Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #480: Entrevista com Camila Pitanga e Jorge Furtado | Saneamento Básico, o Filme

por: Cinevitor
Camila Pitanga é Silene Seagal: de volta aos cinemas

A partir do dia 29 de maio, o público poderá revisitar nas telonas duas obras essenciais do cinema brasileiro: o curta-metragem Ilha das Flores e o longa Saneamento Básico, o Filme, ambos dirigidos por Jorge Furtado e produzidos pela Casa de Cinema de Porto Alegre, em cópias digitais restauradas em 4K pela Sessão Vitrine Petrobras.

A iniciativa, que conta com a coordenação da preservadora audiovisual e restauradora Débora Butruce, visa resgatar e valorizar o patrimônio audiovisual do país, permitindo que novas gerações tenham acesso a filmes fundamentais da nossa cinematografia no formato original para o qual foram concebidos: o cinema.

Com uma carreira marcada por criatividade narrativa, ironia mordaz e olhar atento às contradições sociais brasileiras, o gaúcho Jorge Furtado, de O Homem que Copiava, Meu Tio Matou um Cara e Rasga Coração, é um dos diretores e roteiristas mais respeitados do país. Fundador da Casa de Cinema de Porto Alegre, criou uma linguagem própria, capaz de transitar entre o documentário, a ficção e a comédia, sempre com inteligência e engajamento.

Seu curta-metragem Ilha das Flores, lançado em 1989, se tornou um dos filmes mais estudados e aclamados da história do cinema brasileiro. Com narração acelerada e montagem fragmentada, a obra denuncia com humor ácido as desigualdades sociais e os absurdos do sistema de consumo. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1990, é até hoje uma referência em escolas, universidades e mostras de cinema ao redor do mundo: “O Ilha das Flores surgiu da pergunta que eu me fiz de como conseguimos chegar a ser o país mais desigual do planeta. Como é possível que o Brasil, um país rico, uma natureza exuberante e que nos dá tudo, energia, terra, alimento, enfim, chegou a ser o país mais desigual do planeta, onde muitos têm pouco e poucos têm muito. E como chegamos a esse ponto?”, disse o diretor sobre a origem do curta-metragem.

Saneamento Básico, o Filme, lançado em 2007, revela a veia cômica de Furtado em sua forma mais popular e acessível, sem abrir mão da crítica social. O roteiro, também assinado por ele, acompanha os moradores de uma pequena vila de colonização italiana no sul do Brasil que, diante da falta de recursos para construir uma fossa séptica, decidem produzir um filme de ficção para captar uma verba pública destinada à produção audiovisual. A sátira é certeira, e expõe com leveza e sagacidade as burocracias e disparates da gestão pública no Brasil.

No centro da trama está Fernanda Torres, em uma de suas atuações mais carismáticas e emblemáticas. Intérprete da protagonista Marina, a professora que lidera o projeto do filme-fossa, Fernanda equilibra doçura, determinação e humor com enorme precisão. Reconhecida como uma das grandes atrizes brasileiras, Torres venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Eu Sei que Vou te Amar, em 1986, e recentemente foi consagrada no Globo de Ouro e indicada ao Oscar por sua performance em Ainda Estou Aqui, marcando um momento histórico para o cinema nacional

Em Saneamento Básico, o Filme, Fernanda Torres reafirma sua versatilidade, transitando com naturalidade entre a crítica social e o humor popular com um carisma irresistível. Ao seu lado, estão Wagner Moura, recentemente premiado como melhor ator no Festival de Cannes por O Agente Secreto, como o marido prático e bem-humorado Joaquim, e Camila Pitanga, como a amiga ambiciosa e deslumbrada Silene. O elenco ainda conta com Lázaro Ramos, Bruno Garcia, Janaína Kremer, Zéu Britto, Lucio Mauro Filho, Tonico Pereira e o saudoso Paulo José.

A exibição destes dois filmes nos cinemas representa uma oportunidade única para o público redescobrir e apreciar essas obras na janela para a qual foram originalmente concebidas. Além de permitir que novos espectadores entrem em contato com a genialidade de Jorge Furtado, o relançamento reforça a relevância de temas abordados nas produções, que seguem atuais e necessários.

Para falar mais sobre Saneamento Básico, o Filme, conversamos com o diretor Jorge Furtado e com a atriz Camila Pitanga, que interpreta a inesquecível Silene Seagal. No bate-papo, falaram sobre essa ocasião especial do relançamento dos dois filmes em um momento importante para o cinema brasileiro, relembraram histórias de bastidores e memórias das filmagens, entrosamento do elenco e expectativa para as exibições.

