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Morre, aos 91 anos, o compositor italiano Ennio Morricone

por: Cinevitor

enniomorriconemorreMaestro do cinema: responsável por trilhas sonoras inesquecíveis.

Morreu nesta segunda-feira, 06/07, aos 91 anos, o compositor italiano Ennio Morricone. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o maestro estava internado há alguns dias por ter sofrido uma queda e quebrado o fêmur, que gerou complicações.

Considerado um dos maiores compositores do cinema, ao longo de sua carreira Morricone foi responsável por mais de 500 trilhas sonoras de filmes e programas televisivos. Nascido em Roma, em 1928, seu trabalho se confunde com a história do cinema mundial, com arranjos que ganharam fama nos aclamados filmes de faroeste italiano, também conhecidos como spaghetti western, passando por longas policiais, dramas românticos, filmes de terror, de máfia e de época.

Sua carreira começou na década de 1960 quando assinou a trilha sonora da comédia O Fascista, de Luciano Salce. Mas, ganhou notoriedade com os longas de bang bang à italiana de Sergio Leone, amigo de infância e parceiro profissional de muitos anos. Com ele, Morricone criou trilhas que se tornaram clássicas, como: Era uma Vez na América, Por um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais, Quando Explode a Vingança, Três Homens em Conflito e Era uma Vez no Oeste.

Além disso, o maestro italiano também trabalhou com grandes nomes do cinema, como: Terrence Malick, Quentin Tarantino, Marco Bellocchio, Lina Wertmüller, Brian De Palma, Pier Paolo Pasolini, Dario Argento, John Carpenter, Giuseppe Tornatore, Franco Zeffirelli, Pedro Almodóvar e Bernardo Bertolucci.

morriconeoscar2Morricone recebe o Oscar, em 2016, das mãos de Quincy Jones.

Em 2007, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas concedeu ao italiano o Oscar honorário pelo conjunto de sua obra. Anos depois, em 2016, levou a estatueta dourada de melhor trilha sonora por Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino. Em um dos momentos mais emocionantes da premiação, Ennio discursou sob aplausos: “Não podemos ter uma trilha fabulosa sem um filme fabuloso”. Ao longo da carreira, foi indicado outras cinco vezes por: Cinzas no Paraíso, de Terrence Malick; A Missão, de Roland Joffé; Os Intocáveis, de Brian De Palma; Bugsy, de Barry Levinson; e Malena, de Giuseppe Tornatore.

No BAFTA, considerado o Oscar britânico, foi indicado e premiado seis vezes, entre eles, pelo aclamado Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore. No Globo de Ouro foram três estatuetas, entre elas, A Lenda do Pianista do Mar, também de Tornatore.

No David di Donatello, o mais importante prêmio cinematográfico da Itália, foram diversas indicações e nove prêmios, além de uma homenagem. Além de Cinema Paradiso e A Lenda do Pianista do Mar, foi premiado por: Gli occhiali d’oro, de Giuliano Montaldo; Jonah que Viveu na Baleia, de Roberto Faenza; Canone Inverso, de Ricky Tognazzi; A Desconhecida, Baarìa: A Porta do Vento e O Melhor Lance, todos de Giuseppe Tornatore.

Também foi premiado no Grammy, homenageado com uma estrela na Calçada da Fama, nos festivais de Veneza, Taormina e Locarno, pela National Board of Review e pelos críticos de Nova York, Los Angeles, Londres e Las Vegas.

Sua carreira no cinema conta também com: A Dama das Camélias, Bianco, rosso e Verdone, O Homem das Estrelas, Lembranças de um Amor Eterno, Marcas da Guerra, Django Livre, Corações Covardes, La scorta, I… como Ícaro, O Profissional, Viva a França!, Bastardos Inglórios, Lolita, Um Vulto na Escuridão, Politicamente Incorreto, Ata-me!, Ninfeta Italiana, Síndrome Mortal, Assédio Sexual, Segredos do Coração, Na Linha de Fogo, A Cidade da Esperança, Resgate Implacável, Hamlet, O Deserto dos Tártaros, A Batalha de Argel, Joe, o Pistoleiro Implacável, Teorema, O Pássaro das Plumas de Cristal, Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita, O Cérebro do Mal, 1900, O Enigma do Outro Mundo, Cão Branco, entre muitos outros.

Fotos: Jason Merritt/Getty Images/AFP.

Leonardo Villar, ator de O Pagador de Promessas, morre aos 96 anos

por: Cinevitor

leonardovillarmorreO ator em O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte.

