidade (RJ)
Direção: Daniel Gonçalves
Produção: Daniel Gonçalves e Roberto Berliner
Empresa Produtora: SeuFilme

PRÊMIO MAFF | PROJETO PARADISO

Diabos de Fernando (PE)
Direção: Caio Dornelas
Produção: Carla Francine
Empresa Produtora: 9 Oitavos

PRÊMIO DO JÚRI OFICIAL

O Segredo de Sikán (MG/BA)
Direção: Everlane Moraes
Produção: Fernanda Vidigal
Empresa Produtora: Carapiá Filmes

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Prêmio Platino 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Javier Cámara: melhor ator por A Ausência que Seremos.

Foram revelados neste domingo, 03/10, os vencedores do 8º Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

A cerimônia, que aconteceu presencialmente em Madri, foi apresentada por Juana Acosta e Luis Gerardo Méndez. O ator mexicano Diego Luna, que foi premiado em 2019 pela série Narcos: México, foi homenageado com o Premio Platino de Honor pelo conjunto da obra.

Dirigido por Fernando Trueba, o drama colombiano A Ausência que Seremos, que recebeu onze indicações, foi o grande vencedor da noite com cinco prêmios, entre eles, melhor filme ibero-americano de ficção. A Chorona, de Jayro Bustamante, aparece na sequência, com três troféus.

Neste ano, o cinema brasileiro estava representado com: Três Verões, de Sandra Kogut, que rendeu uma indicação para Regina Casé na categoria de melhor atriz; a animação O Pergaminho Vermelho, de Nelson Botter Jr.; e o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz.

Conheça os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2021:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
A Ausência que Seremos (El olvido que seremos), de Fernando Trueba (Colômbia)

MELHOR DIREÇÃO
Fernando Trueba, por A Ausência que Seremos

MELHOR ROTEIRO
A Ausência que Seremos, escrito por David Trueba

MELHOR ATRIZ
Candela Peña, por La boda de Rosa

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Nathalie Poza, por La boda de Rosa

MELHOR ATOR
Javier Cámara, por A Ausência que Seremos

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Alfredo Castro, por O Príncipe

MELHOR FILME DE ESTREIA IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO
Las niñas, de Pilar Palomero (Espanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
La Gallina Turuleca, de Eduardo Gondell e Víctor Monigote (Espanha/Argentina)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Agente Duplo (El Agente Topo), de Maite Alberdi (Chile/Espanha)

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Silenciadas, por Aránzazu Calleja e Maite Arrotajauregi

MELHOR EDIÇÃO
A Chorona (La llorona), por Jayro Bustamante e Gustavo Matheu

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Ausência que Seremos, por Diego López

MELHOR FOTOGRAFIA
A Chorona, por Nicolás Wong

MELHOR SOM
A Chorona, por Eduardo Cáceres Staackmann

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
Agente Duplo, de Maite Alberdi (Chile/Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Pátria (Espanha) (HBO)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Andrés Parra, por O Maior Assalto

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Elena Irureta, por Pátria

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Christian Tappán, por O Maior Assalto

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Loreto Mauleón, por Pátria

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO
Aitor Gabilondo, por Pátria

Foto: Juan Naharro/Getty Images Europe.

Edna, de Eryk Rocha, é premiado no Festival Biarritz Amérique Latine 2021

por: Cinevitor
Documentário brasileiro premiado.

Foram anunciados neste sábado, 02/10, os vencedores da 30ª edição do Festival Biarritz Amérique Latine, evento realizado desde 1979 com o objetivo de promover o cinema latino-americano na França, além de oferecer oportunidades de distribuição e coprodução para os realizadores.

Neste ano, o documentário brasileiro Edna, de Eryk Rocha, recebeu o Prêmio do Júri Estudantil IHEAL. Na trama, à beira da rodovia Transbrasiliana, Edna vive em uma terra em ruínas, construída sobre massacres. Criada apenas pela mãe, ela experimenta, no seu corpo e nos corpos de seus descendentes, as marcas de uma guerra que nunca acabou: a guerra pela terra. Tecida a partir dos relatos e escritos de Edna no caderno que ela intitulou A História de Minha Vida, a narrativa híbrida transita, entre real e imaginário, por guerrilhas, desaparecimentos e desmatamentos, mas também pela força de mulheres, rios e matas que insistem em sobreviver.

Além disso, o cinema brasileiro também estava representado com: Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane, e Madalena, de Madiano Marcheti, na competitiva de longas de ficção; Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma, de Fernanda Pessoa e Adriana Barbosa, na mostra competitiva de curtas; e O Empregado e o Patrão, de Manuel Nieto Zas, uma coprodução entre Uruguai, Argentina, Brasil e França, e a animação Tito e Os Pássaros, de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto, em sessões especiais e fora de competição.

O time de jurados desta 30ª edição contou com: Antonin Baudry, Jean Echenoz e Pascale Ferran na mostra de longas de ficção; Annick Peigné-Giuly, Emmanuel Gras e Laetitia Mikles na mostra de documentários; Aurélie Chesné, Aurélien Vernhes-Lermusiaux e Romane Pangrazzi na mostra de curtas-metragens; Yohann Cornu, Jane Roger e Charlotte Uzu na mostra BAL-LAB; e Cédric Lépine, Bernard Payen e Bénédicte Prot no Prêmio Syndicat Français de la Critique de Cinéma.

