Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #446: Entrevista com Grazi Massafera | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A atriz no tapete vermelho do Festival de Gramado

A atriz paranaense Grazi Massafera passou pela 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado para exibir, no Palácio dos Festivais, Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte, na mostra competitiva de longas brasileiros.

O filme, que marca o reencontro entre o diretor e a atriz nas telonas depois de Billi Pig, lançado comercialmente em 2012, é um thriller psicológico que foi rodado em Curitiba, no Paraná; este é o 15º longa da carreira do cineasta.

Na trama, Grazi é Eva, uma mulher acusada pela sociedade de ser a principal suspeita dos estranhos acontecimentos que envolvem suas duas filhas gêmeas e seu filho recém-nascido. Para provar sua inocência e ter seu marido, interpretado por Reynaldo Gianecchini, e sua família feliz de volta, ela começa a investigar a situação.

Grazi Massafera, que foi Miss Paraná em 2004, começou sua trajetória artística em 2005 quando ficou em segundo lugar no reality show Big Brother Brasil. Carismática, cativou o público e logo foi convidada para se aventurar na TV; fez participações em programas como A Turma do Didi, TV Xuxa e Caldeirão do Huck. No ano seguinte, estreou em sua primeira novela: Páginas da Vida, de Manoel Carlos, que lhe rendeu alguns prêmios, entre eles, o Troféu Imprensa.

Depois disso, foram inúmeros trabalhos na teledramaturgia, como: Desejo Proibido, Negócio da China, Tempos Modernos, As Cariocas, Aquele Beijo, Flor do Caribe, Geração Brasil, Bom Sucesso, Travessia. Com Verdades Secretas, de Walcyr Carrasco, foi indicada ao Emmy Internacional e recebeu o Troféu APCA de melhor atriz de televisão. Também apresentou o programa Superbonita, no GNT, e fez participações em séries como Mister Brau e A Grande Família.

Na sétima arte, Grazi fez sua estreia em Didi, o Caçador de Tesouros ao lado de Renato Aragão; depois protagonizou a comédia Billi Pig com Selton Mello e dublou a animação O Mar Não Está para Peixe. Agora, depois de Gramado, retornará aos cinemas com Uma Família Feliz, com roteiro de Raphael Montes, que tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2024.

No dia seguinte à exibição do longa no festival, conversamos com a protagonista Grazi Massafera. No bate-papo, falou sobre sua carreira de atriz, inquietações, conflitos, segurança, autoconhecimento e construção de personagens. Além disso, elogiou o trabalho do diretor José Eduardo Belmonte e se declarou cinéfila, principalmente em relação a filmes de terror e suspense, citando Freddy Krueger, Sexta-Feira 13, O Iluminado, O Sexto Sentido, Brinquedo Assassino, entre outros. A atriz também relembrou sua estreia nas telonas e contou histórias da infância no interior do Paraná, na cidade de Jacarezinho, quando se reunia com os primos para ver filmes e ouvir histórias assustadoras que sua avó contava.

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Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #445: Entrevista com Laura Cardoso | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A consagrada atriz no tapete vermelho ao lado do bisneto

Em sua 51ª edição, o Festival de Cinema de Gramado entregou o Troféu Oscarito para duas atrizes de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: Laura Cardoso e Léa Garcia. Neste ano, pela primeira vez, todas as homenagens foram concedidas para mulheres.

Depois da triste notícia da morte de Léa Garcia no dia em que seria homenageada ao lado de sua amiga e colega de trabalho, a organização do festival decidiu adiar a entrega do Troféu Oscarito para Laura Cardoso. A cerimônia, que seria na terça-feira, aconteceu na sexta antes da premiação dos curtas-metragens brasileiros.

Nesta mesma noite, o público presente no Palácio dos Festivais acompanhou a entrega de três homenagens: a produtora Lucy Barreto recebeu o Troféu Eduardo Abelin; a atriz Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal; e Laura Cardoso, que estava acompanhada pelo bisneto Fernando Faria, foi ovacionada ao receber o Troféu Oscarito das mãos das outras homenageadas, entre elas, Ingrid Guimarães, que recebeu o Troféu Cidade de Gramado na noite anterior.

Laura Cardoso, uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totaliza mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Laura Cardoso recebe o Troféu Oscarito ao lado das outras homenageadas desta edição

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Dona Laura foi pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como: As Pupilas do Senhor Reitor, A Viagem, Explode Coração, Fera Radical, Rainha da Sucata, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem, O Profeta, Flor do Caribe, Chocolate com Pimenta, Caminho das Índias, Gabriela, A Dona do Pedaço, entre outras.