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Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

CINEVITOR #479: Entrevista com Marcelo Gomes e Sidarta Ribeiro | Criaturas da Mente

por: Cinevitor
Sidarta Ribeiro: neurocientista brasileiro nas telonas

Exibido na abertura da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e na Mostra A Câmera Curiosa: Cinema e Ciência, Criaturas da Mente, nova obra do diretor Marcelo Gomes, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 08/05.

O longa-metragem acompanha a jornada do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro para melhor entender o universo dos sonhos e do inconsciente a partir da relação do conhecimento científico e dos saberes ancestrais de povos originários e de culturas afrodescendentes, transcendendo o tradicional eurocentrismo da academia.

Sidarta Ribeiro é também professor titular e um dos fundadores do ICe-UFRN, Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Além disso, é formando do Grupo Capoeira Brasil e discípulo de Mestre Caxias, sob a supervisão do Mestre Paulinho Sabiá. Como autor, escreveu os livros O Oráculo da Noite: A História e a Ciência do Sonho, Limiar: Uma Década Entre o Cérebro e a Mente, Sonho Manifesto: Dez Exercícios Urgentes de Otimismo Apocalíptico, As Flores do Bem: A Ciência e a História da Libertação da Maconha e Entendendo as Coisas.

Com imagens imersivas, que incluem trechos da própria filmografia de Marcelo Gomes, entre eles, o curta Maracatu, Maracatus, e depoimentos instigantes, Criaturas da Mente apresenta um universo onde ciência e espiritualidade se complementam, desafiando visões reducionistas e convidando o espectador a repensar sua relação com o inconsciente. O documentário chega para provocar reflexões profundas sobre o papel dos sonhos na construção de novas formas de existência e no resgate de tradições há muito negligenciadas.

“Esse documentário é o resultado de um diálogo entre cinema e ciência, justamente duas áreas que foram muito atacadas durante o governo anterior. Em um momento em que o cinema brasileiro é assistido por milhões de pessoas, eu estou aqui para dizer que o cinema brasileiro resistiu e está mais vivo que nunca”, declarou Marcelo Gomes, que também dirigiu Cinema, Aspirinas e Urubus, Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, Joaquim, Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, Paloma, Retrato de um Certo Oriente, entre outros.

Além de Sidarta Ribeiro, o documentário também traz as presenças ilustres de Mizziara de Paiva, Waldemar Magaldi, Marcelo Leite, Mãe Beth de Oxum, Mãe Lu, Ailton Krenak, Dráulio Barros de Araújo, Ana Flávia Mendonça, Gilda Gomes, Sérgio Mota Ribeiro e Adolfo Ramos.

A sinopse oficial diz: o sonho como motor da revolução humana. Esse é o mote de Sidarta Ribeiro, neurocientista brasileiro que, há 20 anos, estuda os mistérios do sonhar. No filme Criaturas da Mente, Sidarta explora como os sonhos e outras formas de acesso ao inconsciente podem transformar a experiência humana. Em sua investigação, propõe unir os saberes ancestrais dos povos originários e de origem africana no Brasil ao conhecimento científico, além de uma reavaliação científica das experiências com alucinógenos.

Com argumento e roteiro de Letícia Simões e Marcelo Gomes, Criaturas da Mente é uma produção de João Moreira Salles e Maria Carlota Bruno, da VideoFilmes, realizada em coprodução com Globo Filmes e GloboNews, em associação com a Carnaval Filmes, com distribuição da Bretz Filmes. A direção de fotografia é de Ivo Lopes Araújo com montagem de Fabian Remy; O Grivo assina a trilha sonora. O som direto é de Pedrinho Moreira e Moabe Filho; e o desenho de som e a mixagem é de Denilson Campos e Solo Áudio Estúdio.

Para falar mais sobre Criaturas da Mente, conversamos com o diretor Marcelo Gomes e com o neurocientista Sidarta Ribeiro. No bate-papo, falaram sobre a conexão entre eles, pesquisa, experiências no set de filmagem, participações especiais e bastidores.

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Foto: Sylara Silvério.

CINEVITOR #478, parte 2: Entrevista com Bruno Montaleone e Jullio Reis | Homem com H

por: Cinevitor
Jullio Reis e Jesuíta Barbosa em cena: Cazuza e Ney

Com estreia marcada para a próxima quinta-feira, 01/05, o aguardado filme inspirado na vida de Ney Matogrosso, Homem com H, acompanha a brilhante e intensa trajetória de Ney de Souza Pereira desde a infância até sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros.

Escrito e dirigido por Esmir Filho, de Tapa na Pantera, Alguma Coisa Assim, Os Famosos e os Duendes da Morte, Boca a Boca e Verlust, o longa é protagonizado por Jesuíta Barbosa, que interpreta o consagrado Ney Matogrosso. O elenco conta ainda com Jullio Reis, Bruno Montaleone, Hermila Guedes, Rômulo Braga, Mauro Soares, Jeff Lyrio, Caroline Abras, Lara Tremouroux, Danilo Grangheia, Augusto Trainotti e Bela Leindecker; com participações especiais de Céu e Sarah Oliveira.

