Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena dos Realizadores (Quinzaine des Cinéastes), mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.
Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.
Neste ano, em sua 55ª edição, que acontecerá entre os dias 17 e 26 de maio, o cineasta maliano Souleymane Cissé, de A Luz, Waatie O Ka, será homenageado com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Diretor, produtor, roteirista e exibidor, tornou-se, em 50 anos de carreira, o símbolo da liberdade criativa, tanto poética quanto política.
Em comunicado oficial, Julien Rejl, diretor artístico da Quinzena dos Realizadores, disse: “A Quinzena dos Realizadores nasceu quando uma comunidade de realizadores se uniu com o desejo de criar um espaço independente que encorajasse o surgimento da produção cinematográfica gratuita; independentemente da proveniência geográfica ou de qualquer outro critério limitador. Escolhemos 30 filmes que, através da sua linguagem própria, incorporam um espírito de resistência a qualquer forma de ideologia e às narrativas dominantes”.
O pôster deste ano presta uma homenagem ao cineasta português Manoel de Oliveira com uma imagem do seu filme Val Abraão, lançado em 1993, que destaca a atriz Leonor Silveira. O longa, que comemora 30 anos, é inspirado em Madame Bovary, de Gustave Flaubert, e ganhará uma exibição especial no evento.
Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena dos Realizadores 2023:
LONGA-METRAGEM
Agra, de Kanu Behl (Índia) Bên trong vỏ kén vàng, de Thien An Pham (Vietnã) Blackbird Blackbird Blackberry, de Elene Naveriani (Geórgia) Blazh, de Ilya Povolotsky (Rússia) Conann, de Bertrand Mandico (Bélgica/França/Luxemburgo) Creatura, de Elena Martín (Espanha) Déserts, de Faouzi Bensaïdi (Bélgica/Dinamarca/Alemanha/França/Marrocos) In Flames, de Zarrar Kahn (Paquistão/Canadá) L’autre Laurens, de Claude Schmitz (Bélgica/França) Le Livre des solutions, de Michel Gondry (França) Le procès Goldman, de Cédric Kahn (França) (filme de abertura) Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra (Portugal/França/Itália) Mambar Pierrette, de Rosine Mbakam (Camarões/Bélgica) Riddle of Fire, de Weston Razooli (EUA) The Feeling That the Time for Doing Something has Passed, de Joanna Arnow (EUA) The Sweet East, de Sean Price Williams (EUA) Un Prince, de Pierre Creton (França) Val Abraão, de Manoel de Oliveira (Portugal/Suíça/França) (exibição especial) Woo-Ri-UI-Ha-Ru, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul) (filme de encerramento) Xiao Bai Chuan, de Zihan Geng (China)
CURTA-METRAGEM
Axxam Yaṛɣa, Maqaṛ Ansaḥmu, de Mouloud Aït Liotna Dans la tête un orage, de Clément Pérot-Guillaume (França) Il Compleanno di Enrico, de Francesco Sossai (Itália) J’ai vu le visage du diable, de Julia Kowalski (França) Lemon Tree, de Rachel Walden (EUA) Margarethe 89, de Lucas Malbrun (Alemanha/França) Mast-Del, de Maryam Tafakory (Irã) Oyu, de Atsushi Hirai (Japão) The Red Sea Makes Me Wanna Cry, de Faris Alrjoob (Jordânia) Xia Ri Fu Ben, de Yue Pan (China)
Cena do documentário Retratos Fantasmas, do brasileiro Kleber Mendonça Filho
O Festival de Cannes 2023, que acontecerá entre os dias 16 e 27 de maio, anunciou nesta quinta-feira, 13/04, em uma coletiva apresentada por Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, diretor geral, os filmes selecionados para sua 76ª edição.
Neste ano, o cinema brasileiro ganha destaque com o documentário Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista pernambucano Kleber Mendonça Filho, que será exibido fora de competição na mostra Sessões Especiais. O filme tem como personagem principal o centro da cidade do Recife como local histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.
Produzido por Emilie Lesclaux para a CinemaScópio Produções e coproduzido pela Vitrine Filmes, de Silvia Cruz e Felipe Lopes, o filme é fruto de sete anos de trabalho de pesquisa, filmagens e montagem: “Palácios de Cinema em centros de cidades são comuns em muitos outros lugares no mundo, mas ocorre que eu sou pernambucano, recifense, e parti para mostrar essa geografia da cidade com um ponto de vista pessoal. Recife é também uma cidade que ainda desfruta de um cinema espetacular como o São Luiz, um palácio de 1952. Hoje, são poucas as cidades no mundo que ainda sabem o que isso representa”, disse o diretor.
Cerca de 60% de Retratos Fantasmas é composto por material de arquivo, com fotografias e imagens em movimento encontradas em acervos pessoais, na produção pernambucana de cinema, televisão e de instituições como a Cinemateca Brasileira, o CTAv, Centro Técnico do Audiovisual, e a Fundação Joaquim Nabuco.
O trabalho de montagem, ao lado de Matheus Farias, reúne imagens dos mais variados formatos: “É uma felicidade e uma honra estar de volta ao Festival de Cannes com um projeto que é um trabalho diferente dos filmes de ficção que já apresentamos do ponto de vista da produção, mas que é tão pessoal quanto Aquarius e Bacurau. Retratos Fantasmas traz temas que atravessam toda a obra de Kleber. Inclusive seu primeiro longa-metragem é o documentário Crítico”, disse a produtora Emilie Lesclaux.
Em um post no Instagram, Kleber, premiado em Cannes, em 2019, com Bacurau, disse: “Retratos Fantasmas, meu quinto longa-metragem, é um documentário e terá a sua estreia mundial na Seleção Oficial do 76º Festival de Cannes em Sessão Especial, fora de competição. A notícia foi anunciada por Thierry Frémaux na coletiva de imprensa do festival, agora há pouco em Paris. O filme se passa no centro do Recife, no passado e agora, entre o Cinema Veneza, em duas pontes e o Cinema São Luiz. É o meu quarto filme em Cannes depois de Vinil Verde, Aquarius e Bacurau. Uma honra e uma alegria. Obrigado, Emilie Lesclaux, Matheus Farias, Silvia Cruz, Vitrine Filmes e aos amigos que vêm acompanhando de perto! Que o Cinema São Luiz esteja já reaberto à sociedade no segundo semestre para podermos exibir Retratos Fantasmas no Recife”.