Morreu nesta sexta-feira, 03/07, aos 96 anos, o ator Leonardo Villar. Segundo informações divulgadas por familiares, ele foi internado na UTI na quinta-feira e hoje pela manhã sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, em 1923, começou sua carreira artística no teatro. Em 1962, em seu primeiro papel nos cinemas, ganhou destaque ao viver Zé do Burro, o protagonista de O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Em 1965, recebeu o Candango de melhor ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro por seu trabalho em A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos. Também foi premiado pelo curta Enigma de um Dia, de Joel Pizzini, e Chega de Saudade, de Laís Bodanzky.

Nas telonas também atuou em Lampião, O Rei do Cangaço, A Madona de Cedro e O Santo Milagroso, de Carlos Coimbra; Procura-se uma Rosa, de Jece Valadão; Amor e Desamor, de Gerson Tavares; Ação Entre Amigos, de Beto Brant; Brava Gente Brasileira, de Lúcia Murat; entre outros.

leonardovillarpassioneCom Aracy Balabanian na novela Passione: último trabalho na TV.

Na TV, começou no programa Grande Teatro Tupi e sua primeira novela foi A Cor de Sua Pele, em 1965. Em 1972, estreou na Rede Globo, em O Primeiro Amor, ao lado de Tônia Carrero, Aracy Balabanian, Marco Nanini, entre outros. Na emissora carioca trabalhou em diversos sucessos, como: Estúpido Cupido, Barriga de Aluguel, Os Ossos do Barão, Laços de Família, entre outros. Sua última novela foi Passione, exibida entre 2010 e 2011.

Sua carreira no teatro também foi marcante em peças como Os Pássaros, A Dama das Camélias, A Falecida, Maria Stuart, Senhorita Júlia, O Grande Amor de Nossas Vidas, Motel Paradiso, A Moratória, entre outras. Recentemente, foi o grande homenageado da 25ª edição do Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro.

Fotos: Renato Rocha Miranda/Divulgação.

Respect: A História de Aretha Franklin, com Jennifer Hudson, ganha trailer

por: Cinevitor

trailerfilmerespectÍcone da música nas telonas!

Dirigido e escrito por Liesl Tommy, Respect: A História de Aretha Franklin traz Jennifer Hudson, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Dreamgirls: Em Busca de um Sonho, no papel principal. A produção aborda a jornada da cantora e compositora em meio ao turbulento cenário social e político dos Estados Unidos de 1960.

O longa acompanha a ascensão da carreira de Aretha Franklin, desde criança quando cantava no coro da igreja até se tornar um ícone da música, dos direitos civis e dos movimentos em prol das mulheres; trajetória que lhe rendeu oito Grammy Awards e o título de primeira mulher a entrar no Rock & Roll Hall of Fame.

Além de Respect, outras canções de sucesso estarão presentes na trilha, incluindo (You Make Me Feel Like) A Natural Woman, Do Right Woman – Do Right Man e Think. No elenco, além de Hudson, estão Forest WhitakerAudra McDonaldMarlon WayansMary J. BligeSaycon SengblohHailey Kilgore, entre outros.

Confira o trailer de Respect: A História de Aretha Franklin, que chega aos cinemas brasileiros no dia 11 de fevereiro de 2021:

Foto: Universal Pictures/MGM.

Bacurau é consagrado no 25º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro

por: Cinevitor

bacurauvenceguaraniThomás Aquino em Bacurau: oito prêmios.

Foram revelados nesta quarta-feira, 1º de julho, os vencedores da 25ª edição do Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. A premiação é considerada a maior e mais ampla da crítica de cinema no Brasil. O anúncio aconteceu nas redes sociais do site Papo de Cinema e foi apresentado em uma live por Robledo Milani, criador e organizador do prêmio, ao lado da atriz Karine Teles e do ator Silvero Pereira.

Em 2019, 170 longas brasileiros foram lançados comercialmente no país. A partir disso, e também dos curtas-metragens e produções estrangeiras, 110 críticos de cinema de todo o Brasil escolheram os melhores, entre eles, Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR. O processo foi dividido em duas fases: na primeira, pouco menos de 50 profissionais da área se comprometeram a assistir, ao menos, metade desses filmes e apontar seus cinco favoritos em cada uma das 24 categorias da premiação. Os cinco mais votados formaram os finalistas.