Na infância e na adolescência, Ney morou com os pais e irmãos na pequena cidade de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul. Os embates com o pai, vivido por Rômulo Braga, militar, que insistia que o menino virasse homem, o levaram a se afastar da família, antes de seguir na vida artística. Anos depois de sair de casa, Ney estreou em São Paulo como vocalista do Secos e Molhados, ao lado de João Ricardo, interpretado por Mauro Soares, e Gerson Conrad, papel de Jeff Lyrio, dando início às performances históricas.

Ao retratar o período da ditadura militar, Homem com H mostra que a vida de Ney está conectada com a história de um Brasil cercado pela opressão, mas que aspira à liberdade. Resistindo à toda forma de repressão da família e da sociedade, Ney Matogrosso desafiou preconceitos e inaugurou um estilo próprio. O filme também revela as paixões de Ney, entre elas, Cazuza, interpretado por Jullio Reis, um de seus grandes amores, e Marco de Maria, papel de Bruno Montaleone, seu companheiro por 13 anos. A trama é embalada por sucessos como Rosa de Hiroshima, Sangue Latino, O Vira, Bandido Corazón, Postal de Amor, Não Existe Pecado ao Sul do Equador, Encantado, e, é claro, Homem com H.

Um dos destaques da cinebiografia é a recriação dos mais marcantes shows da trajetória de Ney Matogrosso, entre eles, a primeira apresentação dos Secos e Molhados na Casa de Badalação e Tédio (1972); seu primeiro show solo, Homem de Neanderthal (1975); Bandido (1976); e o show em que Ney canta Homem com H, dirigido por Amir Haddad (1981). As diferentes fases de Ney Matogrosso também são exploradas nas apresentações do Circo Tihany (1984); no projeto A Luz do Solo (1986), com destaque para a canção O Mundo é um Moinho, de Cartola; em O Tempo Não Para (1988), de Cazuza, dirigido por Ney; em As Aparências Enganam (1993); e em seu mais recente show, Bloco na Rua (2024).

Ney Matogrosso visitou o set e colaborou com a produção, mas fez questão de não interferir em nada. Ele gravou especialmente para o filme a versão de O Mundo é um Moinho, com violão de João Camarero, e dublou Jesuíta Barbosa na cena do coral de Brasília e também na música Réquiem para Matraga, com Luli. Todas as outras músicas são fonogramas do Ney dublados por Jesuíta.

Com fotografia de Azul Serra e direção de arte assinada por Thales Junqueira, a produção é da Paris Entretenimento com distribuição da Paris Filmes. O figurino é de Gabriella Marra e a caracterização de Martin Trujillo; Kity Féo assina como primeira assistente de direção, Germano de Oliveira foi responsável pela montagem e Anna Luiza Paes de Almeida na produção de elenco. O som direto é de Ana Penna, a edição de som é de Martin Griganaschi e a mixagem de Armando Torres Jr; Amabis assina a música original e a supervisão musical.

Para falar mais sobre Homem com H, fizemos dois programas especiais. Nesta segunda parte, conversamos com os atores Bruno Montaleone e Jullio Reis, que interpretam os amores da vida de Ney. No bate-papo, falaram das construções de seus personagens, bastidores e expectativas para o lançamento.

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*Clique aqui e confira nossa entrevista com o protagonista Jesuita Barbosa e com o diretor

Foto: Marina Vancini.

CINEVITOR #478: Entrevista com Jesuíta Barbosa e Esmir Filho | Homem com H

por: Cinevitor
Jesuíta Barbosa interpreta Ney Matogrosso nas telonas

Com estreia marcada para a próxima quinta-feira, 01/05, o aguardado filme inspirado na vida de Ney Matogrosso, Homem com H, acompanha a brilhante e intensa trajetória de Ney de Souza Pereira desde a infância até sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros.

Escrito e dirigido por Esmir Filho, de Tapa na Pantera, Alguma Coisa Assim, Os Famosos e os Duendes da Morte, Boca a Boca e Verlust, o longa é protagonizado por Jesuíta Barbosa, que interpreta o consagrado Ney Matogrosso. O elenco conta ainda com Jullio Reis, Bruno Montaleone, Hermila Guedes, Rômulo Braga, Mauro Soares, Jeff Lyrio, Caroline Abras, Lara Tremouroux, Danilo Grangheia, Augusto Trainotti e Bela Leindecker; com participações especiais de Céu e Sarah Oliveira.

