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Ney Matogrosso será homenageado no 32º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor
Artista consagrado: homenagem na capital capixaba

Um dos maiores nomes da cultura brasileira, Ney Matogrosso será homenageado na 32ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que acontecerá entre os dias 19 e 24 de julho, no Espírito Santo.

Um dos ícones da música produzida no Brasil, o artista tem uma trajetória expressiva como ator no cinema brasileiro, além de ter se destacado também como diretor de espetáculos musicais e de teatro. Como parte da homenagem, Ney receberá o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado, publicação biográfica inédita, que trata da sua vida e trajetória profissional.

O ano de 2025 marca os 50 anos de carreira solo de Ney Matogrosso. Cantor, compositor, dançarino, ator, iluminador e diretor, o artista conquistou o Brasil no ano de 1973 com o Secos & Molhados, grupo musical que ganhou as paradas musicais com sucessos como Sangue Latino e Rosa de Hiroshima. O cantor estreou na carreira solo com o álbum Água do Céu – Pássaro (1975) e desde então lançou uma série de discos que o colocam como um dos artistas mais arrojados do Brasil e dono de canções que fazem parte do imaginário dos brasileiros como Seu Tipo, Tanto Amar, Bandido Corazón (presente de Rita Lee para Ney), Pro Dia Nascer Feliz (ele foi o primeiro artista a gravar uma canção de Cazuza) e o forró Homem com H, gênero musical até então inédito no repertório do artista, que se tornou um de seus grandes sucessos e deu nome ao longa-metragem lançado em maio de 2025. 

Conhecido por sua excelência profissional e dono de um raro registro vocal, Ney Matogrosso tem uma carreira que extrapola a música. Desde o final da década de 1980, quando estreou como ator no clássico Sonho de Valsa (1987), da diretora Ana Carolina, ele já esteve em quase 20 filmes, entre curtas e longas-metragens. 

Sua carreira no audiovisual se destaca por trabalhos experimentais e associados ao cinema autoral brasileiro, em filmes como Sol Alegria (2018), de Tavinho Teixeira; Primeiro Dia de um Ano Qualquer (2013), de Domingos de Oliveira; e Gosto de Fel (2012), de Beto Besant. Um dos trabalhos mais delicados do ator é no filme Depois de Tudo (2008), de Rafael Saar. Ao lado do ator Nildo Parente, ele interpreta um dos integrantes de um casal que mantém sua sexualidade em sigilo. 

Ney Matogrosso e Esmir Filho nos bastidores de Homem com H

Outro papel de destaque na carreira de Ney Matogrosso foi em Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha (2010), de Helena Ignez, continuação do clássico O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, em que Ney interpreta o personagem-título. A partir deste trabalho, ele cria uma parceria com a diretora e esteve presente em vários de seus filmes lançados posteriormente, como Poder dos Afetos (2013), Ralé (2015) e A Alegria é a Prova dos Nove (2023).  

Recentemente, sua vida foi narrada nas telonas na cinebiografia Homem com H, dirigida por Esmir Filho e protagonizada por Jesuíta Barbosa. O longa, que segue em cartaz nos cinemas, já alcançou mais de 500 mil espectadores.

Ney também tem incursões nos palcos como diretor teatral. Na década de 1980, dirigiu Estrela de Cinco Pontas, com o Grupo Hombu e a cantora e atriz Bia Bedran. Em 1999, dividiu com Cininha de Paula, a direção do musical Somos Irmãs, sobre a vida das cantoras Linda e Dircinha Batista, interpretadas pelas atrizes Suely Franco e Nicette Bruno. Em 2010, ele retornou aos palcos para dirigir o amigo Marcus Alvisi, no solo Dentro da Noite, adaptação de dois contos do escritor João do Rio

Além do teatro, ele também foi iluminador e diretor de alguns espetáculos musicais. Na década de 1980, dirigiu dois shows emblemáticos para a cultura pop brasileira. Em 1986, Ney era o homem por trás da produção de Rádio Pirata, do RPM, espetáculo que lotou estádios e gerou um disco ao vivo homônimo, que vendeu três milhões de cópias e transformou a banda em um dos maiores sucessos do pop rock no Brasil. Em 1988, Ney foi o responsável pelo show Ideologia, de Cazuza, que gerou o álbum ao vivo O Tempo Não Para (1999), trabalho derradeiro do artista carioca nos palcos. 

Além de Ney Matogrosso, o Festival de Vitória também honrará Verônica Gomes como a homenageada capixaba. A atriz, diretora, produtora e ativista é uma das figuras mais emblemáticas da produção cultural no Espírito Santo, tem uma trajetória expressiva nos palcos e, nos últimos anos, mantém uma relação de proximidade com o audiovisual, além de ser uma presença de destaque na militância cultural capixaba.

O 32º Festival de Cinema de Vitória apresentará a safra atual e inédita do audiovisual brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará com sessões especiais, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema. Toda programação é gratuita.

Fotos: Lucas Landau/Acervo Galpão IBCA/Divulgação/Paris Filmes.

Festival de Cannes 2025 e O Agente Secreto: Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura são premiados

por: Cinevitor
Kleber Mendonça Filho no Festival de Cannes: dois prêmios para O Agente Secreto

Foram anunciados neste sábado, 24/05, os vencedores da 78ª edição do Festival de Cannes, que este ano contou com a atriz francesa Juliette Binoche na presidência do júri. Halle Berry, Payal Kapadia, Alba Rohrwacher, Leïla Slimani, Dieudo Hamadi, Hong Sang-soo, Carlos Reygadas e Jeremy Strong completavam o time responsável por avaliar e premiar os filmes da Competição.

Neste ano, o iraniano Un simple accident, dirigido por Jafar Panahi, recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do evento. Ovacionado pelo público, o diretor fez seu discurso: “O mais importante é o nosso país e a liberdade do nosso país. Vamos unir forças. Vamos chegar a este momento, juntos, em que ninguém ousar nos dizer que tipo de roupa devemos usar, o que devemos ou não fazer. O cinema é uma sociedade. Ninguém tem o direito de dizer o que devemos ou não fazer. Vamos continuar a ter esperança”. Em 2010, Panahi foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar ou sair do Irã por 20 anos sob a acusação de fazer propaganda contra o governo iraniano.

O cinema brasileiro se destacou nesta 78ª edição com dois prêmios para O Agente Secreto: melhor ator para Wagner Moura e melhor direção para Kleber Mendonça Filho. Em seu primeiro discurso, recebeu o prêmio por Wagner: “Eu tive o privilégio e a sorte de ter a oportunidade de trabalhar com Wagner Moura. Ele não é apenas um ator excepcional, mas também um ser humano diferente. Eu amo ele. Espero que esse reconhecimento lhe traga muitas coisas boas. Obrigado ao júri, obrigado à Juliette Binoche que presidiu o júri. Obrigado por este reconhecimento”. Wagner apresentou o filme no domingo passado, mas teve que deixar Cannes para concluir as filmagens do longa 11817, do cineasta francês Louis Leterrier.