Sua trajetória também passa pelos palcos em montagens como: Helena de Tróia, A Megera Domada, Crimes Delicados, A Bela e a Fera, Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe, Veneza, Hoje Eu Me Chamo Dinorah, Vem Buscar-me que Ainda sou Teu, Vereda da Salvação, que também lhe rendeu o Prêmio Mambembe, A Última Sessão, entre outras.

Nas telonas, atuou em diversos filmes, como: Corisco, o Diabo Loiro, Tiradentes, O Mártir da Independência, Quincas Borba, Terra Estrangeira, Através da Janela, Copacabana, Clarita, O Outro Lado da Rua, Muito Gelo e Dois Dedos d’Água, Primo Basílio, A Casa da Mãe Joana, Muita Calma Nessa Hora, De Onde Eu Te Vejo, O Crime da Cabra, entre tantos outros. Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020.

No dia da homenagem, conversamos com a brilhante Laura Cardoso horas antes da cerimônia. No bate-papo, ela celebrou sua carreira e suas colegas, elogiou o festival e o Rio Grande do Sul, falou da importância do audiovisual brasileiro e mandou um recado carinhoso para as novas gerações.

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Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #444: Entrevista com Isis Valverde | Angela | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Protagonista: Isis Valverde em cena

Depois de passar pelo Festival de Cinema de Gramado com Faroeste Caboclo e Simonal, a atriz Isis Valverde voltou ao evento para apresentar Angela, dirigido por Hugo Prata, na mostra competitiva de longas brasileiros desta 51ª edição.

O filme, que entra em cartaz nesta quinta-feira, 31/08, é focado nos últimos meses de vida da socialite Angela Diniz, que foi assassinada em dezembro de 1976, aos 32 anos. Protagonizado por Isis Valverde, o longa se passa no final da década de 1970 e narra acontecimentos da mulher que ficou conhecida como A Pantera de Minas e as consequências de sua conturbada relação amorosa com o empresário Raul Street, também conhecido como Doca Street, interpretado por Gabriel Braga Nunes. O elenco ainda traz Bianca Bin, Emilio Orciollo Netto, Chris Couto, Gustavo Machado, Carolina Manica e Alice Carvalho.

A sinopse de Angela diz: após uma tumultuada separação e ter que ceder a guarda dos seus três filhos, a famosa socialite Angela Diniz conhece Raul e acredita ter encontrado alguém que ama seu espírito livre tanto quanto ela. A atração avassaladora fez o casal largar tudo e viver o sonho de reconstruir suas vidas regadas à paixão na casa de praia. Mas a vida tranquila rapidamente se transforma quando Raul começa a se mostrar um homem agressivo, violento e controlador. A relação declina para o abuso e a violência, dando origem a um dos casos de assassinato mais famosos de todos os tempos no Brasil.

Com produção de Fabio Zavala e Hugo Prata, a fotografia é assinada por Paulo Vainer e a direção de arte é de Cassio Amarante; Verônica Julian assina o figurino, com maquiagem de Damián Brissio; a montagem é de Tiago Feliciano e a trilha sonora de Otavio de Moraes. O longa é uma produção da Bravura Cinematográfica, em coprodução com a Star Productions, e distribuição da Downtown Filmes

Para falar mais sobre Angela, conversamos com a protagonista Isis Valverde no dia seguinte à exibição no festival. No bate-papo, a atriz falou sobre ancestralidade feminina, desafios em atuar em uma cinebiografia, exibição em Gramado, preparação para a personagem, entrosamento com elenco e abordou temas importantes que permeiam o filme, entre eles, o machismo e a atemporalidade da narrativa. Além disso, também conversamos com o diretor Hugo Prata e com a roteirista Duda de Almeida.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #443: Entrevista com Kleber Mendonça Filho | Retratos Fantasmas | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
O cineasta no tapete vermelho do festival

Dirigido pelo cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, o documentário Retratos Fantasmas, seu quinto longa-metragem, foi o filme de abertura da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado e foi exibido, fora de competição, no Palácio dos Festivais.

Após apresentar seus últimos filmes, Crítico, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau em Gramado, o diretor voltou ao evento com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem. Retratos Fantasmas, que estreia nesta quinta-feira, 24/08, tem como personagem principal o centro da cidade do Recife como local histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.

Cerca de 60% de Retratos Fantasmas é composto por material de arquivo, com fotografias e imagens em movimento encontradas em acervos pessoais, na produção pernambucana de cinema, televisão e de instituições como a Cinemateca Brasileira, o CTAv, Centro Técnico do Audiovisual, e a Fundação Joaquim Nabuco. O trabalho de montagem, ao lado de Matheus Farias, reúne imagens dos mais variados formatos.