A Academia Guarani de Cinema contou, em sua maioria, com a participação de associados das principais agremiações do gênero do Brasil: ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul), ACECCINE (Associação Cearense de Críticos de Cinema), ACCRJ (Associação dos Críticos de Cinema do Rio de Janeiro), ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará) e ACCiRN (Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte). Durante pouco mais de um mês, todos foram convidados a escolher apenas seu favorito entre os cinco indicados de cada categoria.

Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Bacurau foi consagrado no Prêmio Guarani deste ano em oito categorias, entre elas, melhor filme e melhor elenco. A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, aparece na sequência com seis prêmios. Marco Nanini, de Greta, e Grace Passô, de Temporada, foram contemplados nas categorias de atuação.

Além disso, o grande homenageado desta edição foi o ator Leonardo Villar, que recebeu o Guarani Honorário. Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, em 1923, começou sua carreira artística no teatro. Em 1962, em seu primeiro papel nos cinemas, ganhou destaque ao viver o protagonista de O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores do 25º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro.

Foto: Reprodução/YouTube.

FestCurtas Fundaj 2020: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

elamoraandarcimafundajMarcélia Cartaxo em Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins.

Foram anunciados nesta terça-feira, 30/06, os selecionados para o FestCurtas Fundaj 2020 – I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação On-line, que acontecerá entre os dias 7 e 12 de julho. Este é o primeiro festival de cinema realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, sediada no Recife, em Pernambuco.

Entre documentário, ficção e animação, foram inscritos 520 curtas com temáticas atuais e importantes, de todas as partes do Brasil, e selecionados 44 filmes, de 14 estados. Participaram da seleção curtas de até 30 minutos e produzidos a partir de junho de 2018. Em comunicado oficial, Ana Farache, coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana, disse: “Ficamos satisfeitos com o resultado principalmente pela qualidade técnica e relevância dos temas abordados nos curtas. O primeiro FestCurtas Fundaj chegou com tudo para ficar na nossa programação anual”.

Os vencedores serão escolhidos por um júri especial, que concederá prêmios para melhor ficção, documentário e animação, e será formado por: Camilo Cavalcante, roteirista, produtor e cineasta; Amanda Mansur, professora do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE; e Bernardo Lessa, produtor de curtas e organizador de festivais. O FestCurtas terá ainda o prêmio do público, escolhido por votação on-line; a produção local será contemplada com o Prêmio Cinemateca Pernambucana. Vale destacar que o FestCurtas também terá sua versão presencial no Cinema da Fundação assim que o isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 for suspenso e o cinema voltar às atividades normais.

O diretores premiados de outros estados receberão passagens aéreas e diárias para participarem da Mostra do FestCurtas Fundaj 2020, no Cinema da Fundação, no Recife. Os diretores premiados do estado participarão da mostra presencial e receberão passe livre para frequentarem as salas do Cinema da Fundação com um acompanhante, durante dois meses. Todos os vencedores receberão selos de premiação e certificados, além de serem exibidos dentro da programação semanal do Cinema da Fundação (salas no Derby e no Museu), durante uma semana cada.

Conheça os filmes selecionados para o FestCurtas Fundaj 2020 – I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação On-line:

A Barca, de Nilton Resende (AL)
A Era de Lareokotô, de Rita Carelli (SP)
A Hora Morta, de Márcio Coutinho (RJ)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (CE)
Arte a Metro, de Thiago Magalhães (RJ)
Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB)
Carretéis, de Eudaldo Monção Jr. (BA)
Cidade Natal, de Ana Luisa Mariquito (SP)
Cleo – A Rainha Negra das Passarelas, de Artur Ianckievicz (PR)
Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (PE)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)
Êles, de Roberto Burd (RS)
Em Reforma, de Diana Coelho (RN)
Eu Te Vejo Daqui, de Kawanna Sofia de Oliveira (SP)
Hotel Central, de Tiago Martins Rêgo (PE)
Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (RJ)
Julieta de Bicicleta, de Juliana Sanson (PR)
Linha de um Tempo Qualquer, de Luciana Malavasi e Bruno Lamberg (RJ)
Luis Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
Mamãe Tem um Demônio, de Demerson Souza (SP)
Mar-celo, de Arthur Lotto (SP)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Memórias, de Andre Siqueira (PR)
Nadir, de Fábio Rogério (SE)
Nimbus, de Marcos Buccini (PE)
Num Piscar de Olhos, de Elder Gomes Barbosa (RJ)
O Afeto e a Rua, de Thiago Köche (RS)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (PE/SP)
O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares (PE)
O Quarto Negro, de Carlos Kamara (PE)
O Silêncio lá de Baixo, de Pamella Araújo (PE)
O Vizinho de Baixo, de Flávio Colombini (SP)
Parabéns a Você, de Andréia Kaláboa (PR)
Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (PE)
Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (SP)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Soccer Boys, de Carlos Guilherme Vogel (RJ)
Vinde como Estais, de Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (RJ)
Volta Seca, de Roberto Veiga (PE)
1996, de Rodrigo Brandão (MG)