Enquanto isso, o cineasta brasileiro Karim Aïnouz, premiado em Cannes com A Vida Invisível, em 2019, está na disputa pela Palma de Ouro, prêmio máximo do festival, com o drama Firebrand, anunciado em 2021. Com fotografia de Hélène Louvart, o filme, protagonizado por Alicia Vikander e Jude Law, narra o casamento de Catarina Parr, Rainha Consorte do Reino da Inglaterra e Reino da Irlanda, com o rei Henrique VIII. O longa é produzido pela Brouhaha Entertainment, MBK Productions e Magnolia Mae Films.
Na mostra paralela Un Certain Regard, destaque para A Flor do Buriti, dirigido pelo português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader Messora, de Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que recebeu o Prêmio Especial do Júri nesta mesma mostra, em 2018. Novamente com os Krahô, no norte do Tocantins, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pela comunidade da aldeia Pedra Branca.
“O filme nasce do desejo em pensar a relação dos Krahô com a terra, pensar em como essa relação vai sendo elaborada pela comunidade através dos tempos. As diferentes violências sofridas pelos Krahô nos últimos 100 anos também alavancaram um movimento de cuidado e reivindicação da terra como bem maior, condição primeira para que a comunidade possa viver dignamente e no exercício pleno de sua cultura”, disse a codiretora Renée Nader Messora.
O longa, produzido por Ricardo Alves Jr. e Julia Alves, por meio da produtora mineira Entre Filmes, que será distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes, atravessa os últimos 80 anos dos Krahô, trazendo para a tela um massacre ocorrido em 1940, onde morreram dezenas de pessoas. Perpetrado por dois fazendeiros da região, as violências praticadas naquele momento continuam a ecoar na memória das novas gerações. “Filmar o massacre era um grande dilema. Se por um lado é uma história que deve ser contada, por outro não nos interessava produzir imagens que perpetuassem novamente uma violência. Percebemos que a única forma de filmar essa sequência era a partir da memória compartilhada, a partir de relatos, do que ainda perdura no imaginário coletivo desse pessoal que insiste em sobreviver”, conta a diretora.
O filme apresenta uma história de resistência do povo Krahô
A Flor do Buriti foi rodado durante quinze meses em quatro aldeias diferentes, dentro da Terra Indígena Kraholândia, e assim como em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe era muito pequena e se dividia entre indígenas e não indígenas. Relatos históricos baseados em conversas e a realidade atual da comunidade serviram de base para a construção da narrativa do filme: “A gente não trabalha com o roteiro fechado. A questão da terra é a espinha dorsal do filme. Propusemos aos atores trabalhar a partir desse eixo, criar um filme que pudesse viajar pelos tempos, pela memória, pelos mitos, mas que ao mesmo tempo fosse uma construção em aberto que faríamos enquanto fossemos filmando. A narrativa foi sendo construída com a Patpro, o Hyjnõ e o Ihjãc, que assinam o roteiro”, explicou João Salaviza.
As manifestações em Brasília durante a votação do Marco Temporal e as ameaças que a Terra Indígena vem sofrendo nos últimos anos, como roubo de animais silvestres, extração de madeira e reativação de uma barragem ilegal, são absorvidas pelo filme, em uma narrativa onde passado e presente coexistem e formam um corpo só: “Os desafios que os Krahô enfrentam hoje ecoam em todo o nosso continente. O que contamos aqui, em um contexto extremamente específico e peculiar, é também a História dos povos indígenas sul-americanos desde a invasão. Se as formas de violência são múltiplas e capazes de aniquilar nações inteiras, as formas de resistência são ainda mais potentes, vibrantes e reinventadas diariamente”, conta Renée.
A seleção do filme para Cannes mostra que o mundo está realmente de olho nas questões dos povos originários no Brasil: “A importância dos povos originários não reside apenas no conhecimento ancestral, mas também na elaboração de tecnologias totalmente sofisticadas de defesa da terra. Eles ocupam radicalmente a contemporaneidade. O festival também será importante como lugar para se formar novas alianças, usar da sua capacidade de sedução cultural que possam ser reativadas no futuro. De fato, o bolsonarismo foi um verdadeiro massacre, tanto na destruição dos povos e seus direitos, como da terra. Agora, o que acontece é uma contraofensiva muito mais bela e forte. O mundo está de olho nos Krahô. É muito bom para nós, cineastas e aliados, ver o lugar que o filme pode ocupar”, ressalta João.
Sonia Guajajara, que também aparece no filme, é figura de admiração de mulheres de todas as aldeias, que vêem nela um modelo de referência: “Ela aparece em um discurso em Brasília sempre como ativista e hoje é uma Ministra, depois de décadas de militância. Vemos que há uma realidade muito rica e muito vibrante, com pouca visibilidade que é aquilo que acontece em cada aldeia. E é onde as comunidades organizam sua resistência, e isso hoje vem com tudo. E é um rio imparável que vai confluir. E a melhor notícia que o Brasil poderia ter depois desses quatro anos é a presença cada vez mais forte dos povos indígenas ocupando lugares de poder”, reflete João.
Ainda na mostra Un Certain Regard, vale destacar a presença de Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile; a equipe traz a brasileira Julia Alves, da Sancho & Punta, na produção. E mais: La chimera, de Alice Rohrwacher, que disputa a Palma de Ouro, conta com a atriz brasileira Carol Duarte, de A Vida Invisível, no elenco.
A 76ª edição do Festival de Cannes, que terá o cineasta sueco Ruben Östlund como presidente do júri, anunciará novos títulos na programação em breve.