Com produção de Emilie Lesclaux para a CinemaScópio, Retratos Fantasmas foi exibido no Festival de Cannes deste ano fora de competição. Recentemente, foi selecionado para o Festival de Toronto, Nova York, Sydney, Munich Film Festival, Santiago Festival Internacional de Cine, New Zealand International Film Festival, Melbourne International Film Festival, Lima International Film Festival, entre outros.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com Kleber Mendonça Filho no dia seguinte à exibição em Gramado. No bate-papo, o diretor contou sobre o início do projeto, relação com o material de arquivo e preservação, personagens do documentário, relação com a cidade do Recife, cinemas de rua (Art Palácio, Cine Trianon e São Luiz), coincidências do roteiro, recepção do público e expectativa para o lançamento. O ator Rubens Santos, que faz uma participação no filme, e o montador Matheus Farias também falaram sobre o longa.

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Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #442: Entrevista com Alice Carvalho | Cangaço Novo | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Protagonista: Alice Carvalho em cena

Pela primeira vez em sua história, o Festival de Cinema de Gramado teve uma série como atração. A escolhida foi Cangaço Novo, original Amazon, que já está disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios desde o dia 18 de agosto; a estreia mundial foi na 51ª edição do evento.

Cangaço Novo é um nordestern que retrata a jornada de autoconhecimento de três irmãos e se mistura a problemas estruturais do Brasil, como o crime organizado, a corrupção e a política. Precisando desesperadamente de dinheiro para cuidar de seu pai adotivo, Ubaldo, interpretado por Allan Souza Lima, mal chega em Cratará e já se envolve com o crime organizado. Com sua irmã Dinorah, papel de Alice Carvalho, a única mulher em um bando de ladrões de banco, ele se torna um cangaceiro e líder de uma gangue do novo cangaço.

Eles dominam cidades inteiras com armas de grosso calibre causando pânico e terror. Ubaldo, inebriado com o poder e a adrenalina, acredita que pode fazer a diferença. Enquanto ele e Dinorah roubam bancos desafiando as autoridades locais, Dilvânia, vivida por Thainá Duarte, a outra irmã, mantém viva a influência de Amaro Vaqueiro, o pai biológico dos três, que é uma figura mítica na região. A questão é: qual dos irmãos será aquele que transformará a vida das pessoas ao seu redor se tornando em vida o próximo mito do sertão cearense? A mudança virá pela fé, pela política ou pela bala?

A série conta também com Hermila Guedes, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Adélio Lima, Nivaldo Nascimento, Titina Medeiros, Pedro Wagner, Rodrigo García, Múcia Teixeira, César Ferrario, Robson Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Enio Cavalcante, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, entre outros, no elenco.

Produzida pela O2 Filmes, a obra, que conta com oito episódios, foi criada por Eduardo Melo e Mariana Bardan, tem direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça e roteiro de Fernando Garrido, Mariana Bardan, Eduardo Melo e Erez Milgrom. A produção executiva é de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, Fábio Mendonça e Aly Muritiba.

Para falar mais sobre Cangaço Novo, conversamos com a protagonista Alice Carvalho. No bate-papo, a atriz potiguar falou da exibição em Gramado, reencontro com a equipe, entrosamento com o elenco, preparação com Fátima Toledo, filmagens no Cariri paraibano e Seridó potiguar, expectativa para o lançamento, entre outros assuntos.

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Foto: Renato Amoroso.

CINEVITOR #441: Entrevista com Vera Holtz | Tia Virgínia | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Vera Holtz no tapete vermelho do Festival de Gramado

Dirigido e escrito por Fabio Meira, do premiado As Duas Irenes, o longa-metragem Tia Virgínia foi exibido no domingo, 13/08, em competição, na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

Na trama, Vera Holtz dá vida à personagem título, uma mulher de 70 anos, que nunca se casou ou teve filhos. Foi convencida pelas irmãs Vanda e Valquíria, interpretadas por Arlete Salles e Louise Cardoso, a deixar a vida que tinha para cuidar da mãe idosa. O filme se passa em um único dia quando Virgínia se prepara para receber as irmãs, que viajam para celebrar o Natal em família. 

Com produção da Roseira Filmes e da Kinossaurus, produtora de Ruy Guerra e de Janaina Diniz Guerra, a distribuição é da Elo Studios. A direção de fotografia é de Leonardo Feliciano; Ana Mara Abreu assina a direção de arte e o figurino é de Rô Nascimento. Cesar Camargo Mariano é o responsável pela música original. O elenco conta também com Antonio Pitanga, Vera Valdez, Amanda Lyra, Daniela Fontan e Iuri Saraiva

Para falar mais sobre o filme, conversamos com a protagonista Vera Holtz no dia seguinte à exibição. A atriz falou sobre sua personagem, reação do público no Palácio dos Festivais, encontros familiares, entrosamento do elenco e direção, bastidores, rotina de filmagem, entre outros assuntos.