Conheça os vencedores do Festival Biarritz América Latina 2021:

LONGA-METRAGEM | FICÇÃO

Prêmio Abrazo | Melhor Filme: Jesús López, de Maximiliano Schonfeld (Argentina/França)
Prêmio do Júri: Candela, de Andrés Farías Cintrón (República Dominicana/França)
Menção Especial do Júri: para as interpretações de Una película sobre parejas
Prêmio Syndicat Français de la Critique de Cinéma: Una película sobre parejas, de Natalia Cabral e Oriol Estrada (República Dominicana)
Prêmio do Público: Fanny Camina, de Alfredo Arias e Ignacio Masllorens (Argentina/França)

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO

Melhor Filme: Qué Será Del Verano, de Ignacio Ceroi (Argentina)
Menção Especial: Vaychiletik, de Juan Javier Pérez (México)
Prêmio do Júri Estudantil IHEAL: Edna, de Eryk Rocha (Brasil)
Prêmio do Público: Cantos de Represión, de Marianne Hougen-Moraga e Estephan Wagner (Chile/Dinamarca/Holanda)

CURTA-METRAGEM

Melhor Filme: Entre Ellas, de Roxane Florin (México)
Menção Especial: La Luz de Masao Nakagawa, de Hideki Nakazaki (Peru/México)

BAL-LAB

Prêmio BAL-LAB de Documentário: Bea VII, de Natalia Garayalde (Argentina)
Prêmio BAL-LAB de Ficção: Godspeed Satan, de José Pablo Escamilla (México)
Menção Especial: What’s In The Air, de Laura Santullo e Rodrigo Plá (México)
Beca de desarrollo del CNC (5000 euros): On Top Of The Cliff, de Enrica Pérez (Peru)

Foto: Divulgação.

31° Cine Ceará divulga filmes selecionados para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 30/09, os filmes selecionados para a 31ª edição do Cine Ceará, que acontecerá entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro. Ao todo, 19 longas e curtas estão em competição nas mostras principais.

A Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem terá exibição presencial no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, no Canal Brasil e no streaming do Globoplay + Canais ao Vivo. A Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem acontecerá no Cinema do Dragão. Para a programação presencial nos equipamentos da Secult-CE, geridos pelo Instituto Dragão do Mar, o festival seguirá os protocolos sanitários vigentes do setor de audiovisual/cinema, estabelecidos pelo Governo do Ceará por meio de decreto.

A curadoria da competitiva de longas do festival ficou a cargo de Margarita Hernandez, diretora de programação do evento, e a dos curtas foi feita pelo documentarista Vicente Ferraz. O cineasta Wolney Oliveira é o diretor executivo do Cine Ceará desde 1993.

Foram escolhidos seis longas inéditos no Brasil, sendo quatro com passagens por importantes festivais, além de dois brasileiros em première mundial. Ao todo, se inscreveram 234 produções de 16 países. Dentre os selecionados estão dois documentários. A coprodução entre Uruguai e Itália, Bosco, de Alicia Cano Menoni, exibido no IDFA: Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, no Cannes Docs (Marché du Film), no Festival de Málaga e no Festival de Cinema de Trento, na Itália; o longa retrata uma vila florestal que está desaparecendo. Representando o Brasil, 5 Casas, de Bruno Gularte Barreto, apresenta cinco histórias de uma pequena cidade no sul do Brasil; o filme participou do IDFA, do Festival de Toulouse, do Biografilm, na Itália, e do Queer Lisboa.  

Duas ficções premiadas internacionalmente também estão na mostra de longas. Perfume de Gardênias, de Macha Colón, sobre uma idosa que busca maneiras de seguir adiante depois de uma perda, produção que conquistou o prêmio de melhor filme no Festival de Trinidad e Tobago, no Caribe, e foi exibido no Festival de Tribeca; e o equatoriano Vacío, de Paul Venegas, que acompanha dois jovens que se veem em uma encruzilhada, que venceu o prêmio de melhor longa-metragem no BAFICI, Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, além de participar do Festival Internacional de Busan, na Coreia do Sul. 

Completam a lista dois longas brasileiros de ficção em première mundial no evento. Fortaleza Hotel, de Armando Praça; o diretor venceu o 29º Cine Ceará com Greta. Seu novo longa acompanha uma jovem camareira que tem seu caminho transformado por uma hóspede. E A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry, protagonizado por Marcélia Cartaxo, que mostra o avanço do mar destruindo casas e desabrigando famílias.  

Para a Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem foram selecionadas 13 produções de nove estados do Brasil, dentre os 879 inscritos de quase todo o Brasil. Entre os filmes estão duas ficções exibidas em festivais internacionais. Ato, de Bárbara Paz, que também assina a produção com Tatyana Rubim, é protagonizado por Alessandra Maestrini e Eduardo Moreira e estreou mundialmente no Festival de Veneza. Sideral, de Carlos Segundo, do Rio Grande do Norte, acompanha a expectativa de uma família para o lançamento de um foguete espacial; o curta disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e passou pelos festivais de Guadalajara, Telluride e Hamptons.

Também estão na lista outras cinco ficções, três representando São Paulo: Ausências, de Antônio Fargoni, sobre uma visita à família; Chão de Fábrica, de Nina Kopko, que mostra a greve de quatro mulheres em uma fábrica; e Como respirar fora d’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros, que retrata a relação de uma filha com o pai policial militar. Além de Encarnado, de Otávio Almeida e Ana Clara Ribeiro, do Piauí, que transita entre passado e presente, e Hawalari, de Cássio Domingos, de Goiás, sobre uma jovem indígena que vive no Centro-Oeste.  