Na infância e na adolescência, Ney morou com os pais e irmãos na pequena cidade de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul. Os embates com o pai, vivido por Rômulo Braga, militar, que insistia que o menino virasse homem, o levaram a se afastar da família, antes de seguir na vida artística. Anos depois de sair de casa, Ney estreou em São Paulo como vocalista do Secos e Molhados, ao lado de João Ricardo, interpretado por Mauro Soares, e Gerson Conrad, papel de Jeff Lyrio, dando início às performances históricas. 

Ao retratar o período da ditadura militar, Homem com H mostra que a vida de Ney está conectada com a história de um Brasil cercado pela opressão, mas que aspira à liberdade. Resistindo à toda forma de repressão da família e da sociedade, Ney Matogrosso desafiou preconceitos e inaugurou um estilo próprio. O filme também revela as paixões de Ney, entre elas, Cazuza, interpretado por Jullio Reis, um de seus grandes amores, e Marco de Maria, papel de Bruno Montaleone, seu companheiro por 13 anos. A trama é embalada por sucessos como Rosa de Hiroshima, Sangue Latino, O Vira, Bandido Corazón, Postal de Amor, Não Existe Pecado ao Sul do Equador, Encantado, e, é claro, Homem com H.

Um dos destaques da cinebiografia é a recriação dos mais marcantes shows da trajetória de Ney Matogrosso, entre eles, a primeira apresentação dos Secos e Molhados na Casa de Badalação e Tédio (1972); seu primeiro show solo, Homem de Neanderthal (1975); Bandido (1976); e o show em que Ney canta Homem com H, dirigido por Amir Haddad (1981). As diferentes fases de Ney Matogrosso também são exploradas nas apresentações do Circo Tihany (1984); no projeto A Luz do Solo (1986), com destaque para a canção O Mundo é um Moinho, de Cartola; em O Tempo Não Para (1988), de Cazuza, dirigido por Ney; em As Aparências Enganam (1993); e em seu mais recente show, Bloco na Rua (2024). 

Ney Matogrosso visitou o set e colaborou com a produção, mas fez questão de não interferir em nada. Ele gravou especialmente para o filme a versão de O Mundo é um Moinho, com violão de João Camarero, e dublou Jesuíta Barbosa na cena do coral de Brasília e também na música Réquiem para Matraga, com Luli. Todas as outras músicas são fonogramas do Ney dublados por Jesuíta.

Com fotografia de Azul Serra e direção de arte assinada por Thales Junqueira, a produção é da Paris Entretenimento com distribuição da Paris Filmes. O figurino é de Gabriella Marra e a caracterização de Martin Trujillo; Kity Féo assina como primeira assistente de direção, Germano de Oliveira foi responsável pela montagem e Anna Luiza Paes de Almeida na produção de elenco. O som direto é de Ana Penna, a edição de som é de Martin Griganaschi e a mixagem de Armando Torres Jr; Amabis assina a música original e a supervisão musical.

Para falar mais sobre Homem com H, conversamos com o diretor Esmir Filho e com o protagonista Jesuita Barbosa. No bate-papo, falaram sobre inspirações e processo de criação, bastidores, momentos marcantes das filmagens, entrosamento do elenco e expectativa para o lançamento.

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*Clique aqui e confira nossa entrevista com os atores Bruno Montaleone e Jullio Reis

Foto: Marina Vancini.

CINEVITOR #477: Entrevista com Marco Pigossi | Maré Alta

por: Cinevitor
Marco Pigossi: protagonista e produtor executivo

Dirigido por Marco Calvani, o longa Maré Alta, no original High Tide, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20/03, marca o primeiro protagonismo do ator brasileiro Marco Pigossi em um filme estrangeiro

A sinopse diz: depois de se mudar com o namorado para Provincetown, cidade americana considerada uma meca LGBTQIAP+, o brasileiro Lourenço vê todo o cenário idealizado desmoronar. Abandonado pelo parceiro, trabalhando ilegalmente como faxineiro e com o visto prestes a expirar, o imigrante passa a lidar com diversas incertezas sobre seu lugar no mundo. Com a chegada do envolvente Maurice, interpretado por James Bland, Lourenço recomeça uma busca interna por pertencimento. 

O filme, selecionado para diversos festivais internacionais, como SXSW Film Festival, FilmOut San Diego LGBT Film Festival e BFI Flare: London LGBTQIA+ Film Festival, foi indicado recentemente ao GLAAD Media Awards. No Brasil, foi exibido no Festival do Rio e premiado no Mix Brasil.

Considerado um dos atores mais talentosos e requisitados de sua geração no Brasil, Marco Pigossi, que começou carreira internacional recentemente, já se destacou em Gen V, sucesso da Amazon e spin-off da série de grande sucesso The Boys. Para a Netflix, estrelou três produções: Tidelands, Alto Mar e Cidade Invisível, criada por Carlos Saldanha, que recentemente retornou para sua segunda temporada. No Brasil, Pigossi estrelou várias séries e novelas para a Rede Globo, além de filmes como O Nome da Morte. Entre seus próximos projetos nacionais estão Privadas da Minha Vida, de Gustavo Vinagre e o remake de O Quarto do Pânico, da diretora Gabriela Amaral Almeida.