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Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #440: Entrevista com Vladimir Brichta | Capitu e o Capítulo

por: Cinevitor
Vladimir Brichta é Bentinho no longa

Depois de ser exibido no Festival de Roterdã, Capitu e o Capítulo, dirigido por Julio Bressane, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 27/07. Um dos maiores clássicos da literatura nacional, Dom Casmurro, de Machado de Assis, ganha uma nova leitura cinematográfica pelas mãos do consagrado cineasta.

O título surge de um pequeno poema que Haroldo de Campos declamou ao próprio Bressane, em 1984, e, para o longa, o diretor parte do que há de mais cinematográfico em Machado de Assis. No filme, Mariana Ximenes assume o famoso papel de Capitu, cujos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” seduzem o jovem Bentinho, interpretado por Vladimir Brichta, que, anos mais tarde, na maturidade, narra toda essa história, assumindo o apelido de Casmurro, papel de Enrique Diaz. O que era amor se tornou um ciúme doentio, em devaneios do protagonista, que acabaram consumindo a paixão.

Bressane viu em Machado a possibilidade de o transformar em filme, novamente, como já fizera com Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1985. Com fotografia assinada por Lucas Barbi, o longa encontra na pintura um de seus principais diálogos. Nessas imagens, as flores, os arranjos de flores, os vestidos de flores e as pinturas de flores surgem como um forte elemento. A música, por sua vez, é outro elemento importante em Capitu e o Capítulo. Entre outras coisas, o filme ressalta a importância de Machado para a cultura brasileira e o Brasil como um todo.

O longa foi o grande vencedor da 16ª edição do Fest Aruanda, em 2021, com cinco prêmios, entre eles, melhor filme pelo júri e crítica. Além disso, foi exibido no Olhar de Cinema, Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival do Rio, Festival Biarritz Amérique Latine, entre outros.

Com roteiro de Julio Bressane e Rosa Dias, Capitu e o Capítulo conta também com Djin Sganzerla, Saulo Rodrigues, Josie Antello e Claudio Mendes. A produção é assinada pela TB Produções, por Tande Bressane e Bruno Safadi, e coproduzido pela Globo Filmes com distribuição da Pandora Filmes; Cacá Diegues aparece como produtor associado. A direção de arte é de Isabela Azevedo e Moa Batsow; o figurino é assinado por Daniela Aparecida Gavaldão e Luísa Horta; e a montagem de Rodrigo Lima.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o ator Vladimir Brichta. No bate-papo, falou sobre a construção de seu personagem, citou o ilustre Zé Celso, relembrou o convite para atuar no longa e as primeiras impressões ao ler o roteiro. Brichta também destacou a importância da literatura e do cinema, contou como foi sua conversa com Bressane antes das filmagens e da expectativa para o lançamento.

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Foto: Viviane D’Avilla.

CINEVITOR Especial: Barbieheimer | Estreias de BARBIE e OPPENHEIMER

por: Cinevitor
Ryan Gosling e Margot Robbie em cena: come on Barbie, let’s go party!

Nos últimos dias, o universo da sétima arte anda bem movimentado. De um lado, atores e roteiristas de Hollywood anunciaram uma greve em busca de melhores condições de trabalho. Paralelo a isso, as salas de cinema do mundo todo se preparam para receber o fenômeno Barbieheimer (ou Barbenheimer).

Mas o que significa esse tal Barbieheimer? A brincadeira de unir os nomes dos filmes Barbie, de Greta Gerwig, e Oppenheimer, de Christopher Nolan, começou na internet por conta das estreias simultâneas dos dois maiores lançamentos da semana (e talvez do ano). A boneca da Mattel e o pai da bomba atômica chegam juntos aos cinemas nesta quinta-feira, 20/07.

Dirigido pela roteirista e cineasta indicada ao Oscar, Greta Gerwig, de Lady Bird: A Hora de Voar e Adoráveis Mulheres, Barbie, protagonizado por Margot Robbie, começa na Barbielândia, um lugar perfeito para viver. Até que uma crise existencial afeta a boneca mais famosa do mundo, agora em versão live-action nas telonas, que acaba se envolvendo em diversas aventuras ao lado de suas amigas e, claro, do vaidoso Ken, interpretado por Ryan Gosling.