Seis documentários concorrem na mostra de curtas. Os cearenses Foi um tempo de poesia, de Petrus Cariry, sobre o poeta Patativa do Assaré, e Alegoria dos Autômatos, de Josy Macedo e Clébson Francisco, que aborda o racismo estrutural. Completam a lista: O Durião Proibido, de Txai Ferraz, de Pernambuco, que traz uma história de amor na Tailândia; Mar Concreto, de Julia Naidin, do Rio de Janeiro, que relata o processo de avanço do mar sobre uma casa; O Amigo do Meu Tio, de Renato Turnes, de Santa Catarina, que fala sobre um primeiro amor de infância; e O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro, que acompanha uma senhora declarada morta por engano.  

Conheça os filmes selecionados para o 31º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema:

COMPETITIVA IBERO-AMERICANA | LONGA-METRAGEM

5 Casas, de Bruno Gularte Barreto (Brasil)
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (Brasil)
Bosco, de Alicia Cano Menoni (Uruguai/Itália)
Fortaleza Hotel, de Armando Praça (Brasil)
Perfume de Gardenias, de Macha Colón (Porto Rico/Colômbia)
Vacío, de Paul Venegas (Equador)

COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTA-METRAGEM

Alegoria dos Autômatos, de Josy Macedo e Clébson Francisco (CE)
Ato, de Bárbara Paz (MG)
Ausências, de Antônio Fargoni (SP)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Como respirar fora d’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Encarnado, de Otávio Almeida e Ana Clara Ribeiro (PI)
Foi um tempo de poesia, de Petrus Cariry (CE)
Hawalari, de Cássio Domingos (GO)
Mar Concreto, de Julia Naidin (RJ)
O Amigo do Meu Tio, de Renato Turnes (SC)
O Durião Proibido, de Txai Ferraz (PE)
O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro (MG)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)

Foto: Divulgação.

25º Florianópolis Audiovisual Mercosul: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena de Achados Não Procurados, de Fabi Penna: premiado.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 29/09, os vencedores da 25ª edição do Florianópolis Audiovisual Mercosul, FAM 2021 Reflexão, que este ano aconteceu, novamente, em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.

A cerimônia de encerramento, com mais de 150 participantes on-line, foi transmitida ao vivo a partir do estúdio do festival montado no campus do Instituto Federal de Santa Catarina, com suporte da equipe de produção audiovisual da instituição, da IFSC TV, Departamento de Comunicação e Núcleo de Produção Digital (NPD).

A transmissão teve participação do diretor geral Antonio Celso dos Santos, do diretor de produção Tiago Santos, apresentação da diretora de comunicação Alissa Azambuja e participação virtual de Marilha Naccari, diretora de programação: “É com grande felicidade que estamos aqui nessa noite, mesmo com o desafio de ter um recém-nascido em casa, agradeço em poder participar de mais esta edição do FAM pois acredito na importância desse evento, até para o futuro do meu filho”, disse Marilha.

Ao todo, foram exibidos 50 filmes, de 12 países, e 36 atividades, incluindo painéis e palestras do 5º Encontro de Coprodução do Mercosul – ECM+LAB 2021, que teve 190 projetos participantes este ano, entre biblioteca de projetos, pitchings e reuniões, somando mais de 200 horas de negócios.

O Amor Dentro da Câmera, uma produção baiana, narra a história de amor de quase 60 anos entre Conceição e Orlando Senna, duas personalidades cuja vida é entrelaçada com o cinema brasileiro. O Júri Oficial da Mostra de Longas apontou a justificativa para o prêmio: “Pela delicadeza da abordagem, pela importância de ressaltar o amor, a arte e o cinema como componentes de resistência em tempos de intolerância, e pela habilidade de documentar o particular e o social com a mesma qualidade”. Lara Belov, uma das diretoras, agradeceu: “Foi um presente estar junto com vocês, que surpresa, foi um susto arretado! Esse prêmio é para pessoas muito especiais em nossas vidas”.

No Júri Popular, o prêmio foi para a ficção catarinense Achados Não Procurados, primeiro longa da diretora Fabi Penna, que estreou no festival: “Esse prêmio é muito importante para toda a equipe. Queremos um futuro com todos juntos, mesmo com nossas diferenças, mas todos juntos com o nosso cinema. Parabéns FAM, equipe, elenco, só temos a agradecer”.

O curta-metragem Bestia é inspirado em acontecimentos reais da vida de uma agente da polícia secreta durante a ditadura militar no Chile, e aborda com franqueza e coragem a brutalidade desumana da ditadura, considerou o Júri Oficial. Na Mostra WIP, de filmes em pós-produção, o filme vencedor pelo Júri Oficial foi Las Fronteras se Movian, dirigido por Marina Belaustegui Keller.

O projeto vencedor entre todos os apresentados no ECM+LAB foi O Curupira, de Helder Quiroga, que também recebe o prêmio de consultoria do Projeto Paradiso. A Morethan oferecerá consultoria para Hechiza, de Francisca Barraza.

Os mercados parceiros do FAM também premiaram projetos que irão participar de suas próximas edições. Alejandra Marano, do Sanfic Indústria, anunciou prêmios aos projetos de séries Mario Prata Entrevista Uns Brasileiros, de Leonardo MinozzoSe for comprar um cavalo, vá a cavalo, de Gabriel Alvim. Os participantes do Salón de Cali, prêmio anunciado por Alina Hleap e Francisco Merino, serão os projetos Alta Venganza, de Diego RougierLa Solapa, de Pablo Fernandez Crosa e Federico RicaldonEl mar la mar, de Maria Paz Barragán Ugarteche. Para o Bolívia Lab o projeto participante será de Chapecó, Efapi Boul, de Daniela Farina.