[POST ATUALIZADO EM 24/04]
Confira a lista completa com os filmes selecionados para o Festival de Cannes 2023:
COMPETIÇÃO OFICIAL
Anatomie d’une chute, de Justine Triet (França) Asteroid City, de Wes Anderson (EUA) Banel & Adama, de Ramata-Toulaye Sy (Mali/Senegal/França) Black Flies, de Jean-Stéphane Sauvaire (EUA) Club Zero, de Jessica Hausner (Áustria) Elementos, de Peter Sohn (EUA) (filme de encerramento) (fora de competição) Fallen Leaves, de Aki Kaurismäki (Finlândia) Firebrand, de Karim Aïnouz (Reino Unido) Il sol dell’avvenire, de Nanni Moretti (Itália) Jeanne du Barry, de Maïwenn (França/Reino Unido) (filme de abertura) (fora de competição) Jeunesse, de Wang Bing (França) Kuru Otlar Üstüne, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia/França/Alemanha/Suécia) L’été dernier, de Catherine Breillat (França) La chimera, de Alice Rohrwacher (Itália/França/Suíça) La Passion de Dodin-Bouffant, de Trần Anh Hùng (França) Le retour, de Catherine Corsini (França) Les Filles d’Olfa, de Kaouther Ben Hania (Tunísia) May December, de Todd Haynes (EUA) Monster, de Hirokazu Koreeda (Japão) Perfect Days, de Wim Wenders (Japão/Alemanha) Rapito, de Marco Bellocchio (Itália/França/Alemanha) The Old Oak, de Ken Loach (França) The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)
UN CERTAIN REGARD
A Flor do Buriti (Crowrã), de João Salaviza e Renée Nader Messora (Brasil/Portugal) Augure, de Baloji Tshiani (Bélgica/Holanda/Congo/Alemanha/África do Sul) Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani (Sudão/Suécia) Hopeless, de Kim Chang-hoon (Coreia do Sul) How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido) If Only I Could Hibernate, de Zoljargal Purevdash (Mongólia) Kadib Abyad, de Asmae El Moudir (Marrocos) Le règne animal, de Thomas Cailley (França) (filme de abertura) Les meutes, de Kamal Lazraq (França) Los Colonos, de Felipe Gálvez (Chile) Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno (Argentina/Brasil/Luxemburgo/Chile) Only the River Flows, de Wei Shujun (China) Rien à Perdre, de Delphine Deloget (França) Rosalie, de Stéphanie Di Giusto (França/Bélgica) Salem, de Jean-Bernard Marlin (França) Simple comme Sylvain, de Monia Chokri (Canadá) Terrestrial Verses, de Ali Asgari e Alireza Khatami (Irã) The Breaking Ice, de Anthony Chen (China) The New Boy, de Warwick Thornton (EUA) Une nuit, de Alex Lutz (França) (filme de encerramento)
FORA DE COMPETIÇÃO
Cobweb, de Kim Jee-woon (Coreia do Sul) Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold (EUA) Killers of the Flower Moon, de Martin Scorsese (EUA) L’Abbé Pierre – Une vie de combats, de Frédéric Tellier (França) The Idol, de Sam Levinson (EUA)
CANNES PREMIÈRE
Bonnard, Pierre et Marthe, de Martin Provost (França) Cerrar los ojos, de Víctor Erice (Espanha) Eureka, de Lisandro Alonso (Argentina/França/Portugal) Kubi, de Takeshi Kitano (Japão) L’amour et les forêts, de Valérie Donzelli (França) Le temps d’aimer, de Katell Quillévéré (França/Bélgica) Perdidos en la Noche, de Amat Escalante (México/Holanda/Alemanha)
SESSÕES ESPECIAIS
As Filhas do Fogo, de Pedro Costa (Portugal) Anselm (Das Rauschen der Zeit), de Wim Wenders (Alemanha) Bread and Roses, de Sahra Mani (Afeganistão) Le Théorème de Marguerite, de Anna Novion (França/Suíça) Little Girl Blue, de Mona Achache (França/Bélgica) Man in Black, de Wang Bing (EUA) Occupied City, de Steve McQueen (Reino Unido/Holanda) Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho (Brasil) Strange Way of Life, de Pedro Almodóvar (Espanha)
SESSÃO DA MEIA-NOITE
Acide, de Just Philippot (França/Bélgica) Hypnotic, de Robert Rodriguez (EUA) Kennedy, de Anurag Kashyap Omar la fraise, de Elias Belkeddar (França) Project Silence, de Tae-gon Kim (Coreia do Sul)
Realizado em Manaus, capital do Amazonas, o Olhar do Norte chega à quinta edição em 2023 e anuncia uma nova fase e conceito artístico. O evento, realizado de forma independente pela Artrupe Produções, passa a ser chamado de Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte.
Além do novo nome e identidade visual, o evento amplia a participação da principal mostra competitiva para todos os estados da Amazônia Legal. Filmes de todo país podem participar em outras categorias, como ocorreu nos anos anteriores. As inscrições estão abertas entre os dias 12 de abril e 9 de junho através do site oficial; clique aqui.
No 5º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte, a mostra competitiva principal passa a se chamar Mostra Amazônia, incluindo agora filmes do Maranhão e Mato Grosso, além de obras de todos os outros sete estados da região Norte. Desde sua primeira edição, conforme o regulamento, apenas filmes em curta-metragem podem se inscrever: “Nosso principal norte passou a ser um festival de cinema que se interessa pela arte que tem origem na Amazônia, em um sentido amplo. Estamos num lugar de destaque no mundo e neste momento da História em que vivemos, compreendemos que assumir nosso protagonismo amazônico é um fator que nos leva a ser do tamanho do nosso potencial”, disse Diego Bauer, um dos diretores do evento.
Neste ano, conforme o regulamento, podem se inscrever nas mostras oficiais filmes de até 25 minutos de duração, produzidos a partir de 1º de janeiro de 2022. Filmes de longa-metragem entram na programação apenas como convidados. A divulgação do programa completo será anunciada no segundo semestre de 2023.
As produções da Mostra Amazônia disputam os seguintes prêmios: melhor filme do júri e do público, direção, dois prêmios de atuação, roteiro, direção de fotografia, montagem, direção de arte e som. O festival aceita filmes em live-action e animação para todas as categorias. O evento será realizado em Manaus no segundo semestre deste ano em datas e locais a serem anunciadas em breve.
Obras dos demais estados do Brasil podem participar de outras mostras, como: a Mostra Outros Nortes recebe filmes de todos os gêneros e classificação indicativa; a Mostra Olhinho é destinada para filmes voltados para o público infantojuvenil. Os filmes da Mostra Outros Nortes disputarão os prêmios de melhor filme e até duas menções honrosas do júri a ser formado por integrantes do Cine Set, parceiro de mídia do festival, formado por críticos de cinema e jornalistas especializados.
Mauro Soares no longa A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus
A 20ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema acontecerá entre os dias 27 de abril e 7 de maio. O festival surgiu, em 2004, com o objetivo de promover filmes independentes e apoiar a divulgação destes títulos na capital portuguesa, sendo considerado o maior festival português de cinema.