Com roteiro assinado por Gerwig e Noah Baumbach, de Frances Ha e História de um Casamento, o longa conta também com America Ferrera, Kate McKinnon, Michael Cera, Ariana Greenblatt, Issa Rae, Rhea Perlman, Will Ferrell, Helen Mirren, Dua Lipa (em uma participação especial e que também assina uma das músicas da trilha sonora, Dance the Night), Ana Cruz Kayne, Emma Mackey, Hari Nef, Alexandra Shipp, Kingsley Ben-Adir, Simu Liu, Ncuti Gatwa, Scott Evans, Jamie Demetriou, Connor Swindells, Sharon Rooney, Nicola Coughlan, Ritu Arya, entre outros.

Enquanto isso, Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan, de DunkirkInterestelar e Batman: O Cavaleiro das Trevas, um thriller épico filmado em IMAX, leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático J. Robert Oppenheimer, que ficou conhecido como o pai da bomba atômica e é interpretado por Cillian Murphy, e que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo.

Baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o filme conta também com Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Benny Safdie, Michael Angarano, Josh Hartnett, Rami Malek, Dane DeHaan, Dylan Arnold, David Krumholtz, Alden Ehrenreich, Matthew Modine  e Kenneth Branagh (que marca mais uma parceria com o diretor).

Para falar mais sobre as duas grandes estreias da semana Barbieheimer, Vitor Búrigo, do CINEVITOR, recebe o crítico de cinema Francisco Carbone em um programa especial. No vídeo, falam da expectativa para os lançamentos, entrosamento do elenco e direção, comparação entre os dois filmes, temáticas importantes abordadas nos roteiros, greve em Hollywood, protagonismo feminino, temporada de premiações, público, marketing para as estreias, representação da boneca Barbie nas telonas, entre outros assuntos.

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Foto: Courtesy Warner Bros. Pictures.

CINEVITOR #439: Entrevista com Cláudia Abreu | Edição Especial + Virginia

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no palco em Virginia, seu primeiro monólogo

Sucesso na TV, nos palcos e nas telonas, Cláudia Abreu é considerada uma das maiores atrizes de sua geração. Formada em Filosofia, acumula sucessos na carreira artística entre tantas personagens marcantes e trabalhos inesquecíveis.

Começou a fazer teatro aos 10 anos e logo se destacou em cena. Nos palcos, trabalhou com nomes como Bia Lessa, em Orlando e Viagem ao Centro da Terra; Antônio Abujamra, em Um Certo Hamlet; Enrique Diaz, em As Três Irmãs; entre outros. Também produziu e estrelou Pluft, o Fantasminha, no Teatro Tablado, em homenagem à Maria Clara Machado e à casa onde iniciou sua carreira.

Na TV, começou em Tele Tema e Hipertensão, em 1986, ambos na Rede Globo. Depois, atuou em O Outro e Fera Radical, apresentou o Globo de Ouro e se destacou em Que Rei Sou Eu? no papel da Princesa Juliette de Avillan. Mas, foi em 1990 que ganhou sua primeira protagonista: a personagem Clara Ribeiro na novela Barriga de Aluguel, escrita por Gloria Perez, que foi um grande sucesso.

Na sequência, em 1992, outra consagração na carreira: a militante Heloísa na minissérie Anos Rebeldes, escrita por Gilberto Braga, que abordava um certo período da ditadura militar. Por esse trabalho, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz em televisão. Depois disso, ainda na TV, atuou em Pátria Minha, Labirinto, Força de um Desejo, O Quinto dos Infernos, entre outros.

Em 2003, interpretou sua primeira vilã: Laura Prudente da Costa na novela Celebridade, de Gilberto Braga. Ao lado da amiga Malu Mader, protagonizou cenas memoráveis na televisão brasileira e conquistou o público com sua Cachorra, apelido da personagem. Por esse trabalho, recebeu diversos prêmios e indicações. Ainda na TV, participou de Belíssima, Três Irmãs, O Dentista Mascarado, Geração Brasil, a série Desalma, no Globoplay, entre muitos outros. Em 2017, criou, ao lado de Flavia Lins e Silva, a série Valentins, voltada ao público infantojuvenil e exibida no canal Gloob.

Em 2012, outro sucesso de público e crítica: a cômica vilã Chayene em Cheias de Charme, novela das sete escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Ao lado de Titina Medeiros, que interpretava Socorro, sua fiel escudeira, protagonizou momentos hilários ao interpretar a cantora de tecnobrega que tentava sabotar as Empreguetes, vividas por Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond. A vaidosa e vilanesca Chay entrou para a história da teledramaturgia brasileira e é lembrada até hoje pelo público.