Em 2022, Pigossi produziu o documentário Corpolítica, dirigido por Pedro Henrique França, que acompanha quatro candidatos queers nas eleições municipais de 2020. Os próximos projetos americanos de Marco incluem o filme de comédia e terror Bone Lake: Jogo de Mentiras, dirigido por Mercedes Bryce-Morgan, e You’re Dating a Narcissist!, que marca a estreia de Ann Marie Allison em longas-metragens.

Para falar mais sobre Maré Alta, conversamos com o protagonista, que também assina a produção executiva. No bate-papo, Pigossi falou do trabalho com o marido Marco Calvani, diretor do filme, e com seus colegas de elenco Bill Irwin, Marisa Tomei e James Bland. E mais: destacou o sucesso do cinema brasileiro, revelou como foi sua preparação para o papel, contou suas experiências internacionais, debateu sobre cinema independente e revelou as expectativas para o lançamento do filme no Brasil.

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Foto: Divulgação/Retrato Filmes.

CINEVITOR #476: Entrevista com Bruna Linzmeyer | Homenagem | 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Bruna Linzmeyer: homenageada com o Troféu Barroco

Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna Linzmeyer, que transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance, foi a grande homenageada da 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes e recebeu o Troféu Barroco.

Nascida em Corupá, Santa Catarina, começou sua trajetória artística aos 16 anos quando se mudou para São Paulo para estudar teatro. Estreou na televisão em 2010, na série Afinal, o que Querem as Mulheres?, de Luiz Fernando Carvalho, e acumula papéis marcantes em novelas como Gabriela (2012), Meu Pedacinho de Chão (2014), Amor à Vida (2013) e Pantanal (2022).

No cinema, Linzmeyer tem uma filmografia significativa, com filmes como Medusa (2023), de Anita Rocha da Silveira, e Cidade; Campo (2024), de Juliana Rojas. Para além dos longas, seu currículo chama atenção por uma substantiva presença de filmes de curta-metragem, coisa rara para uma atriz já consagrada. Ela atuou em Alfazema, de Sabrina Fidalgo, Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Eri Sarmet e Se Eu Tô aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro.

Sua trajetória conta também com os longas Baby, de Marcelo Caetano; A Frente Fria que a Chuva Traz, de Neville d’Almeida; O Filme da Minha Vida, de Selton Mello; e O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues. E mais: a série Notícia Populares, de Marcelo Caetano, exibida no Canal Brasil. Em breve poderá será vista em Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente, série de Marcelo Gomes e Carol Minên, que foi selecionada para o Festival de Berlim deste ano.

Para falar mais sobre esse momento, conversamos com Bruna Linzmeyer durante a 28ª Mostra de Tiradentes. No bate-papo, a atriz falou da alegria de ser homenageada pela primeira vez e contou sobre projetos futuros, entre eles, o longa Virtuosas, de Cíntia Domit Bittar. Além disso, revelou suas expectativas para o cinema brasileiro em 2025 e comentou o sucesso internacional de Ainda Estou Aqui, recentemente indicado ao Oscar.

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*O CINEVITOR esteve em Tiradentes e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

CINEVITOR #475: Entrevista com Fernanda Torres e Selton Mello | Ainda Estou Aqui

por: Cinevitor
Fernanda Torres e Selton Mello na exibição do filme na 48ª Mostra de São Paulo

Escolhido para representar o Brasil na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2025, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, chega aos cinemas brasileiros depois de uma trajetória marcante em festivais internacionais.

O longa é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil, e é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega, que foram premiados no Festival de Veneza deste ano.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Salles depois do consagrado Central do Brasil. O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento.

E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

A direção de fotografia é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada. O filme também foi exibido nos festivais de Toronto, San Sebastián e Biarritz Amérique Latine, além de ter sido selecionado para o Festival de Nova York e premiado pelo público na 48ª Mostra de São Paulo.

A adaptação cinematográfica do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, é produzida pela VideoFilmes, RT Features e Mact Productions; o longa é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração. A distribuição nos cinemas brasileiros será realizada pela Sony Pictures.

Para falar mais sobre Ainda Estou Aqui, conversamos com a protagonista Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, e Selton Mello, que vive Rubens Paiva nas telonas. No bate-papo, falaram da emoção de exibir o filme no Brasil, expectativa para o Oscar e outras premiações, trabalho com Walter Salles, entre outros assuntos.

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Foto: Divulgação/VideoFilmes.