Nesta edição, que celebra os 20 anos do festival, 314 filmes serão exibidos na programação em diversos locais, como: Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema Fernando Lopes e Piscina da Penha de França.
Como de costume, o cinema brasileiro marca presença com diversas produções, entre elas, a cópia restaurada de A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura, longa-metragem lançado em 1974 e protagonizado por Milton Gonçalves, na mostra Director’s Cut, que destaca filmes que trabalham o patrimônio visual cinematográfico.
Já na Competição Internacional, que traz obras nunca exibidas publicamente em Portugal, o Brasil aparece com É Noite na América, de Ana Vaz, uma coprodução com Itália e França; e Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky. O documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Liliane Mutti e Daniel Zarvos, se destaca na mostra IndieMusic.
O júri desta edição será formado por: Adolfo Luxúria Canibal, Aistė Račaitytė e Marta Popivoda na Competição Internacional de longas-metragens; Annabelle Aventurin, Ary Zara e Gabriel Böhmer na Competição de curtas-metragens; a cineasta brasileira Anita Rocha da Silveira, Mads K. Mikkelsen e Pedro Segura na Competição Nacional; Falcão Nhaga e Lur Olaizola na mostra Novíssimos; Claire Simon, Djamila Grandits e Yasuhiro Morinaga na mostra Silvestre; e João Branco Kyron, José Marmeleira e Rita Braga na IndieMusic.
Além disso, neste ano, o IndieLisboa realizará uma retrospectiva de um dos mais interessantes e indispensáveis realizadores vivos, o artista surrealista checo Jan Švankmajer. Entre a repulsa e o fascínio, os filmes do artista visual são reflexos de um mundo subconsciente, onde a matéria ganha uma nova forma encantada.
O filme de abertura desta 20ª edição será a comédia dramática Something You Said Last Night, de Luis De Filippis, premiado nos festivais de Toronto, San Sebastián e Roterdã. O encerramento será com a exibição do longa The Adults, dirigido por Dustin Guy Defa, e que foi exibido no Festival de Berlim.
Conheça os filmes brasileiros selecionados para o 20º IndieLisboa:
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM É Noite na América, de Ana Vaz (Itália/França/Brasil) Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky (Brasil)
COMPETIÇÃO NACIONAL O Rio e Seu Labirinto, de Ian Capillé (Portugal/Brasil)
INDIEMUSIC Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Liliane Mutti e Daniel Zarvos (Brasil/França/EUA)
DIRECTOR’S CUT A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (Brasil) Filme Particular, de Janaína Nagata (Brasil)
SESSÕES ESPECIAIS A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (Brasil) Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo (Itália/França/Brasil) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Brasil)
Lançamento do circuito de oficinas de cinema do Curta Caicó 2023
Fomentar a formação audiovisual é um dos objetivos do Curta Caicó, que, ao longo de sua história, vem promovendo oficinas de cinema e estimulando a produção cinematográfica na região do Seridó potiguar.
O resultado já é visível no aumento gradativo do número de realizadores inscritos no Curta Caicó e nos municípios alcançados. Nesta edição, o festival recebeu filmes de nove municípios; o que ressalta a importância desse fomento. Além de Caicó, a edição 2023 recebeu filmes de Acari, Jardim do Seridó, Currais Novos, Cerro Corá, Lagoa Nova, Florânia, Jucurutu e Ipueira.
Com aporte financeiro do Edital Transformando Energia em Cultura da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia, o festival conseguiu ampliar o seu raio de alcance e, com isso, levará oficinas para seis municípios da região. A formação será realizada com facilitadores experientes no cenário audiovisual oriundos dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Os municípios beneficiados com as oficinas serão: Caicó, São José do Seridó, Cruzeta, Acari, Carnaúba dos Dantas e São João do Sabugi. A partir de uma articulação com o Urbanocine, que também teve seu projeto aprovado no Edital Transformando Energia em Cultura, uma sétima oficina será realizada em Caicó, totalizando 140 jovens de escolas públicas recebendo formação em cinema. O produto final será a realização de um curta-metragem por oficina; todos serão exibidos na programação do 6º Curta Caicó.
O circuito de oficinas de cinema foi lançado nesta terça-feira, 11/04, no Cineland, sala de cinema de Caicó, com a presença de representantes da 9ª e 10ª DIREC e das escolas contempladas no projeto. A programação apresentou o resultado dos filmes realizados na edição 2022 em oficinas ministradas pelo cineasta pernambucano Marlom Meirelles, do projeto Documentando. As obras exibidas foram: Balance Eu, Caramujo, Circo Los Campellos e Retalhos de Vida.
Documentário realizado na edição passada sobre o Padre Gleiber, o padre da rede
O evento está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. A realização das oficinas de cinema, em escolas da rede pública de ensino, promove educação de qualidade e redução de desigualdades, promovendo oportunidades de aprendizagem para jovens da região semiárida do RN.
Além disso, vale destacar que as inscrições para a sexta edição do Curta Caicó foram encerradas na sexta-feira, 31/03, obtendo o novo recorde de inscritos do festival. Com mais de 1.087 curtas-metragens de todas as regiões do país, o festival se consolida como importante vitrine do audiovisual na região semiárida do Rio Grande do Norte.
Ao longo de sua história, mais de 4.200 realizadores já submeteram suas produções no festival. As obras inscritas serão avaliadas por uma curadoria especializada. O resultado será anunciado no decorrer do mês de agosto com o festival previsto para o final do mês de setembro.
O diretor do Curta Caicó, Raildon Lucena, comemorou o resultado das inscrições ressaltando que o festival vem movimentando o cenário audiovisual no Rio Grande do Norte e contando com grande interesse por parte de realizadores de todas as regiões do país: “Estamos muito animados com o novo cenário onde a cultura voltou a ser protagonista e o audiovisual só tende a crescer nos próximos anos. A produção nacional de curtas-metragens é gigante e é uma grande alegria para nós, que fazemos o festival, receber esse panorama do que se produz hoje no Brasil”, destacou.
Ethan Hawke, Pedro Almodóvar e Pedro Pascal nos bastidores do faroeste
Enquanto a programação completa não é revelada, o Festival de Cannes, que realizará sua 76ª edição entre os dias 16 e 27 de maio, anunciou nesta terça-feira, 11/04, a estreia mundial de Strange Way of Life, novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, na seleção deste ano.