O Júri Oficial foi formado por: Sandra Kogut, Celso Sabadin e Paula Zyngierman nas mostras de longas; Gilberto Scarpa, Helena Guerra e Leopoldo Muñoz na mostra de curtas; Federico Ambrosis, Sugey López Alcalde e Gerardo Guerra na mostra de curtas catarinense; Daniela Smith, Fernando Foulques e Sarahí Echeverría na mostra infantojuvenil; Silvia Beraldo, Couple of Things (Diana Boccara e Leo Longo) e Rubens Herbst na mostra de videoclipes; e Luiz Zanin, Magali Wistefelt e Ivan Stoessel na mostra Work in Progress.

Os filmes receberão o Troféu Panvision, concedido pela Associação Cultural Panvision aos ganhadores das categorias Júri Oficial e Popular ao melhor filme das mostras curtas, curtas catarinense, infantojuvenil, videoclipes e longas. A Mostra Rally Universitário foi premiada pelo Júri Popular e a WIP pelo Júri Oficial.

Os prêmios desta edição somam mais de R$ 100 mil e são oferecidos pelos parceiros do festival CiaRio/Naymovie, CineSupport, Mistika, Link Digital, Estúdio JLS, DOT, IndieCam, Projeto Paradiso, MoreThan, Bucareste, Navega, PluralTec/Plural Filmes, na forma de diárias de locação de equipamentos, serviços de finalização e atividades de formação profissional, além do prêmio RECAM.

O FAM tem a honra de entregar o prêmio concedido pela Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do MercosulRECAM, que consiste em fornecer serviços para que os filmes sejam acessíveis a cegos ou com baixa visão, surdos ou com deficiência auditiva e inclui audiodescrição, janela de Libras (Língua Brasileira de Sinais), legendas em português e espanhol para pessoas surdas e ensurdecidas, além da exibição nas salas digitais RECAM; o filme escolhido foi El Intronauta, de Jose Arboleda, da mostra curtas.

Confira a lista completa com os vencedores do FAM 2021:

MOSTRA LONGAS FICÇÃO MERCOSUL + DOC-FAM

Melhor Filme | Júri Popular: Achados Não Procurados, de Fabi Penna (Brasil, SC)
Melhor Filme | Júri Oficial: O Amor Dentro da Câmera, de Jamille Fortunato e Lara Beck Belov (Brasil, RJ/BA)

MOSTRA CURTAS

Melhor Filme | Júri Popular: Quantos Mais?, de Lucas de Jesus (BA)
Melhor Filme | Júri Oficial: Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)

MOSTRA CURTAS CATARINENSE

Melhor Filme | Júri Popular: Espelho Espelho Meu, de Laura Bassani (Palhoça)
Melhor Filme | Júri Oficial: A Árvore de Alfajor, de Marcela Soares (Florianópolis/São José)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

Melhor Filme | Júri Popular: Pingüino y ballena, de Ezequiel Torres e Pablo Roldán (Argentina)
Melhor Filme | Júri Oficial: Clara de Huevo, de Sol Infante Zamudio e Andrea Treszczan Azar (Uruguai)

MOSTRA VIDEOCLIPE

Júri Popular: Breathe, de Francesco Santalucia; por Fernando Haddad e Larissa Korolkovas (Brasil, SP)
Júri Oficial: Sinal Fechado, de Getúlio Abelha; por Lucas Sá (Brasil, MA)

WIP (Work in Progress)

Las Fronteras se Movian, de Marina Belaustegui Keller (Argentina)

RALLY UNIVERSITÁRIO

El gran día, de Hanna Valentina Gómez (Florianópolis)

ECM+LAB

O Curupira, de Helder Quiroga

Foto: Divulgação.

28º Festival de Cinema de Vitória: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Alessandra Maestrini no curta Ato, de Bárbara Paz.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 29/09, os filmes selecionados para a 28ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato on-line em função dos protocolos de segurança referentes à pandemia de Covid-19.

Neste ano, foram selecionados 92 filmes, entre longas e curtas-metragens, que serão exibidos em 12 mostras, 11 competitivas e uma fora de competição. Os trabalhos escolhidos pela Comissão de Seleção concorrem ao Troféu Vitória em 32 categorias. A escolha dos vencedores é feita pelas comissões de Júri do Festival, compostas por especialistas e profissionais do cinema, além da votação pelo Júri Popular.

Foram selecionados 20 filmes de realizadores negros e negras; 27 filmes dirigidos por mulheres, sendo cinco dirigidos por mulheres negras; 29 filmes com temática de diversidade sexual; além de nove filmes universitários. Além dos selecionados, o 28º Festival de Cinema de Vitória irá exibir três longas-metragens convidados que serão apresentados fora de competição

Para Lucia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória, os filmes escolhidos pela Comissão de Seleção representam a pluralidade da produção recente do audiovisual produzido no país: “A curadoria tem um olhar cuidadoso sobre os diversos gêneros da produção cinematográfica brasileira contemporânea. É sempre um desafio e, ao mesmo tempo, um prazer, dar visibilidade para tantos filmes e ver de perto todo o potencial criativo dos nossos realizadores”.