Bastidores da entrevista: Cláudia Abreu e Vitor Búrigo

Entre tantos momentos importantes na TV, Cláudia Abreu também se destacou no cinema. Seu primeiro trabalho nas telonas aconteceu em 1996 no longa Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, que logo lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Na sequência, atuou em O Que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, que disputou a estatueta dourada de melhor filme estrangeiro no Oscar de 1998.

Com Ed Mort, filme de Alain Fresnot, recebeu seu segundo Prêmio APCA. Depois, atuou no épico Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende; Os Desafinados, de Walter Lima Jr., no qual foi premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival; O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, que lhe rendeu uma indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr.; O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca; O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim; Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira; O Rastro, de J. C. Feyer; Berenice Procura, de Allan Fiterman; entre outros.

Há um ano, estreou nos palcos seu primeiro monólogo: Virginia, com direção de Amir Haddad e codireção de Malu Valle. No espetáculo, que já passou por vários estados brasileiros, Cláudia Abreu interpreta a trajetória da escritora Virginia Woolf, marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A dramaturgia rememora acontecimentos em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo.

Virginia é o resultado de vários atravessamentos que Woolf provocou em Cláudia Abreu ao longo de sua trajetória e também marca sua estreia na dramaturgia. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação do espetáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. Entre maio e junho deste ano, Cláudia Abreu passou por Fortaleza, no Ceará, e Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte, para apresentar o monólogo. O CINEVITOR acompanhou a turnê pelo Nordeste e conversou com a atriz, no Teatro Alberto Maranhão, na capital potiguar, sobre alguns sucessos de sua carreira.

No bate-papo, relembrou momentos marcantes de sua trajetória no teatro, na TV e no cinema. Cláudia Abreu recordou com carinho três filmes rodados no Nordeste: Guerra de Canudos, Tieta do Agreste e O Caminho das Nuvens. Falou também da retomada do cinema brasileiro e da experiência de viver sua primeira protagonista na telinha, aos 20 anos de idade, em Barriga de Aluguel. Outro trabalho citado na entrevista foi sua primeira vilã, na novela Celebridade, a recepção do público e a icônica cena da briga no banheiro entre sua personagem e Maria Clara Diniz, vivida por Malu Mader. Além disso, destacou a parceria com o amigo Allan Fiterman no longa Berenice Procura, o sucesso popular de Chayene, em Cheias de Charme (com direito a selinho no cantor Roberto Carlos), o aguardado filme das Empreguetes (baseado na novela) e sua imersão no universo de Virginia Woolf.

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Fotos: Brunno Martins.

CINEVITOR #438: Roliúde Nordestina | O Auto da Compadecida + Lajedo de Pai Mateus | Edição Especial

por: Cinevitor
Selton Mello e Matheus Nachtergaele em O Auto da Compadecida

A cidade de Cabaceiras, localizada no Cariri paraibano, fica na área mais baixa do Planalto da Borborema. Com pouco mais de cinco mil habitantes, predomina o clima tropical semiárido e é composta de caatinga arbustiva. Sua história conta que foi fundada em 1735, mas só recebeu o título de cidade em novembro de 1938.

Entre belas paisagens, artesanatos, iguarias bodísticas e festividades, como a Festa do Bode Rei, Cabaceiras já foi conhecida como o município que menos chove no Brasil. Porém, em 1999, um acontecimento cinematográfico colocou a cidade do Nordeste em evidência: as filmagens da consagrada série O Auto da Compadecida, baseada na obra de Ariano Suassuna e exibida na Rede Globo, que logo virou filme.

Dirigido por Guel Arraes, o longa foi um sucesso de crítica e público; foi visto por mais de dois milhões de espectadores, sendo o filme brasileiro de maior bilheteria do ano 2000. Considerado um grande sucesso comercial no país, arrecadou mais de onze milhões de reais e foi premiado em quatro categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

A obra conta as divertidas aventuras de João Grilo, papel de Matheus Nachtergaele, e Chicó, vivido por Selton Mello. O elenco reúne também Fernanda Montenegro, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Enrique Diaz, Paulo Goulart, Luís Melo, Maurício Gonçalves, Virgínia Cavendish, Aramis Trindade e Bruno Garcia. O diretor é também o coautor da adaptação ao lado de Adriana Falcão e João Falcão. Recentemente, uma continuação do longa-metragem foi confirmada: O Auto da Compadecida 2 tem estreia prevista para 2024.

