Sheila Munyiva e Samantha Mugatsia em cena.
Inspirado no conto Jambula Tree, da premiada escritora ugandense Monica Arac Nyeko, Rafiki, que significa amigo em suaíli, conta uma história de amizade e amor entre duas jovens mulheres que vivem no Quênia, um país que ainda criminaliza a homossexualidade.
Segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu, o filme acompanha Kena, vivida por Samantha Mugatsia, e Ziki, interpretada por Sheila Munyiva, duas garotas que vivem em um agitado conjunto habitacional em Nairóbi e ousam desafiar o status quo. Filhas de políticos locais, a paixão das meninas é intensa, quase instantânea e proibida.
A direção do filme opta por retratar esse romance de forma delicada e sutil. Mesmo assim, o longa chegou a ter sua exibição proibida no Quênia. Por se tratar de uma temática LGBTQ+, o governo do país alegou que o filme “promovia o lesbianismo”. O Quênia tem uma legislação extremamente conservadora em relação aos direitos dos homossexuais; as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são penalizadas pelas leis quenianas e a homossexualidade é considerada ilegal.
Primeiro longa metragem queniano a ser exibido no Festival de Cannes, Rafiki integrou a programação da mostra Un Certain Regard, em 2018, e foi recebido positivamente pela imprensa internacional, além de representar um enorme avanço para a cinematografia africana. Por aqui, foi exibido no Festival do Rio e na 42ª Mostra de São Paulo.
Confira o trailer de Rafiki, que estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de agosto:
Foto: Divulgação/Olhar Distribuição.