Protagonizado por Pedro Pascal e Ethan Hawke, o curta-metragem rodado no sul da Espanha é a segunda experiência do realizador em língua inglesa; a primeira foi The Human Voice, com Tilda Swinton, exibido no Festival de Veneza.
Em Strange Way of Life, no espanhol Extraña forma de vida, um homem cavalga pelo deserto para visitar o xerife Jake, interpretado por Ethan Hawke. Vinte e cinco anos antes, tanto o xerife quanto Silva, o fazendeiro que cavalga para encontrá-lo, papel de Pedro Pascal, trabalharam juntos como pistoleiros. Silva o visita com a desculpa de se reunir com o amigo da juventude e eles comemoram o reencontro. Porém, na manhã seguinte, o xerife Jake diz a ele que o motivo de sua viagem não é rememorar a velha amizade deles.
Escrito e dirigido por Pedro Almodóvar, com produção da El Deseo, o filme conta também com Peter Casablanc, Manu Ríos, George Steane, Joseph Countess, Jason Fernández, José Condessa, Sara Salamo, Ohiana Cueto e Daniela Medina no elenco. O curta é produzido por Agustín Almodóvar com Esther Garcia como produtora executiva; Barbara Peiro, Diego Pajuelo e Saint Laurent como produtores associados. A trilha sonora é assinada por Alberto Iglesias.
Almodóvar participou do Festival de Cannes pela primeira vez em 1999 com Tudo Sobre Minha Mãe, no qual recebeu o prêmio de melhor direção. Em 2004, Má Educação, com Gael García Bernal, foi o filme de abertura. Já em 2006, exibiu Volver, que foi premiado como melhor roteiro. Depois passou com Abraços Partidos, A Pele que Habito, Julieta e Dor e Glória, que rendeu o prêmio de melhor ator para Antonio Banderas. Em 2017, presidiu o júri que entregou a Palma de Ouro para The Square: A Arte da Discórdia, de Ruben Östlund, que será o presidente do júri deste ano.
Edilson Silva e Jéssica Ellen no curta Último Domingo
Com o objetivo de promover a inclusão social e cultural no interior do Nordeste, a Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade chega à oitava edição, que acontecerá entre os dias 24 e 29 de abril, com programação gratuita de filmes e atividades de formação na área do audiovisual voltadas à comunidade.
Para esta edição, foram inscritos 730 curtas-metragens, dos quais 13 compõem a mostra competitiva, entre ficções, animações e documentários, com notável participação de produções nordestinas do Ceará, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte. Da região Sudeste, a seleção traz produções cariocas, paulistanas e mineiras; a animação Mao Lucky, de Luis Carlos Caballero Arguelles, do Panamá, completa a programação.
O júri oficial será formado por profissionais especializados em cinema, que premiará as obras nas seguintes categorias: melhor filme, direção, roteiro, fotografia, interpretação e montagem: “A última edição da Mostra Curta Vazantes aconteceu de forma remota devido às restrições da pandemia, então estamos felizes de retomar as atividades presenciais e nos aproximar novamente do público sempre interessado em participar das nossas exibições e oficinas, descentralizando o acesso e o diálogo sobre o audiovisual no Brasil”, disse Leo Tabosa, cineasta e produtor da Mostra.
As exibições acontecem a céu aberto, na praça do distrito de Vazantes, localizado em Aracoiba, no Ceará, e anualmente reúne centenas de apaixonados e curiosos para celebrar o poder transformador do cinema. Vazantes é o distrito mais antigo de Aracoiaba, destaque em educação e cultura. A população do local e comunidades vizinhas somam 10 mil habitantes, que não têm acesso ao cinema.
Criada em 2013, a Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade pretende contribuir para a inclusão e a promoção social e cultural dos moradores da comunidade de Vazantes e localidades vizinhas a partir da exibição de filmes produzidos em qualquer parte do mundo com a ideia de compreender, observar e fazer visível os processos sociais e culturais que se desenvolvem tanto no sul como no norte do planeta. Além da variedade de filmes, o evento promove oficinas, palestras e encontros que reflitam, discutam e divulguem a cultura presente na região.
Conheça os filmes selecionados para a VIII Mostra Curta Vazantes:
Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares (MG) Aratu, de Firmino de Almeida (PB) As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE) Corpo que Fala, de Samuel Fortunato e Bruno Rubim (RJ) Cyntia, de Rafael Diniz (MG) Entre Muros, de Gleison Mota (BA) Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (BA) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Lucy Solta os Bichos, de Sergio Martinelli e Billy Fernandes (SP) Mao Lucky, de Luis Carlos Caballero Arguelles (Panamá) Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE) Sideral, de Carlos Segundo (RN) Último Domingo, de Renan Brandão e Joana Claude (RJ)
Cena do curta pernambucano Pedro e Inácio, de Caio Dornelas
A oitava edição da Mostra Pajeú de Cinema acontecerá entre os dias 18 de abril e 6 de maio com atividades de exibição, reflexão e formação em seis cidades do Pajeú: Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Iguaracy, Ingazeira, Quixaba e Solidão.
Neste ano, foram mais de 600 títulos inscritos e a equipe de curadoria foi formada por Kênia Freitas, André Dib e Bruna Tavares. Farão parte da programação 60 curtas metragens, de todas as regiões do país. A 8° MPC é uma realização da Pajeú Filmes, com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.
A identidade visual da 8ª MPC também foi divulgada recentemente: clique aqui e confira. A ilustração deste ano ficou por conta de Rômulo Nascimento, que reuniu referências sobre as sete artes e alguns easter eggs também: “O desafio foi falar de cinema sem falar de cinema. Essa era parte do briefing”, disse.