CINEVITOR #474: Entrevista com Chico Diaz | Corisco e Dadá | Edição Especial

por: Cinevitor
Chico Diaz: cangaceiro em cena

Quase trinta anos depois do lançamento original, o longa-metragem Corisco e Dadá, dirigido pelo realizador cearense Rosemberg Cariry e protagonizado por Chico Diaz e Dira Paes, volta aos cinemas brasileiros em cópia restaurada 4K.

A cópia foi realizada com apoio da Cinemateca do MAM Rio, MIS Ceará, Arquivo Nacional, Link Digital, Iluminura Filmes, Sereia Filmes e Mapa Filmes, a partir de negativos de imagem e som originais. Para a produtora executiva Bárbara Cariry, a iniciativa recupera a memória de uma obra que investiga o Nordeste profundo do Brasil: “Esse é um filme histórico que marcou uma década importante de resistência do cinema brasileiro, que estava vivendo a sua Retomada. Fizemos, no Ceará, uma obra que lança luzes sobre o fenômeno histórico do cangaço, enquanto rebeldia popular, a partir de um olhar feminino. Um filme que segue, até hoje, como referência importante do audiovisual nacional, sendo celebrado como um clássico”.

Além de cineasta, Rosemberg Cariry é escritor e ensaísta. Tem se dedicado a pesquisar os movimentos culturais do Brasil, sobretudo os que aconteceram no Nordeste. Depois do filme, que foi selecionado para o Festival de Toronto, em 1996, uma extensão da pesquisa sobre os cangaceiros também foi publicada no livro Corisco e Dadá: Apontamentos Sobre o Filme, com organização de Sylvie Debs e colaboração do próprio cineasta.

Estrelado por Chico Diaz e Dira Paes, Corisco e Dadá reimagina a saga do cangaceiro Corisco, também conhecido como Diabo Louro, de sua companheira Dadá e das andanças de seu bando pelo sertão nordestino. A sinopse diz: o capitão Corisco é um condenado de Deus, cuja missão é lavar com sangue os pecados do mundo. Um dia ele rapta Dadá e suas vidas mudam completamente. Diante da morte de um filho, tomado de fúria, Corisco rompe com Deus e Dadá tenta salvá-lo do abismo do ódio, mas o terrível destino não tarda a chegar.

Rodado na região do Cariri, no sul do Ceará, entre as cidades de Barbalha, Crato, Missão Velha, Farias Brito, e Exu, em Pernambuco, o filme, baseado em uma entrevista realizada pelo próprio Rosemberg com Dadá, rendeu o prêmio de melhor ator para Chico Diaz no Festival de Gramado e de melhor atriz para Dira Paes no Festival de Brasília e no Festival de Cuiabá. Além disso, se destacou no Festival de Havana, em Cuba, na categoria de melhor edição para Severino Dadá.

Com direção de fotografia de Ronaldo Nunes, a direção de arte foi assinada por Renato Dantas e Valmir de Azevedo; Toinho Alves e Quinteto Violado foram responsáveis pela trilha musical e Márcio Câmara pelo som direto. O elenco conta também com Regina Dourado, Denise Milfont, Virginia Cavendish, Antônio Leite, Rodger Rogério, Chico Alves, B. de Paiva e Maira Cariry.

Para falar mais sobre o lançamento da cópia restaurada de Corisco e Dadá, que reestreia na semana em que o cinema cearense completa 100 anos, conversamos com o protagonista Chico Diaz. No bate-papo, falou da alegria de rever o filme nas telonas, contou como entrou no projeto (depois de participar da minissérie Memorial de Maria Moura), elogiou a colega Dira Paes e os outros integrantes do elenco, relembrou sua pesquisa sobre os cangaceiros (Corisco, Dadá, Lampião e Maria Bonita), falou do Brasil profundo retratado na obra, das condições de filmagens, do trabalho e amizade com Rosemberg Cariry, das lembranças do set e da expectativa para esse lançamento.

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Foto: Divulgação/Cariri Filmes.

CINEVITOR #473: Entrevista com Dira Paes e Humberto Carrão | Pasárgada

por: Cinevitor
Dira Paes: diretora, roteirista, produtora e protagonista

Depois de ser premiado na 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado com o kikito de melhor desenho de som para Beto Ferraz, Pasárgada, filme que marca a estreia de Dira Paes como diretora, que também é a roteirista, produtora e protagonista da narrativa, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 26/09.  

Pasárgada surgiu de uma experiência pessoal de Dira Paes: durante a pandemia de Covid-19, a artista se isolou entre as montanhas do Arraial do Sana, em Macaé, no Rio de Janeiro, onde o longa foi rodado. Rica em biodiversidade, a região abrange parte da Mata Atlântica e é uma das áreas mais procuradas por pesquisadores de aves no mundo, o que serviu de inspiração para a criação da narrativa.