Por conta do sucesso da obra, Cabaceiras passou a receber turistas do mundo todo. Conhecida como a Roliúde Nordestina, com direito a um letreiro que faz referência à Hollywood, hoje, a Rota Cinematográfica é um dos atrativos da cidade, que fica a 180 km de João Pessoa, capital da Paraíba

Mas, a sétima arte já se destacava na região há muitos anos: em 1924, Walfredo Rodriguez, considerado o pai do cinema paraibano, começou a rodar pela região o documentário Sob o Céu Nordestino, que só foi concluído em 1928. O filme é considerado pela crítica como um marco etnológico do cinema brasileiro por ter sido o pioneiro a retratar a cultura nordestina sem a ótica do exoterismo.

Depois de O Auto da Compadecida, outras tantas produções foram rodadas por lá, entre elas, Por Trás do Céu, de Caio Sóh; Canta Maria, de Francisco Ramalho Jr.; Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes; Tempo de Ira, de Marcélia Cartaxo e Gisella de Mello; a novela Aquele Beijo, escrita por Miguel Falabella; a supersérie Onde Nascem os Fortes; e recentemente, Cangaço Novo, de Aly Muritiba e Fábio Mendonça, que estará disponível na Amazon Prime Video no segundo semestre. Além disso, os cabaceirenses não só recebem as equipes de filmagens como também trabalham nos filmes, propagandas, novelas e séries em diversas funções.

Além do Centro Histórico e do letreiro, o Lajedo de Pai Mateus é outro atrativo turístico que virou cenário de diversas obras audiovisuais. O local trata-se de um lajedo contendo centenas de matacões, rochas em formatos arredondados, que pesam toneladas; algumas com pinturas rupestres. A Pedra do Capacete, por exemplo, é um dos pontos que mais atraem os turistas. 

Para falar mais sobre a cinematográfica Cabaceiras, desembarcamos na Roliúde Nordestina e gravamos um programa especial pela cidade e região. Passamos pelo famoso letreiro e visitamos o Centro Histórico, que também se destaca pelas locações de O Auto da Compadecida. Além disso, relembramos nossa entrevista com Matheus Nachtergaele sobre o sucesso do filme, e que foi exibida em outubro de 2020. Também conhecemos as belas paisagens do Lajedo de Pai Mateus e conversamos com Gerson Lima, guia de turismo, que contou histórias de algumas produções rodadas por lá, entre elas, a mais recente, a série Cangaço Novo, e falou da lenda sobre possíveis visitas extraterrestres.

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Foto: Divulgação/Globo Filmes.

CINEVITOR #437: Entrevista com Daniel Rocha, André Sigwalt e Augusto Soares | O Mestre da Fumaça

por: Cinevitor
Protagonista: Daniel Rocha em cena

Vencedor do Prêmio do Público de melhor ficção brasileira na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, O Mestre da Fumaça chega aos cinemas nesta quinta-feira, 18/05, com direção de André Sigwalt e Augusto Soares.

O ator brasileiro Daniel Rocha e o ator chinês Tony Lee protagonizam a ação, que narra a jornada de dois irmãos amaldiçoados pela máfia chinesa com a temida “Vingança das 3 Gerações”. A única maneira de sobreviver é aprender os segredos do Estilo da Fumaça, uma arte marcial ensinada por um mestre singular.

Com trilha sonora original assinada por André Abujamra, em parceria com Eron Guarnieri, a produção é completamente independente e traz todos os elementos de um filme épico, com uma mistura de gêneros inusitada. Apesar da ênfase no Kung fu, inspirada no cinema de Hong Kong dos anos 1960 e 1970, é, ao mesmo tempo, uma comédia “stoner”, baseada nos filmes da contracultura americana de 1970 a 1990.

Para o longa, foi criada uma arte marcial inédita: o Estilo da Fumaça, baseada no universo da cannabis e em estilos de lutas chinesas que existem há centenas de anos, como Baguazhang, Xing Yi Quan e Bajiquan. O Estilo da Fumaça possui oito conjuntos de movimentos específicos e é totalmente aplicável na vida real. O elenco foi especialmente preparado para atuar e lutar em cena utilizando esse estilo; o longa tem 15 sequências de lutas e a penúltima cena conta com 21 pessoas lutando ao mesmo tempo por 3 minutos e meio.

A forma pela qual a maconha é abordada no filme é diferente da comumente mostrada no cinema. Na trama, a maconha e sua utilização têm poderes sagrados e podem contribuir para a vida de quem a estuda e a utiliza. Além disso, a necessidade do auto cultivo, bem como a urgência da legalização da cannabis, estão também presentes no enredo, porém de forma natural.

O filme também é repleto de citações, referências e “hidden gems”, desde os filmes clássicos de Kung fu, como A Fúria do Dragão, com Bruce Lee, e O Mestre Invencível, com Jackie Chan, passando por O Grande Lebowski, Rocky: Um Lutador, Karatê Kid, Queimando Tudo, da dupla Cheech & Chong, Segurando as Pontas, Star Wars, Scarface e muito mais.