Conheça os filmes selecionados para a 8ª Mostra Pajeú de Cinema:
A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques (MA) A Velhice Ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT) Águas que me Tocam, de Juraci Junior (RO) Ainda Restarão Robôs Nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP) Aqueles que Estamos Esquecendo, de R.B. Lima (PB) As Velas de Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Avisa Quando Voltar, de Jota Carmo (SP) Avoa, de Lucas Mendes (PB) Barreiras Invisíveis, de Pryka Almeida (SP) Calunga Maior, de Thiago Costa (PB) Confins, de Carlos Mosca (PB) Coração de Pedra, de Humberto Rodrigues (SP) Curió, de Priscila Smiths e P.H. Diaz (CE) Do Quilombo pra Favela: Alimento para a Resistência Negra, de Manoela Meyer (SP) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB) Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Faísca, de Luca Tarti e Paulo Lima (SP) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Fôlego Vivo, de Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas Umari (CE) Hiatos, de Marcela Coêlho (PE) Hospital de Brinquedos, de Georgina Castro (CE) Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) Isto Não é um Banquete, de Vítor Delboni (SP) Jornada de 14 horas, de Clara Henriques e Luiza França (RJ) Kuri ha Akae Ovy: A Araucária e a Gralha Azul, de Izabel Tiemi e Giovani de Toledo Viecili (PR) Luazul, de Letícia Batista e Vitória Liz (SP) Lugar de Ladson, de Direção Coletiva (SP) Maninha Xukuru-Kariri, de Celso Brandão e Aldemir Barros (AL) Maria Poesia, de Carolina Lobo (SP) Mas Eu Não Sou Alguém, de Daniel Eduardo de Souza e Gabriel Duarte (SP) Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB) Nó, de Midi Alves (BA) Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira (RJ) Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues (MG) O Livro pela Capa, de Lucas Guido (SP) Onde Aprendo a Falar com o Vento, de André Anastácio e Victor Dias (MG) Paulo Galo: Mil faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (SP) Pedro e Inácio, de Caio Dornelas (PE) Quantos Mais?, de Lucas de Jesus Ferreira (BA) Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Raízes que Contam, de Marta Silva (BA) Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE) Saída para a Luz do Dia, de Thiago Campos (CE) Salve, de Lais Rilda (PE) São Marino, de Leide Jacob (SP) SEED, de Flávia Rabachim e Fabrício Rabachim (SP) Shazen, de Maiara Araújo (SP) Sinfonia de Beethoven, de Rafael Oliveira (BA) Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP) Sonho de Pedra, de Thabata Ewara e Nay Mendl (SP) Soteropolitanas, de Vânia Alves Smith Lima (BA) Sua Majestade, o Passinho, de Mannu Costa e Carol Correia (PE) Suellen e a Diáspora Periférica, de Renata Dorea (MG) Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP) Ton-Ton Dente de Leão, de Ariédhine Carvalho (SP) Toré, de Direção Coletiva (SP) Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ) Vãnh gõ tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá (SC)
O ator Paulo Goya no curta Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo
O BAFICI, Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, é considerado um dos mais importantes da América Latina e todos os anos reúne filmes de cineastas inovadores. Um de seus objetivos é aproximar a sétima arte dos moradores da cidade por meio de atividades, projeções ao ar livre, palestras e eventos especiais.
Neste ano, em sua 24ª edição, que acontecerá entre os dias 19 de abril e 1º de maio, mais de 250 filmes, entre longas e curtas-metragens, serão exibidos na programação; foram mais de 3 mil inscritos. O festival também tem como objetivo reativar a indústria do setor, não apenas priorizando a presença do cinema argentino.
Neste contexto, o BAFICI se propõe como uma ferramenta fundamental para acompanhar cineastas e aproximar o cinema do público. Sua programação inclui estreias de autores consagrados e novos talentos, retrospectivas e descobertas de cineastas de todo o mundo, seções temáticas que mostram o panorama atual do cinema com abordagens especiais e um segmento especial para crianças, o Baficito, com uma ampla gama de filmes infantis.
O cinema brasileiro, como de costume, ganha destaque no festival argentino com diversos títulos, como: A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Julio Bressane e Rodrigo Lima, na mostra Cine sobre Cine, que faz uma extensa reflexão sobre as seis décadas de cinema de Bressane; o documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Daniel Zarvos e Liliane Mutti, na mostra Música, que apresenta uma nova perspectiva sobre a cantora e compositora; o longa de animação Perlimps, de Alê Abreu, na Baficito; os curtas-metragens Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli, na mostra Pasiones, e La Pursé, de Gabriel Nóbrega, na mostra Nocturna; o longa Scab Vendor, de Mariana Thome e Lucas Barros, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, aparece na mostra Artes y Oficios.
E mais: na Competição Oficial Argentina, Los terrenos, de Verónica Chen, coprodução entre Argentina, Uruguai e Brasil, se destaca com Azul Fernández e César Troncoso no elenco; o curta-metragem Tem Algo Estranho com a Minha Avó, de Pedro Balderama Macedo e Rimai Sojo Patiño, coprodução entre Brasil, Equador e Argentina, aparece na mostra Nocturna; e Zama, de Lucrecia Martel, lançado em 2018, coprodução entre Argentina, Brasil, Espanha, França, México, Estados Unidos, Holanda e Portugal, será exibido na mostra Rescates. Além disso, Ilda Santiago, diretora executiva, diretora de programação e relações internacionais do Festival do Rio, integrará o júri da mostra Vanguardia y Género.
A cerimônia de abertura desta 24ª edição contará com as exibições do curta-metragem argentino Continuum – La playa, de Mariana Bomba, e do longa Último recurso, de Matías Sulanski, no qual duas mulheres iniciam uma investigação que indicaria a existência de uma Copa do Mundo ocorrida em 1926, em que a Argentina presumivelmente venceu e foi eliminada da história. O encerramento contará com os filmes Ángel y Perla, de Jenni Merla, curta-metragem argentino, e o longa espanhol Soy uma boa pessoa, de Norberto Ramos del Val.
A Warner Bros. Pictures acaba de anunciar o início das filmagens de Evidências do Amor, uma história emocionante sobre os encontros e desencontros de um casal que tem como trilha sonora uma das músicas mais icônicas do cenário musical brasileiro: Evidências, de Chitãozinho & Xororó.
Protagonizado por Fabio Porchat e Sandy, o filme, que começou a ser rodado no início de abril, é dirigido pelo também autor do enredo, o cineasta Pedro Antonio Paes, de Tô Ryca!, Um Tio Quase Perfeito e Altas Expectativas, prometendo entregar aos espectadores uma comédia romântica autêntica, hilária e conectada à realidade de milhares de brasileiros.