No palco pela segunda vez, Kleber agradeceu ao prêmio de melhor direção: “Eu estava tomando champanhe. Meu país Brasil é um país cheio de beleza e de poesia. Estou muito orgulhoso de estar aqui, nesta noite, recebendo esse prêmio. Estou muito feliz. O Festival de Cinema de Cannes é a catedral do cinema neste planeta. Muito obrigado aos meus produtores; queríamos que este filme fosse lançado nos cinemas. Foi o cinema que forjou o caráter deste filme. Eu queria mandar um abraço para todo mundo que tá vendo no Brasil, especialmente no Recife, Pernambuco, Brasil”.

Nesta noite histórica para o cinema nacional, Wagner Moura se torna o primeiro brasileiro a vencer na categoria de melhor interpretação masculina. Já na categoria de melhor direção, Kleber é o segundo cineasta brasileiro a vencer; o primeiro foi Glauber Rocha, em 1969, com O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. Vale lembrar que a única vez que o Brasil ganhou a Palma de Ouro foi em 1962 com O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte.

O Agente Secreto é um thriller ambientado no Brasil de 1977. Na trama, Marcelo, interpretado por Wagner Moura, é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife, Pernambuco, em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura. Estrelado por Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes, Thomás Aquino, Alice Carvalho e grande elenco, é uma coprodução entre Brasil (CinemaScópio Produções), França (MK Productions), Holanda (Lemming) e Alemanha (One Two Films) e terá distribuição no Brasil pela Vitrine Filmes.

O elenco completa-se com Isabél Zuaa, Edilson Silva, Suzy Lopes, Buda Lira, Carlos Francisco, Wilson Rabelo, Roney Villela, Rubens Santos, Albert Tenório, Ítalo Martins, Joalisson Cunha, Aline Marta, Enzo Nunes, Erivaldo Oliveira, Fabiana Pirro, Fafá Dantas, Geane Albuquerque, Gregorio Graziosi, Igor de Araújo, Isadora Ruppert, João Vitor Silva, Kaiony Venâncio, Laura Lufési, Licínio Januário, Luciano Chirolli, Marcelo Valle, Márcio de Paula, Nivaldo Nascimento, Robério Diógenes, Robson Andrade e Tânia Maria.

As filmagens ocorreram em junho, julho e agosto de 2024 no Recife, Brasília e em São Paulo. Com produção de Emilie Lesclaux, o trabalho de montagem foi realizado durante oito meses por Eduardo Serrano e Matheus Farias. A direção de arte é de Thales Junqueira; o figurino é assinado por Rita Azevedo. A direção de fotografia é de Evgenia Alexandrova.

O Agente Secreto é o quinto filme de Kleber Mendonça Filho no Festival de Cannes. Há 20 anos, em maio de 2005, o curta-metragem Vinil Verde foi selecionado para a mostra paralela Quinzena dos Realizadores, atualmente chamada Quinzena de Cineastas. Naquela época, Kleber ainda frequentava Cannes mais como crítico de cinema do que cineasta. Kleber teve mais quatro filmes em Cannes: estreou na competição em 2016 com o longa-metragem Aquarius, voltou à competição em 2019 com Bacurau, codirigido por Juliano Dornelles, e há dois anos apresentou Retratos Fantasmas em Sessão Especial.

Além disso, o longa brasileiro também recebeu o Prêmio FIPRESCI, realizado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, de melhor filme da Competição; e também o Prix des Cinémas Art et Essai, entregue pelos exibidores independentes da França da AFCAE, Association Française des Cinémas d’Art et d’Essai. A última vez que o Prêmio FIPRESCI e a Palma de Ouro coincidiram foi em 2014 com Winter Sleep, de Nuri Bilge Ceylan.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cannes 2025:

COMPETIÇÃO

PALMA DE OURO
Un simple accident, de Jafar Panahi (Irã)

GRAND PRIX
Sentimental Value (Affeksjonsverdi), de Joachim Trier (Noruega/Alemanha/Dinamarca/França/Suécia)

PRÊMIO DO JÚRI
Sirat, de Oliver Laxe (França/Espanha)
Sound of Falling, de Mascha Schilinski (Alemanha)

MELHOR DIREÇÃO
Kleber Mendonça Filho, por O Agente Secreto

MELHOR ROTEIRO
Jeunes mères, escrito por Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne

MELHOR ATRIZ
Nadia Melliti, por La Petite Dernière

MELHOR ATOR
Wagner Moura, por O Agente Secreto

PRÊMIO ESPECIAL
Resurrection (Kuang ye shi dai), de Bi Gan (China/França)

PALMA DE OURO | CURTA-METRAGEM
I’m Glad You’re Dead Now, de Tawfeek Barhom (Palestina/França/Grécia)

MENÇÃO ESPECIAL | CURTA-METRAGEM
Ali, de Adnan Al Rajeev (Bangladesh)

OUTROS PRÊMIOS

CÂMERA DE OURO | Caméra d’Or
The President’s Cake (Mamlaket al-Qasab), de Hasan Hadi (Iraque)
Menção Especial: My Father’s Shadow, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido)

PRÊMIOS FIPRESCI | Federação Internacional de Críticos de Cinema
Competição Oficial: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
Un Certain Regard: Urchin, de Harris Dickinson (Reino Unido)
Semana da Crítica/Quinzena de Cineastas: Planètes, de Momoko Seto (França/Bélgica)

L’Œil d’or (Olho de Ouro) | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Melhor Filme: Imago, de Déni Oumar Pitsaev (França/Bélgica)
Prêmio Especial do Júri: The Six Billion Dollar Man, de Eugene Jarecki (EUA)

QUEER PALM
Melhor longa-metragem: La Petite Dernière, de Hafsia Herzi (França/Alemanha)
Melhor curta-metragem: கத்து! (Bleat!), de Ananth Subramaniam (Malásia/Filipinas/França)

PALM DOG
Panda, em Ástin sem eftir er, de Hlynur Pálmason (Islândia)

*Clique aqui e conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard e La Cinef

*Clique aqui e conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas

*Clique aqui e conheça os vencedores da Semana da Crítica

Foto: Sameer Al-Doumy/AFP.

Festival de Cannes 2025: conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard

por: Cinevitor
Cleo Diára: melhor atriz pelo filme O Riso e a Faca

Foram anunciados nesta sexta-feira, 23/05, os vencedores da mostra Un Certain Regard, também conhecida como Um Certo Olhar, que coloca em evidência filmes artísticos e artisticamente ousados dirigidos por novos cineastas, porém mais atípicos aos que disputam a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Neste ano, o chileno La misteriosa mirada del flamenco, de Diego Céspedes, foi o grande vencedor do prêmio principal. O longa se passa em 1982 quando uma doença desconhecida começa a se espalhar em uma pequena cidade mineira no deserto chileno, na qual homens gays são acusados ​​de transmiti-la pelos olhos. Lidia, de 12 anos, a única menina da comunidade, parte em busca da verdade.