Curtas com versão acessível:

Em Reforma (AD + LIB + LSE)
Marie (AD + LIB + LSE)
Mar-celo (AD + LIB)
O Menino que Morava no Som (LIB + LSE)
Batom Vermelho Sangue (LSE)
Cidade Natal (LSE )
O Quarto Negro (LSE)

Foto: Isabella Lanave.

Prêmio Platino 2020 anuncia vencedores; Carol Duarte e Petra Costa são premiadas

por: Cinevitor

carolduarteplatinovenceCarol Duarte em A Vida Invisível: melhor atriz.

Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/06, os vencedores do 7º Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Neste ano, o anúncio foi realizado de forma virtual pelo YouTube e apresentado pelo jornalista Juan Carlos Arciniegas e pelos atores Omar Chaparro e Májida Issa. A cerimônia presencial estava marcada para o dia 3 de maio, no Teatro Gran Tlachco de Xcaret, em Riviera Maya, no México, mas foi cancelada por conta da pandemia de Covid-19.

O drama Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, foi o grande vencedor desta edição com seis prêmios, entre eles, o de melhor filme ibero-americano de ficção. O cinema brasileiro também se destacou com o documentário Democracia em Vertigem, de Petra Costa; e A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Carol Duarte. É a segunda vez que uma brasileira é consagrada nesta categoria; a primeira foi em 2017, com Sonia Braga, por Aquarius.

Conheça os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2020:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO:
Dor e Glória (Espanha)

MELHOR DIREÇÃO:
Pedro Almodóvar, por Dor e Glória

MELHOR ROTEIRO:
Dor e Glória, escrito por Pedro Almodóvar

MELHOR ATRIZ:
Carol Duarte, por A Vida Invisível

MELHOR ATOR:
Antonio Banderas, por Dor e Glória

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Dor e Glória, por Alberto Iglesias

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO:
Buñuel en el laberinto de las tortugas (Espanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO:
Democracia em Vertigem, de Petra Costa (Brasil)

MELHOR PRIMEIRO FILME IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO:
A Camareira, de Lila Avilés (México)

MELHOR EDIÇÃO:
Dor e Glória, por Teresa Font

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
Mientras dure la guerra, por Juan Pedro De Gaspar

MELHOR FOTOGRAFIA:
Monos, por Jasper Wolf

MELHOR SOM:
Monos, por Lena Esquenazi

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES:
O Despertar das Formigas, de Antonella Sudasassi (Costa Rica/Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
La casa de papel (Espanha)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Álvaro Morte, por La casa de papel

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Cecilia Suárez, por A Casa das Flores

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Gerardo Romano, por El marginal III

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU FILME PARA TV IBERO-AMERICANO:
Alba Flores, por La casa de papel

Foto: Bruno Machado.

Suzana Amaral, diretora de A Hora da Estrela, morre aos 88 anos

por: Cinevitor

suzanaamaralmorreA cineasta no Festival de Brasília, em 2017.

Morreu, na tarde desta quinta-feira, 25/06, aos 88 anos, a cineasta e roteirista Suzana Amaral, que ficou conhecida pelo premiado longa-metragem A Hora da Estrela, baseado no romance de Clarice Lispector.

Nascida em São Paulo, em 1928, começou sua carreira artística aos 40 anos, em 1968, quando cursou Cinema na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Ao longo desse período, dirigiu três curtas-metragens: Eu sou Vocês, Nós Somos Eles; Semana de 22; e Sua Majestade, Piolin.

Após concluir o curso, em 1971, ministrou aulas de roteiro e fotografia na ECA/USP. Nessa época, filmou diversos documentários em curta-metragem para o extinto programa Câmera Aberta, da TV Cultura. Entre 1976 e 1979, fez mestrado em Direção de Cinema na NYU, em Nova York, e outros cursos na Actors Studio. Com o documentário Minha Vida, Minha Luta, trabalho de conclusão do mestrado, foi premiada no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; o filme serviu de pano de fundo e inspiração para a luta pelas creches da periferia de São Paulo.