Em comunicado, Fabio Porchat falou sobre o longa: “Às vezes, Saturno se alinha com Mercúrio, colocando na nossa frente um projeto inspirado na música mais incrível do Brasil. E, dentro dessa oportunidade, você tem a chance de ser o par romântico da filha de um dos principais intérpretes da canção, sendo ela simplesmente a Sandy. Então, esse projeto é uma união de forças que tem tudo para dar certo, é a cara do cinema, para todos conferirem nas telonas”.
Sandy, que já atuou em filmes como Quando Eu Era Vivo e Acquaria, também comentou: “Quando recebi o convite para o filme, explicando a sinopse, adorei de cara! Tava morrendo de saudade de atuar e me empolguei com a possibilidade, mesmo sabendo que teria uma agenda intensa para administrar, com meus shows, lançamento de DVD e tudo que envolve meus projetos na música. Me sinto super feliz, envolvida e a cada dia mais encantada com as trocas que estou tendo com o elenco, direção e todos do filme. Estou muito empolgada que vamos começar a rodar agora e quero me divertir muito com este novo desafio!”. A dupla compartilhou um post no Instagram recentemente, clique aqui e confira.
Evidências do Amor narra a história de um casal, Marco Antônio e Laura, que se apaixonam após cantarem juntos a música Evidências em um karaokê. Porém, a dupla passa por uma reviravolta: o relacionamento chega ao fim e tudo piora quando, um ano após o término, Marco Antônio percebe que sempre volta às duras discussões do passado toda vez que ouve a famigerada música que os uniu. Desesperado, ele parte em uma grande aventura para se livrar dessa maldição que a canção traz para sua vida.
Claudia Cortez, head de Produções Locais da divisão de cinema da Warner Bros. no Brasil, disse: “Hoje em dia, encontrar uma ideia boa e original é um enorme desafio. Mas, quando a sinopse de Evidências do Amor chegou na Warner Bros., nós acreditamos de cara no potencial do projeto. Afinal, quem nunca quis consertar os erros do passado e ter uma segunda chance no amor? Com Sandy, Porchat e a música Evidências, Pedro Antonio conseguiu criar um filme que comove e ao mesmo tempo diverte. Tenho certeza de que as pessoas vão se conectar com a história. Todos vão sair do cinema cantando e ansiosos para disputar o microfone no próximo karaokê”.
A equipe conta também com direção de fotografia de Pedro Faerstein, de Benzinho e Os Últimos Dias de Gilda; e trilha sonora assinada por Daniel Simitan, premiado no Festival de Cinema de Gramado do ano passado por seu trabalho em Marte Um.
Produzido e distribuído pela Warner Bros. Pictures, em associação com a Framboesa Filmes, o longa estreia em 2024 nos cinemas de todo o país e estará disponível posteriormente na HBO Max.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 05/04, no CineSesc, em São Paulo, os vencedores do 49º Festival Sesc Melhores Filmes, que elege as melhores produções nacionais e estrangeiras na opinião da crítica especializada e do público. A cerimônia de premiação foi apresentada pelo ator Christian Malheiros.
Neste ano, os filmes e os profissionais de destaque do cinema nacional e internacional foram escolhidos através de 115 mil votos do público, que votou através do site do festival. O júri especializado contou com 133 críticos e críticas de diversas regiões do país. Ao final da entrega dos prêmios, o público presente no CineSesc conferiu o filme Tinnitus, de Gregorio Graziosi.
Dirigido por Gabriel Martins, Marte Um foi consagrado com dez prêmios, entre eles, o de melhor filme pelo público e crítica. Seu Jorge, que no ano passado recebeu o troféu de melhor ator por Marighella, foi premiado novamente na mesma categoria; desta vez por Medida Provisória, de Lázaro Ramos.
O 49º Festival Sesc Melhores Filmes segue até 26 de abril oferecendo a oportunidade de ver e rever os vencedores do ano na tela do CineSesc em uma programação com filmes nacionais e estrangeiros que foram destaques em 2022, além de encontros e atividades com realizadores e pensadores do cinema. A edição deste ano também exibe gratuitamente ao público de todo o país uma seleção de filmes na plataforma Sesc Digital.
Criado em 1974, o Festival Sesc Melhores Filmes é o primeiro festival de cinema de São Paulo. Ele oferece ao público a oportunidade de ver ou rever o que passou de mais significativo pelas telas da cidade. Sua programação é escolhida democraticamente pelo público e pela crítica. Os filmes que participaram da votação deste ano foram aqueles lançados comercialmente nas salas de cinema de São Paulo em 2021. Em 48 anos de realização, o festival já exibiu centenas de longas-metragens brasileiros e estrangeiros. Em 2010, inovou ao ser o primeiro evento do gênero a disponibilizar sua programação com recursos de acessibilidade, como audiodescrição e legendagem open captions, para assegurar a amplitude da ação do Sesc São Paulo na atenção aos diversos públicos.
Conheça os vencedores do 49º Festival Sesc Melhores Filmes:
FILMES BRASILEIROS | PÚBLICO
Melhor Filme: Marte Um, de Gabriel Martins Melhor Documentário: Clarice Lispector: A Descoberta do Mundo, de Taciana Oliveira Melhor Ator: Seu Jorge, por Medida Provisória Melhor Atriz: Taís Araujo, por Medida Provisória Melhor Direção: Gabriel Martins, por Marte Um Melhor Roteiro: Marte Um, escrito por Gabriel Martins Melhor Fotografia: Marte Um, por Leonardo Feliciano
FILMES BRASILEIROS | CRÍTICA
Melhor Filme: Marte Um, de Gabriel Martins Melhor Documentário: Segredos do Putumayo, de Aurélio Michiles Melhor Ator: Carlos Francisco, por Marte Um Melhor Atriz: Rejane Faria, por Marte Um Melhor Direção: Gabriel Martins, por Marte Um Melhor Roteiro: Marte Um, escrito por Gabriel Martins Melhor Fotografia: Marte Um, por Leonardo Feliciano
FILMES ESTRANGEIROS | PÚBLICO
Melhor Filme: Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert Melhor Ator: Paul Mescal, por Aftersun Melhor Atriz: Viola Davis, por A Mulher Rei Melhor Direção: Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
FILMES ESTRANGEIROS | CRÍTICA
Melhor Filme: Aftersun, de Charlotte Wells Melhor Ator: Paul Mescal, por Aftersun Melhor Atriz: Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo Melhor Direção: Charlotte Wells, por Aftersun
Foram anunciados nesta quarta-feira, 05/04, os indicados ao MTV Movie & TV Awards 2023, considerado um dos prêmios mais divertidos do cinema e da TV, que conta com votação do público. Os vencedores serão anunciados no dia 7 de maio no Barker Hangar em Los Angeles.