Os filmes escolhidos pela curadoria do festival serão distribuídos em 12 janelas de exibição. Entre elas, estão a 25ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, com uma seleção de títulos da safra recente do cinema brasileiro; a 11ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, que contará com a exibição de seis filmes na competitiva; a 11ª Mostra Quatro Estações, com produções que abordam a temática da diversidade sexual; a 10ª Mostra Foco Capixaba, janela exclusiva para realizadores do Espírito Santo; a 10ª Mostra Corsária, com filmes que apresentam pesquisas de linguagem da estética cinematográfica; e a 8ª Mostra Outros Olhares, que propõe a observação da construção de novos mundos a partir de experiências particulares. 

Duas janelas temáticas completam meia década de exibição este ano: a 6ª Mostra Mulheres no Cinema, sessão com filmes dirigidos exclusivamente por mulheres e que aborda as questões de gênero, valorizando a atuação feminina por trás das câmeras; e a 6ª Mostra Cinema e Negritude, com filmes produzidos exclusivamente por realizadores negros e que tratam das mais diversas narrativas que atravessam a população negra no Brasil.

A 5ª Mostra Nacional de Videoclipes apresenta produções de gênero experimental por excelência e que fundem música e audiovisual; a 4ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental abre espaço para o debate sobre sustentabilidade e questões ambientais. Já a 3ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico traz o terror para o evento. Fora de competição, a 12ª janela do evento é a 4ª Mostra Cinema de Bordas

A Comissão de Seleção do 28º Festival de Cinema de Vitória é formada por profissionais de reconhecida trajetória no meio audiovisual. São eles: a curadora, cineasta e produtora oriunda do curso de Cinema da UFF, Flavia Candida; o cineasta, escritor e pesquisador na área audiovisual, doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, e professor do POSCOM, da Ufes, Erly Vieira Jr; e o produtor audiovisual e curador Waldir Segundo (25ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, 11ª Mostra Quatro Estações, 10ª Mostra Foco Capixaba, 10ª Mostra Corsária, 8ª Mostra Outros Olhares).

E mais: a produtora cultural e jornalista Leila Bourdoukan e o professor no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Gilberto Alexandre Sobrinho (11ª Mostra Competitiva Nacional de Longas); a escritora, ilustradora, diretora e roteirista Saskia Sá e a educadora e pesquisadora Bárbara Cazé (6ª Mostra Mulheres no Cinema); a curadora, cineasta e produtora oriunda do curso de Cinema da UFF, Flavia Candida e o professor no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Gilberto Alexandre Sobrinho (6ª Mostra Cinema e Negritude); o jornalista, publicitário e produtor cultural Luiz Eduardo Neves e a mestre em educação pela UERJ e professora dos cursos técnicos em Rádio e TV, Suellen Vasconcelos (5ª Mostra Nacional de Videoclipes); a cineclubista, roteirista, produtora e realizadora de audiovisual Margarete Taqueti e o cineasta e ambientalista Jefferson de Albuquerque Junior (4ª Mostra de Cinema Ambiental); a escritora, pesquisadora e curadora Bernadette Lyra (4ª Mostra Cinema de Bordas); e o produtor audiovisual e curador Waldir Segundo (3ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico).

O 28º Festival de Cinema de Vitória segue em formato on-line e as mostras serão exibidas novamente na plataforma InnSaei.TV, que transmitiu o evento em 2020: “As mostras em formato on-line são uma oportunidade de fomentar ainda mais o acesso às produções de curta e longa-metragem. O espectador tem a possibilidade de assistir aos filmes de qualquer parte do Brasil, o que democratiza ainda mais o acesso”, disse Lucia Caus. Cada filme ficará disponível durante 24 horas, de acordo com a grade de programação, que será divulgada em breve, com as personalidades que serão homenageadas nesta edição.

Conheça os filmes selecionados para o 28º Festival de Cinema de Vitória

25ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS

A Cambonagem e o Incêndio Inevitável, de Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil (ES)
Ato, de Bárbara Paz (MG)
Bestiário Invisível, de Tati Rabelo e Rodrigo Linhales (ES)
Calmaria, de Leonardo Catapreta (MG)
Cenas de Infância, de Kimberly Palermo (RJ)
Cercanias/Gatos, de Sérgio Andrade (AM)
Cinco Fitas, de Heraldo de Deus e Vilma Martins (BA)
Coleção Preciosa, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA)
De Vez em Quando eu Ardo, de Carlos Segundo (MG)
Faz Vinte Anos, de Tati Franklin (ES)
Gargaú, de Bruno Ribeiro (RJ)
Hawalari, de Cassio Domingos (GO)
Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antônio (PA)
Muxarabi, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)
O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader (AM)
O Resto, de Pedro Gonçalves Ribeiro (MG)
Per Capita, de Lia Letícia (PE)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (RJ)
Praia dos Tempos, de Luan Santos (BA)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Três Graças, de Luana Laux (ES)
Usina-Desejo Contra a Indústria do Medo, de Amanda Seraphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias (RJ)
Vagalumes, de Léo Bittencourt (RJ)

11ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS

A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann (PR)
A Última Cidade, de Victor Furtado (CE)
Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP)
Mirador, de Bruno Costa (PR)
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (RJ)
Noites de Alface, de Zeca Ferreira (RJ)

11ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES

Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius (RS)
Letícia, Monte Bonito, 04, de Julia Regis (RS)
Macho Carne, de George Pedrosa (MA)
O Fio de Ariadne, de Mozart Freire e Ton Martins (CE)
O Nascimento de Helena, de Rodrigo Almeida (RN)
Time de Dois, de André Santos (RN)