Dirigiu também a série Pensamento e Linguagem, em parceria com a Fundação holandesa Bernard Van Leer, e A Casa de Bernarda Alba, adaptação da obra do escritor espanhol Federico García Lorca.

O grande reconhecimento aconteceu em 1985 com o longa-metragem A Hora da Estrela, que recebeu seis prêmios no Festival de Brasília, entre eles, melhor filme e melhor direção. No ano seguinte, o longa foi consagrado no Festival de Berlim e rendeu o Urso de Prata de melhor atriz para Marcélia Cartaxo, no papel da inesquecível Macabéa. O drama, baseado no romance de Clarice Lispector, também foi premiado no Festival de Havana e no Sesc Melhores Filmes. Por conta desse sucesso todo, anos depois, em 1990, Suzana recebeu uma condecoração com a Ordem do Rio Branco pela contribuição do filme à divulgação do Brasil no exterior.

ahoradaestrela1A diretora nos bastidores de A Hora da Estrela, com Marcélia Cartaxo.

Em entrevista ao CINEVITOR, a atriz Marcélia Cartaxo, muito emocionada, relembrou o último encontro com a amiga, em janeiro desse ano e falou, com carinho, sobre Suzana: “Estou muito triste. Só tenho que agradecer por ela ter entrado na minha vida e ter feito uma proposta tão linda que mudou minha trajetória. Suzana fica pra história e será inesquecível pra mim”.

Ao longo da carreira, foi júri de festivais internacionais, dirigiu uma série chamada Procura-se para a RTP, em Portugal, dirigiu filmes institucionais e comerciais, foi professora universitária, atuou como crítica de cinema no jornal Folha de São Paulo e dirigiu seu segundo filme em 2001, o drama Uma Vida em Segredo, com Sabrina Greve e Eliane Giardini. O longa foi premiado no Cine Ceará, Festival de Brasília, Cartagena, APCA, entre outros. Neste mesmo ano, escreveu e dirigiu o documentário Demarcando o Cacique Fontoura, sobre a questão das terras dos índios Carajás.

Em 2009, dirigiu seu terceiro longa, o drama Hotel Atlântico, com Mariana Ximenes, João Miguel e Julio Andrade. O filme, premiado no Festival de Lima e no Prêmio Guarani, rendeu alguns prêmios para o ator Gero Camilo, como Troféu APCA e Redentor, no Festival do Rio. Nesse mesmo ano, Suzana foi homenageada no Festival de Toronto.

Suzana Amaral, que teve nove filhos e mais de vinte netos, estava internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para realizar alguns exames e a causa da morte não foi revelada. A notícia foi divulgada por amigos próximos nas redes sociais.

Foto: Humberto Araujo/Divulgação.

Globo de Ouro e outras premiações anunciam novas datas por conta da pandemia

por: Cinevitor

globodeouro2021novadataTom Hanks e Charlize Theron na cerimônia deste ano.

A 78ª edição do Globo de Ouro, prêmio realizado pela HFPA, Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que elege os melhores da TV e do cinema, estava marcada para a primeira semana de janeiro de 2021, porém, por conta da pandemia de Covid-19, foi adiada para o dia 28 de fevereiro.

Segundo o comunicado oficial, em breve a HFPA fornecerá novas orientações sobre elegibilidade, período de votação e datas nas próximas semanas. A cerimônia, que será apresentada por Tina Fey e Amy Poehler, acontecerá no Beverly Hilton, em Beverly Hills.

A pandemia mundial do novo coronavírus tem afetado o calendário de festivais e premiações no mundo inteiro. Na semana passada, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou uma nova data para o Oscar 2021. O Independent Spirit Awards, que elege as melhores produções independentes do ano, também sofreu mudanças e agora acontecerá no dia 24 de abril. O BAFTA, conhecido como o Oscar britânico, aconteceria em fevereiro e foi transferido para o dia 11 de abril.

No Brasil, festivais como Gramado, Cine PE e Olhar de Cinema já adiaram suas datas e analisam novas formas de realização. A Mostra Ecofalante de Cinema acontecerá de maneira on-line; o Festival de Vitória já pensa em uma edição virtual e também com sessões em drive-in; o Mix Brasil, marcado para novembro, não descarta um evento presencial de acordo com as regras sanitárias, mas já garantiu uma edição on-line.

Foto: Getty Images.

