Festival de Berlim 2020 anuncia novos filmes na mostra Generation; seleção conta com mais três filmes brasileiros

por: Cinevitor

alicejuniorberlimAnne Celestino Mota e Thaís Schier em Alice Júnior, de Gil Baroni.

Com 59 produções em competição, incluindo 29 estreias mundiais e onze filmes inéditos, de 34 países, com 58% deles dirigidos por mulheres, a programação da mostra Generation, da 70ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 20 de fevereiro e 1º de março, está concluída.

“Um olhar atento e aberto, o questionamento de convenções e as transgressões muitas vezes dramáticas das fronteiras tornam os filmes da Generation particularmente poderosos: em suas histórias e tópicos, mas também em sua linguagem cinematográfica”, disse, em comunicado oficial, a curadora Maryanne Redpath.

As mostras Generation Kplus e Generation 14plus, são dois programas de competição que exibem um cinema internacional de qualidade para o público jovem e para todos os outros. Narrativas épicas e momentos fugazes, voos de fantasia e realidades amargas. Histórias sobre a maioridade: impressionantes, selvagens e irritadas, sinceras e obstinadas. Com um programa abrangente de filmes contemporâneos que explora a vida e o mundo de crianças e adolescentes, a Berlinale Generation desfruta de uma posição única como instigadora do cinema de jovens que quebram convenções.

A seleção se concentra em filmes que, em suas narrativas e linguagens cinematográficas, levam os jovens a sério. Histórias que são contadas pelos olhos de seus jovens protagonistas e que tornam seus mundos tangíveis. Filmes que importam, que abrem portas para mundos desconhecidos. Filmes que exigem coragem, exibindo perspectivas intersetoriais e incentivando soluções coletivas. Filmes que sustentam um espelho para o mundo adulto. Os filmes, documentários e animações, filmes de gênero e obras que expandem a linguagem formal do cinema competem em pé de igualdade nas duas competições da seção.

Neste ano, na 43ª edição da mostra Generation, vale destacar a presença do cinema brasileiro com: Alice Júnior, de Gil Baroni e Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes, na Generation 14plus; e o curta-metragem , de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia, na Generation Kplus. Vale lembrar que o longa Meu nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza, já tinha sido anunciado na Generation 14plus.

Alice Júnior conta a história de Alice, interpretada por Anne Celestino Mota, uma garota transexual que quer dar o primeiro beijo, ser feliz e viver as experiências da adolescência sem ser rotulada e reprimida. O longa, escrito por Luiz Bertazzo, já passou por diversos festivais brasileiros e foi premiado no Rio, Brasília e Mix Brasil.

O curta , de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia, premiado como melhor filme no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, mostra uma jovem mãe, em condições precárias de vida e seu cotidiano no subúrbio brasileiro com suas duas filhas. Quando, inesperadamente, adquirem uma carga de pernas de sapo, isso dá origem a uma celebração que não será esquecida em breve. Já em Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes, duas irmãs precisam ser fortes enquanto a mãe está morrendo e o pai não se importa com a situação.

Conheça os novos filmes selecionados para a mostra Generation do Festival de Berlim 2020:

GENERATION 14PLUS

Alice Júnior, de Gil Baroni (Brasil)
Babylebbe (Babydyke), de Tone Ottilie (Dinamarca)
Comrades, de Kanas Liu (Hong Kong/China)
The Earth Is Blue as an Orange, de Iryna Tsilyk (Ucrânia/Lituânia)
Grevillea, de Jordan Giusti (Austrália)
Hot Mother, de Lucy Knox (Nova Zelândia)
Irmã (Sisters in the End of the World), de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Brasil)
Jumbo, de Zoé Wittock (França/Bélgica/Luxemburgo)
Kaze no Denwa (Voices in the Wind), de Nobuhiro Suwa (Japão)
La déesse des mouches à feu (Goddess of the Fireflies), de Anaïs Barbeau-Lavalette (Canadá)
Le mal du siècle (The Great Malaise), de Catherine Lepage (Canadá)
Palazzo di Giustizia (Ordinary Justice), de Chiara Bellosi (Itália/Suíça)
Panteres (Panthers), de Èrika Sánchez (Espanha)
Progresso Renaissance, de Marta Anatra (Itália/França)
White Winged Horse, de Mahyar Mandegar (Irã)
Who Can Predict What Will Move You, de Livia Huang (EUA)
Yalda, la nuit du pardon (Yalda, a Night for Forgiveness), de Massoud Bakhshi (França/Alemanha/Suíça/Luxemburgo/Líbano/Irã)

GENERATION KPLUS

Broken Bird, de Rachel Gordon (EUA)
Elders, de Tony Briggs (Austrália)
El nombre del hijo (The Name of the Son), de Martina Matzkin (Argentina)
El sghayra (Miss), de Amira Géhanne Khalfallah (Argélia/França)
El silencio del río (The Silence of the River), de Francesca Canepa (Peru)
En route, de Marit Weerheijm (Holanda)
Hello Ahma, de Siyou Tan (EUA)
The Kites, de Seyed Payam Hosseini (Irã)
Der kleine Vogel und die Bienen (The Little Bird and the Bees), de Lena von Döhren (Suíça)
Las niñas (Schoolgirls), de Pilar Palomero (Espanha)
Lístek (Leaf), de Aliona Baranova (República Checa)
Mamá, mamá, mamá (Mum, Mum, Mum), de Sol Berruezo Pichon-Riviére (Argentina)
Mishou, de Milen Vitanov (Alemanha/Bulgária)
Money Honey, de Isaac Knights-Washbourn (Nova Zelândia)
Mugge & vejfesten (Monty and the Street Party), de Anders Morgenthaler e Mikael Wulff (Dinamarca)
Ochite mi sini, rokljata sharena (Blue Eyes and Colorful My Dress), de Polina Gumiela (Alemanha)
Onderhuids (Under the Skin), de Emma Branderhorst (Holanda)
Rã (Frogs), de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia (Brasil)
Sthalpuran (Chronicle of Space), de Akshay Indikar (Índia)
Sune – Best Man, de Jon Holmberg (Suécia)
toni_with_an_i, de Marco Alessi (Reino Unido)
Qiu shi (Harvest), de Sun Lijun (China)

Foto: Divulgação/Olhar Distribuição.

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