10ª MOSTRA CORSÁRIA

Atlântida, de Diego Locatelli (SP)
Casa de um Corpo Gasoso, de Bruno Moreno (PI)
Há um Profeta nas Olaias, Tomem Cuidado!, de Lucas Camargo de Barros (SP)
Minha Bateria Está Acabando e Está Ficando Tarde, de Rubiane Maia e Tom Nóbrega (ES/SP)
Mormaço, de Carol Lima (PE)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Presente Maravilha, de Jeã Santos (RJ)
Todos os Rostos que Amo se Parecem, de Davi Mello e Deborah Perrota (MG)

10ª MOSTRA FOCO CAPIXABA

Ausência, de Ricardo Sá (ES)
Chamada a Cobrar, de Edson Ferreira (ES)
Metamorfose Concreta, de Carol Covre, Larissa Barreto e Narjara Portugal (ES)
Nostalgia, de Raphael Araújo (ES)
Quimera, de Luísa Costa Miranda (ES)
Uma Noite Sem Lua, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES)

8ª MOSTRA OUTROS OLHARES

1º Turno, de Clementino Junior (RJ)
A Balada da Nobre Senhora, de Hsu Chien (RJ)
A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
A Terra em que Pisar, de Fáuston da Silva (DF)
Ouro para o Bem do Brasil, de Gregory Baltz (RJ)
Utopia, de Rayane Penha (AP)

6ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA

Em Caso de Fogo, Pegue o Elevador, de Fernanda Reis (RS)
Espero o Dia da Nossa Independência, de Bruna Carvalho Almeida e Brunna Laboissière (SP)
Fora de Época, de Laís Catalano Aranha e Drica Czech (SP)
O Peixe, de Natasha Jascalevich (RJ)

6ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE

25 Anos Sem Asfalto, de Fabi Andrade (SP)
Às Vezes que Não Estou Lá, de Dandara de Morais (PE)
Forrando a Vastidão, de Higor Gomes (MG)
Olhos de Cachoeira, de Adler Paz (BA)

5ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES

Ararinha da Viola, de Letícia Pires (Artista: Isis Broken)
Bruta, de Raymundo Calumby (Artista: Sandyalê)
BXD Existe, de Pamela Ohnitram (Artista: Xuxu ComXis feat. Adrielle Vieira & Tiago Tk)
Come, de Flora Fiorio (Artista: Dan Abranches e Pe Lopes)
Corpo a Corpo, de Jessika Goulart (Artista: Canto Cego)
Dis-ritmia, de Thais Lima (Artista: Criolina, Estrela Leminski e Téo Ruiz)
É só me Chamar, de Lucas Sá (Artista: Paolo Ravley)
Flores e Rifles, de Raphael Correa (Artista: Gustavo Rosseb)
Goat Talk., de Diego Capeletti (Artista: AXANT)
Lockdown, de Rodrigo Herenio Franco (Artista: Carga Pezada)
Não Conserve a Dor, de Eduardo Christofoli (Artista: Black Bell Tone)
Os Cara Tão de Brincadeira, de Matheus Fighera (Artista: Igor Fuchs)
Salomé, de Drica Czech e Laís Catalano Aranha (Artista: Naiá Camargo)
Tá Vendo seu Moço?, de Juliana Segóvia e Pedro Brites (Artista: Karola Nunes)
The Wolves Are Never Tired, de Thais Siqueira (Artista: Luana di Angelo)

4ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL

Dois Riachôes – Cacau e Liberdade, de Fellipe Abreu e Patrícia Moll (BA)
Nonna, de Maria Augusta Vilalba Nunes (SC)
Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro (SP)
What About Our Future?, de Cláudio Cruz e Jaime Leigh Gianopoulos (Canadá)
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli (PE)

3ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO

AR, de Marcelo Oliveira e William Oliveira (PE)
Jamary, de Begê Muniz (AM)
Magnético, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC)
Nunca Mais Me Vi, de Demerson Souza e Laysla Brigatto (SP)
Planta Baixa, de Clara Martins Hermeto (SP)
Um Espinho de Marfim, de Luis Fernando Bruno (RJ)

FORA DE COMPETIÇÃO:

4ª MOSTRA DE CINEMA DE BORDAS

Amor Sangue Dor, de Magnum Borini (SP)
A Última Porta, de Milton Santos
Jogo de Ideias, por Claudiney Ferreira entrevista Seu Manoelzinho 

SESSÃO ESPECIAL DE ABERTURA

A Matéria Noturna, de Bernard Lessa (ES)

SESSÃO ESPECIAL

Limiar, de Coraci Ruiz (SP)

SESSÃO ESPECIAL DE ENCERRAMENTO

Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem, de Natara Ney (RJ/PE)

Foto: Divulgação.

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021: conheça os indicados

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em Pacarrete, de Allan Deberton: quinze indicações.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais divulgou nesta terça-feira, 28/09, a lista com os indicados ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que acontecerá no dia 28 de novembro com cerimônia transmitida pela TV Cultura.

Os finalistas concorrem ao Troféu Grande Otelo em 31 categorias e foram escolhidos em votação pelos sócios da Academia. Neste ano, Boca de Ouro, de Daniel Filho, e Pacarrete, de Allan Deberton, são os longas com maior número de indicações: quinze cada; A Divisão, de Vicente Amorim, aparece na sequência com oito indicações.