Entre as atuações, a cabo-verdiana Cleo Diára levou o prêmio de melhor atriz por O Riso e a Faca, do cineasta português Pedro Pinho, uma coprodução entre Portugal e Brasil. Batizado a partir de uma música homônima do músico cantor e compositor baiano Tom Zé, o filme foi rodado na Guiné-Bissau e no deserto da Mauritânia entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2024 e é coproduzido pela brasileira Bubbles Project, com distribuição no Brasil da Vitrine Filmes.

Neste ano, o júri da Un Certain Regard foi presidido pela diretora de fotografia britânica Molly Manning Walker e contou também com: Louise Courvoisier, cineasta francesa; Vanja Kaludjercic, diretora do Festival de Roterdã; o diretor italiano Roberto Minervini; e o ator argentino Nahuel Pérez Biscayart

Além disso, na quinta-feira, 22/05, também foram revelados os vencedores da 28ª edição da mostra La Cinef, que traz títulos inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. Os premiados foram: First Summer, de Heo Gayoung (Coreia do Sul) (KAFA), em primeiro lugar; 12 Moments Before The Flag-Raising Ceremony, de Qu Zhizheng (China) (Beijing Film Academy), em segundo lugar; e Ginger Boy, de Miki Tanaka (Japão) (ENBU Seminar) e Winter in March, de Natalia Mirzoyan (Estônia) (Estonian Academy of Arts), empatados em terceiro lugar. O júri de curtas-metragens deste ano foi presidido pela cineasta alemã Maren Ade e contou também com Reinaldo Marcus Green, Camélia Jordana, José Maria Prado Garcia e Nebojša Slijepčević.

E mais: na Competição Imersiva o grande vencedor, também anunciado nesta quinta-feira, foi o holandês From Dust, de Michel van der Aa, reconhecendo uma criação que expandiu os limites da narrativa, do espaço artístico e do engajamento do público. A melhor obra imersiva foi escolhida pelo júri presidido por Luc Jacquet, que contou também com Laurie Anderson, Tania de Montaigne, Martha Fiennes e Tetsuya Mizuguchi.

A Queer Palm, outra premiação paralela, que escolhe o melhor filme LGBTQ+ do Festival de Cannes, também revelou seus vencedores nesta sexta-feira: La Petite Dernière, de Hafsia Herzi, foi eleito o melhor longa; e o curta-metragem escolhido foi கத்து! (Bleat!), de Ananth Subramaniam. O júri foi presidido pelo cineasta francês Christophe Honoré e contou também com o cineasta brasileiro Marcelo Caetano, Léonie Pernet, Faridah Gbadamosi e Timé Zoppé.

Conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard 2025:

PRÊMIO UN CERTAIN REGARD
La misteriosa mirada del flamenco, de Diego Céspedes (Chile/França/Alemanha/Bélgica/Espanha)

PRÊMIO DO JÚRI
Un Poeta, de Simón Mesa Soto (Colômbia/Alemanha/Suécia)

MELHOR DIREÇÃO
Arab Nasser e Tarzan Nasser, por Once Upon a Time in Gaza

MELHOR ATOR
Frank Dillane, por Urchin

MELHOR ATRIZ
Cleo Diára, por O Riso e a Faca

MELHOR ROTEIRO
Pillion, escrito por Harry Lighton

Foto: Manon Boyer/FDC.

Cannes 2025: conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
Valéry Carnoy e Faycal Anaflous do filme La Danse des Renards: dois prêmios

Foram anunciados nesta quinta-feira, 22/05, os vencedores da Quinzena de Cineastas, Quinzaine des Cinéastes, antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF) desde 1969 e que destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular.

Nesta 57ª edição, o Prêmio do Público, criado no ano passado e concedido em parceria com a Fondation Chantal Akerman, foi entregue para o iraquiano The President’s Cake (Mamlaket al-Qasab), de Hasan Hadi; o mais votado no Choix du Public pelos espectadores recebe 7.500 euros

Entre os prêmios paralelos, o SACD, entregue pela Société des Auteurs et Compositeurs Dramatiques, escolheu o francês La Danse des Renards, de Valéry Carnoy. A justificativa do júri, formado por Anne Villacèque, Catherine Corsini e Delphine Gleize, diz: Durante esta Quinzena de Cineastas, ficamos encantadas com algumas propostas fortes, ousadas e empolgantes. Nossa favorita foi um filme cuja história articula as lutas e questões da adolescência com incrível brilhantismo. É um corpo em ação, um coração que floresce, uma vitória sobre o medo, um filme protagonizado por um ator incrível e frágil, que tem a força de um James Dean. O filme é sustentado por uma perspectiva singular, um talento para escrever, dirigir e um senso magistral de enquadramento. Foi esse choque de emoções, de violência, de exaustão de corpos jovens, que nos perturbou e literalmente nos empurrou para as cordas, uma dança sagrada”.

O longa também levou outro prêmio paralelo, o Label Europa Cinemas de melhor filme europeu, que garante promoção e incentivos adicionais para que os exibidores prolonguem a exibição da obra. O júri, formado por Marie Boudon, Ditte Daugbjerg Christensen, Caro Raedts e Piotr Szczyszyk, justificou a escolha: “O filme de estreia de Valéry Carnoy é um drama agridoce e tocante sobre um jovem boxeador em um internato voltado para o esporte. Ele sofre um acidente grave e sofre tanto mental quanto fisicamente. Sua confiança é abalada, sua posição de liderança se desintegra e ele precisa reavaliar completamente sua abordagem da vida. É um filme de esporte, mas sem os clichês previsíveis de sempre. La Danse des Renards aborda a questão candente da amizade e da fragilidade entre jovens homens. Todo o elenco é excepcionalmente forte e realmente confere ao filme força e credibilidade”.

Nesta ano, o cinema brasileiro não marcou presença nas mostras competitivas. Porém, quatro curtas-metragens cearenses, realizados no projeto La Factory des Cinéastes Ceará Brasil, que teve o cineasta Karim Aïnouz como padrinho, foram exibidos na noite de abertura. Clique aqui e saiba mais.

Conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas 2025:

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME
The President’s Cake (Mamlaket al-Qasab), de Hasan Hadi (Iraque)

PRÊMIO SACD (Société des Auteurs et Compositeurs Dramatiques)
La Danse des Renards (Wild Foxes), de Valéry Carnoy (França/Bélgica)

LABEL CINEMA EUROPA | MELHOR FILME EUROPEU
La Danse des Renards (Wild Foxes), de Valéry Carnoy (França/Bélgica)

CARROSSE D’OR
Todd Haynes

Foto: Susy Lagrange.

Cannes 2025: conheça os vencedores da 64ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
Théodore Pellerin: premiado pelo longa Nino, de Pauline Loquès

Foram anunciados nesta quarta-feira, 21/05, os vencedores da Semana da Crítica, mostra paralela ao Festival de Cannes, que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar cineastas inovadores do mundo todo.