Com Bukassa Kabengele, Atrás da Sombra ganha trailer e data de estreia em plataformas digitais

por: Cinevitor

atrasdasombratrailerProtagonista: Bukassa Kabengele interpreta um detetive.

Dirigido pelo cineasta goiano Thiago Camargo, Atrás da Sombra terá estreia nacional no Canal Brasil e nas plataformas digitais Now, Vivo Play e Oi Play no dia 17 de julho. O suspense policial conta a história de Jorge, interpretado por Bukassa Kabengele, um detetive de Goiânia que ganha a vida desvendando crimes que a polícia local, corporação da qual já fez parte, não tem interesse ou capacidade de resolver.

Jorge se vê sem saída quando é ameaçado por uma grande dívida, por isso aceita trabalhar num novo caso. Sem muitos detalhes, a nova investigação o leva para a Golinópolis, interior de Goiás, onde Jorge começa a ter sonhos com uma assombração que alguns moradores acreditam ser quem comete os assassinatos. Mas, o lado cético de Jorge refuta essa ideia e começa a suspeitar do envolvimento de políticos e moradores locais nesses misteriosos assassinatos.

No elenco, ainda estão Elisa Lucinda, que vive a poderosa raizeira Dalva; Allan Jacinto Santana como Valtim, um jovem misterioso; e Bruna Brito, que interpreta Mariá, a figura que, recorrentemente, surge nos sonhos de Jorge e que ele passa a encontrar numa mata conhecida por ser mal assombrada.

“Tivemos 27 diárias de gravação. Depois da pré-produção e um trabalho de preparação de atores muito intenso, chegamos para as filmagens com um ótimo direcionamento e com um elenco formidável que conseguimos. Foi, apesar de muito difícil, a melhor estreia como diretor de longa metragem que eu poderia ter”, afirmou Thiago Camargo.

O diretor explica que as escolhas das locações foram feitas pensando em retratar um interior menos estereotipado, onde tecnologia e modernidade se fundem com a vida calma das pequenas cidades. “Pesquisamos várias cidades do interior de Goiás e nosso produtor de locação nos apresentou a região da Gameleiras de Goiás e Silvânia, que funcionaram muito bem tanto para a parte artística quanto para a parte de produção”, finalizou.

O elenco conta também com Stepan Nercessian, Érico Brás, Zécarlos Machado, Eliana Santos, Nayara Tavares, Chico Santana, Vinícius Queiroz, Jeferson da Fonseca, Andre Deca e Daya Laryssa. O filme foi produzido pela Pira Filmes e tem coprodução da Mandra Filmes. A distribuição é da Elo Company em parceria com o Canal Brasil. Em 2019, foi selecionado para o FIP, Film in Progress, no festival Ventana Sur.

Assista ao trailer de Atrás da Sombra:

Foto: Divulgação/Pira Filmes.

A Linha, de Ricardo Laganaro, será exibida em edição conjunta de Cannes e Tribeca sobre realidade virtual

por: Cinevitor

alinhafoto1A experiência é dublada por Rodrigo Santoro e Simone Kliass.

Com direção de Ricardo Laganaro, A Linha é uma experiência narrativa em realidade virtual que tem ganhado destaque internacional por sua trajetória prestigiosa: estreou na 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, onde foi premiada como Melhor Experiência Interativa da mostra de Realidade Virtual.

Também foi premiada no Festival de Berlim, Kaohsiung Film Festival, entre outros, e exibida na Mostra de São Paulo, Raindance Film Festival, Kaboom Animation Festival, GIFF VR Lounge Korea, Festival de Roterdã, VR Days Europe e outros. Depois disso, teve seu lançamento comercial global no Oculus Quest, dispositivo de realidade virtual de maior alcance no mundo inteiro.

Em junho de 2020, A Linha integrará a pioneira edição conjunta dos festivais de Tribeca e Cannes, que acontecerá virtualmente em um museu imersivo on-line, o Museum of Other Realities, entre os dias 24 e 26 de junho. Trata-se de uma edição histórica de dois dos maiores festivais de cinema e realidade virtual do mundo, unindo suas forças para permitir que o público tenha uma experiência similar àquela dos festivais físicos sem sair de casa, por conta da pandemia de Covid-19 e às medidas emergenciais de isolamento social adotadas.

A arena interativa do festival acontecerá dentro do Museum of Other Realities, uma galeria de arte virtual com trabalhos imersivos de artistas em realidade virtual de todo o mundo. No MOR, os visitantes poderão encontrar a exposição permanente do museu ou a mostra temporária do festival. Durante os dias da mostra, o aplicativo estará disponível gratuitamente.

alinhatribecacannes2Maquete da experiência em realidade virtual.