O Mestre da Fumaça também passou pelo Fantaspoa, maior festival de cinema fantástico da América Latina; foi exibido no Amazing Stoner Movie Fest, na Tailândia, evento dedicado a filmes canábicos, no qual recebeu o Golden Ganja Award de melhor filme; e também se destacou no Rio Fantastik Festival, Festival Internacional de Cinema do Balneário Camboriú, Festival de Cine Punta del Este, DC Independent Film Festival, entre outros.

O elenco conta também com Luana Frez, Thiago Stechinni, Tristan Aronovich, Cleber Colombo, Paula Zago, Yasmin Thin Qi, Ravel Andrade, Natallia Rodrigues, Angela Dippe, Ye Xin, Pedro Hórak, Michelle Rodrigues, Jean-Paul Kinfoussia, Jimmy Wong, Caroline Hirose, Caio Mutai, entre outros.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o protagonista Daniel Rocha, que falou sobre sua preparação para as cenas de luta, entrosamento com o elenco, presença da comunidade asiática na equipe, desafios em cena, bastidores, entre outros assuntos. Também batemos um papo com os diretores sobre o processo de criação, referências e expectativa para o lançamento.

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Foto: Mila Cavalcante.

CINEVITOR #436: Entrevista com Paulo Miklos, Thaíde e Iberê Carvalho | O Homem Cordial

por: Cinevitor
Protagonista: Paulo Miklos em cena

Depois de lançar O Último Cine Drive-in, o cineasta Iberê Carvalho volta aos cinemas com O Homem Cordial, que estreia nesta quinta-feira, 11/05, com distribuição da O2 Play. Segundo o diretor, a motivação inicial do projeto era tratar da injustiça social.

O longa traz como protagonista o músico e ator Paulo Miklos, que levou o kikito de melhor ator no Festival de Gramado, em 2019; o filme também venceu na categoria de melhor trilha musical para Sascha Kratzer. Na trama, Miklos interpreta Aurélio, o líder de uma banda de rock fictícia chamada Instinto Radical, que traz em suas músicas questões sociais. Ela foi concebida como se fosse uma das muitas bandas de rock que fizeram sucesso nos anos 1980 e 1990 no Brasil. Para isso, era preciso criar músicas de poucos acordes, refrão de fácil assimilação e um discurso político um tanto quanto ingênuo.

Até que Aurélio se envolve em um incidente, no qual um policial acaba morto e um vídeo viraliza na internet. No início da trama, não sabe-se muito bem o que realmente, mas o músico se torna alvo de um julgamento e cancelamento na internet, colocando até mesmo sua vida em risco.

Sociólogo por formação, Iberê Carvalho escreveu o roteiro em parceria com o uruguaio Pablo Stoll, do filme Whisky, e o que os guiava era o desejo de escrever uma história que se passasse em uma única noite e que levantasse questões, de forma crítica, sobre a sociedade brasileira atual. O outro tema central do filme entra logo em seguida em cena, quando se descobre que o incidente também envolve um garoto negro.

O Homem Cordial, que também foi exibido no Cairo International Film Festival, tem como um de seus temas principais o racismo, a partir de um ponto de vista que busca discutir a branquitude como uma raça. Para escrever o filme, os roteiristas pesquisaram sobre a origem e os casos contemporâneos de linchamentos (virtuais e/ou físicos), sobre os casos de violência policial que tiveram crianças como vítimas, sobre racismo estrutural e também sobre o rock brasileiro dos anos 1980.

Outro elemento importante na narrativa é a cidade de São Paulo, que entra quase como uma personagem. Na fotografia, assinada por Pablo Baião, o diretor desenvolveu o conceito de câmera que é muito diferente de tudo que havia experimentado até então em sua carreira.

Além de Paulo Miklos, o elenco conta também com Thaíde, Dandara de Morais, Thalles Cabral, Theo Werneck, Fernanda Rocha, Bruno Torres, Murilo Grossi, Mauro Shames, Felipe Kenji, Tamirys O’Hanna, André Deca, entre outros.

Para falar mais sobre O Homem Cordial, conversamos com os atores Paulo Miklos, que completa sua sétima entrevista no CINEVITOR, e Thaíde sobre seus personagens, o poder da internet, os temas abordados no filme, e que seguem cada vez mais atuais, e expectativas para o lançamento. Já o diretor Iberê Carvalho falou do seu processo de criação, fotografia, fake news, escolha do elenco, filmagens e narrou a sensação de lançar o longa quatro anos depois da sua primeira exibição pública em festival.

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Foto: Divulgação.