Na trama, Dira vive Irene, uma ornitóloga de 50 anos, que está fazendo uma pesquisa na floresta tropical para realizar um trabalho de mapeamento de pássaros. Guiada por Manuel, um mateiro interpretado por Humberto Carrão, Irene se vê em face das suas escolhas e do resgate da sua essência.

Nascida no Pará, em meio à Floresta Amazônica, a conexão de Dira com a natureza e seu compromisso com o ativismo ambiental foram elementos importantes para a construção da narrativa. Os dados de que, no Brasil, 80% dos animais contrabandeados são pássaros e que o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para armas e drogas, acionaram ainda mais as inquietações da cineasta para tratar desse universo em Pasárgada. Uma de suas principais atividades durante o desenvolvimento do roteiro foi a observação de pássaros, fator determinante para a escolha da profissão da protagonista Irene: “Inspirada pelos versos do grande poeta modernista Manuel Bandeira, comecei a refletir sobre o poema Vou-me embora pra Pasárgada e sobre o desejo que todos temos de alcançar o nosso paraíso particular, lugar onde a felicidade parece possível, ainda que de maneira onírica”, explicou Dira

A sinopse diz: Irene é uma ornitóloga, solitária em seus 50 anos que, durante seu projeto de pesquisa no meio da floresta, redescobre sua tropicalidade após conhecer Manuel, um jovem guia que fala a língua dos pássaros e traz à tona seus dilemas como mulher, mãe e profissional. 

O elenco conta também com Cássia Kis, Peter Ketnath e Ilson Gonçalves. A produção foi assinada pela Muiraquitã Filmes, Imã Filmes e Baderna Filmes, com coprodução da Globo Filmes, e distribuição da Bretz Filmes. A direção de fotografia é de Pablo Baião e a montagem de André Sampaio; Pedro von Tiesenhausen assina a direção de arte e Luciana Buarque o figurino.

Para falar mais sobre Pasárgada, conversamos com a diretora e protagonista Dira Paes e com o ator Humberto Carrão. No bate-papo, falaram sobre a preparação para o longa, filmagens na pandemia, entrosamento do elenco e equipe, pesquisas, pássaros e expectativa para o lançamento.

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Foto: Peter Wery.

CINEVITOR #472: Meu Casulo de Drywall | Entrevista com Caroline Fioratti + elenco

por: Cinevitor
Nos cinemas: Michel Joelsas e Bella Piero em cena

Depois de passar pelo SXSW Film Festival e pela Mostra de São Paulo, Meu Casulo de Drywall, dirigido por Caroline Fioratti, de Meus 15 Anos, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12/09, pela Gullane+.

Estrelado por Maria Luisa Mendonça, Bella Piero e Mariana Oliveira, o filme reflete sobre as angústias e anseios da adolescência a partir da história da jovem Virgínia. Uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes, o longa acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio de alto padrão. A trama começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme a noite avança, a celebração se transforma em uma verdadeira panela de pressão, cheia de tensões e perigos. A tragédia é iminente, e todos terminarão implicados nessa trama: mãe, pai, amigos, namorados e vizinhos.

Lançado durante o Setembro Amarelo, o filme apresenta um olhar sensível e real para a juventude, sobretudo sua complexa relação com a solidão, o luto e a saúde mental. Este retrato honesto era central para Fioratti desde o princípio do projeto. Afinal, sua intenção sempre foi gerar identificação e empatia com o público.

Estrelado também por Michel Joelsas, Daniel Botelho, Débora Duboc, Flavia Garrafa, Marat Descartes, Lena Roque e com participação especial de Caco Ciocler, a distribuição é da Gullane+. A direção de fotografia é de Helcio Alemão Nagamine com montagem de Leopoldo Joe Nakata; Monica Palazzo assina a direção de arte e o figurino é de César Martins.

A sinopse diz: Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo aparentemente perfeito, ela não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce como uma tragédia que abala o condomínio. Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana se questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.

Vale destacar que, no começo de 2020, o CINEVITOR visitou o set de Meu Casulo de Drywall, que na época se chamava Sobre Girassóis, e entrevistou a diretora e a atriz Bella Piero. Clique aqui e assista.

Para falar mais sobre Meu Casulo de Drywall, conversamos com a diretora e também com o elenco: Maria Luisa Mendonça, Mari Oliveira, Michel Joelsas e Daniel Botelho. No bate-papo, falaram sobre a importância dos temas abordados na narrativa, entrosamento do elenco, bastidores, jovens, saúde mental e expectativa para o lançamento. 

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Foto: Stella Carvalho.

CINEVITOR #471: Entrevista com David Schurmann | Meu Amigo Pinguim

por: Cinevitor
Jean Reno em cena com o pinguim: protagonistas

O drama Meu Amigo Pinguim, no original My Penguin Friend, produção norte-americana baseada em uma história real brasileira, retrata a amizade entre um pescador e um pinguim e chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 12/09.