Neste ano, em sua 64ª edição, a Semaine de la Critique teve o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri, que no ano passado assumiria esse mesmo cargo, mas precisou se afastar por motivos pessoais. O jornalista marroquino Jihane Bougrine, o diretor de fotografia Josée Deshaies, a produtora indonésia Yulia Evina Bhara e o ator britânico Daniel Kaluuya completavam o time de jurados.

O cinema brasileiro marcou presença nesta edição com o curta-metragem Samba Infinito, de Leonardo Martinelli, que foi exibido em competição, mas, infelizmente, não foi premiado. O filme conta com Alexandre Amador, Miguel Leonardo, Gilberto Gil e Camila Pitanga no elenco. 

Conheça os vencedores da Semana da Crítica 2025:

GRANDE PRÊMIO
Pee Chai Dai Ka, de Ratchapoom Boonbunchachoke (Tailândia/França/Singapura/Alemanha)

PRÊMIO DO JÚRI
Imago, de Déni Oumar Pitsaev (França/Bélgica)

PRÊMIO LOUIS ROEDERER FOUNDATION | REVELAÇÃO
Théodore Pellerin, por Nino

MELHOR CURTA-METRAGEM | PRÊMIO DISCOVERY LEITZ CINE
L’mina, de Randa Maroufi (Marrocos/França/Itália/Qatar)

PRÊMIO GAN FOUNDATION DE DISTRIBUIÇÃO
Left-Handed Girl, de Shih-Ching Tsou (Taiwan/França/EUA/Reino Unido) (Le Pacte)

PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composer)
Guillermo Galoe e Victor Alonso-Berbel, roteiristas de Ciudad sin sueño 

PRÊMIO CANAL+ | CURTA-METRAGEM
Erogenesis, de Xandra Popescu (Alemanha)

Foto: Capucine Henry.

14ª Mostra Ecofalante de Cinema exibirá 125 títulos em sua programação

por: Cinevitor
Cena do documentário Topo, de Eugenio Puppo: filme selecionado

Reconhecido como o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, a Mostra Ecofalante de Cinema realizará sua 14ª edição entre os dias 29 de maio e 11 de junho com 125 filmes, de 33 países, na programação. 

As projeções, debates e encontros do evento terão entrada franca e integram o circuito do festival um total de 49 pontos de exibição em São Paulo: Reserva Cultural, Circuito Spcine Lima Barreto no Centro Cultural São Paulo e Cine Satyros Bijou, além de espaços culturais e educacionais. 

A programação, que traz 62,4% de títulos dirigidos por mulheres, inclui filmes e debates que discutem temas socioambientais atuais e urgentes, como emergência climática, contaminação, migração, ativismo e questões ligadas aos povos originários. Estão presentes obras que marcaram presença em festivais internacionais como Cannes, Berlim, Veneza, Sundance, Tribeca, Locarno e IDFA, entre outros eventos prestigiosos. 

O Efeito Casa Branca, produção norte-americana, inédita em São Paulo, dirigida pela dupla Bonni Cohen e Jon Shenk e pelo brasileiro Pedro Kos, será o filme de abertura da Mostra Ecofalante de Cinema 2025. O documentário, que foi destaque no IDFA, CPH:DOX e DOC NYC, mostra como, há três décadas, o mundo estava pronto para deter o aquecimento global, mas uma batalha política no governo do presidente George H. W. Bush (1988-1992) mudou o curso da história. 

Integralmente dedicada à produção brasileira, a Competição Territórios e Memória reúne este ano um total de 36 longas e curtas-metragens, representando o Distrito Federal e 14 estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.

Nessas obras estão em discussão temas como racismo, mudanças climáticas, moradia, questões de gênero, direitos das populações tradicionais e conflitos pela terra, entre outros temas. Os vencedores concorrem aos prêmios de melhor longa-metragem, no valor de R$ 20 mil, e de melhor curta no valor de R$ 7 mil. Compõem o Júri Oficial da competição: a jornalista Ana Paula Sousa e as cineastas Ana Maria Magalhães e Rita Carelli. É oferecido ainda o Prêmio do Público, eleito pela audiência presente nas sessões.

Em sintonia com uma edição em que se destaca a forte presença de filmes dirigidos por mulheres, o Panorama Histórico da 14ª Mostra Ecofalante de Cinema chama atenção para uma produção marcada pelo engajamento político e feminista dessas cineastas em uma inédita retrospectiva intitulada 1975/85, Do Ano Internacional da Mulher à Década do(s) Cinema(s) Feminista(s). A programação marca os 50 anos do Ano Internacional da Mulher, declarado pela ONU em 1975, e reúne obras assinadas por consagradas diretoras.

Os 80 anos do cineasta brasileiro Hermano Penna também são celebrados pelo evento, com uma programação que inclui o clássico Sargento Getúlio (1980), filme protagonizado por Lima Duarte, além de outras obras importantes, como Fronteira das Almas (1987) e Voo Cego Rumo Sul (2004).

Com 32 filmes em sua seleção, o Panorama Internacional Contemporâneo está organizado em seis programas temáticos e dois programas especiais. Cada um deles é foco de um debate específico durante o festival, totalizando oito encontros com especialistas em torno dos temas Ativismo, Contaminação, Economia e Emergência Climática, Migração, Povos & Lugares, Povos Originários, Cidades e Tecnologia.

A seleção traz também o Concurso Curta Ecofalante com 20 curtas-metragens realizados por estudantes de cursos audiovisuais brasileiros. Já os Programas Especiais Brasileiros promovem pré-estreias de três longas-metragens inéditos, apresentam curtas dirigidos por cineastas da Katahirine: Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas e o longa Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky; as sessões são seguidas de bate-papo com as equipes dos filmes.

A 14ª Mostra Ecofalante de Cinema tem na programação internacional de suas sessões especiais filmes do diretor Cyril Dion, que marcará presença no evento. Discussões sobre tecnologia e sobre cidades também merecem programação de filmes e têm debates agendados. 

Conheça os filmes selecionados para a Mostra Ecofalante de Cinema 2025:

LONGA-METRAGEM | COMPETIÇÃO | TERRITÓRIOS E MEMÓRIA

A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
Carta a Un Viejo Master, de Paz Encina
Intervenção, de Gustavo Ribeiro
Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo
Mundurukuyü: A Floresta das Mulheres Peixe, de Aldira Akay, Beka Munduruku e Rilcélia Akay
Não Haverá Mais História Sem Nós, de Priscilla Brasil
O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada, Fácil, Fácil Não é a Vida, de Guilherme Martins
Pau D’Arco, de Ana Aranha
Quem é Essa Mulher?, de Mariana Jaspe
São Palco: Cidade Afropolitana, de Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji
Tesouro Natterer, de Renato Barbieri
Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche
Topo, de Eugenio Puppo
Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna

CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO | TERRITÓRIOS E MEMÓRIA

A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida
Artes(an)ato, de Isadora Maria Torres e Diego Gondim de Matos
Até Onde o Mundo Alcança, de Daniel Frota de Abreu
Canto das Areias, de Maíra Tristão
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur
Domingo no Golpe, de Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta
Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães
João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro
Mar de Dentro, de Lia Letícia
Mistérios do Nixipae, de NatoRê e Mawa Pey
Os Mortos Resistirão para Sempre, de Carlos Adriano
Quando Aqui, de André Novais Oliveira
Quebrante, de Janaina Wagner
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga
Rami Rami Kirani, de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui
Sakaki, de Alexandre Nakahara e Tiago Minamisawa
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento
Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal
Veredas, de Igor Rossato
Vermelho de Bolinhas, de Joedson Kelvin e Renata Fortes
Wamã Mēkarõ Opojdjwyj, de Bemok Txucarramãe

CONCURSO CURTA ECOFALANTE

Agora Eu Sou Negro, de Pedro Andrade
Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde
Banho de Inclusão, de Yasmin Hasani
Cartas à Tia Marcelina, de João Igor Macena
Dandara, de Raquel Rosa
Endereços Invisíveis, de Artur Hugo da Rosa
Entre Utopias e Realidades, de Jeovane Ferreira Lima
Entrevivências, de André Panzarin e Tomás Ramos
Maral, de Julia K. Rojas
Na Ponta do Laço, de Carolina Huertas
Nativo Digital, de Gabriel Jacob
Número Errado, de Leonardo Marcini
O Voo de Dener, de Rafaela Souza
Pagode do Didi, Nosso Ponto de Encontro, de Maysa Carolino
Pão de Cada Dia, de Vanderlando de Sousa
Quem Ficou Fui Eu, de Luiza Pace e Maria Garé
Raízes do Horto, de Giovanna Capra e Tito Ribeiro
Resistência na Tempestade, de Renan Nascimento
Rita, de Nat Mendes
Ritxoko, de Nandyala Waritirre

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ATIVISMO

Democracia Noir (Democracy Noir), de Connie Field (Dinamarca/EUA/Alemanha/Hungria)
Neve Negra (Black Snow), de Alina Simone (EUA/Dinamarca)
Rigoroso Escrutínio (Heightened Scrutiny), de Sam Feder (EUA)
Terra Negra, Mãos Negras (Farming While Black), de Mark Decena (EUA)
Uma Nova Selva (A New Kind of Wilderness), de Silje Evensmo Jacobsen (Noruega)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | CONTAMINAÇÃO

Apple Cider Vinegar, de Sofie Benoot (Bélgica/Holanda)
Feitos de Plástico (Plastic People), de Ben Addelman e Ziya Tong (Canadá)
Middletown, de Amanda McBaine e Jesse Moss (EUA)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ECONOMIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Fiscal da Felicidade (Agent of Happiness), de Arun Bhattarai e Dorottya Zurbó (Butão/Hungria)
Limites da Europa (Limits of Europe), de Apolena Rychlíková (Tchéquia/França/Eslováquia)
Made in Ethiopia, de Xinyan Yu e Max Duncan (EUA/Etiópia/Dinamarca/Reino Unido/Canadá/Coreia do Sul)
Morte e Impostos (Death & Taxes), de Justin Schein (EUA)
O Efeito Casa Branca (The White House Effect), de Bonni Cohen, Pedro Kos e Jon Shenk (EUA)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | MIGRAÇÃO

Favoriten, de Ruth Beckermann (Áustria)
Kora, de Cláudia Varejão (Portugal)
Lugares Familiares (Familiar Places), de Mala Reinhardt (Alemanha)
Na Fronteira de Agadez (On the Border), de Gerald Igor Hauzenberger e Gabriela Schild (Áustria/Alemanha/Suíça)
SOS: Save Our Souls, de Jean-Baptiste Bonnet (França)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | POVOS E LUGARES

Alma do Deserto (Alma del desierto), de Mónica Taboada Tapia (Colômbia/Brasil)
Desterrar (Unearth), de John Hunter Nolan, Auberin e Dunedin Strickland (EUA)
Lua Sem Lar (Moon Without a House), de Atanur Nabiyeva (Azerbaijão)
Nossa Terra, Nossa Liberdade (Our Land, Our Freedom), de Meena Nanji e Zippy Kimundu (Quênia/EUA/Portugal/Alemanha)
O Pastor e o Urso (The Shepherd and the Bear), de Max Keegan (França/EUA/Reino Unido)
Réquiem para uma Tribo (Requiem for a Tribe), de Marjan Khosravi (Irã/Espanha/Catar)

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | POVOS ORIGINÁRIOS

Desterrar (Unearth), de John Hunter Nolan, Auberin e Dunedin Strickland (EUA)
Karuara, o Povo do Rio (Karuara, La gente del río), de Miguel Araoz Cartagena e Stephanie Boyd (Peru)
Libertem Leonard Peltier (Free Leonard Peltier), de Jesse Short Bull e David France (EUA)
Memória Implacável (Memoria Implacable), de Paula Rodríguez Sickert (Chile/Argentina)
Patrulha (Patrol), de Camilo de Castro e Brad Allgood (Nicarágua/EUA)
Yintah, de Jennifer Wickham, Brenda Michell e Michael Toledano (Canadá)

SESSÃO ESPECIAL INTERNACIONAL | CIDADES
Slumlord Millionaire, de Steph Ching e Ellen Martinez (EUA)

SESSÃO ESPECIAL INTERNACIONAL | TECNOLOGIA
O Jogo da Mente (The Thinking Game), de Greg Kohs (EUA)
Você Eterno (Eternal You), de Hans Block e Moritz Riesewieck (Alemanha/EUA)

SESSÃO ESPECIAL INTERNACIONAL | CYRIL DION
Amanhã (Demain), de Cyril Dion e Mélanie Laurent (2015) (França)
Animal, de Cyril Dion (2021) (França)

HOMENAGEM | HERMANO PENNA

A Mulher no Cangaço (1976)
CPI do Índio (1980)
Folias do Divino (1974)
Fronteira das Almas (1986)
Sargento Getúlio (1983)
Smetak (2002)
Voo Cego Rumo Sul (2004)

PANORAMA HISTÓRICO
1975/85, Do Ano Internacional da Mulher à Década do(s) Cinema(s) Feminista(s)

A Conferência Sobre a Mulher: Nairóbi 85 (La conférence des femmes: Nairobi 85), de Françoise Dasques (1985) (França/Quênia)
A Dupla Jornada (The Double Day), de Helena Solberg (1975) (EUA/Brasil)
A Personalidade Reduzida em Todos os Ângulos (The All-Round Reduced Personality), de Helke Sanders (1977) (Alemanha Ocidental)
Adoção (Adoption), de Marta Meszaros (1975) (Hungria)
Algumas Entrevistas Sobre Problemas Íntimos (Some Interviews on Personal Matters), de Lana Gogoberidze (1978) (URSS)
Born in Flames, de Lizzie Borden (1983) (EUA)
Joyce aos 34 (Joyce at 34), de Joyce Chopra e Claudia Weill (1972) (EUA)
Mulheres de Cinema, de Ana Maria Magalhães (1977) (Brasil)
O Longo Caminho até a Cadeira de Diretor (The Long Road to Director’s Chair), de Vibeke Løkkeberg (2025) (Noruega)
Vida de Mãe é Assim Mesmo?, de Eunice Gutman (1983) (Brasil)