A Linha é uma experiência narrativa e interativa, ambientada em uma maquete de São Paulo na década de 1940, e uma história sobre amor e rotina. Nela, o espectador interage com uma maquete encantada onde vivem dois bonecos em miniatura, Pedro e Rosa. A experiência convida a desfrutar as traquitanas da maquete e até mesmo se aventurar debaixo do maquinário, explorando um lado misterioso daquele mundo. Assim, descobrimos a história dos dois personagens que são perfeitos um para o outro, mas tem medo de sair dos trilhos, hesitando em quebrar as barreiras físicas e psicológicas que os impedem de viver juntos.

Os frequentadores do festival poderão desfrutar dessa experiência em inglês, narrada pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro, ou em português, narrada por Simone Kliass. A narrativa, originalmente projetada para que o público se locomova em torno da história em uma área de 2.5x2m no modo “quarto inteiro”, também poderá ser aproveitada por pessoas com dificuldade de locomoção ou espaços reduzidos, no modo “sentado”.

A Linha, produzida pela ARVORE, estúdio sediado em São Paulo, será exibida junto a diversas experiências interativas renomadas em realidade virtual como Battlescar: Punk Was Invented By Girls, de Martin Allais e Nico Casavecchia; e Great Hoax: The Moon Landing, de John Hsu e Marco Lococo, que estreará globalmente no festival, compondo uma curadoria criteriosa de Tribeca Virtual Arcade e Cannes XR, áreas dos festivais dedicadas à realidade virtual.

alinhafoto2Trabalho premiado em diversos festivais.

“É uma honra enorme ser um dos precursores deste novo ecossistema de exibição, que infelizmente se tornou urgente por conta da pandemia, mas que será muito mais inclusivo e democrático conforme a tecnologia da realidade virtual continuar se popularizando. O público não terá mais que necessariamente viajar para participar de grandes festivais”, afirma o diretor Ricardo Laganaro.

Em 2020, os festivais propõem um modelo inovador em que o público não apenas poderá assistir as obras, mas também participar de encontros de negócios, acompanhar conferências, entrar em contato com criadores, artistas e grandes figuras da indústria. “Ver festivais tão grandes e tradicionais como Tribeca e Cannes se unindo para fazer uma mostra conjunta neste novíssimo formato de exibição é a prova de que podemos usar a tecnologia em momentos difíceis para sermos melhores”, completa Laganaro.

O renomado diretor Ricardo Laganaro entrou no mundo imersivo em 2012, criando uma experiência para a cúpula do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Ele também dirigiu vídeos em 360º que juntos somam mais de 60 milhões de visualizações e criou o documentário em realidade virtual Step to the Line, que estreou no Tribeca Film Festival e foi selecionado para mais de 30 festivais em todo o mundo, sendo exibido recentemente no festival on-line We Are One: A Global Film Festival.

Confira o trailer de A Linha:

Fotos: Divulgação.

Academia anuncia nova data para o Oscar 2021; cerimônia acontecerá em abril

por: Cinevitor

oscar2021novadataRegina King e Brad Pitt na cerimônia deste ano.

Depois de revelar novas regras no regulamento para a 93ª edição do Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acaba de anunciar uma nova data para a realização da maior premiação do cinema. Antes programada para o dia 28 de fevereiro de 2021, agora o evento acontecerá no dia 25 de abril.

Vale lembrar que na história do Oscar, o adiamento da cerimônia aconteceu apenas três vezes: em 1938, por conta de uma inundação em Los Angeles; em 1968, depois do assassinato de Martin Luther King Jr.; e em 1981, por causa da tentativa de assassinato ao presidente americano Ronald Reagan.

A nova data, transferida para abril de 2021 por conta da pandemia de Covid-19, traz também outras mudanças, como: o período de elegibilidade foi prorrogado até 28 de fevereiro, uma lista com os pré-selecionados sai no dia 9 de fevereiro e as indicações serão anunciadas no dia 15 de março.

O prazo de inscrição para as categorias especiais (animação, documentário, filme internacional e curtas-metragens) vai até 1º de dezembro de 2020. Já o prazo de inscrição para categorias gerais, incluindo melhor filme, trilha sonora e canção original, vai até 15 de janeiro de 2021. Agora, um filme deve ter uma data de lançamento qualificada entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. Além disso, o Museu da Academia também mudou a data de sua inauguração e abrirá para o público no dia 30 de abril.

oliviajoaquinoscarOlivia Colman entrega o Oscar de melhor ator para Joaquin Phoenix.