A lista reúne mais de 900 profissionais indicados, 20 longas-metragens brasileiros e 10 longas estrangeiros. Ao todo, também estão na disputa 18 curtas brasileiros (6 de ficção, 7 documentários e 5 de animação) e 16 séries. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta a toda a classe.

Em comunicado oficial, Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, disse: “O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro celebra a diversidade da nossa indústria, representada por todas as gerações de realizadores do país inteiro. E tem como tema, este ano, a preservação e a memória do audiovisual”.

Em 2021, foram inscritos 45 longas de ficção (incluindo infantis e animação), 20 longas documentários, 51 curtas-metragens, 44 séries brasileiras, 35 longas-metragens internacionais, 6 longas ibero-americanos. Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, com votação entre os sócios da Academia. Além disso, o público elege seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário; a votação começa no dia 28 de outubro pela internet.

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é organizado e votado pelos próprios profissionais do setor, uma forma da própria classe celebrar o seu trabalho e dar o devido reconhecimento ao talento de seus profissionais; a premiação é anual. Contribui para a elevação e a promoção do cinema brasileiro junto à população e ao público do país, através do reconhecimento da qualidade técnica e artística de seus filmes e da confraternização entre os profissionais da indústria.

O processo de definição dos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é dividido em duas etapas: indicação e premiação. A partir de 2004, a votação passou a ser feita via internet, pelos sócios da Academia, que recebem uma senha eletrônica para votar pela internet.

Na fase de indicação são escolhidas as cinco obras e profissionais representantes de cada categoria que passarão para a etapa seguinte. A escolha é feita pelos sócios através de uma cédula de votação eletrônica com a lista completa de todos os concorrentes. Terminado o processo de apuração do primeiro turno, uma nova relação com os cinco escolhidos em cada categoria é enviada aos sócios que escolhem, então, os vencedores. Nas duas etapas a votação é secreta e a abertura das cédulas, bem como a apuração dos votos, são realizadas pela PwC.

Conheça os indicados ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Divisão, de Vicente Amorim
A Febre, de Maya Da-Rin
Boca de Ouro, de Daniel Filho
Cidade Pássaro, de Matias Mariani
Pacarrete, de Allan Deberton

MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Dentro da Minha Pele, de Toni Venturi e Val Gomes
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamin
Fotografação, de Lauro Escorel
Partida, de Caco Ciocler

MELHOR LONGA-METRAGEM | COMÉDIA
Carlinhos e Carlão, de Pedro Amorim
De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula
Não Vamos Pagar Nada, de João Fonseca
No Gogó do Paulinho, de Roberto Santucci
Os Espetaculares, de André Pellenz
Pacarrete, de Allan Deberton

MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO 
Os Under Undergrounds, o Começo, de Nelson Botter Jr.
Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma, de Ale McHaddo

MELHOR LONGA-METRAGEM | INFANTIL 
10 Horas para o Natal, de Cris D’Amato
O Melhor Verão das Nossas Vidas, de Adolpho Knauth

MELHOR DIREÇÃO
Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Daniel Filho, por Boca de Ouro
Geraldo Sarno, por Sertânia
Jeferson De, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Sandra Kogut, por Três Verões
Vicente Amorim, por A Divisão

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM
Allan Deberton, por Pacarrete
Bárbara Paz, por Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou
Djin Sganzerla, por Mulher Oceano
Matias Mariani, por Cidade Pássaro
Maya Da-Rin, por A Febre

MELHOR ATRIZ
Andrea Beltrão, por Verlust
Lorena Comparato, por Boca de Ouro
Malu Mader, por Boca de Ouro
Marcélia Cartaxo, por Pacarrete
Regina Casé, por Três Verões

MELHOR ATOR
Flavio Bauraqui, por Abraço
Irandhir Santos, por Fim de Festa
Marcos Palmeira, por Boca de Ouro
Rogério Fróes, por Três Verões
Silvio Guindane, por Boca de Ouro
Silvio Guindane, por A Divisão

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Berta Loran, por Jovens Polacas
Denise Fraga, por Música para Morrer de Amor
Gisele Fróes, por Três Verões
Hermila Guedes, por Fim de Festa
Soia Lira, por Pacarrete
Zezé Motta, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Zezita Matos, por Pacarrete

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Flavio Bauraqui, por Não Vamos Pagar Nada
Flavio Bauraqui, por Macabro
Flavio Migliaccio, por Jovens Polacas
Guilherme Fontes, por Boca de Ouro
João Miguel, por Pacarrete
Otávio Müller, por Três Verões

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Aos Olhos de Ernesto, escrito por Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, escrito por Maria Camargo e Bárbara Paz
Cidade Pássaro, escrito por Matias Mariani, Chika Anadu, Francine Barbosa, Julia Murat, Maíra Bühler e Roberto Winter
Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro
Três Verões, escrito por Sandra Kogut e Iana Cossoy Paro

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Boca de Ouro, escrito por Euclydes Marinho
Jovens Polacas, escrito por Alex Levy-Heller
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, escrito por Jeferson De e Felipe Sholl
Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma, escrito por Ale McHaddo
Verlust, escrito por Esmir Filho e Ismael Caneppele

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
A Divisão, por Gustavo Hadba
A Febre, por Barbara Alvarez
Boca de Ouro, por Felipe Reinheimer
Macabro, por Azul Serra
Pacarrete, por Beto Martins

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Divisão, por Daniel Flaksman
A Febre, por Ana Paula Cardoso
Boca de Ouro, por Mario Monteiro
Pacarrete, por Rodrigo Frota
Sertânia, por Ana Dominoni