SESSÕES ESPECIAIS NACIONAIS

Amazônia Azul, de Sérgio Gag
Antes do Último Voo, de Natália Keiko
Comida para Quem Precisa, de Leonardo Brant
O Monstro de Ferro Contra o Sul da Bahia, de André D’Elia
Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky, de Liliane Maia e Jorge Bodanzky

SESSÕES ESPCIAIS NACIONAIS | KATAHIRINE

Faísca, de Bárbara Leite Matias
Minha Câmera é Minha Flecha, de Natália Tupi e Guilherme Fascina
Nosso Modo de Lutar, de Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó
Sawana, Rainha das Formigas, de Suyani Terena

PROGRAMAÇÃO VR
Human XR, de Débora Bergamini (Brasil)

PRÉ-ESTREIA INFANTIL
Thiago & Ísis e Os Biomas do Brasil, de João Amorim

FIFE | INFANTIL

A Cerejeira (The Cherry Tree), de Eva Dvorakova (2017) (Tchéquia)
A Mula Teimosa e o Controle Remoto, de Hélio Villela Nunes (2016) (Brasil)
Joy e a Garça (A Joy Story: Joy and Heron), de Constantin Paeplow e Kyra Buschor (2018) (China)
Kiki, A Peninha (Kiki la plume), de Julie Rembauville e Nicolas Bianco-Levrin (2020) (França)
Moroshka, de Polina Minchenok (2016) (Rússia)
Um Sonho do Havaí (A Dream of Hawaii), de Thomas Smoor Isaksen (2022) (Noruega)
Você me dá Medo (You Look Scary), de Xiya Lan (2016) (EUA)

Foto: Divulgação/Heco Produções.

Prêmio ABC 2025: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Fernanda Torres e Humberto Carrão em Ainda Estou Aqui: filme premiado

Foram anunciados neste sábado, 17/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Leandra Leal, os vencedores do Prêmio ABC 2025, realizado pela Associação Brasileira de Cinematografia.

Nesta 25ª edição, o consagrado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi premiado na categoria de melhor direção de fotografia em longa-metragem de ficção para Adrian Teijido; Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, e A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, também se destacaram, assim como a série Senna, da Netflix.

Os vencedores foram anunciados pelas atrizes Thais Abujamra, Pri Helena e Aguida Aguiar, pelos atores Johnnas Oliva e Jorge Paz, pelas diretoras de fotografia Fernanda Tanaka e Erika Addis, pelo diretor de fotografia Paulo Perez, pelos diretores Daniel Rezende e Marcelo Gomes, pela presidenta da APTA, Alice Muniz, pela representante da Rede Katahirine, Natália Tupi, e pela montadora Diana Vasconellos, além de representantes de diversas empresas parceiras.

Durante a cerimônia, que foi transmitida pelo YouTube, também foram anunciados os sócios e as sócias que receberam o direito de assinar com a sigla ABC: as diretoras de fotografia Dhyana Mai, Lícia Arosteguy, Luciana Baseggio e Thaynara Rezende; os diretores de fotografia Abraão Oliveira, André Carvalheira, Bruno Polidoro, Cesar Ishikawa, Dennis Zanatta, Eduardo Piagge, Fabio Burtin, Fábio Porcelli e Luís Villaça; o mixador Ariel Henrique; as diretoras de arte Guta Carvalho e Maíra Carvalho; o técnico de som Marcel Costa; e o colorista Pedro Saboya.

Outro destaque da cerimônia foi a entrega do Prêmio ABC para o diretor de arte Marcos Flaksman, de O Veneno da Madrugada, O Xangô de Baker Street, Se Eu Fosse Você, Zuzu Angel, Tempos de Paz, Budapeste, Nise: O Coração da Loucura, O Paciente: O Caso Tancredo Neves, Benjamim, Villa-Lobos: Uma Vida de Paixão, Trinta, entre outros, que foi o homenageado da noite por sua trajetória. A homenagem foi apresentada pela diretora de arte Vera Hamburger.

A Associação Brasileira de Cinematografia, hoje presidida por Fernanda Tanaka, foi fundada em 2 de janeiro de 2000 e reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.

Conheça os vencedores do Prêmio ABC 2025:

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Ainda Estou Aqui, por Adrian Teijido

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Oeste Outra Vez, por Carol Tanajura 

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Oeste Outra Vez, por Leopoldo Nakata e Erico Rassi

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Retrato de um Certo Oriente, por Pedrinho Moreira, Moabe Filho, Bernardo Adeodato e Fernando Aranha

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Queda do Céu, por Eryk Rocha e Bernard Machado

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Queda do Céu, por Renato Valone

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Queda do Céu, por Marcos Lopes, Toco Cerqueira e Guile Martins

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Amarela, por Hélcio Alemão Nagamine

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV
Senna (episódio 3, temporada 1), por Azul Serra e Kauê Zilli 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV
Senna (episódio 2, temporada 1), por Frederico Pinto

MELHOR SOM | SÉRIE DE TV
Cidade de Deus: A Luta Não Para (episódio 1, temporada 1), por George Saldanha, Anderson Ferreira, Alessandro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE
Bêbada Favorita, de Luísa Sonza e Maiara & Maraisa; por Roberto Riva

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO
Tormenta: O Boticário, por Gabriel Bianchini

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL
O Tempo Corre para Trás, por Júlia Yoko Matsuda (FAAP)

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

19º For Rainbow: inscrições abertas para o Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
As inscrições para a 19ª edição estão abertas até 13 de junho

A 19ª edição do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, que acontecerá entre os dias 22 e 29 de agosto, em Fortaleza, no Ceará, está com inscrições abertas até o dia 13 de junho.

Evento com reconhecimento internacional e um dos mais importantes palcos do país para debates com temática LGBTI+, o festival reúne anualmente filmes de diversas partes do mundo e atividades culturais com foco na diversidade.

Para estar apto à inscrição, o título inscrito pode ter qualquer duração, desde que aborde temas LGBTI+, de identidade e/ou gênero. O ano de produção não pode ser inferior a 2023. As inscrições devem ser feitas na plataforma FilmFreeway: clique aqui. Os filmes podem ser brasileiros ou estrangeiros, mas, para estes últimos, é obrigatório que a obra seja legendada em português.

Os vencedores nas categorias de melhores filmes nacionais serão premiados em dinheiro: R$ 5 mil para o melhor curta-metragem e R$ 10 mil para o melhor longa-metragem. Ambos recebem ainda o Troféu Elke Maravilha, assim como os vencedores nas categorias de direção, roteiro, interpretações masculina e feminina, fotografia, montagem, direção de arte, trilha e som.