“Há mais de um século, os filmes têm desempenhado um papel importante nos confortando, inspirando e entretendo nos momentos mais sombrios. Eles certamente farão isso este ano. Nossa esperança, ao estender o período de elegibilidade e a data de entrega dos prêmios, é fornecer a flexibilidade necessária para que os cineastas finalizem e lancem seus filmes sem serem penalizados por algo além do controle de qualquer pessoa. Este próximo Oscar e a abertura do nosso novo museu marcarão um momento histórico, reunindo fãs de cinema ao redor do mundo para se unirem através do cinema”, disseram David Rubin, presidente da Academia, e Dawn Hudson, CEO da Academia, em comunicado oficial.

O calendário do Oscar 2021 agora fica assim: a votação preliminar acontecerá entre os dias 1º e 5 de fevereiro de 2021; as shortlists serão anunciadas no dia 9 de fevereiro e as votações para a escolha dos indicados começará no dia 5 de março e vai até o dia 10; a lista oficial com os indicados será anunciada no dia 15 de março e o tradicional almoço com os concorrentes acontecerá no dia 15 de abril; a votação final começará no dia 15 de abril e vai até o dia 20; e a cerimônia acontecerá no dia 25 de abril no Dolby Theatre, em Hollywood.

A apresentação dos prêmios científicos e técnicos da Academia, agendada para o dia 20 de junho, foi adiada e uma nova data será definida. A entrega do Oscar honorário não ocorrerá nesse outono e outras informações sobre a cerimônia do Governors Awards e homenageados será anunciada em breve.

Além dessas novidades, a Academia também anunciou outras informações importantes nesta semana, como a iniciativa de equidade e inclusão com a intenção de promover uma diversidade na indústria do entretenimento e aumentar a representação entre seus membros. Com isso, para a 94ª edição, a categoria de melhor filme voltará a ter dez indicados, ao invés de um número flexível. E mais: a Academia ampliará a exposição de cada filme elegível para garantir que sejam vistos por todos os votantes.

Fotos: Richard Harbaugh/Getty Images.

M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De, ganha trailer

por: Cinevitor

m8trailerJuan Paiva e Zezé Motta em cena.

Dirigido por Jeferson De, M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida foi premiado no Festival do Rio na categoria de melhor filme de ficção pelo voto popular. Protagonizado por Juan Paiva e baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz, o filme tem estreia prevista para o segundo semestre de 2020, quando os cinemas forem reabertos, com segurança, dentro dos protocolos definidos pelas autoridades sanitárias por conta da pandemia de Covid-19.

O trailer, recém divulgado pela Paris Filmes e Migdal Filmes, traz uma prévia da história de Maurício, jovem negro que ingressa como aluno cotista da Universidade Federal de Medicina. Ao chegar na instituição, é confrontado com uma dura realidade: o corpo que servirá para estudo na aula de anatomia, quase sempre de indigentes, é também negro. Impactado com a experiência, Maurício se vê envolvido com M-8, como o jovem morto é chamado, e inicia uma saga para desvendar sua identidade, enfrentando as próprias angústias e repensando o próprio lugar na sociedade. Além de refletir sobre preconceito e exclusão, o filme toca em questões universais sobre sentimentos e relacionamentos.

“Em M-8, o nosso protagonista é um rapaz negro que ingressa na faculdade de medicina e percebe o racismo estrutural que nos cerca e molda a nossa sociedade. O desafio deste jovem negro é, além de se reconectar com sua ancestralidade, se estabelecer como sujeito de sua história. Para isso, ele conta com a ajuda de sua mãe. Assim, acompanharemos a jornada dos dois na luta diária pela vida. Foram interpretações do nosso elenco que nos tocaram e podem ajudar na reflexão de quem importa com nossas vidas negras”, reflete o diretor Jeferson De, que também assina o roteiro ao lado de Felipe Sholl.

Integram o elenco nomes como Mariana Nunes, Giulia Gayoso, Bruno Peixoto, Fábio Beltrão, Zezé Motta, Ailton Graça, Alan Rocha, Rocco Pitanga, Dhu Moraes, Léa Garcia e Raphael Logam, como M-8. Lázaro Ramos, Henri Pagnoncelli e Malu Valle fazem participações especiais.

Assista ao trailer de M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida:

Foto: Vantoen Pereira Jr.