MELHOR FIGURINO
Boca de Ouro, por Kika Lopes
Jovens Polacas, por Sol Azulay
Macabro, por Ana Avelar
Pacarrete, por Chris Garrido
Sertânia, por Ana Dominoni

MELHOR MAQUIAGEM
Aos Olhos de Ernesto, por Britney Federline
Boca de Ouro, por Adriano Manques
Jovens Polacas, por Sid Andrade
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, por Sonia Penna
Pacarrete, por Tayce Vale

MELHOR EFEITO VISUAL
A Divisão, por Marcelo Siqueira
A Febre, por Hoël Sainleger
Boca de Ouro, por Marcelo Siqueira
Cidade Pássaro, por Fabio Souza
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, por Bernardo Neder

MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
A Febre, por Karen Akerman
Aos Olhos de Ernesto, por Giba Assis Brasil
Boca de Ouro, por Diana Vasconcellos
Pacarrete, por Joana Collier
Três Verões, por Sérgio Mekler e Luisa Marques

MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
Aquecimento Global, por Fabio Santos
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Cao Guimarães e Bárbara Paz
Dentro da Minha Pele, por Marcola Marinho e Paulo Alberto
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, por Marília Moraes e Isabel Castro
Fotografação, por Idê Lacreta
Os 8 Magníficos, por Domingos Oliveira e Victor Magrath
Soldado Estrangeiro, por Jordana Berg

MELHOR SOM
A Divisão, por José Moreau Louzeiro, Lucas Marcier, Fabiano Krieger e Paulo Gama
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Rodrigo Ferrante, Miriam Biderman e Ricardo Reis
Cidade Pássaro, por Gabriela Cunha, Xavier Thibault e Gilles Bernadeau
Macabro, por José Moreau Louzeiro, Tomás Alem, Bernardo Uzeda, Rodrigo Noronha e Gustavo Loureiro
Pacarrete, por Márcio Câmara, Cauê Custódio e Rodrigo Ferrante

MELHOR TRILHA SONORA
Abraço, por André Abujamra e Eron Guarnieri
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Bárbara Paz e O Grivo
Boca de Ouro, por Berna Ceppas
Fim de Festa, por DJ Dolores
Pacarrete, por Fred Silveira

MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO TV PAGA/OTT
Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Senninha na Pista Maluca (2ª Temporada) (Gloob)
Zuzubalândia (2ª Temporada) (Cartoon Network, Boomerang e Tooncast)

MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO TV PAGA/OTT
Amarelo Prisma (1ª Temporada) (GNT)
Anitta: Made In Honório (1ª Temporada) (Netflix)
Cientistas Brasileiros Entre os Melhores (1ª Temporada) (Looke)
Favela Gay – Periferia LGBTQI+ (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Milton e o Clube da Esquina (1ª Temporada) (Canal Brasil)

MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV PAGA/OTT
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada) (Netflix)
Detetives do Prédio Azul (14ª Temporada) (Gloob)
Hard (1ª Temporada) (HBO)
Os Últimos Dias de Gilda (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Um Contra Todos (4ª Temporada) (Fox)

MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV ABERTA
Gilda, Lucia e o Bode (1ª Temporada) (TV Globo)
Sob Pressão – Plantão Covid (Temporada Especial) (TV Globo)
Tá Puxado (1ª Temporada) (TV Jornal/SBT)

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
1 Peixe para 2, de Chia Beloto (PE)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
Subsolo, de Otto Guerra e Erica Maradona (RS)
Tandem, de Vivian Altman (SP)

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, de Bruna Barros e Bruna Castro (BA)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF)
In memoriam – O roteiro do gravador, de Sylvio Lanna (RJ)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (RJ)
O que Pode um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Rua Augusta, 1029, de Mirrah da Silva (SP)

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
A Barca, de Nilton Resende (AL)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)
Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP)
República, de Grace Passô (SP)

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
Monos, Entre o Céu e o Inferno, de Alejandro Landes (Colômbia)
O Filme de Bruno Aleixo, de João Moreira e Pedro Santo (Portugal)
O Roubo do Século (El Robo del Siglo), de Ariel Winograd (Argentina)
Pornô para Principiantes, de Carlos Ameglio (Uruguai/Argentina/Brasil)
Tarde para Morrer Jovem (Tarde para Morir Joven), de Dominga Sotomayor (Chile/Brasil/Holanda/Qatar)

MELHOR LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL
Apocalypse Now: Final Cut, de Francis Ford Coppola (EUA)
Jojo Rabbit, de Taika Waititi (EUA/Nova Zelândia/República Checa)
O Farol (The Lighthouse), de Robert Egges (Canadá/EUA/Brasil)
O Pai (Bashtata), de Kristina Grozeva e Petar Valchanov (Bulgária/Grécia)
Você Não Estava Aqui (Sorry We Missed You), de Ken Loach (Reino Unido)

Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema, que este ano passa a se chamar Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais foi reconhecida, em 2020, pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences como única entidade credenciada para indicar o filme que representa o cinema brasileiro na categoria de melhor filme internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder. A Academia também é a representante oficial do Brasil junto à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha para escolher o longa-metragem brasileiro que concorre à categoria de melhor filme ibero-americano no Prêmio Goya.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Jorge Peregrino e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (diretor vice-presidente), Alexandre Duvivier, Bárbara PazIafa Britz e Renata Almeida Magalhães.

Foto: Luiz Alves.