Toda a programação, que inclui apresentações de teatro, dança e música, literatura, exposições de artes visuais, feiras, oficinas e debates e ações de acessibilidade, é gratuita. A 19ª edição do For Rainbow ocupará três espaços de Fortaleza: o histórico Teatro São José, que comemora 110 anos de idade em 2025; o Centro Cultural Dragão do Mar, área de mais de 14,5 mil metros quadrados dedicada à arte e à cultura; e o Cineteatro São Luiz, que desde 1958 vem sendo testemunha de gerações de cearenses apaixonados por cinema.

Foto: Divulgação.

Prêmio Grande Otelo 2025: curtas selecionados para o primeiro turno estão disponíveis no Porta Curtas

por: Cinevitor
Helena Ignez no curta Helena de Guaratiba, de Karen Black

A Academia Brasileira de Cinema divulgou recentemente os títulos inscritos para o primeiro turno do Prêmio Grande Otelo 2025, antes chamado de Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que acontecerá no dia 30 de julho, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Os títulos serão avaliados pelos membros da Academia, que depois escolherão os finalistas da 24ª edição em 29 categorias. No ano passado, Pedágio, dirigido por Carolina Markowicz, se destacou com três prêmios, entre eles, melhor longa-metragem de ficção. Os curtas premiados em 2024 foram: Mulher Vestida de Sol, de Patrícia Moreira; Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami; e A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin

Neste ano, a Academia repete a parceria com o site Porta Curtas e os indicados ao Troféu Grande Otelo nas categorias de curta-metragem neste primeiro turno estão disponíveis gratuitamente para o público (clique aqui) até o dia 23 de junho. A seleção apresenta alguns dos filmes mais instigantes da última temporada, compondo um panorama diversificado da rica produção de curtas do ano que passou; são 60 filmes brasileiros entre ficção, documentário e animação.

O resultado da votação interna da comunidade do Porta Curtas, que não interfere no resultado final do Prêmio Grande Otelo, será divulgado no próprio site. Paralelamente, os membros da Academia Brasileira de Cinema escolhem os finalistas em cada categoria entre todos os selecionados deste primeiro turno e, depois, elegem os vencedores.

Vale destacar que o filme Sem Título # 9: Nem Todas as Flores da Falta, de Carlos Adriano, também foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema, mas não está disponível para exibição por questões contratuais.

Conheça os curtas selecionados para o primeiro turno de 2025 e disponíveis no Porta Curtas:

FICÇÃO

2 Brasis, de Helder Fruteira e Carol Aó (SP)
Bença, de Manu Cappo (PR)
Boi de Conchas, de Daniel Barosa (SP)
Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ)
Cassino, de Gianluca Cozza (RS)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Dia de Preto, de Beto Oliveira (SP)
E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ)
Maputo, de Lucas Abrahão (SP)
Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (BA)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
O que Fica de Quem Vai, de André Zamith e Vinícius Cerqueira (SP)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Pequenas Insurreições, de William de Oliveira (PR)
Quando Aqui, de André Novais Oliveira (MG)
Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (RS)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (RJ)
Sereia, de Estevan de la Fuente (PR)
Soneca e Jupa, de Rodrigo R. Meireles (MG)
Toró, de Clara Ferrer e Marcella C. De Finis (RJ)
Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)

DOCUMENTÁRIO

A Noite de Garrafadas, de Eder Gomes Barbosa (RJ)
Aguyjevete Avaxi’i, de Kerexu Martim (SP)
As Placas São Invisíveis, de Gabrielle Ferreira (SP)
Até Onde o Mundo Alcança, de Daniel Frota de Abreu (RJ)
Cavaram uma Cova no meu Coração, de Ulisses Arthur (AL)
Céu, de Valtyennya Pires (PB)
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE)
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro (RJ)
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Mandinga de Gorila, de Juliana Gonçalves e Luzé (RJ)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
Mborairapé, de Roney Freitas (SP)
O que Nos Espera, de Chico Bahia e Bruno Xaxier (SP)
Quebrante, de Janaina Wagner (PA)
Rosa, de Pedro Murad (RJ)
Ruth, de Sonia Guggisberg (SP)
Serão, de Caio Bernardo (PB)
Sertão, América, de Marcela Ilha Bordin (ES)
Stella do Patrocínio e a Gênese da Poesia, de Milena Manfredini (RJ)
Utopia Muda, de Julio Matos (SP)
Vento Dourado, de André Hayato Saito (SP)
Você, de Elisa Bessa (RJ)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)

ANIMAÇÃO

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
Contos Mirabolantes: O Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha e Petronio Medeiros (PA)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Eu e o Boi, o Boi e Eu, de Jane Carmen Oliveira (MG)
Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti (RJ)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda (PE)
Kabuki, de Tiago Minamisawa (SC/SP)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Lulina e a Lua, de Marcus Vinicius Vasconcelos e Alois Di Leo (SP)
Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP)
O Cacto, de Ricardo Kump (SP)
Pororoca, de Francisco Franco e Fernanda Roque (MG)
Posso Contar nos Dedos, de Victória Kaminski (RS)
Receita de Vó, de Carlon Hardt (PR)

Foto: Divulgação.

Inscrições abertas para o 20º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Os vencedores da edição do ano passado

As inscrições para a 20ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 4 e 10 de dezembro, já estão abertas. O mais antigo festival paraibano será realizado mais uma vez na rede Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente através da página oficial do festival (clique aqui) até às 23h59 do dia 12 de agosto de 2025. Para este ano, o Fest Aruanda contará novamente com o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de R$ 15 mil reais, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria de curta-metragem.

Para a inscrição geral, os realizadores podem se inscrever nas categorias: longa-metragem nacional, curta-metragem nacional e mostra Sob o Céu Nordestino (curtas paraibanos e longas-metragens da região). O regulamento ainda contempla mais duas opções de inscrição: TV Universitária (nacional) nas categorias documentário, programa de TV, interprograma e reportagem; e videoclipe e TCC (em formato audiovisual) contemplam exclusivamente produções paraibanas.

O Comitê de Seleção de curtas-metragens nacionais é formado pelos jornalistas e críticos de cinema, Amilton Pinheiro (SP), Rodrigo Fonseca (RJ) e a roteirista e crítica Vivi Pistache (BH). Segundo o diretor e fundador do festival, Lúcio Vilar, a edição de 2025 será repleta de novidades: “Já estamos trabalhando para montar um cardápio audiovisual que faça jus aos 20 anos de história do evento sob o signo do filme que lhe nomeia”, disse Vilar, mantendo suspense sobre o que está sendo programado e será anunciado nos próximos meses.

O Fest Aruanda – Ano 20 conta com patrocínio do Grupo Energisa através do Edital ICMS Cultural (Secult-PB), copatrocínio da Cagepa, PBGás e Armazém Paraíba via Lei de Incentivo Fiscal do Governo Federal (Ministério da Cultura/SAv). A chancela é da Reitoria e do CCHLA-UFPB através da Bolandeira Arte & Films, produtora do evento.

Foto: Mano de Carvalho.