Neste ano, Top Gun: Maverick lidera a lista entre os filmes com seis indicações; Stranger Things, The Last of Us e RuPaul’s Drag Race também se destacam. Além disso, o prêmio apresenta duas novas categorias nesta edição: melhor equipe de reality show e melhor elenco incrível, no original Best Kick-Ass Cast.
A consagrada atriz e produtora Drew Barrymore será a apresentadora oficial da cerimônia: “Estou muito honrada por ter sido escolhida. Especialmente neste ano que o show é dedicado aos fãs. Eu sou um fã!”, disse em um vídeo especial. Vale lembrar que Drew já ganhou a cobiçada Pipoca Dourada três vezes, foi homenageada ao lado de Adam Sandler e já recebeu nove indicações ao longo dos anos.
Conheça os indicados ao MTV Movie & TV Awards 2023:
MELHOR FILME Avatar: O Caminho da Água Elvis Não! Não Olhe! Pânico VI Pantera Negra: Wakanda para Sempre Sorria Top Gun: Maverick
MELHOR SÉRIE Stranger Things The Last of Us The White Lotus Wandinha Wolf Pack Yellowjackets Yellowstone
MELHOR ATUAÇÃO | FILME Austin Butler, por Elvis Florence Pugh, por Não Se Preocupe, Querida KeKe Palmer, por Não! Não Olhe! Michael B. Jordan, por Creed III Tom Cruise, por Top Gun: Maverick
MELHOR ATUAÇÃO | SÉRIE Aubrey Plaza, por The White Lotus Christina Ricci, por Yellowjackets Jenna Ortega, por Wandinha Riley Keough, por Daisy Jones & The Six Sadie Sink, por Stranger Things Selena Gomez, por Only Murders in the Building
MELHOR HERÓI Diego Luna, por Andor Jenna Ortega, por Wandinha Paul Rudd, por Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania Pedro Pascal, por The Last of Us Tom Cruise, por Top Gun: Maverick
MELHOR VILÃO Elizabeth Olsen, por Doutor Estranho no Multiverso da Loucura Harry Styles, por Não Se Preocupe, Querida Jamie Campbell Bower, por Stranger Things M3GAN, por M3GAN O Urso, por O Urso do Pó Branco
MELHOR BEIJO Anna Torv e Philip Prajoux, por The Last of Us Harry Styles e David Dawson, por My Policeman Madison Bailey e Rudy Pankow, por Outer Banks Riley Keough e Sam Claflin, por Daisy Jones & The Six Selena Gomez e Cara Delevingne, por Only Murders in the Building
MELHOR ATUAÇÃO | COMÉDIA Adam Sandler, por Mistério em Paris Dylan O’Brien, por Influencer de Mentira Jennifer Coolidge, por Casamento Armado KeKe Palmer, por Não! Não Olhe! Quinta Brunson, por Abbott Elementary
MELHOR ATUAÇÃO | REVELAÇÃO Bad Bunny, por Trem-Bala Bella Ramsey, por The Last of Us Emma D’Arcy, por A Casa do Dragão Joseph Quinn, por Stranger Things Rachel Sennott, por Morte Morte Morte
MELHOR LUTA Brad Pitt vs. Bad Bunny, por Trem-Bala Courteney Cox vs. Ghostface, por Pânico VI Fuga de Narkina 5, por Andor Jamie Campbell Bower vs. Millie Bobby Brown, por Stranger Things Keanu Reeves vs. Todos: John Wick 4: Baba Yaga
MELHOR ATUAÇÃO ASSUSTADA Jennifer Coolidge, por The White Lotus Jesse Tyler Ferguson, por O Urso do Pó Branco Justin Long, por Noites Brutais Rachel Sennott, por Morte Morte Morte Sosie Bacon, por Sorria
MELHOR DUPLA Camila Mendes e Maya Hawke, por Justiceiras Jenna Ortega e Mãozinha, por Wandinha Pedro Pascal e Bella Ramsey, por The Last of Us Simona Tabasco e Beatrice Grannò, por The White Lotus Tom Cruise e Miles Teller, por Top Gun: Maverick
MELHOR ELENCO INCRÍVEL Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania Outer Banks Pantera Negra: Wakanda para Sempre Stranger Things Teen Wolf: O Filme
MELHOR MÚSICA Carolina, por Taylor Swift (Um Lugar Bem Longe Daqui) Hold My Hand, por Lady Gaga (Top Gun: Maverick) I Ain’t Worried, por OneRepublic (Top Gun: Maverick) Lift Me Up, por Rihanna (Pantera Negra: Wakanda para Sempre) Still Alive, por Demi Lovato (Pânico VI) Vegas, por Doja Cat (Elvis)
MELHOR DOCUMENTÁRIO MUSICAL Jennifer Lopez: Halftime Love, Lizzo Selena Gomez: Eu e a Minha Mente Sheryl The Day The Music Died: The Story of Don McClean’s American Pie
MELHOR REALITY SHOW | DOCUMENTÁRIO Family Reunion: Love & Hip Hop Edition Jersey Shore: Os Originais The Kardashians The Real Housewives of Beverly Hills Vanderpump Rules
MELHOR SÉRIE DE COMPETIÇÃO All-Star Shore Big Brother RuPaul’s Drag Race: All Stars The Challenge: USA The Traitors
MELHOR APRESENTADOR/APRESENTADORA Drew Barrymore, por The Drew Barrymore Show Joel Madden, por Ink Master Kelly Clarkson, por The Kelly Clarkson Show Nick Cannon, por The Masked Singer RuPaul, por RuPaul’s Drag Race
MELHOR EQUIPE | REALITY SHOW Ariana Madix, Katie Maloney, Scheana Shay e LaLa Kent, por Vanderpump Rules Garcelle Beauvais e Sutton Stracke, por The Real Housewives of Beverly Hills Mike “The Situation” Sorrentino, Vinny Guadagnino e Pauly D, por Jersey Shore: Os Originais RuPaul Charles e Michelle Visage, por RuPaul’s Drag Race Tori Deal e Devin Walker, por The Challenge: Ride or Dies