Dirigido pelo cineasta brasileiro David Schurmann, de Pequeno Segredo e O Mundo em Duas Voltas, o longa foi filmado em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e também contou com cenas rodadas em Paraty, no Rio de Janeiro, e na Patagônia, Argentina.

O filme é um conto de amizade entre um pai solitário e um pequeno pinguim perdido, que recarrega seu espírito e cura a sua família com uma lealdade inabalável que atravessa o oceano. O humilde pescador João, interpretado pelo ator francês Jean Reno, se afastou do mundo após uma tragédia, mas, quando ele descobre um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo de um vazamento, seu primeiro instinto é ajudar. Para desespero de sua esposa, papel de Adriana Barraza, atriz mexicana indicada ao Oscar por Babel, ele não apenas resgata a criatura marinha, mas cuida do pássaro o colocando sob suas asas e o apelida de DinDim.

Meu Amigo Pinguim conta ainda com Alexia Moyano, Nicolás Francella, Rócio Hernandez, Juan José Garnica, Thalma de Freitas, Duda Galvão e Ravel Cabral no elenco com talentos brasileiros e de diversas nacionalidades e tem roteiro assinado por Kristen Lazarian e Paulina Lagudi. A direção de fotografia é de Anthony Dod Mantle, vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?; a edição fica com a mesma montadora de Pedro Almodóvar, a espanhola Tereza Font; e os efeitos especiais são liderados pelos também espanhóis Ferran Piquer e Francisco Porras, ganhadores de dois prêmios Goya. A produção é da City Hall Arts, Schurmann Filmes e Content Studios com distribuição nacional da Paris Filmes.

As filmagens contaram com a participação de pinguins do Aquário de Ubatuba (SP) e do Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú (SC), além do apoio do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, que treinou os animais antes das filmagens.

Para falar mais sobre o longa, que será lançado em mais de 40 países, conversamos com o diretor David Schurmann. No bate-papo, falou sobre a origem do projeto, filmagens no Brasil, escolha do elenco e exigências do estúdio, convite para Sonia Braga, curiosidades sobre os pinguins e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação/Paris Filmes.

CINEVITOR #470: Entrevistas com Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha | Motel Destino | 52º Festival de Gramado

por: Cinevitor
Nataly Rocha, Fabio Assunção e Iago Xavier em Gramado: filme de abertura

Depois de disputar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o thriller erótico Motel Destino, novo longa-metragem do cineasta cearense Karim Aïnouz, abriu a 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado e chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, 22/08, distribuído pela Pandora Filmes.

Motel Destino carrega o nome de um local numa beira de estrada do litoral cearense, palco de jogos perigosos de desejo, poder e violência. Uma noite, a chegada de um jovem transforma em definitivo o cotidiano do motel. O rapaz em fuga, totalmente vulnerável, cruza seu caminho com o de uma mulher aprisionada pelas dinâmicas de um casamento abusivo.

Elemento recorrente na filmografia de Aïnouz, o erotismo é o pano de fundo de Motel Destino. As cores fortes e vibrantes do litoral nordestino dão a tônica visual-narrativa da nova obra, o primeiro projeto do diretor rodado inteiramente no Ceará desde O Céu de Suely (2006). O longa é um retrato íntimo de uma juventude que teve seu futuro roubado por uma elite tóxica e esmagadora, contra a qual a insubordinação e revoltas são, não raramente, a saída possível.

Estrelado por Iago Xavier, Fabio Assunção e Nataly Rocha, a coprodução entre Brasil, França e Alemanha tem roteiro assinado por Karim Aïnouz, Mauricio Zacharias e Wislan Esmeraldo. O elenco conta também com Renan Capivara, Yuri Yamamoto, Fabíola Líper, Isabela Catão, Jupyra Carvalho, David Santos e Bruna Beserra.

Por trás das câmeras, a diretora de fotografia Hélène Louvart, renomada por seus trabalhos em A Vida Invisível e Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, captura com sutileza as nuances visuais do filme. A montadora Nelly Quettier, reconhecida por Beau Travail e Lazzaro Felice, imprime uma precisão rítmica à narrativa. O diretor de arte Marcos Pedroso, de Madame Satã e Praia do Futuro, agrega uma rica expressão artística à obra. A produção foi liderada por Janaina Bernardes (Cinema Inflamável) e Fabiano Gullane e Caio Gullane (Gullane).

Para falar mais sobre o filme, conversamos com os atores Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha depois da exibição do longa no Palácio dos Festivais do Festival de Gramado. No bate-papo, falaram sobre entrosamento com elenco e equipe, reação do público em Cannes e Gramado, preparação, filmagens, entre outros assuntos.

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Foto: Ticiane da Silva/Agência Pressphoto.