Cine PE 2025: Leandra Leal será homenageada com a Calunga de Ouro

por: Cinevitor
Leandra Leal: carreira consagrada no audiovisual brasileiro

O Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de junho, vai prestar uma homenagem à atriz, diretora e produtora Leandra Leal, uma das artistas mais versáteis do audiovisual brasileiro

A cerimônia será no dia 14 de junho, no Cine Teatro do Parque, no Recife, com a entrega da Calunga de Ouro pelo conjunto da obra da artista. A noite também contará com a exibição do longa-metragem Os Enforcados, protagonizado por Leandra ao lado do pernambucano Irandhir Santos, com direção de Fernando Coimbra. As sessões da 29ª edição do Cine PE são gratuitas e abertas ao público.

Leandra Leal começou sua trajetória artística aos sete anos de idade no teatro e, logo depois, estreou na televisão ao lado da mãe, Ângela Leal, no último capítulo da primeira versão de Pantanal. Aos 13 anos, já era premiada nacional e internacionalmente por sua atuação em A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr., seu primeiro longa-metragem e contracenando com nomes como Lima Duarte e Fernando Torres. O filme foi exibido na segunda edição do Cine PE. Desde então, construiu uma carreira sólida, marcada por personagens icônicos e escolhas ousadas.

Entre os destaques de sua trajetória na TV, estão produções como A História de Ana Raio e Zé Trovão, Explode Coração, A Indomada, A Muralha, O Cravo e a Rosa, Senhora do Destino, As Brasileiras, Cheias de Charme, Saramandaia, Império e Justiça, série em que viveu Kellen, papel que voltou a interpretar em Justiça 2, de 2023. Também participou de séries como Aruanas e Betinho: No Fio da Navalha.

A atriz acumula mais de 25 atuações no cinema e recebeu prêmios e indicações também em prestigiados festivais nacionais, como o Prêmio Grande Otelo, Festival do Rio, Cine PE e Festival de Gramado. Leandra brilhou em obras como O Homem que Copiava, Nome Próprio, Cazuza: O Tempo Não Pára, Zuzu Angel, Bingo: O Rei das Manhãs, Mato Sem Cachorro, Chatô: O Rei do Brasil, O Lobo Atrás da Porta, entre muitos outros. Trabalhou com diretores como Jorge Furtado, Murilo Salles, Júlio Bressane, Sérgio Rezende e José Eduardo Belmonte.

Além de atuar, Leandra é diretora e produtora. Começou a dirigir com o clipe Sushi, de Tulipa Ruiz, em 2011. Dividiu a direção do curta-metragem Aquele Abraço com Carol Benjamim e Rita Toledo. Esteve à frente da direção do aclamado Divinas Divas, que ganhou o prêmio de melhor documentário pelo Júri Popular do SXSW, em Austin, nos Estados Unidos. Também foi consagrado no Festival do Rio e no Prêmio Grande Otelo com os troféus de melhor documentário e montagem para Natara Ney

Além disso, é diretora artística e criadora, além de atriz, da série A Vida Pela Frente, que estreou no Globoplay em junho de 2023. A série, assim como outros trabalhos, foi produzida pela DAZA Filmes, produtora independente que Leandra é sócia ao lado de Carol Benjamin, Maria Barreto e Rita Toledo. Leandra também está à frente, ao lado da mãe, Ângela Leal, do tradicional Teatro Rival Petrobras, no Rio de Janeiro, onde promove shows e espetáculos de artistas independentes.

Sandra Bertini, diretora do Cine PE, destaca que homenagear Leandra é reconhecer uma trajetória que mistura talento, ousadia e compromisso com a arte e a sociedade: “Leandra Leal é uma artista que atravessa gerações com autenticidade. Sua atuação vai além das telas e palcos: ela produz, dirige, escreve, e sempre com um olhar crítico e afetuoso sobre o Brasil”

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Sedução: começam as filmagens do longa dirigido por Zelito Viana e Marcos Palmeira

por: Cinevitor
Zelito Viana e Marcos Palmeira: pai e filho na direção do longa Sedução

Dirigido por Zelito Viana e Marcos Palmeira, o longa-metragem Sedução começou a ser rodado recentemente em Alter do Chão, no Pará. O filme, que marca a estreia de Palmeira na direção de cinema, é também protagonizado por ele. 

A história gira em torno de Paulo, um ator renomado, acostumado a ser bajulado, que vive alienado em seu próprio mundo. Quando recebe a notícia da morte do pai, na região Norte, ele se vê obrigado a deixar sua vida para trás. A contragosto, embarca em uma jornada para resolver os assuntos pendentes do pai, mas, ao longo do caminho, entra em contato com a realidade do Brasil profundo e passa por uma transformação radical.

Além de Marcos Palmeira, o elenco conta também com Camila Morgado, que interpreta Sara Teixeira, e Dira Paes, no papel de Maria Rita Martins. Completam o time: Begê Muniz, Carlos Betão, Paulo Queiroz, Fidelis Baniwa, Neire Lopes, Pedro Manoel Nabuco e Beatriz Cohen.

“É uma produção de baixo orçamento, um filme de guerrilha. O longa é um resgate familiar, uma mistura da minha vida com a do meu pai, que descobriu que o pai dele teve uma segunda família em outro estado. O personagem começa num lugar para acabar, como eu, transformado através do contato com o Brasil profundo. A gente espera contar essa história do jeito mais lindo possível, como o Brasil merece”, disse Marcos Palmeira, que divide a direção com o pai.

Zelito Viana, um dos grandes nomes do cinema brasileiro, produziu filmes como Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha, e Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho, e dirigiu recentemente o documentário Viva Marília, sobre a atriz Marília Pêra, que abriu a 30ª edição do É Tudo Verdade. Como diretor, também realizou Morte e Vida Severina, Terra dos Índios, Villa-Lobos: Uma Vida de Paixão, Avaeté: Semente da Vingança, Os Condenados, entre outros. Em 2015, foi homenageado no Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Eduardo Abelin.

A sinopse oficial de Sedução diz: Paulo Martins, ator de novelas no auge da carreira, parece ter conquistado tudo aquilo que queria: fama e dinheiro. Durante uma gravação, recebe a notícia da morte do pai, a quem não via há 30 anos, o que o leva para uma jornada existencial na floresta Amazônica, às margens do rio Tapajós, em busca das memórias paternas e de pedaços de si mesmo deixados pelo caminho. Paulo entra em contato com personagens que passam a fazer parte da sua vida: irmãos desconhecidos, o amigo charlatão, ex-mulheres e prostitutas que cruzaram o caminho do Coronel, seu pai. Em meio a esse reencontro com suas origens, Paulo também viverá uma paixão arrebatadora com Maria Rita, última amante do Coronel, uma paixão tão profunda e efêmera quanto as águas do rio.

A produção executiva é de Katiuscha Melo e a fotografia é assinada por Reynaldo Zangrandi. Fabiana Egrejas é a responsável pela direção de arte e o figurino é de Carol Lobato.

Foto: Reynaldo Zangrandi.